CLIPPING SINDHOESG 08/05/18

8 de maio de 2018

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES
Crianças ficam internadas em corredor por falta de leitos no Hospital Infantil de Palmas
Parentes de pacientes internados na Santa Casa denunciam que falta de materiais básicos
Governador anuncia que Estado vai assumir regulação da saúde
Atendimento caótico em Aparecida
Unimed Goiânia participa de debate sobre papel das entidades médicas

TV ANHANGUERA/TOCANTINS
Crianças ficam internadas em corredor por falta de leitos no Hospital Infantil de Palmas
http://g1.globo.com/to/tocantins/jatv-2edicao/videos/t/edicoes/v/criancas-ficam-internadas-em-corredor-por-falta-de-leitos-no-hospital-infantil-de-palmas/6718347/
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TV ANHANGUERA/GOIÁS
Parentes de pacientes internados na Santa Casa denunciam que falta de materiais básicos
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/parentes-de-pacientes-internados-na-santa-casa-denunciam-que-falta-de-materiais-basicos/6719466/
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O HOJE

Governador anuncia que Estado vai assumir regulação da saúde
José Eliton disse ontem que “decisão está tomada” e que governo optou por não enviar mais o projeto à Assembleia Legislativa

Venceslau Pimentel*
O governador José Eliton (PSDB) anunciou ontem que o Estado vai assumir o sistema de regulação de saúde nas unidades de sua competência, e que não haverá necessidade de solicitar autorização da Assembleia Legislativa para tal procedimento. Em entrevista à imprensa, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, ele explicou o motivo da mudança, já que havia dito que o projeto de lei seria encaminhado para apreciação dos deputados nesta semana. 
“A Procuradoria entendeu que não há necessidade de encaminhamento de um projeto de lei para tratar dessa questão”, disse, ao fazer um balanço dos primeiros 30 dias de sua administração, informando que, com a aquiescência de pelo menos 90% dos municípios, estão sendo definidos os últimos detalhes para implantar o novo sistema.
Segundo o governador, neste fim de semana a Procuradoria manteve contato com a Casa Civil e as Secretaria de Gestão e Planejamento e da Saúde para discutir o assunto. “A decisão está tomada em relação a essa matéria”, afirmou. “O caminho jurídico que foi definido diz respeito à própria câmara tripartite que trabalha com a questão de saúde. Essa matéria está sendo discutida no âmbito dos municípios goianos, conforme estabelece a lei que regulou o Sistema único de Saúde (SUS).
Como se trata de uma questão pactuada com os municípios, junto aos órgãos reguladores e à Secretaria de Estado de Saúde, conforme deliberado pelo regulamento do SUS, na chamada comissão tripartite, o assunto não passará pelo crivo do Legislativo, explicou o governador.
O procedimento para a regulação está em fase de chamamento e será gerenciado por uma Organização Social (OS). Segundo Eliton, mais de 90% dos municípios manifestaram-se favoráveis à decisão tomada pelo governo, e que o acordo será deliberado, “com muita naturalidade na próxima reunião da câmara que trata desse assunto na saúde”.
Goiânia
No caso específico de Goiânia, o governador disse que o assunto foi pactuado com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), em reunião no Paço, no dia 26 de abril. “Eu cumpro os acordos que são pactuados. Pactuamos uma ação conjunta para solucionar os problemas na área da saúde”, disse.
Em relação aos questionamentos de Iris, de que o Estado não teria instalado as 16 centrais de regulação no interior, limitando-se a apenas três – Aparecida de Goiânia, Rio Verde e Anápolis – o governador evitou polemizar. “Eu não quero ficar brigando com ninguém, mesmo porque para o cidadão não interessa qualquer tipo de briga ou discussão inócua, inútil, para saber se é obrigação do prefeito, do governador ou do presidente da República”, respondeu Eliton a uma pergunta durante a coletiva.
Para ele, quem está à espera de uma cirurgia não lhe interessa saber de disputas políticas. “O que me move a tomar essa ação é a vontade de resolver os problemas”, pontuou, salientando que poderia ficar na zona de conforto, deixando o problema, na capital, ao prefeito. “Eu estou buscando é resolver. O que pactuei com o prefeito foi justamente unirmos esforços a favor da população, e me mantenho firme nesse proposito. Agora, não afastarei, não tergiversarei no sentido de tomar as decisões necessárias para atender as pessoas”.
Programa realiza quase 2 mil atendimentos na Saúde
Ao reafirmar que sua gestão trabalha pela modernização das ações na saúde, para oferecer serviços de qualidades ao cidadão, o governador José Eliton citou o programa Terceiro Turno na Saúde, lançado recentemente.
Segundo ele, em duas semanas o programa realizou 1.886 procedimentos, entre consultas, exames e cirurgias nas seis unidades hospitalares do Estado, dentro da primeira etapa. Foram registradas 771 consultas, 1.027 exames e 98 cirurgias no HGG, Crer, Hutrin, Huana e no Hospital Ernestina Lopes, em Pirenópolis. A tendência é que esse número aumente ainda mais nos próximos dias, já que outras unidades vão se integrar ao programa. A meta é chegar a mais de 7 mil cirurgias e 140 mil procedimentos de exames e consultas, “garantindo o padrão de excelência na saúde pública de Goiás".
Eliton destacou o empenho do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, na antecipação da vacinação contra a gripe H1N1, no dia 13 de abril, com mais de 1,4 milhão de doses e 1,1 milhão já aplicadas em todos os municípios goianos.
Sobre declaração atribuída ao senador e pré-candidato ao governo, Ronaldo Caiado (Democratas), de que o Estado não estaria cumprindo o índice constitucional na área da Saúde, Eliton disse não saber com quais elementos ele trata essa questão. “Ele deve apresentar os seus dados e apresentar suas referências históricas. Estou falando de dados oficiais aprovados pelo Tribunal de Contas, órgão que tem competência para tal. Não faço aqui proselitismo político e nem fico jogando para a plateia. Eu trabalho com base em números reais, constantes com responsabilidade e não para fazer barulho”, respondeu.
Pirotecnia
Quanto a questionamentos da oposição, de que as atuais ações do governo são pirotécnicas no fim de um ciclo de gestão, José Eliton recomendou aos críticos que perguntassem a quem precisa, por exemplo, de uma cirurgia de hérnia há quatro anos, e que agora foi atendido, e aos usuários do transporte coletivo sobre o que o governo está implementando nessas áreas. “Se isso for pirotecnia, pode ficar tranquilo que vou fazer pirotécnica todos os dias para atender as pessoas”, disse.  
Governador diz que executou 97% do plano apresentado nas eleições
Do plano de governo apresentado aos goianos nas eleições de 2014, 97% já foram executados ou estão em fase de execução, garantiu o governador José Eliton. “Nenhum estado do país tem esse indicado que Goiás tem. Isso é compromisso, é honrar aquilo que foi pactuado com a população”, disse ele durante a entrevista coletiva, acompanhado por sua equipe de auxiliares.
Na avaliação dele, o Estado atravessa “uma fase de transformação econômica, social e política sem precedentes em sua história", e atribui parte desse legado ao ex-governador Marconi Perillo. Esse cenário, disse ele, é que faz com que o Estado consiga atender ás demandas da população, daí a necessidade de manter como foco o equilíbrio e austeridade fiscal. Reafirmou o compromisso de continuar pagando o funcionalismo em dia, assim como as obrigações do governo. "O que me move é a vontade de resolver os problemas das pessoas e eu não tergiversarei quando eu tiver de tomar as decisões pelo bem dos goianos".
Afirmou que o legado de obras e planejamento deixa Goiás pronto para um novo estágio de crescimento. “Os governos liderados por Marconi Perillo e agora por mim consolidaram a infraestrutura econômica e social do Estado na saúde, educação, segurança, habitação, saneamento, malha viária, cultura e na administração”.
Durante a entrevista coletiva, o governador destacou também as medidas adotadas na Segurança Pública e Educação. Sobre o programa Mais Segurança, assegurou que as ocorrências nos terminais do transporte coletivo caíram 80%; os roubos recuaram 69,23% e os furtos, 22,97% na comparação, entre 19 de abril e ontem, a igual período de 2017.
Os dados da criminalidade mostram que no primeiro quadrimestre de 2018 foi registrada uma queda em 10 dos 12 indicadores criminais monitorados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) no primeiro quadrimestre deste ano. Os homicídios caíram 17,58% e as tentativas de homicídio de 23,98%. Caíram os roubos a transeuntes (-32,05%), roubos em comércio (-38,81%) e em residências (-28,51%); tiveram queda os furtos de veículos (-13,43%), em comércio (-18,92%), em residências (-20,84%) e transeuntes (-21,04%). Destacou que "o número roubos de veículos roubados teve queda histórica, de 22,69%, a maior em 7 anos.
Em relação ao equilíbrio fiscal, José Eliton citou levantamento do portal G1, que mostra que o estado está entre as três unidades da Federação que gastaram menos de 50% de sua Receita Corrente Líquida com a folha de servidores em 2017. Há, segundo ele, avanços significativos também na relação entre a Dívida Corrente Líquida e a Receita Corrente Líquida, que atingiu o menor patamar dos últimos 20 anos.
“Hoje é necessário menos de um orçamento anual para pagar a dívida (0,92). Em 1997, eram três orçamentos e meio”, argumentou. Também enfatizou que em 2017 só 11 estados tiveram superávit primário e Goiás é um dele, com R$ 739 milhões de saldo.
Receita
No que tange à receita do Estado, o governador disse que foi registrado um crescimento de 6,4% na arrecadação de tributos no primeiro quadrimestre deste ano. Para ele, sinaliza que Goiás é uma das primeiras unidades do País a superar os efeitos da crise econômica.
Em relação à criação de empregos, Goiás registrou o melhor primeiro trimestre dos últimos quatro anos, com a geração de de 17.220 novas vagas no mercado formal, passando para a quinta posição na geração de empregos no Brasil, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Também destacou os investimentos em Educação, Saúde, transporte e parcerias com municípios, por meio do programa Goiás na Frente, que acaba de atingir a marca de 303 convênios aprovados junto a 222 municípios, com a destinação de R$ 441,3 milhões, dos quais R$ 348,6 milhões consolidados. O governador adiantou que o município de Goiânia entregou, na última sexta-feira, os ajustes que fez no projeto de expansão da Avenida Leste Oeste, que terá um aporte financeiro de R$ 35 milhões do governo estadual na rubrica do programa Goiás na Frente.
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Atendimento caótico em Aparecida
Unidade de Pronto Atendimento do Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia, conta com somente dois médicos para a checagem de pacientes
AUPA Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia, está com déficit de profissionais para o atendimento da população, o jornal O Hoje visitou o local nesta segunda-feira (7) e constatou que somente dois profissionais estavam realizando exames físicos. O ideal, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é que cinco médicos estejam trabalhando por turno, três clínicos gerais e dois pediatras.
A dona de casa Maria de Lurdes, de 51 anos, conta que o tempo de espera passa das 8 horas. "Cheguei as 10 horas da manhã e já são 4 horas da tarde. Eles fazem a fixa e a gente tem de esperar, mas como tem pouco médico ninguém sabe a hora que vai ser atendida", disse.
Um dos funcionários da UPA, que preferiu não se identificar, afirmou que a quantidade de médico nunca é fixa. "Era para ter mais, mas só porque precisa não significa que vai ter, depende da distribuição da Secretaria. Muitos não trabalham pelo salário e as condições que são," lembrou.
Fernanda Dourado, de 30 anos, disse que está com o pé enfaixado há mais de 7 horas e não vê movimentação para o atendimento. "Hoje eles já pararam o atendimento e mandaram gente embora falando que não tinha médico o suficiente. O pior é durante a noite, que a gente não acha médico nunca", falou.
Segundo informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, em nota ao jornal O Hoje, novos médicos estão sendo contratados para que a demanda seja estabilizada. "Nesta segunda-feira (7), a UPA Buriti está funcionando com três clínicos, mais um medico na estabilização, um na enfermaria e um ortopedista. Para resolver a demanda por atendimento pediátrico na unidade, a SMS está elaborando formas de melhorar os fluxos de profissionais dessa especialidade em toda a rede de Aparecida. Só no último mês, 100 novos médicos foram contratados para reforçar as equipes", afirmou o órgão.
Dados oficiais cedidos pela SMS de Aparecida de Goiânia mostram que o município conta com cerca de três mil profissionais de saúde, divididos entre médicos, enfermeiras e técnicos de enfermagem. São 36 unidades básicas de saúde, cinco de unidades de emergência e uma maternidade geridos pelo poder público municipal. Segundo a pasta, são pouco mais de 700 médicos divididos em todas as 42 unidades de atendimento.
De acordo com o órgão, nas unidades de urgência e nos Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais), onde são ofertados serviços ambulatoriais e de emergência, são cinco médicos por turno de 12 horas, com dois pediatras e três clínicos gerais. Nestas unidades, os pacientes recebem o atendimento básico e são encaminhados para especialistas que realizam os tratamentos mais complexos.
No último dia 30 a auxiliar de produção Layane Eveny Pereira de Sales, de 31 anos, morreu enquanto esperava por uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geraldo Magela, no setor Parque Flamboyant em Aparecida de Goiânia, e apresentava quadro de dengue.
A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia afirmou, em nota, que a paciente estava recebendo cuidados compatíveis com terapia intensiva à espera de liberação de vaga de UTI em unidade especializada. De acordo com o texto, "a gravidade do seu quadro clínico impossibilitou o transporte e ela acabou não resistindo".
Atendimento Básico
Conforme informado pela pasta, os atendimentos mais simples são realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que contam com profissionais que trabalham com o programa de Estratégia de Saúde da Família. Nestes casos, as equipes são formadas por um médico generalista, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e agentes comunitários.
Estas unidades estão preparadas para realizar o atendimento em diversos casos, já que os profissionais das equipes tem uma formação generalista, prontos para atender todas as patologias. Em casos de complexidade maior, os pacientes são encaminhados para outros níveis de atenção, como o secundário, onde estão os especialistas e a terciário, em casos de internação hospitalar.
O programa de Estratégia de Saúde da Família é o projeto de atendimento básico do Governo Federal implantado no município em 1998 para reorganizar a atenção básica e primária do Sistema Único de Saúde (SUS), como os casos de consultas e solicitações de exames.
Problemas generalizados na Saúde preocupam
No último mês de março, a Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, estava funcionando com irregularidades, como a falta de higiene e materiais para operações e cirurgias. Na época, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), realizou uma fiscalização e foram encontrados problemas estruturais, com uma cesariana sendo realizada com o uso de lanterna de um telefone celular e médicos operando sem os equipamentos de proteção individual.
O vice-presidente do Cremego, Aldair Novato Silva, afirmou que os procedimentos realizados no local colocam a vida de profissionais e pacientes e risco. "A maternidade estava funcionando de uma maneira extremamente precária. Não havia campos cirúrgicos estéreis, ou seja, para proteção do paciente. Quer dizer, qualquer cirurgia que fosse feita naquela unidade naquele momento, seria feita de uma forma absolutamente sem condição", completou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia afirmou que a demanda na maternidade Marlene Teixeira foi acima do esperado para o período, e que precisava se reunir com o Cremego para discutir problemas relacionados à Saúde na cidade. A secretaria ainda afirmou que, não existe falta de materiais para a realização dos trabalhos da equipe médica na unidade.
Estudo
A pesquisa "Demografia Médica 2018" referente a quantidade de médico que o estado de Goiás e apresentada no final do primeiro trimestre deste ano, concluiu que o Estado possui 13.360 médicos, o estudo é realizado anualmente desde 2010 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Segundo a pesquisa, o Estado tem 1,97 profissionais por mil habitantes, o que corresponde a uma taxa menor que a nacional, de 2,18 médicos por mil habitantes.
A pesquisa ainda aponta que 61,5% dos profissionais do estado possuem alguma especialidade, sendo 38,5% mulheres e 61,5% homens. O principal problema enfrentado na busca de uma melhora no atendimento é a desigualdade na concentração de médicos, Goiânia possui 8.966 profissionais, o que corresponde a 67% dos médicos de Goiás.
Para o estudo, a cirurgia geral concentra a maioria dos especialistas do Estado, são 1.124, seguida pela clínica médica, com 1.056, ginecologia e obstetrícia, com 971, pediatria 947, e anestesiologia 751. As especialidades com menor número de especialistas são genética médica, com 6, cirurgia de mão, com 12, medicina esportiva, que possui 16 profissionais, cirurgia torácica tem 17, radioterapia tem 18 e cirurgia de cabeça e pescoço e medicina nuclear, com 23.
O Brasil tem hoje 452,8 mil médicos, o que corresponde a 2,18 médicos por mil habitantes. Os homens são maioria nessa profissão, 55,1%, enquanto as mulheres são 44,9%. Em 2010, data de realização da primeira demografia médica, as mulheres eram 41% do conjunto de profissionais.

Unidade remarca 7 cirurgias por semana
Segundo assessoria de imprensa da unidade o problema ocorre devido às dificuldades com o reabastecimento dos estoques de insumos
Desde abril deste ano, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, referência em Goiás e no Centro-Oeste em cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), remarca de cinco a sete procedimentos cirúrgicos por semana. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, o problema ocorre em razão das dificuldades com o reabastecimento dos estoques de insumos básicos.
Ainda segundo a assessoria, o prazo para chegada destes materiais é nesta semana e as cirurgias devem ser feitas dentro de quinze dias. A demanda por procedimentos deste tipo, isto é, sem caráter de urgência e emergência, é enorme. Hoje, 90 pacientes aguardam para fazer cirurgia cardíaca na Santa Casa. No geral este número é bem maior.
O Ministério da Saúde divulgou, em fevereiro deste ano, a liberação de mais R$61,1 milhões para repasse aos 67 municípios de 17 estados brasileiros que atingiram a meta estabelecida na Portaria n° 397, de 21 de fevereiro de 2018, conforme produção cirúrgica realizada.
Goiânia foi um dos municípios contemplados com recursos novos para cirurgias eletivas, com repasse de um pouco mais de R$ 4 milhões. Em 2017, foram feitas mais de 80,6 mil cirurgias eletivas no Brasil e a pasta repassou aos estados e municípios o montante de R$49,3 bilhões para custeio de ações, serviços e procedimentos, incluindo estes procedimentos.
Devido ao horário de fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da Santa Casa não conseguiu apurar se o hospital já recebeu o repasse desta verba liberada pelo Ministério da Saúde.
No geral, cirurgias de pele, tecido subcutâneo, ofamológicas; cirurgias das glândulas endócrinas; cirurgias do sistema nervoso central e periférico; cirurgias das vias aéreas superiores, da face, cabeça e pescoço; cirurgias e oncológicas; cirurgias do aparelho circulatório e digestivo e cirurgias do aparelho osteomuscular, estão entre as mais procuradas pela população nos hospitais de todo o país, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde.
Reincidência
A crise atinge todo o hospital deste o ano passado. Em agosto de 2017, os 540 médicos da unidade ameaçaram parar o atendimento por falta de medicamentos e insumos, além de condições adequadas de trabalho.
Na época, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) aprovou a instauração de um procedimento de interdição ética do hospital.
Já no dia 30 de abril, a maternidade da Santa Casa encerrou todas as suas atividades, conforme anunciado desde o dia 10 de abril, por meio de nota. O fechamento incluiu, além dos partos, todas as consultas de ginecologia e obstetrícia. Segundo a superintendente-geral da unidade, Irani Ribeiro de Moura, o serviço foi fechado por falta de profissionais. Um dos motivos eram os pagamentos defasados oferecidos pelo SUS.
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A REDAÇÃO
Unimed Goiânia participa de debate sobre papel das entidades médicas
Goiânia – O papel e a atuação das entidades médicas do estado de Goiás foram discutidos em abril durante uma plenária temática promovida pelo Conselho Regional de Medicina do estado de Goiás (Cremego), que reuniu representantes do Conselho e contou com a presença de presidentes e representantes de várias entidades como o Sindicato dos Médicos no estado de Goiás (Simego), a Academia Goiana de Medicina, a Associação Médica de Goiás (AMG), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do estado de Goiás (Ahpaceg) e a Unimed Goiânia. O evento foi aberto a toda classe médica. Representando a Cooperativa, estiveram presentes o presidente, Breno de Faria, e o diretor-médico, Adriano Auad.
A reunião foi aberta pelo presidente do Cremego, Leonardo Mariano Reis. Ele fez uma análise de conjuntura, apontando mudanças no cenário político brasileiro responsáveis pelo fortalecimento de algumas entidades e pelo enfraquecimento de outras e destacou a necessidade das entidades cumprirem suas funções de forma mais aprimorada. "Há uma unificação de pensamento das entidades médicas e um interesse mútuo para que todas se fortaleçam", disse, destacando que por ser uma autarquia federal, o Cremego segue a legislação que orienta a administração pública. "O nosso objetivo maior é defender a medicina e, por isso, não podemos assumir demandas que não são de nossa atribuição, como o papel sindical", completou.
O diretor de Comunicação do Simego, Rafael Cardoso Martinez, esclareceu que um dos papéis principais da entidade é defender os interesses individuais e coletivos da categoria médica, incluindo as situações em que é preciso acionar a Justiça. O representante destacou ainda que houve uma queda drástica no número de profissionais que contribuem com a mensalidade sindical, e que as entidades devem se unir para conscientização dos profissionais sobre a importância do sindicato que representa os profissionais e luta pela melhoria das condições de trabalho e remuneração da categoria.
O papel da Associação Médica de Goiás (AMG) foi destacado pelo presidente, José Umberto Vaz de Siqueira. A emissão das titulações de especialidades em Goiás, todas elas validadas pela Associação Médica Brasileira (AMB), faz parte de suas atribuições, assim como a ampla defesa da categoria e a oferta de espaços de convivência e lazer para os profissionais.
Por sua vez, o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria, destacou as funções da Cooperativa e citou que seu principal papel é proporcionar uma assistência integral de qualidade à saúde de seus beneficiários e garantir a geração de trabalho com melhor remuneração aos cooperados.
"Somos uma Cooperativa e seguimos os princípios do cooperativismo. Estamos aqui em prol da união da classe médica, buscando fortalecer um dos sete princípios cooperativistas, que é o interesse pela comunidade", destacou o presidente.
O conselheiro e diretor-médico da Unimed Goiânia, Adriano Auad, também fez uso da palavra para reforçar o papel das entidades e a importância de sua união como fator de fortalecimento da atuação na sociedade. "Acredito que se todas as entidades forem fortes, todos ganham. A união entre elas é fundamental para o exercício digno da medicina e a defesa dos direitos dos profissionais", afirmou.
E Nilzio Antônio da Silva, presidente da Academia Goiana de Medicina, relembrou a trajetória da instituição desde 1988, destacando seu papel importante de contribuir para o progresso da medicina em Goiás. "Completamos 30 anos e, neste período, buscamos promover atividades científicas e culturais, além de conservar a memória da medicina em nosso estado", falou.
Presidente da Ahpaceg, Haikal Helou citou o grande número de médicos no corpo clínico dos hospitais associados e enfatizou ser fundamental que cada entidade representativa cumpra seu papel em relação à classe médica.
Ao fim do debate, o presidente do Cremego anunciou que as entidades, a partir de agora, terão sempre uma agenda conjunta.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação