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DESTAQUES
PF cumpre busca e apreensão em suspeita de compra irregular de respiradores, em Goiânia
Covid-19: Brasil tem 2 mil novos óbitos e 65,1 mil novos diagnósticos
Fiocruz antecipa entrega de 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde
Médicos denunciam baixa remuneração dos planos de saúde e precarização dos serviços
Brasil ultrapassa 100 milhões de doses aplicadas de vacinas contra a Covid-19
Vendedor de vacinas reafirma à CPI pedido de propina relatado à Folha
Presidente ironiza denúncia de pedido de propina na Saúde
SUS reformula sistema de dados para saber tudo sobre quem foi imunizado
Covid é responsável por um terço das mortes registradas em cartório no Brasil
Reforma Tributária deve aumentar em 100% os impostos para hospitais, aponta estudo de sindicato
Covid-19: Goiás registra 3.296 novos casos e 41 mortes em um dia
Goiânia vacina pessoas a partir de 44 anos nesta sexta-feira (2/7)
TV ANHANGUERA
PF cumpre busca e apreensão em suspeita de compra irregular de respiradores, em Goiânia
https://globoplay.globo.com/v/9653107/
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 2 mil novos óbitos e 65,1 mil novos diagnósticos
A atualização do Ministério da Saúde sobre a pandemia de hoje (1º) trouxe 2.029 óbitos registrados em 24 horas. Com isso, o número de vidas perdidas para a pandemia alcançou 520.095.
A quantidade de casos de covid-19 desde o início da pandemia chegou a 18.622.304. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde registraram 65.163 novos casos da covid-19.
O número de recuperados é de 16.931.272 pessoas, o que equivale a 90,9% do número total de infectados.
Outros 3.565 óbitos estão em investigação. O termo designa mortes com suspeitas de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem ainda sob análise por equipes de saúde.
Até hoje havia 1.170.937 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.
A atualização diária do Ministério da Saúde foi divulgada no início da noite desta quinta-feira. O balanço é elaborado a partir de informações levantadas por secretarias estaduais e municipais de saúde.
Estados
O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. No alto do ranking de mortes por covid-19 estão São Paulo (128.322), Rio de Janeiro (55.703), Minas Gerais (46.459), Rio Grande do Sul (31.497) e Paraná (30.943). Na ponta de baixo estão Acre (1.741), Roraima (1.747), Amapá (1.838), Tocantins (3.227) e Alagoas (5.360).
Após muitas semanas sem variação na lista dos estados com menos óbitos, o Acre se tornou a Unidade da Federação com menos falecimentos, superando Roraima.
Vacinação
Conforme o painel do Ministério da Saúde sobre a operacionalização da campanha de imunização contra a covid-19, até o momento foram entregues aos estados 135 milhões de doses, com 102,2 milhões de doses aplicadas, sendo 74,9 milhões da 1ª dose e 27,3 milhões com a 2ª dose e dose única (o que ocorre no caso da Janssen).
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Fiocruz antecipa entrega de 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) antecipou para ontem a entrega de 3 milhões de doses da vacina Oxford-Astrazeneca contra covid-19
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) antecipou para ontem a entrega de 3 milhões de doses da vacina Oxford-Astrazeneca contra covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Inicialmente, esta remessa seria entregue na próxima sexta-feira (2).Segundo a Fiocruz, a antecipação foi possível por conta da liberação de lotes pelo controle de qualidade, que ocorreu no início da semana. Cerca de 148 mil doses ficarão no Rio de Janeiro. Desta forma, a fundação chega a 65,9 milhões de doses entregues ao PNI, incluindo as 4 milhões de vacinas importadas do Instituto Serum, na índia. Só no mês de junho, foram fornecidos mais de 18 milhões de imunizantes. A Fiocruz tem ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para entregas semanais da vacina até 23 de julho. As vacinas da Janssen, que chegaram dos EUA, todavia, permaneciam no aeroporto até ontem.
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AGÊNCIA CÂMARA
Médicos denunciam baixa remuneração dos planos de saúde e precarização dos serviços
Comissão de Seguridade promoveu debate sobre o tema
Representantes de entidades médicas denunciaram, em audiência na Câmara dos Deputados, a precarização de serviços diante da baixa remuneração dos planos de saúde aos profissionais, clínicas e hospitais. O debate foi realizado nesta quinta-feira (1º), na Comissão de Seguridade Social e Família, e também contou com representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).
A partir da próxima semana, a Câmara também deve tratar do tema por meio de comissão especial.
Uma das polêmicas são os novos modelos de remuneração estudados e já adotados por algumas operadoras de planos de saúde. Em tom de desabafo, o vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Otto Baptista, cobrou transparência nesse debate e reversão do atual quadro de precarização.
‘Um contrato precarizado que coloca o prestador de serviço em situação instável e insegura, tendo que trabalhar além da conta para poder chegar a um valor que o mantenha e mantenha seu consultório ou clínica. Se a gente for reivindicar uma glosa, é um 0800 e uma musiquinha: e a gente fica naquela expectativa se vai receber, se vai ter o resgate daquilo ou não. A tabela de hoje, a CBHPM, é injusta e não remunera adequadamente o profissional’, disse Otto Baptista.
A maior parte dos médicos é remunerada hoje pelo modelo de pagamento por procedimento (fee for service). Porém, as operadoras de planos de saúde discutem a adoção de outras fórmulas, como o capitation, em que há um pagamento fixo por pessoa atendida.
O presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), José Beniz Neto, apresentou um abaixo-assinado de 14 mil médicos da especialidade com fortes críticas ao capitation, que já estaria sendo exigido em alguns contratos de oftalmologistas com planos de saúde.
‘O capitation cria incentivos para uso de recursos apenas mínimos no cuidado do paciente, em vez de buscar cada vez mais níveis superiores de qualidade’, afirmou Beniz Neto.
Outros modelos
Entre os outros modelos de remuneração estudados, estão a orçamentação global, com pagamento único pelo atendimento total da população servida por um prestador; o bundled, com pagamento por episódio clínico do paciente; o DRG, com pagamento baseado na classificação do caso ou doença tratada por meio de um valor previamente acordado; e o P4P, também conhecido como pagamento por performance.
A ANS acompanha esse debate e anunciou um seminário virtual sobre o tema para este mês, além da retomada da Câmara Técnica de Contratualização e Relacionamento com Prestadores (Catec).
O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, César Serra, afirmou que não existe vedação legal para nenhum dos modelos de remuneração e que a premissa deve ser a garantia de atendimento de qualidade para o paciente. Segundo Serra, a agência não interfere nessa negociação entre médicos e planos de saúde.
‘Não tem um modelo que sirva como solução única. As operadoras e os prestadores devem avaliar os prós e os contras para acordar o modelo a ser usado conforme o caso e o objetivo pretendidos. Na discussão que envolve operadora e prestadores, a gente sempre tem que colocar no centro do debate o consumidor e o paciente’, disse César Serra.
Integrante do Conselho Diretivo da Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), Florisval Meinão foi explícito na crítica aos novos modelos de remuneração.
‘Ora, o trabalho do médico tem que ser remunerado por aquilo que ele faz. A única fórmula de se remunerar pelo que se faz é o pagamento por serviços prestados. Todas essas (outras) fórmulas são prejudiciais, especialmente aos pacientes’, declarou.
O presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde, Renato Casarotti, afirmou que a sustentabilidade financeira do setor é tão frágil quanto a da Previdência Social. Ele lembrou que, de 2010 até agora, 336 operadoras fecharam ou se incorporaram, o que representa um encolhimento de 32%. Segundo Casarotti, o pagamento por procedimento, em alguns casos, gera abusos e tratamentos desnecessários.
‘Tem menos gente para pagar cada vez mais e isso faz com que o custo per capita suba. Não é uma conta fácil de fechar. Esses outros modelos surgiram para fazer frente ao que vinha acontecendo na saúde suplementar como um todo. Sempre haverá pagamento por procedimento, mas, como único modelo ou modelo preponderante, ele gera desvio sim’, disse Renato Casarotti.
Ele acrescentou que, ‘independentemente do modelo de remuneração, deve-se melhorar os desfechos clínicos, reduzir o custo per capita da assistência e melhorar a experiência do paciente’.
Insatisfação dos médicos
Representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Salomão Rodrigues Filho relatou a elevada insatisfação dos médicos com as operadoras de planos de saúde. ‘Há grande predomínio de força das operadoras, interferência na autonomia do médico, baixa remuneração, glosas injustificadas, insegurança contratual e não cumprimento da Lei 13.003/14 [que trata da obrigatoriedade de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviço]’.
Para contornar o atual quadro de precarização, o CFM recomendou protocolos médicos para orientação dos trabalhos, atenção primária como forma de prevenção e redução de sinistros, prontuário eletrônico e maior parceria entre operadora e prestadores de serviço.
O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ) , apelou para que os conflitos entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço não prejudiquem os usuários.
‘O modelo atual pode ter muito problema, mas, de uma forma ou de outra, consegue atender o conceito do usuário que busca um plano de saúde. As operadoras são empresas privadas e têm que buscar o lucro, mas têm que se ater à prestação de serviço de qualidade para quem está comprando aquele serviço’, disse o deputado.
A Abramge e a FenaSaúde argumentam que a busca de novos modelos de remuneração é uma tendência mundial. Foi citada uma pesquisa, feita nos Estados Unidos, que aponta burocracia administrativa, tratamento excessivo, fraude, sobrepreço e falha no atendimento como as principais fontes de desperdício no setor.
Comissão especial
Organizador do debate, o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR) anunciou que a Câmara vai buscar a superação dessas divergências por meio da Comissão Especial dos Planos de Saúde. O colegiado vai analisar 249 projetos de lei ( PL 7419/06 e apensados) que tratam do tema.
‘Na terça-feira, vai ser instalada a nossa comissão especial, onde vamos nos debruçar no tema. Vamos tentar aperfeiçoar esse modelo. Isso vai ser discutido por todas as instituições que têm interesse na matéria’, explicou.
Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), 75,6 milhões de brasileiros são atendidos hoje por 696 planos de assistência médica (48 milhões de usuários) e 351 planos exclusivamente odontológicos (27,6 milhões). A diretora-executiva da federação, Vera Valente, afirmou que é preciso saúde financeira do plano para se garantir a qualidade do serviço.
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FOLHA DE S.PAULO
Brasil ultrapassa 100 milhões de doses aplicadas de vacinas contra a Covid-19
População totalmente imunizada, no entanto, corresponde a cerca de 16% dos maiores de 18 anos
Felippe Watanabe
O Brasil superou, nesta quinta-feira (1º), a marca de 100 milhões de doses aplicadas de vacinas contra a Covid-19. Os 100 milhões se dividemem74. 539. 876 milhões de primeiras doses e 25. 944. 570 de segundas doses. Além disso, entram na conta 636. 015 doses únicas.
Proporcionalmente, porém, apenas 16, 52% da população com mais de 18 anos (pouco mais de 26 milhões de pessoas) está completamente imunizada (com duas doses ou com vacina de dose única), segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, formado por Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e Gi para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Até recentemente, a maior fatia no bolo da vacina era da Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. Trunfo político do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ela foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ser aplicada no país, em janeiro, e sustentou por um bom tempo a campanha de imunização nacional.
Em seguida, o imunizante da AstraZeneca/Universidade de Oxford, produzido no Brasil pela Fiocruz, começou a ser aplicado, e hoje já responde por fatia maior do que a da Coronavac. As duas vacinas representam, respectivamente, 34% e 57% das primeiras doses aplicadas no país.
A Coronavac e a vacina da AstraZeneca foram os primeiros imunizantes a receberem aprovação emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação no país, em janeiro. Em 23 de fevereiro, veio a aprovação já definitiva da vacina da Pfizer. Por fim, em 31de março, a Anvisa concedeu a aprovação emergencial da vacina da Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson), de dose única.
Com aprovações e contratos posteriores, essas duas últimas representam uma fatia consideravelmente menor de participação no programa brasileiro: 9% são vacina da Pfizer e 0, 01% é da Janssen, que só chegou ao país em 22 de junho.
O número absoluto alto de vacinas aplicadas, porém, esconde desafios e atrasos. O governo Jair Bolsonaro (sem partido) recusou diversas ofertas de vacinas no ano passado, impedindo que a imunização começasse antes.
Uma série de e-mails entregue pela Pfizer à CPI da Covid em caráter sigiloso mostrou a insistência da farmacêutica para negociar vacinas com o governo e a ausência de respostas conclusivas do Ministério da Saúde à proposta apresentada pela empresa nomeio do ano passado.
Segundo os documentos da CPI da Covid obtidos pela Folha, a primeira oferta da empresa foi formalizada ao Brasil em 14 de agosto, com opções de 3omilhões e 7omilhões de doses, e tinha validade até o dia 29 daquele mês. O contrato com a Pfizer só foi assinado em março de 2021.
Sobre a Pfizer, Bolsonaro disse a frase já antológica: ‘Se tomar e virar um jacaré é problema seu. Se virar um super homem, se nascer barba em mulher ou homem falar fino, ela [Pfizer] não tem nada com isso’, afirmou em dezembro.
Além disso, desprezou, ironizou e criticou a Coronavac. Bolsonaro chegou a comemorar o fato de o estudo da vacina ser interrompido para verificação de um óbito um suicídio que havia ocorrido em um dos participantes do estudo, e em outubro de 2020 desautorizou o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que havia anunciado acordo com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Além de tudo, insistiu na oferta do chamado tratamento precoce, sem eficácia comprovada.
Um dos desafios na campanha de vacinação é a aplicação da segunda dose. Segundo o UOL, boletim epidemiológico especial do Ministério da Saúde aponta que pelo menos 3, 8 milhões de brasileiros que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 não foram receber a segunda e estão com o esquema vacinal atrasado. Em maio e em junho, muitas capitais também interromperam a aplicação das vacinas por falta de doses.
Outros obstáculos são as variantes de preocupação mesmo países com altas taxas de vacinação, como é o caso de Israel, tiveram que retomar restrições (como o uso de máscaras em locais fechados) ao ver o nível de contágios crescer devido às variantes.
O Brasil ainda mantém uma alta taxa diária de mortes e novos casos por Covid-19, junto com baixo isolamento social. Segundo o consórcio, nesta quinta-feira foram registrados 1. 943 óbitos pela doença e 63. 035 Novos casos da doença. Ao todo, são 520. 189 mortes e 18.622.199 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.
A média móvel de mortes agora se encontra em 1. 558 óbitos por dia é o 12º dia consecutivo de queda no dado.
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Vendedor de vacinas reafirma à CPI pedido de propina relatado à Folha
Durante depoimento, Luiz Paulo Dominguetti Pereira divulga áudio do deputado Luis Miranda e vira alvo de embate entre senadores
Renato Machado,
Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que representou a empresa Davati Medicai Supply em uma negociação com o governo Jair Bolsonaro, reafirmou à CPI da Covid nesta quinta-feira (i°) que recebeu pedido de propina de um diretor do Ministério da Saúde para a compra de vacinas contra a Covid-19.
Dominguetti também buscou implicar em sua fala o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que se tornou um dos principais denunciantes de irregularidades na compra de vacinas pelo governo.
Disse que o parlamentar buscou a Davati para tentar intermediar a compra de vacinas e mostrou um áudio nesse sentido. Posteriormente, no entanto, foi rebatido pelo deputado Miranda e por Cristiano Alberto Carvalho, que se apresenta como procurador da Davati no Brasil.
Após Dominguetti receber a informação de que o áudio tratava de uma negociação de luvas e tinha sido editado, ele disse que foi induzido ao erro. Afirmou a inda que o áudio teria sido enviado por Cristiano.
‘A minha interpretação da mensagem que foi recebida é assim, ela não muda a contextualização do áudio, a prova, mas a perícia vai provar que eu recebi o áudio do Cristiano e a imagem. Agora…’
Por conta disso, alguns senadores sugeriram a prisão de Dominguetti acusando-o de dar falso testemunho. O pedido foi recusado pelo presidente da comissão, o senador Ornar Aziz (PSD-AM).
‘É uma prova fora do contexto e editada. Quando a gente não sabe das coisas, a gente não pode ser irresponsável de acusar’, disse Aziz, lembrando que a família do depoente sofreria 0 impacto da medida.
Aziz afirmou que a comissão deve realizar uma acareação entre Carvalho e Dominguetti e também outra com os supostos participantes do jantar em que teria havido 0 pedido de propina.
O depoimento de Dominguetti, que também é policial militar em Minas Gerais, acontece em um momento de grande pressão sobre o governo Bolsonaro, por suspeitas de corrupção envolvendo a compra de vacinas.
Na ultima terça-feira (29), em entrevista à Folha, Dominguetti afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. Disse que o diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar em Brasília no dia 25 de fevereiro.
‘O pedido de propina se concretizou. O pagamento e a evolução do processo, não’, afirmou Dominguetti à CPI da Covid nesta quinta-feira.
‘[No jantar, Dias disse] que a vacina, naquele valor [US$ 3,50], não seria feita a aquisição pelo ministério. A conversa começou assim: ‘Olha, nós temos que melhorar esse valor’. Aí, eu disse: ‘Mas eu tenho que tentar um desconto, eu não tenho [como dar desconto]”, disse o depoente aos senadores.
‘[Ele respondeu] não, mas não é [para banco]. É para cima, é para mais. E, ai, se pediu [a propina], porque se tinha que compor dentro do ministério, e se pediu o acréscimo de US$ 1 por dose. Eu, já, de imediato, já disse que não teria como fazer’, completou.
Dominguetti disse também que participaram do encontro o tenente-coronel do Exército Marcelo Blanco, que foi assessor no Departamento de Logística do Ministério da Saúde. O policial também foi apresentado a uma fotografia do coronel Alexandre Martinelli e em seguida questionado se seria essa a quarta pessoa no encontro. Respondeu que sim, mas sem convicção.
‘[Ele] se identificou como empresário. É possível que seja. Eu teria que o ver pessoalmente…’, disse.
Martinelli depois negou em entrevista à GloboNews que tenha participado.
Ao ser questionado sobre a possível participação de dois militares no jantar com o vendedor, o Exército afirmou apenas que o coronel Marcelo Blanco foi transferido para a reserva em janeiro de 2018 e o coronel Alexandre Martinelli em fevereiro deste ano.
Na CPI, Dominguetti disse que esteve no ministério três vezes para tratar da proposta da venda. A Davati buscou a pasta para negociar 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com uma proposta feita de US$ 3,50 por cada (depois disso passou a US$ 15,50).
Ele ressaltou aos senadores que se surpreendeu ao saber que o então secretário-executivo Elcio Franco, braço direito do ex-ministro Eduardo Pazuello, não sabia de uma oferta grande como aquela, envolvendo 400 milhões de doses. Franco ficou sabendo da oferta apenas quando os dois tiveram uma reunião no ministério. Então Dominguetti constatou que sua proposta não teria avançado.
No depoimento desta quinta, Dominguetti acrescentou que três diretores do ministério no total sabiam ao final da proposta das vacinas da AstraZeneca: Dias, Franco e Laurício (não soube informar o sobrenome), que seria servidor da área de vigilância sanitária.
Também acrescentou que chegou a Franco e Laurício através de uma ONG Senah, do Distrito Federal, que faz serviços humanitários.
O depoente foi questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) como a Davati conseguiría fornecer 400 milhões de doses, e respondeu de maneira vaga. O parlamentar pediu a apreensão do celular de Dominguetti para que os fatos sejam esclarecidos.
O aparelho foi recolhido para inspeção e para ser ‘espelhado’, tendo suas informações copiadas pela Polícia Legislativa. Ele seria devolvido ainda na noite de quinta-feira.
‘A informação que nós tínhamos era que o dono da Davati, senhor Herman [Car-denas], tinha acesso a locadores do mercado, que eram os proprietários dessa vacina’, afirmou o depoente.
Em um momento que provocou polêmica na sessão, Dominguetti afirmou que a Davati havia sido procurada pelo deputado federal Luis Miranda para intermediar negócios envolvendo vacinas. O contato teria sido feito como representante da empresa no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho.
O deputado e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, apontaram recentemente suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
Os irmãos disseram à CPI que levaram as suspeitas ao presidente Bolsonaro e que ele teria mencionado que se tratava de um esquema envolvendo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
A suspeita sobre a compra de vacinas veio à tona em torno da compra da Covaxin quando a Folha revelou no último dia 18 de junho o teor do depoimento sigiloso de Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, que relatou pressão ‘atípica’ para libe -rar a importação da vacina indiana. Desde então, o caso virou prioridade da CPI.
‘[Miranda] procurou a Davati, se não me engano, o Cristiano, inclusive tentando negociar a aquisição de compra de vacinas’, disse Dominguetti.
“Não fui eu, não [que ele procurou] . O Cristiano me relatava que, volta e meia, tinha parlamentares o procurando e que o que mais o incomodava era o deputado Luis Miranda, o mais insistente com a compra, intermediação de vacinas’, disse o vendedor.
Dominguetti então divulgou na sessão um áudio do deputado Miranda. A palavra ‘vacina’, no entanto, não é mencionada nesse áudio.
Ao saber da divulgação da gravação, Miranda foi ao Senado e pediu a prisão de Dominguetti. Explicou que se tratava de um áudio de 15 de outubro de 2020, no qual negociava a aquisição de luvas por meio de uma empresa que possui nos Estados Unidos.
O material seria vendido para empresas privadas que abastecem o mercado americano. O áudio, disse, seria destinado a uma pessoa que ele identificou como Rafael Alves e que seria ligada ao representante da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho.
‘Ele blefou e para o azar dele eu tenho toda a conversa aqui. Eu nunca tratei de vacina com eles’, disse o deputado ao deixar a sala da CPI.
‘Agora precisamos saber quem plantou esse senhor aqui para mentir. Ele é um cavalo de troia. Se não prendermos ele, será uma vergonha. Confio nos senadores para que não passemos em branco’, completou Miranda.
Em seguida, o deputado deixou o Senado e disse que iria a um cartório para comprovar que o áudio é realmente de 2020. Acrescentou que ao retomar com a prova, pediría a prisão de Dominguetti.
Miranda falou que se trata de uma armação que parte das mesmas pessoas que o atacam nas redes sociais, insinuando que seria o governo.
O deputado pediu que seu novo depoimento à comissão, previsto para a próxima terça (6), seja reagendado. Isso porque ele está reunindo provas, que vão provar que existe um ‘grande mensalão’ dentro do Ministério da Saúde.
Após a informação de que o áudio tratava da negociação de luvas, Dominguetti recuou.
‘O que acontece é: como houve a vinda do deputado aqui, por causa de vacina, e o print que ele enviou e embaixo o áudio sugestionava. Mas eu não posso fazer esse juízo de valor, se é ou não é [vacina ou luva]. Quem pode dizer de que era essa transação, como e feita essa transação, de que produto que era, é somente, só o Cristiano’, disse.
A iniciativa de Dominguetti de mostrar o áudio se deu após pergunta do senador Humberto Costa (PT-PE), que questionou se o deputado Miranda o havia procurado.
Nos bastidores, já se comentava que o grupo majoritário da comissão tinha conhecimento do contato que já existiu no passado entre Miranda e a Davati e que esse feto podería ser levantado na sessão. Na noite desta quarta (30), Miranda se reuniu com Renan.
Dominguetti afirmou que decidiu fazer a denúncia após o contato da reportagem da Folha, que já apresentou suspeitas do pedido de propina.
‘Fui surpreendido com uma ligação do Cristiano, da Davati, com uma repórter da Folha de S.Paulo. E o Cristiano relatando ‘olha, pode falar tudo, está aqui, fala o que você sabe”, afirmou durante a oitiva.
Ele disse que a reportagem já tinha indícios e que ele apenas externou as informações que tinha ao ser contatado. Também acrescentou que já havia feito as denúncias internamente, em conversa com o representante da empresa no Brasil
‘Tanto que, quando eu fui chamado pela Veja, perdão, Folha de S.Paulo, foi o Cristiano [Carvalho, representante no Brasil da Davati]. E ele disse à jornalista: ‘Se você quiser a verdade, ele vai te falar a verdade agora”, completou.
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Presidente ironiza denúncia de pedido de propina na Saúde
Bolsonaro diz que representante de empresa relatou ‘propininha de R$ 2 bi’
Ricardo Della Coletta
Ao comentar o depoimento de Luiz Paulo Domin-guetti Pereira à CPI da Covid, Jair Bolsonaro (sem partido) atacou os parlamentares de oposição que compõem a comissão e disse, em tom irônico, que o então representante da empresa Davati Medicai Supply relatou uma ‘propininha de R$ 2 bilhões’.
‘ [Dominguetti] falou que foi procurado para uma propina, pouca coisa, 400 milhões de doses. US$ 1 por dose, propininha de R$ 2bilhões. Ele não aceitou. E depois [Dominguetti] cita 0 nome de um deputado. Vocês acham que deputado é esse né?’ disse o presidente nesta quinta (q°), em sua live semanal nas redes sociais.
Dominguetti, que representou a Davati em uma negociação com o governo, reafirmou à CPI que recebeu pedido de propina de um diretor do Ministério da Saúde para a compra de vacinas contra a Covid-19, conforme revelou em entrevista à Folha.
Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística da pasta, foi exonerado após a publicação da entrevista. Em nota nesta quinta, ele reconheceu que se encontrou com Dominguetti, mas afirmou que não tratou de ‘propina, pedido de dinheiro, raeintação’.
O vendedor também buscou implicar em sua fala o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que se tornou um dos principais denunciantes de irregularidades na compra de vacinas pelo governo.
Na live, Bolsonaro comemorou a participação de Dominguetti na CPI. “Eu quero ver como [a imprensa] vai reagir à questão da CPI. Hoje foi bonito quando o cabo [Dominguetti] lá se dirigiu ao senador e falou um negócio meio esquisito’, disse, sem especificar a que episódio se referia.
O presidente ainda voltou a atacar o colegiado. ‘O que a CPI contribuiu para evitar ou diminuir 0 número de mortes? O que eles fizeram? Nada. É só um inferno o tempo todo, tentando de toda maneira atingir o governo.’
Na transmissão, ele também criticou o superpedido de impeachment contra ele protocolado nesta quarta-feira (30).
O documento é resultado de uma articulação de partidos de oposição e ex-aliados do presidente. O grupo reúne cerca de 140 deputados -para eventual impeachment passar pela Câmara, são necessários 342 votos dos 513 deputados.
O presidente da Casa, Ar-thur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, disse nesta quinta que não há materialidade e disposição política para o impeachment neste momento.
Em referência ao depoimento de Dominguetti à CPI, Lira afirmou que impeachment não se faz com base em falas. ‘Um dá um depoimento de um jeito, outro dá de outro. Um dia você tem uma situação, outro dia se reverte’, disse. ‘A CPI vai ter seu fluxo normal. E nós vamos esperar?’
Na live, Bolsonaro também disparou contra movimento no STF contra a aprovação do projeto que institui uma modalidade de voto impresso. A articulação conta com o apoio de partidos no Congresso, inclusive de legendas que dão sustentação ao Planalto.
A proposta é bandeira de Bolsonaro, que alega, sem provas, que a uma eletrônica é passível de fraude. Ele voltou a afirmar que o STF teria restituídos os direitos políticos do ex-presidente Lula para que o petista vença o pleito em 2022 mediante suposta fraude.
‘Eu entrego a faixa presidencial para qualquer um que ganhar de mim de forma limpa, na fraude, não’ disse.
O presidente ainda investiu contra Alexandre de Moraes (STF), que determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra apuração para investigar uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia.
O magistrado faz referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSDSP) 12 vezes na decisão desta quinta. ‘Uma covardia que estão fazendo, Alexandre de Mores, é uma covardia’, disse o presidente.
Mais cedo nesta quinta, Bolsonaro foi à Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Asa Norte de Brasília, em ato combinado com a administração da paróquia na quarta-feira (30).
Deputados aliados, como Bia Kicis (PSL-DF), estavam presentes. A imprensa ficou do lado de fora da igreja -próxima a uma quadra de apartamentos funcionais, onde moram os parlamentares.
O evento religioso não estava na agenda oficial, mas foi transmitido ao vivo pela estatal TV Brasil por mais de uma hora. A missa foi descrita pelo padre Rafael Souza dos Santos como ‘iniciativa para estreitar laços com aqueles que representam cada um de nós, que são nossos parlamentares, nossos paroquianos’.
Bolsonaro foi citado por padre Rafael e pelo arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cézar Costa, durante a celebração. ‘Senhor excelentíssimo presidente, é uma grata alegria tê-lo aqui em nossa comunidade paroquial’, disse o padre.
‘Quando não é Deus que conduz nossa vida e história, o mal prevalece’, prosseguiu.
O presidente usou máscara durante a missa, mas retirou-a para a comunhão e não a vestiu novamente, mesmo quando aglomerou para fazer fotos.
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SUS reformula sistema de dados para saber tudo sobre quem foi imunizado
Software foi atualizado para campanha contra a Covid-19 e permite localizar pessoas vacinadas
Paulo Ricardo Martins
O Ministério da Saúde sabe não apenas quantas pessoas foram vacinadas, mas quem elas são. Desta forma, é possível promover ações para convencer a população a se imunizar.
Neste ano, o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) foi reformulado para que pudesse atender às campanhas contra a Covid-19.
Agora, o enfermeiro pode consultar se a pessoa já tomou a vacina e preencher, depois da aplicação, dados como o laboratório do imunizante utilizado, o lote, a dose e o profissional que a aplicou.
Essas informações, coletadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), são repassadas para as secretarias de saúde e podem, então, ser acessadas pelos veículos de comunicação. Todos os profissionais que atuam na imunização e os gestores das unidades de saúde têm acesso ao SI-PNI.
Já o cidadão pode acessar a plataforma ConecteSUS (conectesus-paciente.saude.gov.br), na qual pode visualizar as características do imunizante que tomou e gerar um certificado de vacinação.
O SI-PNI foi criado em 2010, mas demorou a ser usado em larga escala porque muitas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) não eram informatizadas. Antes, o Ministério da Saúde recebia somente registros da quantidade de imunizantes aplicados. Esses dados eram contabilizados por município, unidade básica, estado e regional da secretaria estadual de saúde.
No software mais recente, o profissional de saúde que aplicar a dose preenche no computador o CPF ou o CNS (Cartão Nacional de Saúde) do vacinado. Para isso, a pessoa não precisa ter usado o SUS -os documentos de todos os cidadãos brasileiros estão cadastrados no SI-PNI, com algumas exceções, como moradores de rua. Para esses raros casos, é possível, também, fazer o CNS pela mesma ferramenta.
‘O SI-PNI é um sistema nacional. Se a pessoa tomar a vacina em Minas Gerais, eu consigo saber aqui no Rio, através do CPF’, afirma Milena Ferreira de Araujo, 33, enfermeira de uma clínica da família na capital fluminense.
Assim, além de conter o nome dos usuários, o sistema permite identificar informações que podem ser importantes para criar ações e quantificar a adesão às campanhas.
Antes, não era possível saber se uma cidade com alta taxa de imunização tinha algum bairro com déficit de pessoas vacinadas ou se tinha atendido moradores de outros municípios. O último caso é mais comum do que se imagina. No PNI, a taxa de imunizantes aplicados fora do município varia entre 11% e 25%.
Na campanha contra a Covid-19, a porcentagem fica em 15%, com uma média de deslocamento dos brasileiros de 252 km para tomar a vacina, segundo a Fiocruz.
Depois da atualização do sistema do SUS, há um panorama mais real das áreas cobertas, porque ele indica os lugares onde os vacinados vivem.
Além disso, para quem perde a carteirinha de vacinação, a ferramenta dá acesso a um histórico com todos os imunizantes que a pessoa já tomou.
O SI-PNI incorporou softwares antigos, como a AIU (Apuração dos Imunobiológicos Utilizados), que gerenciava as doses usadas, e o SI-Crie (Sistema de Informações dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais), que administrava as solicitações de imunobiológicos especiais -vacinas de alto custo destinadas para a população imunodeprimida.
Com o registro por nome e todas essas ferramentas funcionando em um só ambiente digital, o Ministério da Saúde pode, por exemplo, gerar dados sobre toda a população, incluindo grupos quilombolas, indígenas e presidiários.
Estados e municípios podem desenvolver programas próprios para cadastrarem seus dados e depois repassarem para o SI-PNI.
No estado de São Paulo, por exemplo, os registros ficam a cargo de cada cidade e, na capital, existe um sistema próprio, chamado Siga Saúde.
Segundo nota da prefeitura, todas as salas de vacina do município contam com o sistema Siga, que está disponível em 486 UBSs, 17 SAEs (Serviços de Atenção Especializada) e três centros-escolas.
Devido à pandemia de coronavírus, o estado tem enviado, a partir dos registros nominais, mensagens via SMS e email para lembrar os paulistas de tomar a segunda dose. São Paulo tem, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 6.000 salas de vacinação espalhadas por 645 municípios.
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JORNAL OPÇÃO
Covid é responsável por um terço das mortes registradas em cartório no Brasil
Por Isabel Oliveira
No ano passado, dos 1.460.991 registros, 198.547 tiveram como causa a covid, o que equivale a 13,59% do total
O Portal da Transparência do Registro Civil mostra que dos 927.568 registros de óbito no primeiro semestre, 314.036 foram por Covid-19 no Brasil. Os dados do portal são atualizados duas vezes por dia e seguem os prazos legais. No ano passado, dos 1.460.991 registros, 198.547 tiveram como causa a covid, o que equivale a 13,59% do total. Foram cerca de 190 mil mortes a mais em 2020 do que em 2019 quando não havia pandemia.
Em março deste ano, a média móvel de mortes dos últimos sete dias chegou a 3.357 no dia 30. Foi o ponto mais alto do primeiro semestre deste ano. Em junho, essa média ficou entre 1.600 e 2.000 óbitos. O mês termina com uma média móvel de 592 mortes. Apesar da incidência de casos continuar acima de 70 mil novos casos diários. No pico da pandemia no ano passado, entre o fim de maio e o fim de agosto, a média móvel de óbitos ficou em torno de 1.000 registros por dia.
Os números não levam em conta as mortes causadas por outras doenças que podem ser associadas ao agravamento da Covid-19, por exemplo, a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), responsável por 16.868 óbitos em 2020 e 8.613 este ano. Em 2019 foram registrados 1.512 óbitos por SRAG. No primeiro trimestre deste ano, o aumento no número de registros de óbitos no país foi de 40%. Em maio de 2021, apesar da queda nos registros em relação a março e abril, os óbitos ainda ficaram 70% acima da média de registros mensais da pandemia, iniciada em março de 2020.
Faixas etárias
Entre as vítimas da Covid no Brasil, 29.145 tinham 90 anos ou mais, sendo que desse total 1.576 tinham 100 anos de idade ou mais. Por faixas etárias, o país perdeu 0,69% das pessoas de 60 a 69 anos de idade, 1,28% entre 70 e 79 anos de idade e 2,30% dos idosos de 80 a 89 anos de idade, segundo os óbitos registrados por idade no site dos cartórios especial da covid-19. Para a população total, a pandemia levou 0,24% dos brasileiros entre 16 de março de 2020 e 28 de junho de 2021.
Por conta da pandemia, os familiares tem 15 dias após o falecimento para registrar o óbito em cartório, prazo que anteriormente era de até 24 horas após o falecimento. O cartório tem até cinco dias para registrar e depois até oito dias para enviar o ato à Central Nacional de Informações do Registro Civil, que atualiza a plataforma online.
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Reforma Tributária deve aumentar em 100% os impostos para hospitais, aponta estudo de sindicato
Por Gabriella Oliveira
Afirmação foi feita com base em pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo.
Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (Sindhosp), aponta que a proposta do governo de Reforma Tributária somada ao projeto que trata das novas regras do Imposto de Renda vai causar o dobro da taxação aos serviços de saúde.
Segundo o Sindhosp, mesmo reduzindo a tributação de renda o projeto de reformulação do IR aumenta os impostos sobre distribuição de lucros e dividendos.
Para realizar o levantamento, a sindicato cita o caso do lucro presumido “hospitalar”, ou seja, o regime adotado por clínicas médicas, laboratórios, consultórios odontológicos, casas de repouso e hospitais.
Desse modo, a tributação de IRPJ / CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) somada à taxação de 20% da distribuição de lucros proposta resultou em um aumento de carga tributária de mais de 100%.
Ainda segundo o Sindhosp, se somados a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (12%), a tributação de distribuição de lucros e IRPJ / CSLL e um estabelecimento de saúde que utiliza o lucro presumido “hospitalar”, haveria um aumento de custo tributário em quase 170%. Isso sem contar encargos de folha e outros tributos.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 3.296 novos casos e 41 mortes em um dia
Estado soma 19.269 óbitos pela doença
Adriana Marinelli
Goiânia – Goiás registrou 3.296 novos casos da covid-19 e 41 mortes pela doeça nas últimas 24 horas, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgadas na tarde desta quinta-feira (1º/7). Com as atualizações, o Estado chega a 679.076 casos da doença e 19.269 óbitos confirmados.
De acordo com a SES-GO, Goiás soma 647.944 pessoas recuperadas. No Estado, há 495.399 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 289.026 casos.
Além dos 19.269 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,84%, há 353 óbitos suspeitos que estão em investigação.
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Goiânia vacina pessoas a partir de 44 anos nesta sexta-feira (2/7)
Goiânia – O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, anunciou a ampliação da faixa etária para vacinação contra a covid-19 para pessoas sem comorbidades com idade igual ou superior 44 anos. Nesta sexta-feira (2/7), o atendimento para o grupo acontece por agendamento em 24 postos fixos, mais o drive-thru do shopping Passeio das Águas, que será por demanda espontânea. Também serão atendidas pessoas que se enquadram nos grupos prioritários.
O agendamento deve ser feito pelo aplicativo Prefeitura 24 horas. Lembrando que, nos grupos prioritários, estão incluídos profissionais da imprensa e lactantes com bebês de até seis meses.
O drive-thru do Shopping Passeio das Águas abre apenas para pessoas a partir de 44 anos, sem comorbidades, sem necessidade de agendamento. Idosos que estejam com a segunda dose atrasada, gestantes e puérperas sem comorbidade podem se dirigir ao Ciams Dr. Domingos Viggiano, no Jardim América, também sem agendamento. Ainda nesta sexta-feira, segue a vacinação dos trabalhadores da limpeza urbana em ação específica desenvolvida na Comurg.
Confira como fica a vacinação em Goiânia nesta sexta-feira (2/7):
Pessoas a partir de 44 anos, sem comorbidades, e grupos prioritários (incluindo profissionais da imprensa e lactantes) – por agendamento. O atendimento nesses postos é das 9h às 17h:
CIAMS Novo Horizonte
CSF Parque Santa Rita
CSF Residencial Itaipu
Escola Municipal Francisco Matias
CSF Boa Vista
CSF Novo Planalto
CSF Vila Mutirão
Escola Municipal Coronel José Viana
CS Cidade Jardim
CSF Leste Universitário
CSF Crimeia Oeste
CSF Guanabara I
Ciams Urias Magalhães
CSF Bairro São Francisco
CSF Vera Cruz II
CS João Braz
CSF Cerrado IV
Escola Municipal Lions Clube Bandeirante
UPA Chácara do Governador
UPA Novo Mundo
CSF Recanto das Minas Gerais
Escola Municipal Bárbara de Souza Morais
CS Parque Amazônia
Escola Municipal Rotary Goiânia Oeste
Pessoas a partir de 44 anos, sem comorbidades – sem agendamento:
Obs: o atendimento neste posto é das 08h às 15h
Drive-thru no Shopping Passeio das Águas
Gestantes, puérperas e idosos com segunda dose em atraso
Ciams Dr. Domingos Viggiano (Ciams Jardim América)
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Assessoria de Comunicação