Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09/07/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Planos de saúde têm reajuste de -8,19%

MPF: gestão Pazuello foi imoral e antiética

Covid-19: Brasil tem mais de 530 mil mortes; casos somam 18,9 milhões

Anvisa autoriza nova fábrica a produzir vacina da Pfizer para o Brasil

Mais de R$ 22 bi destinados ao SUS ficaram sem uso na pandemia, mostra relatório

Taxa de mortalidade por covid-29 não aumenta no Brasil pela 1ª vez no ano

Variante delta pode driblar anticorpos de curados e vacinados, indica estudo

Reajuste negativo eleva pressão sobre mercado de planos de saúde

Por que o intervalo da Pfizer no Brasil é diferente de outros países?

Goiás registra 77% de ocupação dos leitos de UTI para covid-19

Goiânia amplia vacinação contra Covid-19 para pessoas a partir de 43 anos

Covid-19: Variante Delta atinge transmissão comunitária e já se espalha pelo Brasil

CORREIO BRAZILIENSE

Planos de saúde têm reajuste de -8,19%

VERA BATISTA

Por decisão da diretoria colegiada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu que os planos de saúde individuais ou familiares terão percentual de reajuste negativo no período de maio de 2021 a abril de 2022, pela primeira vez na história. O índice estabelecido é de -8,19% e reflete a queda das despesas assistenciais no setor, em 2020, em consequência da pandemia de covid-19. “Na prática, o percentual negativo resulta em redução na mensalidade e as operadoras são obrigadas a aplicar o índice, que não pode ser maior do que definido pela agência reguladora”, destaca a ANS.

Segundo a agência, a diminuição no preço foi possível porque houve uma queda na procura por atendimentos não urgentes, em razão das medidas protetivas para evitar a disseminação do vírus, em 2020. Os planos de saúde individuais ou familiares médico-hospitalares regulamentados respondem por 17% do total de beneficiários em planos de assistência médica, ou seja, cerca de 8 milhões de usuários, de acordo com dados de maio de 2021, nos cálculos da ANS.

 O índice de reajuste pode ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato. Para os contratos com aniversário em maio, junho, ou julho, será permitida aplicação retroativa do reajuste. No exemplo dado pela ANS, com a redução de 8,19%, uma pessoa que desembolsava, mensalmente, R$ 100, vai começar a arcar com R$ 91,81, por mês. A agência destaca que as parcelas de recomposição dos reajustes suspensos no período de setembro a dezembro de 2020 continuam sendo aplicadas normalmente. Isto é, o pagamento da recomposição não sofre qualquer alteração.

Para a recomposição, a agência reguladora havia definido que o percentual seria de 8,14%. Na prática, quem pagava R$ 100, à época, já estava pagando mais R$ 5,43, em 12 parcelas (para quem teve reajuste por faixa etária, o valor sobre para R$ 7,21) — esse resíduo continua sendo cobrado, porque se referem ao passado.

 O diretor-presidente substituto da ANS, Rogério Scarabel, disse que “o resultado do percentual este ano confirma a robustez e a resiliência do modelo de cálculo do reajuste, que retrata os custos dos planos mesmo em um contexto atípico. Isso traduz uma forma justa de recomposição das receitas, gerando equilíbrio e um horizonte de sustentabilidade ao mercado, aliados a um mecanismo de incentivo à eficiência e melhor gestão das despesas assistenciais das operadoras”, destacou.

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MPF: gestão Pazuello foi imoral e antiética

Jorge Vasconcellos

O Ministério Público Federal (MPF) considera que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello agiu deliberadamente para retardar o contrato com a Pfizer de aquisição de vacinas contra a covid-19. A conclusão faz parte da ação de improbidade administrativa aberta na semana passada contra o general pela Procuradoria da República no Distrito Federal. Na análise dos procuradores, as restrições do governo às cláusulas contratuais não tinham nenhum respaldo “fático e/ou jurídico”.

As informações sobre a ação do MPF foram reveladas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Correio. No processo, os procuradores elencaram várias irregularidades na gestão de Pazuello, avaliada como “gravemente ineficiente e dolosamente desleal (imoral e antiética)”. Segundo a investigação, as ações do então ministro “não se pautaram pelos melhores parâmetros técnico-científicos, mas tiveram, como norte, outras opiniões, orientações e influências — internas e externas ao governo federal”.

As tratativas entre a Pfizer e o governo federal também estão no alvo das investigações da CPI da Covid no Senado. A farmacêutica começou a procurar o governo em maio de 2020, chegando a enviar 81 e-mails com ofertas de vacinas, todos ignorados pelo Executivo.

Em depoimento prestado à CPI, Pazuello alegou que as cláusulas contratuais inviabilizavam a assinatura, citando como exemplo a exigência de um depósito no exterior para garantia do pagamento e um termo de responsabilidade isentando a Pfizer no caso de efeitos colaterais. Porém, os procuradores do MPF questionam esses argumentos e destacam que a cláusula de responsabilização havia sido aceita pelo governo no contrato firmado em setembro do ano passado para o fornecimento da AstraZeneca, por meio da Fiocruz, “sem que nenhum impedimento legal tivesse sido suscitado”.

“Nenhuma das objeções apontadas pelo Ministério da Saúde para aquisição das vacinas da Pfizer se sustenta do ponto de vista fático e/ou jurídico. No que se refere às cláusulas de garantias de pagamento e de não assunção de responsabilidade civil pela empresa fornecedora, o Ministério da Saúde, tão logo vislumbrou o apontado óbice, poderia ter proposto, ao presidente da República, projeto de lei que explicitasse a possibilidade de celebração do contrato”, diz o MPF na ação.

Essa alteração legal citada pelos procuradores só foi apresentada por iniciativa do Senado, e no início deste ano. Na visão do MPF, o ex-ministro Pazuello “retardou conscientemente” a tomada de decisão sobre as vacinas da Pfizer. Eles argumentam que, mesmo depois da aprovação das mudanças legislativas, o general ainda consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) antes de firmar o contrato com a empresa.

“Pazuello poderia ter feito tais questionamentos ao TCU tão logo vislumbrou os óbices normativos que se antepunham, em sua visão, à celebração de contratos para aquisição de vacinas, mas, em lugar disso, retardou conscientemente a tomada de iniciativas administrativas, em omissão que custou — e tem custado — a vida de milhares de brasileiros”, diz o MPF.

O órgão responsabiliza o general por não ter feito as alterações legislativas ainda em 2020, o que atrasou a assinatura do contrato. “A omissão do ex-ministro da Saúde em adotar todas as providências que estivessem ao seu alcance para permitir a contratação de todas as vacinas possíveis, ainda no ano de 2020, colocou o Brasil numa situação de desvantagem na fila dos laboratórios farmacêuticos, impossibilitando que uma grande porcentagem de brasileiros fosse imunizada ainda no primeiro semestre de 2021”, sustenta.

Medicamentos

Os procuradores também classificam como “ilegal” a conduta de Pazuello na confecção de um documento para incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada. Segundo a ação, tal iniciativa deveria ser tomada com o aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conforme prevê a legislação.

Os investigadores destacam, ainda, que o ex-ministro da Saúde autorizou gastos de R$ 20 milhões com campanhas publicitárias sobre o uso desses medicamentos. “Pazuello agiu, portanto, ilegalmente ao propor o tratamento precoce para a covid-19 e, para burlar a necessidade de avaliação prévia pela Conitec e Anvisa, chamou o ‘protocolo’ de ‘orientações'”, diz a ação.

O MPF conclui que o “conjunto dos fatos ora trazidos à apreciação do Poder Judiciário constitui amostragem suficiente da gestão gravemente ineficiente e dolosamente desleal (imoral e antiética) do requerido Eduardo Pazuello”. O órgão estima em R$ 121 milhões o prejuízo ao Erário causado pelas omissões do general. Até o fechamento desta edição, Pazuello não tinha se manifestado sobre o assunto.

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Covid-19: Brasil tem mais de 530 mil mortes; casos somam 18,9 milhões

O número de casos acumulados desde o início da pandemia alcançou 18.962.762, se aproximando da marca dos 19 milhões

O Brasil bateu a marca de 530 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia. Em 24 horas, secretarias de Saúde registraram 1.639 óbitos. Com isso, o total de vidas perdidas para a pandemia de covid-19 chegou a 530.179.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nessa quinta-feira (7), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

O número de casos acumulados desde o início da pandemia alcançou 18.962.762, se aproximando da marca dos 19 milhões. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 53.725 diagnósticos positivos de covid-19.

Há 1.009.729 casos em acompanhamento, ou seja, pacientes que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.422.854 (91,9%).

Estados

O balanço diário do Ministério da Saúde também traz informações por estado. No alto do ranking de mais mortes por covid-19 estão São Paulo (131.478), Rio de Janeiro (56.498), Minas Gerais (47.596), Rio Grande do Sul (32.053) e Paraná (32.030).

Na ponta de baixo estão Acre (1.761), Roraima (1.770), Amapá (1.862), Tocantins (3.290) e Alagoas (5.483). Acre e Roraima não registraram novas mortes na atualização do Ministério da Saúde de hoje.

Vacinação

Conforme o painel do Ministério da Saúde sobre a operacionalização da campanha de imunização contra a covid-19, até o momento distribuídas cerca de 144 mil doses para as unidades da federação. No total, foram aplicadas 110,1 milhões de doses, sendo 81,1 milhões da primeira dose e 28,9 milhões, da segunda ou dose única.

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Anvisa autoriza nova fábrica a produzir vacina da Pfizer para o Brasil

A autorização reconheceu o que a agência chama de “boas práticas de fabricação” da planta produtiva

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a possibilidade de produção de vacinas contra a covid-19 em uma fábrica da empresa Hospira, no estado de Kansas, nos Estados Unidos. A medida é necessária para que o imunizante seja usado no Brasil.

A unidade poderá ser utilizada na fabricação de doses da vacina desenvolvida pelo consórcio da Pfizer e da BioNTech, que já recebeu autorização para uso no Brasil e que teve contrato de aquisição de 200 milhões de doses neste ano com o Ministério da Saúde.

A autorização reconheceu o que a agência chama de “boas práticas de fabricação” da planta produtiva. Este é uma das exigências para que uma fábrica possa ser incluída no registro de um imunizante e possa ser utilizada no seu processo produtivo.

Com isso, o consórcio Pfizer/BioNTech pode ampliar a capacidade de fabricação de doses, o que abre espaço para acelerar a disponibilização de lotes para o Brasil.

Sputnik V

Hoje a Anvisa também disponibilizou para assinatura os termos de compromisso com governos do Nordeste que adquiriram lotes da vacina russa Sputnik V. Os termos fazem parte das exigências definidas pela agência quando da autorização da importação excepcional do imunizante.

Deverão assinar os termos os estados que importaram lotes do imunizante: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba. Além desta obrigação, outros condicionantes foram determinados pela Anvisa para o uso da Sputnik V.

Entre eles estão a submissão de documentos e insumos ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz para análise das amostras; submissão à agência de medidas de mitigação de risco pela ausência de validação de uma das fases no exame do pedido de importação e envio à Anvisa do relatório final de produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).

Segundo a Anvisa, a análise pelo instituto da Fiocruz é condição sem a qual as vacinas não poderão ser aplicadas na população. A partir do momento que tiver início a aplicação, deverá haver um acompanhamento pelas autoridades de saúde dos estados com estudos de efetividade.

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Mais de R$ 22 bi destinados ao SUS ficaram sem uso na pandemia, mostra relatório

Para organizadores, recurso inutilizado poderia ter criado leitos e comprado vacinas. Relatório aponta que 92 das 169 metas definidas na Agenda 2030 da ONU estão em retrocesso no país

Cerca de R$ 22,8 bilhões autorizados em orçamento para uso do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2020 não foram utilizados pelo Ministério da Saúde. A informação foi obtida por meio de dados oficiais da pasta pelos organizadores da 5ª edição do Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Agenda 2030, produzido pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030.

‘O despreparo nacional para lidar com emergências de saúde foi ressaltado pela pandemia. Faltaram transparência e articulação entre o governo federal e os demais entes federativos e o Programa Nacional de Imunização (PNI) foi desestruturado’, explica Denise Dora, uma das líderes do Grupo de Trabalho e diretora executiva da ARTIGO 19. Para o GT, o recurso inutilizado poderia ter ‘aumentado o número de vacinas, kits de intubação, máscaras e leitos’.

Este é apenas um dos diversos índices reunidos pelo grupo formado por 57 organizações não governamentais e 106 especialistas. O resultado final do relatório analisa as 169 metas definidas na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), traçadas em 2015, e será lançado na próxima segunda-feira (12/7), em audiência pública no Congresso Nacional que poderá ser acompanhada aqui.

No entanto, o grupo de trabalho adianta que as perspectivas não são boas. Das 169 metas, 92 (54,4%) estão em retrocesso; 27 (16%) estagnadas; 21% (12,4%) ameaçadas; 13 (7,7%) mostram progresso insuficiente. Uma das metas (0,6%) não se aplica à realidade brasileira e outras 15 (8,9%) não foram analisadas por falta de dados.

Para uma das líderes do GT, a coordenadora geral da ONG Gestos, Alessandra Nilo, os resultados mostram um cenário trágico e distante do ideal.

‘São dados oficiais estarrecedores e que mostram um Brasil cada vez mais distante do desenvolvimento sustentável, violando princípios constitucionais, violando direitos e desconstruindo políticas fundamentais para superação das desigualdades que marcam o país, hoje mais agravadas pelas crises de governança e pela pandemia. A fotografia é trágica e as consequências do que está acontecendo deverão ser sentidas por muito tempo”, pontua.

Nove dos 17 objetivos estão em retrocesso no país

O levantamento também registra o andamento da implementação dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU. Em pelo menos nove dos 17 objetivos, o Brasil apresenta retrocesso. O retorno do país ao Mapa da Fome e o crescimento da pobreza, por exemplo, é uma grave falha contra os ODS 1 e 2, que trata de erradicar a pobreza e a fome.

O grupo também percebeu que a política ambiental do governo Bolsonaro, ‘desregulamentada para promover interesses contrários ao desenvolvimento sustentável’, agride os ODS 13 a 15, que falam sobre medidas urgentes para combater a mudança do clima; o esforço para conservar oceanos e ações para proteger e recuperar o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.

Já o ODS 16, que trata de promover sociedades pacíficas e inclusivas e proporcionar o acesso à justiça para todos tem sido ignorado pelo ‘evidente desmonte institucional e do Estado Democrático de Direito’, assim como as políticas de igualdade e de gênero que ‘regridem gravemente’.

Alessandra afirma que, além do número de ODS desrespeitadas individualmente, o retrocesso ‘trabalha’ de maneira conjunta. ‘Como tratamos a Agenda 2030 como uma agenda integral e articulada entre si, é importante reforçar que o retrocesso em uma meta pode abalar várias outras’, frisa.

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Taxa de mortalidade por covid-29 não aumenta no Brasil pela 1ª vez no ano

Patamares de mortes e de contaminações, no entanto, ainda são altos. Nesta quinta-feira (8/7), o país registrou 1.639 mortes e mais de 53,7 mil casos em 24 horas

Bruna Lima

Com o avanço da vacinação no Brasil, ainda que lenta em comparação à velocidade com que a covid-19 se dissemina e muta, todos os estados brasileiros apresentaram, pela primeira vez no ano, queda nas taxas de mortalidade e de incidência. Os dados são do último Boletim do Observatório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desta quinta-feira (8/7), e revelam, ainda, diminuição no número de novos casos e de mortes por covid-19. Os patamares, no entanto, ainda são altos. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 1.639 óbitos e 57.725 infecções pelo novo coronavírus.

Com os novos registros, o Brasil ultrapassou as 530 mil vidas pedidas nesta pandemia – foram 530.179 ao todo. O balanço do Ministério da Saúde também contabiliza 18.962.762 infecções pela doença até agora. Não há nenhuma unidade federativa com menos de 1,7 mil mortes e somente o Acre tem menos de 100 mil casos: 86.296.

A média móvel nacional, no entanto, segue tendência de queda e está em 1.441 mortes e 48.637 casos no acumulado dos últimos sete dias, de acordo com levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Outro índice otimista é a taxa de ocupação de leitos de UTI, que tem reduzido pela quarta semana consecutiva, como revela o boletim da Fiocruz. Roraima é o único estado com ocupação superior a 90% (97%). Também na zona crítica, com taxas entre 80% e 89% estão o Paraná (89%), Santa Catarina (85%) e o Distrito Federal (82%).

Vacinação reduz internações

A vacinação é a principal responsável pelas quedas e o estudo da fundação indica que mais de 45% da população adulta está vacinada com pelo menos uma dose de vacina e cerca de 16% com as duas doses. O que corrobora para esta análise é o rejuvenescimento, com expressiva concentração da doença entre a população adulta jovem, que está atrás na campanha vacinal.

O relatório destaca, ainda, a atenção para o surgimento de novas variantes que se espalham pelo país e continuam sendo uma ameaça, “com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis”.

“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o país”, alertam os pesquisadores.

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FOLHA DE S.PAULO

Variante delta pode driblar anticorpos de curados e vacinados, indica estudo

Estimativas das taxas de eficácia dos imunizantes ficaram acima de 60% após a vacinação completa

Everton Lopes Batista

são paulo Avariante delta do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19, consegue escapar da ação de alguns anticorpos que o organismo produz após infecção ou vacinação. O vírus também é capaz de driblar alguns anticorpos monoclonais, proteínas feitas em laboratório para combater o invasor.

O estudo que traz os resultados, publicado nesta quinta (8) na revista científica Nature, mostra que uma maior vigilância é necessária para conter a variante, recentemente detectada na cidade de São Paulo.

A delta foi registrada pela primeira vez na lndia e é apontada como a principal responsável pelo surto de Covid-19 que abalou o país asiático no início deste ano, com recordes sucessivos de casos e mortes causadas pela doença. Dados do Reino Unido e dos Estados Unidos mostram que ela já é a principal fonte de novas infecções nesses países.

Evidências recentes já indicavam que avariante delta é mais transmissível do que as outras, pode gerar sintomas ligeiramente diferentes e também pode levar a mais hospitalizações. Ainda não se sabe se a delta pode causar mais mortes.

Os cientistas isolaram o vírus a partir de uma amostra de secreção nasal de um paciente infectado pela variante delta e o replicaram em laboratório. Depois, passaram a fazer tentativas de neutralizar o patógeno usando os anticorpos monoclonais ou o soro de 103 pessoas que tiveram a doença. Os pesquisadores também testaram o soro de 59 pessoas que receberam as vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca/Oxford.

A neutralização acontece, via de regra, quando os anticorpos conseguem se conectar a uma das estruturas que o vírus usa para entrar na célula e, assim, impedem uma infecção. Um alvo comum dos anticorpos para combater o Sars-CoV-2 são as espículas que revestem o vírus.

No experimento, a potência do soro convalescente (dos curados) contra a variante delta foi cerca de um quarto da potência contra a alfa (primeiramente registrada no Reino Unido). ‘Avariante delta demonstrou uma resistência maior à neutralização dos anticorpos de pessoas que tiveram a doença e não se vacinaram, especialmente após um ano da infecção’, escrevem os autores.

O achado reforça o resultado de uma outra pesquisa publicada em junho no periódico científico Cell por um grupo internacional de cientistas, que mostrou um aumento nas chances de uma segunda infecção pelo vírus desde o surgimento da variante delta.

‘Os dados mostram que essa variante tem uma maior facilidade para infectar as células humanas. Isso quer dizer que os anticorpos produzidos em uma infecção com outra variante do vírus não são capazes de nos proteger adequadamente contra a delta’, diz a microbiologista Viviane Alves, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB/UFMG) que não esteve envolvida na pesquisa.

Os anticorpos de pessoas vacinadas com apenas uma dose das vacinas da Pfizer/BioNTech ou da AstraZeneca/ Oxford também foram pouco eficientes contra o SarsCov-2. Após a segunda dose, a resposta imunológica se fortaleceu, mas a variante delta se mostrou mais resistente a essa reação do que outras variantes, como a alfa e a beta (registrada pela primeira vez na África do Sul).

Ambas as vacinas demonstraram taxas de eficácia estimadas maiores do que 60% contra avariante após a vacinação completa, mostrando que os imunizantes ainda são a melhor forma de prevenção e combate à pandemia. ‘Mas é muito importante que sejam tomadas as duas doses da vacina’, lembra Alves.

Segundo o Instituto Butantan, há indícios de que a Coronavac funciona contra a variante delta, mas novos estudos são necessários.

Um estudo divulgado pela Janssen, cuja vacina contra Covid é aplicada em apenas uma dose, mostrou que o imunizante mantém a eficácia contra a delta. Os dados estão disponíveis no formato pré-print (ainda sem revisão por outros cientistas).

O soro de pessoas que tiveram a Covid-19 e se vacinaram é o que carrega os anticorpos mais fortes contra o vírus, diz o estudo publicado na Nature nesta quarta.

Os cientistas testaram ainda os anticorp os monoclonais bamlanivimabe (LY-CoV555) e etesevimabe (LY-CoVoi6), produzidos pela farmacêutica americana Eli Lilly; o casirivimabe (REGN10933) e o imdevimabe (REGN10987), produzidos pela também americana Regeneron. O bamlanivimabe não funcionou contra a variante, e os demais permaneceram com alguma ação contra o vírus.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em abril o uso emergencial do Regen-Cov, da Regeneron. Trata-se da combinação dos remédios biológicos casirivimabe e imdevimabe. No mês seguinte, deu aval ao pedido de uso emergencial no Brasil do medicamento que combina o banlanivimabe e etesevimabe, desenvolvido pela empresa Eli Lilly.

As quatro formulações já tinham recebido autorização de uso emergencial nos Estados Unidos.

Para Alves, da UFMG, os dados tornam cada vez mais claro que as medidas de proteção contra a Covid-19 – como uso de máscara, distanciamento, higiene das mãos e vacinação completa – devem ser intensificadas, mesmo por aqueles que já receberam a vacina.

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Reajuste negativo eleva pressão sobre mercado de planos de saúde

Passa de 8% o desconto definido pela ANS para os individuais neste ano

A determinação de um reajuste negativo anunciada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nesta quinta (8) para os planos de saúde individuais e familiares vai aumentar a pressão para que os planos coletivos também segurem os preços, segundo as previsões de altos executivos do setor. Atualmente, o órgão não tem controle sobre os valores cobrados nos coletivos, que representam mais de 80% do mercado, mas há receio nas empresas de que a regulação avance sobre a categoria.

Passa de 8% o desconto definido pela ANS para os individuais neste ano. O cálculo foi puxado pelos efeitos da pandemia, que adiou procedimentos eletivos, como cirurgias e exames sem urgência, derrubando a taxa de sinistralidade, o que beneficiou as operadoras em 2020. O reajuste negativo era previsto há meses e sofreu muita pressão contrária do setor.

Reservadamente, alguns executivos admitem que aumentos acima de dois dígitos nos planos coletivos são impensáveis no cenário da pandemia. Uma parte do setor defende que as companhias façam um gesto aos consumidores e segurem os preços dos coletivos, até para evitar iniciativas de interferência do governo.

A sugestão dessa ala do mercado é aplicar correção de um dígito, ou nem elevar os preços dos coletivos neste ano, e fazer a recomposição no ano que vem.

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PORTAL R7

Por que o intervalo da Pfizer no Brasil é diferente de outros países?

Ministério da Saúde indica período de 12 semanas entre aplicações; nos EUA, Israel, Chile e Uruguai intervalo é de 21 dias


A bula da vacina contra a covid-19 produzida pela Pfizer indica que o intervalo entre a primeira e a segunda doses seja feito em 21 dias. Mas, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) adotou a estratégia de 12 semanas entre as aplicações, a mesma utilizada no Reino Unido, Canadá, França e Alemanha. Já Estados Unidos, Israel, Chile e Uruguai seguem a orientação da bula.

A diferença entre as recomendações gera dúvidas, entre os brasileiros, sobre as razões que levaram a essa escolha e se isso alteraria a eficácia do imunizante, considerada 95% contra a doença, segundo o fabricante.

A diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) Flavia Bravo explica que o contexto em que as vacinas começaram a ser aplicadas no Brasil levou à essa determinação do Ministério da Saúde. “A decisão não é tomada por uma pessoa, há um comitê técnico formado por especialistas que discutem até chegar a uma conclusão. Diante da escassez de vacinas que estávamos associada à situação epidemiológica brasileira e à resposta de primeira dose vigorosa das vacinas de RNA, a decisão de aumentar o intervalo foi uma escolha de saúde pública louvável porque conseguimos vacinar mais gente”, explica a médica.

“Aliado à experiência de sucesso na Inglaterra e no Canadá, foi decidido adotar o mesmo esquema deles. Os dois países vacinaram rapidamente e conseguiram resultado rapidamente”, acrescenta.

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A REDAÇÃO

Goiás registra 77% de ocupação dos leitos de UTI para covid-19

A rede hospitalar pública e privada de Goiás amanheceu nesta sexta-feira (9/7) com 77,01% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da covid-19. Das 1.179 vagas existentes para internação de pacientes com a doença, 908 são utilizadas neste momento.

Nas enfermarias para covid-19 dos hospitais estaduais, municipais e particulares de Goiás, a ocupação está em 42,21%. São 2.132 leitos, com 900 utilizados para tratamento de pacientes que apresentaram sintomas da doença ou a confirmação em testes.

Quando é observada apenas a rede estadual de saúde, 77,14% de UTI para covid-19 estão ocupados. Com 608 vagas para tratamento de pacientes com a doença, 455 estão em uso, 14 bloqueadas e 139 disponíveis na manhã desta sexta-feira.

As enfermarias geridas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) contam com 724 leitos exclusivos para covid-19. Ao todo, 358 estão ocupados, 50 bloqueados e 316 disponíveis. A ocupação está em 56,35%.

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JORNAL OPÇÃO

Goiânia amplia vacinação contra Covid-19 para pessoas a partir de 43 anos

Por Gabriela Macedo

Imunização ocorre mediante agendamento que pode ser feito pelo aplicativo Prefeitura 24 Horas; atendimento será realizado em 16 unidades de saúde

Quem tiver 43 anos ou mais e residir na capital goiana, poderá ser imunizado contra o coronavírus, a partir desta sexta-feira, 9. Imunização ocorrerá mediante agendamento que pode ser realizado pelo aplicativo Prefeitura 24 Horas. Atendimento será realizado das oito horas da manhã às cinco horas da tarde, em 16 unidades de saúde.

O avanço na imunização por faixas etárias, de pessoas fora dos grupos prioritários, foi possível devido a chegada de novas vacinas na capital. Isso, porque na tarde desta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) buscou 47 mil novos imunizantes na Rede de Frio do Estado, que serão utilizados para primeira aplicação e reforço.

Entre as unidades disponíveis para a aplicação da primeira dose, estão o CIAMS Novo Horizonte, o CSF Pq Santa Rita, o CSF Residencial Itaipu, o CSF Vila Mutirão, o CS Cidade Jardim, o CSF Leste Universitário, o CSF Crimeia Oeste, o Ciams Urias Magalhães, o CSF São Francisco, o CSF Vera Cruz II, o CS João Braz, o CSF Cerrado IV, a UPA Chácara do Governador, a UPA Novo Mundo, o CSF Recanto das Minas Gerais, o CS Parque Amazônia e a UPA Jardim América.

De acordo com a Resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) n° 100/2021, 100% das doses de vacina contra Covid-19 serão destinadas para a população em geral, em ordem decrescente. Apenas idosos, gestantes e puérperas continuarão se vacinando independente da faixa etária na capital. Ambos devem se dirigir ao atendimento no Ciams Dr Domingos Viggiano (antigo Cams Jardim América).

Reforço da imunização

Concomitantemente, a capital segue com a aplicação da segunda dose dos imunizantes AstraZeneca e Coronavac que estiverem com o reforço estimado para os dias 14 e 15 de julho. O atendimento será feito das oito horas da manhã às quatro horas da tarde, na Escola Municipal Francisco Matias, na Escola Municipal Lions Clube Bandeirante, na Escola Municipal Coronel José Viana, na Escola Municipal Bárbara de Sousa Morais, na Escola Rotary Goiânia Oeste, na Área I da PUC e no Salão Comunitário (ao lado do CSF Guanabara I).

Não é necessário agendamento. No entanto, pela manhã serão atendidos somente pessoas com nome iniciado nas letras A a L, e à tarde, com iniciais de M a Z.

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Covid-19: Variante Delta atinge transmissão comunitária e já se espalha pelo Brasil

Por Felipe Cardoso

Governo de São Paulo estuda, inclusive, reduzir intervalo entre a aplicação da primeira e a segunda dose de alguns imunizantes como resposta à nova variante que tem sido diagnosticada em pessoas que não tiveram qualquer contato com o exterior

O governo de São Paulo confirmou que a cepa indiana, denominada por variante Delta, já possui transmissão comunitária na capital do Estado. O entendimento veio depois de confirmada a circulação da mutação entre pessoas que não viajaram para o exterior sendo, com isso, impossível rastrear a origem dos casos.

Conforme mostrado pelo jornal Correio Braziliense, o governo paulista considera a possibilidade de encurtar a imunização entre a primeira e a segunda dose de algumas vacinas tendo por objetivo imunizar o maior número de pessoas possível em um intervalo de tempo menor.

A possibilidade de diminuição desses prazos será debatida nesta quinta-feira, 8, em reunião sobre o Plano Estadual de Imunização. Essa semana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a comentar sobre a importância de se tomar a segunda dose do medicamento. Ao falar sobre o assunto, ele lembrou que há um número superior a 3,5 milhões de pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose do medicamento. “É a maior arma que temos para conter o vírus”, resumiu.

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Assessoria de Comunicação