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DESTAQUES
Entenda reação à vacina contra Covid-19
Variante Lambda avança pela América do Sul e lança alerta para o Brasil
Covid-19: 1,7 mil mortes e 62,5 mil casos são registrados em 24 horas
Bolsonaro retira indicação de ex-chefe de gabinete de Ricardo Barros para comando da ANS
Vacinação faz cair taxa de transmissão
Variante Delta deixa Saúde em alerta
Saúde diz ter sido enganada por sócia da Precisa na gestão Barros
Empresário escondeu preço da Covaxin em reunião no ministério
Folha errou ao não considerar possíveis falhas de sistema com vacinas vencidas
Brasil pode ter apagão de dados sobre fatores de risco para a saúde
Pfizer cai de 94% para 64% contra delta, destacam jornais
Sociedade sugere 4 semanas entre vacina e mamografia
Variante delta: o que se sabe sobre os infectados no Brasil
Casal de pesquisadores brasileiros desenvolve teste para Covid mais rápido e barato que o PCR
Goiânia segue vacinando a 1ª dose contra a Covid-19 e antecipa aplicação da 2ª dose; veja calendário
Presidente do Ipasgo assume presidência de Conselho Nacional de Saúde
Covid-19: Goiás registra 2.853 novos casos e 47 mortes em 24 horas
Repasses de vacina do governo federal são insuficientes e atrasam imunização em Goiânia
TV ANHANGUERA
Entenda reação à vacina contra Covid-19
https://globoplay.globo.com/v/9666175/
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AGÊNCIA ESTADO
Variante Lambda avança pela América do Sul e lança alerta para o Brasil
Cepa atraiu atenção da OMS
São Paulo – A proliferação de casos da variante Lambda (C.37) pela América do Sul atraiu atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda não há estudos que comprovem a maior transmissibilidade dessa cepa do novo coronavírus, mas o aumento de casos e a baixa taxa de vacinação em áreas do continente onde essa mutação foi identificada preocupam autoridades de saúde.
No Brasil, por enquanto, três casos e uma morte já estão relacionados à cepa. No Peru, onde foi detectada pela 1ª vez em dezembro, a variante já representa 81% dos casos. Argentina e Chile também veem alta de contaminações. Classificada em junho como variante de interesse (VOI, na sigla em inglês) pela OMS, a Lambda já foi rastreada em 29 países. Entre as 20 nações latino-americanas, sete registraram a cepa.
Na Argentina, foi responsável por 37% dos casos detectados de fevereiro a abril. No Chile, representa 32% das ocorrências listadas nos últimos 60 dias. Os países da região, porém, não têm estrutura robusta de vigilância genômica. “A América Latina sequencia muito pouco. O Brasil é o país que mais sequencia na região e é pouco comparado a países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido”, afirma Rodrigo Stabeli, diretor da Fiocruz em São Paulo.
“A vigilância genômica é de extrema importância para entendermos o comportamento de infecção das variantes e fazer medidas de contenção”. Em números absolutos de casos, o Chile é líder mundial de notificações da Lambda. Segundo o Gisaid, banco online global de sequenciamentos com dados, são 840 registros. Na sequência, vêm Estados Unidos (621) e Peru (242). O Brasil registrou até agora dois casos em São Paulo e um terceiro, que resultou em óbito, no Rio Grande do Sul. O número, porém, pode ser maior.
“Não acredito que tenhamos só três casos”, diz o infectologista Alexandre Zavascki, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. “Não estou dizendo que se expandiu, mas quando quase casualmente detectamos a C.37, é possível, considerando que nas nossas fronteiras há grande entrada de pessoas vindo dessas regiões, que já tenhamos em algum grau mais casos que esses já reportados.” Segundo o governo do Rio Grande do Sul, a infecção em território gaúcho foi importada da Argentina. O pesquisador afirma ainda que a Gama – cepa predominante no território nacional (P.1), originalmente identificada em Manaus – pode ser um impeditivo para o avanço da Lambda. “Isso só saberemos monitorando”, diz Zavascki.
Contágio mais rápido ainda é alvo de estudos
Stabeli explica que a rápida dispersão da cepa por esses países ainda não confirma a hipótese de maior transmissibilidade. “Isso não significa que ela é mais agressiva ou mais letal”, afirma o também professor de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e consultor da OMS para genômica.
“O que a gente pode observar no Peru é que ela teve rápida dispersão, mas não podemos atribuir isso somente à variante, pode ser também reflexo de um comportamento da população.” No relatório que elevou a Lambda à VOI, a OMS afirmou que a variante é caracterizada por oito mutações na proteína spike, a coroa que liga o vírus à célula humana. O texto aponta que a Lambda tem sido associada a taxas substanciais de transmissão comunitária, com aumento de prevalência ao longo do tempo e de incidência de covid-19 nas regiões onde é detectada. Consideradas “incomuns”, são essas mutações que demandam maiores estudos e não permitem aos cientistas cravar um prognóstico sobre a variante.
“A diferença na C.37 é que as mutações na proteína spike são distintas das conhecidas nas variantes de preocupação até então”, afirma Zavaschi, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, que faz parte da equipe de pesquisadores que analisou o paciente infectado pela cepa no Sul do País. Os resultados estão em fase de pré-impressão e ainda precisam ser revisados por pares. Segundo Zavascki, algumas dessas mutações estão localizadas em sítios alvos dos anticorpos, o que abre a possibilidade para uma diminuição da afinidade com as vacinas.
“Tudo isso ainda está em potencial. Pode ser que a mutação modifique, mas, do ponto de vista funcional, não altere a capacidade do anticorpo aderir na região.” A classificação pela OMS, prossegue Stabeli, é justamente para chamar a atenção para a necessidade de mais estudos. País onde surgiu nova cepa, Peru é líder em mortes por 100 mil habitantes Recentemente, o Peru, país de surgimento da variante, se tornou líder mundial em mortes a cada 100 mil habitantes.
“Embora estejamos vendo algum alívio do vírus nos países do hemisfério norte, para a maioria dos países em nossa região o fim continua sendo um futuro distante”, afirmou a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne, na última quarta-feira, 30. A líder do braço da OMS nas Américas ressaltou que a América Latina, lar de apenas 8% da população global, é responsável por 20% dos casos mundiais de coronavírus. “Apesar deste quadro preocupante, apenas um em cada 10 na América Latina e no Caribe foi totalmente vacinado contra a covid-19. Uma situação inaceitável”, criticou.
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AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: 1,7 mil mortes e 62,5 mil casos são registrados em 24 horas
As autoridades de saúde registraram, em 24 horas, 1.780 novas mortes em decorrência da covid-19 e 62.504 novos casos da doença. Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada hoje (6), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde.
Com as novas mortes, desde o início da pandemia, o total de pessoas que morreram de covid-19 chegou a 526.892 e o número de casos chegou a 18.855.015.
Até esta terça-feira havia 1.065.477 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.262.646.
Estados
O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. No alto do ranking de mais mortes por covid-19 estão São Paulo (130.389), Rio de Janeiro (56.192), Minas Gerais (47.148), Rio Grande do Sul (31.867) e Paraná (31.692). Na ponta de baixo estão Acre (1.760), Roraima (1.763), Amapá (1.857), Tocantins (3.266) e Alagoas (5.450).
São Paulo também lidera entre as unidades da Federação com mais casos, com 3.809.222, seguido por Minas Gerais (1.836.198) e Paraná (1.235.914). Os estados que aparecem com menos casos são Acre (85.997), Roraima (113.758) e Amapá (118.068).
Vacinação
Conforme o painel do Ministério da Saúde sobre a operacionalização da campanha de imunização contra a covid-19, o Brasil, até agora, aplicou 107,1 milhões de doses de vacinas. Do total aplicado, 79,1 milhões foram da 1ª dose e 28 milhões com a 2ª dose e dose única.
Até o momento, foram entregues 143,2 milhões de doses.
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CORREIO BRAZILIENSE
Vacinação faz cair taxa de transmissão
Dados coletados pelo Imperial College mostram que índice atingiu o menor patamar em sete semanas e impactou na média móvel. Para especialistas e Ministério da Saúde, resultado foi obtido por meio do avanço da imunização da população contra a covid-19
» Maria Eduarda Cardim » Gabriela Bernardes*
Ainda com um patamar alto de notificações diárias do novo coronavírus, o Brasil começa a enxergar uma luz no fim do túnel no controle da pandemia da covid-19, ao ver alguns indicadores demonstrarem uma melhora. Um deles é a taxa de transmissão que, ontem, segundo levantamento do Imperial College, de Londres, atingiu o menor índice em sete semanas. O avanço na contenção do vírus é acompanhado da queda da média móvel de casos e óbitos. Para os especialistas e autoridades, essas diminuições de índices são um primeiro sinal dos efeitos da vacinação, que acelerou no país no último mês.
Segundo dados do Imperial College, os níveis de transmissão do novo coronavírus caíram para 0,91 no país nesta primeira semana de julho, o que significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 91. Na semana passada, esse índice era de 0,98. Dentro da margem de erro calculada, o Rt brasileiro atual pode variar de 0,88 a 0,95. O número atual é o menor em sete semanas (veja quadro ao lado).
A taxa de 0,91 aponta, ainda, para uma situação considerada controlada, já que está abaixo de 1, índice considerado de descontrole. No entanto, para se manter baixo e indicar um avanço contra a pandemia da covid-19, precisa estar alinhado com outros elementos, como números de novos casos e óbitos, taxa de ocupação de leitos, e dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
O cenário de queda das taxas também é visto quando se observa a média móvel de mortes e casos da covid-19 no país. Com os números diários dos últimos dias, a média dos últimos sete dias tem diminuído. Segundo a análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), essa variação está em 48.816 infecções e 1.558 mortes. Desde 23 de fevereiro, o país não registrava uma média móvel de casos menor do que 49 mil. Ao se observar a de óbitos, desde 9 de março o Brasil não via algo abaixo de 1600 mortes.
Cenário positivo
Os números demonstram uma melhora do cenário pandêmico brasileiro e, segundo especialistas, esse progresso pode ser observado como um primeiro sinal dos efeitos positivos da vacinação. O ponto foi ressaltado, ontem, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
No último mês, o país conseguiu ganhar ritmo e avançar na imunização. Apesar disso, até o momento, segundo dados do Ministério da Saúde, somente 28,1 milhões de pessoas estão totalmente vacinadas com as duas doses ou com a vacina da Janssen de dose única. Representa cerca de 17,7% dos brasileiros com mais de 18 anos, a população considerada vacinável.
Apesar de ainda estar longe da meta, a epidemiologista Ethel Maciel, pós-doutora pela Universidade Johns Hopkins e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), também acredita que são as vacinas que estão fazendo efeito e demonstrando os benefícios para a sociedade. A especialista, entretanto, afirma que o país não pode se descuidar das demais medidas de prevenção.
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Variante Delta deixa Saúde em alerta
Segundo os órgãos que monitoram a pandemia, a cepa do novo coronavírus identificada primeiramente na Índia ainda não foi encontrada no DF. Para especialistas, o sequenciamento genético realizado é pequeno para saber com rapidez o surgimento de mutações
SAMARA SCHWINGEL
Com a confirmação, em cinco estados brasileiros, da variante Delta do novo coronavírus — identificada primeiramente na Índia –, a capital do país está em alerta para um possível caso de infecção pela nova cepa. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, com apoio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) e da Universidade de Brasília (UnB), monitora os grupos do vírus em circulação no DF. Até o momento, as instituições, inclusive a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não detectaram nenhuma ocorrência da Delta na capital do país. Hoje, começa o atendimento das 40.018 pessoas com 44 anos ou mais que agendaram a vacinação contra a covid-19 durante o fim de semana.
Segundo a secretaria, o trabalho do Lacen-DF consiste em realizar o sequenciamento genético de amostras coletadas de testes RT-PCR selecionados pelo próprio laboratório. O projeto teve início em janeiro de 2021, e os primeiros resultados saíram em fevereiro. O laboratório sequenciou mais de 490 exemplares, e os resultados indicam que a variante P.1 é a predominante no Distrito Federal (veja Cepas no DF).
Segundo representantes da UnB, os pesquisadores podem realizar o sequenciamento de 25 a 30 amostras por semana, por meio de uma máquina que faz a leitura do material genético em tempo real. Para o professor Bergmann Morais, um dos cientistas à frente da pesquisa, a quantidade é pequena e, apesar de ajudar no monitoramento da pandemia, não identifica com tanta rapidez o surgimento de novas cepas. “Considerando que há 15 casos no país e um em Goiás, é possível que a Delta esteja no DF. Porém, até agora, não a identificamos em nenhuma amostra de testes”, reforça.
“Apesar disso, a vigilância é sempre necessária e precisa continuar acontecendo e crescendo, assim como a vacinação”, destaca Bergmann. O professor afirma que, caso a variante Delta seja encontrada, é importante trabalhar para isolar o paciente e a rede de contatos dele, para evitar que ela alcance a predominância no DF.
Impactos
O professor e virologista da UnB Fernando Lucas Melo explica que a variante Delta — considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — tem, pelo menos, duas mutações específicas na proteína que se liga à célula humana e aos anticorpos. Por isso, um descontrole dessa cepa pode levar o DF a uma nova explosão de casos e ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs). “Quando ela entra em contato com o corpo, os anticorpos não reconhecem mais a proteína, pois ela é diferente das que já estavam em circulação. Por isso, se não houver um controle epidemiológico e de vigilância, há a possibilidade de acontecer o mesmo que aconteceu quando a P.1 chegou”, diz.
Procurada, a Secretaria de Saúde afirmou que acompanha as ocorrências da covid-19 registradas no DF. “Todo caso suspeito de nova variante passa por monitoramento e sequenciamento genético”, informou a pasta por meio de nota. Até o momento, o órgão reforça que não há nenhum caso sob investigação ou confirmado.
Nas últimas 24 horas, o DF registrou 594 infecções pelo novo coronavírus e 10 mortes. A capital acumula 434.708 ocorrências e 9.322 óbitos pela covid-19. A taxa de transmissão do vírus segue em 0,92. A média móvel de casos chegou a 724,6, menos 13,5% do que o registrado há duas semanas. O indicativo médio de mortes é de 12,8, índice 33,7% menor do que o visto há 14 dias.
A rede pública de saúde, ontem, operava com 75,65% de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para o tratamento do novo coronavírus. Dos 422 leitos, 146 estavam ocupados, 47 livres e 229 bloqueados. Na rede particular, a ocupação era de 79,50%, sendo que das 271 unidades, 159 estavam com pacientes, 43 vagas e 69 bloqueados. Na fila, havia oito pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo Sars-Cov 2.
Vacinas
De acordo com estudos recentes, três das quatro vacinas contra a covid-19 em aplicação no DF são efetivas contra a variante Delta. A Public Health England, agência de saúde do Reino Unido, com mais de 14 mil casos analisados, mostrou que a Pfizer e a AstraZeneca protegem contra a Delta. A Universidade de Oxford confirmou os resultados. A produtora da Janssen, a Johnson & Johnson, afirmou que a vacina também é eficaz contra a cepa.
Atualmente, podem se vacinar na capital federal, por meio de agendamento, pessoas com 44 anos ou mais e pessoas com comorbidades a partir de 18 anos. Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), as vagas foram preenchidas no início desta semana e, hoje, começa a aplicação dos imunizantes nesse público. O GDF aguarda a chegada de uma remessa de vacinas para, então, ampliar o público da campanha. Não há confirmação do Ministério da Saúde sobre quantidade ou data de chegada de mais doses à capital federal, mas a expectativa é de que, com o novo lote, seja possível contemplar mais faixas etárias.
A professora Mary Aune, 41 anos, moradora do Paranoá, aproveitou o momento da vacina para celebrar e se divertir. Acompanhada de um fantoche jacaré feito com materiais recicláveis como caixa de leite, caixa de ovos e papel, ela destaca a alegria de ser imunizada. “Todo mundo está querendo virar jacaré e, embora seja uma brincadeira, é um privilégio poder se vacinar. Aqui em casa, por exemplo, meu marido e minhas filhas ainda não foram imunizados”, relata. Mary pontua a importância de valorizar a ciência. “É impressionante como fomos bem recebidos, com uma equipe muito bem preparada. Claro que a nossa expectativa é de que mais pessoas sejam vacinadas no DF e em todo o Brasil, pois o país sofreu muitas perdas, inclusive pessoas próximas da nossa família e amigos. Mas, finalmente, começamos a enxergar uma luzinha no fim do túnel”, ressalta.
Ontem, o DF vacinou 18.758 pessoas com a primeira dose (D1), 1.361 com a D2 e 431 com a Janssen, de dose única. A capital soma 1.046.750 aplicações da D1, 347.688 da D2 e 16.402 da Janssen.
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FOLHA DE S.PAULO
Bolsonaro retira indicação de ex-chefe de gabinete de Ricardo Barros para comando da ANS
Paulo Rebello Filho havia sido indicado em dezembro para chefiar Agência Nacional de Saúde Complementar
Daniel Carvalho
Em meio a denúncias de irregularidades na contratação de vacinas envolvendo o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o presidente Jair Bolsonaro retirou nesta terça-feira (6) a indicação para que um ex-chefe de gabinete do deputado assumisse a presidência da ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar).
Paulo Roberto Vanderlei Rebello Filho, atual diretor de Normas e Habilitação das Operadoras na ANS, havia sido indicado por Bolsonaro para exercer o cargo de diretor-presidente da agência em dezembro do ano passado e teria seu nome apreciado pelo Senado nesta semana.
Além de ter trabalhado como chefe de gabinete de Barros, quando o deputado foi ministro da Saúde do governo Michel Temer (MDB), Rebello também tem parentesco com um petista, o vereador no Rio de Janeiro Lindbergh Farias, que já foi senador.
Além de Barros, Rebello é ligado a outros nomes do PP, como o deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), e trabalhou com Gilberto Occhi nos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.
A retirada da indicação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta terça-feira.
“Solicita ao Senado Federal a retirada de tramitação da Mensagem nº 739, de 14 de dezembro de 2020, referente à indicação do Senhor PAULO ROBERTO VANDERLEI REBELLO FILHO, para exercer o cargo de Diretor-Presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, na vaga decorrente do término do mandato de Leandro Fonseca da Silva”, diz a mensagem 332, publicada como “despacho do presidente da República”.
A Folha procurou Rebello no fim da tarde, quando ele disse ainda não ter conhecimento de que haveria um recuo em relação à sua indicação. No fim da noite, com a publicação da mensagem, ele foi novamente procurado, mas não se manifestou.
Em 25 de maio, Barros publicou em uma rede social foto com Rebello, já se referindo a ele como “presidente da ANS”.
“Paulo Rebello, presidente da ANS, na Câmara dos Deputados, para agir em sua brilhante função na Agência Nacional de Saúde Suplementar”, diz a mensagem do líder do governo na Câmara.
Este não é o primeiro nome ligado a Barros a ser sacrificado nos últimos dias.
Roberto Ferreira Dias foi exonerado da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde em 29 de junho, logo depois de a Folha publicar entrevista com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, policial militar de Minas Gerais que diz ter recebido de Dias pedido de propina de US$ 1 por dose para negociar vacinas com o governo Bolsonaro.
Já a existência de denúncias de irregularidades em torno da vacina indiana Covaxin foi revelada pela Folha no dia 18 de junho, com a divulgação do depoimento sigiloso do servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal.
Em entrevista à Folha, o irmão dele, deputado Luis Miranda (DEM-DF), disse que Dias é quem dava as cartas no setor das compras do ministério. “Nada ali acontece se o Roberto não quiser.”
Dias prestará depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (7) para explicar o suposto pedido de propina e destrinchar dúvidas sobre aquisições da pasta durante a pandemia, especialmente a da Covaxin, alvo também da Procuradoria e do TCU (Tribunal de Contas da União).
Admitido em concurso público destinado a civis, Dias trabalhou até 2009 como controlador de voo no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), quando se candidatou e foi aceito para o cargo de assessor de investimentos em uma corretora de Curitiba, a CWBX.
Por cerca de dois meses, chegou a acumular as duas funções -controlador de tráfego aéreo e assessor de investimentos-, mas acabou optando pelo trabalho no mercado financeiro.
Em 2011, Dias deixou a CWBX e fundou, com um amigo, a Dax Cred Assessoria de Crédito e Cobrança. A parceria durou menos de um ano.
Com o fracasso da empreitada, prestou concurso público para a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), sendo aprovado para vaga reservada a afrodescendentes em fevereiro de 2012. Admitido como auxiliar administrativo, ele ocuparia a gerência dois anos depois.
Em fevereiro de 2015, o ex-deputado Abelardo Lupion (DEM-PR) assumiu a presidência da Cohapar, onde diz ter conhecido Dias. À época, o governador do Paraná era Beto Richa (PSDB). Sua vice era Cida Borghetti (PP), esposa de Ricardo Barros.
Cida assumiu o Governo do Paraná em abril de 2018, quando Richa deixou o cargo para uma mal sucedida candidatura ao Senado.
Para a Secretaria de Infraestrutura, ela convidou Lupion, que, por sua vez, nomeou Dias para sua chefia de gabinete. No dia 13 de junho daquele ano, Dias foi alçado ao cargo de diretor de logística da secretaria, chegando a participar de eventos ao lado de Cida.
Muito amigo do ministro da Secretaria-Geral da Presidência Onyx Lorenzoni, padrinho de casamento de seu filho, Lupion foi um dos articuladores da campanha presidencial de Bolsonaro no Paraná em 2018.
Com a vitória e a posse de Onyx na Casa Civil, no ano seguinte, Lupion passou a ocupar uma assessoria especial da Presidência e, posteriormente, a secretaria Especial de Relacionamento Externo da pasta.
Na função de assessor especial, Lupion foi consultado pelo então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre indicações para o Departamento de Logística. Sugeriu o nome de Dias, que também recebeu apoio de Barros.
Com a saída de Onyx da Casa Civil em fevereiro de 2020, Lupion foi transferido para a Saúde, para assessoramento de Mandetta no enfrentamento da pandemia. Dois meses depois, Mandetta foi exonerado, e Lupion também deixou o ministério.
Dias, porém, foi mantido, sobrevivendo aos três sucessores de Mandetta.
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Saúde diz ter sido enganada por sócia da Precisa na gestão Barros
Global Gestão em Saúde usou ‘expedientes obscuros’ em 2017, afirma pasta
Mateus Vargas
BRASÍLIA – O Ministério da Saúde apontou que o mesmo grupo empresarial que vendeu a vacina indiana Covaxin na pandemia de Covid-19 havia enganado o governo federal em um negócio de R$ 20 milhões feito em 2017 por medicamentos jamais entregues.
O contrato foi firmado quando o ministro era Ricardo Barros, hoje deputado (PP-PR) e líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, com a empresa Global Gestão em Saúde -sócia da Precisa Medicamentos, representante da Covaxin no Brasil.
Em 2019, quando cobrou devolução da verba, a Saúde disse que a Global havia usado ‘expedientes procrastinatórios e obscuros’ e induzido o governo a acreditar que os medicamentos seriam entregues.
As afirmações da pasta estão registradas em processo obtido pela Folha que trata da devolução dos valores recebidos pela empresa. A Saúde diz que R$ 2, 8 milhões foram ressarcidos desde 2018.
O processo mostra irritação do ministério com a empresa. Técnicos da pasta apontaram ‘perplexidade’ com a ‘desfaçatez’ de uma tentativa da Global de dividir em 60 vezes o reembolso e aliviar a dívida via consultoria ao governo. O combinado era pagar em quatro parcelas.
Para a Saúde, a empresa descumpriu sistematicamente suas obrigações contratuais e só fez esforços para garantir o pagamento antecipado dos produtos não entregues.
‘Ademais, a negociação feita com condição excepcional de pagamento antecipado também nos faz crer, pelo conjunto de elementos nos processos, pela reiterada e sistemática prática protelatória e desidiosa, que intencionalmente essa empresa, sem lastro logístico, operacional e jurídico, que lhe amparasse na execução do objeto contratual, engendrou esforços tão somente em angariar o recebimento dos quase 20 milhões de reais’, escreveu a área técnica da pasta em fevereiro de 2019.
Barros, a Global e servidores da Saúde à é poca respondem a ação de improbidade por causa dos remédios não entregues. O MPF (Ministério Público Federal) diz que houve favorecimento à empresa.
O caso da Global entrou no radar da CPI da Covid no Senado por causa das possíveis irregularidades na compra da Covaxin. Os congressistas querem saber se o mesmo grupo foi beneficiado tanto em 2017 como agora na pandemia, e se houve participação de Barros nas duas compras.
Presidente da Global, Francisco Emerson Maximiano, conhecido como Max, também é sócio da Precisa. Ele será ouvido pela CPI, mas poderá ficar em silêncio por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).
Max assina os principais documentos tanto na negociação da Global como da Precisa com o ministério.
A existência de denúncias de irregularidades em torno da Covaxin foi revelada pela Folha no dia 18 de junho, com a divulgação do depoimento sigiloso do servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda ao MPE.
Ele e seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disseram à CPI que alertaram Bolsonaro sobre as supostas irregularidades.
Já a compra da Global foi um dos contratos fechados pela gestão de Barros com distribuidoras de medicamentos que não eram representantes das fabricantes. A sócia da Precisa foi a única que recebeu o valor antecipadamente.
O então ministro do governo Michel Temer (MDB) alegava que a ideia era quebrar o monopólio das grandes farmacêuticas e cortar despesas da Saúde, mas os medicamentos não foram entregues.
Na ação em que Barros é réu, o MPF aponta que ao menos 14 pacientes de doenças raras morreram e centenas tiveram piora no quadro de saúde pelos ‘atrasos injustificados’ das empresas contratadas.
Barros culpava a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pelo fracassos nas entregas. Para ele, o órgão brecou importações para favorecer as empresas.
Já a agência rebateu os argumentos do então ministro e afirmou que a documentação exigida era um escudo para impedir a entrada de medicamentos falsos no Brasil.
Barros chegou a orientar que pacientes fossem à Justiça contra a Anvisa. O ministro repetiu a briga com a agência durante a pandemia, quando a acusou de travar a liberação de vacinas contra a Covid.
Apesar de receber antecipadamente e não entregar os medicamentos, a Global só foi punida em 2018, com a suspensão de licitar por três meses.
No fim de junho deste ano, porém, o ministério aplicou multa de R$ 544 mil à Tuttopharma, outra distribuidora contratada no mesmo período e que também não cumpriu com o prometido.
A rescisão amigável do contrato coma Global foi criticada em junho de 2020 pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde. O setor afirmou que havia ‘diversas irregularidades’ no negócio, mas cinco meses depois a pasta abriria negociação com a Precisa para a compra da Covaxin.
Em março, a área técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou que o fato de a Global ser ré pelo contrato de 2017 não impede a sua sócia, Precisa, de vender a Covaxin ao governo.
‘Esses graves episódios em que estão envolvidas as empresas citadas exigem cautelas redobradas da administração pública, especialmente no que diz respeito à gestão e à execução do contrato firmado’, ponderou a Secretaria de Controle Externo da Saúde do tribunal.
Barros nega qualquer favorecimento à Global ou participação na compra da Covaxin. Ele pede para ser ouvido o quanto antes pela CPI para apresentar a sua versão.
‘Não participei de qualquer negociação para a compra desse produto. O dono da Global já informou que a ultima vez que nos encontramos foi quando eu era ministro’, disse Barros, em nota.
Procurada, a Global não se manifestou.
Nos diálogos com a Saúde desde 2017, a empresa apresentou cartas alegando que se esforçou para entregar os medicamentos, mas foi boicotada pela indústria farmacêutica e gela Anvisa.
‘Entendemos que estávamos envolvidos em uma teia que visava apenas atrasar nossos objetivos, buscando aumentar a pressão por conta dos prazos e assim fazer com que desistíssemos’, disse a empresa ao ministério em setembro de 2018, quando propôs a rescisão do contrato.
“Não participei de qualquer negociação para a compra desse produto. O dono da Global já informou que a ultima vez que nos encontramos foi quando eu era ministro”
Ricardo Barros – deputado federal (PP-PR) e líder do governo na Câmara
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Empresário escondeu preço da Covaxin em reunião no ministério
Servidores da Saúde cobraram do dono da Precisa valor da dose do imunizante durante encontro em 12 de janeiro
Ricardo Della Coletta e Vinicius Sassine
BRASÍLIA – O dono da empresa brasileira que fez a intermediação da vacina indiana Covaxin escondeu, durante reunião no Ministério da Saúde, o preço do imunizante e manifestou ‘desconforto em informar valores’, no mesmo momento em que a empresa fabricante na Índia, a Bharat Biotech, apresentava diretamente à pasta uma quantia a ser praticada: US$ 15 por dose.
A Folha obteve um memorando de uma reunião feita em 12 de janeiro na pasta, com a participação de Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, e técnicos do ministério.
No encontro, os técnicos cobraram de Maximiano uma posição sobre o preço da vacina, uma informação que já havia sido solicitada e não fora fornecida, ainda de acordo como memorando.
A ata registra que o empresário manifestou ‘desconforto em informar os valores, na medida em que os custos para desenvolver os Fases III é elevado e que poderia impactar no valor final das doses (sic)’.
O relato da reunião foi encaminhado ao Congresso a partir de um requerimento de informação da deputada Adriana Ventura (Novo-SP).
As suspeitas de irregularidades no contrato de compra da vacina Covaxin passaram a ser o principal foco da CPI da Covid no Senado após a Folha revelar, no dia 18 de junho, a existência e o teor do depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde, ao MPF (Ministério Público Federal).
O servidor e seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), confirmaram à CPI a mesma afirmação de pressão atípica para liberação de importação da vacina.
O congressista ainda relatou ter avisado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas em encontro no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. O chefe do Executivo passou a ser alvo de inquérito da PGR (Procuradoria-Geralda República) sob suspeita de prevaricação.
O memorando da reunião realizada no Ministério da Saúde registra que os técnicos da pasta alertaram Maximiano que era ‘importante a informação do valor por dose para avançar nas negociações e que a empresa já havia se comprometido em informar o valor em reunião ocorrida previamente’.
Naquele mesmo dia 12 de janeiro, o diretor-executivo da Bharat Biotech, Krishna Mohan, enviou um ofício ao então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco, com uma oferta de vacinas, em uma tratativa direta e sem menção à Precisa Medicamentos.
No ofício, Krishna informou o valor da dose, US$ 15, e disse que 12 milhões de vacinas poderiam ser entregues até 31 de março, desde que o ministério desse o ‘ok’ para o negócio até 15 de janeiro. Já seriam providenciados 2 milhões de doses até 31 de janeiro, segundo o ofício do executivo do laboratório indiano.
Com a intermediação da Precisa, o contrato foi assinado em 25 de fevereiro; o preço cobrado foram os mesmos US$ 15, tornando a Covaxin a mais cara vacina contra Covid adquirida pelo governo federal. Até agora, nenhuma dose do imunizante foi entregue, em desrespeito ao contrato.
Por duas vezes, a Precisa tentou garantir um pagamento antecipado de US$ 45 milhões, o que também não consta em contrato. O depósito não foi efetivado.
O valor total do contrato, para 20 milhões de doses, é de R$ 1, 61 bilhão. O dinheiro está reservado no Orçamento desde 22 de fevereiro, com a emissão de uma nota de empenho, que autoriza o gasto.
No dia 29 de junho, em meio às suspeitas de irregularidades que rondam o negócio, o governo Bolsonaro decidiu suspender o contrato.
Autora do requerimento de informações, a deputada Adriana Ventura afirma que as informações desencontradas sobre valores do imunizante mostram que faltam explicações para o negócio.
‘Em nenhuma negociação, principalmente envolvendo bilhões de reais, deve haver ‘desconforto’ para tratar de valores. O preço já estava dado na reunião anterior [US$ 10, em novembro] e esse desconforto’ não foi empecilho para o Ministério da Saúde continuar negociando com a empresa Precisa’, diz Adriana.
‘Por fim, não existe nos registros das reuniões nenhuma discussão sobre o aumento do preço para US$ 15. Há muito o que explicar’, afirma ela.
Ainda na reunião realizada no dia 12 de janeiro, de acor do com o memorando, Maximiano questionou os técnicos da Saúde sobre a possibilidade de alteração em uma medida provisória editada pelo governo para facilitar a importação de vacinas.
O dono da Precisa queria que a agência indiana de regulação sanitária fosse incluída norol de órgãos reguladores internacionais que poderiam servir de base para a concessão, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de autorização excepcional e temporária de impor tação de vacina.
Em 3 de fevereiro, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros (PP-PR), apresentou uma emenda para estabelecer que insumos e vacinas aprovadas pela agência reguladora indiana (Central Drugs Standard Control Organization) obtivessem também a aprovação emergencial na Anvisa.
Essa redação da MP acabou aprovada e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Barros, segundo depoimento do deputado federal Luis Miranda, foi citado por Bolsonaro no momento em que foi feito o relato sobre supostas irregularidades envolvendo o contrato da Covaxin. O presidente atribuiu as suspeitas a seu líder na Câmara, conforme depoimento de Miranda à CPI da Covid.
Também na mesma reunião realizada em janeiro, os funcionários do Ministério da Saúde perguntaram a Maximiano sobre os registros sanitários da Covaxin. O empresário respondeu que, até aquele momento, o imunizante só tinha recebido a autorização de uso emergencial na Índia, mas que estava buscando a aprovação junto às autoridades americanas e europeias.
A CPI da Covid investiga a pressa com que o ministério celebrou o contrato coma Precisa, enquanto outras aquisições, como a da Pfizer, ocorreram em ritmo bem mais lento.
Na semana passada, o Ministério Público Federal instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar as suspeitas de crime no contrato de compra da Covaxin.
A Polícia Federal também instaurou inquérito para investigar as suspeitas.
Maximiano foi convocado para depor na CPI. Depois de obter um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) que lhe garantiu o direito a ficar em silêncio na comissão, ele teve o depoimento adiado. Ainda não há nova data.
A Precisa Medicamentos afirmou ter sido transparente e seguido a legislação ao negociar a Covaxin. Ela nega ter existido qualquer vantagem ou favorecimento.
‘A Precisa informa que as tratativas entre a empresa e o Ministério da Saúde seguiram todos os caminhos for
Preço de cada dose de vacinas contratadas
COVAXIN
US$15 (R$ 80,70)
SPUTNIK V
R$ 69,36
CORONAVAC
R$ 58,20
PFIZER
US$10 (R$ 56,30)
JANSSEN
US$ 10 (R$ 56,30)
ASTRAZENECA/OXFORD
US$ 3,16 (R$19,87)
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Folha errou ao não considerar possíveis falhas de sistema com vacinas vencidas
Reportagem apontou problemas no processo de vacinação e no registro de informações
Reportagem da Folha sobre vacinas vencidas errou ao não deixar claro, em sua primeira versão, publicada na sexta-feira (2), que os registros de 26 mil doses aplicadas fora do prazo de validade poderiam decorrer de erros do sistema do Ministério da Saúde.
Assim, o título original publicado no site (‘Milhares no Brasil tomaram vacina vencida contra a Covid; veja se você é um deles’) foi alterado para uma formulação mais precisa: ‘Registros indicam que milhares no Brasil tomaram vacina vencida contra a Covid; veja se você é um deles’. Na edição impressa do sábado (3), o título publicado já contemplava a mudança realizada nas plataformas digitais.
Alterações da mesma natureza foram feitas no texto e nos infográficos da reportagem.
A diferença entre as versões é que, na primeira, estava embutida a suposição de que os dados do Data SUS constituem retrato fiel da realidade, ao passo que, na segunda, não há essa suposição.
Ainda assim, a reportagem apontou um problema real. Tanto que, após sua publicação, algumas cidades anunciaram processos de revacinação devido à aplicação de doses fora do prazo de validade. Outros municípios já haviam adotado o mesmo procedimento por conta própria semanas ou meses antes da reportagem.
Além disso, o fato de o sistema oficial conter falhas na inserção dos registros não significa que essas sejam as únicas falhas. Uma vez identificados os problemas, as prefeituras deveriam proceder à checagem ativa de todos os casos identificados pela Folha.
Por esse motivo, a reportagem publicou de forma clara os lotes envolvidos, suas respectivas datas de validade e os postos de vacinação que, segundo o sistema oficial, teriam feito as aplicações de doses vencidas.
Com base nessas informações, prefeituras e cidadãos podem checar se foram vacinados de forma adequada. Se o problema for do sistema, basta corrigi-lo; se a dose aplicada estava vencida, então é preciso seguir o protocolos ore erro vacinal. A pessoa deve procurar um posto de saúde para orientações e acompanhamento e deve ser revacinada pelo menos28 dias após a primeira dose.
O PNI (Programa Nacional de Imunização) e o Ministério da Saúde, por sua vez, precisam se manifestar sobre os dados de vacinas vencidas, considerados quebra de protocolo da vacinação. O programa é responsável por coordenar a imunização no país e a distribuição das vacinas. Cabe ao ministério acompanhar os dados oficiais e definir semanalmente orientações e recomendações às prefeituras e estados.
Os registros sobre as 26 mil vacinas vencidas no Brasil foram extraídos das bases de dados oficiais. Cada pessoa imunizada é registrada nessa plataforma com um código no campo ‘identificação do paciente’. Não se sabe quem é essa pessoa, porque os dados pessoais são protegidos por lei, mas se sabe que é uma pessoa e tudo o que aconteceu com ela: dose recebida, onde, lote e data da vacinação.
Para trabalhar com essa informação, o primeiro passo foi localizar os casos de ‘identificação do paciente’ duplicados na base, que foram excluídos.
Em seguida, foram selecionadas somente as doses de AstraZeneca, vacina que começou a ser aplicada no país em janeiro e tem validade de seis meses (metade do prazo de validade da Coronavac, que ainda não teve nenhum lote vencido).
Em outra base, a da Sala de Apoio de Gestão à Estratégica (Sage) do Ministério da Saúde, estão informações sobre a validade dos lotes das vacinas.
Na Sage, há uma relação de ordens de fornecimento e notas fiscais de distribuição das vacinas contra Covid pelo Ministério da Saúde aos estados com a identificação dos lotes, data de recebimento, data de validade do lote e quantidade distribuída. A data de validade de todos os lotes de AstraZeneca foi levantada e inserida em um banco de dados.
As informações, então, foram cruzadas de modo a comparar a data de validade dos lotes com a data de aplicação das doses. Isso foi feito a partir do campo ‘vacina data aplicação’, que corresponde ao dia da imunização, e não do campo ‘data importação’, que se refere ao dia em que os dados foram importados para o sistema.
Em 26 mil casos, a data da vacinação com AstraZeneca era posterior à data de validade do lote. A extração de dados do DataSUS foi realizada em 20 de junho, referente a dados sobre a vacinação até o dia anterior.
Todo o processo de coleta, limpeza, cruzamento, análise e verificação dos dados levou cerca de três semanas.
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Brasil pode ter apagão de dados sobre fatores de risco para a saúde
Edição de 2020 de pesquisa do governo não foi divulgada e não houve licitação para a de 2021
Além das mais de 524 mil vidas perdidas pela doença do coronavírus, do desemprego alarmante e da queda de quase 50% nas consultas de atenção primária, a pandemia da Covid pode trazer ainda falhas no sistema de informação do Ministério da Saúde sobre fatores de risco para a saúde e, assim, levar a um apagão desse tipo de dado de 2019 a 2021.
Isso porque o Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 2020, uma das pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde para colher informações sobre a saúde da população, incluindo consumo de bebidas alcóolicas e de cigarro, não foi divulgado até agora. Tampouco foi fechado contrato para a pesquisa de 2021 até o momento.
A pesquisa, criada em 2006, tem como objetivo indicar os principais fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (NCDs, na sigla em inglês) a partir do perfil da população brasileira nos 26 estados e no Distrito Federal, traçado por meio de entrevistas telefônicas.
Sua relevância é, principalmente, na formulação de políticas públicas de combate ao tabagismo, ao consumo excessivo de álcool, à falta de atividade física e à desnutrição, além de ajudar a avaliar o avanço do país no Plano de Ações Global para a Prevenção e Controle das NCDs, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com a previsão de entrevistar mais de 27 mil pessoas até junho do ano passado, a última edição, cujos resultados ainda não foram divulgados, conseguiu ouvir apenas metade do esperado, de janeiro a abril, em um período em que a pandemia ainda estava no começo no país -sem refletir, assim, a mudança drástica comportamental dos brasileiros no último ano.
Para Deborah Malta, pesquisadora e professora da Escola de Enfermagem da UFMG e ex-coordenadora do Vigitel de 2006 a 2015, a falta da pesquisa referente a 2020 deixa um vazio de informações de saúde da população no período da quarentena por parte do poder público.
Malta diz que durante os anos que coordenou o programa, as licitações feitas com as empresas contratadas para realizar os inquéritos telefônicos duravam cinco anos, e que ao sair, em 2015, sua equipe deixou pronta a licitação para realização de 2015 a abril de 2020, mas que em 2020 era esperado um novo contrato.
‘Fazer uma licitação demanda tempo e organização, porque é preciso lançar o plano de ação e o edital com pelo menos um ano de antecedência. Normalmente, o preço da pesquisa era mantido nos editais com o ajuste da inflação. O que ocorreu em 2019 foi que o Ministério lançou o edital com o preço unitário de pesquisa em um valor 80% menor do que o gasto no ano anterior, inviabilizando a realização da pesquisa’, afirma. ‘Ou seja, a licitação ou não ia ter concorrentes, porque era impossível realizar com esse valor, ou ia levar uma empresa que não pudesse realizar e o contrato seria cancelado. E foi isso que ocorreu.”
Malta e outros pesquisadores da UFMG, Fiocruz e Unicamp se uniram para realizar uma pesquisa virtual sobre os comportamentos da população adulta durante a pandemia. De abril a maio de 2020, foram ouvidas cerca de 45 mil pessoas com mais de 18 anos.
Dados do estudo divulgado ainda em 2020 apontaram que mais de um terço dos fumantes aumentou o consumo de cigarros durante a pandemia. O consumo de álcool também apresentou aumento de 18%.
‘Todos os indicadores de NCDs tiveram piora: aumentou o consumo de cigarro e de álcool, reduziu-se a atividade física pela metade, aumentou o sedentarismo, alimentação também piorou… O que nos dá uma perspectiva muito ruim para as doenças crônicas nos próximos anos’, afirma a pesquisadora.
Ser portador de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade e hipertensão, é considerado um fator de risco para doenças infecciosas, como a Covid. Por essa razão, colher esses dados seria essencial até mesmo para a pasta programar e avaliar as medidas de prevenção nesse grupo para a condução da própria pandemia.
Segundo apurou a Folha, o Ministério da Saúde buscou um acordo com a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde, braço da OMS nas Américas) para realizar o Vigitel 2021, mas esse contrato ainda não foi firmado.
Em nota enviada à Folha, a pasta da saúde diz que os dados do Vigitel 2020 estão em processo final para publicação e se encontram disponíveis no site do Ministério da Saúde para análise técnica e consulta de gestores e especialistas da área.
Em relação à edição de 2021, a pasta informou que um novo processo de licitação está em andamento, mas não deu detalhes. Afirmou também que “o Ministério da Saúde compromete-se a manter a série histórica da pesquisa e dotar o país de informações relevantes para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco na população”.
Além do Vigitel, o ministério realiza a cada três anos uma pesquisa chamada Viva (Vigilância de Acidentes e Violências), com dados das unidades de pronto atendimento (UPAs) e PenSe (Pesquisa Nacional de Saúde Escolar). A última pesquisa Viva foi feita em 2017, e não foi realizada a edição em 2020.
‘A nossa pesquisa apontou que as pessoas pararam de se consultar e de procurar serviços de saúde, exames, até cirurgias programadas foram reduzidas. Ocorreu ainda aumento do desemprego e redução da renda. Outras pesquisas apontaram o aumento da insegurança alimentar das famílias. E esse cenário é muito ruim para o país.”
A Pesquisa Nacional de Demografia em Saúde, coordenada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, que colhe dados de crianças e mães a cada dez anos, também está atrasada e não é realizada desde 2006. ‘Perdemos aí informações importantes sobre crescimento e desenvolvimento, monitoramento de indicadores das crianças e dos jovens, desnutrição e obesidade’, diz.
Em contrapartida, o IBGE realizou no último ano a Pnad-Covid-19, que trouxe informações importantes, principalmente sobre desemprego e perda do poder aquisitivo durante a pandemia. Para Malta, firmar parcerias com o IBGE para outras pesquisas seria uma forma de manter os estudos sobre agravos de saúde, violência e fatores de risco para NCDs nos próximos anos.
‘As pesquisas de indicadores de saúde precisam de sustentabilidade e planejamento a longo prazo. Espero que em breve isso seja reparado para o Brasil não perder essa informação valiosa’, diz.
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Pfizer cai de 94% para 64% contra delta, destacam jornais
Nelson de Sá
Jornais econômicos, Wall Street Journal e Financial Times levam ao alto de suas páginas iniciais que a “Pfizer é menos efetiva contra variante delta”. Também a Bloomberg.
Mais precisamente, no texto mais lido do FT ao longo do dia, “dados de estudo israelense sugerem 64% de contenção da infecção entre aqueles totalmente inoculados”.
E no WSJ, “a vacina protegeu de infecção 64% das pessoas inoculadas durante um surto da variante delta, abaixo dos 94% anteriores, de acordo com o Ministério da Saúde de Israel”.
Por outro lado, embora tenha caído, a vacina continua com efetividade alta, 93%, na prevenção de sintomas graves e mortes.
A notícia foi adiantada pelo site do Yedioth Ahronot, de Tel Aviv, que depois acrescentou que “o Ministério da Saúde confirmou que a vacina Pfizer foi só 64% eficaz na prevenção de infecções”. Seu destaque agora é que “Israel supera 500 casos de Covid pela primeira vez em meses”.
MENOS SANÇÕES? No WSJ, ‘Biden deve moderar uso de sanções como armas pelos EUA, dizem autoridades’. Uma revisão pelo novo governo, já quase pronta, conclui que elas ‘tiveram sucesso em empurrar Irã e Venezuela para contrações econômicas, mas a pressão não produziu mudanças substantivas dos adversários’. Segundo o jornal, as sanções começaram a ser retiradas ‘nas últimas semanas’, em casos isolados dos dois países.
VENEZUELANOS, NÃO O site The Intercept noticiou e a Bloomberg confirmou que parte dos pagamentos da Venezuela ao Covax foi negada por bancos, alegando sanções impostas pelos EUA, e comisso ela é agora ‘o único país da América do Sul que não recebeu’ vacinas do consórcio da Organização Mundial da Saúde. O governo começou a usar o imunizante cubano Abdala, mas entidades de médicos venezuelanos passaram a ‘instar as pessoas a não tomar’.
ALIADOS, SIM Samantha Power, que comanda a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (Usaid), anunciou em mídia social que Washington enviou vacinas via Covax para Honduras, Colômbia, Equador e Peru -e deverá enviar ainda para Paraguai e outros. Honduras e Paraguai vinham ameaçando publicamente trocar as relações diplomáticas com Taiwan pelas vacinas chinesas.
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O ESTADO DE S.PAULO
Sociedade sugere 4 semanas entre vacina e mamografia
Reação comum pode levar a erros de diagnóstico; carteiros e bancários terão prioridade de imunização
Mariana Hallal
Mulheres que fazem mamografia de rotina devem realizar o exame antes de tomar a vacina contra a covid-19 ou quatro semanas após a segunda dose. A recomendação é da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que alerta para possíveis confusões entre uma reação comum ao imunizante e sintomas de câncer de mama.
Vilmar Marques, presidente da SBM, explica que a vacina é a inoculação de uma partícula que cria um processo inflamatório, podendo causar reação local e regional. A reação local é percebida horas após a vacinação, quando o braço fica vermelho, duro e inchado. A reação regional está ligada à inflamação dos linfonodos. Se a vacina é aplicada no braço, isso pode se refletir na axila ou na região cervical, surgindo ‘caroços’ nessas regiões. ‘É algo comum e acontece com várias outras vacinas. Nada mais é do que uma resposta do seu organismo’, diz Marques.
De acordo com a entidade, a linfonodopatia axilar foi relatada por 11,6%das pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 da Moderna, imunizante não usado na campanha de vacinação no Brasil, mas que tem sido aplicado em maior quantidade nos Estados Unidos. Outras vacinas que provocam uma resposta imune forte como a do sarampo e a da influenza podem levar à reação. ‘Se a paciente apresentar uma linfonodopatia axilar ou cervical logo após a vacina, isso muito provavelmente é uma reação ao imunizante’, diz o presidente da entidade. A recomendação para que mulheres façam mamografia antes da vacinação ou quatro semanas após a segunda dose é para evitar erros no diagnóstico.
Carteiros. O Ministério da Saúde anunciou na tarde desta terça-feira a inclusão de bancários e funcionários dos Correios na lista de prioridade para vacinação contra a covid-19. O governo não explicou como a vacinação vai funcionar, mas prometeu lançar nota técnica sobre o assunto ‘nos próximos dias’.
De acordo com o anúncio, a decisão foi tomada pelo ministro Marcelo Queiroga após reunião com representantes da categoria. A pasta não falou quando vai começar a imunização do grupo nem quantos funcionários dos Correios serão imunizados. Entre os bancários, a estimativa do governo é vacinar mais de 500 mil pessoas. O País ainda não concluiu a vacinação dos grupos prioritários, que correspondem a cerca de 78 milhões de pessoas.
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O ESTADO DE S.PAULO
Variante delta: o que se sabe sobre os infectados no Brasil
Cidade de São Paulo confirmou primeiro caso da cepa nesta segunda-feira (5/7); há pelo menos 11 casos registrados em todo o país.
A maior cidade do país, São Paulo, confirmou na segunda-feira (5) o primeiro caso de infecção pelo coronavírus da variante delta em seu território.
Segundo comunicado da Secretaria Municipal de Saúde, um homem de 45 anos teve a cepa detectada em uma amostra do exame RT-PCR enviada ao Instituto Butatan, que fez uma análise genômica do material. O homem está com sintomas leves e passa bem; ele e seus parentes estão sendo acompanhados pela equipe de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) na região onde moram.
Este registro inédito em São Paulo não é, porém, o primeiro caso da variante delta no país.
O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre o coronavírus, que inclui informações referentes até o dia 26 de junho, registrou 11 casos da variante delta no país, distribuídos em cinco Estados: Goiás (1 caso), Maranhão (6), Minas Gerais (1), Paraná (2) e Rio de Janeiro (1).
O boletim não inclui o caso de São Paulo, porque este foi confirmado depois da publicação do relatório, assim como outros anunciados nesta semana por governos locais – o do Rio de Janeiro, por exemplo, anunciou nesta segunda-feira (5) mais dois novos casos de infecção pela cepa.
Governos locais já confirmaram pelo menos duas mortes de pessoas infectadas com a variante no Brasil: uma gestante de 42 anos no Paraná e o tripulante indiano de um navio atracado no Maranhão, de 54 anos de idade.
É protocolo dos governos não identificar pacientes e vítimas fatais, em respeito à privacidade dessas pessoas.
A variante delta, detectada na Índia em 2020 e identificada também como B.1.617.2, preocupa por sua possível maior transmissibilidade (leia mais abaixo). No Brasil, porém, ela está longe das variantes mais detectadas: a gama (P.1) já foi confirmada em 6.838 amostras em todas as unidades federativas, segundo o boletim do ministério; e a alfa (B.1.1.7), em 169 casos distribuídos em 14 unidades federativas.
Em alguns países de Europa e da Ásia, porém, a delta é predominante e já motiva o endurecimento de medidas restritivas, mesmo em países com alto percentual da vacinação, como Israel, ou que conseguiram controlar bem a pandemia na maior parte do tempo, como a Austrália.
Mortes no Brasil
De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, todos os 11 primeiros casos identificados da variante foram “importados” – de pessoas que vieram do exterior.
A primeira vítima fatal desta cepa no Brasil, uma gestante de 42 anos, morava no Japão e chegou ao Brasil em 5 de abril. Dois dias depois, ela apresentou sintomas e teve a Covid-19 confirmada. Em 15 de abril, foi internada, e em 18 de abril morreu, após uma cesariana de emergência.
O bebê nasceu prematuro, ficou internado e hoje passa bem.
Já o Maranhão, que tem mais casos da variante registrados no país, também confirmou um óbito.
Em meados de maio, autoridades locais comunicaram uma contaminação na tripulação do navio Mv Shandong Da Zhi, com bandeira de Hong Kong. Foram confirmadas 15 infecções pelo coronavírus, seis delas com a variante delta.
Após passar dias em um hospital particular de São Luís (MA), um dos tripulantes infectados com a variante, um indiano de 54 anos, morreu no dia 26 de junho. Ele ficou em estado grave e chegou a ser intubado.
Enquanto o Ministério da Saúde considera estes e os outros nove casos da variante no Brasil como importados, a Prefeitura de São Paulo afirmou estar investigando a infecção do homem de 45 anos “para descobrir de que forma ocorreu a contaminação, levando em consideração que a pessoa trabalha em casa, diz não ter viajado, e nega ter tido contato com pessoas que viajaram”, segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde.
Considerando que o Brasil realiza poucos testes para a Covid-19 em geral, e ainda menos a análise genômica para detectar variantes, é difícil estimar a verdadeira extensão da contaminação por diferentes cepas no país. Portanto, o número de casos de infecções pelas variantes é possivelmente maior do que o registrado.
A infecção em São Paulo, por exemplo, foi confirmada depois que uma parcela de amostras de exames RT-PCR positivos na capital passou a ser encaminhada rotineiramente ao Instituto Butantan desde a segunda quinzena de abril, com o objetivo de monitorar a circulação de variantes.
A variante delta no mundo
Já no Reino Unido, que tem um sistema de vigilância e análise genômica bastante dinâmico, estima-se que 90% dos casos atuais de Covid-19 são da cepa delta.
Segundo boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS) de terça-feira (6), a variante já foi identificada em 104 países. É um número menor do que o da variante alfa, registrada em 173 países ou territórios, ou da beta (122). Entretanto, a organização diz que “considerando a vantagem estimada da variante delta na transmissão, espera-se que esta supere rapidamente outras variantes e se torne a linhagem dominante em circulação nos próximos meses”.
De acordo com o banco de dados internacional GISAID, o número reprodutivo básico efetivo (o “R”, o quanto uma pessoa infectada transmite o vírus para outras) da variante delta é 55% maior do que a variante alfa e 97% maior do que o coronavírus sem mutações, acrescenta a OMS.
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PORTAL G1
Casal de pesquisadores brasileiros desenvolve teste para Covid mais rápido e barato que o PCR
André Pitaluga é pesquisador da Fiocruz e Luísa Rona professora da UFSC – ambos especialistas em doenças tropicais, como a malária. A ideia para começar a desenvolver o teste veio após a dupla ouvir a reclamação de um vizinho.
Um casal de pesquisadores do Rio e de Santa Catarina desenvolveu um teste para Covid mais rápido e barato que o PCR, que ficou muito conhecido durante a pandemia.
André Pitaluga é pesquisador da Fiocruz e Luísa Rona professora da UFSC – ambos especialistas em doenças tropicais, como a malária. A ideia para começar a desenvolver o teste veio após a dupla ouvir a reclamação de um vizinho.
‘Um dia a gente estava subindo a rua do nosso condomínio e nossos vizinhos super queridos falaram que tinham acabado de fazer um teste – era bem no início da pandemia, pra poder a mãe dela pra ficar com eles durante a quarentena. Na época, a gente nem sabia que ia durar tantos meses. E a mãe já mais velha, com quase 90 anos.. E eles falaram: ‘Nossa, a gente pagou muito caro. Mais de R$ 300 e vai ficar pronto 3 dias só’, conta Luísa.
O novo kit de diagnóstico aplica uma tecnologia chamada RT-lamp – que já existe desde o início dos anos 2000, mas que foi adaptada para o exame de Covid e com resultados que mostram alta precisão.
‘O que nos fizemos foi adaptar uma tecnologia já existente usando o RT-lamp e adicionamos à essa tecnologia a primeira parte do diagnostico molecular, que é justamente um processo novo e muito eficiente de isolamento do RNA da amostra do paciente’, explica
Depois que a amostra é passada numa solução, uma espécie de membrana é retirada do kit e colocada na água. Os resultados são indicados por cores. ‘A gente tem uma visualização colorimétrica. Os resultados negativos são rosa e os positivos vão ficar amarelos’, diz a pesquisadora.
O custo do novo kit é de cerca de R$ 30 reais, já foi patenteado e a autorização de uso será pedida a Anvisa.
O teste pode ser feito pelo método mais tradicional, que usa o swab nasal e até pela saliva.
“Quando a gente fez o teste usando o swab, a gente começou a fazer exatamente igual ao PCR, a nossa sensibilidade foi de 96%”, diz Luísa. “E ai a gente passou a fazer bem recentemente a mesma testagem que a gente tinha feito tudo de novo, so que com amostras de saliva coletadas em jejum. Entao, a gente vai na casa de todos os pacientes que doam saliva pra gente foi pra 98%”, conta André.
Variante Delta
A testagem e a vacinação são considerados aliados importantes contra a pandemia. Nesta quarta (6), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a circulação da variante Delta na Baixada Fluminense.
Os casos foram registrados em Seropédica e São João de Meriti. A secretaria investiga agora quem teve contato com essas duas pessoas.
Até então, um único caso da variante delta no estado tinha sido importado. Foi um morador de Campos, no Norte Fluminense, que viajou pra Índia. Todos já estão curados da Covid.
Segundo os pesquisadores, a variante Delta é mais transmissível, o que causa muita preocupação já que menos de 28 % do estado está vacinada. (27,48%)
“A gente sabe que a variante Delta é uma variante agressiva em termos de transmissão, mas a princípio tão agressiva quanto a P1, que predomina no Rio de Janeiro. A gente não sabe ainda como ela vai se comportar, é continuar o acompanhamento através dessa vigilÂncoa hegemônica, pra gente poder avaliar a tendência. Se ela vai predominar ou não só o tempo vai dizer”, diz o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
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Goiânia segue vacinando a 1ª dose contra a Covid-19 e antecipa aplicação da 2ª dose; veja calendário
Até sexta-feira, capital pretende antecipar o reforço para quem tomou Astrazeneca e tem agendamento até o dia 15 de julho. Imunização segue para quem tem mais de 44 anos e para os grupos prioritários.
A Prefeitura de Goiânia continua, nesta quarta-feira (7), a vacinação contra a Covid-19 para pessoas com mais de 44 anos e para os grupos prioritários, e antecipou a aplicação da segunda dose para os moradores que tomaram a Astrazeneca e que estão agendados para o dia 12 de julho. Até sexta-feira (9), a capital pretende antecipar o reforço para quem está agendado até o dia 15. A vacinação será feita por ordem alfabética (veja abaixo o calendário).
A capital continua a vacinação da primeira dose, em 16 pontos de vacinação, para pessoas a partir de 44 anos sem comorbidades e para os grupos prioritários. No entanto, a imunização destes grupos acontece somente para quem já agendou pelo aplicativo “Prefeitura 24 horas” – disponível para Android e IOS.
Para atender ao público que vai antecipar a segunda dose, a prefeitura disponibilizou sete locais de vacinação, que atenderão das 8h às 16h, sem agendamento.
A prefeitura ressaltou todas as vagas destinadas para agendamento já foram preenchidas e que não haverá drive-thru no Shopping Passeio das Águas nesta quarta-feira.
Gestantes sem comorbidades, puérperas e idosos com segunda dose em atraso continuam sendo atendidos no Ciams Dr. Domingos Viggiano, sem a necessidade de agendamento.
Antecipação da 2ª dose
Nesta quarta-feira, receberão o reforço as pessoas que estão agendadas para o dia 12. Na quinta-feira (8), será a vez de as pessoas agendadas para o dia 13 tomarem o reforço. Já na sexta-feira (9), serão vacinadas com a segunda dose as pessoas agendadas para os dias 14 e 15.
Todas as datas são divididas pela mesma ordem alfabética: pela manhã, serão atendidas as pessoas com nomes com iniciais de A a L e, à tarde, com iniciais de M a Z.
Quarta-feira (7): vacinam com a segunda dose os agendados para dia 12/07;
Quinta-feira (8): vacinam com a segunda dose os agendados para dia 13/07;
Sexta-feira (9): vacinam com a segunda dose os agendados para os dias 14 e 15/07.
Quarta-feira (7): vacinam com a segunda dose os agendados para dia 12/07;
Quinta-feira (8): vacinam com a segunda dose os agendados para dia 13/07;
Sexta-feira (9): vacinam com a segunda dose os agendados para os dias 14 e 15/07.
A prefeitura ressaltou que a ação de adiantar a aplicação da segunda dose é “totalmente segura” e que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) segue as recomendações e critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde para realização da vacinação.
Veja quem pode se vacinar
Pessoas acima de 44 anos fora dos grupos prioritários;
Jornalistas e profissionais da imprensa;
Pessoas com Síndrome de Down, de 18 anos a 59 anos;
Profissionais da saúde;
Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), de 18 a 59 anos;
Gestantes, puérperas e lactantes com ou sem comorbidades;
Pessoas com comorbidades de 18 a 59 anos ;
Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas ou não no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 18 a 59 anos.
Pessoas com doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório e demência vascular);
Com doenças neurológicas crônicas que impactem a função respiratória;
Com doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Com deficiência neurológica grave, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou condições similares.
Alzheimer: transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal;
Atrofia muscular espinhal (AME): doença hereditária e degenerativa do sistema nervoso/muscular;
Esclerose lateral amiotrófica (ELA): doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível;
Trabalhadores da educação infantil, fundamental, médio e superior a partir de 18 anos;
Segunda dose em pessoas idosas que já estão no tempo;
Trabalhadores da saúde autônomos que atuam em serviços de assistência à saúde.
Pessoas acima de 44 anos fora dos grupos prioritários;
Jornalistas e profissionais da imprensa;
Pessoas com Síndrome de Down, de 18 anos a 59 anos;
Profissionais da saúde;
Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), de 18 a 59 anos;
Gestantes, puérperas e lactantes com ou sem comorbidades;
Pessoas com comorbidades de 18 a 59 anos ;
Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas ou não no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 18 a 59 anos.
Pessoas com doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório e demência vascular);
Com doenças neurológicas crônicas que impactem a função respiratória;
Com doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;
Com deficiência neurológica grave, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou condições similares.
Alzheimer: transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal;
Atrofia muscular espinhal (AME): doença hereditária e degenerativa do sistema nervoso/muscular;
Esclerose lateral amiotrófica (ELA): doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta em paralisia motora irreversível;
Trabalhadores da educação infantil, fundamental, médio e superior a partir de 18 anos;
Segunda dose em pessoas idosas que já estão no tempo;
Trabalhadores da saúde autônomos que atuam em serviços de assistência à saúde.
Documentos necessários
Para receber a vacina contra a Covid-19, é preciso apresentar CPF, documento de identificação com foto e data de nascimento e comprovante de endereço.
Profissionais da imprensa devem levar CPF e RG, comprovante de endereço e vínculo (crachá, contracheque, ou qualquer documento formal que comprove vínculo com a imprensa) e autodeclaração atestando que trabalha na linha de frente da pandemia, disponível no site oficial da prefeitura.
Trabalhadores da educação devem apresentar a autodeclaração assinada (disponível no site da SMS) e comprovante de atuação (crachá, contrato de trabalho, contracheque ou carteira de trabalho).
Grávidas e puérperas com ou sem comorbidades devem apresentar documentação que comprove a gestação, por exemplo, betaHCG, ultrassonografia etc, além de relatório médico comprovando a comorbidade. Já as lactantes devem apresentar a certidão de nascimento do bebê.
Pessoas com doenças preexistentes devem levar um destes documentos: laudo médico com a indicação da comorbidade; formulário disponível no site da prefeitura, carimbado e assinado pelo médico; prescrição médica de vacinação com indicação da comorbidade; ou relatório da equipe de atenção primária com a cópia do prontuário do paciente.
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A REDAÇÃO
Presidente do Ipasgo assume presidência de Conselho Nacional de Saúde
Hélio José Lopes trará sede para Brasília
Goiânia – O presidente do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), Hélio José Lopes, é, também, a partir desta terça-feira (06/7), o presidente do Conselho Nacional de Entidades de Saúde dos Servidores Públicos (Conessp), com mandato referente ao biênio 2021-2022. O anúncio foi feito durante uma Assembleia Geral Ordinária do conselho, on-line, que contou com a participação dos representantes de 14 Estados brasileiros.
Desde dezembro de 2020, quando assumiu a vice-presidência do Conessp, Hélio tem discutido pautas importantes de interesse dos órgãos de assistência médica, federal, estaduais e municipais, ao lado do então presidente, Latif Abrão Júnior. “Estou no Conessp desde sua criação. Acredito que precisamos crescer e, por isso, acredito que o doutor Hélio é a pessoa certa para assumir o meu posto. Ele é uma pessoa muito dinâmica e fiquei encantado com a sua disposição”, comentou Latif, que foi presidente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
Hélio disse que tem grandes expectativas assumindo o cargo. “É graças ao conselho que conseguimos disseminar as melhores práticas do sistema de saúde no Brasil. Como minha primeira ação, gostaria de anunciar que, muito em breve, iremos transferir a sede do conselho, que atualmente é em São Paulo, para o Distrito Federal”, explicou Hélio. Ele afirmou que este será o primeiro passo para aproximação com todos os membros conveniados.
Criado para concentrar os interesses comuns dos órgãos de assistência médica, federal, estaduais e municipais, e aprimorar a excelência dos serviços pelo intercâmbio de experiências, o Conessp conta ainda com a chefe de gabinete do Ipasgo, Mirian Queiroz Cunha, como integrante do seu Conselho Fiscal. “Acreditamos que planos de assistência, como o Ipasgo, devem buscar melhorias constantes. Só assim vamos oferecer um serviço de excelência aos nossos beneficiários”, comenta Mirian.
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Covid-19: Goiás registra 2.853 novos casos e 47 mortes em 24 horas
Goiânia – Goiás registrou 2.853 casos de covid-19 e 47 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (6/7). Desde o início da pandemia, o Estado contabiliza 687.208 casos e 19.485 óbitos provocados pelo novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 2,84%.
De acordo com o boletim estadual, em Goiás há registro de 657.024 pessoas recuperadas. Outros 291.431 casos foram descartados. Além disso, 358 óbitos estão em investigação para saber se há ligação com a covid-19.
Um levantamento feito pela SES-GO aponta que 2.376.875 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus no Estado. Deste total, 767.144 pessoas foram imunizadas com o reforço. Estes dados em relação à aplicação de doses da vacina são preliminares, segundo a pasta.
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O HOJE
Repasses de vacina do governo federal são insuficientes e atrasam imunização em Goiânia
Apesar de a prefeitura de Goiânia ter ampliado os postos de vacinação no decorrer dos últimos meses e, até esta terça-feira (6/7), ter vacinado, no total, cerca de 800 mil pessoas, incluindo primeiras e segundas doses, o repasse de vacinas para a capital e, consequentemente, para o Estado, não tem sido o suficiente para que a faixa etária continue reduzindo. Sem anunciar novos repasses nos últimos dias, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se limitou a informar dos repasses já feitos e que estão quase esgotados, pelo menos, em boa parte do País.
Em Goiânia, por exemplo, a vacinação está estacionada para pessoas de 44 anos ou mais. O prefeito Rogério Cruz, inclusive, chegou a anunciar uma implantação de um drive-thru 24 horas para vacinação contra Covid-19 na região do Paço Municipal, no Park Lozandes. A medida, porém, depende da chegada de novas doses e pode ocorrer no próximo final de semana.
“O objetivo é alcançar a todos e ajudar, sobretudo, os que não têm condição de ir ao drive ou ao Posto de Saúde durante o dia”, declarou o prefeito durante a live Prefeitura Digital. Cruz ainda informou que, além da Saúde, a ação contará com a integração da Secretaria de Mobilidade (SMM), Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar para orientação, organização e segurança.
“Organizaremos uma excelente estrutura, que funcionará 24 horas, com tendas, apoio da Guarda Metropolitana, Secretaria de Mobilidade, Polícia Militar, sem agendamento. Basta chegar e se imunizar”, completou. A confirmação será feita por meio dos canais oficiais de informação da Prefeitura de Goiânia.
SES e MS
Em busca de respostas sobre possíveis novas remessas de doses para Goiás, a reportagem procurou pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e pelo Ministério da Saúde (MS). A SES-GO não retornou até o fechamento desta matéria e o MS respondeu apenas com uma nota automática. Confira na íntegra:
O Ministério da Saúde já distribuiu mais 143 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todo o país, resultado dos esforços da pasta para acelerar a campanha de imunização. A pasta esclarece que a projeção contratual de entregas de vacinas é atualizada semanalmente, nas quartas-feiras, e está disponível aqui.
O Ministério reforça que a cada nova distribuição, conforme as entregas de vacinas feitas pelos laboratórios, é conduzida uma reunião tripartite, entre representantes da União, estados e municípios, para definir a estratégia de vacinação e o percentual para a primeira e segunda dose. Nesta etapa, também é definida o quantitativo de vacinas para cada estado e Distrito Federal, de forma proporcional e igualitária.
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Assessoria de Comunicação