ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: Brasil tem 830 óbitos e 27.783 casos nas últimas 24 horas
Ministério da Saúde amplia vacinação contra a gripe
Saúde propõe à ANS incluir imunizante contra Covid no rol de planos
Estrutura de dados no Brasil não permite verificar se vacinas contra Covid vencidas foram aplicadas
Governo destina R$ 2,1 bi via orçamento secreto para Saúde
Covid-19: Goiás registra 338 novos casos e 19 mortes em 24 horas
João Borges será sepultado neste domingo, em Firminópolis
Tande vê no cooperativismo as mesmas virtudes de uma seleção campeã do mundo
Goiás diminui em quase 30% média móvel de casos por Covid-19 nos últimos 7 dias
40% dos pacientes internados em hospitais públicos estão desnutridos, diz pesquisa
Novas remessas de vacinas ampliam meta do governo de imunizar a população acima de 18 anos até setembro
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 830 óbitos e 27.783 casos nas últimas 24 horas
O Brasil chegou a 524.417 mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram 830 óbitos e 27.783 novos casos. No total, 18.769.808 casos já foram confirmados no país. Ainda existem 3.553 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. O número de pessoas recuperadas totalizou 17.082.876.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado hoje (4). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.
Em geral, os registros de casos e mortes são menores nos feriados, aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de Saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações que são enviadas ao ministério.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (129.609), Rio de Janeiro (56.031) e Minas Gerais (47.079). As unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.752), Roraima (1.756) e Amapá (1.845).
Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 3,7 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,8 milhão, e Paraná, com 1,3 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 85,8 mil, seguido por Roraima (113,4 mil) e Amapá (117,7 mil).
Vacinação
Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 143,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Desse total, foram aplicadas 104,9 milhões de doses, sendo 77,5 milhões da primeira dose e 27,4 milhões da segunda dose.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou sua conta no Twitter para comemorar a distribuição de 13,5 milhões de doses de vacina nos últimos cinco dias. Foram 3 milhões de doses da Janssen; 3,33 milhões de doses da Pfizer e 7,15 milhões de doses da AstraZeneca entregues aos estados e municípios entre quarta-feira (30) e hoje.
?? O @minsaude bate mais um recorde e entrega 13,5 milhões de doses de vacina Covid-19 em 5 dias! A distribuição começou na quarta-feira e terminou hoje:
?? 3 milhões de doses da Janssen
?? 3,33 milhões da Pfizer
?? 7,15 milhões da AstraZeneca#BrasilUnido #PátriaVacinada ????
– Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) July 4, 2021
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O GLOBO
Ministério da Saúde amplia vacinação contra a gripe
Com cobertura abaixo do esperado, imunização será estendida para além dos grupos prioritários
Com a cobertura abaixo do esperado, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a imunização contra a gripe para além dos grupos prioritários. A orientação é que estados e municípios vacinem toda a população com mais de 6 meses de idade. Porém, ficará a cargo de cada secretaria de Saúde a decisão de como fazer a ampliação.
A vacinação anual contra a gripe começou em 12 de abril, com 80 milhões de doses produzidas pelo Instituto Butantan. Porém, somente 34,2 milhões de pessoas foram imunizadas. Isso representa 42% dos grupos prioritários, um percentual baixo.
A cobertura da imunização contra o vírus influenza cai há três anos consecutivos e tem estado abaixo do patamar mínimo de 80%. No ano passado, ficou em 78%. Neste ano, a vacinação da gripe acontece simultaneamente à imunização contra a Covid-19 e é considerada fundamental e, também, um desafio.
A vacina da gripe não pode ser tomada 15 dias antes ou 15 dias depois dos imunizantes contra a Covid-19. Para complicar ainda mais, as vacinas da Covid-19 têm intervalos diferentes, à exceção do imunizante da Janssen, aplicada em dose única.
A lista de grupos prioritários contra a gripe é vasta. Inclui, entre outros, crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos e professores.
O temor de médicos e cientistas é que a gripe, sem vacinação, se alastre mais e contribua para sobrecarregar as enfermarias e UTIs, agravando a pandemia de Covid-19. A gripe grave atinge os pulmões de forma parecida com a da Covid-19 e suas vítimas vão disputar leitos com os doentes devido ao coronavírus.
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FOLHA DE S.PAULO
Saúde propõe à ANS incluir imunizante contra Covid no rol de planos
Natália Cancian
O Ministério da Saúde enviou à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) um ofício em que pede que a agência avalie incluir vacinas contra Covid no rol dos planos de saúde -lista que contém os itens de cobertura obrigatória a usuários desses serviços.
A medida ocorre após a Conitec, comissão que avalia incorporação de medicamentos e tecnologias no SUS, decidir por incorporar as vacinas da Fiocruz/AstraZeneca e Pfizer na lista da rede pública.
A decisão por centralizar a análise nas duas vacinas ocorreu por serem as primeiras com registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) , o que indica aval mais longo para sua utilização.
‘Um dos critérios para inclusão de qualquer tipo de produto na saúde suplementar é a aprovação na Conitec. Por isso vamos encaminhar os relatórios à ANS para que analisem’, disse à Folha o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Na prática, segundo o ministro, a medida abre dois caminhos. O primeiro seria uma obrigação das operadoras ressarcirem ao SUS por doses aplicadas em seus usuários assim que a medida passar a valer.
Outro caminho seria a própria oferta pelos planos. Atualmente, o setor soma 48 milhões de usuários.
“Nesse momento os planos conseguem adquirir? Não. Mas os beneficiários que estão recebendo doses os planos vão ressarcir. Em um momento diferente, onde se tenha a vacina para a iniciativa privada adquirir, podem tomar a decisão deles’, disse.
O rol de procedimentos de cobertura obrigatória nos planos não inclui oferta de nenhuma vacina -estratégia que é concentrada no país em geral no PNI (Programa Nacional de Imunizações) e em algumas clínicas privadas.
Questionado pela reportagem sobre o que levou a enviar a proposta, Queiroga diz que a ideia é abrir o debate sobre o tema após análise da Conitec apontar que as vacinas são ‘custo-efetivas’.
O comitê apontou que as vacinas podem trazer uma economia de até R$ 150 bilhões na prevenção da doença. O cálculo considera um período de cinco anos.
‘Qualquer tecnologia que é aprovada pela Conitec é automaticamente considerada pela saúde suplementar. E as vacinas hoje têm um papel importante, porque a Covid leva a colapso do sistema de saúde de forma geral, não só no sistema público’, afirma.
Representantes de operadoras de planos de saúde questionados pela Folha, no entanto, dizem que a possibilidade de inclusão os imunizantes no rol deve aumentar custos a usuários e pode desorganizar a vacinação -uma vez que a inclusão no rol traria uma obrigação de oferta, por exemplo.
Marcus Pestana, assessor especial da presidência da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), diz ver na proposta ameaça à equidade social e problemas ‘econômicos’ e ‘operacionais’.
‘Se é uma coisa que atinge universalmente a todos, não seria justo introduzir no rol, porque induziría a um privilégio. A fila de vacinação tem critérios epidemiológicos, e não de renda’, aponta.
‘O vírus não distingue quem tem contrato de saúde suplementar e quem se cuida no SUS. Vamos discriminar os mais pobres ofertando [vacina] nos planos?’
Ele afirma que a lógica da incorporação de uma vacina seria diferente da adotada para outros tratamentos e procedimentos no rol, em que margens diferentes de uso diminuem impacto nos custos.
Outro problema, alega, é a baixa disponibilidade de doses para compra, argumento citado também pela FenaSaúde, que representa os 15 maiores grupos de planos de saúde.
Em nota, o grupo diz que a medida desvirtua a lógica do PNI e pode ser ‘ineficaz’, uma vez que ‘não irá aumentar a disponibilidade de vacinas’.
‘As maiores e melhores fabricantes já manifestaram que não venderão vacina contra a Covid para o sistema privado nesta fase da pandemia’, diz a federação, segundo quem ‘qualquer incorporação ao rol de cobertura significa aumento de despesas assistenciais e reajuste das mensalidades.’
‘Os beneficiários de planos de saúde devem ter ciência de que ou pagarão a vacina na forma de tributos, como é hoje no SUS, ou pagarão na forma de tributos e também de mensalidades mais caras.’
Antes de ser sugerida pela Saúde, no entanto, proposta de avaliar a inclusão da vacina no rol já havia sido aventada por outros setores, chegando a constar de um ofício apresentado pelo MPF (Ministério Público Federal) à ANS em dezembro de 2020 e levado para reunião com a agência em fevereiro.
Para Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USB uma possível inclusão no rol seria ‘temerária’ e ‘inadequada’ e colocaria o país na contramão mundial.
‘A imensa maioria dos países mantém programas governamentais, únicos e públicos de vacinação contra a Covid-19. Mesmo em sistemas de saúde onde predominam planos, como nos Estados Unidos, a vacinação é pública e a participação do setor privado se limita à logística.’
Em nota, a ANS confirma ter recebido o ofício do ministério e diz que ‘dará atenção à questão’, ‘verificando junto à coordenação do Plano Nacional de Imunizações a conduta mais adequada frente ao quadro de novas infecções.’
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Estrutura de dados no Brasil não permite verificar se vacinas contra Covid vencidas foram aplicadas
Sistemas de informação do Ministério da Saúde têm fragilidades e precariedades conhecidas
Na última sexta-feira (2), a Folha publicou uma matéria com o título ‘Milhares no Brasil tomaram vacina vencida contra Covid; veja se você é um deles’. A matéria afirma que 26 mil doses fora de validade foram aplicadas em 1.532 municípios. Em breves manifestações, diversas prefeituras emitiram comunicados contradizendo tal afirmação.
O Observatório Covid-19 BR dedica-se a acompanhar diariamente, há mais de um ano, a dinâmica e os desafios da epidemia e, mais recentemente, da vacinação em curso, e conhece as precariedades e fragilidades dos sistemas de informação atuais do Ministério da Saúde. Cientes dos problemas nas bases de dados, o Conasems e o Conass (conselhos que representam gestores estaduais e municipais de Saúde) lançaram nota esclarecendo sobre os atrasos nas entrada de dados, reiterando que já vinham apontando o problema e cobrando, sistematicamente, o governo federal, para que tais debilidades pudessem ser superadas.
A matéria da Folha induz a equívocos pois, partindo de uma base de dados que possui inconsistências já há muito tempo sabidas, realiza cruzamento das datas de vacinação com validades de lotes de vacina, sugerindo que vacinas estariam vencidas no momento de sua aplicação.
Neste caso, seria importante verificar a confiabilidade dessa afirmação. Não se trata aqui de afirmar que tais inconsistências não mereçam destaque e cobrança por parte da mídia e da população em geral. Trata-se de um alerta em relação ao foco dado para o achado e o consequente impacto junto à população. Faz-se necessário demonstrar qual foi o procedimento para o cruzamento de dados e quais foram os critérios usados nesses cruzamentos.
Não há elementos sólidos para afirmar que brasileiros tomaram vacina vencida contra Covid. Assim como a equipe de reportagem, membros do Observatório Covid-19 BR verificaram essas informações, fazendo uma amostragem na base de dados. Na amostra analisada, o que foi encontrado sugere fortemente que se trata de erros de digitação nas bases de dados ou erros a partir da alimentação dos dados no sistema nacional (SI-PNI) a partir de sistemas próprios dos estados e municípios (1).
As debilidades dessas bases são conhecidas por pesquisadores e gestores, e também têm sido destacadas por jornalistas desde que foi iniciada a campanha de vacinação para imunizar a população, em janeiro de 2021.
É importante lembrar que o processo de registro de cada dose aplicada passa por uma série de etapa, como anotação manual dos dados do indivíduo, da dose aplicada e da data de aplicação, em ficha de papel no local de aplicação (a depender da infraestrutura local); posterior digitação dos dados no sistema informatizado, no SI-PNI ou sistema próprio local e, finalmente, transferência dos dados inseridos nos sistemas próprios locais para o sistema nacional.
Essa dinâmica varia entre os estados, municípios, e até mesmo entre locais de vacinação em um mesmo município. Cada uma dessas etapas está sujeita a erros, que vão desde anotação equivocada na ficha de papel ou no sistema informatizado local, até erros no processo de migração dos dados entre sistemas distintos. Essas inconsistências, embora importantes e necessitem constante validação dos dados já inseridos, de maneira geral não impactam análises agregadas como o cálculo do percentual da população já vacinada por faixa etária, por apresentarem um volume baixo frente ao total de registros. Porém, tornam-se obstáculos importantes para análises relacionadas aos chamados eventos raros, aqueles que ocorrem com relativa baixa frequência.
Vale ressaltar que as inconsistências correspondem a 0,7% do total de 3,9 milhões de vacinas já aplicadas da AstraZeneca, aproximadamente. Trata-se de um valor compatível com o que se espera para erros de digitação em bancos de dados (2), em linha com o que já foi encontrado em pesquisas sobre frequências de erro em bases de dados em saúde. A matéria, porém, não se vale de tal possibilidade explanatória das inconsistências.
Isso não significa que não possa ter havido vacina aplicada fora da data de vencimento, mas urge cautela antes de se declarar a origem dos problemas, enfaticamente, em especial com tal potencial de repercussão negativa e impacto sobre a vacinação.
O que os jornalistas identificaram foram inconsistências, infelizmente corriqueiras, que podem estar associadas a eventuais falhas vacinais por aplicação de doses vencidas, mas que muito provavelmente se devem apenas a incongruências entre bancos, problemas de digitação, exportação e inserção de dados, bem como de disponibilização das informações.
De fato, não se trata de terem encontrado aproximadamente 26 mil doses aplicadas fora do prazo de validade, mas, sim, 26 mil inconsistências nos campos associados, que merecem investigação para o acompanhamento adequado e, se necessário, a convocação dos indivíduos vacinados, caso seja constatado que de fato tenha ocorrido vacinação fora do prazo.
É preciso dar o devido destaque para a necessidade de melhorias nos sistemas de informações em saúde e à averiguação dos registros problemáticos, mas sem causar alarde desnecessário. A transparência e a consistência no dado público são essenciais para um melhor entendimento e a tomada de ação na pandemia, porém são igualmente necessárias em qualquer análise sobre esses mesmos dados públicos.
O Observatório, há mais de um ano, disponibiliza todas as bases de dados públicas por nós coletadas, bem como todos os passos de processamento que realizamos para chegarmos a qualquer conclusão sobre a real situação tanto da pandemia como da vacinação. Todos os nossos códigos e dados podem ser acessados em https://github.com/covid19br/
Por fim, o Observatório lembra que hoje, além de maior disponibilidade de vacinas, há premência na orientação intensiva à população. São necessárias parcimônia e coordenação tanto no combate à pandemia como na campanha de vacinação, bem como segurança sobre as informações publicadas.
1.https://pessoal.dainf.ct.utfpr.edu.br/lcjunior/lotes_vacinacao/lote-4120Z005.html
2. S.I. Goldberg, A. Niemierko, A. Turchin, Analysis of Data Errors in Clinical Research Databases. AMIA Annu Symp Proc.; 2008: 242-246. Acessível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2656002/
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O ESTADO DE S.PAULO
Governo destina R$ 2,1 bi via orçamento secreto para Saúde
Executivo volta a repassar emendas do relator-geral, agora para fundos municipais de saúde; transferências ocorrem em meio a denúncias de corrupção na compra de vacinas
BRASÍLIA – Em meio a denúncias de corrupção na compra de vacinas, o governo Jair Bolsonaro voltou a disponibilizar recursos via orçamento secreto e autorizou o repasse de R$ 2,1 bilhões em emendas do relator-geral do Orçamento para fundos municipais de saúde. A transferência das verbas está prevista em 28 portarias assinadas na semana passada, entre 28 e 30 de junho, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
A modalidade de emendas de sigla RP9 foi criada pelo governo para beneficiar redutos eleitorais em troca de apoio político, como revelou série de reportagem do Estadão. Um relatório da equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado no dia 25 pelo jornal avaliou que o uso das emendas de relator fere a Constituição. Essas verbas são executadas sem a identificação dos parlamentares que pedem o direcionamento dos recursos. O instrumento permite ao Executivo concentrar entre apoiadores a escolha do destino de bilhões de reais.
Ao aprovar as contas de 2020 do governo Jair Bolsonaro, o plenário do TCU recomendou, no último dia 30, quando as últimas portarias eram enviadas pela Saúde para publicação no Diário Oficial, que o governo ampliasse a publicidade das informações sobre as demandas parlamentares por repasses dos bilhões de emendas de relator. O ministro do TCU Benjamin Zymler disse que ‘claramente’ essas emendas se contrapõem aos princípios orçamentários de transparência e universalidade.
Levantamento do Estadão/Broadcast mostra que a liberação de emendas de relator na Saúde é a maior do tipo no Orçamento de 2021. O dinheiro corresponde a 26% dos R$ 7,8 bilhões destinados à pasta da Saúde nessa modalidade. A reportagem apurou no Congresso e no governo que a destinação do dinheiro foi feita para agradar a base em um momento em que o Planalto enfrenta uma enxurrada de denúncias e tenta manter seus apoios no Legislativo ‘alinhados’.
Os principais beneficiados com verbas de relator nessa primeira leva da pasta da Saúde foram os fundos municipais de saúde de São Gonçalo-RJ (com R$ 53 milhões), Duque de Caxias (R$ 25 milhões) e Curitiba (R$ 24 milhões). Em maio, o Estadão revelou que o governo federal criou um orçamento paralelo para beneficiar deputados e senadores aliados e distribuiu a verba extra por meio de ofícios de parlamentares, muitos ainda em sigilo.
No total, o Orçamento deste ano prevê R$ 17,2 bilhões de emendas de relator, priorizando além da saúde o Desenvolvimento Regional, chefiado por Rogério Marinho, um dos principais executores de verbas do orçamento secreto.
Na manhã da última sexta-feira a reportagem questionou a assessoria da Saúde se a pasta definiu a lista de municípios beneficiados ou se a iniciativa partiu do relator-geral do orçamento, o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Também perguntou sobre os critérios adotados para a seleção. Até a conclusão desta edição, o ministério não retornou o contato. Bittar também foi procurado e não respondeu aos questionamentos. Por sua vez, a Secretaria de Governo da Presidência da República informou que ‘não tem ingerência sobre a distribuição de recursos, e não dá aval sobre dotações dos órgãos ministeriais’.
Portarias
Os repasses de verbas estão descritos nas portarias assinadas por Marcelo Queiroga que habilitaram a transferência de recursos do Fundo Nacional da Saúde (FNS) para fundos municipais. Pelo processo orçamentário, essa é uma das últimas etapas antes de o dinheiro ser efetivamente depositado nesses fundos, que depende agora apenas de autorização de pagamento pela própria pasta.
Pela compilação dos dados, a reportagem constatou que foram contemplados um total de 2.904 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal. A liberação dos recursos ocorre após a sanção do Orçamento, em 22 de abril deste ano, e da publicação da portaria que definiu os procedimentos para a liberação das emendas, em 25 de maio. A edição desses atos era necessária para destravar o uso da verba.
A destinação das verbas para os fundos municipais se deu após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmarem à CPI da Covid, no dia 25, que Bolsonaro sabia de denúncias de corrupção na pasta. Segundo o deputado, ao ser informado de irregularidades nas negociações para a compra da vacina Covaxin, Bolsonaro disse se tratar de um ‘rolo’ do líder do governo Ricardo Barros (Progressistas-PR).
No dia 28, primeiro dia útil após o depoimento do parlamentar na CPI, foram assinadas 23 portarias destinando um total de R$ 1,85 bilhão, publicadas no Diário Oficial da União do dia seguinte. Em 30 de junho, outras cinco portarias foram assinadas para liberar R$ 191 milhões. O dinheiro contemplará cerca de quatro mil propostas na área de atenção à saúde básica.
Até o novo lote de liberações, o governo só tinha empenhado R$ 64,9 milhões de emendas de relator, uma pequena fração do total autorizado para o ano até agora (R$ 16,8 bilhões). Durante o mês de junho deste ano, até o dia 18, o governo empenhou R$ 8,9 milhões, sendo a maior parte (R$ 8,6 milhões) para o Ministério da Educação. Em maio, o volume empenhado em emendas de relator-geral chegou R$ 56 milhões.
STF
O Supremo Tribunal Federal analisa os aspectos constitucionais da emenda de relator-geral. Os partidos Novo e PSOL pediram a suspensão dos pagamentos previstos no orçamento de 2021. A Procuradoria-Geral da República também conduz investigação preliminar sobre suspeitas de superfaturamento nas compras de máquinas pelo Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 338 novos casos e 19 mortes em 24 horas
Goiás registrou 338 novos casos de covid-19 e 19 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde deste domingo (04/7). Ao todo, desde o início da pandemia, já são 682.853 infectados e 19.405 óbitos pelo novo coronavírus em território goiano. A taxa de letalidade do vírus é de 2,85%.
Outros 499.104 casos estão sendo apurados para saber se há ligação com a covid-19. Além disso, 354 óbitos suspeitos estão sendo investigados.
O levantamento aponta que 2.360.321 pessoas foram imunizadas com a primeira dose da vacina. Deste total, 763.536 pessoas receberam reforço. Estes dados em relação à aplicação de doses da vacina são preliminares, segundo a SES-GO.
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A REDAÇÃO
João Borges será sepultado neste domingo, em Firminópolis
Ele era conhecido como “Médico do Bem”
Goiânia – Nascido em família humilde, que o manteve na escola com muitas dificuldades, e há 40 anos formado em Medicina na Universidade Federal de Goiás, o dr. João Borges da Silva dedicou-se com entusiasmo e muito amor à sua profissão. Solidário e muito educado com todos, sem distinção, era chamado de ‘Médico do bem’, que atendia a todos que o procuravam, tendo condições de pagar ou não. “Deixa o legado de uma pessoa que veio a esse mundo para servir e o tempo em que ficou aqui só fez o bem, salvando vidas. Quantas pessoas atendeu? Centenas, milhares”. Assim se expressaram os muitos amigos que fez.
Seu passatempo era uma lembrança dos tempos da juventude, de quando acompanhava o pai, Adriano Borges Naves, que era carreiro, na condução de seu carro de boi pelo Mato Grosso Goiano: em sua fazenda, no município de Firminópolis (GO), onde nasceu e residia, montou um pequeno carrinho, punha canga nos carneiros, depois de amansados, e fazia seus passeios, com as rodas cantando.
Ele tinha problemas cardíacos e com frequência vinha a Goiânia para tratamento. Esta semana, depois de se submeter a uma intervenção cirúrgica, teve complicações, não resistiu e faleceu na manhã deste sábado (3/7). O velório está sendo na Funerária Pax Rio Claro, em frente ao Hospital Santa Gemma, em Firminópolis, e o sepultamento do corpo será às 8h deste domingo (4/7), no cemitério da cidade.
Trajetória
Caçula de nove filhos de Adriano Borges Naves, paulista de Igarapava, e Erondina Luiza Guimarães, nasceu no dia 23 de outubro de 1949. Morou em fazendas, em São Luiz de Montes Belos, e gostava de jogar futebol, tendo formado, com os primos, um time, ‘Furacão’, que disputava partidas na região de Firminópolis.
Nos anos 1970 se mudou para Goiânia, lecionou em cursinhos antes de ingressar na Faculdade de Medicina da UFG, tendo concluído o curso na turma de 1980, junto com o primo, Vitoriano Borges Naves Filho. Casou-se com Jucélia e tiveram três filhos: Josane, formada em Odontologia; Adriano, que se graduou em Direito e depois, seguindo os passos do pai, fez Medicina; e Maria Luiza, que faz o ensino médio.
Em depoimento publicado no livro “Médicos 80 – Turma de 1980, 40 anos / FM-UFG”, da Contato Comunicação, ele contou sua trajetória: “Depois de formado, iniciei minha carreira na medicina na pequena, mas não menos importante, cidade de Aurilândia, situada a 140 km de Goiânia. Ali foi uma verdadeira escola para mim: abri o hospital, onde atuei até meados de 2005, momento em que dividi meu tempo para ocupar o cargo de prefeito, de 2005 a 2008. Muitas crianças nasceram por minhas mãos. Tenho orgulho de tudo que ali vivi. Passei um momento difícil em minha vida, tive um infarto e, nesse meio tempo, mudei para Firminópolis, minha cidade natal”.
“A partir de 2009 e até hoje com meu compadre, dr. Diong, exerço minha profissão com muita dedicação e amor no Hospital Santa Gemma. Há alguns anos tive embolismo pulmonar e, graças ao bom Deus, superei. Hoje sigo firme no propósito de sempre servir meus pacientes com carinho e atenção”, completou.
A atividade política o atraiu, foi eleito prefeito de Aurilândia com facilidade, mas logo se decepcionou, ficou apenas um mandato, e não mais se envolveu, voltando a se dedicar exclusivamente à profissão.
Dos nove irmãos, seis já faleceram: Benedito, o mais velho; Alair Luiza, 89 anos, que tinha problemas no coração, morreu há uma semana, dia 26 de junho; José, Jaci, Airta e Anita. Estão vivas Geni Luiza, 87 anos, e Maria Lúcia.
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Tande vê no cooperativismo as mesmas virtudes de uma seleção campeã do mundo
Goiânia – A Semana do Cooperativismo em Goiás foi fechada, neste sábado (3/7), com uma live do campeão mundial Alexandre Ramos Samuel, o Tande, ex-jogador da seleção brasileira de vôlei. O evento, no Dia Internacional do Cooperativismo, foi promovido pelo Sistema OCB/GO e está disponível clicando aqui.
Para o campeão olímpico Tande, um esporte de equipe como o vôlei se assemelha muito, em sua essência, ao cooperativismo. “Essa pandemia está nos demonstrando como o cooperativismo está à frente no tempo, com essa preocupação de um ajudar o outro”, disse.
“E um esporte em equipe é exatamente isso. Às vezes um companheiro está com uma dificuldade no jogo e você tem que ajudar, pegar a parte dele. Eu posso ser um atacante, mas tenho que me capacitar e saber tocar porque a última bola do jogo pode cair em minhas mãos, tenho que me adaptar a situações adversas e estar o tempo inteiro prestando serviços para o todo”, comparou.
Tande, em sua palestra, passou como mensagem principal a importância das pessoas saírem da zona de conforto, citando como exemplo o Sistema OCB/GO. “Para isso, é preciso atitude. Em vez de esperar a pandemia passar, estamos aqui nos movimentando. Estão aí 25 mil cestas básicas sendo entregues à população carente. Se cada um faz um pouquinho, nós criamos uma situação melhor para o nosso País, para o retorno mais rápido da economia e das possibilidade de ajudar pessoas que precisam urgentemente de alimentos, de trabalho, e as cooperativas fazem isso com muita propriedade”, afirmou.
Em sua avaliação da Semana do Cooperativismo e da Campanha Dia C Goiás, Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, considerou positivos os resultados obtidos. “Aproveitamos bem essa semana que antecedeu o Dia Internacional do Cooperativismo, difundimos muita informação, divulgamos o modelo cooperativista e aproveitamos também para reforçar o papel institucional do Sistema OCB/GO, inclusive trazendo para o nosso evento o governador do Estado, Ronaldo Caiado, oportunidade em que ele se comprometeu com algumas causas do cooperativismo. Em todos os sentidos, foi muito produtiva esta semana”, frisou.
Luís Alberto lembrou que o vôlei se casa muito bem com o cooperativismo, por ser um jogo de equipe. “A conquista de um bom resultado depende da atuação e da união de todos. E isso tanto o esporte quanto o cooperativismo traduzem muito bem”, afirmou.
A programação da Semana do Cooperativismo termina neste sábado com a apresentação dos resultados da Campanha Dia C Goiás, que este ano traz o tema “A Fome Não Espera a Pandemia Passar” e, em seguida, com o show de samba do grupo Heróis de Botequim.
Dia de Cooperar
A Campanha Dia C Goiás (Dia de Cooperar) conseguiu este ano a adesão de 52 cooperativas goianas, um grande salto frente às 38 que participaram no ano passado. Na sexta-feira, 25 de junho, foi entregue a famílias em situação de vulnerabilidade social parte do volume arrecadado pelo Sistema OCB/GO. Cerca de 700 cestas foram distribuídas na Associação Centro de Atividades Comunitário Parque Santa Rita (ACAC), em Goiânia, que fez, juntamente com a equipe do Sistema OCB/GO, o repasse dos alimentos às famílias carentes cadastradas na entidade.
O trabalho contou com cerca de 1 mil voluntários, que se dedicaram à campanha. Para o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, o Dia C Goiás 2021 reforça o compromisso do cooperativismo com as causas sociais. “Sentindo a situação de extrema vulnerabilidade causada pela pandemia, principalmente relacionada à fome, e por meio do nosso chamamento, o Sistema se uniu às cooperativas e ajudou a minimizar o sofrimento dos mais carentes”, comemora.
O Dia C Goiás, comemorado simultaneamente ao Dia do Cooperativismo, no primeiro sábado de julho, está na oitava edição de uma campanha que só cresce em números e em solidariedade. Esse sentimento também motiva o engajamento dos colaboradores das empresas, aumentando a cada nova campanha essa corrente de solidariedade.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás diminui em quase 30% média móvel de casos por Covid-19 nos últimos 7 dias
Por Felipe Cardoso
Cenário positivo se repete quando observado todo o território nacional que não conta com nenhum estado brasileiro em “alta” de casos
A variação do número de casos por coronavírus em Goiás tem diminuído gradativamente ao longo das últimas semanas. Os dados se repetem quando observado todo o território nacional que não conta com nenhum estado brasileiro em “alta” de casos.
Em Goiás, especificamente, segundo as informações fornecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SESGO), o Estado tem registrado queda tanto na média móvel, quanto no número de novos casos diagnosticados no território goiano. A variação chega a -29,16%. No dia 21 de junho, por exemplo, a média móvel de casos era de 2.458 e o número de novos casos era de quase 4 mil (3.997). Já no último sábado, os números eram de 1.692 e 2.094, respectivamente.
A variação da média dos sete últimos dias em relação à média de duas semanas atrás no Brasil também traz números otimistas. Em um panorama geral, pode-se observar uma redução de 25% da média móvel de óbitos. No último dia 21 de junho, a média móvel de mortes por covid-19 era de 2.051. Já no último sábado, 3, o mesmo indicador apontava para 1.550.
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40% dos pacientes internados em hospitais públicos estão desnutridos, diz pesquisa
Por Felipe Cardoso
Dado tem sido usado para demonstrar, ao Governo Federal, a importância da aquisição de Terapia Nutricional Oral (TNO), um suplemento alimentar capaz de repor vitaminas ao corpo e auxiliar na recuperação do paciente
De acordo com o parecer técnico-científico elaborado pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (Braspen), 4 a cada 10 pacientes internados em hospitais públicos do Brasil apresentam quadro de desnutrição. Conforme mostrado pelo jornal O Globo, o dado tem sido usado para demonstrar, ao Governo Federal, a importância da aquisição de Terapia Nutricional Oral (TNO), um suplemento alimentar capaz de repor vitaminas ao corpo.
A pesquisa também mostrou que em ambulatório onde esse tipo de terapia é oferecida aos pacientes, são desenvolvidos melhores quadros de internação, bem como melhores condições de respostas imunológicas. Além disso, também foi observado que os pacientes passam a apresentar baixo risco de complicações cirúrgicas e infecciosas e menor probabilidade de desenvolvimento de lesões.
Conforme mostrado pelo O Globo, o TNO é um condimento industrializado que pode ser líquido, pastoso ou em pó. Ele deve ser preparado como bebidas ou adicionado à alimentação dos pacientes. Além de diminuir as chances de óbito, o estudo também revelou que, caso o SUS disponibilizasse o medicamento, haveria uma redução superior a 13% dos casos de reinternação em um período de 30 dias.
O jornal paulista mostrou ainda que a pesquisa foi realizada a partir da análise de 21 estudos nacionais e internacionais que abordam os benefícios da TNO tanto para os pacientes, quanto para os centros hospitalares. Cerca de 95,5% de todo o levantamento foi feito através da observação de pacientes clínicos e cirúrgicos, que tinham chances de apresentar desnutrição ou já estavam desnutridos.
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Novas remessas de vacinas ampliam meta do governo de imunizar a população acima de 18 anos até setembro
Por Luiza Lopes
Primeiro lote, com 76.050 imunizantes da Pfizer, chegou na madrugada neste sábado. Depois, desembarcaram em Goiânia, às 9h, 98.800 unidades da Janssen e, às 11h30, 98.750 do consórcio AstraZeneca/Fiocruz
O Governo de Goiás recebe, neste sábado , 03, três carregamentos com um total de 273.600 doses de vacinas contra a Covid-19, enviados pelo Ministério da Saúde (MS). O primeiro lote chegou, ao Aeroporto Internacional Santa Genoveva, em Goiânia, nesta madrugada (00h05), com 76.050 imunizantes Comirnaty, fabricados pelo laboratório Pfizer. Depois, desembarcaram também na capital, às 9h, 98.800 unidades da Janssen e, às 11h30, mais 98.750 do consórcio AstraZeneca/Fiocruz.
Os anúncios foram feitos pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), em rede social. Ele ressaltou, sobre o ritmo da campanha em Goiás, que “a vacinação avança” com o objetivo de, até setembro deste ano, atingir toda população com idade acima de 18 anos.
As vacinas da Pfizer serão todas destinadas para a primeira dose, as da Janssen são dose única, e os imunizantes da AstraZeneca/Fiocruz serão para aplicação do reforço. Assim que passarem pelo processo de conferência na Central Estadual de Rede de Frio, na capital, os imunobiológicos serão preparados para envio aos municípios.
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Assessoria de Comunicação