ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Estudo mostra que Goiânia e outras 17 capitais espalharam a Covid-19 pelo país
Após pane no freezer, doses da Covid-19 podem ser descartadas em Jussara
Cinthia Ribeiro diz que Palmas recebeu menos que outras capitais e pede extra de 50 mil doses
Brasil registra 2.080 mortes por covid-19 em 24 horas; casos têm alta de 26%
Vacina é proteção coletiva
Na CPI, Terra distorce dados da pandemia
Vacina da Janssen chega ao Brasil com proteção de até 88% para casos graves
Procuradoria vê indícios de crime e risco temerário em compra da Covaxin
Anvisa nega autorização de uso emergencial do Avifavir para covid-19
Covid-19: Prefeitura de Goiânia publica decreto com novas alterações
Covid-19: Goiás registra mais de 4 mil novos casos e 65 mortes em 24 horas
PRF-GO apreende mais de 100 mil comprimidos de remédios de uso controlado
Comissão de Saúde visitou a Santa Casa de Goiânia, na manhã desta terça-feira, para averiguar denúncias recebidas pelo colegiado
Com alta na taxa de ocupação dos leitos de UTI, Goiás regista 4.069 novos casos de Covid nas últimas 24h
Médico é indiciado por crime sexual contra paciente durante atendimento em Iporá
Dentista é proibido de exercer profissão por 30 dias após realizar procedimentos estéticos, em Goiânia
TV ANHANGUERA
Estudo mostra que Goiânia e outras 17 capitais espalharam a Covid-19 pelo país
https://globoplay.globo.com/v/9627145/
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Após pane no freezer, doses da Covid-19 podem ser descartadas em Jussara
https://globoplay.globo.com/v/9627123/?s=0s
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O ESTADO DE S.PAULO
Brasil registra 2.080 mortes por covid-19 em 24 horas; casos têm alta de 26%
País teve 86.833 novas infecções pelo coronavírus registradas nesta terça-feira, 22
O Brasil registrou 2.080 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, 22, enquanto a média de novos casos apresentou um aumento de 26% em relação à de duas semanas atrás. Já a média semanal de vítimas fatais, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.962, de acordo com os dados do consórcio de imprensa.
A média de novos casos da covid no Brasil tem se mantido acima dos 55 mil desde março deste ano, quando começou o que alguns especialistas consideraram como a “segunda onda” da pandemia no País e chegou nesta terça a 73.255. O número de novas infecções notificadas nas últimas 24 horas foi de 86.833.
Covid-19
No total, o Brasil tem 504.897 mortos e 18.056.639 casos da doença, mantendo-se ainda como a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 16,3 milhões de pessoas já se recuperaram da covid.
O Estado de São Paulo registrou nesta terça-feira um número alto de mortes por coronavírus, com 843 novas vítimas da doença. Outros cinco Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Rio de Janeiro (185), Rio Grande do Sul (155), Goiás (138), Paraná (109) e Bahia (100).
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 87.822 novos casos e mais 2.131 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 18.054.653 pessoas infectadas e 504.717 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Vacina é proteção coletiva
O Brasil ainda está distante de atingir o patamar de cidadãos vacinados que permita frear a disseminação comunitária do coronavírus e, consequentemente, pôr fim ao flagelo da pandemia. Epidemiologistas consideram que isto só ocorrerá quando cerca de 70% dos brasileiros estiverem totalmente imunizados, ou seja, tenham recebido as duas doses da vacina (ou uma dose, no caso da vacina da Janssen). Passados cinco meses do início da vacinação no País, no entanto, apenas 30,43% da população brasileira havia recebido a primeira dose até o dia 22 passado. O porcentual de pessoas que receberam as duas doses é ainda menor – 11,52%, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa que compila dados das Secretarias Estaduais da Saúde.
Diante deste quadro, é impressionante – além de muito perigoso – que ainda haja quem simplesmente se recuse a tomar uma vacina quando chega sua vez porque o fabricante do imunizante à disposição no momento não é o de sua predileção, seja lá por que razões. Tal comportamento revela uma enorme irresponsabilidade, tanto do ponto de vista individual como coletivo.
Todas as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são seguras e eficazes contra a covid-19, independentemente de sua origem. As quatro disponíveis Coronavac, Oxford/AstraZeneca, Pfizer e Janssen – foram aprovadas para uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por agências reguladoras internacionais, todas estas instituições de reputação inquestionável. Portanto, ao deixar de tomar uma delas por questão de preferência pessoal, o cidadão põe em risco a sua própria saúde e, o que é pior, a da coletividade, optando deliberadamente por manter-se como vetor de disseminação da doença. A vacinação contra doenças virais, nunca é demais reforçar, é, antes de tudo, uma ação de proteção coletiva.
Todas as vacinas já citadas, em que pesem seus diferentes porcentuais de eficácia geral, oferecem ampla proteção contra casos graves de covid-19, o que praticamente elimina o risco de internações e mortes em decorrência da doença no caso de contágio. Logo, quanto mais pessoas forem vacinadas, menor será a pressão sobre os sistemas de saúde público e privado, o que salva vidas. É elementar.
Este comportamento egoísta de muitos cidadãos é inédito na bela história do Programa Nacional de Imunizações (PND), um caso de sucesso que é reconhecido no mundo inteiro. Ele decorre, evidentemente, do criminoso ataque perpetrado pelo presidente Jair Bolsonaro às vacinas em geral e à Coronavac, em particular, por razões estritamente político-ideológicas, não científicas.
Até a pandemia de covid-19, nunca os brasileiros haviam se ocupado de questionar a origem das vacinas que recebiam contra as mais diferentes doenças. A alta adesão às campanhas de vacinação é uma marca nacional. Hoje, há quem escolha que vacina quer receber contra a covid-19, no melhor dos cenários. No pior, nem sequer querem ser vacinados. Grassa no País uma perniciosa campanha de desinformação da população a respeito dos imunizantes, cujo propagador de mentiras é nada menos do que a Presidência da República.
O País ultrapassou a terrível marca das 500 mil mortes decorrentes da covid-19. Isto deveria bastar para comover a Nação e levar todos os cidadãos aptos a serem vacinados aos postos de saúde. Só o avanço da vacinação, ao lado de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social, será capaz de interromper a catástrofe.
Recusar uma das vacinas, por qualquer que seja o motivo, é, sobretudo, um desrespeito à memória de mais de meio milhão de nossos concidadãos aos quais não foi dada a chance de receber a proteção. Do governo federal não se pode esperar uma campanha de comunicação séria estimulando a população a acorrer aos postos de saúde, não enquanto Bolsonaro for presidente. Resta à imprensa, à chamada comunidade científica e, mais importante, a cada cidadão reforçar em seus círculos de influência a importância da vacinação como única forma de salvar vidas em um país já por demais enlutado.
“Escolher que vacina tomar é uma decisão irresponsável, individual e coletivamente”
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Na CPI, Terra distorce dados da pandemia
Deputado apontado como ‘padrinho’ do chamado ‘gabinete paralelo’ citou informações inverídicas e retiradas de contexto
Em depoimentos à CPI da Covid, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), apontado como ‘padrinho’ do chamado ‘gabinete paralelo’ do Ministério da Saúde, distorceu dados sobre a covid-19 na China e fez alegações falsas sobre a eficácia do isolamento social, segundo o Estadão Verifica.
Pandemia na China
O que Terra disse: que em fevereiro e em março de 2020, os ‘dados concretos’ que existiam sobre a pandemia de covid-19 eram da China, que naquela época já tinha controlado o surto. Ele acrescentou que isso fez com que se fizessem previsões otimistas, e citou o médico Drauzio Varella como exemplo. A informação é enganosa. Em 12 de março de 2020, a China declarou o fim do pico do surto do novo coronavírus, mas a situação em outros países era alarmante. Na ocasião, a Itália era a nação mais atingida na Europa, e chegou à máxima de 919 mortos no fim do mês. Em 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a rápida expansão do coronavírus se configurava como pandemia. Naquela ocasião, o número de países atingidos pela doença havia triplicado. Mesmo que março tenha registrado queda nos casos de covid-19 na China, o país continuou a adotar medidas de restrição. O fim do isolamento em Wuhan, primeiro epicentro da pandemia, ocorreu no início de abril. Até o momento, são 4. 846 mortes contabilizadas na China. O ex-ministro omitiu fatos ao mencionar uma ‘previsão otimista’ de Drauzio Varella. O médico disse, em janeiro de 2020 (e não em março), que a maioria das pessoas que pegassem a covid-19 teriam sintomas parecidos com os de uma ‘gripezinha’. Naquela ocasião, a OMS ainda não havia declarado situação emergencial e as informações sobre o vírus eram limitadas. O que Osmar Terra não disse é que Drauzio mudou de opinião ao receber informações novas sobre a gravidade da crise, e que desde então alerta seu público sobre o risco.
Proteção das vacinas
O que Terra disse: ‘Um vírus vivo provoca mais anticorpos que um vírus morto’, argumentando que infecção natural gera mais anticorpos que a vacina. A informação é falsa. Segundo a infectologista Raquel Stucchi, da Universidade de Campinas, as evidências até o momento indicam que os anticorpos produzidos por uma infecção natural produzem menos defesa e anticorpos do que os imunizantes. ‘Tanto é que há indicação de vacinação mesmo para quem já teve o vírus’, destacou a infectologista ao Estadão. O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) afirma que a vacinação é a maneira mais segura de gerar proteção. ‘Estudos mostraram que a imunização aumenta a proteção naqueles que já tiveram covid-19. ‘
Eficácia do isolamento
O que Terra disse: ‘Quarentena não salvou nenhuma vida’. A informação é falsa. Medidas de isolamento social são comprovadamente eficazes em controlar a pandemia. Isso porque o coronavírus se espalha principalmente de pessoa para pessoa por meio de aerossóis e gotículas expelidas quando alguém fala, respira, tosse ou espirra.
STF barra ações
O que Terra disse: que o Supremo Tribunal Federal (STF) ‘limitou o poder do presidente de interferir’ nas decisões relacionadas à pandemia. A informação é falsa. O STF não tirou o poder da Presidência nem transferiu a responsabilidade de combate à pandemia para Estados e municípios. O que o tribunal afirmou é que há competência concorrente em questões de saúde pública – ou seja, todos têm responsabilidade.
Tempo sem aulas
O que Terra disse: o Brasil é recordista mundial de tempo sem aula. O dado é exagerado. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) o Brasil é 16. º país que mais tempo ficou sem aulas no mundo.
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FOLHA DE S.PAULO
Vacina da Janssen chega ao Brasil com proteção de até 88% para casos graves
Imunizante de dose única teve o prazo de validade ampliado para 4, 5 meses pela Anvisa
Nesta terça (22), O Brasil recebeu as primeiras doses da vacina da Janssen, após obter aval para a liberação de 3 milhões de doses pelo governo dos EUA. O primeiro lote entregue equivale a 1, 5 milhão de doses -a vacina funciona em dose única.
Conhecida pelos produtos farmacológicos e de higiene, a Johnson & Johnson, por meio do braço farmacêutico Janssen, surpreendeu e saiu à frente de fabricantes de vacinas renomadas, como a Sanofi Pasteur e GSK, no ano passado.
De origem belga-americana, a Janssen produziu a vacina de vetor viral não replicante em uma parceria com o Centro Médico Beth Israel De aconess, um dos mais renomados centros hospitalares de estudo, ligado à Escola de Medicina de Harvard.
Chegará aos braços dos brasileiros uma vacina cuja eficácia global, calculada a partir de ensaio clínico de fase 3 conduzido simultaneamente em oito países, incluindo o Brasil, foi de 66% -uma taxa considerada excelente para uma vacina de apenas uma dose.
Ela oferece ainda proteção de 82% contra casos graves 14 dias após a aplicação e de até 88% com 28 dias ou mais.
Abaixo, algumas informações sobre a Janssen, seu mecanismo de ação e possíveis efeitos colaterais.
* Como funciona a vacina? A vacina, chamada de Ad26. Cov2. S – abreviação para adenovírus 26 Sars-Cov-2 proteína S-, é produzida a partir do adenovírus 26 (vírus de resfriado comum) modificado. Os cientistas inseriram no material genético do adenovírus a sequência responsável por codificar a proteína S (a espícula do vírus utilizada para entrar na célula do hospedeiro). O adenovírus também é modificado para não se replicar. Dentro do organismo, o adenovírus modificado entra nas células humanas e libera o seu material genético no núcleo celular. Ali, o código genético é lido e transformado em RNA mensageiro, que vai então ser transcrito para produzir a proteína S. A célula então passa a exibir uma estrutura igual à proteína S na membrana celular. O sistema imune reconhece essas partes do vírus como um potencial invasor e começa à produzir anticorpos específicos e células de defesa. Ao entrar em contato com o vírus verdadeiro, o organismo já estará preparado para combater o patógeno.
Quão eficaz é a vacina?
A vacina da Janssen tem eficácia global de 66% contra casos sintomáticos de Covid 28 dias após a imunização (66 casos nos indivíduos vacinados contra 193 no grupo placebo). Os dados foram publicados em artigo na revista científica The New England Journal of Medicine (NEJM), uma das mais importantes da área médica.
O estudo avaliou mais de 44 mil participantes em oito países: África do Sul, Ar%entina, Brasil, Chile, Colômbia, EUA, México e Peru. Separadamente, a eficácia da vacina nos países latino-americanos foi igual, de 66%; nos EUA, é de 74 , 4%; e na África do Sul, ela é de 64% contra casos moderados a graves de Covid. Em relação à proteção contra hospitalização, apresentou uma eficácia 28 dias após a aplicação de 86% nos Estados Unidos, 88% no Brasil e 82% no subgrupo sul-africano. Não houve eficácia calculada de proteção contra mortes
porque o número foi muito baixo. Na África do Sul, onde houve 16 óbitos -nenhum no grupo vacinado-, a eficácia foi estimada em 100%.
A vacina é segura?
Nos estudos de fase 3, apresentou a menor taxa de efeitos adversos em comparação aos outros imunizantes testados, e 48, 6% dos participantes reportaram efeitos leves, como dor no local da aplicação. O segundo efeito colateral mais frequente foi dor de cabeça (38, 9%), e apenas 0, 4% relataram eventos adversos graves, com necessidade de hospitalização.
Outras vacinas em uso no Brasil apresentaram nos ensaios clínicos maior frequência de efeitos colaterais, a maioria de leve a moderado.
No caso da Coronavac, 71% dos participantes do estudo feito no país reportaram efeitos leves após a vacina. A vacina da Pfizer teve como principais efeitos dor após a injeção (71% para primeira dose e 78% após a segunda dose), fadiga (59%) e dor de cabeça (52%). Já nos estudos da Oxford/AstraZeneca, relataram efeitos colaterais 88% dos participantes com idade entre 18 e 55 anos, 73% daqueles com 56 a 69 anos e 61% dos participantes com mais de 70 anos.
Em abril, a FDA (agência regulatória americana de medicamentos e vacinas) pediu a suspensão do uso da vacina no país após a detecção de seis casos de coágulos associados à trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) possivelmente ligados ao imunizante.
Os casos foram identificados após a aplicação de quase sete milhões de doses nos EUA, indicando incidência de 1 para um milhão de vacinados. Na fase de ensaio clínico, foram identificados 11 casos de eventos tromboembólicos no grupo dos vacinados e três nos participantes que receberam placebo, mas os pesquisadores afirmaram que os pacientes tinham histórico de trombose e outras comorbidades.
Após a análise e monitoramento dos casos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e a FDA deram aval para a retomada do uso da Janssen. Até o momento, não foi identificada uma possível causa ligada à vacina para os eventos tromboembólicos reportados.
O que se sabe sobre o uso da vacina em idosos?
O estudo incluiu 14. 672 participantes (ou um terço do total) com 60 anos ou mais de idade. Em relação à hospitalização, a eficácia da vacina foi de 82% após 28 dias de imunização.
O nível de segurança da vacina também foi elevado, com 36% reportando efeitos colaterais, sendo o mais comum dor no local de injeção. Apenas 0, 4% relataram efeitos adversos de grau 3 ou
mais no local da injeção e 1, 1% apresentaram efeitos adversos sistêmicos, como dor de cabeça, fadiga e mialgia. Dados de imunogenicidade (capacidade de induzir resposta imune) do estudo de fase 2 apontam que a vacina induz uma boa produção de anticorpos
nos indivíduos com 65 anos ou mais, com 100% deles apresentando anticorpos 29 dias após a imunização.
Por quanto tempo após receber a vacina estou protegido? A vacinada Janssen possui uma boa taxa de proteção nos primeiros 14 dias após a vacinação, de 66, 9% contra casos moderados a 77% contra casos graves de Covid. Já nos 28 dias seguidos após a imunização,
a vacina confere proteção de 66% contra casos moderados, 85, 4% contra casos graves e 100% contra hospitalização.
A incidência de novos casos de Covid também apresentou queda nos 14 dias após a vacinação, indicando proteção precoce da vacina. A incidência de novos casos continuou a apresentar queda no grupo de vacinados até o 84′ dia após a vacinação, o que indica uma boa duração da resposta imune.
Em geral, os casos de Covid no grupo de vacinados foram leves e com sintomas menos graves em comparação ao grupo placebo, indicando também que a vacina confere proteção contra o desenvolvimento da doença. De acordo com dados das fases 1le 2 de estudo, em que se avaliou a segurança e a imunogenicidade do imunizante, 98% dos participantes apresentaram anticorpos 29 dias após a vacinação.
A vacina protege contra as novas variantes?
A vacina da Janssen foi testada na África do Sul no momento em que uma nova variante, a B1. 351 (também chamada de Beta) surgiu no país e conseguiu proteger contra casos graves e hospitalização, embora a proteção para casos sintomáticos tenha sido ligeiramente menor em comparação aos outros países (52% contra 66%).
Os pesquisadores sequenciaram as amostras dos casos positivos de Covid identificados durante o ensaio clínico e viram que mais de 94% deles eram pela variante Beta. A eficácia da vacina foi de 64% para casos moderados e de 82% para casos graves 28 dias após a imunização.
Já no Brasil, a variante dominante na época do estudo era a P2, e foi identificada em 69, 4% das amostras sequenciadas de Covid. Não há dados da vacina para as demais variantes.
Que países aprovaram a vacina da Janssen?
A vacina da Janssen já recebeu autorização para uso em 52 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e membros da União Europeia. No Brasil, a Anvisa concedeu autorização para uso emergencial da vacina em março.
Apesar da autorização, o CDC sugeriu que mulheres com menos de 50 anos fiquem atentas para o surgimento de coágulos associados à baixa contagem de plaquetas após a vacinação. A medida não é restritiva e não há nenhuma condicionante para o uso do imunizante no país.
A OMS também aprovou a vacina da Janssen, o que abre caminho para que muitos países recebam o imunizante via Covax Facility. Até o último domingo (20), a Janssen estava em uso em 27 países, segundo o site Our World in Data.
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Procuradoria vê indícios de crime e risco temerário em compra da Covaxin
Investigação estava restrita à esfera cível; parte da apuração relacionada a contrato da Precisa Medicamentos foi desmembrada
Vinicius Sassine
O MPF (Ministério Público Federal) desmembrou e transferiu a investigação sobre a compra da vacina indiana Covaxin ao identificar indícios de crime no contrato entre o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaroea Precisa Medicamentos.
Antes, a apuração ocorria no curso de um inquérito civil público aberto pela Procuradoria da República no Distrito Federal. O inquérito se destina a averiguar a prática de improbidade administrativa.
Com o surgimento de indícios de crime, a parte relacionada ao contrato para a compra da Covaxin foi para o nº Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa.
O envio dos documentos para a condução de uma investigação na esfera de combate à corrupção foi feito no último dia 16, em despacho assinado pela procuradora Luciana Loureiro, que conduz o inquérito civil público.
Na esfera cível, o principal foco da investigação é a distribuição de cloroquina – medicamento sem eficácia para Covid-19- pelo governo Bolsonaro na pandemia.
Após o avanço das investigações sobre o contrato com a Precisa, a Procuradoria elencou indícios de crime que precisam ser investigados.
Um dos elementos usados no inquérito foi o depoimento revelado pela Folha de um ser vidor do Ministério da Saúde que apontou pressão atípica da cúpula da pasta para liberara importaçâo da Covaxin.
Um dos responsáveis pela pressão, segundo o depoimento, foi o tenente-coronel Alex Lial Marinho, que integrava o principal grupo auxiliar do general Eduardo Pazuello em sua gestão na Saúde.
Ele foi coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde e acabou demitido do cargo pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último dia 8.
Segundo o despacho do MPF, não há justificativa, a princípio, para a ‘temeridade do risco’ assumido pelo Ministério da Saúde com a contratação relacionada à Covaxin, ‘anão ser para atender a interesses divorciados do interesse público’.
‘A omissão de atitudes corretivas da execução do contrato, somada ao histórico de ir regularidades que pesa sobre os sócios da empresa Precisa e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto, cível e criminal’, afirmou a procuradora Loureiro no despacho.
A Covaxin é fabricada pela indiana Bharat Biotech e representada no Brasil pela Precisa Medicamentos. É a Precisa que assina o contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 20 milhões de doses, a um preço individual de US$ 15. Nenhuma outra vacina comprada pela pasta tem custo tão elevado.
O preço elevado é uma das razões para a necessidade de investigação criminal, segundo o MPE O valor é superior aos da negociação de outras vacinas no mercado internacional, como a Pfizer, conforme o despacho da Procuradoria. No Brasil, a dose da Pfizer saiu por US$10.
O MPF aponta ainda uma quebra de cláusulas contratuais. O contrato entre Saúde e Precisa prevê que os 20 milhões de doses deveriam ser entregues em até 70 dias após a assinatura do documento, que ocorreu em 25 de fevereiro. Nenhuma dose chegou ao Brasil até agora.
‘Expirados os 70 dias de prazo para a execução escalonada do contrato, nenhum dos lotes de 4 milhões de doses fora entregue pela contratada Precisa’, cita o despacho do MPF.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) concedeu autorização para importação da vacina somente no último dia 4, e com restrições.
A agência, em 31 de março, havia negado pedido de importação formulado pelo Ministério da Saúde, diante da falta de documentos básicos por parte da empresa.
‘Embora se trate a situação de nítida hipótese de descumprimento da avença, o Ministério da Saúde vem concedendo oportunidades à empresa de sanaras irregularidades perante a Anvisa, elastecendo os prazos de entrega da vacina, mesmo sabendo que é incerta a entrega das doses contratada se, por enquanto, não autorizada sua distribuição em larga escala’, afirmou a Procuradoria no DE.
A finalidade prevista em contrato -distribuir doses contratadas em ampla escala, dentro do PNI (Programa Nacional de Imunizações)- não tem previsão para ser alcançada, conforme o MPF ‘o que deveria reclamar do gestor público imediata ação corretiva’.
Outro ponto que justifica o aprofundamento das investigações na esfera criminal, segundo o Ministério Público Federal, é o histórico de atuação da Global Gestão em Saúde. A empresa tem como sócio o mesmo dono da Precisa Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano.
Em dezembro de 2018, o MPF moveu uma ação de improbidade administrativa contra o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, e contra a Global por ter havido pagamentos antecipados de R$ 20 milhões à empresa por medicamentos não entregues.
‘Houve prejuízos a centenas de pacientes dependentes de medicamentos de alto custo, e prejuízo de mais de R$ 20 milhões ao erário, ao que consta ainda não ressarcidos’, afirmou Loureiro no despacho. ‘O fato desencadeou uma ação de improbidade administrativa em face do então ministro da Saúde e vários outros servidores, estando em curso inquérito policial sobre os mesmos fatos’
A Precisa diz que ‘jamais promoveu qualquer tipo de pressão e não contou com vantagens durante esse processo’. Disse ainda que o contato com o servidor foi ‘de ordem técnica, para a confirmação de recebimento de documentação, seguindo o protocolo do ministério’.
O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que respeita a autonomia da Anvisa e que não faz pressão para aprovação de vacinas.
O deputado e ex-ministro Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, disse em nota que houve ‘inexecução contratual’ em relação à Global. “Foram adotadas todas as providências pelo Ministério da Saúde para penalização da empresa e para o ressarcimento ao erário. Não houve favorecimento ou qualquer ato de improbidade’, afirmou.
Na noite de sexta-feira (18), a Folha questionou o centro de comunicação social do Exército sobre a citação ao tenente-coronel Marinho, mas não houve resposta.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa nega autorização de uso emergencial do Avifavir para covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou hoje (22) o pedido de autorização temporária para uso emergencial do medicamento Avifavir (Favipiravir) no tratamento antiviral de pacientes hospitalizados com covid-19. A decisão unânime foi tomada durante a 12ª reunião pública da Diretoria Colegiada (Dicol), nesta terça-feira.
Segundo a relatora, a diretora da agência Meiruze Freitas, o remédio não atende às expectativas da agência quanto aos requisitos mínimos de segurança e eficácia no contexto do uso emergencial.
‘A Anvisa deve usar de todas as vias possíveis para fazer com que novos tratamentos estejam disponíveis para os pacientes o mais rápido possível. Entretanto, não se pode autorizar o uso de um medicamento que não demonstrou benefício clínico no tratamento da covid-19 e ainda pode resultar em riscos à saúde dos pacientes’, afirmou Freitas.
A solicitação de autorização de uso emergencial do Avifavir foi feita pelo Instituto Vital Brazil, representante no Brasil do medicamento, fabricado pelas empresas russas API – Technologies LLC e Joint Stock Company Chemical Diversity Research Institute.
Em nota, a Anvisa justificou a decisão afirmando que o medicamento é produzido com matéria-prima ainda não registrada pela agência e que nenhuma outra autoridade regulatória de outros países aprovou o Avifavir para o tratamento da covid-19. Além disso, as áreas técnicas concluíram que as limitações, incertezas e riscos da aprovação do uso emergencial do medicamento superariam os benefícios no eventual tratamento de pacientes.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Prefeitura de Goiânia publica decreto com novas alterações
A Prefeitura de Goiânia publicou na tarde desta terça-feira (22/6), em edição suplementar do Diário Oficial do Município, o decreto nº 3.347 que faz alterações no combate à covid-19 em Goiânia. As principais mudanças afetam bares, restaurantes e escolas.
O som mecânico, isto é, de caixas de som, voltou a ser permitido em bares e restaurantes. O limite de lotação também caiu: agora a quantidade de mesas deve simplesmente obedecer a distância mínima de dois metros entre elas. E, por fim, continua não sendo permitido o consumo de produtos no local por pessoas em pé. As mesmas regras valem para padarias e lanchonetes.
A outra maior mudança é na lotação das aulas presenciais no ensino particular em todos os níveis. Passam a ser permitidas aulas presenciais com limitação máxima de 50% de ocupação do ensino infantil ao ensino superior.
O valor da multa para quem estiver descumprindo as medidas sanitárias estabelecidas no decreto também subiu: passa de R$ 4.705,30 para R$ 4.908,10.
https://files.aredacao.com.br/upload/decreto-prefeitura-de-goiania-22-6-2-21.pdf
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Covid-19: Goiás registra mais de 4 mil novos casos e 65 mortes em 24 horas
Ludymila Siqueira
Goiânia – Goiás registrou 4.069 casos de covid-19 e 65 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (22/6). Desde o início da pandemia, o Estado já contabiliza 661.370 casos e 18.619 óbitos por coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 2,82 %.
De acordo com o boletim estadual, em Goiás há registro de 630.225 pessoas recuperadas. Outros 286.474 casos foram descartados. Além disso, 334 óbitos estão em investigação para saber se há ligação com a covid-19.
Um levantamento feito pela SES-GO aponta que 2.035.660 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Estado. Outras 689.344 pessoas foram imunizadas com a segunda dose.
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PRF-GO apreende mais de 100 mil comprimidos de remédios de uso controlado
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu na manhã desta terça-feira (22/6) mais de 100 mil comprimidos de medicamentos de uso controlado transportados de forma irregular na BR 060, em Anápolis. Os remédios, em sua maioria, de uso psiquiátrico eram transportados em um ônibus abordado na unidade da PRF na rodovia.
De acordo com a PRF, o ônibus saiu de Porto Seguro (BA) e seguia em direção a Anápolis. No bagageiro do veículo, os policiais encontraram 11 caixas de medicamentos enviadas por encomenda, constando apenas o manifesto de transporte, sem a devida documentação fiscal.
Ainda segundo a informação dos policiais rodoviários, a mercadoria tinha como remetente e destinatário a mesma pessoa. No ônibus continha 87.680 comprimidos de fenobarbital, 8.400 comprimidos de diazepam, 5.805 comprimidos de cloridrato de paroxetina, 4.000 comprimidos de uni-carbamaz e 1.950 comprimidos de carbamazepina. Os medicamentos, acondicionados apenas em caixas de papelão, fora da embalagem original e sem bula, totalizaram 107.835 comprimidos.
Toda a mercadoria foi colocada à disposição da Vigilância Sanitária para a destinação devida e o remetente foi qualificado em documento que será encaminhado à polícia judiciária de Anápolis para a investigação da origem da carga.
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ALEGO
Comissão de Saúde visitou a Santa Casa de Goiânia, na manhã desta terça-feira, para averiguar denúncias recebidas pelo colegiado
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás realizou, na manhã desta terça-feira, 22, uma visita técnica à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, localizada na Rua Campinas, 1.135, no setor Americano do Brasil. O objetivo foi verificar, in loco, denúncias em relação a algumas situações que estariam ocorrendo na unidade de saúde.
O presidente do colegiado, deputado Gustavo Sebba (PSDB), foi recebido pela superintendente geral da Instituição, Irani Ribeiro de Moura; pelo superintendente administrativo, Irondes José de Morais; e pelo supervisor técnico, André Luiz Carneiro, os quais auxiliaram o parlamentar perante as questões apresentadas.
Gustavo Sebba explicou que a visita se deu com o objetivo de entender melhor a unidade, seus convênios e funcionamento para, diante disso, propor alternativas e soluções que possam auxiliar na melhoria da saúde pública em Goiás. “Nos chegaram algumas denúncias de pacientes que dependem da saúde pública, em especial da Santa Casa, os quais tiveram algum tipo de dificuldade e a gente já está averiguando isso, buscando informações. Já solicitei dados da Secretaria Estadual de Saúde, conversei com alguns profissionais da Santa Casa e hoje estou aqui pessoalmente para conversar com a diretoria e solicitar algumas informações”, explicou o deputado.
O superintendente administrativo, Irondes José de Morais, diante das solicitações apresentadas por Gustavo Sebba, se prontificou a apresentar qualquer informação ou dado que o deputado julgar necessários, desde que a demanda seja formalizada. “A formalização dessas questões é importante para que possamos pontuar as respostas e apresentar os documentos que comprovem tudo aquilo que estamos respondendo. Isso é importante tanto para nós, que poderemos ter um retorno desse trabalho, assim como para a Comissão de Saúde da Assembleia, que poderá utilizar esses documentos para elucidar qualquer questão que julgar necessária”, pontuou.
A superintendente geral, Irani Ribeiro de Moura, avaliou as solicitações apresentadas como absolutamente normais e que as recebe com satisfação. “É uma oportunidade que nos é dada de mostrar o que já fizemos e o que estamos fazendo. Fico feliz de poder responder todas as perguntas que foram apresentadas e poder receber as cobranças que a população nos encaminha. Isso nos fortalece pois a cada dia, e conhecendo melhor a realidade da Instituição, mais entidades se dispõem a ajudar em nosso trabalho. Temos uma gestão transparente, responsável e humanizada, e é em defesa disso que trabalhamos”, disse.
Ao finalizar a conversa com os diretores, o parlamentar fez uma visita por todas as dependências da Santa Casa e em entrevista à Assembleia de Notícias destacou que neste primeiro contato foi encontrado o caminho para que a comissão possa colaborar com a melhoria dos problemas apresentados pelas denúncias. “Vamos formalizar as questões que temos e, tão logo os dados financeiros dos recursos públicos destinados à unidade nos sejam apresentados, iremos elaborar um relatório técnico mostrando o que está acontecendo e onde se encontra algum possível gargalo”, informou.
Sebba destacou, ainda, que a Santa Casa, por ser uma referência e uma unidade de saúde da qual o Estado é muito dependente, ao final do trabalho de juntada de dados, será proposta uma audiência pública para que sejam apresentados os resultados encontrados e apresentadas as soluções. “Aqui temos competentes e dedicados profissionais e, por algum motivo percebemos que estão passando por dificuldades, então queremos entender o motivo dessas dificuldades e tentar propor caminhos que possam melhorar a saúde pública. Quando tivermos em mãos todas as informações técnicas e os dados financeiros iremos propor uma audiência pública com a presença da Secretaria Estadual de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, dos conselhos regionais de medicina, entre outros, para que possamos apontar o fluxo correto dos recursos para que esses cheguem onde importa que é em serviços prestados à população” destacou o deputado.
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JORNAL OPÇÃO
Com alta na taxa de ocupação dos leitos de UTI, Goiás regista 4.069 novos casos de Covid nas últimas 24h
Por Luiza Lopes
Em todo o território goiano, já há mais de 661.370 mil casos registrados de contaminação. E 18.619 goianos já perderam a vida em decorrência da doença, o que significa uma taxa de letalidade de 2,82%
Nesta terça-feira, 22, a ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 na rede estadual, em Goiás, está em 85,28%. As informações são do boletim integrado divulgado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde. Dos 598 leitos implantados, 490 estão ocupados, 20 bloqueados e 88 disponíveis.
Já em Goiânia a ocupação dos leitos está em 91,37%. De acordo com a pasta, dos 273 leitos implantados, 233 estão em uso, 20 bloqueados e 22 disponíveis. Além disso, três hospitais geridos pelo poder executivo municipal estão com 100% de ocupação. Nos hospitais públicos e privados, a taxa de ocupação dos leitos de UTI é de 83,95% e 53,97% das enfermarias.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), nesta terça-feira foram registrados 4.069 novos casos e 65 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. É a primeira vez nesta semana em que o estado registra mais de quatro mil infectados por dia.
Em todo o território goiano, já há mais de 661.370 mil casos registrados de contaminação. Deste total, 630.255 estão recuperados. Outros 488.098 mil casos estão sob investigação. Segundo o painel de Covid-19, 18.619 goianos já perderam a vida em decorrência da doença, o que significa uma taxa de letalidade de 2,82%. Há 334 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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PORTAL G1
Médico é indiciado por crime sexual contra paciente durante atendimento em Iporá
Delegado diz que profissional usou o pretexto de um exame físico para cometer o ato. Médico negou as acusações e disse que não irá comentar os fatos.
Por Michel Gomes, G1 GO
O médico ortopedista Otacílio Rodrigues de Barros Neto, de 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por violação sexual mediante fraude, em Iporá, região oeste de Goiás. De acordo com o delegado Igor Moreira, a paciente, de 46, estava em uma consulta quando o profissional usou o pretexto de um exame físico para cometer o crime.
“A vítima afirma ter sentido algo tocando em seu corpo. Então, ela se virou e viu que o médico estava com a calça aberta. Ela ficou muito angustiada, muito nervosa, começou a gritar por socorro dizendo que estava sendo assediada”, narra o investigador.
Em nota enviada ao G1, o ortopedista, através de seu advogado, nega todas as acusações. O comunicado diz que as informações divulgadas na mídia e nas redes sociais pela Polícia Civil estão inseridas no processo que tramita sob segredo de justiça, por isso o médico não irá comentar os fatos, que ainda serão objeto de apuração na ação penal pertinente caso o Ministério Público entenda ser o caso de oferecimento da denúncia (veja nota na íntegra ao final do texto). O médico responde ao processo em liberdade.
Em depoimento, segundo a Polícia Civil, Otacílio também negou a prática dos atos, mas também disse não possuir desentendimento anterior com a vítima nem existir motivo para que ela fizesse uma acusação falsa em seu desfavor.
O caso aconteceu em 31 de maio deste ano e o investigado foi indiciado na última sexta-feira (18). Ao indiciar o profissional, o delegado também pediu a suspensão temporária do exercício da medicina e aguarda decisão judicial, além de encaminhar o documento ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).
Em nota publicada em uma rede social na noite de segunda-feira (21), o Hospital São Paulo, onde o crime teria ocorrido, diz que repudia o assédio e violência de qualquer natureza contra a mulher.
“Acreditamos, também, na importância da apuração cautelosa, responsável e imparcial dos fatos”, diz o comunicado.
O G1 questionou por e-mail a unidade para obter informações sobre a conduta do profissional e as possíveis consequências, mas a unidade apenas replicou a nota publicada na rede social.
Em nota, o Cremego diz que tomou conhecimento do caso na segunda-feira e vai apurar a conduta do profissional.
O investigador afirma que a paciente, após notar a atitude do médico, ficou desesperada e foi amparada por funcionários do hospital.
“As enfermeiras e outros médicos do hospital rapidamente foram até o consultório e atenderam essa vítima que estava visivelmente abalada”, fala o delegado.
Em seguida, a paciente registrou o crime na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Além do depoimento dela, o delegado completa que uma enfermeira também relatou que, há 3 anos, foi assediada sexualmente pelo profissional.
“Nós percebemos que esse caso de 31 de maio não foi um caso isolado, nós iremos buscar ainda por outras vítimas e testemunhas de crimes sexuais cometidos pelo mesmo médico”, narra o investigador.
Conforme o delegado, a enfermeira prestou depoimento na delegacia e a polícia está buscando novas informações sobre o possível delito de assédio sexual ocorrido contra ela, bem como contra outras mulheres da região. Sobre esse caso, segundo a corporação, o investigado também negou, mas novamente disse não existir motivo para que a vítima fizesse acusação falsas.
De acordo com a PC, o crime cometido pode ter pena de até 6 anos de reclusão. A corporação informou também que nome e foto do profissional foram divulgados para auxiliar na investigação.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que o inquérito ainda não chegou ao órgão.
Nota da defesa
O médico ortopedista Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto, através de seu advogado, vem a público negar veementemente todas as acusações contra si formuladas por qualquer crime contra a liberdade sexual supostamente ocorrido no dia 31 de maio de 2021, enquanto no exercício de suas atividades profissionais.
Esclareço que as informações veiculadas na mídia e nas redes sociais pela autoridade policial que presidiu o inquérito policial estão inseridas em processo que tramita sob segredo de justiça, nos termos do art. 234-B do Código Penal Brasileiro, e por isso, deixo de tecer qualquer comentário sobre os fatos, que ainda serão objeto de apuração na ação penal pertinente caso o Ministério Público entenda ser o caso de oferecimento da denúncia.
De qualquer modo, as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas, e ao final, restará comprovada minha inocência das imputações formuladas inveridicamente pela suposta vítima.
Na oportunidade, o Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto agradece o apoio que tem recebido de amigos, familiares e pacientes que conhecem a retidão de sua conduta pessoal e profissional, e confia que os fatos serão devidamente esclarecidos e a verdade prevalecerá após a formação do contraditório e da ampla defesa no seio judicial.
O Dr. Otacílio Rodrigues de Barros Neto reitera que se encontra à disposição das autoridades competentes para esclarecimento dos fatos apurados. Era o que havia a esclarecer.
Iporá – GO, 22 de junho de 2021.
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Dentista é proibido de exercer profissão por 30 dias após realizar procedimentos estéticos, em Goiânia
Segundo o conselho de odontologia, profissional fazia atendimentos cirúrgicos restritos aos médicos, entre eles rinoplastia e aplicações de substâncias nas partes íntimas. De acordo com o órgão, ele ainda ministrava cursos de conteúdos que ele não tem capacitação profissional.
O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) proibiu o dentista Frederico Machado de exercer a profissão pelo período de 30 dias, em Goiânia. Segundo o órgão, o profissional foi afastado de suas funções por estar realizando procedimentos cirúrgicos restritos aos médicos cirurgiões, entre eles a rinoplastia, cirurgia que remodela o nariz, e até aplicação de substâncias nas partes íntimas de pacientes.
O G1 entrou em contato com o profissional, por meio das redes sociais, às 7h48 desta terça-feira (22), e aguarda retorno. A reportagem também procurou a clínica onde ele realizava os atendimentos, por ligação, mas os contatos não foram atendidos.
Frederico foi afastado no último sábado (19), depois que o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) protocolou uma denúncia contra o profissional. De acordo com o documento que anuncia o afastamento, o dentista estava ultrapassando o limite da competência legal da profissão e até ministrando cursos de conteúdos que ele não tem capacitação profissional.
“O conselho agiu prudentemente na defesa da profissão e, principalmente, na defesa da sociedade. Esse profissional estava infringindo o código de ética odontológico, por isso, a necessidade da suspensão cautelar”, afirmou o presidente do CRO-GO, Renerson Gomes dos Santos.
Nas redes sociais, Frederico Machado se auto define como implantodontista, ou seja, profissional que realiza implantes dentários. No entanto, no perfil do profissão existem anúncios de outros procedimentos, entre eles de pacientes que tiverem o nariz remodelado.
Segundo o órgão, além da suspensão cautelar por 30 dias, foi instaurado um processo ético onde poderão ser julgadas outras penalidades contra o profissional. Ainda de acordo com o conselho, após esse período, uma nova reunião deverá ser feita entre os membros da instituição, que irão decidir se o prazo será prorrogado ou se ele poderá voltar a exercer a profissão.
“Insistindo na infração, no ilícito, o profissional pode perder o seu registro sem prejuízo de outras penalidades na instância criminal e na instância cível”, alertou o vice-presidente do Cremego, Leonardo Reis.
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Assessoria de Comunicação