CLIPPING SINDHOESG 05/04/18

5 de abril de 2018

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Bebê com problema no coração precisa de vaga em UTI da rede pública de Goiânia
Com 44 casos de H1N1 confirmados, Saúde pede calma e diz que não há motivo para pânico
Hospital da Criança esclarece boatos divulgados nas redes sociais
Ipasgo tem novo presidente
Saúde desmente informações
MP omisso
TCE cobra resultado de fiscalização que detectou irregularidades na Secretaria de Saúde do Estado 
Controle de frequência dos funcionários da saúde é incerto
Fronteiras sem UTIs
Defesa de médico envolvido na Operação SOS
Paciente morre com suspeita de H1N1 no Cais Vila Nova
Samu pede revogação de prisão
Vereadora pede intervenção do Estado na Saúde de Goiânia
Saúde alerta para falsas notícias sobre H1N1 que circulam nas redes sociais em Goiás

TV ANHANGUERA/GOIÁS
Bebê com problema no coração precisa de vaga em UTI da rede pública de Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/bebe-com-problema-no-coracao-precisa-de-vaga-em-uti-da-rede-publica-de-goiania/6636804/

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Com 44 casos de H1N1 confirmados, Saúde pede calma e diz que não há motivo para pânico
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/com-44-casos-de-h1n1-confirmados-saude-pede-calma-e-diz-que-nao-ha-motivo-para-panico/6637323/


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GAZETA DO ESTADO

Hospital da Criança esclarece boatos divulgados nas redes sociais

Associado da Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás), o Hospital da Criança, de Goiânia, divulgou hoje pela manhã uma nota com esclarecimentos de boatos, totalmente infundados e irresponsáveis, que vêm sendo divulgados em redes sociais. Confira:

Com relação ao áudio com informações inverídicas que está circulando em redes sociais, o Hospital da Criança esclarece:

1) Embora estejamos atendendo, como todo ano, muitos casos de crianças com vírus respiratórios, NENHUMA CRIANÇA FALECEU com suspeita de H1N1 neste hospital.

2) O Dr. Luiz Sérgio de Aquino Moura estava de plantão na segunda-feira, dia 26 de março, sem sintomas de qualquer doença.
Todos os colegas de trabalho continuam saudáveis.

O Hospital da Criança, em luto pela perda do estimado pediatra, continua seu trabalho, atendendo seus pacientes com o cuidado de sempre.

Goiânia, 4 de abril de 2018.

Dra. Paula Pires de Souza
Diretora Clínica do Hospital da Criança
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IPASGO
Ipasgo tem novo presidente
A partir da próxima segunda-feira, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás tem novo presidente. Atendendo ao processo de reforma administrativa promovida pelo Governo de Goiás, o médico e servidor de carreira Romeu Sussumu Kuabara deixa a presidência. Em seu lugar, assume o atual Secretário da Casa Civil, José Carlos Siqueira.
Quem sai – Romeu Sussumu Kuabara é formado pela Faculdade de Medicina de Marília (SP), com especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia Vascular e pós-graduação em Administração de Serviços de Saúde e Auditoria Médica. Concursado do próprio Instituto, integra os quadros há 15 anos e assumiu a presidência em setembro do ano passado. Neste período, a preocupação foi a manutenção da prestação de serviços e a conclusão do Hospital do Servidor Público Fernando Cunha Júnior, que teve a primeira etapa inaugurada no último dia 27.
Quem entra – José Carlos Siqueira é formado em Direito, com pós-graduação em Direito Comercial e Administração Pública, tendo exercido as funções de professor, consultor jurídico e de orçamento e delegado do Tribunal de Contas do Estado. Presença marcante na gestão pública de Goiás nos últimos anos, foi secretário da Fazenda e do Planejamento e presidente da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural, do Detran e da Saneago. Comandou ainda a Controladoria Geral do Estado e desde junho do ano passado estava à frente da Secretaria da Casa Civil.
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O HOJE

Saúde desmente informações

A   Secretaria   Estadual de Goiás (SES) desmentiu ontem   informações   que circulam nas redes sociais sobre   casos   de   contaminação   de   funcionários   e mortes   de   crianças   do Hospital da Criança ocasionadas   pela   influenza
H1N1, em   Goiânia.   De acordo   com   a   assessoria de   imprensa   da   pasta, o médico Luis Sérgio estava de   plantão   durante   toda a última segunda-feira (2) e   não   sentiu   quaisquer sintomas   relacionados   à
doença, ao   contrário   do que foi vinculado na tarde de anteontem na internet.
Após a morte do pediatra Luiz Sérgio de Aquino Moura, a SES ainda ratifica que os trabalhos com os   pacientes   vem   sendo realizado com o “cuidado de sempre”. Esses boatos circularam   depois   do anúncio do adiantamento das vacinas contra a doença   H1N1   pelo   Ministério da Saúde. O Hoje noticiou que   milhares   de   pessoas anteontem procuraram a rede   privada   para   se   vacinar. A injeção imunizadora tem valor médio de R$ 100 para as vacinas trivalentes e R$ 140 para os quadrivalentes.
Ontem, o   presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Andrey
Azeredo, encaminhou ofício   para   a   secretária   de saúde da Capital, Fátima Mrué. “O município tem recursos e pode antecipar em   razão   das   particularidades de nossa cidade.
Estamos   apresentando sugestões   para   que   tenhamos, de fato, um pouco mais de Saúde na Capital”, disse   Azeredo, em   sessão   plenária.   De acordo com dados da Gerência de Imunização da Secretaria Municipal de
Saúde (SMS), a vacinação vai seguir o cronograma estabelecido pela SES. A campanha   vai   de   23   de abril a 25 de maio.
Na última terça-feira, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) confirmou o terceiro caso de morte em decorrência da influenza H1N1 no es-
tado só neste ano. A vítima   morava   em Jaupaci, na   região   central. Também foi confirmada uma morte por conta do vírus H3N2, que é considerado por especialista uma mutação do vírus responsável   pela   pandemia   em 2009. Para conter o avança   das   duas   doenças, o governo   estadual   criou comitê   que   vai   debater ações   e   levantar   informações sobre o que ainda é necessário ser feito.
Em entrevista coletiva, a gerente da Vigilância Epimiológica, Magna Maria de Carvalho, disse que apenas na última semana foram registrados
14   casos   graves   de   influenza A. "A secretaria está   preocupada, é   um aumento   significativo, mas é sazonal", afirmou Carvalho.   "Goiás   não vive epidemia, o número de casos está crescendo, mas   estamos   em   alerta para epidemia", finaliza.
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DIÁRIO DA MANHÃ

MP omisso

É de se estranhar o silêncio e a omissão do Ministério Público diante da situação calamitosa da saúde pública em Goiânia. A cada dia, mais e mais se agrava o caos para o qual a prefeitura faz ouvidos moucos, como se o assunto não fosse de sua competência.
Alheio a dor
Será que os defensores da sociedade entendem que o sofrimento do povo não é o bastante para que eles se posicionem, ou será necessário que haja um holocausto provocado por epidemias para que eles atuem?
SOS imprensa
Lavando a mão no sangue do justo, a Secretaria Municipal da Saúde ostenta a sua total incompetência diante da situação, ignorando o sofrimento da população que, não tendo a quem recorrer, se serve da imprensa para fazer seus apelos tristes e repetitivos.
Carência total
Não faltam apenas médicos para atender a população nos Cais, Upas e Ciams.
Há carências também de medicamentos, ambulâncias, e, principalmente, zelo no trato para com as pessoas que, desesperadas, procuram socorro onde ele deveria existir.
Fila da agonia
Somente na última segunda-feira, 103 pacientes, entre adultos e crianças, aguardavam por um leito de UTI na Capital. Na média, apenas dois médicos estão atendendo nas unidades de saúde. Não raro, os pacientes que recebem tratamento em casos de fraturas ou ferimentos precisam comprar os insumos para que o atendimento seja feito nas unidades buscadas.
Jogo de cena
Enquanto isso, os vereadores goianienses fingem se preocupar com a situação com os trabalhos de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) que não sai do lugar.
Cadê a grana?
E pra concluir, uma pergunta inocente: para onde vai o dinheiro que o município recebe todo os meses para fazer uma política de saúde efetiva na cidade? Por que essa grana não é mostrada para a população e, principalmente, por que a Câmara Municipal nunca se interessou em dar publicidade ao detalhamento dos gastos com o setor?
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TCE cobra resultado de fiscalização que detectou irregularidades na Secretaria de Saúde do Estado 

* O Tribunal de Contas do Estado de Goiás está cobrando os resultados das tomadas de contas especiais instauradas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) após fiscalizações que apuraram irregularidades ocorridas de janeiro a dezembro de 2010 na Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa.
* Relator das tomadas de contas, o conselheiro Sebastião Tejota determinou na sessão plenária de ontem que a SES comprove se a empresa Medcomerce entregou os medicamentos faltantes oriundos do processo de aquisição n° 2010000010016576.
* Caso não tenha recebido os medicamentos, a SES terá de informar se anulou os empenhos e tomou medidas para aplicar as sanções administrativas cabíveis à contratada, nos moldes da Lei n° 8.666/1993.
* A SES terá também de apresentar ao TCE os resultados das tomadas de contas especiais, visando apurar os danos causados ao erário pelas empresas Hospfar, Merdcomerce e Milênio, e informe as medidas administrativas adotadas em face dessas empresas a fim de impedi-las de participar de novos procedimentos licitatórios, em caso do não cumprimento das determinações.
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Controle de frequência dos funcionários da saúde é incerto

Projeto de Lei prevê implementação de ponto eletrônico para controle de frequência dos servidores. Hospitais geridos por OSs, que são maioria, têm sistema próprio
Um Projeto de Lei (PL) que propõe a implementação de ponto eletrônico para controle de frequência na rede estadual de saúde de Goiás pode ser apresentado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O texto surgiu do Projeto Politizar, que dá a oportunidade para estudantes simularem a condição de parlamentar, e foi apresentado pelo deputado estadual Karlos Cabral (PDT) ao Governo do Estado. O objetivo seria "evitar fraudes e assegurar aos profissionais de saúde transparência no exercício de seu trabalho", e seria instituído por uma "empresa parceira".
A Secretaria de Saúde do Estado (SES), disse que os servidores "estão sujeitos ao registro de ponto eletrônico" através do Sistema de Frequência (SFR), que é gerido pela Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (SEGPLAN). Os hospitais geridos por Organização Social (OS) possuem sistema próprio para controle da frequência. De acordo com a SES, as OSs fazem controle independente devido à necessidade de adequações ao Sistema de Frequência que não foram implementadas pela SEGPLAN.
Em agosto do ano passado, o Ministério do Trabalho autuou pelo menos sete hospitais geridos por OSs em Goiás por irregularidades trabalhistas, entre elas, jornada de trabalho excessiva. De acordo com o auditor Ricardo Oliveira, que constatou os problemas, médicos chegavam a trabalhar 60 horas seguidas. O deputado Karlos Cabral afirma que, caso o PL seja apresentado, o texto deveria ser reavaliado para o controle dos servidores das OSs, "que são instituições privadas". Atualmente, 17 unidades hospitalares do Estado são geridas por OSs.
Apesar da autuação, a SES garante que as OSs "não se eximem ao controle da gestão de frequência", afirmando que as entidades precisam "comunicar formalmente, por meio de relatório, dados sobre a consolidação mensal das frequências dos servidores subordinados" às Organizações. A assessoria da SEGPLAN afirmou que, apesar de ser responsável pelo controle de frequências dos hospitais públicos, os responsáveis pelas OSs é que devem "exigir a rigorosa observância das normas estabelecidas para o registro, controle e apuração da frequência dos servidores", que não são ligados diretamente ao Estado e são contratados pelas OSs pelo regime de CLT.
Pela legislação estadual, somente o Poder Executivo pode apresentar projetos que regulam a atividade dos servidores públicos. Por este motivo, o deputado Karlos Cabral apresentou o texto como anteprojeto de lei, ou seja, sugerindo a matéria ao governador, para que ele, então, apresente o Projeto de Lei. "Vai depender do governo estadual para ele avaliar se gostaria de encaminhar como PL para assembleia analisar", disse Cabral.
A enfermeira Lorena Morena, de 28 anos, atualmente trabalha no Hugol (Hospital de Urgências Otávio Lage Siqueira), gerido pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (AGIR), que foi uma das autuadas pelo Ministério do Trabalho. Morena diz que o controle de frequência no hospital é feito por biometria e os funcionários têm acesso aos pontos lançados diariamente através do "espelho do cartão de ponto".
EDIÇÃO
A enfermeira, que já trabalhou no Hospital das Clínicas, atualmente gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), afirma que já testemunhou servidores "não cumprirem a carga horária ou utilizar o horário de trabalho para compromissos pessoais". Morena ressalta ainda que "poucos hospitais de Goiânia respeitam a carga horária dos profissionais de saúde". No caso dos enfermeiros, a legislação determina jornada de 30 horas semanais, que, segundo ela, é cumprida pelo Hugol, mas é uma exceção.
A ideia do Projeto de Lei surgiu na última edição do Projeto Politizar, realizado na Alego, apresentado pelo estudante deputado simulando Matheus Pereira. O Politizar é um projeto de extensão da Universidade Federal de Goiás (UFG), que tem como objetivo "oferecer aos estudantes e comunidade em geral uma simulação do processo legislativo brasileiro adotado na Alego, envolvendo os estudantes que se interessem pelo sistema na construção de leis, pareceres, alianças"
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Fronteiras sem UTIs

22% dos municípios não têm leito de internação e 93% estão sem UTI. Diagnóstico consta em levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM)

Um em cada cinco municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países não tem leitos de internação disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).  Em 93% desses locais, também não há leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Onde há UTI, elas totalizam 273 leitos, sendo que 133 estão apenas em Porto Velho (RO).
O diagnóstico consta em levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), que aponta precariedade no atendimento à saúde em 122 cidades fronteiriças nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Os dados são relativos ao ano de 2018.
De acordo com o levantamento, o número total de habitantes nos 122 municípios fronteiriços contrasta com o de unidades básicas de Saúde (UBS) ou centros de saúde neles disponíveis: são cerca de 3,4 milhões de habitantes e 654 unidades. Em estados como Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte, com um conjunto populacional semelhante, o número de estabelecimentos de saúde é maior: 821, 978 e 841, respectivamente.
Nas cidades de fronteira, 42 delas não contam com um hospital geral. As demais reúnem, juntas, 115 hospitais, conforme dados obtidos pelo CFM junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), coordenado pelo Ministério da Saúde. O conselho destaca que o total de hospitais é praticamente igual ao registrado apenas no município do Rio de Janeiro.
Em alguns casos, o CFM reconhece que a ausência deriva da falta de estrutura ou demanda. No entanto, a coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira do conselho, Dilza Teresinha Ribeiro, diz que "é imprescindível que se ofereça condições mínimas de atendimento em casos mais graves".
Deslocamentos
Com a dificuldade de obter atendimento na cidade em que reside, a população precisa se deslocar para outros municípios. De um total de 200 mil internações de moradores das cidades analisadas, 16 mil ocorreram fora dessa zona. "Em muitos lugares um paciente tem que esperar dois ou três dias por um transporte que possa levá-lo ao hospital mais próximo", diz Dilza Ribeiro.
Quase mil das 13.835 internações para tratamento de pneumonias ou gripe tiveram que ser feitas em outros locais. Dos 22.745 partos, 1.700 ocorreram fora dos limites dos municípios fronteiriços.
Outro reflexo é a redução na quantidade de atendimentos. De acordo com o relatório do CFM, entre 2011 e 2017, o número de consultas teve queda de 17%.
"São localidades distantes dos centros urbanos e muitas vezes de difícil acesso. Nelas, vivem uma população que também precisa ter acesso a diagnósticos e tratamentos. Por isso, a oferta de serviços públicos de qualidade tem sido um desafio", alerta Carlos Vital, presidente do CFM.
Tuberculose e hanseníase
Problemas de saúde muito presentes em outras épocas e residuais em grandes cidades apresentam taxa de incidência mais alta nesses municípios.
Um exemplo é a hanseníase. Já eliminada em muitos países, a doença foi registrada em 70 dos 122 municípios de fronteira, no ano de 2015. Em 60% das cidades com presença da doença, a taxa de detecção ficou acima da média nacional, que é 10,23 casos confirmados por 100 mil habitantes.
A tuberculose, doença que pode ser prevenida em crianças com a vacina BCG ou, depois, com a identificação da infecção latente, que pode ocorrer em quem convive com alguém que tem tuberculose, está presente em 92 dos 122 municípios analisados.
Em 38 deles, a presença é maior do que a média nacional, de 33,83 pessoas a cada grupo de 100 mil. As situações mais graves foram identificadas nos municípios de Santa Rosa do Purus (AC), Assis Brasil (AC) e Porto Velho (RO), onde os índices foram de 232,52; 189,42; e 100,94, respectivamente.
A mortalidade infantil também tem taxa mais alta em 71 municípios de fronteira em comparação à média nacional, que é de 12,42 mortes a cada mil nascidos vivos, no ano considerado pelo CFM para a análise, 2015. O dado positivo é que em apenas três municípios houve aumento no número de casos em relação ao ano de 2006.
Em Santa Rosa do Purus, a taxa chega a 73,33 mortes a cada grupo de mil – 5,5 vezes mais que a taxa nacional. Em Barcelos (AM) é de 59,41 e em Doutor Maurício Cardoso (RS), de 47,62.
Profissionais
O número de profissionais de sáude também é menor nos municípios fronteiriços. Apenas 3.869 médicos atuam nessas áreas – 0,9% do total em atividade no país. A situação era pior há sete anos, quando o número era 46% menor. O crescimento, aponta a instituição, não considera o impacto do Programa Mais Médicos.
O número de enfermeiros e odontólogos é ainda menor: 3.309 e 1.726, respectivamente. Isso representa 0,7% e 1,3% do total de profissionais de cada uma das categorias. Como no caso dos médicos, a situação está melhor do que em 2011. O número de enfermeiros nestas cidades aumentou em 94%; já o de dentistas cresceu 34%.
"Médicos e pacientes são vítimas da falta da vontade política para investimento mais adequado que permita as condições de trabalho para os atendimentos, já que se trata da vida e da dignidade do cidadão brasileiro", afirma o presidente do CFM, Carlos Vital.
A entidade vê a criação de uma carreira de Estado para médicos como forma adequada de distribuir melhor a presença desses profissionais no território brasileiro, garantidas condições adequadas.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde afirmou, por meio de nota, que a montagem e manutenção da rede de atendimento de saúde é uma responsabilidade compartilhada entre os governos federal, estaduais e municipais. Segundo o órgão, o SUS é organizado em "regionais de saúde" a partir da população, não sendo necessária a presença de hospitais em todas as cidades, mas assegurada uma estrutura que possa abranger um conjunto de municípios.
"O Ministério da Saúde considera que o levantamento citado não leva em conta estas diretrizes essenciais da organização regionalizada do SUS. A resposta assistencial deve ser organizada por meio da pactuação entre os gestores, que devem identificar os serviços de referência e os fluxos regulatórios para assegurar o acesso de acordo com as diferentes necessidades. Sendo assim, a análise de resposta dos serviços de saúde não pode considerar somente os recortes municipais para compreender esta capacidade regionalizada de promover o acesso as ações e serviços de saúde no SUS", diz o comunicado do Ministério.
No tocante à quantidade de leitos, o ministério informou que entre 2010 e 2017 o número passou de 31,5 mil para 43,6 mil, acréscimo de 38%. Segundo o órgão, a criação desses ambientes de atendimento depende de solicitação das prefeituras.
Em relação aos casos de tuberculose, o ministério informou que o universo estudado pelo CFM não apresenta padrão, variando conforme índices de desenvolvimento humano e indicadores sociais e populacionais. "Dados iniciais demonstram que a tendência de incidência da doença não variou quando comparada com o restante do país", diz o texto.
Quanto aos índices de hanseníase, a pasta afirmou que "além da oferta de tratamento o Ministério da Saúde atua na busca ativa de casos para diagnóstico precoce, prevenção das incapacidades e investigação dos contatos para interrupção da cadeia de transmissão da doença". Uma das ações é a Campanha Nacional de Hanseníase, da qual participam 49 cidades de fronteira (40% do universo analisado no levantamento do conselho).
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JORNAL OPÇÃO

Paciente morre com suspeita de H1N1 no Cais Vila Nova
Por Yago Sales

Na mesma unidade, outras três pessoas estão isoladas e aguardam resultado de exames para constatar a suposta contaminação pelo vírus
Isolado na sala de reanimação do Centro de Assistência Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova desde as 2 da madrugada, o técnico em informática José Nilton Pereira, de 40 anos, morreu com suspeita de H1N1 na tarde desta quarta-feira (4/4) à espera de vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Pereira não resistiu às cinco paradas cardiorrespiratórias, de acordo com a equipe médica. Outros dois pacientes estão isolados em salas improvisadas na unidade. Uma pessoa foi colocada em um consultório médico e a outra na sala de curativos. Um terceiro, que chegou às 19 horas, está internado no mesmo espaço no qual José morreu.
O namorado do técnico, José Santos de Souza, de 28 anos, contou ao Jornal Opção que os dois procuraram o Cais Vila Nova na terça-feira (3), mas foram encaminhados ao Centro de Atendimento de Campinas. “Lá, um médico não quis atender. Disse que injetaria dipirona e pronto”, relata Souza.
O paciente que faleceu sentia muitas dores no peito e náuseas. “Ele estava gripado, mal conseguia falar lá no Campinas”, lembra o namorado. Sem saber para onde ir, os dois decidiram procurar a rede particular. “Fomos para o Hospital São Francisco, mas quando o caso piorou e não teríamos condições de pagar, ficamos desesperados”, lembra.
“Um médico pediu até pelo amor de Deus para algum Cais internar o José e então voltamos para o Cais Vila Nova”, lembra Souza a peregrinação de Pereira por atendimento, com quem se casaria em breve. “Ele chegou aqui com desconforto respiratório, muito fraco mesmo”, conta uma enfermeira da unidade.
Na reanimação em que estava Pereira, o condicionador de ar está queimado e uma mancha de mofo deixa um cheiro forte no lugar. “Estes locais são inapropriados para os pacientes que deveriam estar isolados em UTIs”, alerta uma técnica de enfermagem.
Já outra profissional relata que a paciente que está na sala de curativos tem preocupado os funcionários. “Ela está colocando todos em risco porque sai várias vezes do isolamento sem máscara”, reclama.
Todas as pessoas que permaneciam na unidade durante a tarde utilizavam máscaras. “Não entendi o motivo de todos estarem usando isso”, questiona uma mulher que foi levar a filha de 7 anos. “Aqui tem duas pessoas com H1N1. E aquele ali morreu”, diz um rapaz ao ajeitar a máscara e apontar para o corpo de Pereira, que era conduzido pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
“Eu vou para casa”, diz a mãe, segurando as mãos da filha, sem olhar para trás. Procurada, a Prefeitura de Goiânia não se manifestou até o momento sobre o caso.
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Defesa de médico envolvido na Operação SOS Samu pede revogação de prisão
Por Nathan Sampaio
De acordo com advogado, Maurício Batista Leitão não está foragido e irá se apresentar às autoridades
A defesa do médico Maurício Batista Leitão, investigado pela Operação SOS Samu do Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou ao Jornal Opção que vai pedir a revogação do mandato de prisão do réu.
Relacionados
Maurício era o médico regulador no Samu e sócio do Instituto Goiano de Terapia Intensiva (Saúde Total Limitada). Ele é suspeito de integrar esquema de encaminhamento irregular de pacientes para UTIs privadas em Goiânia por meio de propina. O pedido de prisão do médico foi decretado nesta terça-feira (3/4).
À reportagem, o advogado do investigado também informou que o cliente não está foragido, conforme aponta a Justiça. Está em casa e irá se apresentar às autoridades, logo que for notificado.
Deflagrada em 2016, a Operação SOS Samu investigou 31 pessoas envolvidas e denunciadas por corrupção passiva e ativa. Entre os denunciados estão outros médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, motoristas de ambulância, bombeiros e administradores de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

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Vereadora pede intervenção do Estado na Saúde de Goiânia
Por Larissa Quixabeira

Diante do caos na saúde, Sabrina Garcêz (PMB) apresentou requerimento para que o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, analise entrar com pedido de intervenção
A vereadora Sabrina Garcêz (sem partido) usou o tempo de liderança na tribuna na manhã desta quarta-feira (4/4) para apresentar um requerimento de intervenção do Estado de Goiás na área da Saúde da capital. O pedido será encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, a quem compete fazer a solicitação.
“Venho pedir aos vereadores que analisem o requerimento que apresento aqui hoje, endereçado ao procurador Benedito Torres para uma intervenção do Estado na Saúde do município de Goiânia. Pela constituição, não temos poder para pedir intervenção, quem deve fazê-lo é o doutor Benedito Torres. Então apresento requerimento a ele para que analise o cabimento ou não de intervenção e peço que os colegas aprovem esse pedido”, disse a parlamentar.
Ela lembrou que, em entrevista recente, quando questionado sobre a questão da Saúde, o prefeito Iris Rezende (MDB) disse que a situação está “absolutamente regular”.
“Essa Casa tem que tomar uma atitude enérgica ou então mais pessoas vão continuar morrendo. A secretária fecha os olhos, o prefeito diz que está tudo bem. Hoje, o direito à vida não é respeitado em Goiânia”, reiterou a Sabrina.
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Saúde alerta para falsas notícias sobre H1N1 que circulam nas redes sociais em Goiás

Por Marcelo Gouveia
Secretaria reitera que o Estado de Goiás não está em situação de epidemia, mas em situação de alerta
A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) alerta para falsas notícias que têm circulado na internet, grupos de Whatsapp e mídias sociais, causando pânico na população. A gerente de epidemiologia da SES-GO, Magna Maria de Carvalho, esclarece que o Estado de Goiás não está em situação de epidemia, mas em situação de alerta.
“É importante esclarecer para as pessoas que fazem uso das redes sociais, que existem várias notícias circulando com informações falsas, gerando um pânico desnecessário e muitas vezes prejudicial, pois faz com que as pessoas corram para rede privada de vacinação, formando filas e permanecendo em aglomerações que são propícias para a transmissão de doenças”, orienta.
Uma dessas falsas notícias informou, por exemplo, a morte de crianças em um hospital particular de Goiânia. Essa unidade, por sua vez, divulgou nota esclarecendo que nenhuma criança havia falecido no hospital, com suspeita de H1N1, e que todos os profissionais que atuam na unidade estão saudáveis.
Magna orienta ainda que é importante tomar medidas de precaução como evitar levar crianças pequenas, gestantes ou idosos a locais onde há aglomerações; lavar sempre as mãos com água e sabão ao voltar da rua ou sempre que tiver contato com muitas pessoas; usar lenços de papel ao tossir e espirrar; e, diante de qualquer sinal de alarme como febre alta, falta de ar e dor no corpo procurar, imediatamente, auxílio médico.
Quais são os sintomas da Influenza/H1N1
A febre é a manifestação mais importante e dura em torno de três dias. Sintomas respiratórios, como a tosse, dores musculares, de garganta e de cabeça, calafrio, fraqueza, espirros e coriza tornam-se mais evidentes com o avanço da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. Podem aparecer ainda sintomas como: pele quente e úmida, olhos avermelhados e lacrimejantes. As crianças podem apresentar aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarreia e vômitos.
Grupo de risco
Alguns pacientes apresentam um risco maior de complicações após infecção pelo vírus H1N1:
Portadores de doenças pulmonares crônicas (asma, por exemplo);
Cardiopatas;
Portadores de doenças metabólicas crônicas, como a diabete;
Imunodeficientes ou portadores de imunodepressão;
Crianças com menos de 2 anos;
Grávidas ou mulheres no período pós-parto;
Adultos com mais de 60 anos;
Pacientes debilitados;
Portadores de doenças renais ou hemoglobinopatias.
Vacinação:
A Campanha de Vacinação contra Influenza 2018 acontecerá entre os dias 23 de abril a 01 de junho, segundo cronograma do Ministério da Saúde.
Cronograma da vacinação:
• 23/04 a 04/05: Idosos e Trabalhadores da saúde
• 07 a 11/05: Gestantes, puérperas e crianças
• 12/05: Dia “D” TODOS OS GRUPOS
• 14 a 18/05: Comorbidades
• 21 a 25/05: Professores
• 28 a 01/06: todos os grupos
• Indígenas: durante todo o período de campanha
• População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: a critério dos municípios.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação