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DESTAQUES
Veja como menina lidou com isolamento por causa da Covid-19 em Goiânia
Aumenta a taxa de ocupação de leitos para pacientes com Covid, em Goiás
Fiocruz prevê aumento nos casos de Covid nas próximas semanas, em Goiás
Anvisa autoriza testes em seres humanos de soro anti-Covid
Pfizer iniciará estudo com grávidas no país para avaliar segurança da vacina
Superintendente Irani Ribeiro participa de reunião com presidente Bolsonaro
Covid-19: Goiás recebe mais 189 mil vacinas para aplicação de primeira dose
Goiás registra 48 mortes e 2.164 infecções por covid-19 em 24 horas
Brasil registra 2.198 mortes por covid em 24h; com 74,8 mil novos casos da doença
Novo decreto de Goiânia prorroga funcionamento do comércio por 7 dias
Polícia Civil prende cinco suspeitos em ação que investiga roubo de medicamentos
Após declarações de “Capitã Cloroquina”, Sociedade Brasileira de Infectologia reafirma que o medicamento é ineficaz contra Covid
Rogério Cruz não descarta endurecer medidas restritivas na capital com variante indiana
Governo vai assinar acordo para produção de IFA no Brasil
CPI da Covid: Capitã cloroquina complica o ex-ministro Pazuello
TV ANHANGUERA
Veja como menina lidou com isolamento por causa da Covid-19 em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/9547582/
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Aumenta a taxa de ocupação de leitos para pacientes com Covid, em Goiás
https://globoplay.globo.com/v/9547516/?s=0s
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Fiocruz prevê aumento nos casos de Covid nas próximas semanas, em Goiás
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FOLHA DE S.PAULO
Anvisa autoriza testes em seres humanos de soro anti-Covid
Pedido do Instituto Butantan já tinha obtido aval da agência em março, mas ainda faltavam informações
Natália Cancian
Brasília – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta terça-feira (25) o início dos testes de um soro anti-Sars-Cov-2 desenvolvido pelo Instituto Butantan.
Agora o laboratório pode começar a aplicar o soro em voluntários da pesquisa clínica.
A Anvisa já havia dado aval para a pesquisa com o soro em 24 de março, mas faltavam dados para o início dos testes.
Na época, a agência condicionou a aprovação à assinatura de um termo de compromisso “para entrega de informações complementares”, que, segundo a agência, “ainda não estavam disponíveis”.
O aval para os testes foi concedido após o Butantan enviar novo protocolo clínico com o restante das informações.
Segundo o Butantan, os estudos clínicos serão conduzidos em parceria com a Hospital do Rim e Hipertensão e com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USE A pesquisa deve verificar a segurança e a eficácia do soro em pacientes infectados com o novo coronavírus, informa o laboratório paulista. Ao todo, 3.000 frascos de soro estão prontos para o início imediato dos testes em humanos.
Em nota, a Anvisa diz ainda que a avaliação da proposta foi feita sem a participação de agências estrangeiras, “já que as fases iniciais de testes clínicos do soro serão feitas apenas no Brasil”.
“Como esta é a primeira vez que o soro do Butantan será testado em pessoas, isso exigiu da agência uma avaliação criteriosa dos aspectos técnicos e de segurança do produto”, completa.
De acordo com o Butantan, o soro “é feito a partir de um vírus inativado por radiação e aplicado em cavalos”. Os animais, explica ainda o instituto “produzem anticorpos do tipo IgG, extraídos do sangue e purificados com uma técnica usada há décadas no Butantan”.
Até o momento, o soro foi testado somente em animais, como ratos infectados pelo vírus vivo. Com o uso do soro, foi identificada diminuição da carga viral, e os animais apresentaram preservação da estrutura pulmonar. Os testes foram feitos em parceria com a USP.
O instituto diz ainda que o soro “mostrou ótimos resultados” nos testes de neutralização de células e de segurança realizados em animais.
Inicialmente, a previsão do Butantan era iniciar os testes ainda em abril, com aplicação em adultos recém-infectados pela Covid. O objetivo é verificar a ação do soro para evitar o agravamento dos casos.
Segundo o instituto, caso apresente a eficácia esperada, o soro poderá ser usado para tratar pacientes infectados com sintomas, visando bloquear o avanço da doença.
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Pfizer iniciará estudo com grávidas no país para avaliar segurança da vacina
Ana Bottallo
São Paulo – A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou nesta terça-feira (25) o início dos testes de sua vacina contra Covid-19 em grávidas no Brasil.
O ensaio combinado de fases 2 e 3 tem o objetivo de avaliar a segurança e a eficácia da vacina Cominarty (nome comercial da vacina BNT162b2) contra a doença causada pelo coronavírus nesse grupo.
Aproximadamente 200 gestantes saudáveis com 18 anos ou mais deverão participar do estudo no país.
Os testes a serem realizados no Brasil fazem parte de um estudo global conduzido pela Pfizer com aproximadamente 4.000 mulheres entre a 24ª e a 34ª semana de gestação. Serão avaliadas segurança, tolerância e imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune) de duas doses da vacina administradas em um intervalo de 21 dias.
A vacina da Pfizer já está sendo aplicada em gestantes dos Estados Unidos e de Israel, por exemplo.
No início deste mês, um estudo com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) realizado junto a 103 grávidas e lactantes nos Estados Unidos apontou que os imunizantes produziram resposta imune nesse grupo e não se revelaram teratogênicos, isto é, não causaram malformação ou morte dos fetos.
Além disso, informações apuradas junto a mais de 35 mil mulheres já imunizadas nos Estados Unidos com essas vacinas apresentaram boa segurança e a capacidade de as vacinas induzirem resposta imune.
Como a eficácia da vacina da Pfizer já foi comprovada em ensaios clínicos na população geral, as participantes no Brasil serão divididas em grupos para receber dosagens diferentes do imunizante.
O levantamento também deve avaliar a segurança e a transferência de anticorpos específicos contra o coronavirus Sars-CoV-2 das mães para os bebês, com o monitoramento dos recém-nascidos até os seis meses de idade.
Os dados no país de vacinas em grávidas devem dar ainda mais suporte para a recomendação da imunização de gestantes e puérperas como parte do grupo prioritário no PNI (Programa Nacional de Imunizações).
No último dia 10 de maio, a Anvisa emitiu nota técnica em que recomenda a suspensão imediata do uso da vacina Oxford/AstraZeneca em mulheres gestantes. A decisão veio após a notificação de óbito de uma gestante, ainda sob investigação, depois de receber o imunizante.
Gestantes que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 agora devem aguardar até o fim da gestação e do puerpério (ou seja, até 45 dias após o parto) para completar o esquema vacinai com a segunda dose.
Reportagem publicada pela Folha mostrou que houve um salto nas mortes maternas por Covid neste ano e apontou como principal fator a falta de assistência adequada, como acesso a UTI e ao procedimento de intubação.
Desde o início da pandemia, no ano passado, 1 em cada 5 gestantes e puérperas (22,6%) mortas por Covid não teve acesso à UTI e 1 em cada 3 não foi intubada.
A vacina da Pfizer é a única atualmente no país com registro definitivo para uso em toda a população com 16 anos ou mais.
A eficácia da vacina na proteção contra a Covid-19 é de 95%. Estudos de efetividade da vacina na vida real apontaram ainda para uma eficácia de 86% contra a infecção assintomática.
Os quatro centros que conduzirão o estudo serão responsáveis pela seleção das voluntárias elegíveis.
Centros de estudos
Cemec (Centro Multidisciplinar de Estudos Clínicos) de São Bernardo do Campo (SP)
CMPC Pesquisa Clínica, em Sorocaba (SP)
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS)
Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte (MG)
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A REDAÇÃO
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA
Superintendente Irani Ribeiro participa de reunião com presidente Bolsonaro
R$ 2 bilhões para hospitais filantrópicos
Goiânia – A superintendente-geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura, participou, nesta terça-feira (25/5) de uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e com representantes do governo federal e da Câmara dos Deputados.
Durante o encontro entre a Confederação das Santas Casas e Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e lideranças de 17 Federações de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de várias partes do país, o presidente anunciou que repassará, por medida provisória, R$ 2 bilhões para as Santas Casas e hospitais filantrópicos.
O recurso deve auxiliar as instituições no enfrentamento à covid-19 e no atendimento de demais enfermidades. A expectativa da superintendente geral da Santa Casa de Goiânia e de demais diretores de hospitais filantrópicos é de que a MP seja editada nos próximos dias.
O total a ser destinado à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda não foi definido, mas Irani Ribeiro de Moura afirma que todo valor será bem-vindo. Atualmente, a quase totalidade das internações na Santa Casa de Goiânia é pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na pandemia, o hospital destinou alas exclusivas para o atendimento a pacientes com covid-19 e, com isso, conseguiu salvar mais de 900 vidas.
União
Por parte do governo federal, estiveram presentes também o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. Representando a Câmara, estavam presentes os deputados Antonio Brito (que preside a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), Pedro Westphalen, Luizinho, Carmem Zanoto, Pinheirinho, Jerônimo Goergen e o líder do Governo, Ricardo Barros. O encontro teve ainda a presença do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Durante a reunião, o presidente da CMB, Mirocles Véras levou à Presidência a discussão sobre a sustentabilidade da área filantrópica, tendo em vista a alta demanda dos hospitais no atendimento à covid-19, somada a outros tipos de casos, além dos impactos da elevação nos preços de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), insumos e medicamentos.
Outra questão abordada o pontuou o cenário pós-pandemia, com a demanda represada por consultas, exames e cirurgias adiadas no atual momento. A saúde filantrópica é responsável por mais de 50% de atendimento da média complexidade do SUS e mais de 70% da alta complexidade.
“Sem esse recurso extraordinário os hospitais filantrópicos não teriam como continuar os atendimentos aos pacientes com covid-19, com o crescente número de casos e o aumento de custos, seja para aquisição de insumos e medicamentos, além da grande preocupação com a demanda reprimida de demais doenças e tratamentos que virão”, falou Véras.
“O governo federal foi receptivo ao nosso pleito, reconhecendo a importância destas instituições e o protagonismo que assumem em defesa do SUS em nosso país”, concluiu.
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Covid-19: Goiás recebe mais 189 mil vacinas para aplicação de primeira dose
25ª remessa encaminhada pelo governo federal
Goiânia – Mais um lote de vacinas contra a covid-19 chegou a Goiás, na madrugada desta quarta-feira (26/5). São 189 mil unidades da AstraZeneca, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que serão utilizadas para aplicação da primeira dose em todo o Estado.
O desembarque do novo lote ocorreu no Aeroporto Internacional Santa Genoveva, pouco depois da meia-noite. De lá, as doses seguiram para a Central Estadual de Rede de Frio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).
Após conferência na Central Estadual de Rede de Frio, os imunizantes serão distribuídos para todas as 18 Regionais de Saúde. Na sequência, as doses chegarão aos 246 municípios goianos para a continuidade da campanha prevista pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
O novo lote servirá para reforçar a estratégia de vacinação em todos os 246 municípios goianos, que neste momento imunizam pessoas com comorbidades, moradores com deficiência permanente e, em determinados municípios, profissionais da educação.
O secretário de Estado da Saúde Goiás, Ismael Alexandrino, considera que há “soluços nas entregas de vacinas no Brasil” e destaca o esforço do Governo de Goiás em garantir uma campanha ágil. “A nossa preocupação é avançarmos o máximo possível na imunização”, frisa.
Ismael ainda faz um alerta que a vacinação é importante, mas o comportamento da população é fundamental para evitar a propagação do vírus. “Não podemos pensar que a pandemia acabou”, destaca.
O secretário reforça que o Re, indicador que mede a velocidade de contágio pelo coronavírus no Estado, ainda não apresenta uma melhora significativa e tem crescido. “O momento é de atenção. O número de casos voltou a aumentar, assim como a procura em nossas unidades de saúde. Consequentemente, a taxa de ocupação hospitalar também apresenta um acréscimo. Somente no HCamp de Goiânia, saímos de 82% para 94% de leitos ocupados”, destaca Ismael.
Vacinação
Ao computar as vacinas de todos os fabricantes, como CoronaVac, AstraZeneca e a Pfizer, esta é a 25ª remessa encaminhada pelo Ministério da Saúde ao Estado. Com mais esse carregamento, Goiás se aproxima da marca de quase 3 milhões de imunobiológicos recebidos, com 2.841.280 doses contra o coronavírus.
Do total de imunizantes recebidos até o momento, conforme levantamento preliminar da SES-GO, foram aplicados 1.317.944 referentes à primeira dose em todo o Estado e 621.756 como reforço. Os dados são coletados diariamente no site Localiza SUS, do Ministério da Saúde.
Com o novo carregamento da AstraZeneca, a maioria das vacinas recebidas pelo Estado passa a ser desse imunizante, produzido pela Fundação Fiocruz. São 1.413.700 doses encaminhadas ao Estado. Em seguida vem a CoronaVac, do Instituto Butantan, com 1.351.530. E, por fim, a Pfizer, com 76.050 imunobiológicos.
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Goiás registra 48 mortes e 2.164 infecções por covid-19 em 24 horas
Goiás registrou 48 mortes e 2.164 casos da covid-19 nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (25/5) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). De acordo com os dados da pasta, o estado notificou desde o início da pandemia 598.949 infecções e 16.659 óbitos pelo vírus. Até agora, 571,1 mil pessoas se recuperaram do novo coronavírus no território goiano.
Conforme a SES-GO, são investigadas as causas de 303 mortes para saber se há ligação com a covid-19, e outros 452 mil pacientes são considerados casos suspeitos do vírus. A taxa de letalidade do vírus no estado é de 2,79%.
Em relação aos imunizantes contra o vírus, foram aplicadas 1.317.944 primeiras doses em Goiás, enquanto 621.756 pessoas receberam os respectivos recursos. Esses dados são preliminares.
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Brasil registra 2.198 mortes por covid em 24h; com 74,8 mil novos casos da doença
Total de óbitos passa de 452 mil
Em meio à nova alta de novos casos, o Brasil registrou 2.198 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa nesta terça-feira (25/5). No índice acumulado, o País já soma 452.224 perdas e 16.195.981 casos confirmados desde o início da pandemia.
De acordo com o balanço, também foram notificados 74.845 novos diagnósticos da doença no último dia, indicando tendência de aumento desde a semana passada. A média móvel de diagnósticos, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, está 65.785, um aumento de 8% na comparação com 14 dias atrás.
As recentes subidas têm deixado médicos e pesquisadores apreensivos. Especialistas já vinham alertando que o pico ainda não tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das regras de isolamento social. Em outros, governos endureceram as medidas.
Já a média de mortes continua em queda e chegou à marca de 1.835 nesta terça. O patamar, no entanto, é o mesmo de março, quando o País iniciou o período mais crítico da pandemia até aqui. No ano passado, o Brasil demorou quase cinco meses para chegar aos primeiros 100 mil mortos e outros cinco meses para chegar aos 200 mil, marca que foi atingida já em 21 de janeiro.
Nesta semana, cerca de quatro meses depois, as mortes mais do que dobraram e ultrapassaram a marca dos 450 mil. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.
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JORNAL OPÇÃO
Novo decreto de Goiânia prorroga funcionamento do comércio por 7 dias
Por Gabriela Macedo
Quando junho iniciar, cenário será novamente analisado; regras a serem seguidas são as mesmas que já estavam em vigor; novo documento foi publicado devido ao fim da validade do texto que estava em vigência
Foi publicado pela Prefeitura de Goiânia, nesta quarta-feira, 26, novo decreto que prorroga o funcionamento do comércio essencial e não essencial por mais sete dias a partir de hoje. O decreto anterior, divulgado em 11 de maio, esteve em vigência até esta terça-feira, 25.
O novo documento não altera as medidas de combate à Covid-19 que já estão em vigor. Portanto, atividades religiosas, academias e quadras esportivas podem funcionar com até 30% de sua capacidade. Bares e restaurantes podem ter música ao vivo, até oito pessoas por mesa e limitar em até 50% de sua lotação máxima.
Já o Zoológico de Goiânia e o Parque Mutirama também seguem funcionando e recebendo visitantes. A limitação é de 50% da capacidade. Outros eventos sociais devem respeitar o limite de metade da lotação máxima do ambiente.
O embarque prioritário nos transportes coletivos, durante os horários de pico, continua valendo. O objetivo, conforme a Prefeitura, é evitar aglomerações excessivas. Feiras libres ainda seguem liberadas com permissão de consumo local.
Escolas permanecem liberadas para receber alunos presencialmente e as empresas de construção civil devem seguir buscando seus respectivos funcionários em casa.
É preciso respeitar e seguir todos os protocolos e medidas sanitárias estabelecidas pela Prefeitura, com o uso de máscaras de proteção, higienização das mãos e buscar o distanciamento mesmo em locais fechados.
A partir de 1º de junho, a situação municipal será novamente analisada para a produção de um novo texto.
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Polícia Civil prende cinco suspeitos em ação que investiga roubo de medicamentos
Por Fernanda Santos
Prejuízos causados pela organização criminosa somam cerca de R$20 milhões
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), deflarou a Operação Farmácia do Mal nesta terça-feira, 25. Foram presas cinco pessoas em flagrante pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, fraudes fiscais e outros crimes. A ação foi uma força-tarefa que contou com apoio da Secretaria de Economia, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Secon.
A investigação descobriu a existência de uma organização criminosa especializada em roubo de medicamentos, que levava cargas de Goiás à Minas Gerais e São Paulo. Empresas vítimas não recebiam a mercadoria em sua totalidade, já que parte do carregamento era subtraído e revendido para pequenas farmácias que não tinham conhecimento da origem ilícita.
No crime, estão envolvidos caminhoneiros, funcionários de farmacêuticas, além de outras pessoas. Após autorização do Poder Judiciário, a Decar passou a monitorar os alvos há dez dias.
“A ação iniciou há oito meses atrás. O objeto era identificar os autores envolvidos em dois roubos de cargas de medicamentos que, partindo daqui de Goiás, foram roubados nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Nessa investigação conseguimos identificar os autores de imediato e passamos a pleitear as medidas cautelares relacionadas ao caso. Entre as medidas, a de ação controlada”, informou o delegado responsável pela operação, Alexandre Barros.
“De lá para cá, nós conseguimos descobrir onde eles estavam guardando esses medicamentos. Depois de instaurado os procedimentos investigativos, nós conseguimos apurar também que havia envolvimento direto de empregados de laboratórios de venda desses medicamentos e, hoje, tivemos êxito em prender cinco dos envolvidos, dos quais três são líderes. Um deles é dono de farmácia e outro é intermediário. Dentro desse prazo em que eles agiram, causaram prejuízo de mais de R$20 milhões. Nós recuperamos uma carga avaliada em R$10 milhões. Vamos prosseguir nas investigações para terminar de desmantelar essa organização criminosa”, relatou.
Na segunda-feira (17), o local de armazenamento desses medicamentos haviam sido descobertos em Aparecida de Goiânia. O dono do imóvel e outras quatro pessoas foram presas.
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Após declarações de “Capitã Cloroquina”, Sociedade Brasileira de Infectologia reafirma que o medicamento é ineficaz contra Covid
Por Luiza Lopes
Em nota, a SBI afirma que Ministério da Saúde tem a prerrogativa de seguir ou não as orientações, que são realizadas baseadas nessas evidências científicas e direcionadas para a comunidade médica e não médica
Conhecida como “capitã cloroquina” por defender o chamado “tratamento precoce” contra o coronavírus, um conjunto de medidas sem comprovação científica que inclui o uso de Cloroquina e a Ivermectina, Mayra Pinheiro prestou depoimento nesta terça-feira, 25, na CPI da Covid.
Mayra atua como secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde desde a gestão de Luiz Henrique Mandetta. Assim como fez o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Mayra buscou o Supremo Tribunal Federal para obter um habeas corpus preventivo e poder ficar em silêncio durante seu depoimento.
Durante o depoimento, a Mayra afirmou que o estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que qualificou a cloroquina como “ineficaz” contra o vírus tem “metodologia questionável”. “Eu mantenho a orientação enquanto médica e que a gente possa usar todos os recursos possíveis para salvar vidas”.
A secretária também rebateu o senador Otto Alencar (PSD-BA) e diz que a cloroquina tem efeito antiviral. Enquanto Mayra disse que existem publicações científicas atestando o efeito desde 2005, o senador Alencar, no entanto, afirmou que o medicamento é um antiparasitário. Segundo ele, não existe nenhuma medicação entre as defendidas por Mayra que possa evitar a contaminação por um vírus.
Diante das declarações, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) esclareceu que se pauta por publicações com nível de evidência reconhecidos pela comunidade científica, “como ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos, e que balizaram as recomendações das principais associações médicas e Instituições mundiais sobre o uso de medicamentos, como a cloroquina e ivermectina, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Norte-Americana de Doenças Infecciosas (IDSA), Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID)”
Segundo a SBI, tais medicamentos [cloroquina e ivermectina] têm sua ineficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. No entanto, o “Ministério da Saúde tem a prerrogativa de seguir ou não as orientações da SBI, que são realizadas baseadas nessas evidências científicas e direcionadas para a comunidade médica e não médica.”
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Rogério Cruz não descarta endurecer medidas restritivas na capital com variante indiana
Por Gabriela Macedo
Identificada pela primeira vez no Brasil na semana passada, três estados já apresentaram casos de contaminação pela B.1.617
Questionado acerca da variante indiana, que foi identificada em outubro e já detectada no Brasil em pelo menos três estados – Ceará, Maranhão e Pará –, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), não descartou a possibilidade de um endurecimento das medidas restritivas na capital, caso seja necessário.
“Estamos analisando o momento, sabemos a importância de cuidarmos da saúde da população. Caso seja necessário, faremos novas restrições”, declarou Rogério.
Variante indiana
Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como preocupante, a B.1.617 foi identificada no Brasil pela primeira vez na semana passada, em seis tripulantes do navio Xhandong da Zhi, ancorado na costa maranhense. Os casos foram descobertos antes mesmo que se apresentasse sintomas. No ocorrido, 23 pessoas foram colocadas em quarentena e um indiano está intubado.
O governo estadual do Maranhão, Ceará e Pará – terceiro estado a apresentar a presença da cepa – investigam os casos.
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AGÊNCIA BRASIL
Governo vai assinar acordo para produção de IFA no Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (26/05) que o governo federal vai assinar na próxima semana um contrato de Encomenda Tecnológica com a farmacêutica inglesa AstraZeneca. O acordo vai possibilitar que o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), material necessário para produção da vacina contra a covid-19, seja fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nacionalmente.
Segundo o ministro, a assinatura do contrato deve ocorrer no dia 1° de junho em solenidade que contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Para Queiroga, a ação vai possibilitar o incremento no ritmo de vacinação no país.
“Com as articulações realizadas pelo Ministério da Saúde será possível, com o empenho de todos, vacinar a população brasileira acima de 18 anos até o final de 2021. Essa é a nossa esperança, esse é o nosso compromisso”, disse o ministro durante audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.
Aos deputados, o ministro ressaltou que o país tem contratadas, até 2022, cerca de 600 milhões de doses de vacinas. Até o momento, foram distribuídas pouco mais de 90 milhões de doses aos estados e municípios, das quais 30 milhões, em maio.
Queiroga também foi questionado sobre a quantidade de vacinas para o mês de junho. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, devem ser entregues 41,9 milhões de doses, 12 milhões a menos do que a previsão inicial.
Serão 20,9 milhões de doses da AstraZeneca, 12 milhões da Pfizer, 4 milhões do imunizante da AstraZeneca obtidos via consórcio Covax Facility e 5 milhões de doses da CoronaVac.
Segundo Queiroga, a redução na previsão ocorreu em razão da falta de insumos.
“Estamos tentando ainda antecipar dois lotes de IFA da AstraZeneca, previstos para o dia 20 de junho. Se conseguirmos, acredito que vamos voltar para o número inicialmente previsto de doses para junho”, afirmou.
Programa nacional de testagem
Queiroga disse ainda que o ministério vai começar a adotar uma estratégia de ampliação do número de testes aplicados na população. Segundo ele, a pasta lança amanhã (27) um programa nacional de testagem em massa com objetivo de chegar a 20 milhões de brasileiros mensalmente.
A medida visa, entre outros pontos, rastrear uma possível transmissão comunitária da variante indiana do novo coronavírus. A presença da nova cepa, a B.1.617.2, foi confirmada no país na quinta-feira (20), quando seis casos foram detectados entre 24 tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, que veio da China e está em isolamento no Maranhão.
Segundo Queiroga, os testes devem ser aplicados em pessoas sintomáticas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também as que apresentem sintomas iniciais, em locais pré-definidos, como portos, aeroportos e rodoviárias.
“Vamos lançar amanhã uma grande campanha de testagem porque hoje é possível, graças ao avanço da tecnologia, ter testes de antígenos rápidos que, em 15 minutos, nos dão o resultado de positividade ou não. Quem testar positivo já vai logo para o isolamento”, disse.
Exoneração
O ministro comentou ainda a exoneração do superintendente do ministério no Rio de Janeiro, o militar da reserva George Divério. A medida foi tomada após denúncias de desvios de recursos em contratos de saúde no estado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
“Naturalmente, não compete ao ministro da Saúde fazer um juízo de valor nesse momento de culpabilidade ou não daquele agente público, mas, diante do que foi suscitado, o ministro da Saúde tomou a decisão que deveria tomar: exonerar o servidor sem nenhum prejuízo a ampla defesa e ao contraditório”, disse.
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CORREIO BRAZILIENSE
CPI da Covid: Capitã cloroquina complica o ex-ministro Pazuello
A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirma à CPI da Covid que a pasta soube com antecedência do risco de falta oxigênio na cidade, o que contradiz o general. Ela também mantém a defesa de medicamento ineficaz contra o vírus
Uma série de respostas evasivas e de contradições marcou o depoimento, ontem, à CPI da Covid, da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina. Mas ela manteve a defesa do medicamento para tratar a doença e deu declarações que reforçam a suspeita de que o Ministério da Saúde foi alertado com antecedência sobre a crise de oxigênio, prestes a ser deflagrada nos hospitais de Manaus.
Questionada sobre o momento em que o Ministério da Saúde soube do risco da falta do insumo na capital amazonense, Mayra Pinheiro disse ter sido informada do problema pelo então titular da pasta, Eduardo Pazuello, em 8 de janeiro. ‘Eu estive em Manaus até o dia 5 (de janeiro) e voltei. O ministro teve conhecimento do desabastecimento de oxigênio em Manaus, creio, no dia 8, e ele me perguntou: ‘Mayra, por que você não relatou nenhum problema de escassez de oxigênio? Porque não me foi informado’!’, afirmou. Mas, na semana passada, em depoimento à CPI, o general sustentou que foi informado do risco da falta do insumo em 10 de janeiro, numa reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e com o secretário estadual de Saúde.
Mayra Pinheiro ressaltou que não foi possível prever a falta de oxigênio nas unidades de saúde da cidade. ‘Em Manaus, em uma situação extraordinária de nós não termos noção de quantos pacientes vão chegar ao hospital, é impossível fazer uma previsão de quanto se vai usar a mais (de oxigênio). O que eles tiveram foi uma constatação: passaram de 30 mil metros cúbicos para 80 mil metros cúbicos’, destacou. ‘Não considero que seja possível (prever o desabastecimento de oxigênio)’, disse, acrescentando que ‘não é do Ministério da Saúde a competência de cuidar do abastecimento do estoque e do fornecimento de oxigênio’.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) confrontou a secretária. ‘Como uma técnica, com o nível de formação que a senhora tem, com toda a secretaria e com toda a assessoria do ministério presente na cidade de Manaus, constata esse quadro e não identifica que iríamos colapsar por falta de oxigênio?’, cobrou. Mayra Pinheiro respondeu: ‘Não foi essa a informação que eu dei. O que eu disse é que nós não temos como prever a quantidade de metros cúbicos que vamos utilizar, até porque não é essa a nossa função. O Ministério da Saúde não faz o monitoramento (do estoque de oxigênio nos hospitais)’.
Cloroquina
A depoente manteve a defesa do uso de cloroquina nas fases iniciais da infecção pela covid-19. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), quis saber se o tratamento precoce foi definido pelo Ministério da Saúde e em quais estudos a secretária, que é médica pediátrica, se baseou para indicar a cloroquina. ‘É preciso que nós tenhamos claro que o Ministério da Saúde nunca indicou tratamentos para covid. O ministério criou um documento juridicamente perfeito, que é a nota orientativa nº 9, que depois se transformou na nota orientativa nº 17, em que nós estabelecemos doses seguras para que os médicos brasileiros, no exercício da sua autonomia, pudessem utilizar esses medicamentos com consentimento dos seus pacientes, de acordo com seu livre arbítrio’, respondeu.
Em seguida, Calheiros perguntou se a depoente recebeu do presidente Jair Bolsonaro orientação para recomendar o tratamento precoce. Ela negou ter recebido pressões. ‘Nunca recebi ordens, e o uso desses medicamentos não é uma iniciativa minha, pessoal’, enfatizou.
O relator perguntou à secretária por que o Ministério retirou, no início deste mês, de seu site na internet, as orientações sobre o uso da cloroquina. Segundo Mayra Pinheiro, foi para eliminar divergências sobre o assunto. ‘O ministro (da Saúde), Marcelo (Queiroga), numa atitude extremamente acertada, resolveu levar para a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) todas as construções de protocolos clínicos para a conduta da doença, exatamente para eliminarmos as divergências que existem hoje de opiniões’, afirmou. Recentemente, a pasta elaborou o primeiro protocolo para tratamento hospitalar da covid-19. No documento, não recomenda o uso de medicamentos hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina.
O relator da CPI também lembrou à secretária que a Organização Mundial da Saúde (OMS) interrompeu testes com a hidroxicloroquina e não recomendou o uso do medicamento para tratar pacientes com o novo coronavírus. Em resposta, ela afirmou, como já havia declarado Pazuello à CPI, que o Brasil não é obrigado a seguir as orientações da OMS.
TrateCov
Mayra Pinheiro voltou a contradizer Pazuello quando perguntada a respeito do suposto hackeamento do aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde, relatado pelo ex-ministro à comissão. A ferramenta, que foi retirada do ar em 21 de janeiro, recomendava o uso de cloroquina para tratamento precoce do novo coronavírus, inclusive para crianças.
Segundo o relato de Pazuello aos senadores, o TrateCov foi copiado e colocado no ar de forma indevida. Porém a secretária apresentou duas versões diferentes. Primeiro, acusou um jornalista de ter feito uma ‘extração indevida de dados’. Depois, confirmou que não houve nenhum roubo de dados, mas que o profissional teria apenas executado ‘simulações indevidas’.
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), reagiu com irritação. ‘Não houve hackeamento nenhum. Vamos trazer os técnicos que fizeram o aplicativo’, ressaltou.
Inverdades e contradições
Disse que a hidroxicloroquina tem ação antiviral comprovada
» O remédio não é um antiviral. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas, afirma em seu site que ‘não há evidência científica até o momento de que esses medicamentos (cloroquina e hidroxicloroquina) sejam eficazes e seguros no tratamento da covid-19’.
Afirmou que o Ministério da Saúde não recomendou, mas orientou o uso de tratamento precoce para médicos de todo o país, não só de Manaus
» Não existe tratamento precoce contra a covid-19. O que há são orientações para que o tratamento seja iniciado tão logo o paciente sinta os primeiros sintomas.
Negou que o aplicativo TrateCov tenha sido hackeado
» A declaração contradiz depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ele chegou a dizer que foi registrado um boletim de ocorrência (BO) após o aplicativo ter sido hackeado. Ao longo do depoimento, Mayra Pinheiro apresentou outras duas versões: primeiro, acusou um jornalista de ter feito uma ‘extração indevida de dados’. Depois, confirmou que não houve roubo, mas que o profissional teria apenas executado ‘simulações indevidas’. Na verdade, a plataforma estava aberta e foi divulgada no próprio site do Ministério da Saúde, não tendo havido extração por parte do profissional.
Sustentou ser impossível prever a falta de oxigênio
» Conforme informações levantadas pela equipe do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), ao Ministério Público Federal, Mayra Pinheiro afirmou que ‘é possível realizar esse cálculo a partir do prognóstico de hospitalizações, pois se estima a quantidade de insumo a partir do número de internados’.
Destacou que soube da crise de Manaus por Pazuello, em 8 de janeiro
» A declaração contradiz depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Ele disse na CPI que tomou conhecimento da falta de oxigênio em hospitais de Manaus em 10 de janeiro. No segundo dia de oitiva, porém, voltou atrás e afirmou que soube da falta do insumo em 7 de janeiro.
Frisou que o Ministério da Saúde apenas recomendava cloroquina
» O documento ‘Plano Manaus’, assinado pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, determinava o incentivo ao tratamento precoce. O aplicativo TrateCov também indicava que fosse receitado a pacientes com suspeita de covid medicamentos como cloroquina e ivermectina. Além disso, em maio do ano passado, o ministério divulgou um protocolo que orientava o uso de cloroquina e hidroxicloroquina até para casos leves da doença.
Disse considerar a tese da imunidade de rebanho ‘extremamente perigosa’
» Vídeo apresentado pelo relator, Renan Calheiros, mostra Mayra Pinheiro defendendo a imunidade de rebanho. ‘Tínhamos de, no início da doença, ter deixado isolados os nossos idosos, as pessoas de grupos de risco e garantido os equipamentos de proteção individual. Deixar que as nossas crianças frequentassem as escolas, deixar que o comércio, a indústria, os estabelecimentos comerciais funcionassem com as orientações de distanciamento social. (…) Atrapalhamos a evolução natural da doença naquelas pessoas que seriam assintomáticas, como as crianças, e que a gente teria um efeito rebanho’, ressalta no vídeo.
Habeas corpus
Mayra Pinheiro respondeu às perguntas sobre a crise em Manaus, embora estivesse amparada por um habeas corpus concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a autorizava a permanecer em silêncio a respeito de fatos ocorridos na capital amazonense. A secretária já é ré em uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal do Amazonas sobre a tragédia.
Muito a esclarecer
Após o depoimento de Mayra Pinheiro, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que precisam ser esclarecidas as contradições entre ela e o ex-ministro Eduardo Pazuello sobre a data em que a pasta tomou conhecimento do risco de colapso nos hospitais de Manaus.
Eduardo Girão (Podemos-CE) classificou a oitiva da secretária como segura e clara. ‘Assim como foi com Pazuello, mesmo com habeas corpus debaixo do braço, ela respondeu a tudo. Não se furtaram em responder, e isso é bom, para que venha toda a verdade.’
Por sua vez, Humberto Costa (PT-PE) frisou o fato de Mayra Pinheiro ter exercido atividades que nada têm a ver com as atribuições do cargo dela. ‘Em vez de cumprir a responsabilidade dela na secretaria, se tornou um baluarte do tratamento precoce da hidroxicloroquina. Ela é da área de gestão do trabalho e educação em saúde. É para formar profissionais, treinar para lidarem com a covid-19, como podem se proteger, ter um protocolo de sintomas e sinais da doença para orientar as pessoas. Treinar agentes comunitários de saúde’, listou.
Já Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, destacou o risco à saúde representado pela recomendação de medicamentos para tratar a covid-19. ‘Hidroxicloroquina para tomar sem fazer eletro é crime. Matou muita gente, que morreu de parada cardíaca. Eles fizeram uma quimioprofilaxia. Tem muitos doentes, não dá para fazer exames em todos os pacientes, dá medicação a todo mundo. Quimioprofilaxia é motivo para tomar o CRM (documento do Conselho Regional de Medicina)’, frisou.
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Assessoria de Comunicação