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DESTAQUES
Teich expõe obsessão de Bolsonaro por cloroquina e critica endosso do Conselho Federal de Medicina ao remédio
Brasil registra 2.791 mortes por covid nas últimas 24h e média móvel mantém queda
Covid-19: Goiás registra 2,8 mil novos casos e 149 mortes em um dia
Laboratório em Goiânia deve indenizar paciente por falso positivo de HIV
Deputados goianos avaliam que as declarações de Teich e Mandetta “são graves” em relação a atuação de Bolsonaro
PMB vai assumir o comando do instituto de servidores de Goiânia; Júnior Café é o novo titular
Teich diz que se posicionou contra à recomendação do uso de cloroquina
Primeiro dia de vacinação para comorbidades em Goiás foi confuso
EL PAIS
Teich expõe obsessão de Bolsonaro por cloroquina e critica endosso do Conselho Federal de Medicina ao remédio
Em CPI no Senado, o ex-ministro admitiu não ter autonomia na Saúde e disse ter deixado a pasta pela insistência do presidente em recomendar o uso indevido de substância para a covid-19. Acuado, presidente voltou a atacar China e ameaçar impedir medidas de isolamento social
Sem apresentar grandes surpresas e adotando um discurso técnico, o ex-ministro e médico Nelson Teich admitiu na CPI da Pandemia no Senado que não tinha autonomia à frente do Ministério da Saúde e revela a insistência do presidente Jair Bolsonaro no uso da cloroquina, um medicamento sem eficácia para a covid-19, durante a pandemia. De forma bastante objetiva, Teich afirma que este foi o principal ponto de divergência que o levou a pedir demissão antes mesmo de completar um mês no cargo. Narra que os alertas que dava sobre a necessidade de comprovação científica não eram ouvidos por Bolsonaro e que, apesar de não ter sido diretamente pressionado para adotar um protocolo da cloroquina, tinha sua posição publicamente desautorizada pelo presidente, que defendia o medicamento e anunciava que o liberaria até para casos leves. ‘A cloroquina foi o fator determinante, mas o problema maior foi a falta de autonomia’, afirma. Teich direcionou críticas sobre o uso indevido da cloroquina também ao Conselho Federal de Medicina ao considerar ‘inadequada’ a postura da entidade em apoiar o uso do medicamento conforme a decisão individual de médicos. ‘Autonomia médica não é ilimitada’, defende. O estímulo ao medicamento também partiu de hospitais privados e motivou até o aumento de produção pelo Exército.
O depoimento de Teich pode dar mais consistência à tese aventada pelo seu antecessor Luiz Henrique Mandetta de que o presidente tinha uma ‘assessoria paralela’ e não seguia as orientações da equipe técnica da Saúde. O médico sinaliza que Bolsonaro teria atropelado o Ministério da Saúde com a determinação para a produção da cloroquina pelo Exército, que em abril do ano passado produzia 80 vezes mais o medicamento do que antes da pandemia. O ex-ministro diz não ter sido consultado e que soube da iniciativa pela imprensa. Também nega ter autorizado a indicação de medicamentos sem eficácia em comunidades indígenas. ‘Eu tinha uma posição muito clara não só sobre a cloroquina como sobre qualquer medicamento’, alega, defendendo a necessidade de comprovação científica. ‘Quando você fala em dinheiro público, acho que você não pode usar em coisas que não funcionam.’
Se esquivando de avaliar se era uma estratégia do Governo deixar as pessoas se exporem ao vírus para alcançar uma imunidade de rebanho, Teich disse que a teoria é ‘um erro’. Enquanto o ex-ministro era ouvido pelos senadores na CPI, o presidente Jair Bolsonaro ameaçava assinar um decreto para proibir as medidas de isolamento social nos Estados. ‘Não ousem me questionar’, afirmou, em um recado ao Supremo Tribunal Federal, que deu autonomia para Estados e municípios tomarem suas decisões sobre a questão. Também indicou que a China teria feito uma ‘guerra química’ com a covid-19. Sem citar diretamente o país asiático, mencionou ‘o país que mais cresceu seu PIB’ durante a pandemia em meio a declarações nas quais questionava a origem do novo coronavírus. As declarações caíram mal no colegiado que investiga se houve dolo em suas ações durante a pandemia. Senadores externaram a preocupação de que o embate com o país asiático dificulte a importação da matéria-prima das vacinas da China neste momento em que há escassez de doses no país. ‘Não é o momento da gente cutucar ninguém’, bradou o presidente Omar Aziz, que avalia que a postura pode trazer outros problemas por conta da importância da China como parceira econômica do país. O ex-chanceler Ernesto Araújo será convocado para depor na próxima semana e deverá ser questionado justamente sobre os conflitos com a China em meio à crise. ‘Um parceiro comercial como a China não é possível desprezar’, argumento Aziz.
Os senadores governistas seguiram novamente a estratégia de tentar tirar o foco do Governo Bolsonaro, mas desta vez subiram o tom especialmente com uma defesa à cloroquina. Este foi o ponto mais tocado durante a sessão na CPI, ao qual Teich sempre alegou guiar-se por instituições renomadas internacionalmente que indicam que o medicamento não é eficaz para a covid-19. ‘A gente começava a ter dados naquele momento de que o medicamento não era eficaz’, afirma. Governistas também tentaram direcionar perguntas sobre supostas irregularidades no uso de recursos federais por governantes locais, mas a estratégia pouco prosperou diante das poucas informações que Teich dispunha no seu mandato relâmpago. A sessão ainda foi interrompida após senadores que apoiam o presidente questionarem a fala de mulheres que não são titulares da CPI ?uma questão que já havia sido acordada na terça. Já a oposição esperava um depoimento relativamente frio pelo perfil discreto que o Teich sempre adotou, mas a avaliação é de que foi cumprido o papel de deixar claro que a cloroquina foi o estopim para a saída do ministro.
Havia uma expectativa também de que Teich pudesse esclarecer sobre negociações com laboratórios de vacinas ainda durante sua gestão. O ex-ministro explica que, naquele momento, houve tratativas apenas para trazer pesquisas ao país, mas não para a aquisição de doses. Ele diz ter conversado com a Moderna e a Janssen e ter sido o responsável por fechar o acordo para o teste da vacina de Oxford no Brasil. Segundo ele, o país poderia ter antecipado a vacinação se tivesse optado por ‘compras de risco’, com a possibilidade de perder o que for adquirido a depender dos resultados dos estudos. ‘Com foco na vacina, teríamos um acesso maior e mais precoce à vacinação.’
Em muitos momentos, Teich evitou dar sua opinião sobre os possíveis impactos de ações, declarações e omissões de Bolsonaro nas mortes por covid-19 ?o país já supera 414.000 falecimentos pela doença. Argumentou que precisaria de dados e documentos para dar uma opinião técnica e chegou a irritar senadores ao dizer não lembrar de algumas questões levantadas ?como por exemplo a pessoa com quem o ministro disse ter tratado sobre uma campanha informativa de combate à covid-19, que segundo ele não houve tempo de ser implementada em sua gestão. ‘Fui ministro na encarnação passada e me lembro de tudo’, alfinetou o relator Renan Calheiros.
Durante cerca de seis horas de depoimento, Teich disse não lembrar da participação de filhos de Bolsonaro em reuniões sobre a pandemia, como contou seu antecessor Mandetta. Afirmou que o general Pazuello foi indicado por Bolsonaro para ser seu número dois na pasta, mas que coube a ele a decisão final. ‘Se ele [Pazuello] tivesse sido imposto, eu teria saído com uma semana e não com um mês’, afirmou, avaliando que o general precisaria ter mais conhecimento em gestão de saúde para assumir o cargo de ministro. Teich negou a interferência direta de militares nas coletivas de imprensa. Afirmou que sua estratégia era combinar um programa de testagem ao rastreio de casos e medidas de isolamento para frear a transmissão do vírus, mas que o debate em torno do lockdown estava politizado. Saiu antes de apresentar as diretrizes com as medidas de reabertura econômica que havia discutido com secretários de saúde. ‘Isolamento social é necessário para frear casos e mortes’, declarou.
Nesta quinta (6), será a vez do atual ministro da Saúde Marcelo Queiroga ser ouvido pelos senadores. A expectativa é de que seja sabatinado especialmente sobre as condições em que recebeu o Ministério da Saúde do general Pazuello, a falta de regularidade no cronograma brasileiro de vacinas contra a covid-19 e a assinatura de contratos de compra de imunizantes. Em seguida, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, deverá explicar o processo de análise da segurança das vacinas e os recentes conflitos com a Sputnik V. O ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten também será convocado na semana que vem. Ele tem associado a demora do Governo para negociar doses da Pfizer à ‘incopetência’ do Ministério da Saúde durante a gestão de Pazuello.
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A REDAÇÃO
Brasil registra 2.791 mortes por covid nas últimas 24h e média móvel mantém queda
O Brasil registrou 2.791 novas mortes pela covid-19 nesta quarta-feira (05/5). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 2.329, ainda em número bastante elevado, mas em ligeira queda recentemente – são 11 dias seguidos sem subir a marca. Após superar a marca de 400 mil mortes pela doença e se aproximar de 15 milhões de casos, o País ainda tem números grandes da pandemia. Segundo a Fiocruz, a pandemia parece estar desacelerando um pouco neste momento, mas ainda continua em patamares críticos e com números elevados de mortes. Até por isso, os pesquisadores recomendam manter o distanciamento físico e social para que a doença não volte a ter um ritmo mais alto de transmissão.
A morte do ator Paulo Gustavo por covid-19, após semanas internado, gerou grande comoção e repercussão. Com transmissão descontrolada do vírus, o País viveu o colapso de várias redes hospitalares, com morte de pacientes na fila por leito e falta de remédios para intubação. Governadores e prefeitos recorreram a restrições ao comércio e até ao lockdown para frear o vírus, mas também muitos flexibilizaram as medidas. Já o presidente Jair Bolsonaro continua como forte crítico das medidas de isolamento social, recomendadas por especialistas, e afirma temer efeitos negativos na economia. E para completar o cenário, nesta semana foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, para analisar os erros e omissões dos governantes na pandemia, incluindo o próprio presidente. Nesta quarta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 75.652.
No total, o Brasil tem 414.645 mortos e 14.936.464 casos da doença, a segunda nação com mais registros de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 13.529.572 pessoas estão recuperadas.
O Estado de São Paulo registrou nesta quarta-feira um número alto de mortes por coronavírus, totalizando 689. Outros cinco Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Minas Gerais (441), Rio de Janeiro (349), Paraná (258), Goiás (163) e Rio Grande do Sul (127). O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 73.295 novos casos e mais 2.811 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 14.930.183 pessoas infectadas e 414.399 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Covid-19: Goiás registra 2,8 mil novos casos e 149 mortes em um dia
Goiânia – Goiás registrou 2.898 novos casos da covid-19 e 149 mortes pela doença nas últimas 24 horas. É o que aponta boletim da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (5/5). Com as atualizações, o Estado chega a 562.073 casos e 15.424 óbitos confirmados de covid-19.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 535.356 pessoas recuperadas. No Estado, há 435.882 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 269.483 casos.
Além dos 15.424 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,75%, há 291 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Laboratório em Goiânia deve indenizar paciente por falso positivo de HIV
O juiz Leonys Lopes Campos da Silva, da 2ª Vara Cível da comarca de Goiânia, decidiu nesta terça-feira (04/5) que um laboratório da capital terá que indenizar uma paciente em R$ 8 mil, por danos morais, após um falso diagnóstico positivo de HIV.
A paciente de 32 anos realizou um exame de sangue de rotina para um tratamento para engravidar quando recebeu o falso positivo, em fevereiro de 2020. Aflita, ela procurou sua médica que orientou que ela refizesse o exame em outro laboratório. O novo exame deu negativo.
O juiz entendeu que falso positivo causou sofrimento à paciente e que erros como esse são inaceitáveis. Ele também salientou que a reparação indenizatória está prevista no Código de Defesa do Consumidor.
O magistrado destacou que houve erro na realização do exame ou na elaboração do laudo e que “a autora passou por sofrimento íntimo e perturbação emocional que, de certo, superaram os meros aborrecimentos. Visto que tratava de informação sobre uma doença gravíssima, de efeitos fatais”.
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JORNAL OPÇÃO
Deputados goianos avaliam que as declarações de Teich e Mandetta “são graves” em relação a atuação de Bolsonaro
Por Luiza Lopes
A Comissão Parlamentar de Inquérito já ouviu os depoimentos dos ex-ministros, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Eduardo Pazuello vai depor no próximo dia 19
Os ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, prestaram depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, na terça, 04, e quarta-feira, 05, respectivamente. Teich seria ouvido na terça, após Mandetta, que falou por mais de sete horas, mas o depoimento foi remarcado. Durante a sessão, os parlamentares também adiaram, para o próximo dia 19, o comparecimento de Eduardo Pazuello, marcado para esta quarta.
Aos senadores, Mandetta defendeu a ciência e a vacina para combater a Covid-19 e afirmou que o comportamento de Bolsonaro “impactou” o agravamento da pandemia. Teich, que comandou o Ministério da Saúde por menos de um mês, deixou o cargo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre políticas a serem adotadas contra o coronavírus.
O deputado federal Elias Vaz (PSB) avalia os depoimentos dois ex-ministros da saúde como contundentes. Para ele, as declarações com relação ao comportamento do presidente Jair Bolsonaro são extremamente graves. “A expectativa é de que a CPI está no rumo certo para ter os elementos que comprovatórios, tanto da posição negacionista do presidente Bolsonaro, como também dos atrasos claros que nós tivemos na compra de vacinas”.
Elias Vaz é categórico ao afirmar que não há dúvidas de que o atraso para comprar os imunizantes contra a Covid permitiu o avanço da pandemia e provocou o aumento no número de mortes pela doença, “por isso que a gente classifica o presidente Bolsonaro como genocida. A CPI deve trazer a verdade à tona e mostrar para a sociedade com provas os crimes cometidos pelo presidente”.
Delegado Waldir Soares, deputado federal pelo PSL, diz que os depoimentos foram técnicos e que Mandetta e Teich deixaram claro os seus posicionamentos em defesa da ciência. “Penso que foram depoimentos com excelentes resultados e informações para a CPI”.
Segundo o delegado Waldir, os ex-ministros não trouxeram novidades. “O afastamento do Teich a gente sabia que era em a razão da discordância com a opinião do presidente da República que defende a cloroquina e em relação ao Mandetta também foi muito técnica”. Mas destaca que “chamou a atenção” a tentativa do presidente Jair Bolsonaro “tentar mudar a bula da cloroquina que é um fato grave”.
Ainda na opinião do deputado do PSL, o resultado da pandemia tende a ser mais político do que técnico. “Acredito que a CPI irá produzir efeitos políticos para as eleições de 2022, majoritária presidencial ou nos estados que forem apontados casos de corrupção com dinheiro dos recursos federais. E poderão ter repercussão nas eleições de governadores e da presidência da República”.
Para o deputado Rubens Otoni (PT), os depoimentos comprovam os crimes de responsabilidade do presidente Bolsonaro. “Tentar manipular o Ministério da Saúde, forçar o uso de Cloroquina sem nenhuma comprovação e tentar mudar a bula do medicamento na Anvisa são ações muito graves”.
De acordo com Otoni, o mais importante da CPI é pressionar o governo a ter ação efetiva de combate à pandemia para salvar vidas. “Neste sentido já tem sido positivo obrigando por exemplo a correr atrás de vacina.”
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PMB vai assumir o comando do instituto de servidores de Goiânia; Júnior Café é o novo titular
Por Felipe Cardoso
Nome foi definido após reunião da cúpula do PMB com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos); segundo o vereador do partido, Pastor Wilson, “já é oficial, já tiramos a foto”
O presidente Metropolitano do PMB, Junior Café, será nomeado como o novo presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas).
O novo titular do órgão foi definido após reunião da cúpula do PMB com o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Segundo o vereador Pastor Wilson, “já é oficial, já tiramos a foto”, comentou. No encontro, estivam presentes o presidente estadual do PMB, Santana Pires, o deputado estadual Pastor Jeferson, os vereadores Edgar Duarte, Pastor Wilson, Leandro Sena, entre outros.
“Essa negociação aconteceu no passado através de toda a comitiva do PMB diretamente com Maguito Vilela. Com o óbito do prefeito isso não prosseguiu. Por isso, quero parabenizar o prefeito Rogério Cruz que reparou essa situação e entendeu a importância do partido na Câmara, bem como na prefeitura de Goiânia”, disse o vereador Pastor Wilson ao comentar a decisão.
Para o parlamentar, Café está preparado. “Ele já foi secretário, já foi chefe gabinete de vários secretários, é secretário extraordinário, vejo competência, lealdade e transparência. O Imas tem a ganhar com esse novo nome”, concluiu.
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Teich diz que se posicionou contra à recomendação do uso de cloroquina
Por Isabel Oliveira
“Eu não participei disso”, diz Teich sobre orientação para produzir cloroquina no o laboratório químico e farmacêutico do Exército
O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que nos seus 29 dias de gestão à frente da pasta não passava orientações para que o laboratório químico e farmacêutico do Exército em relação a produção da hidroxicloroquina. “Eu não participei disso. Se aconteceu algo, foi fora do meu conhecimento”, disse em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado.
Ainda sobre o tema, Teich contou a Comissão que não passava orientação e que se posicionava de forma contrária à recomendação do uso de cloroquina para populações indígenas e, caso soubesse, não deixaria acontecer.
“O que eu vivi naquele período a gente nem ouvia falar de cloroquina. Dia a dia é extremamente intenso, porque era um momento muito difícil. Faltavam respiradores, EPI, mortes e casos aumentando. Foi um assunto que não chegou a mim a produção de cloroquina”.
Teich informou durante seu depoimento que iniciou, como ministro da Saúde, um programa de controle de transmissão do vírus com testagem e avaliação de adoção de medidas como distanciamento, isolamento, rastreamento, revisão de diagnóstico e tratamento. Além disso, explicou que sua saída do governo se deu em decorrência de divergências entre ele e o presidente Bolsonaro sobre adoção do “tratamento precoce” contra o vírus. Teich disse que, “sem autonomia e liderança, decidiu deixar o cargo”.
O relator, Renan Calheiros questionou Nelson sobre a existência de um “aconselhamento paralelo” ao presidente Jair Bolsonaro. O ex-ministro disse que não teve conhecimento do grupo e não soube dizer quem seriam esses conselheiros.
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O POPULAR
Primeiro dia de vacinação para comorbidades em Goiás foi confuso
Laudo para quem tem pré-existente deve ser exclusivamente assinado por médicos com registro no conselho de medicina. Receitas só valem para diabetes. É necessário agendar
O primeiro dia de vacinação de pessoas com comorbidades em Goiânia foi marcado pela dúvida de quem está ou não dentro do grupo apto para ser imunizado e quais os comprovantes são necessários e válidos para garantir a dose nesta etapa. O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), Yves Mauro Ternes, explica o que é imprescindível para conseguir a vacina e reforça que, para as pessoas com comorbidades, é necessário fazer agendamento pelo aplicativo Prefeitura 24 horas.
Ternes detalha que apenas quem tem diabetes poderá apresentar receita de medicamentos como comprovante, já que a lista inclui todos os tipos da doença. Nos outros casos é preciso um laudo médico que ateste a comorbidade. ‘O Plano Nacional de Imunização prevê, por exemplo, que hipertensos sejam vacinados se estiverem dentro do estágio três ou quatro. Neste caso, não será aceito apenas a receita ou documento sem detalhamento’, alerta.
Ele acrescenta que o laudo deve ser assinado exclusivamente por médicos com registro no Conselho de Medicina e destaca que o paciente não precisa levar o documento impresso para seu médico assinar. ‘O protocolo já foi alinhado entre a Secretaria Estadual de Saúde, a municipal e o Cremego (Conselho Regional de Medicina de Goiás). O ideal é que os médicos preencham os dados, atestem a comorbidade e carimbem. Esse documento ficará retido no local de vacinação.’
Ele diz que, em breve, a pasta fará avaliação dos documentos apresentados. ‘Caso seja encontrada alguma fraude, ela será apurada e se for confirmada má-fé, quem executou poderá ser responsabilizado, seja médico ou paciente.’
Aparecida
Em Aparecida de Goiânia a campanha para pessoas com comorbidades começa nesta quinta-feira (6) sem necessidade de agendamento nos drive thrus da Cidade e do Centro de Especialidades. Outros locais exigem agendamento. A coordenadora de Imunização Renata Cordeiro reforça que receitas não serão aceitas, mas que formulário disponível no site da prefeitura visa facilitar, mas que qualquer laudo médico simples será aceito para validar a vacinação, desde que emitido há no máximo um ano e conste o nome completo do paciente, descrição da comorbidade e assinatura do médico, com o respectivo carimbo.
Dúvida sobre documentos
Nos postos de vacinação, profissionais que iniciaram a imunização do novo grupo precisaram se adaptar à nova rotina e aos protocolos. O movimento ficou tranquilo na maioria do tempo, com poucos pontos de aglomerações. A ausência de fila se deve à exigência de agendamento prévio, item que causou dúvidas. A apresentação de documentos também esteve entre as incertezas de pessoas que procuraram as unidades.
Deivid Cruz, enfermeiro responsável pela coordenação da imunização no Centro de Saúde do Setor Leste Universitário, diz que 400 pessoas foram autorizadas a serem vacinadas nesta quarta-feira (5) na unidade. Desses, ele relata que o registro de faltas foi quase inexistente.
Enelice Milhomem, de 55 anos, chegou ao local por volta das 15 horas e, apesar de já ter agendado pelo aplicativo, ainda não tinha certeza sobre os documentos que seriam exigidos.
No Cais Novo Mundo, Francisco Silva, de 59 anos, chegou ao local e disse ter comorbidade, mas não havia agendado a vacinação pelo aplicativo. Francisco contou que foi informado que deveria realizar o agendamento, mas que não sabia de que forma o faria.
Novidade na vacinação do grupo, a vacina da Pfizer tem forma de manipulação diferente para os aplicadores, com dosagem e exigência de ‘hidratar’ cada dose. Mas profissionais relataram que a carga chegou com manual, não impondo grandes dificuldades.
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Assessoria de Comunicação