ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
EUA liberam cidadãos completamente vacinados contra Covid-19 a saírem sem máscara
Artigo – Saúde suplementar: a busca pela redução do desperdício
Na Seguros Unimed, indenizações de R$ 113 milhões
Vacina para os mais expostos
CPI da Covid: Nise Yamaguchi e “Capitã Cloroquina” vão depor
Qualicorp compra startup de marketing por R$ 132,6 milhões
Lei tira grávidas do trabalho presencial
Brasil teria evitado pelo menos 5.000 mortes com oferta inicial da Pfizer, diz pesquisador
Paes diz que vacina todos acima de 18 anos até outubro no Rio
Americano ganha até cerveja para se vacinar
Governo admite perder e incinerar milhões de testes PCR
Em um mês, Brasil vacinou contra gripe 11,4% do público-alvo da campanha, e baixa adesão preocupa
Goiás registra maior queda no número de mortos por covid-19 entre os Estados
Funcionários da Ebserh fazem novo ato nesta sexta em frente ao HC em Goiânia
‘Não tínhamos garantia jurídica’, diz Bolsonaro sobre negociação com Pfizer
JORNAL OPÇÃO
EUA liberam cidadãos completamente vacinados contra Covid-19 a saírem sem máscara
Por Fernanda Santos
Decisão do CDC foi divulgada nesta quinta-feira, 13
Nos Estados Unidos, cidadãos completamente vacinados contra a Covid-19 já tem liberação do governo para sair de casa para quase todos os locais sem máscara de proteção facial. A decisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) foi antecipada nesta quinta-feira, 13, pela diretora Rochelle Walensky.
O uso obrigatório das máscaras passa a valer apenas para aqueles que ainda não vacinaram as duas doses, e aguardaram ao menos 20 dias pelo efeito do antígeno, e em ambientes de saúde, como hospitais. A decisão vem logo após o CDC autorizar a vacinação de adolescentes de 12 a 15 anos com o imunizante da Pfizer.
De acordo com estudos, raramente pessoas vacinadas foram infectadas e, quando ocorreu, a infecção teve baixa carga viral, o que significa que a transmissão também é mais branda.
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CORREIO BRAZILIENSE
Artigo – Saúde suplementar: a busca pela redução do desperdício
» Amanda Bassan Alves – Diretora técnica da Unidas-SP. É administradora, pós-graduada em gestão de saúde e coordenadora suplente na Comissão de Modelos de Remuneração e Gestão de Rede pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas)
» Júlio César de Souza -Administrador, especialista em gestão empresarial da saúde, mestre em administração de serviços de saúde, coordenador na Comissão de Modelos de Remuneração e Gestão de Rede pela Unidas
É notório, na saúde suplementar, que o grande desafio do setor é o alinhamento de interesses entre os players. Enquanto, nos demais setores, o aumento do investimento significa reforço na qualidade do produto ou serviço final, na saúde, isso não ocorre. A utilização indiscriminada de recursos enseja desperdícios, não garante o melhor desfecho clínico e ameaça a sustentabilidade do setor.
O atual modelo de remuneração, fee-for-service, que incentiva a produtividade, precisa ser repensado por todos da cadeia, de forma que os interesses estejam alinhados em apenas um propósito: entrega de valor para a saúde do paciente. A mudança no modelo de remuneração é iminente para que não se remunere o erro, a falta de pertinência e sobreposição na indicação de exames e procedimentos, as fraudes e abusos que ainda acontecem, apesar das auditorias contratadas por operadoras de plano de saúde.
Uma publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgada em 2018, aponta que, em 2017, quase R$ 28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do país com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios em procedimentos desnecessários. Não precisamos ir muito longe para entender o motivo desse movimento em negociações de modelos de remuneração alternativos ao fee-for-service. Pensemos em algumas situações de remuneração, como em um serviço de reforma de imóvel.
Na primeira, remunera-se a cada serviço prestado e pelos materiais utilizados durante a obra. Na segunda, o pagamento será por hora ou dia trabalhado para executar o serviço, independentemente de como é realizado e dos materiais utilizados. E, na terceira, em que se paga um valor “X”, para um resultado “Y”, todos pré-acordados. Qual obra sairá mais barata? Qual será mais rápida? Qual terá o melhor resultado pelo menor custo? É notório que todos esses fatores são intrínsecos ao modelo de remuneração adotado.
Tal raciocínio não pode ser utilizado na área de saúde, pois é muito mais complexa e existem diversas imprevisibilidades inerentes ao ser humano. Contudo, permite-nos desenvolver modelos que remunerem por resultados e não por produtividade. Diante desse cenário, entendendo que antes de evoluirmos para modelos mais complexos seria necessário estruturarmos melhor o modelo atual. Para isso, desenvolvemos um guia prático para que as autogestões possam replicar o estudo em suas instituições e negociarem com sua rede credenciada, fomentando essa mudança com implantação de modelos de remuneração alternativos, que não somente esteja atrelado ao financiamento da saúde e, sim, à sustentabilidade do setor, e, acima de tudo, à qualidade dos atendimentos prestados aos seus beneficiários.
O início dessa mudança requer uma grande interação, transparência e aproximação entre operadoras e hospitais no primeiro momento, considerando concentrar cerca de 60% dos valores pagos, conforme publicado na última pesquisa Unidas, de forma que haja uma construção conjunta de uma nova estrutura de pagamento, compartilhando parcialmente os riscos e resultados, que deverão ser mensurados por indicadores. Em meio a todo esse movimento, o profissional de saúde é incentivado a buscar aperfeiçoamento. Por sua vez, as indústrias farmacêuticas e de insumos são incitadas a atestar a qualidade de seus produtos, fazendo parte das garantias e incentivos proporcionados por remuneração baseada em valor.
Esse caminho está sendo construído para que haja o reconhecimento da importância e da parte que cabe a cada player em obter o melhor valor em saúde, que é a relação entre o desfecho clínico e seus custos, segundo Michael Porter e E. Teisberg (Repensando a saúde: estratégias para melhorar a qualidade e reduzir os custos. Porto Alegre. Bookman, 2007). Essa delimitação e até mesmo integração entre os níveis de atenção à saúde também é inerente à nova dinâmica do mercado, que, apesar de complexa, é necessária e urgente, ao considerarmos a velocidade da chegada de novas tecnologias e o envelhecimento da população.
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Na Seguros Unimed, indenizações de R$ 113 milhões
A Seguros Unimed, seguradora do Sistema Unimed, flexibilizou as cláusulas contratuais dos seguros de vida e de renda temporária (Serit). No período de aproximadamente um ano, a empresa registrou o pagamento de R$ 113 milhões em indenizações para 8,6 mil segurados e suas famílias. Desse total, 75% correspondem a médicos que atuam na linha de frente e precisaram afastar-se de suas atividades ou morreram em razão da covid-19. Os dados foram atualizados até 25 de abril.
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Vacina para os mais expostos
Ao CB. Saúde, infectologista fala sobre os efeitos da AstraZeneca em gestantes e destaca que o risco de trombose é raríssimo. Para ele, trabalhadores em contato direto com outras pessoas devem ter prioridade na campanha, a fim de diminuir a circulação do vírus
Com a suspensão da aplicação da vacina Covishield — Oxford/AstraZeneca — em gestantes, surgiram muitas dúvidas sobre os efeitos do imunizante contra a covid-19. Ao CB. Saúde — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília –, ontem, o diretor científico da Sociedade de Infectologia do DF e infectologista do Laboratório Exame, José David Urbaez, explicou que reações adversas depois da aplicação são exceções. Ele comentou, também, sobre o uso de diferentes vacinas combinadas como alternativa às grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca. “O maior risco delas (grávidas) não é morrer de trombose. É morrer de covid-19”, alerta o médico, em entrevista à jornalista Carmen Souza.
Estamos percebendo uma baixa procura por vacinas. Tanto da gripe quanto da covid-19. Quais são os desdobramentos desse fenômeno?
Temos uma sazonalidade, em termos da vacina de influenza. É fundamental (a vacina), porque a onda de influenza começa nos meses de outono, antes do inverno. No momento que estamos na pandemia de um outro vírus respiratório, como o Sars-Cov-2, a vacina de influenza funciona, inclusive, para proteger as pessoas e ter um manejo muito melhor da situação e não agravar a pandemia. Em relação à vacina da covid-19, isso reflete toda a incoerência e essa maneira irregular que o programa de vacinação tem caminhado no Brasil. É um processo técnico que se chama hesitação vacinal. As pessoas são bombardeadas por tantas informações desfavoráveis que desmobilizam.
Os hospitais podem ter atendimento impactado por conta das infecções por gripe ou covid-19 pelos vulneráveis aos vírus?
Doenças infecciosas sempre vamos ter. Das pessoas que se infectam, um percentual que não é desprezível vai evoluir para casos graves. E, sem dúvida, vão aumentar a demanda de serviços hospitalares. Isso é uma bola de neve que nós, infelizmente, vivenciamos ao longo da pandemia. Não há nenhuma outra medida melhor, mais eficaz, mais eficiente, que protege pessoas e sistemas do que a vacinação.
Uma questão que tem se falado muito nos últimos dias é a das grávidas e a recomendação para que a aplicação da AstraZeneca seja suspensa. Para a gestante que já tomou a primeira dose, quais são os cuidados?
A gestação é uma condição humana pró-coagulação. A mulher fica com um peso absurdo, com alterações hormonais e menos móvel. Outra questão é o que se viu como um efeito adverso raríssimo da aplicação de vacina de vetor viral. Em torno de uma pessoa a cada 1 milhão pode ter um processo de ativação de trombose com plaqueta baixa, que é mais ou menos um contrassenso, mas é o que acontece. Esse processo é muito raro, inclusive, em grávidas. O maior risco delas não é morrer de trombose, é morrer de covid-19.
O senhor acha que a suspensão era necessária?
A suspensão é de bom tom. Porque dá tempo para as pessoas respirarem, para não colocar medo nas grávidas. Se tivéssemos em um mundo ideal, a vacinação não seria parada, porque escolheriam um outro imunógeno. Mas é muito relevante que as pessoas entendam: o risco associado à gestação, mesmo sem vacina ou sem covid-19, é um risco conhecido, várias vezes maior que a população geral. Mas isso que acontece com a vacina de vetor viral é um fato raríssimo.
Um grupo da Universidade de Oxford, que participou do desenvolvimento da AstraZeneca, divulgou um estudo de combinação das vacinas. Essa combinação de doses poderia ser uma alternativa para grávidas?
A intercambialidade de vacinas sempre foi uma proposta quando se tem várias plataformas. No mundo real normal, isso se coloca em um ensaio e faz a criação da evidência. Habitualmente, dá certo. Mas não posso recomendar fazer isso como uma medida de saúde pública, porque nós não temos nenhuma evidência.
Outro problema que temos enfrentado é de pessoas que não estão tomando a segunda dose da vacina pela falta do imunizante. O que isso pode acarretar?
Faltar a vacina e demorar de uma a três semanas para a segunda dose, baseado na experiência que se tem na vacinologia, você sabe que não acontece grande prejuízo do desenvolvimento de defesa imunológica. Agora, para além disso, é um campo desconhecido. Pode até ser melhor, inclusive. Pode até ter um processo de amadurecimento da resposta imunológica, com a primeira dose e a segunda dose mais tarde. Isso é hipótese. E, para que tenhamos isso, temos que ter um ensaio.
Nesse sentido, essa proposta do governo de espaçar a Pfizer por três meses pode ser perigosa?
Eu diria que é ousado propor um modelo de gestão de vacinação sem um suporte mínimo em ensaio clínico. Pode ser que seja o esquema ideal, mas não é para fazermos isso em uma situação de saúde pública e sem ter dados, porque o risco é que você possa diminuir esse efeito benéfico. Em um momento de pandemia, não podemos diminuir nada que não seja letalidade ou hospitalização.
Há pessoas se recusando a tomar determinada vacina em detrimento de outra. Qual é o seu pensamento sobre isso?
Esse é um pensamento mecanicista. Quando tentamos comunicar as coisas na pandemia, temos muita dificuldade. Primeiro, porque são coisas relativamente complexas e, segundo, porque tudo é atropelado. Eficácia de vacinas é uma proporção entre indivíduos vacinados e não vacinados. Tem que se vacinar com qualquer imunógeno disponível e que tenha eficácia acima de 50%. O que estamos procurando é uma ferramenta coletiva. Não é individual.
E o que fazer depois da vacina?
Quando você vai ter o certificado de alforria? Quando a coletividade estiver protegida. Infelizmente, falta muito tempo. Isso vai acontecer quando tivermos 80% das pessoas vacinadas. Depois que já não tiver fresta para o vírus circular, teremos o nosso objetivo alcançado. Atualmente, o percentual de vacinados é baixo. E não há perspectiva que isso aumente.
Algumas categorias pedem prioridade na vacinação. Como conduzir para essa nova etapa?
Devemos vacinar quem se expõe. Quem são eles? Os que se expõem para ir trabalhar. Acho importante que esse plano de iniciações seja revisto. Temos que vacinar condutor e cobrador de ônibus; caixas de supermercado; pessoas que trabalham na limpeza. Enfim, um exército que não pode fazer isolamento porque é obrigado a sair de casa e que tem condições sociais muito vulneráveis.
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CPI da Covid: Nise Yamaguchi e “Capitã Cloroquina” vão depor
A CPI da Covid aprovou, ontem, a convocação da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã cloroquina”. No início do ano, a integrante da pasta viajou com uma comitiva para o Amazonas, poucos dias antes de o sistema de saúde do estado entrar em colapso por falta de oxigênio. Ela chegou a enviar um ofício à Secretaria de Saúde de Manaus pressionando a gestão municipal a usar medicamentos antivirais orientados pelo ministério contra o novo coronavírus. No documento, classifica como “inadmissível” a não adoção da orientação. A pasta vinha recomendando a utilização de medicamentos como ivermectina e cloroquina, ambos sem eficácia comprovada contra a doença.
No mesmo ofício, Mayra Pinheiro solicitava autorização para que pudesse realizar “visita às unidades básicas de saúde destinadas ao atendimento preventivo à covid-19, para que seja difundido e adotado o tratamento precoce como forma de diminuir o número de internamentos e óbitos decorrentes da doença”. “Aproveitamos a oportunidade para ressaltar a comprovação científica sobre o papel das medicações antivirais orientadas pelo Ministério da Saúde, tornando, dessa forma, inadmissível, diante da gravidade da situação de saúde em Manaus, a não adoção da referida orientação”, pontuou.
Durante evento em Manaus, ao falar sobre recursos executados no Amazonas, Mayra Pinheiro afirmou que foram distribuídos e entregues em janeiro “120 mil comprimidos de hidroxicloroquina para o tratamento precoce da doença e mais de nove mil unidades de medicamentos para uso durante a intubação”. Na época, o Ministério da Saúde também lançou, em Manaus, com a presença do então titular da pasta, Eduardo Pazuello, um aplicativo que incentivava o uso de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Requerimentos
Também foram aprovados convites para que compareçam à comissão a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi e os médicos Ricardo Dimas Zimmermann, Francisco Eduardo Cardoso Alves e Flávio Cadegiani. Nise é conhecida por defender o uso de cloroquina em pacientes com covid-19 e já foi cotada para assumir o Ministério da Saúde. Ela foi citada em depoimento do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Braga Torres, como responsável por sugerir a alteração da bula do medicamento para recomendar o uso em pacientes com o novo coronavírus.
Além dos convites, os senadores convocaram a representante do Movimento Alerta, a médica Jurema Werneck, que compila dados sobre covid-19 no país. Ela também é diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil.
Documentos sobre remédio
A CPI aprovou requerimentos que pedem ao Ministério das Relações Exteriores todos os dados, telegramas e documentos sobre a obtenção de cloroquina para o Brasil na pandemia, além de vacinas. Na mesma linha, foi aceito o pedido de cópia de telegramas ou outras comunicações formais do Itamaraty para embaixadas brasileiras no exterior, organismos internacionais ou para empresas solicitando agilização ou intervenção no processo de aquisição, importação ou fornecimento de medicamentos “supostamente indicados” contra a doença. Outro requerimento aprovado solicita informações do presidente da farmacêutica EMS, Carlos Sanches, sobre a produção de medicamentos que compõem o denominado “kit covid”.
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O ESTADO DE S.PAULO
Qualicorp compra startup de marketing por R$ 132,6 milhões
Administradora de planos de saúde segue Magazine Luiza e busca aquisição voltada ao reforço de braço digital
Luísa Laval
A companhia administradora de planos de saúde Qualicorp fechou a compra de 35% da Escale, startup especializada na aquisição de novos clientes, com o objetivo de ampliar sua atuação no marketing digital com extenso uso de dados e modelos preditivos de comportamento do consumidor.
O acordo prevê a aquisição de 35% do capital da Escale Health Seguros e Corretagem e de 5% do capital da Quinhentos, holding com sede nos Estados Unidos e controladora direta da Escale. O investimento total é de R$ 132,6 milhões.
A aquisição marca a entrada da companhia de planos de saúde no setor de marketing digital â um movimento que já está mais adiantado em outros segmentos, como o varejo. O Magazine Luiza, em especial, fez vários investimentos nessa área.
Antes da entrada da Qualicorp, a Escale já havia captado mais de R$ 100 milhões de fundos internacionais de investimento em empresas como Kaszek Ventures, QED Investors, Invus, Global Founders Capital (GFC) e Redpoint e.Ventures.
Com extenso uso de dados e modelos preditivos de comportamento de consumo, a Escale atua na jornada de aquisição de clientes, tendo marcas parceiras em segmentos como saúde, telecomunicações e finanças.
Segundo comunicado da Qualicorp, a empresa tem crescido a um ritmo intenso nos últimos anos, expandindo-se 135% em receita em 2020.
“Esse investimento é um importante pilar na estratégia de integração dos serviços prestados pela Qualicorp entre os canais online e offline, além de ser um passo relevante na revolução da nossa atuação nos canais digitais”, afirma Bruno Blatt, presidente da Qualicorp.
O acordo contempla também uma parceria comercial que tem como prioridades o aumento de vendas (tanto de planos de saúde coletivos por adesão quanto de pequenas e médias empresas) e de redução de perdas de clientes.
Dentro do acordo da aquisição, foi assinado um documento com direitos e deveres estabelecidos para ambas as partes.
As aquisições não estão, de acordo com a companhia, sujeitas à aprovação por órgãos reguladores e nem a outras condições precedentes. Desta forma, seu fechamento vai ocorrer de maneira simultânea à assinatura dos contratos.
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Lei tira grávidas do trabalho presencial
Lorenna Rodrigues / brasília
O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que dispõe sobre o afastamento de empregadas grávidas de atividades presenciais durante a pandemia do coronavírus. A sanção da Lei 14.151 foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.
O texto prevê que empregadas gestantes devem permanecer afastadas das atividades presenciais, “sem prejuízo de sua remuneração”, para evitar que elas fiquem expostas à contaminação pelo coronavírus. A nova lei determina ainda que a empregada afastada ficará à disposição para “exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância”.
A empregada gestante deverá permanecer afastada de atividades de trabalho presencial, sem redução no salário, durante o período de emergência de saúde pública decretado pelo Ministério da Saúde em função da covid-19, sem data para terminar. O texto não prevê punição ou multa para empresas que descumprirem a norma. Nesse caso, porém, elas podem ser acionadas na Justiça com ações trabalhistas.
“A empregada gestante, além de necessitar de cuidados especiais para a preservação de sua saúde, tem que adotar todas as medidas possíveis para a proteção da vida que carrega. Não pode, em um momento como o ora vivenciado no País, ficar exposta a este terrível vírus, que pode ceifar a sua vida, a de seu filho, bem como arrasar o seu núcleo familiar”, afirmou a senadora Nilda Gondim (MDBPB), relatora do projeto de lei, que foi aprovado no Senado no dia 15 de abril.
Na época, a proposta levantou críticas. O líder do PSDB, Izalci Lucas (DF), citou o risco de micro e pequenas empresas ficarem sem dinheiro para manter as gestantes em trabalho remoto em funções que exigem trabalho presencial, como cozinheiras. Ele chegou a sugerir que as funcionárias tivessem uma licença remunerada pelo INSS se o empregador não conseguisse remanejá-las para outro setor de menor risco. A sugestão foi rejeitada.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil teria evitado pelo menos 5.000 mortes com oferta inicial da Pfizer, diz pesquisador
Julia Chaib
O Brasil teria evitado pelo menos 5.000 mortes nos últimos meses se o governo Jair Bolsonaro tivesse aceitado a oferta de vacinas da Pfizer em agosto passado.
É o que aponta cálculo feito a pedido da Folha pelo epidemiologista Pedro Hallal, professor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), com base nas informações prestadas pelo gerente-geral da farmacêutica na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Covid nesta quinta-feira (13).
Segundo Murillo, a Pfizer fez oferta ao Brasil no meio do ano passado que previa o envio de 70 milhões de doses, das quais 4,5 milhões seriam entregues de dezembro a março – 1,5 milhão em 2020 e 3 milhões no primeiro trimestre de 2021.
O cálculo estima que 14 mil óbitos poderíam ter deixado de ocorrer considerando uma margem de erro que varia de 5.000 a 25 mil óbitos, chamado intervalo de confiança, se as doses tivessem sido adquiridas.
Além disso, 30 mil internações em UTIs (unidades de tratamento intensivo) poderíam ter deixado de acontecer, com uma margem de erro que varia entre 23 mil e 37 mil hospitalizações.
“Para entender o intervalo de confiança, basta pensar numa pesquisa eleitoral e na sua margem de erro, não se trata de cenários distintos que levam em conta dados diferentes”, explica Hallal.
No cálculo, asou os seguintes parâmetros: um terço da população com anticorpos, letalidade do coronavírus de 1% e eficácia da vacina de 94%.
Com base no índice da população com anticorpos e na letalidade da doença, chega-se a um total de mortes esperado caso o país tivesse recebido as 4,5 milhões de doses. Deste número descontam-se os óbitos que poderíam ter sido evitados com base na eficácia da vacina.
A conta de Hallal, que também coordena o Epicovid-19, maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil, já leva em conta as duas doses de Pfizer que devem ser aplicadas em cada pessoa que se vacina com o imunizante.
“Este cálculo é baseado na quantidade de doses, independentemente se fossem aplicadas para 4,5 milhões de pessoas (1 dose) ou 2,250 pessoas em duas doses. Isso não influencia no cálculo”, detalha o professor.
Como comparação, até março deste ano, o Brasil havia registrado 321.886 óbitos. Março foi considerado o pior da pandemia até então, com 66.868 mortes em 31 dias, sendo superado por abril, com 82.401 óbitos. Nesta quinta, o Brasil passou de 430 mil mortes.
Em outra frente, só em março, houve 21.156 admissões em UTIs em decorrência do coronavírus. De dezembro a fevereiro, foram 32.609 pacientes com Covid que tiveram de ir para uma unidade de tratamento intensivo, segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
Nesta quinta, o gerente-geral da Pfizer na América Latina disse à CPI que, se o contrato com a empresa tivesse sido assinado pelo governo em agosto passado, o Brasil teria 18,5 milhões de doses da vacina até o segundo trimestre (abril, maio e junho) deste ano – das quais 4,5 milhões até março, 20% a mais do que foi aplicado na população até 31 de março.
Carlos Murillo traçou uma linha do tempo. As negociações começaram em maio de 2020 e, em 14 de agosto, foi feita a primeira oferta para compra de 30 milhões ou de 70 milhões de doses, ignoradas pelo governo federal, como mostrou a Folha no início de março deste ano.
Segundo o representante da Pfizer, após ter iniciado as conversas com o Brasil em maio, a primeira oferta ocorreu em 14 de agosto.
Depois, o laboratório fez mais duas ofertas, em 18 de agosto e 26 de agosto. Nas três foram feitas propostas separadas de entregas de dois quantitativos: 30 e 70 milhões de doses para entrega parcelada até o final de dezembro de 2021.
As duas ofertas previam que ao menos 1,5 milhão de doses chegariam ao Brasil ainda em dezembro de 2020.
Como a oferta foi ignorada, segundo Murillo, em novembro as negociações foram retomadas com mais duas pro postas. Dessa vez, só estava na mesa a possibilidade de compra de 70 milhões de doses e não havia mais a chance de alguma vacina da Pfizer chegar em 2020. O Brasil receberia 8,5 milhões de doses nos dois primeiros trimestres de 2021.
Neste ano, a Pfizer fez nova oferta em 15 de fevereiro. Só havia uma proposta na mesa, para a compra de 100 milhões de doses. Mais uma vez, o governo não fechou o acordo.
Em 8 de março deste ano, de acordo com o representante da farmacêutica, foi feita mais uma oferta, semelhante à de fevereiro, para a entrega de 100 milhões de doses, sendo 14 milhões no segundo trimestre de 2021 e mais 86 milhões no terceiro trimestre – esta foi aceita pelo governo federal.
Murillo disse que só ficou confiante com o fechamento do acordo para o fornecimento da vacina com o governo brasileiro no dia 19 de março deste ano, quando o contrato foi assinado.
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Paes diz que vacina todos acima de 18 anos até outubro no Rio
Paes diz que vacina todos acima de 18 anos até outubro no Rio
são paulo
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), prometeu nesta quarta-feira (12) vacinar contra a Covid-19 todos os cariocas acima de 18 anos até outubro deste ano.
De acordo com ele, a cidade recebe vacinas de forma regular, principalmente a de Oxford/Astrazeneca, permitindo divulgar um calendário de imunização com mais previsibilidade.
“Não havendo mais qualquer atraso na entrega das vacinas, pretendemos até outubro ter aplicado a primeira dose em todos os cariocas acima de 18 anos de idade”, disse, nas redes sociais. “Vamos continuar trabalhando duro e perseguindo esse calendário”.
A previsão da Prefeitura do Rio de Janeiro é terminar a vacinação de todas as pessoas com comorbidade e com deficiência permanente nas próximas duas semanas. Depois voltará a vacinação por idade.
Até esta quarta, 1.720.851 cariocas haviam tomado a primeira dose da vacina, o quesignifica25,5%da população da cidade. A segunda dose foi aplicada em 802.868 pessoas.
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Americano ganha até cerveja para se vacinar
Braço da JBS nos EUA oferece US$ 100 a funcionário que se imunizar, e American Airlines dá dia extra de férias
Filipe Oliveira e Amanda Lemos
São Paulo
Enquanto a maior parte dos brasileiros ainda espera chegar a sua vez para se vacinar contra a Covid-19, empresas americanas e governos locais oferecem incentivos para que trabalhadores se imunizem contra o vírus.
As iniciativas incluem pagamento de transporte para funcionários ao local da vacinação, oferecimento de bônus e até cerveja de graça para quem comprovar que tomou o imunizante.
A medida acontece para motivar a população a se vacinar, já que muitos americanos ainda não tomaram a segunda ou mesmo a primeira dose, apesar da ampla oferta.
Até quarta-feira (12), 46% da população americana havia recebido pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19, segundo o Our World in Data.
Uma das empresas que adotam estímulos à vacinação é a unidade americana da brasileira JBS, que oferece US$ 100 (R$ 531) a cada funcionário que se vacinar.
A rede de supermercados Kroger, presente em 35 estados americanos, também disse que vai pagar US$ 100 para os empregados que se imunizarem. A empresa abriu exceção para quem afirma não poder ser vacinado por motivos de saúde ou religiosos. Nesse caso, o pagamento é oferecido em troca de um curso sobre saúde.
O McDonald’s, por sua vez, não prometeu dinheiro, mas garantiu aos funcionários da empresa e dos restaurantes até quatro horas de folga remunerada para quem tomar o imunizante.
Já a companhia aérea American Airlines se comprometeu a fazer ambos: pagar um bônus de US$50 (R$265) no programa de recompensas para funcionários e conceder um dia extra de férias para quem tomar a vacina.
Em carta aos funcionários enviada em março, Doug Parker, presidente do conselho da empresa aérea, e Robert Isom, presidente-executivo, incentivaram a equipe a se vacinar assim que tivessem oportunidade e prometeram que a empresa faria o possível para facilitar o processo.
A Dollar General Corporation, presente em 46 estados, disse que seus funcionários não deveriam ter de escolher entre ir para o trabalho e se imunizar e por isso prometeu pagamento equivalente a quatro horas de serviço para quem tomar a vacina.
O hospital Houston Metodist foi além e pagou US$ 500 (R$ 2.650) por profissional vacinado.
Stefanie Asin, diretora de comunicação da organização, disse que o bônus é oferecido para recompensar a equipe pelo trabalho estressante durante o enfrentamento da pandemia. Atrelar o pagamento à vacinação, segundo ela, lembra o quão importante a imunização é para proteger os pacientes. Até agora, 97% dos funcionários já foram vacinados.
Outras empresas passaram a oferecer incentivos também para não funcionários.
A Uber, por exemplo, anunciou nesta semana que vai oferecer corridas de graça para quem ainda não se vacinou.
Em sua conta no Twitter, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que a Lyft também vai fornecer corridas gratuitas.
No Brasil, a Uber disponibilizou corridas de graça para grupos prioritários e profissionais da saúde em algumas cidades e estados.
Os incentivos também tomaram a forma de cerveja grátis oferecidas a consumidores a partir de parcerias entre governos estaduais e associações de empresas em busca de divulgação.
O estado de Connecticut criou a campanha “Drinks Are On Us” (as bebidas são por nossa conta, em tradução livre) com centenas de restaurantes locais. Entre os dias 19 e 31 de maio, os estabelecimentos oferecem a bebida de graça para quem mostrar o cartão de vacinação preenchido.
Em Nova Jersey, o programa “Shot and a Beer” (uma dose e uma cerveja, em tradução livre) foi feito com a Brewer’s Guild, associação de cervejarias independentes do estado. Vale para quem tomar a vacina no mês de maio.
No fim de abril, o governo da Virgínia Ocidental anunciou que pagaria US$ 100 para jovens, com idade de 16 a 35 anos,que se vacinassem. O pagamento vale até para os a ue já haviam sido imunizados antes do início do programa.
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Governo admite perder e incinerar milhões de testes PCR
Se exames que vencem em maio forem descartados, prejuízo aos cofres públicos será superior a R$ 67,5 mi
O Ministério da Saúde admitiu ao MPF (Ministério Público Federal) que existe o risco de perder milhões de testes para Covid-19.
Os kits para detecção do novo coronavírus estão estocados em almoxarifado comprazo de vencimento em maio deste ano.
A informação consta de uma nota técnica enviada pela pasta em abril à Procuradoria da Republicano Distrito Federal. Inquérito do órgão acompanha a atuação da União na aquisição e na distribuição de testes.
No documento, o ministério afirma que guardava em abril 4,3 milhões de exames em Guarulhos (SP) comprazo de validade a expirar. Desse total, havia estimativa de perda de pelo menos 2,3 milhões por causa do vencimento.
Hoje, há ainda quase 2 milhões de exames nas mãos da pasta em estoque. Desse volume, cerca de 1,6 milhão perde a validade neste mês. Há lote que vence nesta sexta-feira (14).
A Folha procurou a pasta na quarta-feira (12) e nesta quinta (13). Até a conclusão deste texto, o ministério não respondeu à reportagem sobre a destinação dada aos testes.
O processo do MPF foi encaminhado à CPI da Covid do Senado nesta semana. Os testes venceriam a partir de dezembro, mas tiveram o prazo estendido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até maio.
Segundo o Ministério da Saúde, no documento, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública conseguiram aumentar o percentual de testes RT-q PCR (que detectam infecção ativa pelo coronavírus) realizados durante a pandemia ao reduzir o prazo do resultado para até cinco dias.
Contudo, a média atual ainda não é suficiente para consumir todo o estoque de testes que irão vencer em maio, de acordo com a pasta.
“A missão visa garantir que os testes de RT-q PCR sejam distribuídos e consumidos pelos laboratórios em tempo hábil para que não haja desperdício de recurso público, no sentido de apoiar os laboratórios no recebimento e consumo dos testes”, diz o documento.
O aumento no ritmo de testes, no entanto, não permitiu ao governo alcançar a meta de realizar mais de 24 milhões de exames até dezembro de 2020, prevista em programa da Saúde. Até agora foram feitas 16,6 milhões de análises.
Cada teste em estoque custou R$ 42,30. Se o governo federal perder todos os exames que vencem neste mês de maio, o prejuízo será superior a R$ 67,5 milhões.
O ministério já afirmou que poderá trocar os testes sem validade por produto s novo s, mas não detalhou como será esse procedimento.
Parte do material foi adquirido da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), organismo internacional de saúde pública que também atua no Brasil, de acordo com anota assinada em conjunto pela Secretaria de Vigilância em Saúde, o Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e a Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública.
No mesmo documento, o Ministério da Saúde mencionou um pedido urgente enviado à organização, em junho do ano passado, para paralisar as entregas de 4 milhões de testes à pasta e ameaçou incinerar o material.
A solicitação foi justificada pelo órgão “pela pouca saída dos kits”, superlotação do almoxarifado em Guarulhos (SP) e vencimento dos kits que já estavam no almoxarifado (40 mil kits, ou seja, 4 milhões de testes), que venceriam em dezembro do ano passado, e a falta do testes de extração de RNA.
Segundo a pasta, a suspensão temporária de testes ocorreria até que fossem definidas as novas estratégias de testagem pelos gestores da Secretaria-Executiva e da Secretaria de Vigilância em Saúde.
No documento, o órgão dizia ainda que a Opas queria obrigar a pasta a receber os kits, “sem que o ministério tenha aceito o cronograma de entrega”.
Acrescentou que a questão poderia gerar problemas de médio a longo prazo para o órgão, caso as entregas fossem autorizadas, como a necessidade descarte dos kits. “Será necessário os servidores envolvidos validarem essa incineração”, afirmou.
A Opas negou a interrupção, alegando que os testes começaram a chegar em abril do ano passado no país e, que em junho, período que foi solicitada a suspensão, todos os testes já estavam no país.
Como a Opas não suspendeu a entrega, o ministério recusou parte dos testes enviados pela Fiocruz.
A pasta afirmou que, à época, como estava com muitos kits de amplificação recebidos da Opas (10 milhões), sem ter uma estratégia de distribuição de testagem de maneira consistente, determinou a suspensão da entrega da produção de BioManguinhos.
“A Opas poderia ter informado ao fornecedor e solicitado o cancelamento dos embarques, sem gerar prejuízos ao ministério, mas isto não aconteceu”, afirmou a Saúde, no documento.
Segundo o documento da Saúde, com vistas a auxiliar a crescente demanda pelo diagnóstico da Covid-19, foram criadas plataformas de alta testagem com o intuito de aumentar a capacidade de realização dos testes moleculares para detecção de Covid.
Porém, de acordo com a pasta, esperava-se um aumento muito maior na média de processamento de exames por dia, o que não ocorreu por fatores como falta de fornecedores de materiais de coleta, realização de extração manual, aumento do número de amostras e diminuição dos recursos humanos, devido à restrição ao trabalho presencial.
Diante do cenário, visando o aumento do processamento de exames nos laboratórios, o MS iniciou a contratação de testes e equipamentos para extração automatizada para ampliar a média de processamento pelos laboratórios.
“No entanto, em meados de setembro de 2020, o contrato firmado foi cancelado após o recebimento de parte da contratação, 10 equipamentos e 3 milhões de testes de extração”, disse a pasta.
A Opas poderia ter informado ao fornecedor e solicitado o cancelamento dos embarques, sem gerar prejuízos ao ministério, mas isto não aconteceu Ministério da Saúde sobre o pedido à Opas para que parasse de enviar testes ao Brasil
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O GLOBO
Em um mês, Brasil vacinou contra gripe 11,4% do público-alvo da campanha, e baixa adesão preocupa
RIO E SÃO PAULO Um mês após o início da campanha de vacinação contra a gripe, o Brasil imunizou apenas 11,4% dos 79,7 milhões que fazem parte da população-alvo da campanha. Na primeira etapa, iniciada em 12 de abril e encerrada em 10 de maio, foram convocadas 25,1 milhões de pessoas, entre crianças (de seis meses a menores de 6 anos), gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Deste grupo prioritário, 7,9 milhões receberam o imunizante. Dentro deste público, a cobertura vacinal foi de 31,4%.
A meta é chegar, até 9 de julho, a 90% do total do público a que a campanha se destina. Para isso, os integrantes da primeira fase que ainda não compareceram devem procurar os postos de vacinação o quanto antes. Historicamente, crianças e gestantes estão entre os grupos com menos engajamento na campanha, mas, ainda assim, destacam especialistas, o desempenho deste ano é muito abaixo da média.
Omissão reconstituída:
Segundo o painel on-line do Ministério da Saúde que compila dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), até o começo da tarde desta quinta-feira, o grupo com maior cobertura vacinal era o de puérperas (36,9%), empatado com o das crianças (36,9%), seguido por gestantes (32,7%), trabalhadores da saúde (22,9%), povos indígenas (19,8%) e idosos (2,5%).
Os brasileiros a partir de 60 anos, no entanto, fazem parte da segunda etapa da campanha e só passaram a ser convocados para ela na última terça, assim como os professores. Nessa nova fase, que vai até 8 de junho, a expectativa é vacinar 32,8 milhões. Existe ainda um terceiro grupo, de 21,7 milhões, cuja imunização vai de 9 de junho a 9 de julho, composto de pessoas com comorbidades e/ou com deficiência permanente, integrantes de forças de segurança, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, de portos, do sistema prisional, população carcerária e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.
Estados populosos registram baixa cobertura
Enquanto Sergipe (15,3%), Distrito Federal (15%), Mato Grosso do Sul (14,9%) e Maranhão (14,8%) aparecem nas primeiras colocações em cobertura vacinal, Alagoas (3,1%), Rio de Janeiro (2,4%) e Rio Grande do Norte (0%) amargam as últimas posições no ranking brasileiro. São Paulo, o estado com maior população no país, aparece em 10º (13,1%) na lista com as 27 unidades federativas.
Questionada pelo GLOBO, a secretaria estadual de saúde do Rio informou que a baixa cobertura vacinal se deve ao fato de parte da população-alvo da primeira etapa estar esperando a segunda dose da CoronaVac, vacina contra Covid que está em falta alguns municípios. A orientação do Ministério da Saúde é priorizar a proteção completa contra o coronavírus antes de vacinar contra a gripe, e o imunizante da influenza só deve ser tomado no mínimo 14 dias após a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
A secretaria informou ainda que as equipes que inserem as informações no sistema estão sobrecarregadas com o cadastro de dados da vacinação contra a Covid. A pasta, porém, não fez uma estimativa de quantos vacinados estão fora do registro. Também contactados, os governos de Alagoas e do Rio Grande do Norte não se manifestaram.
Falta de comunicação é um dos motivos; em 2020, adesão foi de 88,8%
Na avaliação da epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), porém, a baixa adesão da população à campanha contra a gripe se deve principalmente a três outros fatores: percepção equivocada de que a doença não é tão grave, falta de comunicação por parte dos governantes sobre a campanha, e o medo de contaminação pelo coronavírus ao sair de casa para se vacinar.
A população só busca vacina quando tem a percepção do risco iminente da doença, quando estamos com surto e epidemia. No entanto, é preciso entender que a vacinação é uma ação preventiva. Só que essa campanha não teve nenhuma comunicação, publicidade. Parece que o Ministério da Saúde acha que as pessoas vão aparecer nos postos de saúde sem serem alertadas afirma Domingues. A população não está indo aos serviços de saúde para se vacinar, com exceção para a Covid completa.
Em 2020, o cenário foi outro. Para evitar a sobrecarga dos serviços de saúde com problemas respiratórios, a campanha de gripe foi antecipada pelo PNI e teve boa adesão, de 88,8%.
No ano passado, houve uma corrida das pessoas para a vacina da gripe, só que neste ano esqueceram que é importante também. O brasileiro é muito do momento, e hoje o protagonismo é da vacina de Covid. Ele nem lembra mais que no ano passado saiu correndo e fez certo para evitar riscos de doenças respiratórias destaca Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) na regional de São Paulo.
Para a médica, a memória do brasileiro também precisa resgatar o que o mundo viveu em 2009, com a pandemia do vírus H1N1 da influenza. Naquela crise sanitária, o Brasil perdeu, entre 2009 e 2010, 2.098 vidas. Nos anos seguintes, esse quadro não se repetiu graças à vacinação.
Municípios precisam garantir segurança, diz especialista
Se da parte do público não pode faltar consciência, da parte dos gestores municipais, que são os responsáveis por aplicar as doses, não pode haver equívocos também. Neste ano, um desafio adicional é garantir um ambiente de vacinação que passe maior segurança, com estratégias para diminuir o risco de contágio da Covid, ressalta Helena Sato, coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
A orientação nos municípios paulistas é separar as salas de imunização para Covid e gripe, para evitar aglomeração. Na capital paulista, ela destaca, a prefeitura optou ainda por usar apenas escolas para vacinar contra a influenza. Outra medida na cidade é deixar todos os locais abertos para receber o público neste sábado.
Esse Dia D, como é chamado, é uma tentativa de avançar mais rápido na campanha. Já na capital fluminense não há planos de Dia D por enquanto.
Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu sobre as causas da baixa adesão à campanha, mas, em nota, reforçou que “essa ação é tão importante quanto a vacinação contra a Covid-19” e que o governo federal “trabalha, em conjunto com os gestores locais, para reforçar a importância”. “Se proteger contra a gripe é extremamente importante para evitar complicações e óbitos pela doença”, escreveram.
Este ano, o governo federal investiu R$ 1,2 bilhão na compra de 80 milhões de doses da vacina contra a gripe fabricada pelo Instituto Butantan. O imunizante protege contra os três vírus da doença mais comuns no Brasil: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B. Para ampliar a proteção para futuras campanhas, o Butantan anunciou na quinta-feira que começou a testar em humanos uma vacina tetravalente, que inclui mais uma linhagem do vírus B. Esse tipo de produto já é encontrado no Brasil na rede privada.
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A REDAÇÃO
Goiás registra maior queda no número de mortos por covid-19 entre os Estados
Thaís Lobo
Goiânia – Dados divulgados nesta quarta-feira (12/5) pelo Consórcio de Veículos de Imprensa mostram que Goiás é o Estado que registrou maior queda no número de mortos por complicações da covid-19 no Brasil. A redução é de 47% na variação média dos sete últimos dias em relação à média de duas semanas atrás.
Na sequência aparecem o Acre, com redução de 43%, Amazonas (-40%) e Pará (-38%). Ao todo, 19 Estados mais o Distrito Federal apresentam queda no número de mortos pela doença. Sete unidades da Federação estão em situação de estabilidade. Confira:
Estados que registram queda
1º Goiás – 47%
2º Acre -43%
3º Amazonas -40%
4º Pará – 38%
5º Tocantins -36%
6º Paraná -34%
7º Mato Grosso do Sul -33%
8º Santa Catarina -30%
9º Pernambuco -28%
10º Rio Grande do Norte -28%
11º Espírito Santo -27%
12º Distrito Federal -26%
13º São Paulo -23%
14º Rio Grande do Sul -23%
15º Ceará -20%
16º Alagoas -19%
17º Minas Gerais -18%
18º Amapá – 21%
19º Rondônia -16%
20º Mato Grosso -16%
Estados com situação de estabilidade
1º Maranhão -15%
2º Bahia -14%
3º Roraima -14%
4º Piauí -13%
5º Rio de Janeiro -8%
6º Paraíba -8%
7º Sergipe +8%
Boletim
Nesta quinta-feira (13/5), Goiás registrou 2.728 novos casos de covid-19 e 81 mortes pela doença nas últimas 24 horas . Com as atualizações, já são 575.880 casos e 15.906 mortes de pessoas contaminadas pelo coronavírus.
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Funcionários da Ebserh fazem novo ato nesta sexta em frente ao HC em Goiânia
Esta quinta (13/5) foi o primeiro dia de greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com a adesão de mais de 60 profissionais dos diversos segmentos da empresa. Um novo ato deve ocorrer em frente ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) a partir das 8h desta sexta-feira (14/5).
Além dos trabalhadores da Ebserh, o novo ato deve ter a adesão dos Residentes Multi, que fazem greve em todo o país devido ao não pagamento das bolsas-salários e das bonificações em atraso. Além de não receberem, eles não podem executar outro trabalho remunerado, devido à dedicação exclusiva do residente.
Durante a greve os trabalhadores tem se revezado para garantir o funcionamento das atividades essenciais, bem como o percentual de 50% das demais atividades.
Em reunião mediada ontem (12/5) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), entre a Ebserh e as entidades Sindicais, todas as propostas encaminhadas pela empresa tratavam da alteração no indexador de cálculo de insalubridade dos trabalhadores, o que poderá reduzir os salários em até 27%.
Entenda a greve
A razão do movimento é o impasse criado pela empresa no processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021. A Ebserh ofereceu um reajuste linear de R$ 500,00 aos trabalhadores celetistas condicionado à alteração da base de cálculo da insalubridade dos funcionários – que passaria a incidir sobre o salário-mínimo, e não sobre o vencimento básico. Na prática, as perdas salariais se tornariam maiores que o reajuste.
A aprovação do acordo representaria perda de salário para 25.198 profissionais da empresa em todo o país, o que corresponde a 86,11% dos trabalhadores celetistas da Ebserh da área fim. Com isso, o reajuste linear ofereceria recomposição salarial a apenas 4.064 trabalhadores (13,89% dos empregados) – que, ou não recebem insalubridade por serem de áreas administrativas, ou foram contratados já com o percentual de insalubridade calculado sobre o salário-mínimo, em concursos e processos seletivos posteriores.
As entidades que negociam com a empresa em nível nacional demonstraram disposição em aceitar o reajuste, desde que não seja alterada a base de cálculo da insalubridade.
Devido à falta de acordo, o ACT 2020/2021 está sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). É a sétima vez que impasses entre empregados e a empresa levam o processo de negociação para mediação do acordo.
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CNN
‘Não tínhamos garantia jurídica’, diz Bolsonaro sobre negociação com Pfizer
Gerente-geral da Pfizer na América Latina prestou depoimento à CPI da Pandemia nesta quinta-feira, e detalhou sobre ofertas de vacinas ao governo em 2020
Anna Gabriela Costa, da CNN, em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta quinta-feira (13), que a Pfizer fez três ofertas de venda da vacina contra a Covid-19 ao governo brasileiro em agosto de 2020. Bolsonaro disse que “não tinha garantia jurídica” para adquirir o imunizante na época.
‘Não tínhamos garantia jurídica, tinha que passar pela Anvisa, é uma irresponsabilidade minha, seria da Anvisa, mas ela jamais cometeria um erro desse, simplesmente aceitar a importação de uma vacina que tava em teste ainda”, disse o presidente nesta quinta, horas após o depoimento do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, à CPI da Pandemia.
Além da instabilidade jurídica, Bolsonaro afirmou que ainda não havia aprovação sanitária, já que a Pfizer não possuía aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada no Brasil. Carlos Murillo era presidente da Pfizer no Brasil em agosto de 2020.
“A primeira pessoa a ser vacinada no mundo foi em dezembro do ano passado, não podíamos assinar o contrato ano passado, porque tinha muita incerteza jurídica e a incerteza sanitária, fizemos a coisa certa, começou e praticamente terminou com o Pazuello, pega um pouquinho do Queiroga”, afirmou.
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta quinta-feira com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para blindar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia. O intuito é que Pazuello compareça, mas possa ficar em silêncio ao ser questionado.
Bolsonaro defendeu a atuação do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nas negociações de compras de vacinas no ano passado.
‘Ele [Carlos Murillo] falou que a proposta, essa que o pessoal falou tanto, era de 9 milhões no primeiro semestre e 61 milhões no segundo. Total de 70 milhões. E fechamos um contrato recentemente de um total de 100 milhões. Precisa falar mais alguma coisa ou vão continuar perturbando? Graças a quem? Graças ao trabalho do Pazuello no Ministério da Saúde”.
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro reiterou que: “Fizemos a coisa certa. Pazuello acertou em tudo que fez ano passado. Tá tudo esclarecido”.
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Assessoria de Comunicação