Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 21 A 23/08/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Goiânia ganha Centro de Atendimento Pediátrico

Fazendas de gado, mansões e carros de luxo: quadrilha é suspeita de desviar mais de R$ 300 milhões de verbas públicas de combate à pandemia

Omissão de Bolsonaro e lobby de empresários enrolam a reforma do IR

Brasil tem 26,01% da população total com imunização completa contra covid-19

Mudança na forma de distribuição das doses causa ‘estranheza’, avalia Hallal

Brasil tem semana com menor número de mortes por covid desde janeiro

Covid-19: internação e mortes de idosos voltam a crescer, apesar da vacinação

TV ANHANGUERA

Goiânia ganha Centro de Atendimento Pediátrico

https://globoplay.globo.com/v/9791687/

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TV GLOBO

Fazendas de gado, mansões e carros de luxo: quadrilha é suspeita de desviar mais de R$ 300 milhões de verbas públicas de combate à pandemia

Segundo a PF, o operador financeiro do esquema é um jovem pecuarista, que chegou a transportar R$ 6 milhões em dinheiro vivo, em um avião particular.

Por Fantástico

O Fantástico revela informações exclusivas de uma investigação que pediu a prisão de 61 pessoas esta semana. Elas são suspeitas de desviar mais de R$ 300 milhões em verbas públicas, incluindo dinheiro destinado a hospitais de campanha, durante a pandemia.

Segundo a Polícia Federal, o operador financeiro do esquema é um jovem pecuarista que chegou a transportar R$ 6 milhões em dinheiro vivo, em um avião particular. Entenda o caso vendo a reportagem em vídeo.

https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2021/08/22/fazendas-de-gado-mansoes-e-carros-de-luxo-quadrilha-e-suspeita-de-desviar-mais-de-r-300-milhoes-de-verbas-publicas-de-combate-a-pandemia.ghtml

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UOL

Omissão de Bolsonaro e lobby de empresários enrolam a reforma do IR

Técnicos da equipe econômica ouvidos reservadamente pelo UOL avaliaram que reforma do IR (Imposto de Renda) não deve ser mais votada pela Câmara dos Deputados. O problema, relataram os assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes, é a falta de uma solução para manter a tributação de dividendos e não afetar os repasses para estados e municípios. Diante do impasse, a secretária de Governo, Flávia Arruda, tem mapeado votos e busca uma alternativa política para resolver o impasse político e manter uma proposta ainda viável do ponto de vista econômico.

A avaliação de assessores de Guedes é que parlamentares, pressionados por lobbies de empresários e visando a manutenção de financiamento de campanha, criaram um clima ruim que acabou tumultuando a tramitação.

Além disso, também sob caráter reservado, admitem que a falta de atuação do presidente Jair Bolsonaro com a agenda econômica, já que ele está mais envolvido com a briga com o Judiciário, não tem colaborado para o andamento da reforma.

A equipe econômica não abre mão de tributar dividendos e propôs uma alíquota de 20%. Grandes empresários são contra a medida e levaram essa preocupação ao Congresso. Os parlamentares defendem criar um escalonamento nas alíquotas.

No primeiro ano, a alíquota seria de 10% e, no segundo, de 15%. Essa mudança, entretanto, reduziria as transferências de recursos para estados e municípios, afetaria a arrecadação do governo e reduziria o total de recursos em caixa no Tesouro para bancar a máquina pública e as políticas públicas. Procurado, o Ministério da Economia afirmou que não comentaria o assunto.

Sem encontrar uma solução que atenda o governo e os empresários, o relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), tem cobrado um apoio público dos setores que ele atendeu na proposta.

Na última quinta-feira (19), 19 entidades publicaram um manifesto favorável ao projeto. Entre elas estão o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), CFM (Conselho Federal de Medicina), a Abrapp, que reúne os fundos de pensão, e a ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador).

Todas essas entidades foram beneficiadas por alguma concessão do relator. A maioria não pagará o imposto sobre lucros e dividendos, com a isenção definida pelo relator para empresas que faturam até R$ 4,8 milhões.

Segundo técnicos da equipe econômica a pressão de grandes empresários por mudanças na tributação de lucros e dividendos é enorme. Além disso, estados e municípios não querem que os repasses da União diminuam. “O relator está pedindo o apoio no varejo para tentar aplacar o descontentamento do atacado”, resumiu um assessor de Guedes.

Na última quarta-feira (18), em um evento virtual promovido pelo banco Santander, o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, pediu cautela com as mudanças no projeto que altera o Imposto de Renda e alertou para o risco de que as isenções previstas nas discussões incentivem a pejotização.

“É preciso ter muita cautela com tratamentos diferenciados, especialmente com isenção, agora que estamos reintroduzindo a tributação dos dividendos. Para não manter essas vantagens que existem hoje e que levam à ampliação dessa estratégia de pejotização”, afirmou Tostes.

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AGÊNCIA ESTADO

Brasil tem 26,01% da população total com imunização completa contra covid-19

Primeira dose alcança 58,01% dos brasileiros | 23.08.21 – 07:50

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou neste domingo (22/8) a 122.830.226, o equivalente a 58,01% da população total. Nas últimas 24 horas, 454.160 pessoas receberam a primeira aplicação da vacina, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.

Entre os mais de 122 milhões de vacinados, 55,06 milhões estão com a imunização completa contra o coronavírus, o que representa 26,01% da população. Nas últimas 24 horas, 196.198 pessoas receberam a dose de reforço.

Devido a uma correção nos dados do Rio Grande do Sul, que notificou menos 20.091 vacinas de dose única administradas, o total nacional de aplicação desses imunizantes no dia foi de -17.776. Sem considerar o Estado, entretanto, foram 2.311 doses da Jansen aplicadas.

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A REDAÇÃO

Mudança na forma de distribuição das doses causa ‘estranheza’, avalia Hallal

Goiânia – A vacinação contra o novo coronavírus no Brasil enfrentou, além das novas variantes e a rápida disseminação do vírus, um outro inimigo: a ausência, por parte do Ministério da Saúde, de uma otimização da distribuição dos imunizantes a partir de hotspots. Assim avalia o epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Curi Hallal, responsável por pesquisas como a que apontou quantas vidas brasileiras seriam salvas durante a pandemia caso o país tivesse adotado mais medidas de controle à doença. De acordo com o cálculo, 400 mil mortes a menos à época. Agora, comenta em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, poderiam ter sido outras mais caso a estratégia para distribuir doses fosse diferente, mas recebe com “estranheza” a mudança do formato de distribuição anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga.

 A logística de entrega dos lotes, organizada pelo Ministério da Saúde, levou em conta a distribuição proporcional das vacinas para Estados — ao menos na teoria. De acordo com Pedro Curi Hallal, a entrega das vacinas contra a covid-19 deveria considerar, sobretudo, as regiões mais vulneráveis do Brasil no decorrer da pandemia, chamados de hotspots. O Amazonas é um exemplo lembrado pelo epidemiologista ao tratar do tema. O Estado, quando viu seu sistema de saúde colapsar, com pacientes sufocados sem oxigênio em janeiro deste ano, deveria ter sido um dos priorizados para recebimento de mais imunizantes. “O Amazonas precisava ter recebido um caminhão de doses àquela época”, pondera Hallal.

Como define o Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas até o início de agosto foi proporcional aos grupos prioritários. Em matéria explicativa publicada no portal de notícias da pasta, no dia 14 de junho, os carregamentos de imunizantes foram entregues com base nas estimativas populacionais dos grupos definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 e conforme o quantitativo de doses disponibilizadas pelos laboratórios que fabricam as vacinas. Nesta decisão, argumenta Pedro Hallal, vê-se muito mais uma tentativa de fazer soar uma logística politicamente justa aos Estados do que, de fato, uma tentativa de otimizar a imunização no Brasil.

Em levantamento exclusivo a partir do cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Localiza SUS, plataforma de monitoramento da vacinação disponibilizada pelo governo federal, o AR identificou uma variação de quase 20% na proporção de vacinas contra a covid-19 entregues aos Estados até o final de julho. Conforme os números, São Paulo foi o que mais recebeu doses de acordo com a população: os imunizantes entregues eram o bastante para imunizar completamente 49,49% dos paulistas. No final do ranking está o Amapá, que recebeu quantitativo que permitiria concluir a vacinação em 31,63% dos amapaenses. Goiás figurava em 15º.

A discrepância, explica Pedro Curi Hallal, pode ser justificada pelo método adotado no Ministério da Saúde de entregar os lotes a partir dos grupos prioritários, devido à pirâmide etária de cada Estado. Ainda assim, para se ter um número exato dos grupos, haveria necessidade da conclusão, por exemplo, do Censo 2020, pois jogaria luz à situação de cada um dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Apesar das considerações sobre as estratégias logísticas do envio das doses, o especialista cita que, no início da vacinação, não havia mobilizações por qualquer mudança no processo de direcionamento feito.

“Não podemos parecer profetas do acontecido. Por outro lado, acompanhar e distribuir de acordo com a lógica epidemiológica era algo que vários colegas e eu, inclusive, defendemos. No caso do Amazonas, assinamos uma carta para que o Ministério priorizasse a vacinação lá”, prossegue o epidemiologista.

Equalização da entrega das doses

A alta diferença na proporção de doses entregues, exibida pelo levantamento do jornal A Redação, também fez com que o Ministério da Saúde adotasse novo modelo de distribuição das vacinas contra a covid-19. A mudança repentina, anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga após reunião com o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Saúde (Conasems), gerou atritos entre o governo federal e a gestão do Estado de São Paulo, que recebeu metade das doses previstas para o carregamento de vacinas da Pfizer entregue na última semana.

O déficit no lote rendeu críticas do governador João Doria via Twitter e até ameaça de processo contra o Ministério da Saúde. “A decisão, que como governador qualifico como arbitrária, representa a quebra do pacto federativo. E o governo federal decidiu punir quem fez o certo e quem foi eficiente na vacinação”, disse Doria, na última quarta-feira (4), após a entrega do carregamento. Um dia após as falas do tucano, o Governo de São Paulo anunciou que entraria na Justiça contra o governo federal pela entrega das doses abaixo do previsto.

Para rebater as acusações de João Doria, a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do governo federal, Rosana Leite, afirmou que houve mudança na metodologia de distribuição dos imunizantes. Antes, como afirmado na matéria, a entrega era feita com base nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Agora, a logística levaria em conta a vacinação por faixa etária nos Estados.

Em razão da disparidade das doses entregues, que pode ser verificada pelo levantamento do AR, a pasta federal passou a “compensar” os governos mais atrasados na vacinação. Sobre a recente mudança no procedimento de entrega dos carregamentos, o epidemiologista Pedro Curi Hallal não conseguiu, ao longo da entrevista, identificar qualquer fator que servisse como justificativa. A única explicação, como afirmou, seria política. “A palavra que define essa alteração na estratégia é ‘estranheza’”.

Segundo o ranking elaborado pelo AR, os dez Estados que mais receberam vacinas contra a covid-19 até final do último mês foram São Paulo (49,49%), Rio Grande do Sul (47,76%), Rio de Janeiro (46,81%), Mato Grosso do Sul (46,05%), Paraná (43,07%), Santa Catarina (42,65%), Espírito Santo (42,46%), Minas Gerais (41,92%), Amazonas (41,76%) e Acre (40,69%). Todos esses receberam imunizantes o bastante para vacinar com duas doses, no caso da CoronaVac, Astrazeneca e Pfizer, e com uma dose, no caso da Janssen, mais de 40% de suas respectivas populações, de acordo com as estimativas populacionais atualizadas pelo IBGE.

Todas as outras 17 unidades federativas do País estão abaixo da média estipulada pela pesquisa para se ter a distribuição equalizada, que varia entre 39,5% e 40,5% aproximadamente. O ranking das entregas de vacinas, em cálculo proporcional por população estimada, segue da seguinte forma: Paraíba (38,11%), Maranhão (38,07%), Mato Grosso (37,97%), Rio Grande do Norte (37,9%), Goiás (37,32%), Roraima (37,11%), Bahia (36,99%), Distrito Federal (36,89%), Alagoas (36,84%), Pernambuco (36,83%), Sergipe (36,76%), Piauí (36,47%), Ceará (36,21%), Tocantins (34,95%), Rondônia (33,47%), Pará (33,01%) e Amapá (31,63%).

Para dar um capítulo final ao drama que envolve governo federal e a gestão paulista, o ministro Marcelo Queiroga confirmou a alteração na metodologia de distribuição das doses. Em coletiva de imprensa na manhã do dia 18 de agosto, o chefe da pasta federal anunciou e detalhou a alteração no processo de entrega das vacinas contra a covid-19. Segundo Queiroga, a logística de entrega irá igualar a porcentagem de doses entregues para os Estados vacinarem pessoas acima de 18 anos, conforme a quantidade de imunizantes distribuída até o momento.

A equalização dos lotes de vacinas cria um plano incerto no combate à pandemia do novo coronavírus. Por um lado, especialistas como Pedro Curi Hallal reforçam a importância de se priorizar os hotspots da pandemia no país para amenizar os efeitos do vírus. Por outro, representantes estaduais, como o vice-presidente do Conass da região Centro-Oeste, Ismael Alexandrino, defende a entrega equitária de vacinas e estima inclusive que Goiás, onde é secretário de Saúde, poderia receber até 20 mil doses a mais. No cabo de guerra da operacionalização dos imunizantes, quem assume a frente desta vez é o Conass.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil tem semana com menor número de mortes por covid desde janeiro

O Brasil teve na semana passada o menor número de mortes por covid-19 desde o começo de janeiro. De acordo com o levantamento do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, do dia 15 a 21 de agosto, o país teve 5.421 vítimas fatais da doença. Foi a quantidade mais baixa desde a semana de 27 de dezembro a 2 de janeiro, quando 4.930 pessoas perderam a batalha contra o coronavírus.

A redução do número de mortes já havia sido percebida também pelos prefeitos. A pesquisa semanal da Confederação Nacional dos Municípios indicou que as mortes por covid-19 caíram em 10% dos municípios; ficaram estáveis em 16%; aumentaram em 6% das cidades; e, em pouco mais de 60%, não houve morte causada pela covid-19 de segunda a quinta-feira da semana passada.

O consultor de Estudos Técnicos da confederação, Eduardo Stranz, avaliou que a redução das mortes causadas pela doença se deve ao avanço da campanha de vacinação.

De acordo com o Vacinômetro, do Ministério da Saúde, até agora, 176 milhões de doses de vacinas foram aplicadas. Foram 122 milhões de primeiras doses das vacinas AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer; e outros 54 milhões de segundas doses desses imunizantes ou da vacina Janssen, de dose única.

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CORREIO BRAZILIENSE

Covid-19: internação e mortes de idosos voltam a crescer, apesar da vacinação

Assim como no início da pandemia da covid-19, país volta a lidar com mais casos e óbitos entre pessoas a partir de 60 anos, mesmo com esse público vacinado. Reforço na imunização passa a ser alternativa

Maria Eduarda Cardim

Enquanto o país avança na imunização contra a covid-19 por faixas etárias e a maioria dos municípios já aplica doses na população adulta mais jovem, a partir de 18 anos, e outros até iniciam a cobertura vacinal de adolescentes com e sem comorbidades, o foco dos especialistas se volta novamente aos idosos, como era no início da vacinação contra o novo coronavírus. Isso porque o processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil visto com a vacinação dos mais velhos no primeiro momento foi revertido e, atualmente, os idosos voltaram a ser o grupo que mais morre pela doença no país.

Nas duas primeiras semanas de agosto, cerca de 70% dos óbitos por covid-19 no Brasil foram de pessoas com 60 anos ou mais. Os números são do boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na semana epidemiológica 23, que corresponde ao período de 6 a 12 de junho, os óbitos nessa faixa etária representavam 44,6% do número total de mortes pela doença. O último levantamento do estudo, nas semanas 31 e 32, do dia 1º a 14 de agosto, registrou um aumento na proporção para 69,2%.

O número de internações por covid-19 de pessoas a partir de 60 anos também aumentou entre os dois intervalos. A estatística de idosos entre os casos internados já esteve em 27%, na semana 23, mas hoje se encontra em 43,6%. O aumento da vacinação entre os jovens explica porque o processo de rejuvenescimento da pandemia no Brasil foi revertido. O vírus continua circulando intensamente pelo país e, novamente, as internações hospitalares, internações em UTI e óbitos voltaram a se concentrar na população idosa, que é mais vulnerável à doença.

‘É fundamental, portanto, compreender que, se considerarmos que esta nova transição da idade é efeito da progressão da vacinação entre os mais jovens, isto significa dizer que, em um cenário em que a população passa a ter acesso à vacina, os idosos têm maior risco de sofrer internações e evoluírem a óbito’, ressaltam os pesquisadores, no boletim.

Por isso, o infectologista da Fiocruz e ex-diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Julio Croda, explica que é necessário observar de perto o perfil dos pacientes internados e dos óbitos pela doença para adotar estratégias específicas para este grupo da população. ‘Não vejo problema em avançar na faixa etária da imunização desde que esteja se monitorando em cada estado e cidade qual o perfil epidemiológico das internações e adotando estratégias específicas para diminuir essas hospitalizações e óbitos’, analisa.

Segundo ele, a presença de variantes mais transmissíveis no Brasil, em especial a delta, pode ser um dos motivos para que a covid-19 tenha voltado a afetar os mais velhos. Diante desse cenário, Croda diz que é imprescindível um reforço na proteção dos idosos.

‘A gente sabe também que, no contexto da variante delta, a gente não vai atingir a imunidade coletiva apenas com as vacinas, porque ela previne hospitalização e óbito, mas não necessariamente a transmissão de formas assintomáticas ou mais leves da doença. Assim, o vírus vai continuar circulando e o que a gente tem que prevenir é essa população mais velha, que é mais vulnerável, mesmo vacinada’, avalia.

Terceira dose

A solução estudada para compensar a maior vulnerabilidade imunológica dos idosos e protegê-los melhor seria a aplicação de uma dose de reforço das vacinas contra a covid-19. ‘Mais do que avançar nas coberturas vacinais em várias faixas etárias, do que avançar a vacinação em adolescentes, a gente tem que discutir a dose de reforço nos idosos’, afirma Croda. Na cidade do Rio de Janeiro, onde a vacina já foi ofertada para toda população adulta, o foco do prefeito Eduardo Paes (PSD) será revacinar os idosos, principalmente por causa do avanço da variante delta.

‘Quero deixar bem claro que a prefeitura entende que, com esse número alto de casos da variante delta, deve priorizar a terceira dose de reforço para as pessoas mais velhas, que são mais vulneráveis ao agravamento da doença. Nós preferimos fazer a terceira dose dos idosos do que antecipar a segunda dose dos mais jovens’, disse Paes, na última sexta.

A situação é observada pelo Ministério da Saúde, que indicou já ter vacinas suficientes para aplicar uma terceira dose nos idosos. No entanto, o calendário ainda não foi definido pela pasta. Para o doutor em Saúde Coletiva e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Dário Pasche é precipitado falar em terceira dose quando ainda não se imunizou plenamente toda a população vacinável.

‘O Ministério da Saúde deveria se preocupar com outras questões, como o fornecimento adequado do fluxo de vacinas, ampliar as campanhas de busca de pessoas com vacinação incompleta, assim como ampliar a educação sanitária para a população’, pondera.

* Estagiários sob a supervisão de Augusto Fernandes

Média de mortes cai

O Brasil registrou, ontem, a menor média móvel diária de mortes por covid-19 dos últimos sete meses. De acordo com o levantamento do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o índice ficou em 774. A última vez que a estatística sobre óbitos tinha sido inferior foi em 6 de janeiro, data em que o Conass contabilizou uma média diária de 683 mortes.

Na comparação com duas semanas atrás, quando a média diária foi de 912, o número caiu 15,1%. Diferenças superiores a 15% neste intervalo de tempo indicam tendência de queda. Ainda segundo o Conass, a média móvel de casos ficou em 29.478. Isso representa uma redução de 11,8% em relação ao que foi registrado há 14 dias (33.418).

Segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde sobre a situação da pandemia, o país teve mais 28.388 casos do novo coronavírus e 698 novos óbitos pela covid-19 ontem. Desde o início da pandemia, a pasta contabiliza 20.556.487 pessoas infectadas e 574.209 vidas interrompidas na luta contra a doença. Por outro lado, o Brasil já tem ao menos 19.431.197 recuperados da enfermidade.

A região Sudeste do país é a que concentra as estatísticas mais altas da pandemia. Lá, o Ministério da Saúde já confirmou 7.911.415 casos de infecção pelo novo coronavírus, além de 270.093 mortes. Na sequência aparece a região Nordeste, com 4.712.166 pessoas infectadas e 114.683 óbitos.

A região Sul tem ao menos 3.984.113 ocorrências da doença e 89.350 mortos. No Centro-Oeste, são 2.134.305 casos e 54.301 mortes. Por fim, a região Norte chegou a 1.814.488 infecções e 45.782 óbitos pela covid-19.

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Assessoria de Comunicação