ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiás tem a 1ª morte por causa da variante delta da Covid-19 e confirma transmissão comunitária, diz secretário
Ocupação de leitos de covid -19 cai para 80% pela primeira vez no ano
Cesáreas respondem por 84% dos partos realizados por planos em 2019
Arrependidos: mais pessoas buscam reverter harmonização facial
Imunização 7 vezes mais forte
Fiocruz aponta alta nos casos de síndrome respiratória
Com vacinação em 80%, Israel planeja lockdown para frear variante Delta
Avanço da Delta no Brasil supera o dos meses iniciais da Gama
Clínicas buscam saída para vacinação privada
Goiás: Nota técnica solicita criação de estratégias para aulas presenciais
Covid-19: Goiás registra 4,8 mil casos e 136 mortes em 24 horas
Brasil registra 1.123 mortes pela covid em 24h; total ultrapassa 566 mil vítimas
Mabel, Mendanha, Jânio e outras lideranças de Goiás aparecem em vídeo patrocinado por empresário que lucrou R$ 470 milhões com ivermectina
Governo reorganiza hospitais estaduais, que deixam de atender apenas urgências
PORTAL G1
Goiás tem a 1ª morte por causa da variante delta da Covid-19 e confirma transmissão comunitária, diz secretário
Ismael Alexandrino acredita que haverá aumento no número de contaminações nos próximos dias no estado. Idoso de 67 anos foi a primeira vítima da variante, em Aparecida de Goiânia.
Goiás registrou a 1ª morte por causa da variante delta da Covid-19 e disse, nesta quarta-feira (11), que há transmissão comunitária no estado. A informação foi confirmada à TV Anhanguera pelo secretário de Saúde Ismael Alexandrino, que disse ainda que o número de contaminados pode aumentar nos próximos dias.
“É comunitária não pelo quantitativo, mas pela forma que houve a transmissão, não se sabe de quem pegou. Nós imaginamos que nos próximos dias é provável que aumente o número de pessoas contaminadas pela variante delta”, disse o secretário.
A primeira morte é um idoso de 67 anos que estava internado internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Garavelo, em Aparecida de Goiânia. A morte foi no último domingo (8, mas confirmada apenas nesta quarta-feira pela secretaria. Outros nove casos são monitorados pela SES.
Conforme a pasta, há quatro casos de moradores de Goiânia – dois deles trabalham em unidades de saúde no Distrito Federal e se contaminaram no local de trabalho e outros dois têm como origem uma viagem internacional.
O quinto caso é de um morador do município de Santo Antônio do Descoberto que também trabalha no DF e manteve contato com pessoa contaminada.
Foram confirmados ainda dois casos em residentes de São João D’Aliança, ambos relacionados ao aumento de casos de Covid-19 registrado em um hospital do Distrito Federal.
Em Aparecida de Goiânia foram confirmados três casos na mesma família. Um deles é o idoso que morreu. A origem da contaminação não foi divulgada.
Dados preliminares apontam que ela é mais transmissível do que outras variantes, gera maior risco de hospitalização e de reinfecção e gera um quadro de sintomas um pouco diferente (mais dor de cabeça e menos tosse, por exemplo).
O boletim diário mostra que, desde o início da pandemia, o estado contabiliza 770.987 casos de coronavírus e 21.584 mortes pela doença. Os dados são desta quarta-feira.
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AGÊNCIA BRASIL
Ocupação de leitos de covid -19 cai para 80% pela primeira vez no ano
O Ministério da Saúde informou hoje (11) que, pela primeira vez neste ano, os estados registraram índice de 80% de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria exclusivos para pacientes com covid-19. Segundo a pasta, o número não era atingido desde novembro de 2020.
Na avaliação do ministério, o índice de ocupação de 80% significa que a rede hospitalar dos estados está menos sobrecarregada e registrando menos casos graves ou gravíssimos de covid-19. ‘O cenário é reflexo do ritmo acelerado de vacinação, prioridade absoluta do Ministério da Saúde’, declarou a pasta.
Mais de 108 milhões de brasileiros foram vacinados com a primeira dose, número equivalente a 68% da população acima de 18 anos. 43,5 milhões tomaram duas doses ou tomaram vacina de dose única.
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Cesáreas respondem por 84% dos partos realizados por planos em 2019
Dos 287.166 partos realizados através de planos de saúde privados em 2019, 84,76% foram por cesariana. O dado consta no Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal, atualizado hoje (11) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele apresenta números nacionais que podem ser consultados por qualquer interessado e filtrados por operadora e por hospital ou maternidade.
O painel mostra que 56,71% das cesáreas foram realizadas antes do início do trabalho de parto. Para a ANS, é um dado que aponta para um cenário preocupante. “Segundo resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), uma cirurgia cesariana antes do início do trabalho de parto deveria acontecer apenas depois das 39 semanas de gestação”, diz a agência em nota.
De acordo com a ANS, o bebê está pronto para nascer com 40 a 42 semanas. O maior percentual de cesáreas (37,29%) ocorreu em mulheres com idade gestacional entre 37 e 38 semanas. “Bebês nascidos abaixo de 39 semanas têm mais chances de apresentar incapacidade de manutenção da temperatura corporal, imaturidade pulmonar e maior dificuldade de sucção do leite materno”, acrescenta a nota.
Em 2018, um estudo publicado na revista científica Lancet comparou a taxa de cesáreas em diferentes países. O Brasil ficou atrás apenas da República Dominicana. As cesáreas, realizadas tanto pelos serviços privados como pelos públicos, representavam 55,5% do total de partos no país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que, em termos populacionais, não são verificados benefícios para a saúde de mães e bebês quando as taxas são superiores a 10%.
“Dados da pesquisa Nascer Saudável realizada pela Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz] demonstram que a maioria das mulheres inicia o pré-natal optando pelo parto vaginal e mudam de opinião ao longo da gestação. As principais causas determinantes da elevada proporção de cirurgias cesarianas no Brasil incluem a forma atual de organização da rede de hospitais, que não favorece o parto vaginal, o modelo de remuneração baseado na realização de procedimentos, a preponderância de uma cultura médica intervencionista e as características psicológicas e culturais das pacientes, dentre outras”, avalia a ANS.
Através do Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal, é possível comparar as taxas de cada operadora. A ferramenta também permite obter recortes específicos por localidade, faixa-etária, escolaridade e raça das gestantes. Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte e Piauí são os estados que registraram as maiores taxas.
A ANS observa que as informações disponibilizadas ainda não permitem avaliar possíveis impactos da pandemia de covid-19, pois nem todas as bases de dados usadas para alimentá-lo abarcam o período de 2020 e 2021. A última atualização havia ocorrido em dezembro de 2019, quando o painel foi criado. Na ocasião, os dados sobre os partos abarcavam até os anos de 2017 e de 2018. Não houve uma variabilidade significativa nos percentuais. Em 2018, 85,24% dos partos realizados através de planos de saúde privados foram cesarianas.
Um indicador que teve variação positiva refere-se ao percentual de partos vaginais acompanhados por enfermeiro ou enfermeira obstetra. Esses profissionais são capacitados para avaliar o bem-estar da mãe e do bebê em diferentes níveis. Em 2019, eles atuaram em 10,76% dos partos vaginais. Em 2018, esse percentual foi de 10,01% e, em 2017, de 8,46%.
Na última atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a ANS incluiu consultas com enfermeiro obstetra durante o pré-natal. Desde abril deste ano, os planos são obrigados a garantir esse atendimento. Estudos da Fiocruz apontam que a atuação da enfermagem obstétrica propicia maiores cuidados, contribuindo para a diminuição das intervenções desnecessárias no trabalho de parto, para a obtenção de melhores resultados psicossociais e para a redução de óbitos maternos e infantis.
Parto adequado
A criação do Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal em dezembro de 2019 foi um desdobramento do Movimento Parto Adequado, campanha nacional articulada pela ANS em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e com o Hospital Israelita Albert Einstein. A iniciativa também conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
A campanha busca, com base em evidências científicas, reverter o volume de cesarianas desnecessárias realizadas no país. Desde 2015, estão sendo desenvolvidas diversas ações em favor da qualidade da atenção materna e neonatal, entre elas audiências públicas, construção de espaços que garantam o protagonismo das mulheres na discussão e construção de coalizões com os principais atores em torno do tema.
O lançamento do painel foi pensado com o intuito de reunir dados que contribuam para se pensar a regulação realizada pela ANS e favoreça o acesso de informações precisas e qualificadas para pesquisadores, imprensa e sociedade em geral. Ele foi organizado como parte da fase 3 do Movimento Parto Adequado. Nessa mesma fase, foi criado no ano passado um selo para certificar a operadoras de planos de saúde que cumprissem alguns requisitos pré-estabelecidos.
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O TEMPO
Arrependidos: mais pessoas buscam reverter harmonização facial
Para profissionais, banalização do procedimento fez aumentar o número de queixas
Alex Bessas
O que era para ser motivo de alegria e contentamento se torna um pesadelo em que expectativas são frustradas, e a autoestima, abalada. É assim que se sentem as pessoas vítimas de procedimentos malsucedidos de harmonização facial, que se veem representadas pelo sertanejo Lucas Lucco. No ano passado, em entrevista ao ‘Fantástico’, da Rede Globo, ele relatou ter se sentido angustiado após a intervenção estética. ‘Você se olha e simplesmente não consegue enxergar mais seus traços. Isso é muito ruim’, comentou. Hoje, por causa dessas transformações, o cantor diz evitar as fotos do próprio noivado.
Insatisfeito, Lucco foi atrás de profissionais que fossem capazes de reverter da harmonização. Um caminho que vem sendo trilhado por um número cada vez maior de pessoas. É o que observa a cirurgiã plástica Cíntia Mundin, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). ‘Esse fato se deve à banalização desse procedimento tão sério, que vem sendo realizado indiscriminadamente por profissionais não médicos que não têm formação adequada nem noção estética apurada. Com isso aumentou muito o número de intercorrências e principalmente o número de maus resultados’, critica, em alusão à autorização para que profissionais da odontologia possam realizar a intervenção.
Ocorre que, desde 2016, graças a uma resolução do Conselho Federal de Odontologia (CFO), dentistas podem aplicar toxina botulínica, o botox, e outros preenchedores faciais em procedimentos estéticos desde que seja na área anatômica que vai do osso hioide, na base da garganta, até o ponto násio, no nariz. Desde 2019, exigindo que os profissionais realizem um curso com carga horária de 500 horas, a entidade passou a reconhecer a harmonização orofacial como especialidade odontológica. A decisão foi questionada na Justiça pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que pediu a suspensão da resolução. Mas a liminar foi indeferida.
Cíntia indica que, na maioria das vezes, as pessoas descontentes com o tratamento dizem ficar parecendo ‘caricaturas de si mesmas’, o que gera insatisfação e um consequente aumento pela procura da reversão do procedimento.
A dermatologista Hellisse Bastos acrescenta que, na maioria das vezes, o exagero está por trás dos dissabores experimentados por pacientes inconformados com os resultados da harmonização. ‘É uma intervenção que cai muito bem em peles com sinais de envelhecimento. Porém, o que vemos não é essa estética sendo usada como prevenção ou melhoramento, como seria o ideal’, pondera, informando que pacientes cada vez mais jovens têm recorrido ao expediente, que está ‘transformando seus rostos, o que contribui para a (sensação de) perda de identidade’, diz.
Síndrome da face superpreenchida
O biomédico Gabriel Magalhães, especializado em estética avançada, relata que, de tão comuns, as queixas sobre a harmonização facial malsucedida ganharam nome próprio. Ele expõe que, na maior parte dos casos, a insatisfação está relacionada ao aspecto de inchaço que alguns procedimentos causam, minimizando os traços e dando menos naturalidade para o resultado. Essa condição tem sido chamada de ‘síndrome da face superpreenchida’, ou ‘overfilled syndrome’, em inglês. ‘É a famosa cara de boneco que todos temem’, detalha o profissional.
‘Nesses casos, as causas podem ser manipulação inadequada do produto, retoques com uma frequência maior que a necessária ou mesmo a aplicação de ácido hialurônico em excesso’, aponta.
Reversão
‘Desde que tenha sido usado ácido hialurônico de boa qualidade, é possível a utilização de uma enzima reversora do produto, que se chama ‘hialuronidase’. E isso pode ser feito a qualquer momento’, observa Cíntia Mundin. Ela detalha que o preço e a quantidade de sessões necessárias para desfazer a intervenção dependem da extensão dos danos. ‘Muitas vezes pode custar mais caro do que a própria harmonização’, sinaliza.
A cirurgiã plástica adverte que a ação não é sem riscos. Isso porque o corpo humano já produz, naturalmente, o ácido hialurônico, de forma que, durante o processo de reversão, existe o risco de a enzima destruir a substância própria da pessoa, além daquela que foi injetada, levando a deformidades e afinamento da pele. ‘Até para desfazer a harmonização facial, o médico tem que ter treinamento específico para não sequelar o paciente’, indica.
Reverter a harmonização é mais difícil no caso do uso de produtos que não são absorvíveis e que não respondem à enzima hialuronidase, como o ácido hialurônico de qualidade duvidosa e a PMMA, uma substância sintética liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para casos de lipodistrofia em pessoas com HIV/AIDS, mas que, aplicada inadvertidamente, pode causar complicações em qualquer etapa da vida. Nesses casos, intervenções cirúrgicas são necessárias para desfazer as mudanças.
Portanto, se o sujeito optar pela harmonização, ‘além de pesquisar um médico capacitado e a forma como trabalha, respeitando traços, é preciso estar atento ao material utilizado’, alerta Hellisse Bastos.
No mesmo sentido, aos que decidiram realizar o procedimento, como forma de evitar possíveis arrependimentos, Gabriel Magalhães aconselha: ‘Busque especialistas capacitados e que tenham o mesmo senso de estética que você, de forma que será mais fácil encontrar o equilíbrio entre as expectativas e os limites impostos por quem vai realizar a intervenção’.
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CORREIO BRAZILIENSE
Imunização 7 vezes mais forte
O Instituto Butantan divulgou, ontem, que uma terceira dose da CoronaVac para quem já recebeu as duas da vacina é capaz de aumentar a imunidade contra o coronavírus em até sete vezes. A conclusão é de dois estudos divulgados pela Sinovac, fabricante do imunizante reproduzido pela instituição paulista, mas que ainda não foram revisados por outros cientistas.
O primeiro deles avaliou a resposta da terceira dose após seis meses da conclusão do esquema vacinal em pessoas de 18 a 59 anos. Neste, a resposta imune foi multiplicada de três a cinco vezes. O outro teste foi feito com voluntários com mais de 60 anos, que receberam a terceira dose oito meses depois da aplicação da segunda dose.
‘Essa resposta foi até mais substancial: foi de cinco a sete vezes superior à resposta após as duas doses’, informou o diretor do Butantan, Dimas Covas, que ressaltou que ainda não se cogita uma dose adicional da CoronaVac.
Mas, enquanto isso não se define, outros medicamentos estão sendo avaliados contra a covid-19. Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, por unanimidade, o uso emergencial da Regkirona (regdanvimabe) para o tratamento da covid-19. Este é o quarto medicamento autorizado pelo órgão regulador para o tratamento do novo coronavírus no Brasil. Antes dele, a autarquia havia registrado o Rendesivir e autorizado, de forma emergencial, duas associações de anticorpos monoclonais. São elas banlanivimabe combinada com etesevimabe e casirivimabe com imdevimabe.
O regdanvimabe é indicado para tratar a covid-19 manifestada de forma leve ou moderada, apenas em pacientes adultos que não necessitam de suplementação de oxigênio, mas que apresentam alto risco de progressão para a forma grave da doença. (MEC)
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FOLHA DE S.PAULO
Fiocruz aponta alta nos casos de síndrome respiratória
Tendência de queda da SRAG no país se reverteu pela primeira vez em quase três meses, diz a fundação
Júlia Barbon
RIO DE JANEIRO – A curva de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil começa a dar sinais de estar subindo novamente, após quase três meses de queda. A conclusão é do mais recente boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que leva em conta dados da primeira semana de agosto, entre os dias 1º e 7. A linha se reverteu há pouco tempo. Se for analisada a chamada tendência a longo prazo, das últimas seis semanas, os números ainda indicam estabilidade ou oscilação.
Já no curto prazo – ou seja, levando em conta as últimas três semanas-, a probabilidade de haver aumento no país é de mais de 75%.
‘Isso é evidência forte de interrupção de queda e sugestivo de retomada do crescimento, que devemos reavaliar nas próximas semanas para confirmar’, ressalta o epidemiologista Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, que espera vero mesmo movimento nas internações e nos óbitos em breve.
A plataforma monitora os casos de síndrome respiratória registrados no sistema Sivep-Gripe, do Ministério da Saúde. Desde o ano passado, esse tipo de síndrome tem sido causada quase exclusivamente pelo coronavírus. Na análise, considera-se a data em que o paciente sentiu os primeiros sintomas.
As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, principalmente, puxam a alta recente no país. Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Acre são os estados que dão sinais mais claros de retomada da doença, mas os fluminenses são os que mais preocupam.
O estado do Rio é o único que registra tendência de aumento tanto a longo prazo quanto a curto prazo, desde meados de julho, inclusive na capital. O prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), chegou a anunciar um plano de flexibilização permitindo eventos a partir de setembro, mas depois sinalizou que deve voltar atrás da liberação.
Na contramão da maioria das unidades da federação, o Rio de Janeiro também tem visto a ocupação de seus leitos de UTI subir: de 59% há seis semanas, passou a 61% na semana passada e a 67% nesta semana. Rio e Goiânia são as capitais brasileiras que mais preocupam, com 97% e 92% de lotação de leitos de UTI, segundo os dados da Fiocruz.
Para Marcelo Gomes, o crescimento dos casos de SRAG ainda não pode ser atribuído integralmente ao avanço da variante delta, identificada inicialmente na Índia e que já tem transmissão comunitária em partes do país. ‘Essa tendência é algo que já acontece há algumas semanas, e o estabelecimento da delta é mais recente. Neste momento é mais razoável assumir que são outros fatores’, explica.
Entre esses fatores, avalia, estão a redução de medidas de restrição e a maior circulação de pessoas nas ruas após a vacinação. ‘A população acaba se sentindo mais segura e reduzindo medidas de proteção, como usar máscara e evitar encontros em locais fechados’, afirma Gomes.
Uma outra projeção feita por um pesquisador da fundação, Leonardo Bastos, mostrou na semana passada que as hospitalizações de idosos voltaram a subir tanto no Rio de Janeiro, a partir dos 60 anos, quanto em São Paulo, a partir dos 80 anos, após meses de queda ou estabilidade coma imunização.
Isso também indica, segundo Gomes, que a contribuição da vacina tem um teto. Como a cobertura vacinal nas faixas etárias mais velhas atingiu um nível muito alto e não é possível avançar mais, espera-se que a partir de agora o número de infecções entre os idosos siga a tendência coletiva.
‘Se a transmissão está alta em outras faixas, vai aumentar entre os idosos também, porque as vacinas não são 100% eficazes contra a transmissão. Por isso não se deve depositar todas as fichas exclusivamente na vacina e relaxar os demais cuidados’, pondera o pesquisador.
Uma outra hipótese para o aumento dos casos de SRAG seria a perda de proteção das vacinas ao longo do tempo, o que faz o Brasil e outros países estudarem e discutirem a eventual necessidade de um reforço na imunização. O epidemiologista, porém, não acha que esse fator é determinante para a alta geral ainda.
‘Isso ainda está sendo pesquisado, principalmente nas pessoas acima dos 80 anos. Nas demais faixas etárias, não parece ser algo extremamente ‘preocupante agora. Pode até contribuir, mas não é um fator predominante para explicar a alta em toda a população’, diz Gomes.
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O ESTADO DE S.PAULO
Com vacinação em 80%, Israel planeja lockdown para frear variante Delta
Estado de alerta. Governo israelense também aplicará terceira dose de reforço para pessoas com mais de 50 anos; medida é acompanhada de perto por americanos e europeus, que também estudam a possibilidade de vacinar parcela mais velha da população
Mesmo tendo vacinado mais de 80% de sua população adulta, Israel planeja impor novos lockdowns e estender as doses de reforço às pessoas com mais de 50 anos para conter o avanço da variante Delta. O número de novas infecções atingiu o maior nível desde fevereiro e, segundo previsão do governo, até o dia 10 de setembro, a quantidade de pacientes internados deve dobrar a cada dez dias, atingindo 4,8 mil pessoas – metade delas de casos graves.
Apesar de ser líder mundial em imunização, mais de 6 mil pessoas testaram positivo para a covid-19 na segunda-feira, segundo o Ministério da Saúde. Quase 650 pessoas estão hospitalizadas, sendo 400 em condições críticas, o maior número desde março. Cerca de 150 desses pacientes não estão totalmente vacinados.
Israel atingiu o maior número de casos graves em janeiro, com 1,2 mil pacientes. Por precaução, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, e o ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, decidiram ontem adicionar novos leitos hospitalares cada vez que o número de pacientes dobrar. Pela proposta, sempre que dobrar o número de internações também serão acrescentados 100 novos médicos, 500 enfermeiros e 200 paramédicos.
Segundo dados do governo de Israel, idosos não vacinados têm cinco vezes mais probabilidade de apresentar quadros graves de covid do que os idosos imunizados. Pessoas vacinadas têm de 5 a 10 vezes mais resistência contra a covid do que as não imunizadas.
‘Pouco menos de 5% dos testes de covid-19 estão dando positivo, um sinal de que o país está em meio a um aumento dos casos’, alertou Salman Zarka, autoridade máxima do governo no combate à pandemia. ‘Israel encontra-se em um ponto crítico para a nossa saúde, para as nossas vidas e para a nossa economia.’
Por ser o primeiro país a iniciar um esforço em massa de vacinação e o primeiro a reabrir toda a economia, depois de vacinar totalmente quase 70% de sua população adulta, os israelenses tiveram um período de liberdade pós-pandemia.
No entanto, com estudos mostrando que a eficácia da vacina está caindo entre as pessoas com mais de 60 anos, algumas das quais receberam suas primeiras doses em dezembro, Israel já é o primeiro país a iniciar a aplicação das doses de reforço.
O governo não esperou a aprovação das doses de reforço da Pfizer pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) e já aplicou a terceira dose para cerca de 2 mil pessoas imunodeficientes semanas atrás, antes de estendê-la a todas as pessoas com mais de 60 anos, em 1° de agosto. Cerca de 600 mil israelenses idosos já receberam a terceira dose, que em breve poderá ser oferecida também às pessoas com mais de 50 anos.
A experiência de Israel com a variante Delta e a vacina da Pfizer estão sendo observadas atentamente por EUA e Europa, que também estudam a possibilidade de vacinar suas populações mais velhas. Segundo o premiê, 90% das novas infecções ocorreram em pessoas com 50 anos ou mais. ‘Peço a todos os cidadãos com mais de 50 anos que sejam muito cuidadosos nas próximas semanas’, disse Bennett.
O rápido aumento do número de casos ameaça frustrar os planos do governo de manter a economia aberta. Autoridades israelenses já consideram impor um lockdown nos feriados judaicos de setembro, quando as famílias tendem a visitar os avós, para romper a cadeia de contágio. Um lockdown é visto como último recurso e sua restrição aos feriados teria um impacto menor sobre a economia, disse uma autoridade do Ministério das Finanças.
‘Se as pessoas forem vacinadas o mais rapidamente possível, então não haverá necessidade de um lockdown’, disse a autoridade, que pediu para não ser identificada. ‘Analisamos os gráficos diariamente e, no momento, há vacinas suficientes para todos aqueles que quiserem uma dose, duas ou três.’
O comitê ministerial também deve aprovar um esquema de passaporte da vacina expandido, abrindo alguns serviços e locais apenas para pessoas que estão vacinadas ou se recuperando, bem como limitando as reuniões a 50 pessoas dentro de casa e 100 pessoas ao ar livre, juntamente com a introdução de testes rápidos de covid.
Zeev Feldman, chefe da unidade pediátrica do Sheba Medical Center, disse ao jornal Haaretz que adicionar pessoal extra é uma medida necessária, mas insuficiente. ‘Não é possível recrutar 100 médicos em agosto para resolver o problema’, afirmou. ‘Precisamos de especialistas em terapia intensiva que precisam de anos para serem treinados. Não dá para montar um sistema de saúde em um piscar de olhos.’
O professor Nadav Davidovitch, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, também criticou a decisão. ‘Estamos sempre tentando tomar medidas preventivas, mas estamos sempre respondendo tarde demais. Já existe aglomeração nos hospitais e nas comunidades – não apenas por causa do coronavírus. E isso está dificultando o tratamento. Portanto, precisamos do aumento de pessoal agora, e não sob a condição de aumento de casos de infecção.’ / REUTERS, AP, AFP e NYT
Precaução
80% da população adulta de Israel já foi completamente imunizada contra a covid. Mesmo assim, governo pretende aplicar terceira dose para pessoas com mais de 50 anos.
PONTOS-CHAVE
Um passo para trás, para dar dois à frente
Largada
O então premiê Binyamin Netanyahu foi o primeiro a se vacinar, em dezembro de 2020, inaugurando o programa de imunização
Reabertura
Em abril, Israel retomou a maior parte das atividades para quem havia sido totalmente vacinado por meio de um ‘passaporte verde”
Precaução
Otimismo com a retomada da normalidade é interrompido pelo avanço da variante Delta, que obriga governo a planejar novas medidas restritivas
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O GLOBO
Avanço da Delta no Brasil supera o dos meses iniciais da Gama
Cepa do coronavírus identificada inicialmente na Índia cresce mesmo ao encontrar população parcialmente vacinada e número total de casos declinando
RAFAEL GARCIA
O início da disseminação da variante Delta do coronavírus está sendo mais rápido do que foi o da variante Gama (acepaP.1, identificada inicialmente em Manaus) nos primeiros meses de contágio. Enquanto a Gama dobrou sua participação do segundo para o terceiro mês de presença (de 11,5% para 23,6% dos casos entre janeiro e dezembro), a Delta multiplicou sua cota por nove em período similar (de 2,3% para 21,5% entre junho e julho), segundo dados da Rede Genômica Fiocruz.
Ainda é cedo para afirmar que esses números são precisos, porque o país não produziu um grande volume de sequenciamentos genéticos de amostras coletadas em julho. Duas diferenças de contexto em relação à disseminação de Gama e Delta, porém, inspiram mais preocupação.
Primeiro, enquanto a Gama começou a se espalhar no país em uma população ainda não vacinada, a Delta já encontrou uma resistência parcial, porque entre junho e julho a taxa de população plenamente vacinada no Brasil subiu de 10% para 40%. Segundo, a variante Delta parece estar conseguindo crescer não apenas na parcela dos casos ocorridos no Brasil, mas também no número absoluto de casos.
Enquanto a Gama dobrou o número de casos num momento em que a epidemia crescia 14% ao mês no Brasil, a Delta pode ter mais do que quintuplicado, num momento em que a epidemia declina (de 2 milhões para 1,3 milhão de casos por mês).
– Pelo que essa variante já mostrou em outros países, nós podemos entender que esse aumento vai se dar aqui no Brasil também – afirma o epidemiologista Paulo Petry, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
MORTALIDADE NÃO É MAIOR
Um dado otimista, porém, é que a taxa de mortalidade pela Delta não parece ser muito maior. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 5% dos casos da Delta no país resultaram em morte – no Brasil, a taxa de mortes por casos confirmados está em 3%, mas especialistas estimam que o número seja maior. Outro ponto a comemorar é que a maioria das vacinas protege as pessoas de doença grave e morte.
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Clínicas buscam saída para vacinação privada
Empresas brasileiras apostam, agora, em imunizante da francesa Sanofi e da britânica GSK, ainda em estudo. Setor precisa enfrentar falta de fármacos à venda no mundo e legislação que proíbe cobrança por aplicação
GIULIANA DE TOLEDO
Depois que os planos de comprar a vacina indiana Covaxin ruíram, na esteira de uma série de denúncias feitas na CPI da Covid contra a representante do produto no Brasil, as clínicas privadas de vacinação do país estão com um problema duplo para conseguir entrar na campanha contra o coronavírus. Primeiro, precisam achar um imunizante à venda, j á que os grandes laboratórios têm contratos com governos. Depois, devem lidar com a legislação que, hoje, permite a compra privada de vacinas desde que metade seja aplicada de graça e outra metade doada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse vácuo de opções, prospectar outros imunizantes que ainda estão em estudo se tornou uma frente de atuação de algumas clínicas. Fontes do setor, que não quiseram ser identificadas, afirmam que a vacina produzida em uma parceria entre a francesa Sanofi e a britânica GSK é vista como a mais cotada para abastecer esses serviços caso tenha sucesso em seus estudos, atualmente na fase 3, a última das etapas. Ainda segundo essas fontes, Sanofi e GSK já disseram não se opor à venda ao mercado privado.
Encerrada a pesquisa, a vacina em vista terá ainda que passar pelo processo de aprovação das agências regulatórias, o que torna esse um plano viável somente para 2022. Como a campanha para os adultos brasileiros já deve estar encerrada até lá, a ideia é que as clínicas possam oferecer o imunizante como uma dose de reforço. A necessidade de uma nova rodada de proteção ainda está em estudo por cientistas, que buscam entender melhor os efeitos dos imunizantes no médio e longo prazos.
Enquanto as clínicas não conseguem cobrar do público pelas vacinas contra a Covid-19, há quem veja a oportunidade de exposição da marca caso consigam entrar na campanha de vacinação.
Procuradas pela reportagem, Sanofi e GSK afirmaram, em nota, que ‘considerando que a vacina encontra-se em fase de desenvolvimento, é cedo para comunicarmos neste momento uma possível estratégia de comercialização, uma vez que a mesma irá depender de diversos fatores ainda a serem avaliados’.
FALTA DE CONSENSO
A articulação por uma vacina que possa chegar aos serviços particulares, no entanto, não é unanimidade dentro do setor. Na negociação pela Covaxin, de acordo com documentos obtidos pela CPI da Covid, foram 59 as clínicas que assinaram o contrato com a Precisa Medicamentos. Mas, ao todo, a ABCVAC tem mais de 400 associados.
– Não é o momento (de clínicas privadas comprarem as vacinas). Precisamos antes ver o planeta vacinado, para então pensar em grupos específicos. As clínicas de vacinação existem para complementar o que os governos não oferecem, e para a Covid a saúde pública é a prioridade diz Isabella Ballalai, diretora médica da rede Vaccini, que tem 25 unidades no país e optou por não negociar nenhum imunizante até agora.
Na rede Prophylaxis, de 31 unidades franqueadas em todo o Brasil, a entrada na campanha também não faz parte dos planos por enquanto, afirma o diretor da empresa, Daniel Tendler.
– A Covid não pode ser vista como oportunidade justifica ele.
Além da dificuldade de comprar imunizantes, as clínicas enfrentam um problema legislativo. Aprovada em março, a lei 14.125/21 autoriza que estados, municípios e o setor privado comprem vacinas contra a Covid-19, mas dentro de algumas condições. Durante a vacinação dos grupos prioritários, as empresas deveriam doar 100% das aquisições para o SUS. Superada essa etapa da campanha, poderiam aplicar gratuitamente 50% das doses e doar ao SUS a outra metade.
Na prática, isso esvazia a função das clínicas, segundo Geraldo Barbosa, presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), uma vez que, pela legislação, elas não podem receber pelo seu serviço na campanha de Covid. Por isso, o texto aprovado já era um problema para o setor antes mesmo de a negociação da Covaxin se tornar inviável, o que ocorreu quando a vacina ficou sem representante no Brasil.
Encontrar outro imunizante contra Covid que possa ser comprado por entes privados também é um desafio. As principais farmacêuticas ainda estão comprometidas a vender as vacinas apenas para os governos. A Covaxin era uma exceção, vinda de um país em que a vacinação privada contra o coronavírus está em andamento.
PARCERIA ROMPIDA
Em 23 de julho, em meio às denúncias em Brasília, o laboratório indiano Bharat Biotech rompeu a parceria com a Precisa Medicamentos, empresa que, até então, poderia comercializar com exclusividade o produto em território nacional.
Mas, até em um cenário hipotético em que a vinda do imunizante pudesse ocorrer, com a devida aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as clínicas inicialmente interessadas desistiriam da operação, por causa da lei atual, diz Barbosa.
– Foi uma lei aprovada a toque de caixa e sem ouvir o mercado – opina o representante dos donos de clínicas. – Tirar um segmento que é totalmente estruturado dessa prestação de serviço não foi inteligente completa o dirigente.
Segundo a ABCVAC, as clínicas historicamente são responsáveis por 10% das imunizações no Brasil, sem contar a campanha atual.
Na época em que começaram a parceria, em novembro de 2020, diz Barbosa, imaginavam que a legislação seria bem diferente e não misturaria as obrigações de empresas que gostariam de colocar recursos para imunizar seus funcionários com os negócios das clínicas que aplicam vacinas, como acabou acontecendo na lei 14.125.
Entre algumas das empresas que assinaram contrato com a Precisa, para além de frustração, restaram também contas por acertar. Pelo menos duas companhias, TKS (empresa do grupo Alliar) e MDC Vacinas, buscam na Justiça reaver os valores pagos à farmacêutica para comprar imunizantes.
‘O descumprimento da Precisa em fazer a devolução dos valores conforme previsto em contrato, mesmo após várias tentativas da TKS em receber de forma amigável o valor devido, levou a TKS a ingressar com uma ação na Justiça’, afirma a empresa, que pagou quase R$ 1 milhão. Já a MDC Vacinas não quis comentar o processo.
Também procurada, a Precisa não respondeu à reportagem do GLOBO.
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A REDAÇÃO
Goiás: Nota técnica solicita criação de estratégias para aulas presenciais
O Gabinete de Articulação para o Enfrentamento da Pandemia na Educação no Estado de Goiás (Gaepe-GO) solicita, em nota técnica, a definição de estratégias para acompanhamento dos protocolos de biossegurança adotados nas escolas goianas.
No documento, o gabinete salienta a importância do monitoramento e estabelecimento de comitês ou comissões para acompanhar a rotina de volta às aulas presenciais no Estado. Além disso, a nota técnica reforça a necessidade de participação do Poder Legislativo e de órgãos de vigilância sanitária no acompanhamento das unidades escolares.
Para o Gaepe-GO, todos os profissionais da educação precisam ser incentivados a realizarem capacitações prévias para retornar às salas de aula e pede “intensa comunicação” com famílias, alunos, professores e demais trabalhadores envolvidos.
Veja a íntegra da nota técnica aqui: https://files.aredacao.com.br/upload/gaepe-go-nota-te-cnica–3-21-fiscalizac-a-o-protocolos-assinada.pdf
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Covid-19: Goiás registra 4,8 mil casos e 136 mortes em 24 horas
Goiás registrou 4.813 novos casos da covid-19 e 136 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, de acordo com dados disponibilizados na plataforma Painel Covid da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) na tarde desta quarta-feira (11/8). Com as atualizações, o Estado soma 771.355 infecções e 21.584 óbitos confirmados.
Ainda de acordo com a Saúde estadual, Goiás contabiliza 735.717 pessoas recuperadas da doença. No Estado, há 570.772 casos suspeitos em investigação. Além das 21.584 mortes em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,81%, há 454 óbitos em apuração para saber se há ligação com o novo coronavírus.
Conforme dados do Painel da Covid, com base em números do Localiza SUS, 3.344.683 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19 no Estado. Deste total, 1.338.926 receberam dose reforço. Estes dados, no entanto, são preliminares.
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Brasil registra 1.123 mortes pela covid em 24h; total ultrapassa 566 mil vítimas
O Brasil registrou 1.123 novas mortes pela covid-19 nesta quarta-feira (11/8). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 900, um pouco acima dos 899 registrados na véspera e abaixo de 1 mil pelo 12º dia consecutivo. Nesta quarta-feira, o número de novas infecções notificadas foi de 35.788.
No total, o Brasil 566.013 mortos e 20.249.176 casos da doença. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 19,09 milhões de pessoas se recuperaram da doença. O Estado de São Paulo registrou 387 novas vítimas da covid nas últimas 24 horas.
Outros três Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Goiás (136), Minas Gerais (140) e Rio de Janeiro (130). O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. O Ministério da Saúde informou que foram registrados 32.443 novos casos e mais 975 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 20.245.085 pessoas infectadas e 565.748 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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JORNAL OPÇÃO
Mabel, Mendanha, Jânio e outras lideranças de Goiás aparecem em vídeo patrocinado por empresário que lucrou R$ 470 milhões com ivermectina
Por Gabriella Oliveira
Em live, participantes deixam claro que o próprio José Alves incentivava o uso do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19
Personalidades políticas e empresariais de Goiás participaram de live patrocinada pela Vitamedic Indústria Farmacêutica, cujo diretor-executivo, Jailton Batista, depôs na CPI da Covid nesta quarta-feira, 11. A empresa, que é instalada em Anápolis, é apontada por ter bancado a propaganda da associação Médicos Pela Vida em defesa do chamado “tratamento precoce”, comprovadamente ineficaz para o tratamento da Covid-19.
A live foi feita há um ano pelo Centro Universitário Alves Faria (Unialfa). – que assim como a Vitamedic pertencente ao Grupo José Alves. No vídeo, médicos discutem com lideranças de Goiás o uso do chamado “tratamento precoce” contra a Covid-19.
Na live, os médicos defendem o uso de hidroxicloroquina e ivermectina e incentivam o tratamento contra o coronavírus com os medicamentos. Algumas lideranças, como o presidente da Acieg, Rubens Filleti, agradeceu ao José Alves por estar “encabeçando com bastante maestria” todo o evento de promoção dos medicamentos que até hoje não apresentou comprovação científica.
O vídeo, que foi usado pelos senadores que compõem a CPI da Covid, demonstra a empresa atuou junto a lideranças empresariais e políticas a fim de dar publicidade ao uso do chamado “kit Covid”, composto por medicamentos que não possuem eficácia contra a doença, porém foi defendido por alguns políticos, empresários, médicos e, principalmente, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante a live, o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot, afirmou que os medicamentos hidroxicloroquina e ivermectina foram a base para tratamento nos casos iniciais da cidade. “Há 30 dias atrás nós conseguimos que nossos médicos aderissem a esse protocolo”, afirma e ressalta a resistência que existia com o tratamento precoce. No final, ele termina agradecendo ao José Alves Filho, pelo evento e pelos “esclarecimentos”.
Na live, o Dr. Anthony Wong, aparece em alguns momentos para desmistificar o uso dos medicamentos. Em determinado momento, ele afirma que o próprio dono da Vitamedic, José Alves, pode enviar 61 trabalhos internacionais que supostamente comprovariam a eficácia do uso da hidroxicloroquina e da ivermectina. “Fala que José Alves pode passar para ele também sobre os resultados da hidroxocloroquina”, afirma
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, se mostrou muito desconfiado do tratamento, mesmo com as falas dos médicos e disse que o próprio José Alves Filho ligava para ele para falar dos medicamentos. “Vai depender muito do profissional médico para usar ou não. Não estou muito tranquilo em utilizar a cloroquina”, disse.
Já o presidente da Fieg, Sandro Mabel, afirmou que recebeu uma carta de um procurador da República no dia 26 de maio em que ele recebia a recomendação do uso do tratamento precoce em Aparecida e em outras 160 cidades.
“Não existe nenhum efeito colateral que não possa ser controlado, é tranquilo. Ministério Público recomenda que a cidade de Aparecida use como as outras 160 cidades. Acho que com isso aí você já tira o problema do risco de ser questionado amanhã”, declarou.
O então secretário de Saúde de Anápolis, Lucas de Amorim, afirmou que eles já usavam corticoide nos pacientes, e usavam os medicamentos hidroxicloroquina e ivermectina nos casos moderados. Ele também falou da dificuldade que estava encontrando do profissional médico em aceitar o tratamento precoce.
Rubens Filleti, presidente da Acieg agradeceu ao José Alves por estar “encabeçando com bastante maestria” todo o evento sobre o tratamento precoce. Herculano Anghinetti, presidente Adial disse que “só não erra quem não tenta e a gente tem que tentar” e que a mídia explorou o uso de cloroquina e ivermectina de forma “muito negativa”. O então secretário de Desenvolvimento Econômico de Goiânia, Walison Moreira, alegou que “precisamos salvar vidas, se é com isolamento social, se é com algum outro tipo de tratamento nós precisamos ficar atentos e tomar medidas rapidamente”.
CPI
Na CPI, Jailton Batista reconheceu que a empresa não realizou estudos para verificar a eficácia da ivermectina para tratar uma doença. O medicamento é considerado carro-chefe do laboratório, que multiplicou a venda durante uma pandemia do novo coronavírus.
Em seu depoimento, o diretor-executivo confirmou que a empresa faturou R$ 15,7 milhões em 2019, quantia que passou para R$ 470 milhões no ano passado. Segundo informações enviadas à comissão, as vendas de ivermectina pela Vitamedic saltaram de 24,6 milhões de comprimidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020 – um crescimento superior a 1.105%. O preço médio da caixa com 500 comprimidos subiu de R$ 73,87 para R$ 240,90 – um incremento de 226%.
Mesmo sem comprovada para o tratamento da Covid-19, a ivermectina integrou o chamado “kit Covid” e muitos negacionistas passaram a indicar o vermífugo para tratar uma doença.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Governo reorganiza hospitais estaduais, que deixam de atender apenas urgências
Adequações traduzem perfil exato das estruturas de saúde. Regionalização promovida pelo governador Ronaldo Caiado amplia serviços oferecidos pelas unidades, como cirurgias eletivas. “Decreto veio organizar essa rede”, ressalta secretário Ismael Alexandrino
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), publicou, nesta terça-feira (10/08), o decreto nº 9.922, que reorganiza o Complexo Estadual de Serviços de Saúde de Goiás, insere novas unidades e padroniza a nomenclatura dos respectivos equipamentos públicos. O documento organiza o perfil dos hospitais estaduais, que não se limitam a atender apenas casos de urgência e também são referência para cirurgias eletivas.
“Essa necessidade de reorganização não se limita somente à mudança de nome, pois várias unidades foram estadualizadas e inauguradas pelo governador Ronaldo Caiado, sendo acrescentados como hospitais do Estado”, explica o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino. “Algumas estavam fora do organograma, e o decreto veio organizar essa rede, reforçando que são unidades estaduais”, complementa Alexandrino.
Na nomenclatura anterior, os hospitais eram identificados como unidades de urgência. Entretanto, com a ampliação dos serviços da rede, esses locais também realizam outros tipos de atendimentos, como cirurgias eletivas ortopédicas, abdominais (vesículas) e ginecológicas de baixa e média complexidade, por exemplo. “Essa adequação vai traduzir o que o hospital realmente é”, diz o titular da SES-GO.
“Com a publicação da portaria que retoma as cirurgias eletivas, as unidades estaduais já podem iniciar os procedimentos desde já. Elas precisam se imbuir”, pontua Ismael. Ele destaca ainda que com os locais assumindo a postura de hospitais estaduais e que não atendem somente urgência, a população consegue identificar melhor o perfil de atendimento oferecido.
Entre as unidades com adequações no nome estão o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana); Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Caio Louzada (Heapa); Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin) e Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso).
Além disso, o decreto padroniza o nome das Policlínicas Estaduais e de unidades estadualizadas e acrescentadas à rede pela atual gestão, como os hospitais de Formosa, Itumbiara, Jataí, Luziânia e São Luís de Montes Belos.
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Assessoria de Comunicação