Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14 A 16/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Mães denunciam falta de leitos para atendimentos no Hospital Materno Infantil, em Goiânia

Brasil registra 8ª menor média móvel de mortes por covid em 2021

Covid-19: Brasil tem 20,3 milhões de casos e 569 mil mortes

Necessidade de 3ª dose da vacina será analisada em debate no Senado

Mais de 200 milhões de doses de vacinas foram distribuídas no Brasil

Postos em Goiânia ainda receitam kit Covid

Veja o que se sabe sobre 3ª dose e sobre perda de eficácia da vacina

Medicamentos aprovados contra a Covid-19 não estão liberados no SUS, diz médica

Com pequeno estoque, goianos podem ficar com reforço da AstraZeneca atrasado

Brasil tem 23,4% da população completamente imunizada contra a covid-19

TV ANHANGUERA

Mães denunciam falta de leitos para atendimentos no Hospital Materno Infantil, em Goiânia

https://globoplay.globo.com/v/9772552/

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AGÊNCIA BRASIL

Brasil registra 8ª menor média móvel de mortes por covid em 2021

O Ministério da Saúde confirmou 270 novas mortes por covid-19 neste domingo (15.ago.2021). Com o aumento, país chegou a 569.058 vítimas desde o início da pandemia.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil também registrou 13.957 casos de covid-19 em 24 horas. São 20.364.099 contaminados ao todo.

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As autoridades de saúde ainda afirmam que, do total de 20,4 milhões de casos, 19.218.630 estão recuperados e 576.411 continuam em acompanhamento médico.

Os registros de mortes não se referem a quando alguém morreu, mas ao dia em que o óbito por coronavírus foi informado ao Ministério da Saúde. Aos fins de semana há menos registros não porque morrem menos pessoas, mas porque há menos funcionários nos órgãos para reportar os dados.

Eis o boletim deste domingo (15.ago):

MÉDIAS MÓVEIS DE MORTES E CASOS

A média móvel de mortes por covid-19 nos 7 dias até este domingo (15.ago) é de 844. É a 8ª menor registrada em 2021, ficando atrás apenas dos seguintes dias:

3.jan.2021: 697;

1º.jan.2021: 703;

2.jan.2021: 704;

4.jan.2021: 713;

5.jan.2021: 722;

6.jan.2021: 728;

7.jan.2021: 793.

Para explicar a situação da pandemia, o Poder360 usa como métrica a média de 7 dias. Trata-se da média diária de mortes e casos nos 7 últimos dias, incluindo a data.

A média móvel de novos casos está em 28.347.

MORTES PROPORCIONAIS

O Brasil tem 2.667 mortes por milhão de habitantes. As piores situações estão em Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Goiás, com mais de 3.000 mortes por milhão.

As taxas consideram o número de mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde e a estimativa populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o ano de 2021 em cada unidade da Federação.

O Brasil ocupa a 5ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais, de acordo com o painel Worldometer. No sábado (14.ago), ultrapassou a Bulgária, que tem 2.662 vítimas a cada milhão de habitantes e agora ocupa a 7ª posição, atrás da Macedônia do Norte.

A lista é liderada pelo Peru, com 5.893 mortes por milhão. No fim de maio, o país decidiu revisar os dados e subiu ao topo do ranking, posição antes ocupada pela Hungria.

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Covid-19: Brasil tem 20,3 milhões de casos e 569 mil mortes

O número de mortes por covid-19 chegou a 569.411 no Brasil, informou neste domingo (15) o Ministério da Saúde. O balanço divulgado registra 270 óbitos nas últimas 24 horas.

No mesmo período, também foram notificados 13.957 novos diagnósticos da doença, totalizando agora um acumulado total de 20.364.099 casos de infecção desde o início da pandemia.

O balanço aponta ainda 576.411 pacientes em acompanhamento e 19.218.630 pessoas recuperadas da doença.

Estados

Os estados com mais mortes por covid-19 são os seguintes: São Paulo (142.588), Rio de Janeiro (60.647), Minas Gerais (51.849), Paraná (36.484) e Rio Grande do Sul (33.756).

As unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.807), Roraima (1.916), Amapá (1.936), Tocantins (3.615) e Sergipe (5.948).

Vacinação

Dados da pasta mostram que foram distribuídas 202,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal. Ao todo, 114,1 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 49,2 milhões completaram o ciclo vacinal.

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Necessidade de 3ª dose da vacina será analisada em debate no Senado

A eficácia das vacinas aplicadas nos brasileiros vai ser debatida pela Comissão Temporária da Covid-19, do Senado, nesta segunda-feira (16).

A comissão vai receber especialistas, a partir das 10 horas, que vão esclarecer aos senadores a importância das primeira e segunda doses e também analisar a necessidade de uma terceira, de reforço, conforme o imunizante.

O pedido para a audiência partiu do presidente da comissão, senador Confúcio Moura (MDB-RO). Ele justifica que o registro de casos de contaminação pelo coronavírus, por cidadãos totalmente imunizados, tem sido cada vez mais comum.

Segundo o parlamentar, alguns países já adotaram a prática, baseados em estudos que indicam que a imunidade diminui com o tempo, colocando os vulneráveis novamente em risco. Ele citou o caso da Alemanha, que iniciou do reforço para idosos e população com saúde vulnerável, sendo recomendada também para crianças e adolescentes.

Para Confúcio, é importante verificar os perfis e as idades dos públicos mais bem atendidos por cada imunizante. Assim, seria evitado o desperdício de doses, e também possível um novo plano de vacinação, mais eficiente, e baseado em dados científicos.

Vão participar do debate o pesquisador do Instituto Butantan, Mauro Borges, a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas; a pesquisadora Margareth Dalcomo; e Rosana Leite Melo, da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde. A audiência será interativa, com a possibilidade de participação do público, através do portal E-cidadania.

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Mais de 200 milhões de doses de vacinas foram distribuídas no Brasil

Mais de 200 milhões de doses de vacinas já foram distribuídas a estados e municípios, para o combate à covid-19. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em sua conta no Twítter.

Queiroga salientou que esse número revela que o país tem uma das maiores campanhas de imunização do mundo. E disse que essa marca é resultado de muito trabalho do governo federal, e prometeu a imunização total até o final deste ano.

A próxima meta apresentada pelo Ministério da Saúde é de vacinar toda a população acima de 18 anos até o final de setembro, com a primeira dose. Outro dado apresentado pela pasta aponta que o Brasil registrou o menor índice de ocupação de leitos de covid nas primeiras semanas de agosto, ficando abaixo de 80%. A média móvel de mortes pelo coronavírus também caiu, com menos de mil casos diários nos últimos dez dias.

Os números mais recentes do Painel da Vacinação do Ministério da Saúde registram quase 202,6 milhões de doses distribuídas para os governos estaduais. Desse total, cerca de 185 milhões de doses já chegaram aos municípios.

Quanto às vacinas aplicadas no braço dos brasileiros, o número supera os 152 milhões. Mais de 114 milhões, da primeira dose, o que equivale a quase 72% da população com mais de 18 anos. Já a segunda dose, ou a dose única, que significa a imunização completa, chegou a quase 50 milhões de pessoas, ou 31% da população adulta.

Em números absolutos, a liderança é do estado de São Paulo, que também é o mais populoso. Foram quase 43,8 milhões de doses aplicadas, o que resulta em mais de 90% da população com pelo menos uma dose recebida. Em número de vacinas aplicadas proporcionalmente à população, a liderança é de Mato Grosso do Sul, seguido pelo Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.

E até a próxima terça-feira (17), o Ministério da Saúde vai distribuir mais 10,4 milhões de vacinas da covid-19 em todo o país, que chegaram nesse fim de semana. Do total, são 5,4 milhões de doses Pfizer/BionTech, três milhões da AstraZeneca/Fiocruz e dois milhões da Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan.

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O POPULAR

Postos em Goiânia ainda receitam kit Covid

Medicamentos sem comprovação de eficácia contra o coronavírus são indicados por médicos em unidades de saúde municipais da capital, mesmo sem indicação em protocolos

Luiz Phillipe Araújo luiz.araujo@opopular.com.br

Mesmo diante de orientações técnicas contrárias, médicos de Goiânia seguem prescrevendo remédios sem eficácia para o tratamento precoce contra a Covid-19. Sem qualquer teste que confirme a infecção, moradores da capital contam terem saído de consultórios com receituário de até sete medicamentos, incluindo ivermectina e azitromicina, nomes já conhecidos e sem indicação científica para tratamento da doença.

Os relatos repassados à reportagem ocorreram entre as últimas seis semanas em locais e dias diferentes. São dois casos de pacientes atendidos em unidades públicas e dois em unidades particulares. Em um dos casos a receita foi impressa em formato pré-editado, o que para a paciente entrevistada indica que a prescrição das drogas seria protocolo de atendimento.

Após ter tido contato com colegas de trabalho que testaram positivo para a doença, a escriturária Andrea Cristina dos Santos decidiu ir ao Cais Amendoeiras para fazer um teste no dia 5 deste mês. Andrea conta que não teve temperatura e nem pressão aferida durante o tempo no local. No consultório relatou que não estaria com sintomas, mas que estava com a garganta arranhando ‘antes mesmo de ter contato’ com os colegas do serviço. Foram apenas dois minutos de consulta.

A escriturária não pôde fazer o teste já que o contato com os colegas contaminados tinha ocorrido a apenas dois dias e a recomendação é de que o teste seja feito após, no mínimo, cinco dias após o contato com casos positivos para pessoas que estejam assintomáticas. Junto ao encaminhamento para fazer o exame após três dias, Andrea saiu da unidade com receita de sete medicamentos: azitromicina, ivermectina, vitamina D3, sulfato de zinco, dipirona, bromoprida e loratadina.

Conforme amplamente discutido desde o início da pandemia, não há respaldo científico para o uso de azitromicina e ivermectina de forma preventiva e nem como tratamento de pessoas com Covid-19. Azitromicina é um antibiótico, usado para infecções bacterianas, a Covid-19 é causada por um vírus, o coronavírus (Sars-CoV-2). Já a ivermectina é indicada para controle de piolho e sarna.

‘De qualquer forma eu não iria tomar porque eu não estava com sintomas. Se eu tivesse testado positivo e o médico falasse que precisava para o tratamento seria outra situação’, detalha. Após o período determinado, a escriturária realizou o teste, que mostrou que ela não estava com a doença. ‘Eu teria tomado a medicação por quatro dias. Fosse uma pessoa mais leiga iria pensar ‘bem, tomei o kit Covid e por isso meu teste deu negativo”, acrescenta Andrea.

O relato é similar ao do pescador Paulo César de Oliveira. Ele conta que no dia 28 de julho foi a um Centro de Saúde de Família (CSF) da capital para fazer o exame após ter sintomas, mas também sem o resultado do teste recebeu indicação dos medicamentos, ‘na hora me foi oferecido o kit Covid’, conta Paulo.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia diz que tem protocolos com recomendações para o manejo clínico em todos os casos previstos na pandemia, desde pacientes com teste positivo a até aqueles que tiveram contato com infectados. ‘Nenhum desses medicamentos [azitromicina e ivermectina] é previsto no nosso protocolo’, diz a superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde, Cynara Mathias.

A recomendação das drogas como tratamento precoce não está restrita à rede pública. Pelas redes sociais, o produtor Willi Baldo denunciou que no dia 21 de julho sua esposa levou a filha do casal, de 1 ano e três meses, ao plantão de um hospital particular após a criança ter febre. ‘O médico suspeitou de Covid, pediu um PCR e já receitou um ‘kit Covid’ com cinco medicamento’, relata.

‘Mesmo sem saber o resultado do exame, ele disse que já poderia iniciar o ‘tratamento”, detalha Willi. O casal viu a prescrição com estranheza e procurou o pediatra que acompanha a criança, que discordou da receita. Após a espera, a surpresa: o resultado deu negativo e a filha não estava com a doença.

A estudante Wanessa diz que foi atendida em um hospital particular no dia 3 de julho. Ela diz que estava com ‘todos os sintomas’ há quatro dias, mas que por protocolo da unidade só poderia fazer o teste após sete dias com sintomas. Para não sair do hospital sem nada, o médico indicou uma série de medicações, incluindo azitromicina. ‘Mesmo sem saber se eu estava com a Covid ou não, ele receitou os remédios. Eu fiquei contrariada, porque como eu iria tomar uma coisa sendo que não era certeza?’, relata Wanessa.

Gratuitos

Os dois medicamentos mais polêmicos do kit Covid citados, a ivermectina e azitromicina, estão na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Remame), mas são previstos para fins que não têm relação com a Covid-19. Segundo a escriturária Andrea, a médica que prescreveu a medicação indicou que ela poderia retirá-las na farmácia do cais em que foi atendida.

A SMS não conseguiu informar em tempo suficiente o número de azitromicina e ivermectina entregues à pacientes neste ou em anos anteriores.

Pelos números disponíveis no Portal da Transparência, no último edital para a compra de azitromicina, lançado no dia 17 de maio deste ano, o município adquiriu 130 mil comprimidos, com pagamento de R$ 146.900 pela compra.

‘A farmácia tem várias medicações e não somente essas. Uma pessoa com amigdalite tem indicação para tomar azitromicina. Uma criança com piolho ou sarna tem critério para usar ivermectina’, explica a superintendente Cynara sobre a presença das drogas nas farmácias dos postos de saúde da capital.

‘Autonomia médica’ e os riscos

A prescrição de medicamentos para tratamento precoce contra a Covid-19 não tem posicionamento contrário do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego). Em nota, a entidade diz que segue as determinações do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Nesse sentido, o Cremego aponta que ‘em todas as situações, o princípio que deve, obrigatoriamente, nortear o tratamento do paciente é o da autonomia do médico, assim como a valorização da relação médico-paciente, sendo esta a mais próxima possível, com o objetivo de oferecer ao paciente o melhor tratamento médico disponível no momento’.

Em quatro casos relatados na reportagem, de pessoas que receberam receita de medicamentos antes de terem teste que indicasse contaminação pela doença, um diz que protocolou denúncia contra o médico no Cremego.

Sobre isso, o conselho de Medicina diz que todas as denúncias protocoladas são apuradas, mas que tramitam em sigilo processual, ‘conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico’.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia também destaca a autonomia médica, mas diz que cabe ao órgão orientar seus profissionais de forma contínua e por isso promete investigar os casos. ‘Às vezes esse profissional tomou posse há duas, três semanas atrás. Podemos sentar com ele e mostrar as evidências científicas e mostrar o protocolo que a SMS escreveu e que nos respalda’, diz a superintendente Cynara, destacando que os diálogos não ‘têm caráter punitivo’. ‘Eu sou da SMS, eu tenho um protocolo orientador, ele me orienta, com caráter científico com base no que é preconizado no mundo inteiro’, explica a superintendente.

Riscos

Apesar de o ato não configurar conduta ilegal, já que médicos gozam de autonomia para a prescrição de medicamentos, o Conselho Regional de Farmácia (CRF) relembra que uso de drogas produzidas para outros fins trazem riscos para pacientes com Covid-19. O CRF diz observar indicações de ivermectina e azitromicina para a Covid-19 em doses maiores que as recomendadas para os fins reais.

‘O problema é que se você não tem benefício e só tem riscos, então vai somar o risco da Covid-19 ao do efeito colateral do remédio. Ou seja, além de não ter a benesse do tratamento, você vai ter o malefício dos efeitos colaterais’, explica o conselho ao citar que no caso da ivermectina, por exemplo, pacientes podem sofrer com intoxicação do sangue.

A superintendente da SMS acrescenta que pacientes assintomáticos não precisam de nenhum tipo de medicação. ‘Você só prescreve para pacientes com Covid-19 positivo e com medicações que estão dentro do nosso protocolo’, pontua Cynara, que se diz ‘bastante estarrecida com as informações’

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FOLHA DE S.PAULO

Veja o que se sabe sobre 3ª dose e sobre perda de eficácia da vacina

Esquema atual protege de Covid grave, mas risco de imunossuprimidos e idosos leva a debate

As vacinas contra Covid-19 continuam a conferir boa pmtefo contra a doença grave, hospitalização e morte, mas uma possível queda nos índices de imunidadelevou recentemente ao debate sobre a necessidade de uma dose de reforço dos imunizantes.

Estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair, mas isso não significa que as pessoas vão ficar vulneráveis à infecção, uma vez que organismo tem outras formas de defesa.

Embora uma dose de refor ço seja uma estratégia já bem estabelecida para outros imunizantes, a questão principal hoje é qualseria a necessidade de começar a aplicação dessa injeção extra quando grande parte da população ainda está parcialmenteimunizada ou nãorecebeu ainda nenhuma dose das vacinas, explica o pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri.

Amaioria dos países da Áfricanão vacinounem 5% da população com a primeira dose. O Haiti, na América Central, só inicioua campanha de vacinação no mês passado.

Além disso, os cientistasainda estão começando a colher dados de estuãos científicos controlados, randomizados e duplo-cegos (padrão-ouro em ensaios clínicos) sobre a eficácia da dose de reforço.

Mesmo assim, diversos países já anunciaram ou até mesmo começaram a aplicação da terceira dose, contrariando o apelo da Organização MundialdaSaúde (OMS) por não fazê-lo até que a desigualdade da vacinação seja resolvida.

Veja abaixo o que se sabe sobre a dose de reforço e sobre perda de eficáciadas vacinas.

O que se sabe sobre a eficácia de uma terceira dose da vacina contra Covid-19? Ainda não há estudos científicos demonstrando que a eficácia das vacinas aumenta com uma terceira dose. Algumas evidências, no entanto, já começam a se acumular.

O quesesabe até agora é que umadose de reforço pode estimular o organismo a produzir mais anticorpos específicos contra o coronavírus SarsCov-2 e células do tipo B (produtoras de anticorpos) de memória, o que ajudariaa fornecer uma proteção imunológica mais duradoura.

Recentemente, o laboratório chinês Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, divulgou dois estudos controlados, randomizados e duplo-cegos sugerindo que uma terceira dose da vacina de seis a oito meses após o esquema tradicional com duas doses pode aumentar em até sete vezes a taxa de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear aentrada do vírus nas células.

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford mostrou que o inter valo maior entre as duas doses da vacina AstraZeneca, de até 45 semanas, e a aplicação de uma terceira dose do imunizante tiveram sucesso em aumentar até 18 vezes a taxa de anticorpos contra o SarsCoV-2 no organismo.

E, em Israel, dados do ministério da saúde apontam uma queda para um terço na taxa de casos da doença em pessoas com mais de 60 anos após a dose reforço.

A proteção conferida pelas vacinas diminui com o tempo? Ainda é cedo para saber por quanto tempo a resposta imune gerada pelas vacinas vai durar. Até o momento, dados de acompanhamento dos ensaios de fase 3 apontam para uma duração de pelo menos oito meses da proteção conferida por anticorpos neutralizantes para a maioria das vacinas. Contudo, a proteção dada por essas moléculas é uma, mas não a única, for ma de defesa do organismo.

Aimunidade conferida por infecção natural, segundo alguns estudos, pode durar anos, mas essa proteção tende a ser ligeiramente menor frentea novas variantes capazes de fugir dos anticorpos específicos contra a forma ancestral do vírus, como é o caso da delta. Mesmo com uma melhor capacidade deinduzir resposta imune do que a infecção natural, é natural que ataxa deanticorpos em circulação no sangue caia após alguns meses até um ano.

As vacinas aplicadas no início do anoainda podem prevenir infecções? Asvacinascontra Covid-19 foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte, mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo indivíduos vacinados com duas doses ainda podem se infectar e disseminar o vírus, embora em uma proporção menor do que os não vacinados.

Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinasreduzem novas hospitalizações e mortes, como ocor reu no Chile, que apresentou uma queda de mais de 80% das hospitalizações, 86% das mortes e quase 90% deinternações por UTI com cerca de 75% da população vacinada. No entanto, o país enfrentou uma subida de casosrecente, muito provavelmente devido a uma falsa sensação de proteção das pessoas após apenas uma dose das vacinas e ao relaxamento das medidas de distanciamento.

No final de julho, a Pfizer divulgou um estudo, ainda em formato de pré-print, indicando que a efetividade de sua vacina seis meses após a conclusão do ensaio clínico é de 91%, mas essa taxa cai para até 86% dependendo das variantes em circulação.

Também no último mês, um estudo conduzido em Israel apontou que há uma queda na efetividade da vacina da Pfizer de 64% para 39% contra infecções causadas pela variante delta. A proteção contra hospitalização e doença grave, no entanto, continua elevada, acima de 9o%.

No Reino Unido, a proteção por resposta humoral (de anticorpos) dos imunizantes Astrazeneca ou Pfizer contra a delta caiude 49% para 30, 7%, após uma dose, e, comas duas doses, de 93, 7% para 88%, no caso da Pfizer, e de 74, 5% para 67% com a AstraZeneca.

Já uma pesquisa feita pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, centro de referência em estudos de medicina, apontou que a chegada da delta no estado de Minnesota reduziu a efetividade da vacina da Pfizer contra infecção de 76%, até julho, para 42% no último mês. Essa queda não foi tão pronunciada assim para a vacina da Moderna, cuja proteção era de 86% contra infecção e, em julho, esse índice chegava a 76%.

No Brasil, dados da pesquisa Vebra Covid-19 com as vacinas AstraZeneca e Coronavac apontam para uma proteção de 77, 9% contra casos sintomáticos, no caso da primeira, e 50, 7%, para o segundo fármaco em pessoas de 18 a59anos. A proteção para casos sintomáticos em indivíduos com idade acima de 60 anos da Coronavac, no entanto, varia de 28% a 62%. E em relação às hospitalizações e mortes, o que sabemos sobre a proteção das vacinas deseis a oito meses após o seu uso? Nogeral, apesar daleve queda de níveis de anticorpos que pode ocorrer alguns meses após a vacina, todas as vacinas contra Covid-19 têm se mostrado bem-sucedidas em proteger contrao agravamento do quadro, hospitalizações e morte.

Isso não significa, no entanto, que a eficácia dos imunizantes é de100%, pois nenhuma vacina ou medicamento tem esse poder.

Nos países com alta de casos e já com elevada cobertura vacinal, a maioria das internações e mortes por Covidocorre emindivíduosnão vacinados. Nos EUA, 99% das mortes foram nas pessoas que não se vacinaram.

Uma pesquisa do grupo Vebra Covidcom mais de 60 mil moradores do estado de São

Paulo indicou uma proteção, dejaneiro a julho, de 93, 6% de duas doses da vacina AstraZeneca contra morte, e 87, 6% parainternações. A mesma efetividade foi encontradano estudo feito com a Coronavac no município de Serrana, de 95% de proteção para mortes e 86% contra hospitalização pela doença do coronavírus.

E um levantamento do InfoTracker mostrou que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3, 68% das mortes por Covid que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho. A terceira dose será necessária paratodos ou só paragrupos específicos, comoos mais velhos ou imunossuprimidos? Asvacinas contra Covid agresentam, em geral, uma eficácia mais baixa para pessoas imunossuprimidas, como aquelas com doenças autoimunes ou em tratamento contra câncer, por exemplo.

Esse público não foi inicialmente incluído nos ensaios clínicos, mas com o uso em massa dos imunizantes, dados sobre sua eficácia ou efetividade nesse grupo tendem a aparecer.

Um artigo publicado no dia 23 de julho narevista científica Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que umaterceira dose da vacina da Moderna em pacientes comtransplantede rim induz uma boa proteção em quase metade (49%) daqueles que não tiveram respostaimune após as duas doses.

Até então, apesar de as vacinas de RNA terem apresentado uma alta eficácia nos ensaios clínicos (acima de 95%), uma pesquisa mostrou que nesse grupo uma única dose não conferia proteção em quase 8 em cada 10 pacientes, mas aplicação de uma segunda dose das vacinas eleva a proteção para até 54% dos transplantados.

Já uma pesquisa do Hospital das Clínicas da USE em São Paulo, apontou que a vacinação contra a Covid-19 em pacientes imunossuprimidos é segura e produz boa resposta imune, chegando até 70, 4% da chamada soroconversão (presença de anticor pos específicos contra o vírus no sangue) após duas doses da Coronavac.

Na quinta (12), aagência reguladora de medicamentos e vacinas norte-americana, FDA, aprovou uma terceira dose das vacinas de RNA em uso no país (Pfizer e Moder na) para pessoas imunossuprimidas. Essa seria uma necessidade para que essas pessoas sejam completamente imunizadas, e não é equivalente a uma dose reforço em pessoas saudáveis, explica Kfouri, da SBIm.

Em relação aos mais idosos, em geral as vacinas em uso apontam para uma diminuição da taxa de anticor pos induzidos pós-imunização nesse grupo.

A proteção de duas doses da Coronavac em pessoas com 70 a74 anos é de cerca de 80% contra hospitalizações e 86% contra mortes. No entanto, a proteção cai na população com 8o anos ou mais, sendo de 43, 4% contra hospitalizações e 49, 9% contra mortes.

Esses valores podem indicara necessidade de uma dose de reforço nas pessoas com mais de 8o anos. Quais países já começaram a aplicação de uma terceiradose? Em quais situações a recomendaçãofazsentido? Ogoverno de Israel passoua oferecer no final de julho uma dose reforço para pessoas com mais de 60 anos já vacinadas com duas doses da Pfizer no país. Recentemente, autoridades de saúde do país decidiram diminuir a faixa etária da terceira dosepara aqueles com 50 anos ou mais.

Já a Indonésia começou a aplicar uma dose reforço nos profissionais da saúde do país que foram vacinados com a Coronavac. A decisão veio após a morte de médicos no país alguns meses após terem recebido as duas doses do imunizante. O país asiático, noentanto, tem 19% da população vacinada com ao menos uma dose e apenas 10% com o esquema completo.

E, na quarta-feira (11), o Chile começou a aplicar uma dose extra da vacina AstraZeneca nos idosos que já receberam as duas doses da Coronavac.

O Uruguai, com 64% da população com esquema completo e 73% com pelo menos uma dose, aprovou uma dose reforço do imunizante da Pfizer para aqueles que já receberam duas injeções da Coronavac.

Outros países, como lr; ã]laterra, França e Alemanha, pretendem começar a vacinação com uma dose reforço a partir de setembro, quando amaioria dos adultosjá tiver recebido o esquema normal de imunização.

O Brasil já está realizando estudos sobre a terceira dose? Uma terceira dose da vacina da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários, segundo a farmacêutica. Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. A ideia é mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de refor ço é significantemente maior do que naquelas pessoas que só tomaram duas doses.

O mesmo tem acontecido com a Oxford/AstraZeneca, que começou os testes com a terceiradose nasúltimas semanas. O Ministério daSaúdee o Instituto Butantan também já anunciaram estudos de doses de reforço com a Coronavac. O surgimento de novas variantes reforça a necessidade de terceimlâose? Pelo o que sesabe até agora, asnovascepas do coronavírus não conseguiram driblar completamente o efeito das vacinas. Elas até podem diminuir um pouco a eficácia dos atuais imunizantes, mas não chegam a torná-los obsoletos.

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CNN ONLINE

Medicamentos aprovados contra a Covid-19 não estão liberados no SUS, diz médica

À CNN, cardiologista Ludhmila Hajjar explica que pacientes do SUS não têm acesso ao Remdesivir, principal antiviral contra Covid-19

Thiago Félix, CNN São Paulo

Na última semana, a Anvisa aprovou a autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, do medicamento Regkirona (regdanvimabe). Esse é o quarto fármaco autorizado no Brasil para tratamento da Covid-19, sendo o terceiro em uso emergencial.

Em entrevista à CNN, a cardiologista Ludhmila Hajjar, professora da USP e chefe da UTI Covid do Hospital das Clínicas, falou sobre a importância desses medicamentos, mas ressaltou que a maioria não está liberada para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo ela, o principal antiviral aprovado até agora é o Remdesivir. Uma medicação injetável, feita no ambiente hospitalar, principalmente nos primeiros 14 dias da doença.

“Ele é aprovado pela Anvisa, mas infelizmente não está liberado para todos os pacientes. Então, o paciente do SUS não tem a liberação do Remdesivir, uma medicação que, comprovadamente, não reduz a chance de morrer, mas encurta o tempo de doença. Com isso, pode reduzir a pressão no sistema de saúde.’

Os anticorpos monoclonais também estão em estudo, sendo que dois coquetéis já foram aprovados pela Anvisa. De acordo com Hajjar, eles são utilizados em pacientes com mais risco, reduzindo a chance da doença se agravar, por isso, ela considera que estes anticorpos “significam uma esperança” para a Covid-19.

“Eles pegam o indivíduo de alto risco para complicar, que nós acabamos de fazer o diagnóstico, desde que ele tenha mais de 12 anos de idade, mas tenha algum fator de risco — ou problema cardíaco, imunológico, respiratório ou neurológico –, ele vai para o hospital, recebe um única dose injetável destes anticorpos, que nós temos dois coquetéis já aprovados, e esse paciente tem uma chance muito pequena de evoluir para a necessidade de hospitalização ou de gravidade.”

Segundo ela, a Food and Drug Administration, nos Estados Unidos também já liberaram o uso dos anticorpos monoclinais no Brasil, “mas eles ainda não estão disponíveis no sistema de saúde brasileiro, nem na rede privada e nem na rede pública”. Ainda que, segundo a cardiologista, ele seja uma alternativa para reduzir gravidade e hospitalização.

Ludhmila Hajjar explica que, se uma maneira geral, o brasileiro tem acesso à assistência hospitalar, suporte de terapia intensiva, de ventilação, de fisioterapia, de médico, de enfermagem, também acesso ao corticoide, ao anticoagulante e ao antibiótico no caso de infecção bacteriana. Já as demais medicações, apesar de aprovadas, ainda não fazem parte do tratamento nos hospitais, principalmente os públicos.

“Estas demais medicações, Remdesivir, anticorpo monoclonal, Tocilizumabe e agora, mais recentemente, o Tofacitinibe e o Baricitinib, que também foram aprovados como medicações da imunologia, e que modifica o sistema imunológico, o brasileiro ainda não tem o acesso universal e isso ainda está em avaliação”, explica.

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JORNAL OPÇÃO

Com pequeno estoque, goianos podem ficar com reforço da AstraZeneca atrasado

FioCruz tem previsão de entrega insuficiente de doses ao segundo semestre; MS autoriza municípios a aplicarem Pfizer para o reforço

Por Gabriela Macedo

Imunizante contra Covid-19 produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) | Foto: Reprodução

Com previsão de entrega de poucas doses – comparada com a demanda – da vacina AstraZeneca contra a Covid-19, por parte da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) para agosto e setembro, entre 3,1 milhões e 17,2 milhões de brasileiros correm o risco de ficar com o reforço atrasado.

Em Goiás, a reserva de doses disponíveis era de 193.240, até o último sábado. No entanto, segundo o site do Governo Federal, como forma de reposição, serão distribuídas entre os estados apenas 10 milhões de doses em agosto e outras 14,1 milhões em setembro.

‘Com o lote de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) recebido em 17/7, será possível entregar cerca de 10 milhões de doses ao PNI (Programa Nacional de Imunização). Destas, um milhão foi entregue na semana passada e o restante cumpre as etapas de processamento final e controle de qualidade, com previsão de entrega nas próximas semanas’, afirmou a FioCruz, em nota.

‘O cronograma pode ser reajustado conforme chegada de novas remessas’, diz a fundação, mesmo ainda sem data. No entanto, até mesmo as 10 milhões de doses determinadas para agosto ainda dependem da ‘Liberação das etapas de controle de qualidade.

Como forma de contornar a falta de doses da AstraZeneca às pessoas que devem tomar o reforço no segundo semestre, neste sábado, 14, o Ministério da Saúde (MS) autorizou os municípios a aplicarem o imunizante da Pfizer como substituta da produzida pela FioCruz, na segunda dose.

Segundo a pasta, em nota técnica, a troca deverá ser feita apenas ‘em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país’.

A intercambialidade das vacinas também foi autorizada para grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca, para completar o esquema vacinal com as vacinas que não contém o vetor viral, seja a Pfizer ou Coronavac.

Na nota técnica, o Ministério citou alguns estudos de intercambialidade vacinal. Entre eles, o realizado no Reino Unido, publicado na revista Lancet, em janeiro deste ano, que contou com 830 adultos com mais de 30 anos escolhidos aleatoriamente.

Na pesquisa, foram comparados os esquemas de vacinação com a aplicação de duas doses da mesma vacina e com a mistura da AstraZeneca com a Pfizer, com prazo de quatro semanas entre as aplicações. Os que receberam doses mistas mostraram maior chances de apresentar sintomas leves e moderados, de curta duração, com a aplicação da segunda dose da vacina – como fadiga, febre, doe de cabeça, musculares e nas articulações – em comparação com os que tomaram ambas as doses do mesmo laboratório.

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem 23,4% da população completamente imunizada contra a covid-19

O Brasil chegou neste domingo (15/7) a 114.867.227 vacinados com ao menos a primeira dose contra a covid-19, o equivalente a 54,25% da população total. Ao mesmo tempo, 49.622.252 pessoas receberam duas doses ou dose única de vacinas anticovid, o que corresponde a 23,43% da população.

Nas últimas 24 horas, o País aplicou 481.365 doses de vacinas contra a doença. Ao todo, foram administradas 382.987 primeiras doses, 91.324 segundas doses e 7.054 doses únicas. Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 15 Estados e Distrito Federal.

Em São Paulo, a “Virada da Vacina”, voltada para o público de 18 a 21 anos, aplicou um total de 471.421 doses contra a covid-19 na cidade de São Paulo neste fim de semana, segundo balanço da Prefeitura.

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Assessoria de Comunicação