Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 03/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Autorização para testes da vacina contra a Covid da UFMG ainda depende de entrega de dossiê, diz Anvisa

Brasil tem 47,96% da população parcialmente imunizada contra a covid-19

Desafio da CPI da Covid será produzir resultado

Na volta, CPI mira sites que divulgaram conteúdos falsos

Brasileiras tentam acordo por danos atribuídos a implante

Artigo – Patrícia Montagner – País precisa de educação para aproveitar a Cannabis medicinal

Após atualização, ocupação das UTIs para covid-19 em Goiás marca 80.59%

Covid-19: Goiás registra 2.113 novos casos e 100 mortes em 24 horas

 Realizada com sucesso, Brasil registra primeira cirurgia contra diabetes tipo 2 feita com robô

PORTAL G1

Autorização para testes da vacina contra a Covid da UFMG ainda depende de entrega de dossiê, diz Anvisa

Solicitação para a realização do estudo em humanos da Spintec foi enviado na sexta-feira (30), mas há documentos pendentes.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta segunda-feira (2), que não recebeu o Dossiê de Ensaio Clínico (DEEC) da Spintec, vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O documento é essencial para o início de testes em humanos. A agência confirmou que recebeu, na última sexta o pedido de autorização da Universidade, mas sem este protocolo clínico do estudo.

Segundo a universidade, as duas fases serão desenvolvidas concomitantemente e estão previstas para setembro. A primeira, vai ser realizada com cerca de 40 voluntários e tem o objetivo de avaliar a segurança da vacina, para identificar se ela provoca ou não efeitos adversos.

Já a fase 2, que vai reunir 150 a 300 voluntários, busca comprovar a capacidade imunogênica da vacina, isto é, de induzir a geração de anticorpos e células de defesa específicas contra o coronavírus.

Serão convocados voluntários que já tiverem recebido duas doses da vacina Coronavac há pelo menos seis meses. A ideia é avaliar a capacidade de resposta imunológica do organismo à terceira dose de um imunizante

Em nota, a Universidade informou que todas as exigências para análise e autorização dos testes em humanos estão sendo cumpridas ‘em conformidade com a regulamentação e os prazos previstos para o desenvolvimento da vacina’.

Mas disse, também, que ‘nesse processo é natural que alguns documentos não sejam entregues ao mesmo tempo e que sejam acrescidos à solicitação inicial ao longo de todo o procedimento’.

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem 47,96% da população parcialmente imunizada contra a covid-19

O Brasil chegou nesta segunda-feira (02/8), a 47,96% da população parcialmente imunizada contra a covid-19. Ao todo, 101.551.524 pessoas receberam ao menos a primeira dose da vacina. Ao mesmo tempo, 42.122.692 foram vacinadas com duas doses ou dose única contra a doença, o equivalente a 19,89% da população. Nas últimas 24 horas, o País aplicou 1.315.795 doses de vacinas anticovid. Foram administradas 679.601 primeiras doses, 608.322 segundas doses e 27.872 doses únicas. Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal. Em termos proporcionais, São Paulo continua sendo o Estado que mais imunizou com primeira dose, com 57,85% dos habitantes parcialmente imunizados. Já o Mato Grosso do Sul tem a maior porcentagem da população completamente imunizada: 33,40%.

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O GLOBO

Desafio da CPI da Covid será produzir resultado

Com o aparelhamento dos órgãos de controle, há obstáculos para levar adiante eventuais punições

Depois do recesso de duas semanas, a CPI da Covid retoma os trabalhos hoje com nova configuração – o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) assume como suplente – e um desafio fundamental: fazer as revelações que por quase três meses dominaram o noticiário terem consequências para além do jogo político. Criada para apurar erros e omissões do governo no combate à pandemia que já tirou a vida de mais de 557 mil brasileiros, a comissão precisa cumprir seu propósito: apontar os responsáveis e os corresponsáveis pelo morticínio.

A punição pela hecatombe sanitária não depende apenas da CPI, onde oposição e independentes ainda são maioria (sete em 11). Dependerá sobretudo da Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem caberá dar prosseguimento às denúncias. Em entrevista ao GLOBO, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, disse que, a partir da entrega do relatório à PGR, as autoridades terão30 dias para informar as providências tomadas, ‘sob pena de serem responsabilizadas penal ou criminalmente’. Afirmou ainda que as conclusões serão encaminhadas também ao Congresso e ao Tribunal Penal Internacional.

A denúncia ao tribunal de Haia faz barulho – e só. No Parlamento, o governo tem amplo apoio, e a chance de qualquer processo contra o Planalto é nula enquanto o Centrão de Arthur Lira (PP-AL) mandar na Câmara. Na PGR, o alinhamento de Augusto Aras com o presidente Jair Bolsonaro também sugere empenho tímido – ou nenhum. Recentemente, a PGR teve de ser chacoalhada pela ministra Rosa Weber, do Supremo, para fazer seu trabalho e investigar se Bolsonaro prevaricou no caso das denúncias sobre a compra da vacina indiana Covaxin. Aras queria esperar o fim dos trabalhos da CPI para começar a agir. Rosa disse que não cabia ao Ministério Público o papel de espectador.

Parece haver também desinteresse da Controladoria-Geral da União, que anunciou na semana passada não ter encontrado irregularidades com a Covaxin, anão ser um problema na documentação (se não havia nada, por que o Ministério da Saúde cancelou o contrato de R$ 1,6 bilhão para o qual já havia recurso empenhado?).

A descrença nos resultados da CPI é palpável. Uma pesquisa Datafolha de maio revelou que, para 82%, o Senado fez bem em criar a comissão, mas mais da metade (57%) diz que ela não apresentará resultados. Pouco mais de um terço (35%) afirma acreditar que ela fará uma investigação séria.

Todas essas dificuldades aumentam a responsabilidade da CPI, que precisa comprovar de forma objetiva as muitas denúncias que não passam de indícios. Não adianta ficar abrindo novas frentes de investigação se as demais não estão fechadas. Quanto mais técnico e menos político for o relatório, mais será valorizado. Com o aparelhamento dos órgãos de controle pelo governo Bolsonaro, são reais os obstáculos para levar adiante qualquer punição futura. Apenas conclusões precisas e contundentes poderão aumentar a pressão para punir os eventuais responsáveis. A sociedade quer saber por que alcançamos o segundo maior número de mortes pela Covid-19 no planeta. Mas só isso não basta. É preciso que os erros e omissões na pandemia mais letal em cem anos tenham consequências. A CPI ainda deve isso aos brasileiros.

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O ESTADO DE S.PAULO

Na volta, CPI mira sites que divulgaram conteúdos falsos

Senadores pretendem quebrar sigilo de 8 páginas que publicaram notícias inverídicas; comissão retoma hoje a coleta de depoimentos

Julia Affonso

O núcleo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, que investiga a disseminação de fake news sobre o enfrentamento à pandemia, avança e deve pedir, nesta semana, a quebra de sigilo bancário de ao menos oito sites que propagaram conteúdos falsos. Desde ontem, o grupo conta com o auxílio do delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Miguel Sobral, especialista em crimes cibernéticos, que investigará exclusivamente a disseminação de mensagens enganosas.

Após 15 dias de recesso, a CPI retoma os trabalhos hoj e, quando também retoma a apuração sobre intermediários de venda de supostas vacinas contra a co-vid-19. A comissão convocou para falar, hoje, o reverendo Amil-ton Gomes de Paula. Ele é presidente de uma empresa chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), com sede em Águas Claras (DF), e tentou negociar supostas doses da vacina AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

Amanhã, os senadores ouvem o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde, exonerado da pasta em 19 de janeiro. Áudios em posse da CPI, revelados pelo Estadão, mostram o coronel orientando Cristiano Alberto Hossri Carvalho, representante da Da-vati Medicai Supply, a acessar o Departamento de Logística do Ministério da Saúde e negociar supostas 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

Está marcado para quinta-feira o depoimento do ex-assessor do Ministério da Saúde, Airton Antonio Soligo, nomeado em 23 de junho do ano passado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello. Ele foi exonerado em 24 de março, um dia depois da saída de Pazuello do ministério.

A pauta da Comissão para hoje tem mais de 130 requerimentos para análise. O item número um é a proposta do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de afastamento de Mayra Pinheiro da secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde. Em entrevista à rádio Eldorado, ontem, o presidente da CPI, Ornar Aziz (PSD-AM), cobrou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a demissão de Mayra do cargo.

A secretária é entusiasta do suposto tratamento precoce contra a covid, composto por medicamentos contraindicados para a doença, como cloroquina e ivermectina. O ‘kit covid’ tem como incentivador o presidente Jair Bolsonaro.

No domingo, o Estadão mostrou, com base em estudo da consultoria LLYC, que Bolsonaro foi o principal influenciador no apoio ao kit covid nas redes sociais no primeiro ano da crise sanitária. Â LLYC rastreou cerca de 20 milhões de menções a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina na rede social Twitter. No total, 1,85 milhão de contas foram analisadas.

Negacionismo. O núcleo de senadores que apura o negacionismo na pandemia catalogou as principais fake news da covid e identificou, na semana passada, sites, pessoas físicas, influenciadores e políticos que disseminaram conteúdo falso.

‘A desinformação e as campanhas negacionistas também mataram brasileiros. Pessoas físicas, influenciadores e sites criados apenas para disseminar fake news e atacar adversários do governo foram aliados do vírus e agravaram o morticínio’, afirmou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), um dos senadores que lideram a investigação sobre fake news. ‘A CPI tem o compromisso de investigar e cobrar as responsabilidades. E é isso que vamos fazer.’

A CPI da Covid já identificou de que forma as fake news disparadas durante a pandemia se estruturaram. Os senadores descobriram que as mentiras eram produzidas para induzir as pessoas a acreditarem no suposto tratamento precoce.

As mensagens falsas são disparadas de duas formas, simultaneamente. Há um conteúdo que ataca a vacina, o uso de máscara e o distanciamento social, e outro que dissemina o suposto tratamento precoce com dados falsos e pesquisas distorcidas. A CPI suspeita que robôs tenham sido usados para estimular a disseminação das mensagens.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirma que os parlamentares aguardam uma confirmação técnica sobre o assunto. ‘Apriori, sim, você teve a mistura bem típica da desinformação, que utiliza perfis que são operados por seres humanos e impulsiona, dá volume, com robôs’, disse.

A investigação dos senadores já identificou ao menos 76 perfis, em redes sociais como Instagram e Twitter, que se dedicavam a propagar notícias enganosas. A CPI também deve pedir às plataformas que revelem quem são as pessoas por trás dos perfis. A apuração pretende também identificar pessoas, inclusive do governo federal, ‘que tiveram papel efetivo na desinformação dos brasileiros’, e responsabilizá-los no relatório final.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasileiras tentam acordo por danos atribuídos a implante

Contraceptivo foi tirado do mercado pela Bayer; mulheres relatam sintomas como dores, hemorragia e depressão

Cláudia Collucci

Um grupo de 334 brasileiras tenta um acordo indenizatório extrajudicial de 30 milhões de euros (cerca de R$ 180 milhões) com a farmacêutica multinacional Bayer por danos que teriam sido provocados pelo contraceptivo Essure, um implante permanente tido como alternativa à laqueadura de trompas.

O dispositivo foi autorizado em 2009 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Em 2017, a agência chegou a proibi-lo por questões de documentação e depois o liberou, mas a própria Bayer pediu o cancelamento do registro do produto no mesmo ano. A retirada também ocorreu na Europa e no Canadá e, um ano depois, nos EUA.

À Folha a farmacêutica diz que a segurança do Essure é comprovada por uma série de estudos e que decidiu retirar o produto do mercado por motivos comerciais e de estratégia de negócios.

No entanto, o período coincide com uma avalanche de queixas de mulheres em vários países. No Brasil, elas se concentram no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Pará, em Tocantins e no Distrito Federal, onde houve implantação do dispositivo no SUS.

As reações adversas mais comuns relatadas são dor crônica, fadiga, perda de cabelo, sangramento vaginal e depressão. Porém, não há na literatura médica estudos científicos robustos que expliquem de que forma o dispositivo pode causar esse conjunto de sintomas. O implante é de aço inoxidável revestido por níquel-titânio.

Centenas de mulheres ainda lutam para se livrar do contraceptivo, que consiste em duas molas colocadas entre as trompas e o útero e que impedem a fecundação. A única forma de extirpá-lo é por meio de uma cirurgia que retira o útero e as trompas.

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde recomendou que secretarias estaduais de Saúde contatassem as mulheres que convivem com Essure e que as informassem sobre os riscos e a necessidade de retirada. O dispositivo não está incorporado ao SUS, mas foi adquirido por alguns gestores estaduais.

O ministério também orientou que as usuárias sejam acompanhadas por uma equipe multiprofissional, inclusive psicossocial. Estima-se que ele tenha sido implantado em cerca de 8.000 brasileiras, mas não há dados sobre quantas apresentaram problemas.

Em agosto do ano passado, a Bayer fez um acordo para pagar US$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões) para resolver cerca de 90% das ações contra o Essure (estimadas em 39 mil) que tramitavam nos tribunais da Califórnia e da Pensilvânia, nos EUA. Isso estimulou o grupo brasileiro a seguir o mesmo caminho.

Segundo a advogada Bruna Ficklscherer, associada do escritório internacional PGMBM e que representa o grupo brasileiro, caso não haja um acordo, o próximo passo será uma ação coletiva nos tribunais alemães. O escritório também representa cerca de 2.000 mulheres no Reino Unido e na Holanda.

Na carta encaminhada à Bayer na sexta passada (23), os advogados pedem uma resposta até o próximo dia 6. Em nota, a farmacêutica informou que a sua prioridade é a segurança e a eficácia dos produtos.

‘Nos solidarizamos com todos os que possa ter tido algum problema de saúde ao usar qualquer um deles, independentemente da causa. A empresa confia no conjunto de evidências científica do Essure e pretende se defender no tribunal, caso haja ações judiciais.”

Ficklscherer afirma que há evidências de que a farmacêutica estava ciente dos riscos de complicações graves do dispositivo, mas que não informou de forma transparente o público ou os profissionais de saúde sobre eles.

‘As mulheres que ainda não conseguiram retirar o dispositivo estão extremamente ansiosas. Tentar isso no SUS tem sido muito difícil.’

De acordo com a advogada, muitas dessas mulheres convivem com sangramentos, dores pélvicas e de cabeça e sofrem de depressão. Muitas perderam o emprego porque precisavam faltar no trabalho [devido aos sintomas]. Muitos casamentos acabaram porque elas não conseguem manter relações sexuais.’

A produtora de eventos Mônica Cavalcanti, 43, mãe de quatro filhos, é uma das mulheres que buscam uma indenização da Bayer. Ela teve o Essure implantado em 2015, em um hospital público de São Paulo, um ano depois do nascimento da caçula. ‘Parecia uma coisa muito simples, rápida, ambulatorial.’

Mas o tempo foi passando e o sangramento não cessava. Ao mesmo tempo, passou a ter queda de cabelo, sobrancelhas, cílios, perda de dentes. ‘Engordei muito, passei a ter uma barriga enorme, nem me olhava mais no espelho, me sentia horrorosa. Um dia eu me vi em depressão.’

Em 2017, após ler que a Anvisa havia proibido o dispositivo no país, ela diz que começou a pesquisar e encontrou relatos de mulheres americanas com queixas muito parecidas com as suas. Só então associou os sintomas ao dispositivo.

‘Entrei em contato com um médico americano, relatei os sintomas e ele me deu todas as orientações. Juntei todo material, procurei o meu médico. Ele deu risada na minha cara, insinuando que eu estava louca. Catei o celular e mostrei tudo o que tinha [sobre os efeitos do Essure].’

Cavalcanti conseguiu retirar o implante por meio de uma histerectomia por videolaparoscopia, mas diz que as dores ainda persistem. Hoje tem o diagnóstico de fibromialgia. ‘Eu queria não ter mais filhos, mas acabei destruindo a minha vida.’ Ela mantém a página ‘Vítimas do Essure BR’ no Facebook, que reúne centenas de relatos de mulheres com as mesmas queixas.

Rosa Germano, 34, passou por situação parecida em um hospital público no Rio de Janeiro. Ela também colocou o implante em 2015, um ano depois do nascimento do seu único filho. ‘Me disseram que o dispositivo tinha vindo para revolucionar, que era uma laqueadura ambulatorial, um método indolor. Só falaram maravilhas.’

Após a implantação, ela passou a ter hemorragia constante, mas diz que os médicos afirmavam que era normal. ‘Em seis meses, ganhei dez quilos. Perdi cabelo, cílios e sobrancelhas, sentia muitas dores nas articulações e fiquei impossibilitada de trabalhar.’

Foi por meio de pesquisas na internet que ela localizou outras mulheres com problemas semelhantes e que já tinham conseguido retirar o dispositivo. Depois de muita briga, ela também conseguiu.

Mas diz que centenas de outras mulheres ainda sofrem com os efeitos do Essure no corpo sem conseguir retirá-lo. ‘A gente quer ter o direito de um tratamento digno. As indenizações que estamos pedindo é para cuidar da nossa saúde. Sabemos que temos mais riscos de osteoporose, precisamos de exames complementares. Fora a questão a emocional’, afirma.

Em audiência da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados no ano passado, o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, disse que quando atendia pacientes no Rio de Janeiro não apoiou o uso do dispositivo.

‘Eu não aceitei porque eu já sabia por diversos relatos que isso estava dando problemas nos Estados Unidos.’ Na sua opinião, além da responsabilidade da empresa, pessoas que autorizaram a implantação também deveriam ser responsabilizadss.

Toda a polêmica envolvendo o Essure é tratada no documentário da Netflix ‘Operação Enganosa’ (The Bleeding Edge), que trata de complicações devastadoras de dispositivos médicos aprovados pela agência reguladora dos EUA (FDA) e que movimentam bilhões de dólares.

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Artigo – Patrícia Montagner – País precisa de educação para aproveitar a Cannabis medicinal

Prioridade hoje é combater a ignorância em relação ao assunto no Brasil

Patrícia Montagner

A Cannabis medicinal tem um enorme potencial terapêutico, e a comunidade médica deve liderar a construção de um ambiente mais favorável para a utilização da planta no tratamento de várias doenças no BrasiL Os benefícios estão comprovados na assistência de casos que vão desde doenças neuropsiquiátricas e problemas crônicos de pele até transtornos gastrointestinais. Estudos ainda apontam bons resultados em diversas novas aplicações, inclusive como adjuvante anti-inflamatório em pacientes com Covid-19.

Observamos recentemente um avanço importante com a aprovação do projeto de lei 399/15, por uma comissão especial da Câmara dos Deputados, para legalização do cultivo e produção da Cannabis para fins medicinais no país. A venda de medicamentos à base da planta já estava autorizada desde 2017, quando a Anvisa registrou o Mevatyl, remédio composto de canabidiol e tetra-hidrocanabinol (os dois principais elementos químicos da planta) para tratamento de espasmos associados à esclerose múltipla. São passos promissores, que demonstram que o Brasil segue na direção correta, mas ainda é necessário caminhar bastante para tornar os tratamentos à base de Cannabis acessíveis, seguros e eficazes.

A prioridade do momento deve ser a educação. A falta de informação e um persistente estigma em relação à Cannabis, com muita confusão entre uso medicinal e o uso recreativo, são hoje o principal empecilho para a popularização dos benefícios da medicina endocanabinoide no Brasil. Nossa prioridade, hoje, é combater a ignorância em relação ao assunto.

Nesse sentido, a comunidade médica é liderança natural, e correta, no esforço de esclarecimento da sociedade. Mas, para tomar à frente, precisa se preparar melhor para isso. Por enquanto, poucos profissionais dominam o tema no país, e o desconhecimento ainda é regra entre a classe.

A maioria das instituições de ensino, por exemplo, ignora a existência do sistema endocanabinoide e a utilização da Cannabis medicinal como ferramenta de modulação desse sistema, apesar de resultados científicos contundentes publicados há décadas. Uma omissão espantosa, mas o problema é ainda maior.

A falta de interesse, juntam-se abordagens equivocadas. Pontos de vista passionais e extremistas -que consideram a Cannabis ou um remédio milagroso ou um veneno perigoso- muitas vezes do-minam e contaminam o ambiente. Tão importante quanto estimular o debate é garantir o nível técnico e imparcial da discussão.

Além disso, chegamos ao estágio em que será criado um mercado de proporções bilionárias, e a relevância econômica da área é cada dia maior. Mais um motivo, portanto, para a urgência em garantir um processo guiado pelo conhecimento científico e pela ética, que cumpra a finalidade maior de proteger e proporcionar o bem-estar dos pacientes.

É hora de estimular médicos e outros profissionais de saúde a estudar e se preparar. Temos que formar gente com capacidade técnica para consolidar a terapia endocanabinoide no Brasil. Pessoas que vão desenvolver esse ecossistema, criar padrões, fomentar práticas e inserir produtos qualificados nas redes pública e privada de saúde, impedir retrocessos, esclarecer e beneficiar a sociedade. E, principalmente, profissionais que vão diagnosticar, prescrever e realizar tratamentos de potencial transformador na qualidade de vida de milhares de pacientes portadores de doenças graves, refratárias e incapacitantes.

Nós, médicos, temos sempre a obrigação de garantir aos nossos pacientes a melhor assistência disponível e incorporar à nossa prática médica ferramentas terapêuticas comprovadamente seguras e eficazes. E hoje, diante da enxurrada de artigos científicos publicados na área e da robustez de resultados observados diariamente na vida de centenas de milhares de pacientes, está claro que a terapia endocanabinoide e a Cannabis medicinal demonstram ser uma excelente alternativa.

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A REDAÇÃO

Após atualização, ocupação das UTIs para covid-19 em Goiás marca 80.59%

A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) para tratamento da covid-19 está em 80.59% nos hospitais privados e estaduais de Goiás. A informação consta na plataforma da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), que é atualizada em tempo real.

A plataforma que compila os dados da covid-19 em Goiás amanheceu nesta segunda-feira (2/8) com registro de ocupação superior a 173% nos hospitais públicos e privados. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), houve um erro na plataforma e os números não condiziam com a realidade da ocupação. Com a atualização do sistema, o Estado registra 80.59% dos leitos ocupados até o momento.

Conforme os dados, há 281 leitos disponíveis específicos para internações nas unidades de saúde instaladas no Estado. Somente nos hospitais estaduais de saúde, há 98 unidades disponíveis.

Na rede pública municipal, Em Goiânia, a taxa de ocupação dos leitos destinados aos pacientes com covid-19 é de 71.25%.

Em nota enviada ao jonal A Redação, a Secretaria de Estado da Saúde explicou que o registro da ocupação do leito é feito com base em autodeclaração da unidade de saúde no sistema. “Nesta segunda-feira (2/08), a SES-GO constatou que a alta taxa de ocupação de leitos registrada ocorreu por erro de duas unidades que não integram a rede própria estadual no momento de alimentar o sistema”, explicou a pasta.

Leia a nota completa enviada pela SES-GO:

“RESPOSTA-SES-GO

A propósito das questões formuladas por esse veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) responde o que segue:

As informações do link ‘Internações: hospitais públicos e privados’, do Painel Covid-19 de Goiás, são autodeclaradas, uma vez por dia, pelas unidades públicas (estaduais e municipais), privadas e filantrópicas, por meio de um formulário para atendimento de legislação federal.

Nesta segunda-feira (2/8), a SES-GO constatou que a alta taxa de ocupação de leitos registrada ocorreu por erro de duas unidades que não integram a rede própria estadual no momento de alimentar o sistema.

A SES-GO entrou em contato com ambos os hospitais para que retifiquem os registros no sistema, o que deve ocorrer até o fim da tarde desta segunda-feira.

Secretaria de Estado da Saúde Goiás”

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Covid-19: Goiás registra 2.113 novos casos e 100 mortes em 24 horas

Goiás registrou 2.113 novas infecções por covid-19 e 100 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, conforme boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nesta segunda-feira (2/8). Desde o início da pandemia, o Estado contabiliza 745.041 casos e 20.904 óbitos confirmados. A taxa de letalidade do vírus é de 2,81%.

Segundo a pasta, há o registro de 710.963 pessoas recuperadas no Estado. Além disso, a secretaria investiga 554.899 casos suspeitos. Outras 360 mortes são apuradas para saber se há qualquer relação com o novo coronavírus.

O levantamento realizado pela SES-GO, com dados do Localiza SUS, aponta que 3.066.886 pessoas foram imunizadas com primeira dose da vacina contra a covid-19. Destas, 1.190.654 pessoas receberam reforço. Estes dados são preliminares.

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AGÊNCIA BRASIL

Realizada com sucesso, Brasil registra primeira cirurgia contra diabetes tipo 2 feita com robô

O empresário Edmilson Dalla Vecchia Ribas, 61 anos, foi o primeiro paciente com diabetes do tipo 2 submetido à cirurgia metabólica robótica em todo o mundo. A intervenção foi realizada no mês de julho, no Hospital Marcelino Champagnat, ligado à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. 

“Já saí do hospital sem tomar insulina”, disse Ribas nesta segunda-feira (2/8). “Foi uma grande vitória. A recuperação foi muito rápida. Eu já estou com a vida normal, dirigindo, trabalhando, perdendo peso. Foi uma cirurgia com muito sucesso”. Hoje, ele se considera curado. “É uma vitória da medicina e do doutor Alcides. É realmente um cara bom no que faz”.

Ribas se referia ao médico cirurgião do aparelho digestivo Alcides Branco, responsável pela cirurgia metabólica e pioneiro na técnica robótica.

Em entrevista, o médico disse que o uso do robô trouxe mais segurança e resultado para os pacientes. Antes, se fazia uma incisão na barriga do paciente, seguiu-se a laparoscopia por vídeos – técnica cirúrgica minimamente invasiva, na qual pequenas incisões são feitas na região abdominal – e, agora, a cirurgia com ajuda de robôs. “Isso trouxe uma qualidade em termos de pós-operatório e os pacientes têm um resultado muito positivo”, comentou o médico.

A cirurgia metabólica é uma cirurgia do trato gastrointestinal – com uso de técnicas da bariátrica – para tratar o diabetes tipo 2.

Outros três pacientes já estão cadastrados para fazer a cirurgia com auxílio do robô. Segundo o médico, a doença tem um vasto tratamento clínico, mas há uma porcentagem pequena de pacientes que não responde ao uso de medicamentos.

“O robô é uma ferramenta nova que veio somar no tratamento cirúrgico no diabetes, trazendo mais qualidade cirúrgica, mais segurança, resultados e melhor performance. Faz parte da evolução.”

Critérios

Alcides Branco observou, entretanto, que nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 podem se submeter à cirurgia metabólica robótica. Ela só é indicada nos casos em que o paciente não apresenta melhoras com tratamento clínico ou insulina. Essa triagem é feita pelo endocrinologista ou clínico geral. 

Entre os critérios para a cirurgia estão: pessoa ter sido diagnosticada com diabetes há menos de dez anos, ter menos de 70 anos de idade, usar dois ou três comprimidos por dia, fazer uso de insulina, ter obesidade grau 1, ou seja, Índice de Massa Corpórea (IMC) abaixo de 35. Se o paciente for obeso mórbido, o recomendado é a cirurgia bariátrica.

De acordo com Branco, o objetivo da cirurgia do diabetes é estimular o pâncreas a produzir insulina.

Segundo dados da Federação Internacional do Diabetes (IDF, da sigla em inglês), de 2019, o Brasil tem cerca de 17 milhões de adultos convivendo com o diabetes, sendo que nove em cada dez casos são de diabetes tipo 2.

Cirurgia

Na cirurgia robótica, o cirurgião controla um robô com quatro braços mecânicos equipados com diversos instrumentos médicos através de um painel de controle na sala de cirurgia. O equipamento possui câmeras que entregam imagens em 3D, ampliadas em até 20 vezes, com braços articulados em até 360º, o que permite maior liberdade e controle de movimento.

Entre as principais vantagens, o uso do robô garante maior precisão de movimentos e uma cirurgia menos invasiva, com redução de tempo de cirurgia e recuperação do paciente mais rápida que nos métodos convencionais com videolaparoscopia.

Recém-saído da cirurgia, o empresário Edmilson Ribas recomenda a intervenção com auxílio de robô para quem tem diabetes 2 e, como ele, não conseguia melhorar, apesar dos medicamentos e da insulina.

“A guerra do diabetes com o paciente é desigual. A gente luta contra ela, mas ela vai vencendo. É uma doença silenciosa, que não tem sintomas aparentes e quando você vê, foi tudo embora. O teu rim, o olho. Isso [cirurgia] foi uma esperança para nós, diabéticos. Era uma luz no fim do túnel que a gente não sabia quando ia se dar essa cura”.

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Assessoria de Comunicação