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DESTAQUES
Covid: Com 3,7 mil novas confirmações em 24h, Goiás ultrapassa 590 mil casos
Goiás pode perder 1,5 mil doses de vacina contra a Covid
Pfizer tem novas regras para armazenamento de vacinas
Goiás rebate declarações de Pazuello na CPI da Covid e nega que pediu para fechar o HCamp
Caiado anuncia que vai destinar até 20% das vacinas para professores
Vanderlan diz que Pazuello ajudou a evitar que “milhares de vidas morressem”
Caiado entrega 10 leitos de UTI e usina de oxigênio em Iporá
Vacina para comorbidade causa corrida por atestado e suspeita de ‘fura-fila’
Projeto que multa em R$ 36 mil quem furar fila da vacina em Goiânia é sancionado
Renan diz que Pazuello mentiu à CPI em pelo menos 14 ocasiões
União Química finaliza produção do 1º lote da Sputnik
Doenças neurológicas ganham prioridade na imunização
TV ANHANGUERA
Pfizer tem novas regras para armazenamento de vacinas
globoplay.globo.com/v/9534052/
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Goiás rebate declarações de Pazuello na CPI da Covid e nega que pediu para fechar o HCamp
https://globoplay.globo.com/v/9533616/?s=0s
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Goiás pode perder 1,5 mil doses de vacina contra a Covid
https://globoplay.globo.com/v/9533876/?s=0s
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A REDAÇÃO
Covid: Com 3,7 mil novas confirmações em 24h, Goiás ultrapassa 590 mil casos
Goiás registrou 3.731 novos casos da covid-19 e 53 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta quinta-feira (20/5). Com as atualizações, o Estado chega a 590.971 casos da doença e 16.406 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a SES-GO, há o registro de 562.787 pessoas recuperadas. No Estado, há 444.720 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 275.146 casos.
Além dos 16.406 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,78%, há 313 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Caiado anuncia que vai destinar até 20% das vacinas para professores
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, anunciou pelo Twitter na noite desta quinta-feira (20/5) que quer destinar entre 15% e 20% da 1ª dose das vacinas contra a covid-19 para os professores do ensino básico.
“A vacinação dos professores deve ser discutida, aprovada e incluída no Plano Nacional de Imunização, sexta (21/5), pelos secretários de Saúde dos Estados e Municípios, em reunião do Conass e Conasems. 15% a 20% das 1as doses para os professores”, escreveu na rede social.
O governador se reuniu nesta noite com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e relatou que o representante do Governo Federal está de acordo e salientou a importância do retorno das aulas presenciais: “Alunos estão há mais de ano fora das salas, com aulas remotas, e já sofrem as consequências psicológicas. E sofrerem com a falta de alimentação adequada, já que a merenda é a principal refeição de muitos”.
Na reunião, Caiado também colocou a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) à disposição para as vacinas da Sinopharm, que devem começar a ser aplicadas no Brasil no segundo semestre.
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Vanderlan diz que Pazuello ajudou a evitar que “milhares de vidas morressem”
O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) participou da CPI da Pandemia na tarde desta quinta-feira (20/5) durante a sessão que ouviu Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Em seu discurso, Vanderlan agradeceu ao general por “sua gestão à frente do Ministério da Saúde” durante a crise sanitária. “Ministro Pazuello, meus agradecimentos pelas milhares e milhares de vidas que o senhor evitou que morressem,” disse.
Vanderlan ainda citou a entrega de respiradores pelo Ministério da Saúde. “Quero aqui reconhecer e agradecer ao ministro [Eduardo] Pazuello pelo que o senhor fez por esse País, em especial ao meu Estado de Goiás, durante a pandemia do coronavírus”, disse o senador. “Quase 18 mil respiradores foram entregues no Brasil pelo Ministério da Saúde, quase mil só para Goiás”, complementou.
O senador argumentou que a CPI “tem motivação política” e que a culpa da crise sanitária no País “não é de uma única pessoa, mas de todos os poderes”. “A responsabilidade pelas mortes dos mais de 440 mil brasileiros não é só de uma pessoa como estão querendo imputar, mas é de todos nós, de todos nós! É do Congresso Nacional, prefeitos, governadores, Judiciário, todos nós que, às vezes, falhamos.”
O pessedista, que já morou por 14 anos em Roraima, criticou as falas dos colegas sobre a crise de oxigênio no Amazonas. Segundo ele, não teria como entregar o insumo rapidamente na região. “Eu morei nessa região, então quando alguns falam que é muito simples colocar oxigênio da noite para o dia, no Amazonas não é bem assim. Se fosse fácil assim, muitos teriam colocado.”
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Caiado entrega 10 leitos de UTI e usina de oxigênio em Iporá
Goiânia – O governador Ronaldo Caiado cumpre agenda nesta sexta-feira (21/05), em Iporá, às 15h15, para a abertura de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no município e para a inauguração de uma usina de oxigênio. Às 16h, ele faz a entrega das reformas do Colégio Estadual Elias de Araújo Rocha, do Centro de Atendimento Educacional Especializado e da Coordenação Regional de Educação.
Também serão assinadas as ordens de serviço para construção da quadra poliesportiva do Colégio Estadual Analícia Cecília Barbosa da Silva, em Amorinópolis, e a recuperação do perímetro urbano da GO-174. Os investimentos nos empreendimentos somam R$ 3,2 milhões.
A abertura das UTIs será feita em parceria com o Executivo municipal e terá a presença do prefeito Naiçotan Leite. Os leitos funcionarão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Márcio José Gago.
O Estado de Goiás cedeu mais de 70 equipamentos para a terapia intensiva, com 10 respiradores, 40 bombas de infusão, 10 monitores, um respirador para transporte, dois desfibriladores e um carrinho para emergência. O custeio inicial para o funcionamento do espaço por quatro meses será de R$ 1.418.535,60.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), repassou ao município, em abril deste ano, R$ 1,1 milhão, em parcela única, para a compra de equipamentos e estruturação da usina de oxigênio, que será inaugurada também na UPA Márcio José Gago. O gás também será destinado para o Hospital Municipal de Iporá (HMI). A instalação vai gerar à cidade uma economia mensal de R$ 120 mil, valor gasto atualmente na compra de cilindros de oxigênio.
Infraestrutura
Ainda na mesma solenidade, o governador assina duas ordens de serviço. A primeira é para o recapeamento do perímetro urbano do Anel Viário, na GO-174, e a autorização para construção de uma quadra poliesportiva no Colégio Estadual Analícia Cecília Barbosa da Silva, em Amorinópolis.
Caiado traz outros benefícios para a educação, em Iporá. Primeiro, vistoria e entrega a reforma do Colégio Estadual Elias de Araújo Rocha. Foram investidos R$ 471,2 mil para grandes intervenções: instalação do piso em granitina e reforma total de banheiros e cozinhas. A unidade atende a 782 alunos, 634 de nível fundamental e 152, no médio.
Na sequência, o governador inaugura a reforma geral do Centro de Atendimento Educacional Especializado de Iporá, com investimento de R$144, 9 mil. Foram realizadas obras de acessibilidade, ampliação da área de serviço, construção de salas de aula, pintura, central de gás e projeto de combate a incêndio.
Por fim, o líder do Executivo estadual entrega a reforma e a ampliação da Coordenação Regional de Educação de Iporá, custeadas com recursos no valor de R$114 mil. As intervenções incluem cozinha, instalações elétricas, galpão, adequação dos sanitários, pintura geral, execução do sistema de escoamento pluvial e projeto de prevenção e combate à incêndio, além de pintura geral, construção de muro de arrimo e demolição de uma arquibancada.
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AGÊNCIA ESTADO
Vacina para comorbidade causa corrida por atestado e suspeita de ‘fura-fila’
As comorbidades consideradas prioritárias pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) incluem doenças que atingem parte significativa da população brasileira, como diabete e cardiopatias
Iniciada em grande parte do País nas últimas semanas, a vacinação contra a covid-19 da população com comorbidades provou uma corrida por atestados médicos e até mesmo suspeitas de fraudes. Possíveis casos de “fura-fila” são investigados em Estados como Amapá e Paraíba, mas também têm sido relatados por profissionais de saúde de outras partes do País.
As comorbidades consideradas prioritárias pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) incluem doenças que atingem parte significativa da população brasileira, como diabete e cardiopatias. Porém, em alguns casos, como no da hipertensão, a imunização é permitida só para pessoas que estão em estágios mais avançados da patologia.
Ao todo, a estimativa federal é de que 17,7 milhões de pessoas de 18 a 59 anos se encaixem nesse grupo. A data de início da vacinação da população com comorbidades varia entre os Estados, que têm optado pela liberação aos poucos, geralmente pelas faixas etárias mais altas.
No Amapá e na Paraíba, procedimentos foram instaurados pelos Ministérios Públicos estaduais e o Federal, e seguem em apuração Detalhes sobre os casos não foram divulgados pela assessoria de imprensa.
Em João Pessoa, a prefeitura anunciou na semana passada que passaria a vacinar apenas pessoas com laudos médicos para comorbidades. O imunizado precisa deixar no posto uma cópia do comprovante, que será encaminhada para apuração por uma comissão municipal e outros órgãos de fiscalização.
A situação no Estado também motivou a publicação de um comunicado do Conselho Regional de Medicina. “É imprescindível que as informações prestadas pelo médico sejam verdadeiras, conforme considera o artigo 80 do Código de Ética Médica: ‘É vedado ao médico expedir documento sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade’.”
No Estado de São Paulo, por sua vez, a prefeitura de Marília informou no dia 13 que identificou que moradores apresentaram receitas de familiares ou falsificadas para conseguirem a imunização. “Estamos com uma equipe capacitada para analisar essas informações”, declarou a coordenadora de imunização, Juliana Bortoletto, em comunicado do município.
No Rio, o prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable (DEM), também relatou ter recebido denúncias de atestados e laudos falsos. Parte delas teria partido de médicos que se recusaram a fornecer o documento indevidamente, mas souberam posteriormente que um colega de profissão fez o oposto.
“Fiquem atentos, senhores médicos, vou denunciar no CRM e no MP. É uma vergonha alguns médicos se prestarem a isso. Como também sempre foi uma vergonha médico se prestar a dar atestado falso para a pessoa faltar serviço”, afirmou o prefeito em rede social
Pressão
Profissionais de outros Estados também têm relatado a pressão de pacientes para a emissão de atestados de comorbidades. Uma médica que atende em UPA de Belém e em UBS no interior do Pará contou: “Por ser recém-formada, muita gente quer se aproveitar para tentar passar a frente da fila da vacina, pedindo receita de medicamento para comorbidade e até mesmo atestado. A procura aumentou depois que liberaram a vacinação para pacientes que têm comorbidades”. Ela diz que colegas já receberam proposta em dinheiro para fazer o laudo.
Também há relatos de médicos de Sorocaba, no interior de São Paulo. Um deles, cardiologista, comentou que uma paciente de 51 anos foi ao consultório pedir um atestado para uma doença que não possui, pois alegou que precisava ser vacinada. Segundo ele, a mulher ficou insatisfeita com a recusa e disse que esperava que fosse “mais amigo” e que procuraria um médico “mais compreensivo”.
Relatos semelhantes também têm sido postados em redes sociais. “Antigamente, o pessoal queria atestado de boa saúde para praticar esportes e (prestar um) concurso público. Por causa da vacina, hoje a pedida é (por) atestado de doença. ‘Tem como me ver uma asma aí?’”, desabafou um profissional de saúde do Amapá
Laudos
Preocupada com a fraude de laudos e receitas para a vacinação de pessoas com comorbidades, a Secretaria da Saúde de São Paulo irá monitorar os números dos registros profissionais dos médicos que assinam os documentos. “No sistema Vacivida há um campo para o CRM de quem assina o laudo de comorbidade. Se percebermos, por exemplo, 300 laudos com o mesmo CRM e o mesmo código de doença, vamos alertar o conselho”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização SP, Regiane de Paula.
Falta de transparência
Ex-presidente da Anvisa e professor da Universidade de São Paulo (USP) e da FGVSaúde, o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, colunista do Estadão, avalia que a forma como o Plano Nacional de Imunização (PNI) foi desenvolvido impacta hoje na difusão de informação na pandemia. “(O plano) deveria ter sido colocado em consulta pública para que a sociedade soubesse o que estamos propondo e fazendo. O fato de isso não ter sido feito cria um clima de barata voa, de gente com dificuldade para demonstrar ter comorbidade e gente buscando facilidades”, comenta Vecina.
A falta de transparência faz, por exemplo, com que as pessoas tenham dúvidas se fazem parte ou não de algum grupo prioritário para a vacina contra a covid-19. “Não resolveria 100%, mas, certamente, se fosse mais transparente, provavelmente teríamos comunicação diferente e o povo tomando atitudes menos ruins. Quando o problema começou no Estado, aí não tem jeito”, lamenta. “Está todo mundo perdido, isso é muito ruim.”
Para ele, a prioridade neste momento deveria ser dos trabalhadores de serviços essenciais, como de atendimento em supermercados e farmácias, por exemplo, que se expõem mais ao vírus por seguirem com o trabalho presencial em toda a pandemia. “Quem está em home office não deveria tomar nesse momento (mesmo com comorbidade)”, avalia o sanitarista.
Já o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o também médico Juarez Cunha, acredita que é correta a priorização das pessoas com comorbidades por serem mais propensas ao desenvolvimento de casos moderados e graves da covid-19. “Chama a atenção desde o início da pandemia que pessoas com doenças cardiovasculares e diabete são mais afetadas”, comenta.
Cunha considera, contudo, que a lista das comorbidades apontadas no PNI pode deixar de fora pessoas com outras situações de saúde que também estão em risco, como no caso de doenças graves. Além disso, destaca que no caso das pessoas com obesidade mórbida, em que não deveria ser exigida a apresentação de atestado e afins, já que que o Índice de Massa Corpórea (calculado a partir do peso e da altura) pode ser aferido no local.
As comorbidades previstas no grupo prioritário do PNI são:
– Diabete
– Pneumopatias crônicas graves
– Hipertensão arterial resistente, hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo ou hipertensão arterial estágio
– Insuficiência cardíaca (IC): IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D
– Cor-pulmonale crônico e hipertensão pulmonar primária ou secundária
– Cardiopatia hipertensiva
– Síndromes coronarianas crônicas
– Valvopatias: lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico
– Miocardiopatias e pericardiopatias: miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos, pericardite crônica, cardiopatia reumática
– Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e grandes vasos
– Arritmias cardíacas: arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada
– Cardiopatias congênitas
– Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas e dispositivos cardíacos
implantados
– Doença cerebrovascular
– Doença renal crônica: doença renal crônica estágio 3 ou mais e/ou síndrome nefrótica
-Imunossuprimidos: Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas vivendo com HIV e CD4 <350 células/mm3, doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticóide e/ou ciclofosfamida, demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses, neoplasias hematológicas
– Anemia falciforme
– Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) = 40
– Síndrome de down
– Cirrose hepática.
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DIÁRIO CENTRAL
Projeto que multa em R$ 36 mil quem furar fila da vacina em Goiânia é sancionado
Prefeito Rogério Cruz sanciona parcialmente projeto de autoria do vereador Leandro Sena. Texto estabelece ainda que caso a pessoa imunizada seja agente público valor da multa será dobrado
O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), sancionou parcialmente o projeto de lei de autoria do vereador Leandro Senna (Republicanos) que prevê punição para quem for pego furando a fila de vacinação da Covid-19. A decisão do gestor municipal foi publicada no Diário Oficial do Município na manhã desta quinta-feira, 20.
A Lei No 10.625, estabelece como passíveis de penalização apenas a pessoa imunizada ou seu representante legal. A princípio o texto envolvia também o agente público responsável pela aplicação da vacina, bem como seus superiores hierárquicos, caso comprovada a ordem ou consentimento. Porém, esse trecho terminou subtraído pelo prefeito.
Segundo a matéria sancionados, as sanções previstas pela Lei serão impostas por meio de processo administrativo, nos termos da legislação vigente, assegurando ao acusado o direito ao contraditório e a ampla defesa.
Se comprovada a prática da infração pela pessoa imunizada ou seu representante legal, a multa aplicada será de 10.000 UFIR – cerca de R$ 36 mil.
Também está previsto na mesma lei que caso a pessoa imunizada seja agente público, o valor da multa será o dobrado.
As penalidades especificadas nesta Lei não se aplicam em casos devidamente justificados nos quais a ordem de prioridade da vacinação não foi observada para evitar o desperdício de doses de vacina.
Deverão ser veiculadas, já nos próximos dias, campanhas informativas e de conscientização acerca da importância da vacinação e do respeito à ordem de prioridade estabelecida nos planos federal, estadual ou municipal contra a Covid-19. O veto parcial será encaminhado, agora, para deliberação da Câmara Municipal de Goiânia.
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JORNAL OPÇÃO
Renan diz que Pazuello mentiu à CPI em pelo menos 14 ocasiões
Por Lillian Bento
CPI deve contratar empresa para verificar “inverdades” proferidas pelo ex-ministro da Saúde em seu depoimento
No segundo dia do depoimento de Eduardo Pazuello na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse indignado que o ex-ministro da Saúde mentiu em pelo menos 14 oportunidades durante o depoimento. Disse que será preciso contratar uma agência de checagem de informações para verificar o que chamou de “contradições, inverdades ou omissões”.
“Desde ontem assistimos um espetáculo nunca visto no Senado. O depoente em uma, duas, três… em pelo menos 14 oportunidades mentiu flagrantemente. Ele ousou negar as próprias declarações. O que temos aqui é uma nova cepa, a negação do negacionismo”, ironizou Renan. E completou: “Negar tudo aquilo que a sociedade conhece, acompanha e se indigna, não dá. É tripudiar da CPI, imaginar que palavras podem ser jogadas ao vendo em qualquer circunstância, em qualquer lugar.”
Pazuello negou ter cometido falhas no colapso do sistema de Saúde de Manaus, em janeiro e nas negociações por vacinas. Chegou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro fala coisas que “precisam ser corrigidas depois”. O senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice presidente da CPI, disse em entrevista coletiva que as omissões em relação a vacina por parte do Governo Federal são evidentes. “O negacionismo foi responsável por uma estratégia perigosa e a meu ver criminosa. Isso nos levou a ser proporcionalmente o País que mais mata por Covid no mundo.”
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FOLHA DE S.PAULO
União Química finaliza produção do 1º lote da Sputnik
Ana Bottallo
O laboratório União Química liberou nesta quinta-feira (20) um lote de 100 mil doses da vacina Sputnik V fabricadas no Brasil para distribuição na América Latina.
É a primeira vacina contra Covid produzida em um laboratório privado no país. Ainda não há, entretanto, autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso do imunizante no país.
A apresentação do lote foi feita em entrevista à imprensa, na sede do laboratório em Guarulhos (SP) com a participação do vice-presidente de operações, José Luís Junqueira, de Paula Melo, vice-presidente de qualidade, assuntos regulatórios e inovação, e de Daniel Araújo, diretor de assuntos regulatórios.
A vacina Sputnik V, de duas doses, usa dois adenovírus de resfriado comum, o Ad26 e o Ad5. Neles é inserido um trecho do RNA do coronavírus, responsável por codificar a proteína S (de “spike” ou espícula, estrutura usada pelo vírus para se ligar às células do hospedeiro) para produzir resposta imune.
Por ora, toda a produção da União Química será destinada à importação por outros países. Um acordo entre o Instituto Gamaleya, que desenvolveu a vacina na Rússia, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês) e a farmacêutica prevê a produção da Sputnik V em território nacional para o próprio Gamaleya fornecer e distribuir essas doses para países na América Latina.
Os executivos do laboratório não divulgaram ainda quais serão os países que vão receber esse lote, a serem definidos pelo próprio fundo russo. Cerca de 150 doses de cada componente da vacina foram enviadas para análise ao Gamaleya, afimderealizarto- dos os controles de qualidade e aprovar a produção.
A capacidade de produção da União Química é de 8 milhões de doses por mês, atingindo até 100 milhões por ano.
Os lotes são apresentados na forma de ampolas unidose, e podem ser armazenados em refrigerador comum (2°C a 8°C).
O laboratório também faz análises de controle de qualidade microbiológico e de envase, como conferência dos rótulos e da documentação.
Se for aprovado o uso emergencial no país, um acordo com o Ministério da Saúde prevê a entrega de 20 milhões de doses para o PNI (Programa Nacional de Imunizações).
O pedido de fabricação e uso emergencial protocolado pela União Química difere do pedido de importação excepcional de 66 milhões de doses da Sputnik V para o Consórcio Nordeste, formado por governadores de nove estados e prefeitos de ao menos dez municípios, que foi indeferido no final de abril pela agência.
A negativa se deu por uma série de erros, incluindo a constatação pela agência de uma quantidade de adenovírus replicante no componente 2 da vacina (Ads) em um dos lotes a serem importados, o que não correspondia ao parâmetro da agência norte-americana FDA (Food and Drugs administration) preconizado pela Anvisa.
Outras questões como anão comprovação de segurança e eficácia nos ensaios clínicos acenderam um alerta vermelho para a agência.
O fundo soberano russo e o Instituto Gamaleya, no entanto, afirmam que não há adenovírus replicante em nenhum lote da Sputnik V.
Desde então, o impasse quanto à importação segue sem resolução. Um comitê científico que assessora o Consórcio Nordeste afirmou que não há vírus replicante nos lotes da Sputnik V e que as exigências da agência seriam relacionadas a um pedido de uso emergencial, e não de importação excepcional, conforme a lei 14.121/ 2021 que autoriza a importação de vacinas contra Covid em situação emergencial durante a pandemia.
Por outro lado, a Anvisa nega que haja dificultação na liberação de outras vacinas e que assim aguarda um novo pedido, se houver a resolução dos pontos conflitantes.
A agência reforça que já forneceu cinco diferentes autorizações de uso emergencial a vacinas: para a Coronavac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan; a Covishield, da Oxford/AstraZeneca produzida no Instituto Serum na índia; a Oxford/AstraZeneca produzida na Fiocruz no país; a vacina da Pfizer, única até agora com registro oficial; e a vacina da Janssen (Johnson e Johnson).
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O GLOBO
Doenças neurológicas ganham prioridade na imunização
Ministério da Saúde inclui comorbidades como AVC e esclerose múltipla em plano e atualiza lista de contraindicações das vacinas
O Ministério da Saúde acrescentou ontem pessoas com doenças neurológicas crônicas ao rol de prioridades na imunização contra a Covid-19. A atualização já consta no Plano Nacional de Operacionalização, que norteia a atuação das secretarias de Saúde. E delas a responsabilidade de definir o cronograma de vacinação para esse grupo, informou a pasta.
Na lista de comorbidades, agora estão acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório, demência vascular, paralisia cerebral, esclerose múltipla e deficiência neurológica grave. Também há doenças neurológicas crônicas com impacto no sistema respiratório, além das hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular.
A pasta estima que mais 78,4 milhões de pessoas integrem os grupos prioritários em todo o país. Pessoas com diabetes melitus, pneumopatias crônicas graves e doenças crônicas graves, entre outras, já foram incluídas anteriormente.
O Ministério da Saúde também atualizou a lista de contraindicações das vacinas contra a Covid-19. A Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, não é indicada a pessoas que já tiveram trombose venosa e/ou arterial junto à queda no número de plaquetas, chamada de trombocitopenia.
A alteração no plano não afeta gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto) que tomaram a primeira dose da AstraZeneca. Esse grupo deve completar o esquema vacinai, isto é, tomar a segunda dose (conhecida como d2), após o fim do puerpério.
Por recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a pasta já havia interrompido a imunização dessas mulheres com a Covishield em 11 de maio, após a morte por AVC de uma grávida de 35 anos e do feto de 23 semanas. O caso é investigado, mas ainda não é possível comprovar a ligação entre o uso da vacina e o óbito.
A vacinação segue suspensa para grávidas sem doenças preexistentes. Já as que sofrem de alguma comorbidade devem receber doses da vacina da Pfizer ou da CoronaVac.
A pasta orienta que mães não interrompam a amamentação para tomar a vacina. E pessoas que estão infectadas ou com suspeita de Covid-19 devem aguardar a recuperação e pelo menos 28 dias desde o início dos sintomas para receber a dose.
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Assessoria de Comunicação