CLIPPING SINDHOESG 29/08/19

29 de agosto de 2019

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

Secretaria de Saúde confirma casos de sarampo de pai e filho recém-nascido, em Goiânia
Dez anos de regulamentação dos planos de saúde coletivos
A saúde na era digital volta ao básico
Consultas médicas na palma da mão
Mercado dos planos de saúde tem perspectivas de crescimento
Ensino a distância em cursos de saúde divide opiniões em audiência
Número de cirurgias bariátricas no País cresce 85% entre 2011 e 2018
Brasileiros formados no exterior iniciam módulo de acolhimento do Mais Médicos

TV ANHANGUERA

Secretaria de Saúde confirma casos de sarampo de pai e filho recém-nascido, em Goiânia
http://g1.globo.com/goias/videos/t/todos-os-videos/v/secretaria-de-saude-confirma-casos-de-sarampo-de-pai-e-filho-recem-nascido-em-goiania/7879593/

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O ESTADO DE S.PAULO


Dez anos de regulamentação dos planos de saúde coletivos

Passado, presente e futuro do segmento foram tema de debate no Summit Saúde Brasil 2019
Osetor de planos de saúde coletivos evoluiu muito a partir das Resoluções Normativas nº 195, que regulamentou os planos de saúde coletivos, e nº 196, que definiu e disciplinou a atuação das administradoras de benefícios, editadas em 2009 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mas há ainda um longo caminho a percorrer para aperfeiçoar o sistema e resolver problemas como a escalada de custos e de preços e o alto nível de judicialização registrado no segmento.
Esses foram alguns dos assuntos abordados no painel "10 Anos da Nova Regulamentação dos Planos Coletivos", que integrou a programação do Summit Saúde Brasil 2019, realizado em São Paulo, no último dia 22.
O debate contou com a participação do presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB), Alessandro Acayaba de Toledo, do diretor-presidente da ANS, Leandro Fonseca, do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), José Luiz Gomes do Amaral.
Um avanço destacado pelos participantes foi a regulamentação dos planos coletivos por adesão, oferecidos por entidades de classe a seus representados. O presidente da ANS lembrou que essa modalidade atende hoje a 6,5 milhões de brasileiros, ou 14% do total de beneficiários de planos de saúde. "O plano coletivo por adesão é uma das formas importantes de acesso da população aos serviços de assistência privada", afirmou.
O presidente da ANAB explicou que "as administradoras de benefícios são empresas que advogam a favor dos consumidores" no sistema de planos coletivos. "Elas ajudam a formatar o desenho do plano junto às operadoras e fi scalizam de certa forma toda a questão do custo relacionado ao plano de saúde, conferindo as faturas e a sinistralidade, entre outras atribuições", resumiu Acayaba de Toledo.
O presidente da APM falou sobre a importância do serviço. "Há alguns anos, nós enfrentamos dificuldades no sentido de administrar os planos dos associados. Foi quando surgiu a possibilidade de trabalharmos com a administradora de benefícios e dessa forma melhor equacionar a nossa situação, o que viabilizou a continuidade do benefício", contou Amaral.
Sustentabilidade O ministro Cueva tratou da judicialização da saúde, que vem crescendo nos últimos anos e constitui também um fator de pressão de custo.
"O princípio que temos seguido é que devemos respeitar os contratos e o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos", afirmou. O ministro chamou a atenção para "certo abuso" que estaria ocorrendo em pedidos de indenização por dano moral em ações contra planos de saúde.
Fonseca, da ANS, cobrou mais empenho das pessoas jurídicas contratantes e das operadoras em projetos para promover a saúde dos beneficiários dos planos, em substituição ao modelo atual focado no tratamento de doenças. "Atualmente temos apenas 2,5 milhões de beneficiários em programas de promoção de saúde e prevenção de doenças", lamentou o representante da ANS.
Outro aspecto discutido foi o combate ao desperdício. "Mais de 30% dos exames realizados nem sequer são retirados do laboratório", apontou Acayaba de Toledo. Os participantes concordaram também sobre a necessidade de uma maior integração entre os serviços de saúde públicos e privados para melhorar o atendimento da população, evitar duplicidades e promover a sustentabilidade do sistema como um todo.
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A saúde na era digital volta ao básico

Iniciativas de hospitais e universidades têm como foco a atenção primária, capaz de antecipar fluxos e desafogar o sistema É irreversível. Vivemos, corpo e mente, mergulhados em tecnologia de forma cada vez mais profunda e radical. Hoje, tudo passa pelo celular e pela conectividade — dentro dos hospitais, consultórios médicos e salas de aula, não seria diferente. A telemedicina, termo amplo que designa justamente as novas formas de mediação entre profissionais da saúde e pacientes, tem revolucionado a saúde pública de forma radical.
No Brasil, a primeira tentativa de regulamentar práticas de teleatendimento médico pelo Conselho Federal de Medicina (a resolução 2.227/18) foi aprovada em fevereiro de 2019 e derrubada no fim do mesmo mês, por mobilização dos próprios médicos, que afirmaram não ter sido consultados. É muita mudança em jogo, trazendo dúvidas de toda sorte. Pôr para funcionar as novas ferramentas tecnológicas em um país carente com dimensões continentais, onde faltam médicos, postos de saúde e água tratada, por exemplo, é desafiador. A integração entre a tecnologia e o foco na atenção primária podem ser a chave para assistir melhor a população, afirmaram os convidados palestrantes no Estadão Summit Saúde 2019.
Nas salas de aula. Atenção primária é saúde em estado bruto: ações e estratégias que antecedem o atendimento médico e hospitalar propriamente dito. Identificação e prevenção de doenças, triagem dos casos e encaminhamento às unidades de atendimento, além do esclarecimento de dúvidas, fazem parte de seu escopo.
Nos cursos de Medicina, o debate e o ensino da atenção primária ganharam espaço nos últimos dez anos. Apesar de a especialização na área de saúde da família e comunidade só ser feita durante a residência (não obrigatória), a grade curricular passou a incluir disciplinas sobre o assunto, como explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Daniel Knupp, que participou do evento.
"O ensino da atenção primária é importante desde o início da graduação, uma vez que o aluno de Medicina precisa desenvolver um rol mínimo de competências para o exercício da profissão." Knupp diz que as faculdades particulares saíram na frente no processo de readequação da grade curricular. A maior parte dos cursos, atualmente, dedica de um a dois semestres dos seis anos da graduação para abordar temas relacionados à atenção primária.
Segundo Knupp, as faculdades públicas e as com cursos tradicionais têm levado mais tempo para se adaptar. Acabam formando mais especialistas. Ele acredita que um dos motivos é o fato de haver poucos professores com formação na área de saúde de família nessas instituições. "Temos 3 mil vagas para residentes em medicina de família por ano no Brasil, o que dá 10% do total de vagas de residentes", diz Knupp. "Em países como Canadá, Espanha e Portugal, os números variam de 30% a 50%. Estamos no patamar dos EUA. É razoável por não ser obrigatório, mas é o mínimo."
Interesse renovado. A coordenadora do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), Jane Armond, que esteve no Summit Saúde como ouvinte, conta que, quando começou a dar aulas, 30 anos atrás, o interesse dos alunos pelo tema era pequeno. "A maioria queria se especializar em uma área que remunerasse bem. O cenário tem mudado e os alunos, desde o começo do curso, passam a ter contato com essa frente e a frequentar Unidades Básicas de Saúde (UBS). Eles ganham experiência e não precisam chegar à residência para vivenciar o dia a dia de um médico."
Apesar da pouca sincronia entre os currículos das universidades particulares e públicas na área de atenção básica, as públicas têm apresentado iniciativas de relevo. O câmpus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) conta com o Centro de Atenção Primária, que tem como principal o objetivo reforçar a educação nessa área, independentemente do semestre em que o aluno esteja.
No câmpus de Santos (SP) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Programa de Residência Multiprofissional de Atenção à Saúde, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o Laboratório de Estudos em Atenção Primária, o foco está mais voltado a médicos em residência.
Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) organiza desde 2017 a Mostra de Atenção Primária à Saúde e estimula futuros médicos a contarem as experiências vividas dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte. Em Salvador, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) também investe em atenção primária por meio do Instituto de Saúde Coletiva, que, além do atendimento à população, busca formar profissionais voltados à área.
Mais saúde, menos doentes. O investimento em atenção primária no ambiente corporativo também vem mostrando resultados positivos. De acordo com Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, esse tipo de ação é oferecida a cerca de 14 mil colaboradores da instituição, além de seus 16 mil dependentes.
Klajner conta que investir em prevenção entre os funcionários e seus parentes fez cair em 20% a busca por consultas médicas e por internações. "Usamos essa nossa expertise em tecnologia e organização e, além da melhoria interna, passamos a oferecer esse serviço para outras companhias, ampliando para cinco unidades de atenção primária do Einstein dentro da cidade de São Paulo. Até o fim de 2019, planejamos abrir mais duas", revela.
Ele ainda defende que a orientação correta, o manejo de doenças crônicas e a promoção e prevenção da saúde melhoram a eficiência do sistema de saúde. "O paciente tem o dever do autocuidado", enfatiza Klajner.
Antes do especialista. O Hospital Sírio-Libanês também passou a concentrar esforços na promoção da atenção primária. De acordo com Paulo Chapchap, diretor-geral da Sociedade Beneficente de Senhoras da instituição, esse cuidado consegue resolver de 80% a 85% dos problemas de saúde.
O Sírio mantém, em parceria com o Ministério da Saúde, o Regula+Brasil. O programa atua como um ente regulador entre o atendimento na atenção básica e o encaminhamento para consultas de média e alta complexidade.
"O paciente que necessita do encaminhamento especializado passa de imediato por uma avaliação feita por uma equipe de médicos, que participam do núcleo remoto de regulação proposto no projeto", explica Chapchap. "Esses profissionais, de forma integrada a uma rede de telemedicina, avaliam o caso do paciente a partir de protocolos de saúde, com o objetivo de acelerar o processo de direcionamento aos ambulatórios especializados."
No encaminhamento, os médicos já indicam a prioridade do caso dentro de uma escala que vai de um a quatro, de acordo com a gravidade da condição. A ação permite ainda que, em caso de dúvida sobre diagnóstico ou exames, os médicos do núcleo remoto de regulação entrem em contato com o profissional da Unidade Básica de Saúde (UBS) para discutir o caso. A medida evita que o paciente seja encaminhado de forma desnecessária ao especialista, além de reduzir filas de espera no atendimento.
A atenção primária também é oferecida pelo hospital a empresas por meio do programa Saúde Corporativa, que designa profissionais para cuidar da saúde dos funcionários e de seus dependentes, acompanhando-os no decorrer da vida. Esses médicos têm acesso a todo o histórico de saúde dos colaboradores, o que facilita na tomada de decisões e aproveitamento melhor da consulta.
A relevância da declaração de Alma-Ata. Até 1978, a atenção primária não figurava entre as principais frentes de atuação dos órgãos de saúde. Foi neste ano que, após a Conferência Internacional de Cuidados Básicos de Saúde, realizada na cidade de Alma-Ata, no Casaquistão, a comunidade médica passou a se interessar mais pelo tema. Daniel Knupp acredita que a atenção primária se desenvolve em tempos de crise e em regiões e países em que os serviços de saúde são mais frágeis. O momento atual é propício à volta da atenção básica. "O Brasil possui um ótimo exemplo, que é o programa Saúde da Família. Com 30 anos de funcionamento e apesar de todas as dificuldades, vem apresentando resultados muito bons", diz Knupp. "Desde sua criação, em 1990, o Sistema Único de Saúde também vem contribuindo para o crescimento da atenção primária mais resolutiva, que ajuda a romper a imagem do médico especialista. Aqui, ele não precisa resolver problemas. Ele precisa é cuidar da pessoa."
Três perguntas para Fábio Ortega. Um dos criadores do canal Doutor Ajuda, que traz explicações sobre doenças com foco em prevenção, Ortega participou do Summit Saúde em painel sobre comunicação e empatia.
1. Quais os desafios da saúde na era digital? No sistema público, sem dúvida nenhuma o principal desafio é integração: posto de saúde, centro de saúde e hospital público precisam estar integrados pela informática. Dessa forma, as informações podem alimentar bancos de dados que, em um futuro não tão distante, podem ajudar a construir ferramentas de inteligência artificial. No sistema privado, é preciso entender que, com a aquisição de prontuários eletrônicos e mais tecnologia de análise de gastos, haverá melhoria na estimativa dos custos e um melhor entendimento sobre os gastos na saúde. Em suma, a maneira de ser médico vai mudar.
2. Como o Brasil deve enfrentá-los? O Brasil tem um sistema de saúde ruim e grande parte dessas inovações vem para melhorar. Mas existe um problema no País, no dinamismo de várias áreas. Há problemas políticos, corporativos e jurídicos, que podem atrapalhar tudo isso. O ideal é que fôssemos tão dinâmicos quanto as próprias inovações.
3.O que levou do evento? Foi muito melhor do que eu imaginava. Gostei da abrangência do Summit. Isso faz com que todo mundo que trabalhe com saúde tenha uma noção do que virá e possa se preparar para o que vai acontecer. No fim, a sensação que dá é de que a saúde vai passar por uma revolução, do ponto de vista macro. Como coordenador do Canal Doutor Ajuda, nossa missão é sermos agentes transformadores. Levo comigo várias ideias e projetos que podem ampliar nosso escopo de atuação.
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Consultas médicas na palma da mão

Modalidades de teleatendimento reduzem fila e esclarecem casos com mais rapidez
Imagine um grupo de médicos, cada um em uma cidade do Brasil, trocando informações por voz, vídeo e imagem. A cena é mais trivial do que o futurismo profetizado no cinema, mas esse contato virtual é faceta das práticas da telemedicina no País. Desde junho de 2018, o Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desenvolve o projeto Regula+Brasil, cujo objetivo é reduzir as filas de espera no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o coordenador de Inovação e Tecnologia do Sírio, Cesar Biselli, a telemedicina coloca o paciente no lugar certo, na hora certa. "Este é um dos lemas do programa: otimizar o atendimento e usar os meios disponíveis para isso", explica. "Muito se fala que é preciso investimento robusto para a prática da telemedicina, mas se houver acesso a um smartphone e internet, é possível fazer muita coisa boa."
Biselli conta que, só em 2019, dos 181.597 casos encaminhados ao Regula+Brasil, 62.489 foram aprovados para consultas mais específicas após a aplicação de protocolos de teleatendimento ou discussão telefônica. Os outros dois terços (mais de 60%) foram atendidos via atenção primária. Apenas com uma triagem mais certeira, os casos mais graves viram a fila de espera para consultas e exames cair de 163 dias para apenas 6.
Atualmente, o programa funciona em unidades de saúde do Amazonas e do Distrito Federal, e nas cidades de Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). Uma cidade do Nordeste deve ser a próxima a ser incluída no mapa do Regula+Brasil.
Para Cesar, o acesso a médicos do Sírio em 13 especialidades, dando suporte à rede do SUS, é uma ferramenta que só tende a beneficiar a troca de informações e a rapidez nos diagnósticos. "Vivemos em um país continental, onde os serviços não chegam de maneira distribuída. Algumas iniciativas da telemedicina podem ajudar a diminuir custos e entregar mais valor à sociedade."
O conselheiro federal do Conselho Federal de Medicina (Cremesp), Aldemir Soares, que participou de um painel sobre o tema no Estadão Summit Saúde 2019, concorda. "A tecnologia entra nas comunidades onde há carência de um médico em tempo integral e também quando as distâncias geográficas entre a comunidade e um ponto de atendimento médico viram uma barreira."
Tecnologia na pele. Além do Regula+Brasil, existem outras iniciativas no Brasil que já se beneficiam de práticas da telemedicina. O Hospital Israelita Albert Einstein investe no segmento por conta própria desde 2012 e uma das especialidades atendidas é a dermatologia.
Por meio de um produto criado pelo hospital com foco na figura do médico de família, os profissionais do Einstein conseguem orientar o médico da Unidade Básica de Saúde a ir por três caminhos: agendar e aguardar a consulta com um dermatologista, fazer o tratamento indicado pelo médico de família com auxílio de um especialista e, em casos mais graves, como suspeita de melanoma, ser encaminhado com urgência para a cirurgia. A avaliação é feita com fotos enviadas por mensagem de celular.
Em 2017, a teledermatologia do Einstein encaminhou e resolveu de 69 mil casos dermatológicos na cidade de São Paulo. Neste ano, a iniciativa foi levada para a região de Catanduva, no interior do Estado.
Também desde 2017, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, utiliza um programa voltado à especialidade da dermatologia. Trata-se da plataforma DermatoNet, desenvolvida para auxiliar médicos do SUS na identificação de doenças de pele e no melhor encaminhamento dos casos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, que participa da iniciativa, foram realizados 5 mil teleatendimentos no Estado entre fevereiro de 2017 e março de 2019.
Não há dados consolidados sobre diminuição de filas em postos de saúde, mas, segundo o coordenador do projeto, Natan Katz, foi possível observar sua diminuição, uma vez que a triagem mais assertiva faz com que tanto o paciente quanto o médico ganhem em tempo e qualidade no atendimento. A Coordenadoria de Telemedicina da universidade também tornou disponível o auxílio à oftalmologia e estuda implementar teleatendimento para casos de tuberculose.
Cautela com os avanços. Apesar da euforia com os avanços tecnológicos e os benefícios prometidos, parte da comunidade médica pede cautela. O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Mario Jorge Tsuchyia, admite que a telemedicina é irreversível e uma realidade, mas é preciso um debate mais aprofundado antes de ela ser regulamentada no Brasil.
"Precisamos caminhar passo a passo com a regulamentação. E um assunto muito amplo. Não vamos conseguir fazer tudo de uma vez. Para que a sociedade se beneficie e tenha segurança, esse é o ponto de maior preocupação para o conselho regional", diz Tsuchyia. "Enquanto não houver redução dos riscos dessa nova tecnologia ; será difícil a regulamentação. E preciso discutir e definir qual o melhor formato. A sociedade precisa participar desse processo."
A visão mais crítica de Tsuchyia, que debateu o tema no painel que abriu o Estadão Summit Saúde 2019, "O que Esperar da Telemedicina no Brasil", se dá pelo alto custo de implementação das tecnologias e pelos problemas estruturais do Brasil, como a falta de unidades básicas de saúde e acesso ruim à internet em boa parte do País.
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O HOJE

Mercado dos planos de saúde tem perspectivas de crescimento

Segundo os últimos levantamentos, Goiás, São Paulo e Distrito Federal lideram a expansão do setor no Brasil
O setor de saúde privada no Brasil desafiou a recente crise e queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, superando o pessimismo econômico. Nesse contexto, registrou crescimento em 2018 e a tendência é que seguirá em ritmo acelerado neste ano. Em junho de 2019, o segmento somou mais de 47 milhões de assegurados. Os levantamentos mostram crescimento de clientes e segmentação médica, em relação ao ano passado. O otimismo do setor está no resultado positivo e na certeza que a onda negativa vem perdendo forças.
Segundo dados do Instituto de Estados da Saúde Suplementar (IESS), entre 2017 e 2018, foram registrados um aumento de 0,2% no ingresso de novos beneficiários, ou seja, mais de 102 mil vínculos. O percentual parece ser pequeno, mas mostra estabilidade, indicando aumento de negócios para o setor, isso já deixa o mercado mais animado e com boas perspectivas de melhorias, afastando as incertezas de quedas acentuadas. A projeção para o próximo ano é que a quantidade de assegurados fique acima dos 49 milhões.
Em volume de receita de contraprestações das operadoras de planos de saúde, no primeiro semestre deste ano somou mais de R$ 50 bilhões. As despesas assistenciais ficaram em mais de R$ 40 bilhões. Em 2018, o resultado acumulado foi de quase R$ 200 bilhões em receitas de contraprestações, de acordo com dados da ANS. Os índices de cobertura por planos de saúde se concentram mais nos estados da Região Sudeste, que registram taxas acima de 30%. Já Goiás fica na faixa entre 10% a 20% da cobertura dos planos de assistência médica.
A geração de emprego com carteira assinada, em outros segmentos da economia brasileira, tem contribuído com o crescimento e estabilidade do setor de saúde privada. Isso porque, os planos de assistência médica disponibilizados por empresas aos funcionários somam 67% da contratação desse serviço no Brasil.
São Paulo, Goiás e Distrito Federal lideram crescimento do setor no Brasil entre 16 estados, em junho desde ano, quando houve um considerável aumento no ingresso de vinculados a planos de saúde no País. De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Goiás têm 1.142.974 assegurados e conta com 32 operadoras com registro ativo. A tendência é que o mercado goiano ganhe mais uma integrante. Trata-se da operadora Grupo Hapvida, terceira maior operadora desse serviço no Brasil, atrás apenas de Amil e Bradesco. A empresa, genuinamente cearense mostrou interesse em comprar o Hospital Jardim América, em Goiânia.
Recentemente, a Hapvida anunciou ao mercado a intenção da aquisição integral do Grupo São Francisco por R$ 5 bilhões. À aprovação prévia depende da ANS e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Caso a compra seja efetivada, o grupo assumirá a liderança nacional em número de vinculados, passando a atender mais de 5,8 milhões de beneficiários e, assim, ampliando a atuação em todas as regiões brasileiras, disputando mercado nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do País.
Para se ter ideia do tamanho do mercado de saúde privada no Brasil, outro estudo do IESS, no período que compreende 2010 a 2015, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBHE), mostrou que do total de despesas em saúde em 2015 (R$ 546,1 bilhões), R$ 314,6 bilhões foram da iniciativa privada, isso equivale a 57,6% dos gastos. Já em 2010, ficou em 54,8%. No acumulado dos cinco anos, as despesas privadas representaram aumento proporcional de 85% ante 65,7% do setor público.
Para efeito de comparação com outros países, que adotam o sistema universal, o investimento em saúde pública pelo governo brasileiro é bem inferior. Na lista, as nações que mais aplicam recursos à saúde são: França (79%), Itália (75%), Canadá (74%), Argentina (72%), Espanha (71%) e Chile (71%).
Perfil dos assegurados
Últimos levantamentos do IESS, março de 2019, mostram que o perfil da clientela desse serviço prevalece na faixa de 19 a 58 anos. Porém, o grupo com maior crescimento, até então, são de pessoas acima dos 59 anos ou mais. Nessa modalidade, o crescimento é de 2,6%, referente ao mesmo período pesquisado, representando mudanças de categoria de vinculados aos serviços. Essa tendência também vem acompanhando o próprio envelhecimento da população no País.
No período da pesquisa, entre setembro de 2017 e setembro de 2018, constatou-se que dentro do total de novos assegurados, mais de 166 mil faziam parte dessa faixa etária (mais de 59 anos), o que representou uma alta de 1,5%, em comparação ao mesmo período anterior. Essa tendência demonstra que a população mais idosa tende a investir na contratação de planos de assistência médica privada com objetivo de assegurar os cuidados com a saúde.
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AGÊNCIA CÂMARA

Ensino a distância em cursos de saúde divide opiniões em audiência

Conselhos federais criticam falta de critério na oferta de cursos. Universidades particulares alegam que modalidade é inclusiva

A oferta do Ensino a Distância (EaD) em cursos da área de saúde dividiu a opinião dos convidados, durante audiência pública promovida nesta terça-feira (27) pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Representantes de entidades de classe, associações e do Ministério da Educação compareceram à reunião para tratar do assunto.
O representante do Ministério da Educação, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Júnior, citou duas metas do Plano Nacional de Educação (PNE): aumentar a escolaridade da população excluída e elevar a taxa bruta de matrículas na educação superior, para justificar os investimentos em EaD.
Segundo ele, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2017, mostram que 39% dos jovens entre 18 e 24 anos tinham o ensino médio completo e estavam fora da universidade.
O Brasil precisa aumentar a sua presença na educação superior , disse ele.
Aprendizado
A vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes, defendeu a modalidade de ensino para os cursos de graduação da área da saúde e afirmou que os jovens de hoje não podem ser condenados ao mesmo modelo de aprendizado que as gerações passadas tiveram.
Ela ressaltou que, exceto nos casos das aulas práticas, o EaD é vantajoso por promover a inclusão de pessoas que moram em lugares onde não há instituições de ensino superior.
"A forma como EaD é tratado no Brasil é desrespeitosa. Ela é atrasada. Ela preconiza o passado. Ela trata a tecnologia como se ela fosse um empecilho. Ora, todos nós temos netos, e temos sobrinhos. Os nossos netos fazem o quê? Pegam ali a tela e escolhem o que vão estudar, escolhem o que vão brincar e ele vai ter a liberdade de fazer isso", disse.
O ensino à distância também foi defendido pelo presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), Frederic Michael Litto. O professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) lembrou que esse modelo de ensino não é novidade no Brasil, que teve o seu primeiro curso por correspondência ainda nos anos 1970.
Já o presidente do Conselho Nacional de Medicina Veterinária, Francisco Cavalcanti de Almeida, disse ter baixado uma resolução que punia seus colegas de profissão que dessem aula em cursos à distância, sob a justificativa de que isso feriria a ética e as diretrizes curriculares.
Qualidade
O trabalho nosso é pela qualidade de ensino e não pela quantidade , disse. Segundo Almeida, hoje existem 396 cursos de medicina veterinária no País, com quase 60 mil vagas já autorizadas pelo MEC. E 12  cursos a distância, oferecendo 39 mil vagas.
A assessora da presidência do Conselho Federal de Farmácia, Zilamar Camargo Costa, afirmou que a entidade não é contra o EaD, mas que discorda da forma que a modalidade vem sendo desenvolvida na área da saúde. Ela assinalou que houve, em dois anos, um aumento de 295% no número de vagas de cursos a distância na área da saúde e que a criação dessas vagas não teve critérios.
"Quais foram os requisitos pra esse aumento? Foi simplesmente aleatório, porque as instituições de ensino que definem quantos polos querem, na hora que querem, onde quiserem, em qualquer parte do país. Isso é inclusão social? Isso é determinar a simetria regional? Isso não é verdade. Porque, inclusive, os cursos EaD se localizam exatamente onde já têm cursos presenciais, o que não deveria acontecer se isso realmente fosse inclusão social", observou.
Legislação
O autor do requerimento da audiência, deputado Santini (PTB-RS) , frisou a importância de se discutir o assunto com a participação do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação.
"Se de um lado as universidades de ensino a distância têm cumprido um papel extremamente importante no caráter social de oportunizar pessoas que jamais teriam condições de buscar uma formação acadêmica possam encontrar isso através do curso EaD, também é verdade que a legislação é muito dúbia no que diz respeito a determinados temas como carga horária, tempo para cada tema, para cada matéria", disse Santini.
O deputado considera inegável que a tecnologia está presente na vida de todos, e que seria bom se fosse possível aliá-la à formação acadêmica.
Em 2017, o Ministério da Educação regulamentou o ensino à distância no país. O Decreto 9.057/17 determinou que as instituições podem oferecer cursos a distância sem a oferta simultânea de cursos presenciais.
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UOL

Número de cirurgias bariátricas no País cresce 85% entre 2011 e 2018

Em março do ano passado, a bióloga Daniella Braga, de 52 anos, fez a primeira cirurgia de sua vida, que causou uma mudança radical: seu peso passou dos 155 quilos para os 88 quilos. Ela está entre os brasileiros que fizeram cirurgia para reduzir o estômago, operação que teve aumento de 84,7% entre 2011 e 2018 no País, segundo novo estudo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
Apesar do crescimento, o número de cirurgias é considerado baixo diante da quantidade de pessoas que poderiam ser submetidas à técnica não só para reverter o quadro de obesidade, mas para tratar problemas de saúde, como diabete tipo 2. No Brasil, 13,6 milhões de pessoas têm o perfil para se submeter ao procedimento.
Observamos um número crescente nos últimos anos, que foi maior no início da década. É um procedimento jovem, tem pouco mais de 20 anos que é feito no Brasil, mas a cirurgia é cada vez mais conhecida e as pessoas veem os bons exemplos, uma esperança para resolver um problema sério, que causa transtornos no corpo e na mente dos pacientes , explica Marcos Leão Vilas Boas, presidente da SBCBM.
Em 2011, o País contabilizou 34.629 cirurgias bariátricas, número que saltou para 63.969 no ano passado. Entre 2011 e 2018, 424.682 pessoas foram operadas. Embora tenha havido aumento de cirurgias, a quantidade é considerada baixa em relação à população que necessitaria do procedimento, segundo Ricardo Cohen, coordenador do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
O Brasil opera 4 a 5% dos pacientes que precisam ser operados , diz. A SBCBM estima que, no ano passado, 0,47% dos pacientes elegíveis foram operados. Os principais gargalos são a estigmatização do paciente, que é julgado pela sociedade ao realizar a cirurgia, as longas filas no Sistema Único de Saúde (SUS) – que aumentam com a migração das pessoas que perderam o plano de saúde por causa do desemprego, além da necessidade de sensibilização dos profissionais de saúde para acolher esses pacientes e indicar o tratamento.
Quando recebeu a indicação para a cirurgia, Daniella estava com a mobilidade comprometida. Fui ao médicoortopedista e ele falou que ou eu emagrecia ou andaria de cadeira de rodas. Saí com a decisão tomada , conta a bióloga.
Mudou tudo na minha vida. Não é uma decisão nem um processo fácil. É um reaprendizado de tudo: de ter respeito pelo seu estômago, reacostumar a se alimentar na velocidade adequada, quantidade que você pode comer, o que pode comer sem que se sinta mal , conta.
Para manter o resultado, ela seguiu as orientações de ter alimentação saudável, levando lanches para comer nos horários adequados quando está no trabalho.
Quem pode fazer a cirurgia bariátrica
Em casos de obesidade mórbida, quando o Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 40 kg/m²
Para pacientes com IMC entre 35 e 39,9 kg/m² e que têm doenças associadas à obesidade, como hipertensão, refluxo e apneia do sono.
O procedimento também é recomendado para pessoas com diabete tipo 2, que não é controlada com medicamentos. Chamada de cirurgia metabólica, pode ser feita em pacientes com IMC entre 30 e 34,9 kg/m².
Aumento de obesos e resultados positivos em pacientes motivam alta
O crescimento da cirurgia é associado a dois fatores principais, na visão de Vilas Boas. Além dos resultados positivos nos pacientes, o Brasil vive um quadro de aumento da população obesa.
Em julho, o Ministério da Saúde apresentou dados que apontam aumento de 67,8% no total de obesos entre 2006 e 2018. São mais atingidos os brasileiros entre 25 e 34 anos (alta de 84,2%) e 35 a 44 anos (avanço de 81,1%), conforme o levantamento da pasta.
A doença está mais no entorno do que dentro da própria pessoa. Temos uma sociedade que consome alimentos industrializados, mais baratos e de fácil acesso, que chegam na casa de todo mundo com quantidades de açúcar e gordura muito elevados , afirma o presidente da entidade.
O presidente da SBCMB fez a cirurgia em 2014. Sou de uma família de pessoas com diabete. Era hipertenso e tinha muito refluxo. Desde então, nunca mais tomei remédio para refluxo, diabete, pressão e o fígado está zerado. Tenho vida normal. Acreditamos verdadeiramente na cirurgia, sabemos o valor que tem para nossos pacientes e nas nossas vidas, dos nossos familiares.
Cirurgia é segura e tem baixos índices de mortalidade
Para Ricardo Cohen, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é preciso educar a população e os profissionais da saúdepara mostrar que a obesidade não é uma questão comportamental, é uma doença que cresce sem parar .
Existe, segundo ele, a estigmatização do paciente com obesidade, taxado como uma pessoa que faz más escolhas , o que segrega as pessoas que teriam a oportunidade de serem tratadas da melhor forma. Não tem relação com governo e convênios que não pagam (pelo procedimento). De acordo com Cohen, a cirurgia é segura e apresenta baixos índices de mortalidade.
O acompanhamento médico é importante para reduzir riscos em longo prazo, principalmente de déficit de vitaminas e minerais. As pessoas reduzem a quantidade de comida como um todo e é ótimo que ele passe a comer menos açúcar e gordura, mas há redução de ferro, cálcio, vitaminas principalmente nos primeiros anos. Em longo prazo, há risco de anemia e déficit de cálcio, vitamina B, mas é algo que pode ser tratado , explica Vilas Boas.
A pedagoga Ana Caroline Madureira Laes, de 30 anos, sofreu com o preconceito ao optar pela cirurgia. As pessoas desmerecem a decisão. Acham que a gente não tentou emagrecer, que é a via mais fácil. Eu achava que estava sendo fraca.
Com 100 quilos e a necessidade de emagrecer para operar o joelho, ela fez o procedimento em 2017 e recebeu suporte da equipe multidisciplinar. Depois, começou a praticar jiu-jitsu e o peso se estabilizou em 66 quilos.
Grávida de sete meses do segundo filho, ela diz sentir a diferença em relação à primeira gestação. Quando engravidei, estava com 98 quilos e cheguei a 111 quilos. Do segundo filho, engordei 5 quilos por causa da mudança na alimentação. Também estou mais disposta.
Total de operações aumenta tanto no SUS quanto na rede privada
O levantamento da SBCBM mostrou que o número de cirurgias cresceu tanto na rede privada, responsável pela maior parte dos procedimentos, quanto no SUS. O crescimento na rede particular foi, no período, de 79,36% – de 27.610 para 49.521.
No SUS, que oferece o tratamento desde 2008, segundo o Ministério da Saúde, foi de 112,33% – passou de 5.370 procedimentos (2011) para 11.402 (2018). Não vai operar a população toda. É preciso pensar em mecanismos para evitar esse tipo de problema. Construir mais parques e ter uma política de incentivo ao alimento natural, sem conservante e de baixo teor calórico , alerta Marcos Vilas Boas.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Brasileiros formados no exterior iniciam módulo de acolhimento do Mais Médicos

Etapa integra profissionais para atuação na Atenção Primária do SUS pelo Programa Mais Médicos. Os médicoscomeçarão as atividades nos municípios a partir do dia 19 de setembro
Nesta semana, 481 brasileiros formados no exterior iniciaram o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), em Brasília (DF), que antecede o início da atuação pelo programa Mais Médicos. Esses profissionais foram selecionados na última etapa do Edital nº 11/2019. Este é o primeiro momento formativo desses médicos e tem o objetivo de integrá-los para atuação generalista na Atenção Primária no Sistema Único de Saúde (SUS). Esta etapa segue até o dia 18 de setembro e os profissionais começam as atividades nos municípios entre os dias 19 de setembro e 2 de outubro.
Ao todo, foram selecionados 572 profissionais, contudo, os demais já participaram do programa e, desta forma, não precisam realizar novamente o Módulo de Acolhimento e Avaliação e já podem se deslocar para os municípios de atuação. Os médicos devem atuar em municípios com os mais altos índices de vulnerabilidade do país, reforçando o atendimento na Atenção Primária. Das 589 vagas ofertadas pelos profissionais, 60% são para locais com maior grau de vulnerabilidade (perfis 6, 7 e 8) e contemplam os 26 estados. Os 14 Distritos Sanitários de Saúde Indígena (DSEIs) ofertados tiveram todas as vagas ocupadas.
O MAAv aborda, entre outras temáticas, Saúde Coletiva, Prática Médica na Atenção Primária, Acesso às Informações em Saúde, Cuidado Integral e Ética Médica. Para ingressarem no Programa, os médicos devem ser aprovados no MAAv. Só então seguem para as atividades da especialização.
A abertura do Módulo foi realizada pelo diretor de Programas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Lucas Wollmann, que apresentou os desafios da atenção primária e as perspectivas de atuação dos profissionais nos municípios.
O coordenador-geral de Provisão de Profissionais para Atenção Primária, Alexandre Mendonça, falou sobre a inédita criação da Secretaria de Atenção Primaria à Saúde, no Ministério da Saúde, e destacou a necessária dedicação dos participantes às aulas ministradas e a importância da ética profissional durante o exercício das atividades.
Também estiveram presentes na abertura do Módulo representantes do Ministério da Educação, órgão responsável pelo cronograma de atividades e provas.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação