ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médico recebe alta depois de 30 dias na UTI, em Goiânia
Secretaria de Saúde de Goiânia admite erro no registro de vacinas contra Covid-19
Pacientes de Covid-19 são atendidos em leitos improvisados em Inhumas
Covid-19: Brasil tem aumento de mortes e registra 2.841 óbitos
Consumo de produtos para a saúde cai 1,5% no Brasil, em 2020
Queiroga fala em continuidade na Saúde
Um ano após primeira morte no Brasil, coronavírus já matou mais que a Aids em toda história no país
Hospitais privados pedem leito ao SUS para doente sem plano
Sem UTI, equipes improvisam para tentar manter pacientes vivos em SP
“Eles pioram muito mais rápido”: médicos veem nova covid mais grave e letal
No país, eventos adversos graves representam 0,00007% das doses aplicadas
Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa em 12 de abril
Caiado determina fechamento de atividades não essenciais em todo Estado
Covid-19: Goiás registra 3,6 mil novos casos e 220 mortes em 24 horas
Boletim da Fiocruz aponta maior colapso sanitário da história do Brasil
Isolamento em Goiás está entre 32 e 35%, abaixo da “faixa ideal”
“Não vou trocar vida por voto”, declara Caiado
Decreto flexível em Aparecida estremece relação entre Rogério Cruz e MDB
Rogério Cruz nomeia novo secretário de Governo e igreja Universal ganha espaço na gestão
Bebê de quatro dias morre vítima da Covid-19, no interior de São Paulo
Goiânia amplia quantidade de leitos e chega a 500 leitos exclusivos para a covid-19
TV ANHANGUERA
Médico recebe alta depois de 30 dias na UTI, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/9355326/?s=0s
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Secretaria de Saúde de Goiânia admite erro no registro de vacinas contra Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/9355288/?s=0s
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Pacientes de Covid-19 são atendidos em leitos improvisados em Inhumas
https://globoplay.globo.com/v/9355153/?s=0s
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem aumento de mortes e registra 2.841 óbitos
O Brasil registrou hoje (16) um aumento no número de mortes em decorrência da covid-19. Segundo o boletim atualizado do Ministério da Saúde, o país registrou 2.841 mortes em 24 horas.
No total, o número de óbitos chegou a 282.127. Segundo o informe, ainda há 3.045 mortes em investigação por equipes de saúde estaduais. O número de casos confirmados desde o início da pandemia é de 11.603.535, com 83.926 casos registrados em 24 horas.
O número de pessoas recuperadas chegou a 10.204.541 – 87,9% do total de infectados. Já a quantidade de pessoas com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.116.867.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pela menor quantidade de trabalhadores para fazer os novos registros de casos e mortes. Já às terças-feiras, eles tendem a ser maiores, já que neste dia o balanço recebe o acúmulo das informações não processadas no fim de semana.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (64.902), Rio de Janeiro (34.445), Minas Gerais (20.715), Rio Grande do Sul (15.606) e Paraná (13.936). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.140), Amapá (1.195), Roraima (1.250), Tocantins (1.715) e Sergipe (3.163).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 20,1 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 12,2 milhões de doses, sendo 9,1 milhões da 1ª dose e 3 milhões da 2ª dose.
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MEDICINA S/A
Consumo de produtos para a saúde cai 1,5% no Brasil, em 2020
É o que revela o Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde ( ). A produção doméstica teve queda de 22,2%, resultado do cancelamento de procedimentos e cirurgias eletivas (baixa de 25,9%) e da redução de 21,2% no número de exames diagnósticos, que comprometeram a cadeia de suprimentos na indústria de dispositivos médicos.
Por outro lado, houve um aumento na fabricação de itens destinados ao enfrentamento da Covid-19, como EPI’s, ventiladores, vestimentas e outros descartáveis. No acumulado de janeiro a dezembro do ano passado, as importações cresceram 12,9% e as exportações 16,4%, em relação ao mesmo período de 2019. “A pandemia desorganizou o mercado global de DMs como um todo, que encolheu 3,2%”, conta o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes, que acrescenta: “Não tivemos um cenário tão ruim quanto em outros países, mas no mercado interno, a queda (de 22,2%) na atividade da indústria doméstica de produtos para a saúde foi mais severa do que a verificada na indústria de transformação como um todo, que acumulou contração de 4,6%, em 2020”.
Entre janeiro e dezembro de 2020, o número de internações hospitalares no teve uma redução de 20,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior. A maior parte ocorreu com a finalidade de tratamento clínico, 40% do total. Apesar de 462.149 pessoas terem sido internadas para o tratamento clínico da Covid-19, as internações por gripe no período apresentaram redução de 44%.
Durante o ano, foram realizadas cerca de 3,7 milhões de cirurgias, um número 25,9% menor do que as 4,99 milhões registradas em 2019.
Também houve queda significativa nos exames realizados na atenção ambulatorial no SUS, 21,2%, no acumulado de janeiro a dezembro de 2020. Destaque para a redução de 38,8% na realização de endoscopias, 38% no diagnóstico por anatomia patológica e citopatologia, 36% na coleta de materiais, 26,9% em ultrassonografias e 25,6% em raio-x.
Todas essas quedas impactaram também no mercado de trabalho, que abriu apenas 146 vagas no ano e cresceu 0,1%. Em 2020, o setor de saúde totalizou 142.052 trabalhadores, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica. Entre os segmentos, destaca-se o fechamento de 614 postos de trabalho na ‘Indústria de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos’.
“Estima-se que o mercado global de dispositivos médicos deve se recuperar e crescer cerca de 6% a.a., a partir de 2021. No Brasil as expectativas são menos otimistas. Esperamos uma leve recuperação este ano, com a gradativa retomada de consultas, procedimentos e cirurgias, a depender de uma aceleração no processo de vacinação”, finaliza José Márcio Cerqueira Gomes.
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AGÊNCIA ESTADO
Queiroga fala em continuidade na Saúde
Ministro diz que vai ‘executar a política do governo de Jair Bolsonaro’ para a área
Mateus Vargas / BRASÍLIA
O cardiologista Marcelo Queiroga, que deve ser nomeado hoje, já despachou ontem no Ministério da Saúde, prometendo dar “continuidade” ao trabalho do general Eduardo Pazuello, que deixa o cargo com a gestão contestada e recorde de mortes pela covid. No seu primeiro dia de trabalho, Queiroga â o quarto ministro a ocupar o posto em menos de um ano â afirmou que vai assumir o cargo para “executar a política do governo de Jair Bolsonaro, não do ministro da Saúde”.
Com o governo pressionado a acelerar a vacinação no País, o médico afirmou que vai trabalhar para ter o “resultado mais desejável” no combate ao novo coronavírus e priorizou melhorar o atendimento em UTIs. Na única declaração que destoou de Bolsonaro, Queiroga defendeu o uso de máscaras, medida que reconheceu ser “básica”, mas não prometeu romper com políticas sem eficácia que viraram aposta do governo, como o incentivo ao uso da cloroquina.
Antes de ser escolhido ministro, Queiroga defendeu o isolamentos social e fez críticas ao chamado tratamento precoce.
Aposta pessoal de Bolsonaro, o cardiologista sinalizou já nas primeiras falas que não fará mudança brusca em ações do governo na pandemia. Queiroga assume o posto após Pazuello acumular desgastes, incluindo uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura omissão do governo federal no colapso na rede de saúde do Amazonas. A troca de ministros ainda ocorre quando o governo tenta esfriar a ameaça de abertura de uma CPI no Congresso Nacional sobre a pandemia.
Secretário executivo do Ministério Saúde no início da gestão Bolsonaro, o médico João Gabbardo lamentou o fato de Queiroga assumir a pasta sem rechaçar o uso de cloroquina ou defender um lockdown, medidas que contrariam a visão do presidente. “O recorde de óbitos hoje será em alta escala.
Sugestão: não se posicione contra o lockdown nacional”, aconselhou, nas redes sociais, o atual coordenador do Centro de Contingência da covid19 no governo de São Paulo.
A desconfiança sobre Queiroga aumentou após a médica Ludhmila Hajjar recusar convite para substituir Pazuello por divergências com Bolsonaro.
A médica era apoiada ao cargo por autoridades do Congresso e no STF. Em reunião com Hajjar, porém, o presidente manteve a defesa de tratamentos sem eficácia comprovada e rejeitou medidas de restrição de circulação, como um lockdown.
A médica ainda afirma que sofreu ameaças de morte após se tornar cotada ao cargo.
Sem avaliação. Apesar das críticas às ações do governo e o quadro da pandemia, Queiroga afirmou que não tem “avaliação” sobre a gestão Pazuello.
“O ministro Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil. Eu fui convocado pelo presidente Bolsonaro para dar continuidade a este trabalho e conseguirmos vencer essa crise”, declarou.
O médico também disse que se baseará “na melhor evidência científica”. Bolsonaro, porém, fez na pandemia diversas afirmações distorcidas para questionar a eficácia de vacinas, máscaras, lockdown e outras medidas recomendadas para combater a pandemia.
Em outra declaração em sintonia com o Palácio do Planalto, Queiroga disse ser preciso atacar a pandemia, mas preservar a atividade econômica e pediu “união da nação”. “Para garantir emprego, renda e recursos”, afirmou.
Ao lado do médico, em declaração à imprensa no fim da tarde, Pazuello defendeu a sua gestão e disse que não há uma “transição” em curso. “Continua o governo Bolsonaro, continua o ministro da Saúde. Troca o nome de um oficial general que estava organizando a parte operacional, gestão, liderança, administração.
Agora vai chegar um médico com toda a sua experiência na área de saúde para ir além”, declarou Pazuello. O general e o novo ministro não responderam aos questionamentos dos jornalistas.
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Sem mudança
“Continua o governo Bolsonaro, continua o ministro da Saúde.
Troca o nome de um oficial general que estava organizando a parte operacional, gestão, liderança, administração.
Agora vai chegar um médico com toda a sua experiência na área de saúde para ir além.” Eduardo Pazuello EX-MINISTRO DA SAÚDE
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Hospitais privados pedem leito ao SUS para doente sem plano
Paula Felix
Pelo menos 30 solicitações por leitos foram feitas por hospitais privados para a rede pública de saúde em São Paulo nos últimos quatro dias. Até o momento, 15 hospitais fizeram os pedidos. Segundo a informação, dada pelo secretário municipal da Saúde Edson Aparecido à CBN e confirmada pelo Estadão, as solicitações ocorrem no momento em que o aumento dos casos de covid pressiona hospitais públicos e privados do Estado.
Na entrevista à rádio, Edson Aparecido informou que os pedidos se deveram ao quadro de lotação dos hospitais. Cinco redes – Nove de Julho, Leforte, Santa Paula, São Cristóvão e Nipo-Brasileiro – informaram ter atendido inicialmente pacientes sem convênio médico e disseram ter ajudado na transferência ao SUS. A Rede São Camilo disse que “desconhece a informação”. “Nos últimos quatro dias, nós tivemos a solicitação de 30 leitos de enfermaria e de UTI para poder atender a um conjunto de hospitais privados e de convênio, que já estão com seus equipamentos completamente esgotados e lotados.”
O secretário destacou que a situação é inédita na capital. “A pandemia criou esse tipo de necessidade, infelizmente.” E a forma de ressarcimento será avaliada depois, inclusive juridicamente, porque a gestão municipal tem alugado leitos da rede privada desde o ano passado.
Os hospitais Avicena, Albert Sabin, Nove de Julho, Edmundo Vasconcelos, Leforte, Vida’s e NS de Lourdes solicitaram uma vaga. Igesp, São Camilo e Maternidade São Miguel pediram dois leitos. Nipo-Brasileiro, LAVC, Santa Paula e Santa Virgínia, três. E o Hospital São Cristóvão, cinco.
Em nota, o Grupo Leforte informou que a solicitação foi feita para casos de pacientes sem convênio médico. “Os pedidos de transferência feitos para a rede do SUS atendem aos pedidos dos familiares de dois pacientes que foram acolhidos, encontram-se internados e recebendo todo o atendimento, mas não possuem plano de saúde.”
Os hospitais Nove de Julho e Santa Paula disseram que o a solicitação de leitos “é um procedimento comum quando o paciente que ingressa ao prontoatendimento não tem plano de saúde ou não pode arcar com os custos como particular”. E doisseram que os pacientes estão internados “sob cuidados da equipe médica até que a transferência seja feita em segurança”.
Médico e presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin diz que os hospitais devem ter feito as solicitações após pedidos dos pacientes. “Provavelmente, são os pacientes que vão nos hospitais e buscam uma alternativa pública. Tem hospital que faz essa ponte.”
Em nota, a Prefeitura admite que “essas solicitações de transferências podem estar ligadas ao fato de o paciente não ter condições de concluir o tratamento integral na rede particular”. “Esclarecemos que essas solicitações são feitas por meio da Central de Urgência e Emergência do Complexo Regulador Municipal (Crue) da SMS por meio da plataforma da Central de Regulação (Cross).”
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PORTAL UOL
Um ano após primeira morte no Brasil, coronavírus já matou mais que a Aids em toda história no país
Em 17 de março de 2020, Brasil registrava a primeira morte por covid-19
Exatamente um ano depois, país amanhece após bater recorde diário de mortes
Vacinação é lenta e menos de 5% da população foi vacinada em dois meses de campanha
O dia 17 de março marca uma data que os brasileiros não queriam, mas vão lembrar para sempre. Foi neste dia, em 2020, que morreu a primeira pessoa vítima do coronavírus no Brasil.
O marco que completa um ano nesta quarta-feira traz recordes macabros e números impressionantes. Um dia antes, na terça, o país bateu recorde de mortos em decorrência da Covid-19: 2.798 óbitos, de acordo com contagem de consórcio formado por veículos de imprensa.
Covid mata causando números assustadores
As mais de duas mil mortes da terça fizeram o país chegar à impressionante marca de 282.400 mortes, segundo o mesmo consórcio. Colocado em perspectiva, o número fica ainda mais assustador. Apenas um ano depois de ter causado a primeira morte no país, o coronavírus já supera os números da epidemia de Aids no Brasil.
Foram 281.156 mortes causadas em pessoas infectadas pelo vírus HIV de acordo com o último boletim epidemiológico do governo, divulgado em 1 de dezembro de 2020 – a conta, no entanto, começou em 1982, 39 anos atrás.
Diferente do covid, de mais fácil transmissão, a Aids teve seu auge de morte no Brasil, de acordo com o boletim, entre 1982 e 2007, com 134.328 óbitos. Em 2020, foram 4.148 mortes no ano inteiro causadas pelo HIV, total que é alcançado em apenas dois dias da última semana em relação a mortes por covid-19.
Ritmo lento de vacinação contra covid faz Saúde colapsar
Se os números excessivos de mortes chocam, impressiona também o crescimento lento dos números de pessoas vacinadas pelo país, indo de encontro a uma tradição brasileira de vacinar em larga escala devido ao alcance do Sistema Único de Saúde (SUS).
O último boletim de vacinados aponta que 10,3 milhões de brasileiros foram imunizados, 4.91% da população total do país. Em São Paulo, onde a primeira brasileira foi vacinada, a campanha começou em 18 de janeiro deste ano, o que marca quase dois meses de uma campanha que evoluir a passos lentos.
Continue lendoRio de Janeiro levaria dois anos para vacinar no atual ritmo
Se o , por exemplo, a população total do estado do Rio, terceiro mais populoso do país, só será imunizada em pelo menos dois anos, ou 775 dias.
Para imunizar até o final deste ano toda a população do estado apta a receber o imunizante, com mais de 18 anos de idade, 12,7 milhões de pessoas, seria preciso mais que triplicar o número de aplicações diárias.
A projeção é do painel MonitoraCovid, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que também prevê 995 dias, ou dois anos e meio, o tempo para que todo o País seja .
Os cálculos são do epidemiologista Diego Xavier, responsável pelo MonitoraCovid da Fiocruz, em entrevista ao jorna O Globo.
Ele alerta, no entanto, que a recente paralisação da vacinação no Rio e em outras cidades ainda não entrou nos cálculos, e a projeção de vacinar toda a população poderá ser ampliada.
Diego destaca que o as aplicações diárias necessárias, mas a logística depende da disponibilidade de vacinas e da coordenação eficaz entre todos os entes envolvidos.
Estados que mais vacinaram contra covid (em %)*
Amazonas – 8.57%
São Paulo – 6.43%
Distrito Federal – 5.62%
Mato Grosso do Sul – 5,6%
Rio Grande do Sul – 5,46%
* Dados atualizados em 16/3/2021
Mudanças no Ministério da Saúde em meio à crise
Em paralelo a isso, os brasileiros , o quarto na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – sendo todas as trocas durante a pandemia.
O , pouco antes do recorde de mortes ser anunciado. Defendeu o uso de máscaras e pediu para que brasileiros lavem suas mãos. Falou isso após defender que com essas medidas simples, somadas a um bom plano de vacinação, a economia não vai precisar parar.
Com discurso unificador, pediu que a nação esteja “unida contra a covid” e que vai levar esse sentimento para a conversa com secretários de Saúde estaduais e municipais, com os quais prometeu trabalhar em conjunto, afirmando que sozinho “não fará nenhuma mágica”.
Novo ministro não foi primeira opção
A médica e recusou a oferta do presidente. A situação foi só mais uma que se somou a uma série de trapalhadas e trocas no ministério da Saúde, que começaram quando o primeiro ocupante da pasta sob Bolsonaro, o ex-deputado Luiz Henrique Mandetta, bateu de frente com o chefe, que à época declarava publicamente que a doença era “apenas uma gripezinha”.
Crise na Saúde vem desde o começa da pandemia
Depois de um processo de fritura, com troca de alfinetadas públicas, Mandetta caiu em abril de 2020. O então ministro da Saúde não aceitou recomendar hidroxicloroquina no tratamento da doença e destacava a não comprovação da eficácia do medicamento, além de defender medidas de isolamento social.
Escolhido como substituto, . Assim como Mandetta, Teich é médico e declarava que o medicamento tem efeitos colaterais e deve ser usado com cuidados.
O ex-ministro ainda tentou adotar em sua gestão medidas de combate ao coronavírus, como diretrizes para restrições de circulação de pessoas.
Isolado no governo, ele pediu exoneração com menos de um mês no cargo e .
Sob o lema de que “um manda, o outro obedece”, em relação a Bolsonaro, o militar acatou as ordens do Planalto e recomendou “tratamento precoce” sem comprovação científica, não apoiou medidas de distanciamento social, atrasou a vacinação no país e foi omisso no colapso do sistema de saúde, principalmente em Manaus, onde pacientes morreram asfixiados pela falta de oxigênio medicinal.
A Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação para apurar a negligência do Ministério da Saúde sob o comando de Pazuello. No Congresso, senadores pressionam para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Diante desse cenário, a permanência do general à frente da pasta se tornou insustentável. Agora com a adoção de um discurso pró-vacina, o Palácio do Planalto também avalia que a demissão de Pazuello pode estancar a perda de popularidade de Bolsonaro.
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“Eles pioram muito mais rápido”: médicos veem nova covid mais grave e letal
“Os pacientes estão chegando ultimamente tão graves que às vezes o que a gente fazia anteriormente não está tendo a mesma resposta. A impressão é que a gente precisa fazer muito mais coisas para ele melhorar e, mesmo assim, eles pioram mais e de forma muito mais rápida.”
O relato do médico Diego Montarroyos Simões, que dá plantão em um hospital privado de referência para a covid-19 no Recife, é uma síntese do que veem no dia a dia vários profissionais de saúde que atuam na linha de frente da covid-19 pelo país.
O UOL colheu depoimentos de profissionais de oito estados diferentes, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. Todos relatam notar uma diferença entre os doentes da primeira para a segunda onda.
Usamos mais artifícios respiratórios não invasivos, mais atuais, mas a melhora demora muito a chegar.
Diego Montarroyos Simões, médico no Recife
Segundo Simões, mesmo com a melhora no protocolo de tratamento, a mortalidade continua alta.
“Hoje a gente tem até um arsenal maior de equipamentos para dar esse suporte ventilatório, fazemos a pronação [virar o paciente de bruços para aliviar a pressão nos pulmões], mas não tem uma resposta tão boa como tempos atrás. O porquê, não sei.”
Relatos iniciais no Amazonas
As primeiras afirmações de uma onda mais séria foram relatadas por médicos no Amazonas. Ainda em janeiro, profissionais contaram que perceberam diferenças na forma de atuação do vírus, aumentando a gravidade e reduzindo a faixa etária entre os infectados.
Claramente estamos diante de um ser invisível que é muito mais patogênico e transmissível. Hoje chegam famílias inteiras com os sintomas ao mesmo tempo, antes era um de cada vez.
Noaldo Lucena, infectologista de Manaus
Uma das hipóteses levantadas é que a nova variante P.1 seria a responsável pelo aumento da gravidade de casos. No Reino Unido, pesquisa divulgada nesta semana revela que o risco de morte da variante surgida lá é 61% maior que a cepa anterior.
Segundo o pesquisador Juan Miguel Villalobos Salcedo, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Rondônia, não há ainda evidências científicas de que a variante P.1 tenha maior patogenicidade. “O que sabemos é que ela tem maior transmissibilidade, mas não temos estudos que apontem maior gravidade da doença“, afirma.
Menos casos, mais internados
O médico Felipe Bueno trabalha no serviço particular de Curitiba e diz que percebeu um detalhe dessa onda: o número de doentes que precisam de hospitalização é maior do que anteriormente.
“A gente tem hoje mais pacientes graves para uma quantidade de casos ativos. Se antes tinha uma quantidade de 12 mil, 13 mil casos ativos em Curitiba, e você não estava nem perto de colapsar, agora com 8.000 a gente está colapsando. Não é nem o caso grave em si, é que mais pessoas ficam mais graves e precisam de leitos de internamento.”
Para exemplificar, ele apresenta números. Em 16 de dezembro de 2020, diz, havia 12.947 casos ativos na capital paranaense, com 87% de ocupação dos leitos, sem fila de espera. Em 2 de março, quando ele conversou com o UOL, o número de casos ativos era de 8.279, mas havia 93% de ocupação dos leitos de terapia intensiva.
O maior número de internações agora gera uma pressão maior no sistema de saúde.
Felipe Bueno, médico em Curitiba
A evolução da doença também está mais tardia. “Temos pessoas com comprometimento grave após mais dias de a doença iniciar os sintomas. Antes era até o dia 7; hoje, chegam pessoas até no dia 14 da doença com complicações, principalmente hipoxemia grave e necessidade de oxigenioterapia”, relata.
Graves mais cedo
O pesquisador e médico intensivista Ederlon Rezende também vê piora. “Esses pacientes requerem mais quantidade de suporte de múltiplas funções orgânicas. São pacientes mais graves e que ficam mais tempo internados”, conta ele, que trabalha em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Estão chegando pacientes mais graves e mais cedo, sem dúvida. E também há pacientes mais jovens precisando de UTI.
Ederlon Rezende, médico intensivista
Sobre a hipótese de ser uma nova cepa, ela afirma que não há como ter a comprovação científica por ora. “Teria de haver uma separação de UTI para pacientes da nova variante e outra só da variante anterior. No Brasil temos dificuldade de fazer teste, imagina fazer sequenciamento genético para estudo desse porte”, diz. “Na ciência a percepção também é levada em conta, mas como uma geradora de hipóteses.”
Um doente grave de covid-19, explica, depende bem mais que de uma ventilação mecânica. “Não é apenas contra a infecção ou pelo pulmão que a gente luta. Via de regra, o SARS-CoV-2 é multissistêmico: compromete pulmão, cérebro, intestino, rins. Por isso se torna muito grave, não só dependente de ventilação, de diálises, de drogas vasoativas e de outros suportes das múltiplas funções orgânicas”, afirma.
Diante de um cenário mais difícil, ele diz que a medicina está precisando se ajustar. “Temos de consertar o pneu com o carro andando.”
Mais tempo e mais lesões
Outro ponto importante ressaltado pelo pneumologista Ricardo Martins, que atua no Hospital Universitário de Brasília, é que os pacientes hoje demoram mais tempo para se recuperar.
“Está havendo uma permanência maior nos leitos de UTI. As alterações orgânicas diriam que são as mesmas da primeira onda, porém mais graves”, diz.
Segundo o projeto UTIs Brasileiras, o tempo médio de internação de um paciente em um leito de terapia intensiva é de 12,2 dias –metade deles ficam mais de sete dias. Já 15,1% dos doentes que precisam de hospitalização precisam ficar no hospital por mais de 30 dias.
A infectologista Lourdes Borzacov, que atua na linha frente em Porto Velho, diz que a gravidade dos pacientes pode ser percebida em exames.
A gente percebe um acometimento maior quando vê a tomografia. O paciente está mais grave.
Lourdes Borzacov, infectologista
Além do exame de imagem, outros parâmetros também mostram essa mudança. “Um paciente que começou com 10%, 15% de comprometimento no sábado, na terça-feira evolui e vai para 50%. A gente já sabe que, em curto tempo, ele avança para uma rápida lesão mais grave”, explica.
Jovens mais acometidos
Borzacov diz que boa parte dos pacientes que chegam são jovens com idades entre 30 e 40 anos. “A gente não via isso na outra onda”, afirma.
Sensação idêntica tem a médica Rachel Teixeira, que atua em hospitais de Fortaleza. “Vejo muitos internados abaixo de 50 anos, com apenas obesidade de comorbidade conhecida, ou às vezes nem isso. São pacientes com doença multissistêmica pronunciada e percebo uma deterioração do quadro clínico de forma rápida”, conta.
Sem dúvida, muito mais jovens estão morrendo. Não estamos falando só de grupo de risco: isso está em todas as faixas etárias, atingindo bebês, crianças, adolescentes, mesmo sem comorbidade.
Silvia Leopoldina, médica de Manaus
Guilherme Barcellos, médico do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, também confirma que o perfil dos pacientes mudou, mas ele tem dúvidas se é por conta da maior exposição dos jovens ou por uma mutação.
“Houve um aumento bem expressivo de pacientes mais jovens, sem comorbidades, com formas graves. Isso ocorre em uma proporção que a gente não via antes, que era mais exceção. Isso pode também ser unicamente explicado pelo descontrole da transmissão comunitária, não por uma cepa.”
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FOLHA DE S.PAULO
Sem UTI, equipes improvisam para tentar manter pacientes vivos em SP
Complicações renais são o maior desafio na emergência; paciente morre durante visita da Folha
Artur Rodrigues e Rubens Cavallari
“É bem angustiante. A gente está sempre driblando a situação” diz a auxiliar de enfermagem Solange Neves. “Às vezes, a gente luta, luta, luta e…”, suspira, sem terminar o raciocínio.
Solange trabalha em um hospital de campanha de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, onde oito pessoas com Covid-19 já morreram esperando transferência para UTI.
Ali, os profissionais da saúde têm aprendido a improvisar para manter os pacientes vivos o maior tempo possível, à espera de uma vaga de terapia intensiva que às vezes não chega. A maior dificuldade é lidar com problemas renais associados aos quadros graves de coronavírus, além da lentidão de exames e falta de equipe não especializada em terapia intensiva.
O estado tem um sistema de direcionamento de pacientes, a Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviço de Saúde). Em cidades onde as vagas de UTI já se esgotaram ou que não dispõem dessas vagas, profissionais enfrentam desde o início do mês a intensificação de mortos que aguardavam nesta fila.
Em Ribeirão Pires, nove pacientes aguardavam transferência quando a reportagem esteve lá, nesta segunda (15).
No fim de semana, o prefeito da cidade, Clovis Volpi (PV), decretou estado de calamidade pública. “O nosso hospital de campanha está lotado. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA Santa Luzia) também está sobrecarregada com pacientes entubados, o que contraria os protocolos de saúde”, disse, acrescentando que não sabe mais o que fazer para evitar as mortes. “A situação é alarmante.”
A reportagem visitou o hospital de campanha para casos de Covid-19 na cidade. Na ocasião, presenciou o momento da morte de um paciente.
“Ele foi embora”, uma funcionária comentou com outra, sobre o homem de 75 anos. Rapidamente, ele foi coberto e um biombo foi colocado ao redor do seu corpo.
Na situação ideal, pacientes mais graves deveríam ser transferidos para hospitais com mais recursos. Segundo a equipe da cidade, esse paciente específico ainda não estava na fila de transferência para a UTI. No entanto, só no hospital de campanha quatro pessoas morreram neste mês nessa situação – outros três na UPA da cidade.
Vera Lucia do Nascimento, 68, é uma das pacientes que podería estar viva se houvesse estrutura disponível, segundo seus familiares.
Com medo de pegar a doença, a idosa passou o Natal e o aniversário longe da família. Quando começou a sentir os sintomas, adiou a ida do hospital achando que era uma gripe. Além disso, temia se infectar ao procurar atendimento.
Quando foi internada, a situação piorou rapidamente. “No domingo, ela me falou: ‘filha, eu estou sentindo que estou indo, estou muito fraca’. Na quarta, falaram que ela precisava ser intubada, mas não tinha o aparelho”, relata a filha dela, a doméstica Rosângela do Nascimento, 49. “Como você vai lutar pela respiração sem o aparelho? Ela precisava ser intubada, precisava dessa ajuda e não teve. Como os outros que morreram.”
O hospital de campanha de Ribeirão Pires conta com alguns leitos com respirador, em uma área de tratamento semi-intensivo. Porém, há limitações que obrigam os médicos a improvisar na tentativa de manter os pacientes vivos.
“Basicamente a gente tem que trabalhar muitas vezes com a improvisação. É uma improvisação técnica, não é nada que eu tiro da minha cabeça. Algumas vezes funciona, outras vezes nem tanto. O ideal seria que tivéssemos os recursos necessários, mas não ter os recursos não vai me fazer cruzar os braços e dizer: ‘já que não tem condição de trabalhar, não tem o que fazer'”, relata o médico especialista em atendimento de emergência, Antonio Carlos André de Castro.
A estrutura do hospital de campanha, porém, só consegue ajudar os pacientes até certo ponto. “A gente consegue estabilizar ele do ponto de vista da situação emergencial, mas depois os por menores que vêm depois disso ele precisaria de uma terapia intensiva hospitalar”, diz.
O principal gargalo é em relação a complicações renais, que exigem hemodialise. “Existe o que a gente chama de medidas clínicas. É aquilo que a gente usa do ponto de vista de medicação para tentar administrar o paciente e tentar retardar a necessidade dele, por exemplo, de uma hemodiálise. O paciente precisa fazer uma hemodiálise hoje, eu consigo com medidas clínicas retardar isso por dois, três dias no máximo.”
Outra cidade que tem passado por situação similar é Taboão da Serra, também na Grande São Paulo. Ali, 14 pessoas morreram enquanto aguardavam transferência, segundo dados da prefeitura.
Diretora clinica da UPA na cidade onde os pacientes de coronavírus têm sido atendidos, a médica Elisa Beirão cita, além das questões rela cio nadas à nefrologia, a demora nos resultados dos exames.
“Quanto mais grave o doente, a chance de ele ter alterações cuja resposta precisa ser muito rápida são maiores. Às vezes, um recurso simples como esse, um laboratório, pode acabar sendo um fator complicador muito sério”, diz.
“Por exemplo, o paciente está com uma anemia. Duas horas o paciente com uma anemia muito séria, eu posso perder muito. A UPA não é feita para isso, a UPA normalmente você fica no máximo 24 horas com o paciente. E quanto mais tempo o paciente fica ali e quanto mais grave ele fica, eu precisaria de todas as respostas muito rápidas.”
A médica aponta ainda a diferença nas características da equipe de uma UTI, diferente de unidade com generalistas como as UPAs.
Beirão também diz que sempre houve demora para conseguir vagas, mas a atual situação é inédita. “Eu já tive paciente que demorou para sair a vaga, sempre aconteceu. Mas para tantos pacientes e você chegar a ter óbito na unidade por causa dessa vaga isso sim é novidade”, conclui.
Segundo levantamento do portal Gi, ao menos 60 pessoas no estado morreram à espera de um leito. Questionado sobre a situação dos leitos no estado, o governo Joâo Doria(PSDB) afirmou que na região da Grande São Paulo os leitos para coronavírus registraram ocupação de 90,5% em UTI e 81,6% em enfermaria.
“A sobrecarga na rede de saúde já é uma realidade em diversos locais e os serviços do SUS esforçam-se para garantir assistência adequada e oportuna a todos. Isso é feito para demandas nâo só de Ribeirão Pires, mas de todas as 645 cidades do estado”, diz em nota.
Segundo o governo, o Cross atua 24 horas por dia como mediadora. “Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso. Nenhuma negativa parte deste serviço, que é apenas intermediário. Cada solicitação é avaliada por médicos reguladores, sendo crucial a atualização do quadro clínico, estabilização e deslocamento seguro do paciente”, diz o comunicado.
Apenas no último domingo (14), segundo a nota, foram registrados mais de 1.400 pedidos de transferência.
O governo disse que anunciou 1.118 novos leitos desde o começo do mês. “Mais 21 hospitais de campanha serão implantados, somando-se a outros quatro já existentes. Com isso, o número de leitos de UTI saltará para mais de 9.200 em abril na rede pública de saúde, 162% a mais que a disponibilidade pré-pandemia (3.500).”
Sobre Vera Lucia, o governo afirma que ela foi transferida pelo próprio município.
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Basicamente a gente tem que trabalhar muitas vezes com a improvisação. É uma improvisação técnica, não é nada que eu tiro da minha cabeça. Algumas vezes funciona, outras vezes nem tanto
Antonio Carlos André de Castro – médico especialista em atendimento de emergência
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No país, eventos adversos graves representam 0,00007% das doses aplicadas
Os eventos adversos considerados graves registrados no Brasil no primeiro mês de vacinação contra a Covidrepresentam 0,00007% tias doses aplicadas no período, mostra relatório do Ministério da Saúde. Até agora não há confirmação de que eles tenham relação com os imunizantes.
Considerando 5,9 milhões de doses utilizadas, incluindo tanto a Coronavac quanto a AstraZeneca/ Oxford, foram notificadas 430 ocorrências desse tipo entre 18 de janeiro e 18 de fevereiro. O relatório não detalha os sintomas relatados.
Dentro desses casos, estão 139 mortes, das quais 70% já foram classificadas como eventos sem conexão com as vacinas, com erros na sua aplicação ou com reações de ansiedade à imunização. As demais ainda aguardam outros dados.
Quase todos os óbitos foram de idosos (129), principalmente residentes de instituições de longa permanência. O relatório preliminar conclui que essas pessoas são “extremamente vulneráveis e têm uma série de comorbidades”.
Já entre os outros dez óbitos de indivíduos menores de 60 anos, 2 foram considerados inclassificáveis por falta de dados e 8 foram causados por outras doenças.
“É necessário e imprescindível que os relatos de eventos adversos sejam apreciados e analisados numa perspectiva adequada, sabendo-se que muitos deles consistem em associações temporais (coincidentes) em que a(s) vacina(s) muitas vezes não são as responsáveis”, destaca o texto.
A maioria dos efeitos adversos suspeitos notificados até aqui não são graves. Eles somam 20.181 o corrências, 0,003% d as doses aplicadas no período.
Qualquer ocorrência médica indesejada até 30 dias após a vacinação é entendida como um evento adverso. Os casos graves são os que requerem hospitalização, causam disfunção significativa ou incapacidade permanente, resultam em anomalia congênita ou em óbito.
“Até o momento os dados indicam que essas vacinas apresentam excelente perfil de risco-benefício” conclui o texto.
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A CRÍTICA
Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa em 12 de abril
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa em 12 de abril. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 79,7 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários até 9 de julho.
De acordo com a pasta, serão imunizados:
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
Gestantes
Puérperas – mulheres que deram à luz há pouco tempo
Povos indígenas
Trabalhadores da saúde
Idosos com 60 anos ou mais
Professores das escolas públicas e privadas
Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
Pessoas com deficiência permanente
Forças de segurança e salvamento
Forças armadas
Caminhoneiros
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso
Trabalhadores portuários
Funcionários do sistema prisional
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas
População privada de liberdade
O Ministério da Saúde afirma que confirmou as diretrizes da campanha com envio do Informe Técnico aos Estados e ao Distrito Federal. Por causa da pandemia, a vacinação deve ocorrer em três etapas, conforme a realidade de cada município, que também terá autonomia para definir as datas de mobilização (Dia D).
A pasta distribuirá 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, para imunizar 90% do público-alvo.
Intervalo entre as vacinas da covid-19 e da gripe
Mesmo com o início da campanha em abril, a imunização contra o novo coronavírus será mantida conforme cronograma.
Considerando a ausência de estudos sobre a coadministração das vacinas, o Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas doses simultaneamente.
“As pessoas que fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra a Influenza e que ainda não foram vacinadas contra a covid-19, devem ser priorizadas para tomar a dose contra o novo coronavírus e terem agendada a vacina contra a Influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas”, orienta a Saúde.
É importante lembrar que ambas as vacinas são importantes e uma não substitui a outra. Ou seja, quem tomar a vacina contra a gripe não ficará imune contra o novo coronavírus. Ainda assim, a vacinação contra a Influenza previne contra o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde, além de reduzir os sintomas que podem ser confundidos com os da covid-19. Todos os protocolos de saúde e segurança serão mantidos durante a imunização.
Mais informações sobre o público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o cronograma podem ser obtidas no Informe Técnico distribuído aos Estados.
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A REDAÇÃO
Caiado determina fechamento de atividades não essenciais em todo Estado
Goiânia – Em decreto publicado nesta terça-feira (16/3), o Governo de Goiás definiu a retomada de revezamento do funcionamento das atividades econômicas como medida para conter o avanço de casos de covid-19. A partir desta quarta (17/3), as atividades econômicas não essenciais estarão suspensas por 14 dias em todo o Estado.
A medida restabelece o Decreto nº 9.653, de 19 de abril de 2020, com a adoção do sistema de revezamento das atividades econômicas organizadas para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, que se inicia com 14 dias de suspensão seguidos por 14 dias de funcionamento, sucessivamente.
Outra medida presente no documento diz respeito à atividade do transporte coletivo. Os ônibus devem dar prioridade, em horários de pico, para o embarque de trabalhadores empregados nas atividades essenciais – o que deve ser demonstrado por contrato de trabalho, carteira de trabalho, crachás ou outros documentos comprobatórios.
Mudanças
Nesta versão do decreto, hospitais veterinários e clínicas veterinárias continuam incluídas como atividades essenciais, mas a inclusão de estabelecimentos comerciais de fornecimento de insumos e gêneros alimentícios pertinentes à área foi vetada.
Escritórios e sociedades de advocacia e contabilidade foram incluídos e estão autorizados a funcionar, mas está vedado o atendimento presencial.
Alimentação
Restaurantes e lanchonetes ficam autorizadas a funcionar seguindo os modelos de comercialização de gêneros alimentícios mediante entrega (delivery), pegue/leve (take away) e drive thru, sendo proibido o consumo de gêneros alimentícios e de bebidas nos estabelecimentos.
Atividades essenciais
São consideradas atividades essenciais e que não se incluem no revezamento previsto pelo governo: farmácias, clínicas de vacinação, laboratórios de análises clínicas e estabelecimentos de saúde; cemitérios e serviços funerários; distribuidores e revendedores de gás e postos de combustíveis; supermercados e congêneres, não se incluindo lojas de conveniência; estabelecimentos que atuem na venda de produtos agropecuários; agências bancárias e casas lotéricas; serviços de call center restritos às áreas de segurança, alimentação, saúde e de utilidade pública; atividades de informação e comunicação; fornecedores de bens ou de serviços essenciais à saúde, à higiene e à alimentação.
E também: segurança privada; empresas de saneamento, energia elétrica e telecomunicações; assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade; obras da construção civil de infraestrutura do poder público; borracharias e oficinas mecânicas; restaurantes e lanchonetes instalados em postos de combustíveis; estabelecimentos que estejam produzindo, exclusivamente, equipamentos e insumos para auxílio no combate à pandemia da covid-19.
Esses estabelecimentos devem comercializar apenas bens essenciais, assim considerados os relacionados à alimentação e bebidas, à saúde, limpeza e à higiene da população, hipótese em que os produtos não-essenciais não poderão permanecer expostos à venda ou deverão ser identificados como vedados para venda presencial. Ficando expressamente vedado o consumo de gêneros alimentícios e de bebidas nos locais, bem como o acesso simultâneo de mais de uma pessoa da mesma família, exceto nos casos em que necessário acompanhamento especial.
Duração
O governo estadual anunciou que a medida poderá ser revista a qualquer momento conforme a análise da evolução da situação epidemiológica em Goiás.
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Covid-19: Goiás registra 3,6 mil novos casos e 220 mortes em 24 horas
Goiânia – Goiás registrou 3.637 novos casos da covid-19 e 220 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados colhidos na tarde desta terça-feira (16/3) na plataforma atualizada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
Com as atualizações, o Estado chega a 440.870 casos e 9.807 óbitos confirmados. O total de pessoas em Goiás que tiveram covid-19 e que hoje estão recuperadas é de 418.183.
Há em Goiás atualmente 370.730 casos suspeitos em investigação, enquanto 237.830 já foram descartados.
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Boletim da Fiocruz aponta maior colapso sanitário da história do Brasil
Goiânia – A Fiocruz divulgou nesta terça-feira (16/3) mais uma edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, que aponta que estamos vivendo o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil. Ele pode ser lido aqui.
Das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19, via SUS, iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%. Goiás aparece no relatório com uma taxa de ocupação de 97%.
O relatório prevê que medidas rigorosas de prevenção e controles devem ser adotadas, com uma restrição total às atividades não essenciais e a ampliação de medidas que garantam o distanciamento social, uso de máscaras e a aceleração da vacinação.
O documento destaca as medidas adotadas por Araraquara (SP) que conseguiu evitar o colapso e o prolongamento da situação crítica da saúde no município através do controle rígido de medidas de restrição.
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Isolamento em Goiás está entre 32 e 35%, abaixo da “faixa ideal”
Goiânia – Perto da marca de 10 mil mortos em decorrência da covid-19 (hoje, são 9.587 óbitos), o Estado de Goiás tem mantido índice de isolamento social entre 32% e 35%. O ideal seria estar entre 50% e 70%. Uma faixa pelo menos boa estaria entre 40% e 50%. As informações foram dadas pelo governador Ronaldo Caiado durante pronunciamento no Palácio das Esmeraldas, na manhã desta terça-feira (16/3). Ele afirma que há descumprimento quase completo, por parte da população, dos decretos que prevêem medidas restritivas às atividades não essenciais adotados pelas prefeituras.
Caiado reforçou que no início da pandemia, em 2020, Goiás chegou a ter 60% de isolamento social, o que, segundo ele, possibilitou que o Estado demorasse mais a chegar ao pico de contaminação da covid-19. “Outros estados tiveram o pico da primeira onda em maio e junho. Nós tivemos em agosto e setembro”, lembrou o governador. Ele tentou afastar a ideia de que há concorrência das ações que podem “salvar vidas” das que contribuem para recuperar a economia.
Para ele, a primeira onda da pandemia de covid-19 confirmou que os Estados que enfrentam bem a situação causada pela doença têm maior capacidade de reagir no âmbito empresarial e industrial, enquanto os Estados relapsos têm mais dificuldade de sair da crise. “Aos empresários que diziam que íamos desindustrializar Goiás na primeira onda da covid, a resposta foi contrária. Goiás foi o Estado que mais aumentou a sua produção industrial, que mais gerou empregos no Centro-Oeste. As pessoas que realmente torcem contra o Estado de Goiás vão perder mais uma vez, porque aqui vão prevalecer a ciência, a humildade e o respeito à vida.”
Gravidade
Em seu pronunciamento, o governador ressaltou que o novo decreto, publicado nesta terça (16/3), só terá validade se a população entender a gravidade da doença. Ele reforçou que as novas variantes do coronavírus são muito mais agressivas e muito mais transmissíveis. “O que ele joga de carga viral no organismo das pessoas é duas vezes maior”, enfatizou. Segundo ele, cerca de 50% dos pacientes intubados em unidades de terapia intensiva (UTI) não sobrevivem. “Ninguém está preparado para ver uma situação dessas”, avaliou. Caiado ainda demonstrou temer o crescimento exponencial que pode vir da demora da vacinação em paralelo ao desenvolvimento natural de mutações virais e variações do coronavírus.
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“Não vou trocar vida por voto”, declara Caiado
Durante anúncio de novas medidas restritivas para enfrentamento da covid-19, nesta terça-feira (16/3), o governador Ronaldo Caiado reforçou a confiança nas ações que visam preservar o distanciamento social e criticou o uso político da pandemia. “Não vou trocar, de maneira alguma, vida por voto”, enfatizou. Ele afirmou que enquanto o Estado estiver em situação de calamidade, não é possível pensar em medidas individualizadas para os municípios, até pela falta de estrutura para atender os pacientes da doença.
“Não sejam induzidos por discurso sem menor base científica, discurso de demagogos, pessoas que sabem da realidade, mas acham que o populismo, a negação à ciência é mais forte para que ele tenha seus interesses atingidos. Em Goiás, vamos mostrar que nós, os poderes constituídos, a população, estamos imbuídos em salvar a nossa economia e ao mesmo tempo vacinar a nossa população”, afirmou o governador.
Caiado considerou que o Estado ainda está longe de começar a vacinar todas as pessoas acima de 60 anos de idade e relevou que pode já não ser suficiente, já que jovens também têm sido gravemente acometidos pela covid-19. “Eu me lembro que, quando a Universidade Federal de Goiás disse que chegaríamos a 8 mil óbitos em Goiás, ironizaram, transformaram em chacota. Já chegamos a 10 mil óbitos e em uma linha ascendente. Essa é a realidade que temos que confrontar.”
Críticas
O governador não poupou críticas às manifestações contrárias às medidas que visam o isolamento social reduzindo o funcionamento das atividades econômicas e comerciais. “Sempre acreditei que a pandemia deveria servir para que o sentimento de humanização, de amor ao próximo, fosse aflorado. Mas o que vemos é que alguns grupos transformam esse momento em ações cada vez mais no sentido de animalizar o processo”, afirmou.
Ele citou o protesto realizado na BR-153 na segunda-feira (15/3), próximo ao Paço Municipal, que gerou congestionamento de 20 quilômetros nas vias da rodovia. “Eram pessoas obstruindo a BR-153 onde estavam caminhões trazendo oxigênio para os hospitais, medicamentos para Goiânia. A que ponto chega a insanidade em um momento como esse? Onde tem explicação para isso?”
Caiado pediu às pessoas que sejam “honestas intelectualmente” para perceber que a crise não é causada pelo fechamento temporário das atividades, mas, sim, pelo vírus.
Segundo o governador, sair da crise significa ter menor número de óbitos. “Empresa tem como ter CNPJ recuperado, mas se o cidadão vai a óbito, não tem como ressuscitá-lo”, enfatizou. Ele ainda reforçou que não fará discussão político-partidária sobre a covid-19. “O presidente (da República) tem sempre a posição dele. Eu tenho a minha posição. Eu fui bem explícito no meu pronunciamento”, considerou. Em sua fala, ele reforçou o uso da ciência e do que chamou de “boa medicina” como referências para o enfrentamento da pandemia.
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JORNAL OPÇÃO
Decreto flexível em Aparecida estremece relação entre Rogério Cruz e MDB
Por Mayara Carvalho
Prefeito de Goiânia foi procurado por Daniel Vilela e Gustavo Mendanha que pediam a adoção de regras conjuntas entre as cidades para tentar frear a contaminação pelo coronavírus, mas acabou assumindo sozinho o desgaste pela medida impopular
Apesar de ainda manter boa relação com o MDB, o prefeito de Goiânia se decepcionou com integrantes do partido diante dos decretos publicados por ele próprio e por Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, na tarde do último sábado, 13.
Isto porque em meados de fevereiro, Rogério foi procurado por Daniel Vilela e Gustavo Mendanha que buscavam a adoção de medidas mais duras que fossem adotadas em conjunto pelos dois municípios, que são conurbados, na tentativa de frear a contaminação pelo coronavírus.
Na época, Aparecida já vivia escassez de leitos enquanto a capital tinha situação um pouco mais confortável, com índice de ocupação na faixa dos 70%.
Tendo em vista a proximidade das duas cidades e da gestão compartilhada de leitos, Rogério Cruz aceitou o desafio de endurecer as regras, mesmo sabendo que a medida se tornaria impopular e poderia lhe causar desgastes.
A surpresa veio quando, na tarde do último sábado, o prefeito de Aparecida de Goiânia decidiu adotar decreto mais flexível com escalonamento das atividades comerciais por macrozonas nas cidade.
A decisão de Mendanha aumentou a pressão de populares e líderes empresariais em cima de Rogério Cruz que acabou por assumir o estresse do endurecimento das regras sozinho.
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Rogério Cruz nomeia novo secretário de Governo e igreja Universal ganha espaço na gestão
Por Luiza Lopes
Rogério Cruz tem sido pressionado pelo Republicanos, através do deputado federal João Campos e do deputado estadual Jeferson Rodrigues, e por líderes da igreja Universal
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) publicou na tarde desta terça-feira, 16, o decreto de nomeação do novo secretário de Governo, Arthur Bernardes. O advogado de 38 anos tem experiência na área tributária e especialização em políticas públicas. Foi secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável e, mais recentemente, secretário de Justiça e Cidadania do Distrito Federal. Arthur é ligado à igreja Universal.
O Republicanos, através do deputado federal João Campos e do deputado estadual Jeferson Rodrigues, e líderes da igreja Universal têm pressionado Rogério Cruz. Dentro da reforma administrativa, nomes ligados à igreja podem assumir outras secretárias. Valéria Menezes Pettersen recebeu o convite para o cargo de secretária da Educação. Ela tem o apoio do pastor Romeu Ivo, da Igreja Assembleia de Deus-Ministério Esperança.
Nos bastidores, a especulação é de que a secretaria de comunicação também é visada pela Universal, sendo comandada através da Tv Record. Além do presidente da Companhia de Urbanização (Comurg) e da secretaria de cultura.
Em nota, o prefeito Rogério Cruz agradeceu a dedicação e o trabalho realizado por Andrey Azeredo nestes três meses de gestão. “Como gestor, entendo que mudanças são naturais e necessárias para a construção de um perfil de governança. Tenho clareza que Andrey terá ainda mais sucesso nos próximos desafios. Este é o meu desejo”, divulgou o prefeito.
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Bebê de quatro dias morre vítima da Covid-19, no interior de São Paulo
Por Fernanda Santos
Em Rio Claro, no estado de São Paulo, um recém-nascido morreu após contrair coronavírus em uma maternidade. O bebê tinha apenas quatro dias de vida.
A prefeitura do município confirmou a morte, que ocorreu no Hospital Unimed, onde o bebê nasceu saudável na última quarta-feira, 10, por meio de cesariana.
A gravidez não havia apresentado problemas ou riscos e a criança havia nascido com saúde. Pouco tempo depois, iniciaram os sintomas.
Nas redes sociais, a mãe, Adriana Godoy, desabafou sobre o caso: “Após o parto, nosso filho foi para o quarto conosco, fofo e saudável já procurou o peito para se alimentar, ficou mais uns minutos com a gente e repentinamente começou a sentir dificuldade para respirar, parecia que queria chorar e não conseguia, emitindo sons de gemido”, escreveu.
Segundo ela, a enfermeira levou a criança para UTI para ser observada com maior cuidado.
“Ele demonstrava piora a cada visita e médicos, fazendo exames, entraram com antibióticos contra uma bactéria e o quadro clínico continuava a piorar”, relatou a mãe.
O Hospital Unimed de Rio Claro lamentou a morte por meio de nota: “A Unimed Rio Claro se solidariza neste momento de luto com a família do bebê. Informamos que a criança recebeu atendimento e atenção por parte da equipe do hospital, que não mediu esforços na tentativa de salvar mais essa vida perdida para a Covid-19. Deixamos também nosso alerta à população de Rio Claro e da região sobre a gravidade da pandemia e a necessidade de que todos colaborem adotando as medidas de prevenção contra o novo coronavírus.”
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O HOJE
Goiânia amplia quantidade de leitos e chega a 500 leitos exclusivos para a covid-19
Luan Monteiro
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ampliou o atendimento em leitos exclusivos para tratamento da covid-19. Agora, a capital possui 500 leitos abertos nas duas categorias em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e enfermaria, o maior número desde o início da pandemia.
A criação mais recente ocorreu na tarde da última segunda-feira (15/3), com a abertura 20 leitos, sendo dez em UTI e dez em enfermaria, na Santa Casa de Misericórdia, uma das oito unidades que regulam para o município. Agora, o hospital conta com 50 leitos regulados destinados ao tratamento do novo coronavírus.
No Hospital das Clínicas (HC), unidade que recentemente assinou convênio para 100 novos leitos, são disponibilizados 44 leitos em UTI e 23 em enfermarias, ampliando o atendimento para 67 vagas no total. As demais serão liberadas conforme demanda.
O mapa de leitos apresenta agora 500 leitos nas duas categorias, sendo 274 somente em UTI, o maior número registrado desde março de 2020. Isso significa que, somente neste ano, foram criadas 178 vagas para pacientes com o novo Coronavírus. “Iniciamos a gestão com 169 leitos em enfermaria e 153 em UTI, considerando aqueles destinados ao tratamento da Covid-19. Criamos a média de 2,5 novas vagas por dia”, calcula o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.
Mesmo diante do aumento de 55% em vagas, o titular da pasta alerta quanto aos limites dessa expansão. “O aumento dos casos segue em ritmo exponencial e nós temos limites para abertura de leitos, inclusive físicos. Até porque as pessoas ficam cada vez mais tempo em leitos de UTI e a estatística de falecimento desses pacientes é de aproximadamente 50%”, salienta Durval.
Segundo Sérgio Nório Nakamura, médico da Secretaria Municipal de Saúde, temos mais leitos do que o disponibilizado no pico do ano passado. Em contrapartida, também há mais pacientes internados. “No período considerado como pico da pandemia, em 2020, tínhamos menos leitos e menor ocupação, cerca de 70%. Hoje, apesar de disponibilizarmos maior atendimento hospitalar, registramos 115 a mais de internação. Para se ter uma ideia, estamos há quase dez dias beirando os 100% de ocupação”, explica.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado na última segunda-feira (15/3), Goiânia tem 121.897 casos confirmados do novo Coronavírus, sendo 362 registrados em 24 horas. Desde o início da pandemia, são 3.004 vidas perdidas para a Covid-19. “Por isso, é imprescindível que a população se conscientize quanto à gravidade da situação, pois são vidas que estamos perdendo para a doença”, adverte Nakamura.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação