Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21/07/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministério distribui mais de 160 milhões de vacinas contra covid-19

Queiroga revoga nomeação de médica negacionista para gerir hospital no RJ

Covid-19: Brasil acumula 544 mil óbitos e 19,4 milhões de casos

Aplicação da 3ª dose de vacina contra covid-19 divide especialistas

Profissionais liberais querem ser excluídos da reforma

CPI da Covid cria 7 ‘núcleos’ para acelerar investigação

Apesar da vacinação, especialistas veem risco de nova onda

Ministério da Saúde prevê protocolo nacional de tratamento da Covid-19 para o mês de setembro

Covid-19: Ocupação das UTIs em Goiânia cresce e se aproxima de 90%

Após duas cirurgias em SP, bebê com ‘meio coração’ ganha alta e vai para casa em Goiás

AGÊNCIA BRASIL

Ministério distribui mais de 160 milhões de vacinas contra covid-19

O Ministério da Saúde (MS) ultrapassou a marca de mais de 160 milhões de vacinas contra a covid-19 distribuídas para os estados e Distrito Federal. Desse total, 125,3 milhões de doses já foram aplicadas. São 90,6 milhões de pessoas com a primeira dose, isto é, 56,6% do público-alvo de 160 milhões de brasileiros com mais de 18 anos. Além disso, 34,7 milhões com a segunda dose ou com dose única aplicadas e com a imunização completa, segundo o ministério.

Do total de doses enviadas para as unidades da federação, 81,5 milhões são da AstraZeneca/Oxford, 60 milhões são da CoronaVac/Sinovac, 17,8 milhões da Pfizer/BioNTech e 4,7 milhões da Janssen, imunizante de dose única.

De acordo com ministério, o Governo Federal já contratou mais de 630 milhões de doses de vacinas covid-19, por meio de acordos com diferentes laboratórios, a serem entregues até o fim do ano. Esse quantitativo é suficiente para imunizar toda a população alvo do país, ou seja, pessoas com 18 anos ou mais, com ou sem comorbidades.

Segunda dose

Em nota, o Ministério da Saúde reforça que para imunização completa, é necessário que as pessoas tomem as duas doses. “A medida reforça o sistema imunológico e reduz as chances de infecção grave, gravíssima e, principalmente, óbitos em decorrência da covid-19”. No início de julho, lembra o ministério, foi lançada a campanha com a família do Zé Gotinha sobre a importância de todos completarem o esquema vacinal.

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PORTAL UOL

Queiroga revoga nomeação de médica negacionista para gerir hospital no RJ

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu revogar a nomeação da médica bolsonarista Mara Regina Cordeiro Pezzino para o cargo de diretora do Hospital Federal de Ipanema, no Rio de Janeiro. A profissional da saúde é a favor de remédios sem eficácia científica comprovada contra a covid-19, questiona a eficácia das vacinas e o número de mortos no país. A revogação foi publicada hoje no DOU (Diário Oficial da União).

A nomeação de Pezzino havia sido publicada ontem também no DOU. No Facebook, a médica usa uma foto com a frase: “Eu apoio o tratamento precoce e preventivo. Está salvando vidas”.

Já no Twitter, ela disse, em dezembro de 2020, que não iria se vacinar contra a covid-19 ao comentar uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que permitiu que estados e municípios distribuam vacinas mesmo se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não autorizá-las em até 72 horas, desde que os imunizantes tenham sido aprovados por autoridades sanitárias estrangeiras.

A profissional da saúde assinou o “Manifesto em defesa da vida e do tratamento pré-hospitalar da covid-19”, que defende o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no combate da doença.

De acordo com o cadastro de Pezzino junto ao CFM (Conselho Federal de Medicina), a médica atua na área de homeopatia e sua situação junto ao conselho está regularizada.

Nas redes sociais, a médica publica diversas postagens elogiando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e critica a CPI da Covid, que investiga as ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios.

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CORREIO BRAZILIENSE

Aplicação da 3ª dose de vacina contra covid-19 divide especialistas

Ministério da Saúde não pretende adotar, pelo menos por enquanto, a chamada revacinação contra a covid-19, que vem sendo anunciada por alguns estados e municípios. Para Marcelo Queiroga, discussão sobre o tema é precipitada e gera insegurança

Maria Eduarda Cardim

Apesar de alguns estados e cidades do Brasil terem anunciado a adoção da terceira dose, a chamada revacinação contra a covid-19 não está nos planos do Ministério da Saúde. Isso porque, segundo a pasta, até o momento não há evidência científica que confirme a necessidade de aplicações adicionais e, por isso, o ministro Marcelo Queiroga considera que a discussão neste momento causa insegurança na população. Especialistas tendem a concordar com o ministro, sobretudo porque apenas 21,9% da população com mais de 18 anos estão com o esquema vacinal completo – duas doses ou, se for o caso da vacina da Janssen, uma única aplicação.

‘Se a gente tivesse toda a população vacinada, acho que teríamos abertura para o debate se vamos usar uma dose de reforço, se o modelo de vacinação da covid-19 vai seguir o modelo da influenza. Mas estamos com cerca de 34 milhões de pessoas com as duas doses e tudo que a gente tem são ofertas de vacinas que chegarão. Abrir essa discussão é um efeito dessa pandemia, quando ficou tudo fragmentado e se tomam decisões em busca de holofotes’, criticou o infectologista e presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, David Urbaez.

Ele concorda quando Queiroga diz que a discussão sobre a necessidade de uma dose de reforço ‘leva mais insegurança à população’. ‘Lógico que causa ansiedade nas pessoas. As pessoas já duvidam da vacina, duvidam da ciência e duvidam até que a gente esteja realmente em pandemia’, ressaltou.

César Carranza, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, também acredita que não é o momento de colocar a dose de reforço na programação dos estados e municípios. ‘Até porque não se passaram seis meses da imunização das primeiras pessoas vacinadas no Brasil, que é o tempo que os próprios fabricantes têm colocado como espaço de tempo para se cogitar uma revacinação’, lembrou.

Urbaez reforça que, ao indicar data e incluir no calendário de vacinação uma dose de reforço, os gestores estão contando com algo que não têm, já que nem todas as vacinas compradas pelo governo federal chegaram ao país. ‘Os ovos nem foram chocados e você vai contar com os pintinhos. Nem chegou toda a vacina no país’, lembrou Urbaez.

Segundo o Ministério da Saúde, o governo federal já comprou mais de 600 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, mas apenas 164 milhões estão sendo distribuídas às unidades da Federação.

Evolução natural

Os especialistas ressaltam que a possibilidade de se aplicar a dose de reforço contra a covid-19 é levada em consideração na área acadêmica e entre pesquisadores. ‘Isso sempre vai acontecer. É uma evolução natural da discussão de como você vai usar a ferramenta’, salientou Urbaez.

Por causa disso, os fabricantes das vacinas buscam realizar estudos para avaliar eficácia e segurança de uma terceira dose, o que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovar um estudo para avaliar tal necessidade em relação ao fármaco da AstraZeneca/Oxford. A autarquia também já tinha autorizado um estudo pela Pfizer.

A possibilidade de reaplicação da vacina está sendo avaliada por vários países, mas a maioria ainda estuda tal necessidade. A Turquia foi o primeiro país com grande população a oferecer o reforço, no início deste mês – mas apenas para profissionais de saúde e pessoas com mais de 50 anos que receberam doses da Pfizer ou da CoronaVac.

Reforço na fronteira contra Delta

O governo federal acendeu a luz de alerta para o avanço da variante Delta do novo coronavírus. Por conta disso, para tentar frear o avanço pelo território nacional, está remetendo vacinas extras para estados que fazem fronteira com outros países – Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rondônia já receberam doses. Mas, longe das regiões limítrofes do país, capitais registram a presença da cepa indiana: a cidade de São Paulo detectou ao menos oito casos e a prefeitura diz já haver transmissão comunitária da variante.

O Ministério da Saúde reporta 122 casos em todo o país, mas o balanço está defasado, pois considera só um afetado da capital paulista. Especialistas acreditam que a infecção pela Delta seja maior por conta das falhas no monitoramento.

Nesta semana, Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Pará e Santa Catarina recebem lotes para imunização das fronteiras. Em visita, a Foz do Iguaçu, que conecta Brasil, Paraguai e Argentina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o objetivo é criar um ‘cordão epidemiológico’. Segundo o governo, o grupo já imunizado nessa estratégia envolve meio milhão de pessoas.

No início deste mês, Mato Grosso do Sul recebeu uma remessa de 207 mil doses da vacina da Janssen, de dose única, para reforçar a proteção de 79 cidades fronteiriças. Em 13 delas, está sendo conduzido um estudo de vacinação em massa com este imunizante.

Em maio, o ministério chegou a enviar doses extras ao Maranhão após a identificação dos primeiros casos no Brasil. Pernambuco pediu no domingo um lote adicional por causa do registro de casos entre tripulantes filipinos de um navio.

O Rio de Janeiro é onde está a maioria dos casos relatados (84) da Delta, mas o estado parou de divulgar ontem o total absoluto de casos – só repassa proporção de positivos para a cepa. Na sequência, aparecem no balanço de casos do Paraná (13), Maranhão (seis), Santa Catarina (cinco), Rio Grande do Sul (três), Goiás e Pernambuco (dois) e Minas (um). Houve cinco mortes – quatro no Paraná e uma no Maranhão.

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Covid-19: Brasil acumula 544 mil óbitos e 19,4 milhões de casos

Já o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia é de 19.419.437

O Brasil registrou, nesta terça-feira (20), o total de 544.180 vidas perdidas em decorrência da covid-24. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 1.424 mortes.

Já o número de pessoas infectadas desde o início da pandemia é de 19.419.437. Entre ontem e hoje, foram registrados 27.592 novos diagnósticos positivos de covid-19.

Há ainda 750.636 casos em acompanhamento, situação em de pessoas acompanhadas por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros da covid-19, inclusive graves. Nas últimas duas semanas, esse índice vem caindo progressivamente.

Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de saúde. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 18.124.621.

Os dados, em geral, são menores aos domingos e às segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras, os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

O balanço diário do ministério também traz os dados por estado. No alto do ranking de mortes por covid-19 estão São Paulo (135.490), Rio de Janeiro (57.705), Minas Gerais (49.025), Paraná (33.908) e Rio Grande do Sul (32.763).

Os estados com menos mortes são Acre (1.780), Roraima (1.815), Amapá (1.884), Tocantins (3.419) e Alagoas (5.671).

Vacinação

Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, foram distribuídas aos estados um total de 164,1 milhões de doses de imunizantes. O número corresponde aos insumos já recebidos e em trânsito para os estados. Os dados atualizados correspondem aos registros feitos até às 21h de ontem.

Considerando as informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e dos levantamentos de cada secretaria estadual de saúde, foram aplicadas 125,3 milhões de doses, sendo 90,5 milhões da primeira dose e 34,7 milhões da segunda dose e dose única. Ao longo de segunda-feira (19), foram aplicadas 422.223 doses de vacina em todo o país.

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O GLOBO

Profissionais liberais querem ser excluídos da reforma

Fixação de IR sobre dividendos vai afetar médicos, advogados e outras categorias. Conselho de Medicina já escreveu ao ministro Guedes

ELIANE OLIVEIRA elianeo&hsb. oglobo. com. br BRASÍLIA

A cobrança de Imposto de Renda sobre lucros e dividendos para todas as empresas com faturamento mensal a partir de 2022 levou categorias de profissionais liberais e outros segmentos organizados a protestarem contra a cobrança, embutida na reforma tributária encaminhada pelo Executivo ao Congresso Nacional. As associações têm pressionado o relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), contra a mudança.

Pelo texto do relator, dividendos e lucros, ao serem distribuídos, seriam taxados a uma alíquota de 20% na fonte, de forma exclusiva e definitiva, ou seja, sem compensações. – Haverá uma isenção para até R$ 20 mil por mês, mas desde que a pessoa física receba de micro ou pequena empresa.

Entre as categorias profissionais que querem ser excluídas da nova tributação estão os médicos. O Conselho Federal de Medicina (CFM) pediu, em carta enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que os profissionais sejam retirados da proposta. Segundo o presidente da entidade, Mauro Ribeiro, a tributação teria um impacto negativo na profissão, já tão combalida e esgarçada no justo e necessário combate à pandemia’.

DESESTÍMULO À ASSOCIAÇÃO

O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, afirmou que a reforma é um ‘acerto de caixa do governo’.

– O texto dá R$ 20 mil de desconto para cada sócio e acaba com a sociedade familiar. Se eu tenho minha esposa como sócia, só posso usar R$ 20 mil. Isso vai acabar comas empresas – disse Nese, acrescentando que a proposta vai afetar gravementea classe média baixa.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também avalia que o projeto prejudica especialmente profissões típicas da classe média. A entidade afirma que a tributação de dividendos, como está proposta, resultará na dupla tributação dos lucros auferidos pelas sociedades de advogados e será um forte desincentivo à associação profissional.

– O pleito não é apenas para advogados, mas para os profissionais liberais em geral. A proposta de reforma do IR traz aumento de carga tributária e complexidade ao sistema – afirmou o presidente da Comissão Especial de Tributação da OAB, Eduardo Maneira.

O deputado Celso Sabino argumenta que a aplicação de tributos sobre lucros e dividendos é feita por praticamente todos os países e, no caso específico do Brasil, a taxação será compensada por uma redução ‘ousada’ na alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), de 25% para 12, 5%:

– Esse caminho para a taxação de lucros e dividendos é um viés global. Estamos fazendo uma redução bastante ousada na alíquota do Imposto de Renda das empresas. – Acreditamos que, com isso, todos os setores serão beneficiados. O caminho é este, evamos fazendo as calibragens.

Mário Sérgio Telles, gerente de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNT), disse que a entidade é favorável à combinação de tributar o lucro na empresa e parte do lucro na distribuição entre os sócios. O problema são as alíquotas.

A CNI defende alíquota de 20% na carga para as empresas , hoje de 34% ao juntar IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e que cairia para 21% na proposta do relator. Já a taxação de lucros e dividendos deveria ser de 15%, não de 20%, como está no texto, diz a entidade.

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O ESTADO DE S.PAULO

CPI da Covid cria 7 ‘núcleos’ para acelerar investigação

Subgrupos pretendem organizar documentos obtidos pela comissão para municiar parecer que será feito pelo relator

A CPI da Covid dividiu a investigação sobre suposta omissão e corrupção do governo federal na pandemia em subgrupos. Em reunião, os senadores entenderam que os documentos referentes a cada assunto serão apurados por sete núcleos.

A ‘força-tarefa’ da CPI conta com o reforço das senadoras Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não são titulares da comissão, mas têm comparecendo aos depoimentos e acompanhando as investigações. A ideia é que os núcleos ajudem a estruturar um material consistente, baseado nos documentos recebidos, para auxiliar na produção do relatório final, do relator Renan Calheiros (MDB-AL).

A compra da vacina indiana Covaxin vai ser apurada por um dos grupos por suspeita de corrupção na negociação. O Ministério da Saúde fechou contrato coma empresa Precisa Medicamentos e com a farmacêutica indiana Bharat Biotech, em 25 de fevereiro, para adquirir 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão.

O contrato da compra do imunizante foi suspenso em 29 de junho pela pasta, após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). Cada dose da vacina custaria US$ 15, preço mais caro dentre os imunizantes comprados no País. O valor do contrato ainda não foi pago, mas foi empenhado (reservado).

Outro núcleo vai investigar a atuação de intermediários na compra de vacinas. Essa frente de apuração ficará com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Outro grupo vai mirar nas denúncias feitas pelo ex-governador do Rio Wilson Witzel, sobre possíveis irregularidades na administração de hospitais federais fluminenses. Essa parte da investigação, que vai avaliar contratos e vínculos de organizações sociais com os hospitais, ficará a cargo do senador Humberto Costa (PT-PE).

Witzel falou à CPI em 16 de junho. No depoimento, disse que os hospitais do Rio tinham ‘um dono’. ‘Os hospitais federais, os hospitais federais são intocáveis, ninguém mexe ali. Tem um dono, e esta CPI pode descobrir quem é o dono daqueles hospitais federais’, declarou na ocasião.

Costa também ficará com a investigação sobre os ganhos milionários de farmacêuticas com a venda de medicamentos com ineficácia comprovada contra a covid. Remédios como cloroquina e ivermectina compõem o tratamento precoce contra a doença e são incentivados pelo presidente Jair Bolsonaro. A CPI quer saber quem faturou com a venda desses medicamentos.

Outra linha de investigação vai focar no negacionismo do governo federal no enfrentamento da pandemia e na propagação de fake news. Estes temas ficarão a cargo do relator do colegiado, Renan Calheiros, e do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

A CPI já identificou 68 perfis em redes sociais como Instagram e Twitter e, agora, vai atrás dos donos. A investigação aponta que contas se dedicavam a compartilhar fake news sobre o tratamento da covid.

Os senadores estão apurando também palestras sobre a doença financiadas pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Fundação Alexandre Gusmão. Um dos vídeos, que acabou sendo removido pelo YouTube, falava sobre a ‘nocividade do uso de máscaras’.

Parte da apuração é também seguir o caminho do dinheiro das fake news e mapear os pagamentos da Secretaria de Comunicação para agências de publicidade e, em seguida, para pessoas e influenciadores que faziam campanha pela cloroquina e contra a vacina e incentivavam a população a ir para as ruas, contrariando as orientações de isolamento social.

Outro núcleo, do qual a senadora Eliziane Gama fará parte, vai investigar as novas denúncias de corrupção envolvendo a empresa VTCLog, atual encarregada da logística do Ministério da Saúde para a entrega de vacinas. A CPI apura se os contratos fechados pela empresa foram superfaturados.

O senador Otto Alencar (PSD-BA) ficou responsável por um subgrupo que vai apurar o aplicativo TrateCov, lançado pelo Ministério da Saúde para orientar o enfrentamento dacovid-19 com antibióticos, cloroquina, ivermectina e outros fármacos; a omissão e a negligência na compra de vacinas; e o estímulo à imunidade de rebanho ou coletiva e a crise do oxigênio em Manaus, em janeiro. O senador também vai apurar o negacionismo na pandemia.

Dados. A investigação da CPI tem a ajuda ainda de policiais federais, que estão auxiliando no cruzamento de dados e no mapeamento de relações entre os alvos. O período de recesso da CPI vai ser aproveitado pelos núcleos para acelerar a apuração dos senadores. Os subgrupos terão suas frentes de investigação, mas poderão contribuir uns com os outros.

No domingo, Bolsonaro voltou a negar irregularidades na compra de vacinas por parte do Ministério da Saúde e defendeu a atuaçãodo ex-ministro Eduardo Pazuello.

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Apesar da vacinação, especialistas veem risco de nova onda

Variante Delta é fator de preocupação 

Com o espalhamento da Delta no Brasil, especialistas alertam para o risco de uma nova onda, apesar do avanço da vacinação pelo País. Um dos obstáculos para a nova variante no Brasil é vencer a Gama, que teve origem em Manaus e hoje é a cepa predominante.

“Não podemos relaxar; precisamos rastrear os casos e os contatos, isolar as pessoas, reforçar a vigilância epidemiológica e genômica, manter as medidas de isolamento e uso de máscara, e ampliar a vacinação”, enumera a presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Gulnar Azevedo e Silva, professora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio (Uerj). “Se nada disso for feito, corremos o risco, sim, de termos uma quarta onda.”

Estudos mostram que a Delta é mais transmissível do que as demais cepas, mas não necessariamente mais agressiva. Cientistas ressaltam que a variante se espalhou em países onde boa parte da população já está vacinada. Isso poderia explicar o baixo número de internações e mortes. Já se sabe também que apenas a primeira dose de um imunizante pode não ser suficiente para barrar a infecção.

É complexo prever como a Delta se comportaria no Brasil, que tem menos de 20% da população imunizada com duas doses. “É difícil avaliar porque não temos nenhum outro país com a mesma situação epidemiológica do Brasil para comparar”, afirmou o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul. “Os países europeus tiveram medidas de controle muito mais rígidas e estavam com a vacinação mais avançada.”

Segundo o especialista, o ideal é tentar evitar, pelo maior tempo possível, a transmissão comunitária da Delta no Brasil. É muito provável, porém, que ela já esteja circulando no Rio e em São Paulo. “Temos que fazer a identificação dos casos, rastrear os contatos, mesmo os assintomáticos, quarentenando as pessoas”, disse Spilki. “Ainda dá pra fazer isso. Quando estivermos com centenas ou milhares de casos, não será mais possível.”

Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Guimarães, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), acha cada vez mais difícil fazer previsões sobre a pandemia. Mas avalia que ainda é possível que a predominância da variante Gama no País impeça a disseminação da Delta. “Nossas fronteiras são tão ou mais porosas do que a dos outros países, claramente já fomos expostos à Delta”, pondera. “Se ela ainda não é predominante é porque algo a está impedindo.”

Guimarães chama atenção também para o fato de que o Rio é o Estado que faz o maior número de sequenciamentos genéticos do vírus. São 800 amostras por mês, em média. Essa peculiaridade pode criar uma percepção alterada da presença da Delta. “Os números ainda são tímidos para chegarmos a qualquer conclusão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

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FOLHA DE S.PAULO

Ministério da Saúde prevê protocolo nacional de tratamento da Covid-19 para o mês de setembro

Guia chega à fase final após um ano e meio de indicações danosas de Bolsonaro e falhas da pasta

Após mais de um ano e meio de falhas de coordenação e recomendações esdrúxulas por parte de Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia, que envolveram até o apoio à nebulização de cloroquina, procedimento que levou pessoas à morte, o Ministério da Saúde crê que terá em setembro um protocolo nacional oficial para o tratamento da Covid-19.

Elaborado por grupo liderado pelo médico Carlos Carvalho, professor da USP, esse guia será formado por protocolos específicos para as diferentes etapas de cuidados.

Como mostrou o Painel, Carvalho foi escolhido no final de março para coordenar o núcleo técnico para elaboração desse protocolo unificado de tratamento.

Em agosto e setembro, os cinco protocolos finais deverão ser apresentados à Conitec, comissão que analisa a incorporação de tecnologias no SUS. Eles abordam desde a fase pré-hospitalar até as sequelas do pós-Covid.

Os protocolos em conjunto, inclusive quatro que já foram aprovados, resultarão nessa linha de cuidados de pacientes com Covid.

Em maio, como adiantou a coluna, o grupo colocou em parecer que medicamentos como a hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, ivermectina e outros, como o remdesivir, não eram recomendados para tratamento de pacientes hospitalizados com Covid-19.

“A grande vantagem é ter uma diretriz’, diz Carvalho, que conta com a colaboração de dezenas de sociedades médicas e científicas na elaboração do trabalho.

‘Debati muito com o ministro [Marcelo Queiroga] sobre isso. No Sul e Sudeste, a letalidade de pacientes intubados ficava abaixo de 60%. Em hospitais públicos, abaixo de 70%, nos privados, abaixo de 50%. No Nordeste, por exemplo, a letalidade chegava a ser superior a 90% em alguns lugares”, afirma Carvalho.

“Isso porque cada lugar fazia de uma forma. Multiplicamos o número de leitos de UTI e não conseguimos ter a mesma quantidade de profissionais treinados. É necessário dar um suporte, uma diretriz mínima de como agir com o paciente’, completa.

Os próximos protocolos a serem entregues pelo grupo coordenado por Carvalho tratam de tratamento pré-hospitalar; uso de sedativos, analgésicos e bloqueadores musculares durante ventilação; tratamento hemodinâmico e reposição de fluidos; diagnóstico e terapêutica da insuficiência renal; e pós-Covid e tratamento das sequelas após a alta.

O protocolo mais amplo, resultante dessas orientações específicas, poderá contribuir em breve, inclusive, caso o Brasil siga a tendência de países do hemisfério norte e enfrente aumento de casos com a disseminação da variante delta, analisa Carvalho.

“Historicamente, o Brasil está de seis a oito semanas atrás do que acontece no hemisfério norte, especialmente na Europa. De dez dias para cá, a variante delta vem crescendo e aparecendo como dominante na região”, diz o professor.

“Na Europa, tem aumentado o numero de casos, mas a letalidade continua baixa. No Brasil, talvez haja uma sobrecarga de casos, mas com o conhecimento nosso talvez a gente consiga tratar sem ter o aumento de letalidade. É com isso que estamos contando”, acrescenta.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Ocupação das UTIs em Goiânia cresce e se aproxima de 90%

Flúvia Amorim atribui elevação às aglomerações | 20.07.21 – 16:38

Goiânia – A ocupação dos leitos de UTI públicos e privados para tratar covid-19 voltou a crescer em Goiânia e atingiu, nesta terça-feira (20/7), 86,4%. Os dados foram colhidos na plataforma de monitoramento do novo coronavírus disponibilizada pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). De acordo com números enviados ao jornal A Redação pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) no último dia 13, a ocupação dos leitos de tratamento intensivo na capital era de 76%.


Ao todo, são 773 leitos habilitados, mas 668 estão com pacientes internados. Quando se vê a disponibilidade dos leitos de UTI para covid-19 da rede estadual, em Goiânia, a taxa sobe ainda mais e marca 89,8%. Na rede privada, a ocupação registrada nas unidades de saúde da capital é de 92,8% – apenas nove vagas estão disponíveis.

Em entrevista ao jornal A Redação nesta terça (20), a superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Flúvia Amorim, descartou qualquer ligação do aumento com a variante Delta. Segundo ela, essa nova crescente nos casos se atribui sobretudo ao comportamento da população. “Quando temos uma queda nos casos, percebemos que as pessoas começam a sair, como se a pandemia tivesse acabado. Isso acaba por gerar novas infecções”, explicou.

De acordo com Flúvia Amorim, 99% das infecções registradas em Goiás são da variante Gama, também conhecida como P-1. A superintendente, no entanto, destaca que, para mitigar o avanço do vírus, é preciso que os próprios municípios entendam a dinâmica da contaminação local e adote medidas para frear os casos.

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PORTAL G1

Após duas cirurgias em SP, bebê com ‘meio coração’ ganha alta e vai para casa em Goiás

Gabriela Castro, mãe da Elisa, deu à luz após intensa disputa judicial para obrigar plano de saúde a pagar tratamento especializado. Ela disse que a filha está bem, mas que a batalha continua porque a pequena vai fazer uma terceira cirurgia.


A bebê Elisa Castro, que nasceu com a síndrome do “meio coração”, passou por uma segunda cirurgia em São Paulo e finalmente foi para casa em Senador Canedo na terça-feira (20), depois de cinco meses em hospital (veja vídeo acima). A mãe deu à luz após intensiva disputa judicial para obrigar o plano de saúde a pagar um tratamento especializado.

“Pode ser que ela tenha as limitações dela, mas vai correr, vai brincar e, se cansar, vai parar. Mas ela está desenvolvendo bem, é muito risonha. Por ela, eu faria tudo de novo”, declarou Gabriela Castro, mãe da Elisa.

Segundo Gabriela, a batalha ainda continua. Quando Elisa completar três anos de vida, uma terceira cirurgia deverá ser feita para concluir o tratamento médico.

Desde o início da gravidez, Gabriela já sabia que a filha nasceria com a Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE). Elisa nasceu em 8 de fevereiro deste ano. A mãe foi aconselhada por médicos goianos a fazer o parto e o tratamento de saúde em São Paulo.

O plano de saúde, então, negou cobertura. Foi uma luta na justiça até que ela conseguisse quatro decisões favoráveis a obrigar o plano a pagar todos os gastos. Até tudo ser resolvido, o parto precisou ser adiado por três vezes.

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Assessoria de Comunicação