ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
UTI: Pacientes vivem o drama da longa espera
Cuidados para evitar H1N1
Pacientes da Santa Casa esperam 6 meses para receber exames
Denunciados, hospitais acusam a saúde de Goiânia por recusa de pacientes
Vítimas de traumas são recrutadas para teste com substância achada no ecstasy
Hospital de Urgências de Trindade também investiga morte de paciente por H1N1
MP vai protocolar novo pedido de afastamento da secretária Fátima Mrué
Surto de H1N1 está sob controle, diz Vigilância Epidemiológica
SUS vai ofertar mais 10 terapias alternativas
CFM critica novas terapias no SUS
RECORD TV GOIÁS
UTI: Pacientes vivem o drama da longa espera
https://www.youtube.com/watch?v=Z47OAYrG5To
…………………………
TV SERRA DOURADA
Cuidados para evitar H1N1
https://www.youtube.com/watch?v=7u5_UW9PhzA
…………………………
Pacientes da Santa Casa esperam 6 meses para receber exames
https://www.youtube.com/watch?v=UX8fYi-xCXY
………………………………..
PORTAL ALTAIR TAVARES
Denunciados, hospitais acusam a saúde de Goiânia por recusa de pacientes
A secretaria de saúde de Goiânia enviou ao Ministério Público a informação de que 81 pacientes foram recusados por hospitais conveniados ao SUS, em Janeiro e Fevereiro deste ano. O fato provocou uma reunião entre os proprietários de empresas na tarde desta segunda, 12.
“Na verdade, não somos nós que estamos segurando a vaga. É a Central de Regulação que não está fazendo o dever de casa”, acusou o presidente da AHEG, doutor Fernando Honorato, ao Diário de Goiás. Para ele, é o sistema da secretaria de saúde que não está ocupando as vagas com eficiência.
O médico rejeita a divulgação de insinuações de que os hospitais estariam selecionando pacientes. “Os hospitais têm um contrato que precisa ser cumprido. E um leito vazio é um leito com prejuízo”, argumentou ele.
A secretaria de saúde informou, no domingo, que iniciou um processo de monitoramento permanente das vagas para identificar a suposta rejeição de pacientes.
………………………………
O HOJE
Vítimas de traumas são recrutadas para teste com substância achada no ecstasy
Trabalho utiliza MDMA elemento que é encontrado eventualmente em cápsulas da droga. Pesquisa é exclusiva para pacientes que têm transtorno do estresse pós-traumático
Uma pesquisa coordenada pelo neurocientista Eduardo Shenberg está recrutando quem sofre de transtorno de estresse pós-traumático para testar um tratamento que utiliza metilenodioximetanfetamina (MDMA), substância eventualmente encontrada em comprimidos de ecstasy, em Goiânia. Segundo ele, o trabalho dura 12 semanas e é destinado a vítimas de abuso sexual e outros traumas de violência.
“A pesquisa é um estudo clínico com pacientes que vão passar por um tratamento psicoterapêutico do transtorno do estresse pós-traumático. São pessoas que são sequestradas, sofrem abuso sexual, policiais, às vezes pelo próprio ofício, bombeiros que, eventualmente, se envolvam em alguma tragédia, violência urbana, ou ainda vítimas de desastres naturais”, explicou ao G1.
A pesquisa foi aprovada pelo Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde, e utiliza MDMA importado dos Estados Unidos, com a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o neurocientista, o trabalho segue os princípios éticos internacionais de pesquisa clínica e é feito pelo Instituto Plantando Consciência, em parceria com o Centro de Educação e Psicoterapia, em Goiânia.
O especialista destaca que o MDMA é diferente da droga consumida ilegalmente, chamada de ecstasy. Segundo ele, o medicamento utilizado na pesquisa passou por um rigoroso processo de controle de qualidade.
“Nas ruas, o uso ilegal foi apelidado de ecstasy, mas o problema é que estes comprimidos de ecstasy são fabricados sem nenhum controle, na maioria dos casos, nem contêm MDMA, só contêm outras substâncias intoxicantes. Então é importante deixar claro que não estamos trabalhando com ecstasy que é a droga ilegal, estamos trabalhando com MDMA puríssimo, feito com controle de qualidade nos Estados Unidos”, ressaltou.
Para se candidatar a uma vaga no tratamento-teste, o paciente deve sofrer de transtorno do estresse pós-traumático há pelo menos seis meses, e ter feito pelo menos uma tentativa anterior de tratamento, sem sucesso. O contato deve ser feito diretamente com o Instituto Plantando Consciência.
Shenberg destaca que todo o tratamento é gratuito. “O tratamento é experimental, um estudo, ele não foi aprovado, está em fase de testes. Nos Estados Unidos ele está na fase mais avançada que existe, que eles chamam de ‘Estudo Fase 3’, que é a última fase de pesquisa que se faz com qualquer remédio, antes de ele ser comercializado como remédio, enfim, de ser oferecido a pacientes regularmente”.
“Aqui no Brasil estamos fazendo esta pesquisa, pela primeira vez, em pacientes, em parceria com a equipe nos Estados Unidos”, destacou.
Eduardo Shenberg é biomédico, graduado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com mestrado em psicofarmacologia pela mesma instituição, dourado em neurociência pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em neurociências pela Unifesp e pelo Imperial College, em Londres.
Tratamento
O tratamento no âmbito da pesquisa consiste em três etapas principais. A primeira delas é a triagem, em que é feita uma avaliação psiquiátrica completa, para checar se o paciente se enquadra no parâmetro do estudo aprovado pelo Conep. Caso esteja apto, ele é submetido a exames clínicos de sangue e eletrocardiograma. Se todos os exames estiverem normais, o voluntário pode agendar as sessões de psicoterapia.
O estudo dura 12 semanas, com sessões ocorrendo uma vez por semana. Segundo Shenberg, para cada três sessões feitas sem o uso do MDMA, o paciente é submetido a uma com o uso da substância. Serão três sessões com a ingestão do medicamento. Dois meses após a psicoterapia, o voluntário volta a passar por uma avaliação psiquiátrica, aos moldes do que foi feito na triagem.
“Três destas sessões são realizadas com o paciente tomando o MDMA no consultório, sob o acompanhamento de um médico e dois psicólogos, um homem e uma mulher, necessariamente. Isso por questões de vítimas abuso sexual. Às vezes pode ser muito difícil para o paciente fazer terapia com um homem, se ele foi abusado por homem”, explicou.
De acordo com o neurocientista, nas sessões em que o paciente faz o uso do MDMA é necessária a internação, com pernoite na clínica. Segundo ele, caso haja qualquer necessidade, os terapeutas e médicos que acompanham o estudo podem ser acionados.
“Nas consultas em que o paciente toma o MDMA no consultório, ele toma o MDMA pela manhã. A consulta dura de seis a oito horas, porque a substância intensifica os processos emocionais, acelera o raciocínio. O paciente se lembra muito do trauma e consegue fazer uma psicoterapia muito profunda”.
“Ele fala muito do trauma, ele sofre muito, e os terapeutas ajudam com várias técnicas padronizadas de psicoterapia”, destacou.
Eficácia
Eduardo Shenberg explicou que, atualmente, os tratamentos vigentes para o transtorno do estresse pós-traumático só funcionam com eficácia para cerca de 30% das vítimas, sendo que 70% dos pacientes não melhoram. Segundo ele, a doença acaba bloqueando a pessoa, que teme falar sobre os seus traumas.
“O paciente, muitas vezes, se fecha emocionalmente. A memória é tão agressiva e tão intensa que o paciente não consegue falar a respeito. Ele vai para consultório fazer psicoterapia, acaba falando de outros assuntos. Ele não consegue narrar o trauma para os terapeutas, não consegue falar como se sente e pode até entrar em pânico se for pressionado a falar sobre o evento traumático”, pontuou.
O neurocientista explica que a substância gera efeitos que trazem à tona os traumas vividos pelo paciente, por meio de estímulos feitos ao cérebro.
“O MDMA estimula a liberação de uma série de neurotransmissores no cérebro e estimula a secreção de alguns hormônios. Com o resultado conjunto da substância, esses neurotransmissores e hormônios, ela aumenta a empatia, diminui o medo e aumenta a capacidade de raciocínio, colocando o paciente em um estado temporário de pensamentos e emoções modificados, que facilitam a terapia e permitem o paciente lembrar e sentir as emoções relacionadas ao trauma e fazer a terapia”, explicou.
Ele afirma que, neste sentido, o tratamento com o MDMA tem sido eficaz nos testes já feitos anteriormente.
“O resultado, tendo que estudos que fizeram comparação entre o MDMA com o placebo, que é uma pílula contendo nenhuma substância ativa, mostraram que, dos pacientes que tomaram MDMA 70 % melhoraram, enquanto os que tomaram placebo, só 25% melhoraram. Isso mostra que a substância tem um efeito muito grande e muito importante para facilitar o processo terapêutico”, concluiu.
……………………………….
JORNAL OPÇÃO
Hospital de Urgências de Trindade também investiga morte de paciente por H1N1
Por Matheus Monteiro
Homem pode ser outra vítima, além dos internos da Vila São Cottolengo. Laudo deve sair em 180 dias
O Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) investiga a morte de um paciente por influenza A causada pelo vírus H1N1. O homem pode ser uma vítima além dos três confirmados pelo surto na Vila São Cottolengo.
De acordo com Roberto Zonta, diretor técnico do Hutrin, o corpo já foi para verificação de óbitos, mas o laudo ainda não saiu, e deve ser liberado em pelo menos 180 dias.
No último domingo (11/3), morreu Rosa Maria dos Santos, de 54 anos, uma dos três pacientes internos no Hospital Vila São Cottolengo diagnosticados com H1N1, no município de Trindade, na Região Metropolitana da capital.
A mulher estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Na última semana, outros sete pacientes morreram, mas ainda não há confirmação sobre a causa das mortes.
A assessoria de imprensa do Hugo informou que Rosa Maria havia sido internada por conta de uma infecção pulmonar. Ela estava em estado grave respirando com ajuda de aparelhos, e morreu por volta das 17h20 de domingo.
Conforme a assessoria de comunicação da Vila São José Bento Cottolengo, a morte foi ocasionada por sepse, que “pode ter sido agravada por complicações do quadro de H1N1, já que o paciente havia sido diagnosticado com a doença.”
O hospital aguarda vaga para que outro paciente seja encaminhado a uma UTI.
Casos
Magda Carvalho, diretora de vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado de Goiás (SES-GO), informou que o período de vacinação depende da liberação do Ministério da Saúde, e está prevista apenas para o próximo mês.
Segundo ela, uma medida eficaz contra o surto é evitar grandes aglomerados, principalmente quem pertence a população de risco, como crianças pequenas e idosos. Além disso, é possível usar lenço ao tossir e lavar as mãos.
……………………………..
MP vai protocolar novo pedido de afastamento da secretária Fátima Mrué
Por Larissa Quixabeira
Nova ação alega ato de improbidade administrativa por conta da precariedade do atendimento odontológico em Goiânia
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) vai protocolar nova ação na Justiça pedindo o afastamento de Fátima Mrué da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia.
Segundo a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, Mrué estaria sendo omissa em seus deveres legais e agindo de forma negligente no trato com a saúde pública, desta vez quanto aos serviços de saúde bucal.
A promotora vai requerer o afastamento de Mrué do cargo e a condenação pela prática de atos de improbidade administrativa. As informações são do site do MP-GO.
No último dia 2 de março, a mesma promotora pediu o afastamento da secretária por autorizar o pagamento de curso de mestrado de duas servidoras com dinheiro do Fundo Municipal de Saúde, com custo total de mais de R$ 100 mil. Este primeiro pedido de afastamento foi negado, mas o processo por ato de improbidade continua correndo na Justiça.
Sobre os atendimentos odontológicos, o MP apurou que há equipamentos estragados como raio X, compressor e cadeiras, e faltam remédios e insumos básicos, tais como seringas, materiais para restauração e prótese, curativos, anestésicos, luvas, entre outros. Segundo relata a promotora na ação, noticiários locais têm mostrado essas carências, bem como consultórios fechados.
“Há um imenso descaso por parte da secretária com os atendimentos odontológicos em Goiânia. Mrué foi omissa e negligente, deixando de tomar providências essenciais para uma prestação eficiente e humanizada desses serviços”, sustenta a promotora, ressaltando ainda que essa precaridade afeta especialmente a parcela mais vulnerável da população, que não tem condições de custear um profissional privado.
O MP passou a apurar a situação a partir de denúncia dos vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo os vereadores, o atendimento odontológico em Goiânia está suspenso há vários meses, mesmo diante da normalidade do repasse do Ministério da Saúde, que envia R$ 200 mil ao mês para a prefeitura realizar o serviço.
………….
A REDAÇÃO
Surto de H1N1 está sob controle, diz Vigilância Epidemiológica
Já são oito mortes registradas | 12.03.18 – 21:13
A Redação
Goiânia – A gerente de Vigilância Epidemiológica do Estado, Magda Maria de Carvalho, disse nesta segunda-feira (12/3) que o surto de influenza A, causado pelo vírus H1N1, já está sob controle na Vila São José Bento Cottolengo, em Trindade. “Todos os pacientes estão sendo tratados”, informou.
Segundo a gerente, os pacientes haviam sido vacinados, mas alertou que a última campanha de vacinação já tem quase um ano, e que o período de imunidade vai de seis a 12 meses. Já são oito mortos por causa do surto da doença.
Magda participou de entrevista coletiva organizada pela Prefeitura de Trindade para esclarecimentos à população a respeito de incidência do H1N1 no município. Além dela, estiveram presentes o diretor de Vigilância em Saúde local, Leonardo Izidório, e o diretor técnico do Hospital de Urgências de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hutrin), Dr. Roberto Zonta.
O diretor técnico do Hutrin, Dr. Roberto Zonta, informou que será montado, na unidade, um hospital de campanha para atender possíveis infectados com o vírus. Ele afirmou que não há pacientes fora os da Vila São Cottolengo no município identificados e diagnosticados com H1N1.
As doses da vacina contra o vírus A (H1N1) são importadas do laboratório francês Sanofi-Pasteur e dos Estados Unidos, e ainda não chegaram ao Brasil. Daí a importância da adoção de cuidados para evitar o contágio pelo H1N1, como não frequentar locais fechados e com grande concentração de pessoas, não levar as mãos ao rosto ou à boca e lavá-las com frequência. Assim que as doses chegarem ao país, Goiás terá prioridade na vacinação.
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde do município, Leonardo Izidório, Trindade possui todos os insumos em estoque, como álcool em gel e máscaras que serão disponibilizados em locais públicos e nas unidades de saúde. Também serão elaborados folders para a população sobre os cuidados para a prevenção do H1N1.
…………….
O ESTADO DE S.PAULO
SUS vai ofertar mais 10 terapias alternativas
Aromaterapia e bioenergética estão entre as técnicas; especialistas criticam inclusão de práticas sem comprovação científica da eficácia
O Ministério da Saúde anunciou ontem uma lista de dez terapias alternativas que serão oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, a partir de hoje. Agora, no total, há 29 procedimentos complementares – a maioria não reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Entre as novas terapias estão aromaterapia, bioenergética, imposição das mãos e terapia de florais.
Elas se somam a outras 19 já oferecidas no SUS, como musicoterapia.
Daniel Amado, coordenador do programa de práticas integrativas do ministério, responsável pelas terapias, defendeu a importância das estratégias para evitar doenças.
Especialistas ouvidos pelo Estado, porém, criticaram a decisão.
Segundo eles, muitas dessas terapias não têm sequer eficácia comprovada cientificamente.
Além disso, destacaram que, diante de um orçamento escasso e de um serviço de saúde muitas vezes precário, seria antiético não priorizar o oferecimento de tratamentos básicos.
"As práticas alternativas não têm base em evidências", afirmou o presidente do CFM, Carlos Vital. "Essas práticas só oneram o sistema e não deveriam ser incorporadas." Coordenador da pós-graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Associação Internacional de Ética em Educação, Volney Garrafa concorda com as críticas.
"Essa priorização na alocação de recursos é feita com base na ética: o que vai trazer mais benefícios, para o maior número de pessoas, pelo maior tempo possível, trazendo menos consequências." Para Garrafa, ainda que algumas das terapias tragam benefícios, caso da meditação e da acupuntura, a questão maior é ter critérios e transparência na alocação do dinheiro público.
Das 29 práticas alternativas oferecidas pelo SUS, o Conselho Federal só reconhece uma: a acupuntura. Mesmo assim, segundo Vital, em termos muito diferentes dos estabelecidos pelo programa governamental, como "uma especialidade de alto grau de complexidade".
Defesa. Ricardo Barros, ministro da Saúde, disse que, com a novidade, o País passa a ser "líder" na oferta dessa modalidade na atenção básica. "Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes.
Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde no lugar de cuidar apenas de quem fica doente." A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi criada em 2006, com cinco procedimentos. No ano passado, foram incorporadas 14 atividades.
De acordo com o ministério, as terapias são oferecidas em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, a maior parte deles na atenção básica. No ano passado foi registrado 1,4 milhão de atendimentos. A prática mais procurada atualmente é a acupuntura.
"Os relatos que nós temos é de que os serviços que oferecem as práticas têm redução nos custos com adoecimento", afirma Daniel Amado. Ele diz não saber qual o orçamento destinado especificamente às terapias complementares.
De acordo com o coordenador do programa, as práticas fazem parte da atenção básica de saúde, que repassou para os municípios, no ano passado, R$ 17,2 bilhões.
AS NOVAS ESTRATÉGIAS
l Apiterapia Uso de produtos extraídos em colmeias – como apitoxina, geléia real, pólen, própolis e mel – para tratamento terapêutico.
l Aromaterapia Uso de óleos essenciais e outras fragrâncias para aumentar o bem-estar físico e psicológico.
l Bioenergética Adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar tensões e a expressar sentimentos.
l Constelação familiar Técnica de representação de relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais.
l Cromoterapia Uso das cores em tratamentos para harmonizar o corpo e as emoções.
l Geoterapia Técnica que utiliza argila com água para aplicação em ferimentos, cicatrizações e lesões. Também usada em doenças osteomusculares.
l Imposição de mãos Cura pela imposição das mãos para transferência de energia ao paciente. Promove bem-estar, diminui o estresse e a ansiedade.
l Hipnoterapia Conjunto de técnicas que induzem o paciente a alcançar estado de consciência aumentado e permitem alterar comportamentos indesejados.
l Ozonioterapia Mistura de oxigênio e ozônio com finalidade terapêutica. Técnica pode ser usada na odontologia, neurologia e oncologia.
l Terapia de florais Uso de essências florais que modificam os estados vibratórios do paciente. Ajuda no equilíbrio e na harmonização.
……………
CORREIO BRAZILIENSE
CFM critica novas terapias no SUS
Ministério incorpora 10 novos procedimentos tradicionais na lista de serviços oferecidos na rede pública com o intuito de ajudar na prevenção de doenças. Contra, o Conselho Federal de Medicina diz que os médicos não estão autorizados a prescrever os tratamentos
O Ministério da Saúde abriu espaço para o conhecimento tradicional na medicina e incluiu 10 novas terapias alternativas no Sistema Único de Saúde (SUS). Chamados de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), os tratamentos utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos milenares e voltados à cura e à prevenção de doenças, como a depressão e a hipertensão. Apesar da decisão, o Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra e afirma que os médicos estão priobidos de preescrever as terapias.
Na lista das novidades estão práticas como aromaterapia, cromoterapia, hipnoterapia, terapia de florais, entre outros (veja quadro). Com as atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos à população. A mudança foi anunciada durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro. "Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente", ressaltou o ministro Ricardo Barros.
Apesar de o ministério afirmar que a incorporação das terapias é baseada em evidências científicas e na tradição, o Conselho Federal de Medicina é contra. Atualmente, apenas duas delas são reconhecidas pelo CFM: a acupuntura e a homeopatia. Segundo o presidente do CFM, Carlos Vital, os médicos não estão autorizados a prescrever tais tratamentos. "Entendemos que as práticas alternativas não têm base, na medicina, em evidências e, portanto, oneram o sistema. Os médicos só podem atuar na medicina com procedimentos terapêuticos que tenham reconhecimento científico. Há uma especialidade médica, a acupuntura, que é feita de maneira completamente diferente do que está colocado no SUS como Prática Integrativa. Ela é feita com base em evidência científica e atinge alto grau de complexidade", diz.
Incorporação
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, publicada em 2006, instituiu cinco tratamentos alternativos: acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. No ano passado, foram incluídas mais 14: ayurveda, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga. Entre os novos tratamentos menos conhecidos está a constelação familiar, uma técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações, e a imposição de mãos, a cura pela transferência de energia de uma pessoa a outra.
Entre os mais populares está a terapia de florais, que consiste no uso de essências de flores que modificam certos estados vibratórios, auxiliando no equilíbrio e harmonização do indivíduo. A ozonioterapia – mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica – também vem se popularizando no país. A prática já é usada na odontologia, neurologia e oncologia e os defensores travam, há décadas, uma luta com o CFM para obter reconhecimento da terapia.
Saiba mais
Confira as novas terapias incorporadas ao SUS:
Apiterapia: utiliza produtos produzidos por abelhas como a apitoxina, geleia real, pólen, própolis, mel e outros.
Aromaterapia: uso de óleos essenciais concentrados extraídos de vegetais que promovem bem-estar e saúde.
Bioenergética: visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a relaxar e liberar a expressão de sentimentos.
Constelação familiar: técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Cromoterapia: se baseia em usar cores nos tratamentos das doenças.
Geoterapia: utiliza a argila para tratar ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusculares.
Hipnoterapia: Técnica que, por meio do relaxamento, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado, que permite alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos: diminui o estresse e a ansiedade por meio da aproximação das mãos ao corpo da pessoa para transferência de energia.
Ozonioterapia: mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças.
Terapia de florais: usa essências de flores que modificam estados vibratórios.
As terapias alternativas estão presentes em 9.350 estabelecimentos, em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. No ano passado, foram realizados mais de 1,4 milhão de atendimentos aos usuários, como acupuntura, yoga e auriculoterapia. Somando as atividades coletivas, a estimativa é de que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem das práticas no SUS.
……………….
Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação