ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Pacientes esperam meses por cirurgia no sistema público de saúde em Goiás
Sem tratamento completo, clínicas de baixo custo têm impacto no SUS
Tocantins possui apenas uma máquina de radioterapia
Estudo pode mudar protocolo e reduzir pela metade tratamento de câncer de mama
Uso indiscriminado de remédios por brasileiros preocupa e acende alerta
TV ANHANGUERA/GOIÁS
Pacientes esperam meses por cirurgia no sistema público de saúde em Goiás
http://g1.globo.com/goias/videos/t/bom-dia-go/v/pacientes-esperam-meses-por-cirurgia-no-sistema-publico-de-saude-em-goias/6854497/
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FOLHA DE S.PAULO
Sem tratamento completo, clínicas de baixo custo têm impacto no SUS
Cliente da rede de centros médicos Dr. Consulta, Lais Pincheski, 21, já teve plano de saúde e depois foi para o SUS, mas se decepcionou com a dificuldade de obter atendimento na rede pública. Em posto de saúde agora só vou para tomar vacina , diz.
Pode ser assim no caso dela, mas não é a regra entre pacientes de clínicas de baixo custo. Quando precisam de cirurgias e tratamentos mais complexos e caros, boa parte recorre ao SUS – e, para isso, muitas vezes, tem que refazer todo o caminho de consultas primárias na rede pública.
Esse é um dos motivos pelos quais esses estabelecimentos populares deveriam ser alvo de maior regulamentação, segundo avaliação de Mário Scheffer, professor da USP.
Como as clínicas não são planos de saúde, não são fiscalizadas pela ANS (agência nacional de saúde suplementar).
Uma das poucas regulações sobre o tema é uma resolução recente do Conselho Federal de Medicina, que, entre outras regras, veta promoções como cartões de fidelidade nas clínicas e afirma que só se pode divulgar valores de procedimentos dentro das unidades – o que nem sempre ocorre.
Com a regulação fraca, clientes se surpreenderam quando a rede Dr. Agora fechou, no ano passado, suas clínicas que funcionavam em algumas estações do metrô de São Paulo.
Pacientes que pagaram por vacinas com mais de uma dose encontraram portas fechadas e reclamaram por não conseguirem obter ressarcimento. A reportagem não conseguiu localizar na última semana os responsáveis pela rede.
Em meio a casos como esse, o professor da USP diz ter dúvidas sobre a dimensão real do mercado. Pode ser, em alguma medida, uma bolha.
De dentro do negócio, diretores das clínicas dizem ver motivos para que não seja isso. Mesmo que a economia melhore, dificilmente o SUS vai se recuperar a tempo , afirma Vania Cardoso, diretora da clínica Megamed.
Teve um reajuste dos planos recentemente, então vai vir mais paciente , avalia Marcelo Abrahão, diretor da Fares.
Em junho, a Justiça limitou o reajuste anual de planos de saúde individuais ou familiares a 5,7%. Mas dias depois, outra decisão autorizou aumentos de até 10%.
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JORNAL DO TOCANTINS
Tocantins possui apenas uma máquina de radioterapia
Mesmo instalado em clínica particular, aparelho é utilizado por pacientes do Sistema Único de Saúde, que passam pelo setor de oncologia do HGP
A dona de casa Marta Quintino Teixeira, 59 anos, foi diagnosticada há seis meses com câncer na mama. O tratamento dela está sendo todo feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Geral de Palmas (HGP) e numa clínica oncológica da Capital. A paciente já passou por 20 sessões de radioterapia. Agora, o tratamento está praticamente no final. "Eu já vim encaminhada do HGP para o Hospital Oncológico e foi fácil conseguir fazer as radioterapias. Eu tive sorte porque estou terminando o tratamento e não tive queimaduras e nem dores", relata.
Marta ressalta que o tratamento dela foi realizado em máquina de radioterapia com tecnologia avançada. "Eu me surpreendi com o tratamento. Conversei com o médico essa semana e ele me disse que eu estava ótima", comemora a dona de casa.
Mara faz parte de um grupo de aproximadamente 2,6 mil pessoas que foram diagnosticadas com câncer no Tocantins, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Segundo uma pesquisa divulgada recentemente pelo Conselho Federal de Medicina, em 11 cidades do Estado, essa doença é a principal causa de mortes.
Segundo o médico rádio-oncologista Ismar de Rezende Junior, o câncer pode atingir pacientes de todas as idades e qualquer classe social, sendo mais propício em pessoas que possuem histórico da doença na família. "Mas outros fatores também podem contribuir, como por exemplo: tabagismo, etilismo, estresse e alimentação inadequada podem influenciar na doença", alerta.
Contudo, o especialista lembra que a partir do momento que o câncer é diagnosticado precocemente há mais chances de cura e efetividade do tratamento definido pelo médico.
Ainda de acordo com o INCA mais da metade dos pacientes com câncer são tratados por meio de radioterapia, com casos exitosos de cura ou melhora na qualidade de vida dessas pessoas. Segundo o médico, o tratamento de radioterapia é bastante eficaz, isso porque o procedimento emite feixes de radiação com altíssima precisão sobre o local afetado, evitando ao máximo comprometer os tecidos. O rádio-oncologista mencionou que outra vantagem da radioterapia é a possibilidade de preservação de órgão no tratamento oncológico, como radioterapia para curar câncer de laringe, de próstata ou bexiga, sem a necessidade de cirurgia.
Equipamento
Atualmente no Tocantins há apenas uma máquina de radioterapia em pleno funcionamento para atender todos os pacientes com câncer. O equipamento, que é operado em Palmas em uma clínica particular, atende também pacientes do Sistema Único de Saúde.
Segundo o rádio-oncologista, a máquina, importada dos Estados Unidos, figura entre os mais modernos do País sendo capaz de realizar radioterapia conformacional 3D, de intensidade modulada (IMRT) e Radiocirurgia (técnicas que maximizam os resultados com menores impactos à saúde do paciente).
Equipamento disponível em palmas é um dos mais modernos e traz benefícios extras para pacientes, diz especialista
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JORNAL OPÇÃO
Estudo pode mudar protocolo e reduzir pela metade tratamento de câncer de mama
Por Mayara Carvalho
Mudança traz mais qualidade de vida ao paciente e menos custos
Um estudo apresentado em junho nos Estados Unidos mostrou que um tratamento mais curto para o câncer de mama pode ter o mesmo resultado de tratamentos mais longos. Ele sugere que o tempo de tratamento de tumores HER2 positivo seja reduzido pela metade: de um ano para seis meses.
Esse é o um dos tipos de câncer mais comuns na mama — responde por cerca de 20% dos casos, ou 12 mil pacientes todos os anos no Brasil. Para o oncologista, Dr. Ruffo de Freitas Júnior, o estudo era o que faltava para que o protocolo de tratamento fosse efetivamente alterado. “Do meu ponto de vista, o estudo está muito bem conduzido e ele nos dá uma possibilidade real de fazer a medicação por menos tempo”, comemora.
Segundo o especialista, médicos aguardam que o estudo seja publicado para que se tenha maior acesso às análises.
De acordo com o Dr. Ruffo, em Goiás cerca de 1600 pacientes são diagnosticados todos os anos com câncer de mama. Dessas, 20% possuem o tumor HER+ e poderiam se beneficiar com menor tempo de exposição ao tratamento.
A mudança significaria, além de mais qualidade de vida, redução nos custos com a doença. “Hoje um tratamento desse tipo fica em torno de R$ 250 mil, se diminuirmos o tempo teríamos uma economia entre R$ 120 e R$ 150 mil reais. Isso, na saúde pública, poderia ser investido em muita coisa”, finaliza.
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Uso indiscriminado de remédios por brasileiros preocupa e acende alerta
Por Nathan Sampaio
Pesquisa mostra que 50% dos brasileiros assumem ter se automedicado nos últimos 15 dias, número considerado alarmante
É hábito: um brasileiro sente dor e vai correndo para a caixinha de remédios para se medicar. A prática comum aponta para um cenário bastante alarmante. Segundo estudo publicado pela revista Ciência e Saúde Coletiva sobre a prevalência do consumo de medicamentos em adultos, cerca de metade da população adulta do país assume que faz ou fez uso de medicamentos por conta própria nos últimos 15 dias.
Para a professora da Faculdade de Farmácia da UFG, Nathalie de Lourdes Dewulf, os dados são preocupantes e fazem acender um alerta. “As pessoas precisam urgentemente buscar orientações, além de se perguntar como e para quê ela está sendo feita, principalmente em casos de automedicação ou uso indiscriminado de medicamentos.”
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, sem que haja avaliação prévia de um profissional de saúde.
A automedicação, segundo a especialista, é potencializada muitas vezes por propagandas que incentivam ou induzem o consumo de medicamentos, que nem sempre são os mais indicados. “Dores de cabeça, diarreia e gripes são alguns exemplos de doenças em que pessoas costumam se medicar, sem nem mesmo pedir orientação a um farmacêutico”, diz, alertando, ainda, que o mau hábito pode, muitas vezes, acabar “mascarando” um problema crônico e mais grave.
Quanto ao uso indiscriminado de medicamentos, a professora explica que a prática parte da necessidade de encontrar a cura para doenças usando apenas remédios. “Esse é um problema que temos na sociedade. Mesmo sendo acompanhadas por médicos — o que pode ajudar — as pessoas esquecem ou negligenciam tratamentos não farmacológicos, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, por exemplo”, explica ela.
A professora destaca que, além de atingir quem não busca outros métodos de cura, quem aumenta doses ou toma remédios por mais tempo do que o indicado podem apresentar quadro de gastrite e outras reações físicas graves.
Diante disso, Nathalie lembra que a intoxicação é um problema grave que pode ser causado pelo uso indiscriminado de medicamentos. “Temos, pelo Sinetox, Sistema Nacional de Informações Toxico farmacológicas, que recolhe informações pelo SUS, a informação de que, em 2016, 33% das intoxicações que ocorreram em humanos foram causadas por medicamentos, prescritos ou não.”
Foi o que aconteceu com uma advogada ouvida pela reportagem. A profissional, que preferiu não ser identificada, conta que acabou tendo intoxicação e uma úlcera devido ao uso frequente de medicamentos. Mesmo tendo acompanhamento médico, a mulher assume que não cuidava bem da alimentação, muito menos praticava exercícios.
“Eu seguia fielmente o horário de tomar os remédios e acompanhava rigorosamente junto ao meu médico, mas descuidei com o restante. Não me alimentava corretamente e levava uma vida sedentária, então, o resultado veio com a gastrite”, revelou, dizendo que agora tenta manter um estilo de vida mais saudável.
Outro assunto grave que não pode ser esquecido quando se trata do uso indiscriminado de remédios é a dependência que estes medicamentos podem gerar. “Estes remédios costumam ter uma regulamentação restrita, então, nestes casos, é preciso haver uma supervisão”, reforça Nathalie.
Por isso, a principal orientação da especialista é que a pessoa que perceba que tem exagerado no uso de medicamentos, ou mesmo se automedicado, busque acompanhamento profissional qualificado. “É preciso fazer essa análise, pois se trata de um assunto muito sério e tem que ser bem esclarecido. Afinal, os remédios são pra trazer saúde, mas, sem essa supervisão, pode se tornar algo grave e até fatal”, conclui a professora.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação