Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/09/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Anvisa determina recolhimento de lotes interditados da vacina Coronavac

Médicos defendem vacinação de adolescentes e reforço para idosos e profissionais de saúde

OMS escolhe Fiocruz para produção de vacinas contra covid-19

Covid-19: Goiás registra 2.475 novos casos e 34 mortes em 24 horas

AGÊNCIA ESTADO

Anvisa determina recolhimento de lotes interditados da vacina Coronavac

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (22/9) a determinação de recolhimento dos lotes da vacina Coronavac contra a covid-19 que foram interditados de forma cautelar, em 4 de setembro. Segundo o órgão regulador, a decisão foi tomada após a constatação de que os dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase do imunizante em condições satisfatórias de ‘Boas Práticas de Fabricação’.

A vacina é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. No dia 14 deste mês, o instituto anunciou que os lotes seriam substituídos por vacinas prontas. Ao todo, a Anvisa havia interditado cerca de 12,1 milhões de doses que foram produzidas pela Sinovac em uma fábrica não inspecionada e aprovada pela Anvisa.

Em nota, o órgão regulador afirma que, desde a interdição cautelar, foram avaliados todos os documentos encaminhados pelo Butantan, dentre os quais os emitidos pela autoridade sanitária chinesa, que “reforçaram as preocupações da Agência quanto às práticas assépticas e à rastreabilidade dos lotes”.

“A Anvisa também realizou a análise da documentação referente à análise de risco e à inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das não conformidades apontadas”, declara. A agência destaca que os lotes objetos da interdição não correspondem ao produto aprovado para uso emergencial pela Anvisa, uma vez que esses lotes foram fabricados em local não aprovado pela agência.

“Portanto, considerando que os dados apresentados sobre a planta da empresa Sinovac, localizada no nº 41 da Yongda Road, em Pequim, não comprovam a realização do envase da vacina Coronavac em condições satisfatórias de Boas Práticas de Fabricação, a Anvisa concluiu, com base no princípio da precaução, que não seria possível realizar a desinterdição dos lotes”, afirma a nota.

Adoção de procedimentos

De acordo com a Anvisa, caberá aos importadores a adoção de todos os procedimentos para o efetivo recolhimento das unidades restantes e remanescentes de todos os lotes interditados cautelarmente. O recolhimento se aplica apenas aos lotes que foram envasados em local não inspecionado pela Anvisa e que não consta na autorização da vacina Coronavac.

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AGÊNCIA CÂMARA

Médicos defendem vacinação de adolescentes e reforço para idosos e profissionais de saúde

Em audiência na Câmara, pesquisadores e entidades médicas e de enfermagem defenderam, nesta terça-feira (21), a continuidade da vacinação de adolescentes a partir de 12 anos de idade e da aplicação de doses de reforço em idosos e profissionais de saúde. O Ministério da Saúde garantiu que há disponibilidade de vacinas para esses grupos, mas criticou estados e municípios por anteciparem a vacinação de adolescentes e informou que analisa estudos em relação às doses extras. O debate ocorreu na Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19.

Médica e pneumologista, a pesquisadora Margareth Dalcolmo, da Fundação Oswaldo Cruz, fez a defesa mais enfática da vacinação de todos os adolescentes de 12 a 17 anos.

‘Nós sabemos que essa faixa etária é responsável por grande mobilidade social e por carregar uma carga viral muito grande para familiares, colegas e sociedade. Portanto, acho que é uma decisão sobre a qual não cabe mais discussão: cabe colocar doses em disponibilidade suficiente para que nós protejamos todos os nossos adolescentes’, disse.

Gustavo Sales/Câmara dos Deputados

Rosana de Melo constatou queda no número de mortos diante do avanço da vacinação

Parlamentares e representantes dos conselhos de secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems) manifestaram surpresa diante de recente orientação do Ministério da Saúde com restrições à vacinação nessa faixa etária. Segundo o Conass, 1.300 crianças e adolescentes morreram por complicações após contaminação com o novo coronavírus só neste ano.

A secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana de Melo, justificou a medida com críticas à gestão de alguns estados e municípios diante do que havia sido pactuado no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 e afirmou que a vacinação não foi suspensa.

‘Nós apenas restringimos a vacinação aos adolescentes com comorbidade e deficiência permanente. Não foi apenas por este ou aquele fator, foi um conjunto. Nós sobrestamos algo que seria começado a partir do dia 15. Ainda não tínhamos enviado (doses) para o público abaixo de 18 anos’, afirmou.

A secretária disse que, para evitar pânico, a ‘nota informativa’ com essa nova orientação, divulgada no dia 15, sequer citou a morte de uma adolescente vacinada. Posteriormente, a Anvisa constatou que o caso não teve relação causal com a vacinação contra Covid-19.

Por enquanto, os adolescentes só podem ser imunizados com doses de Pfizer. O deputado Jorge Solla (PT-BA) cobrou da Anvisa rapidez nos estudos para a inclusão da Coronavac nessa lista, como já acontece no Chile.

Reforço

Outro tema debatido foram as doses de reforço para quem já está imunizado, sobretudo diante do cenário de surgimento de novas variantes do coronavírus. Relatora da comissão externa, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) citou a necessidade de inclusão dos profissionais de saúde no grupo prioritário dessa dose adicional.

‘Só entre enfermeiros, técnicos e auxiliares, nós temos mais de 860 óbitos. Somando aos profissionais da área de medicina, temos de 1.600 a 1.700. Sem contar todos os demais trabalhadores, como motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de limpeza e lavanderia, fisioterapeutas e outros profissionais que estão diretamente envolvidos com a Covid-19. Por isso, a defesa e o pedido [pela dose de reforço] da nossa comissão externa’, disse a deputada.

Representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica do Brasil (AMB) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) reforçaram o pedido. Eles argumentaram que a maior parte dos profissionais de saúde foi imunizada há mais de 8 meses com Coronavac, que tem menor duração na proteção contra a Covid-19. A AMB apresentou estudo dos Estados Unidos que mostra novo surto da doença inclusive em profissionais imunizados com Pfizer.

A representante do Cofen, Cleide Mazuela, informou que testes recentes mostraram o aumento dos casos de reinfecção e de perda de anticorpos dos profissionais que estão na linha de frente de combate à Covid-19. ‘São 2,5 milhões de enfermeiros esgotados’, ressaltou.

Idosos e imunossuprimidos

Parlamentares e debatedores também concordaram em ampliar para 60 anos de idade a faixa inicial da dose de reforço de toda a população. Hoje, a orientação do Ministério da Saúde é dar uma dose a mais aos maiores de 70 anos, seis meses após a dose única da Janssen ou a segunda dose de Coronavac, AstraZeneca e Pfizer. Os imunossuprimidos, ou seja, aquelas pessoas com problemas imunológicos, também podem receber o reforço na vacinação.

A secretária destacou que é fato que a maioria da população quer ser vacinada e que o Brasil tem a ‘cultura da vacinação’, e constatou queda no número de casos e de mortes no País a partir de agosto, diante do avanço da vacinação. Rosana de Melo disse que a ampliação das faixas atendidas seguirá critérios técnico-científicos.

‘Em relação aos trabalhadores de saúde, não houve consenso na nossa penúltima reunião da Câmara Técnica do Plano Nacional de Operacionalização. Pactuamos que iríamos discutir mais em termos técnico-científicos. Se a decisão for pela vacinação desse grupo na totalidade, independentemente do imunizante aplicado, nós teremos as doses para serem aplicadas’, garantiu.

Está prevista uma nova reunião da câmara técnica do ministério no dia 24. Com base nos estoques e na projeção de entregas, Rosana afirma que haverá disponibilidade de vacina, caso se decida pela dose de reforço a partir de 60 anos de idade. A secretária informou que o ministério já iniciou o planejamento do esquema vacinal do próximo ano.

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AGÊNCIA BRASIL

OMS escolhe Fiocruz para produção de vacinas contra covid-19

Vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante em estudo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) selecionou hoje (21) o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como centro para desenvolvimento e produção de vacinas com tecnologia de RNA mensageiro na América Latina.

As vacinas de RNA mensageiro são um novo tipo de imunizante em estudo para proteger pessoas de doenças infecciosas. Segundo informou a Fiocruz, a escolha de Bio-Manguinhos ocorreu em função dos “promissores avanços no desenvolvimento tecnológico de uma vacina de mRNA contra a covid-19, atualmente em estágio pré-clínico”. A iniciativa contou com recursos do Ministério da Saúde e de emendas parlamentares.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, avaliou que essa tecnologia vem se somar à plataforma de adenovírus, utilizada na vacina Fiocruz/AstraZeneca para a covid-19. Para ela, o desenvolvimento de uma vacina da Fiocruz de mRNA é um passo fundamental para que o Brasil detenha o domínio tecnológico de duas plataformas essenciais para o avanço no desenvolvimento de imunobiológicos.

 “Com esse projeto e o apoio da OMS, estamos reafirmando nosso compromisso com a ciência e a tecnologia a serviço da população”, disse Nísia.

Ela acrescentou que ainda é cedo para falar de datas e cronograma, contudo, afirmou que o apoio da OMS será decisivo para que o desenvolvimento da vacina ocorra de maneira breve e dentro dos protocolos de segurança e qualidade mundiais.

Especialistas

A chamada mundial da OMS foi lançada em 16 de abril deste ano, com o objetivo de ampliar a capacidade de produção e o acesso às vacinas contra a covid-19 nas Américas. Participaram da seleção cerca de trinta empresas e instituições científicas latino-americanas. O processo de escolha foi realizado por um comitê de especialistas independentes. Além da Fiocruz, foi selecionada também a proposta de uma instituição da Argentina.

A OMS, por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), colocará à disposição da Fiocruz uma equipe de especialistas internacionais com experiência nos diferentes aspectos de desenvolvimento e produção de vacinas dessa natureza.

A vacina de Bio-Manguinhos se baseia na tecnologia de RNA auto-replicativo e expressa não somente a proteína Spike (usada pelo coronavírus para entrar nas células), mas também a proteína N (proteína do nucleocapsídeo, encontrada apenas no interior da partícula viral), visando melhor resposta imunológica.

Segundo a Fiocruz, essa tecnologia demanda menos necessidades produtivas, atingindo uma escala, em termos de doses, superior à de outras vacinas de mRNA. Isso reduz seu custo em relação ao de outras vacinas semelhantes, o que possibilita ampliar seu acesso.

Uma vez desenvolvida, a vacina candidata passará pelo processo de pré-qualificação da OMS, que garante o cumprimento de elevados padrões internacionais para garantir sua qualidade, segurança e eficácia. Para assegurar o acesso equitativo, a vacina desenvolvida será oferecida aos estados-membros e territórios da Opas por meio de seu Fundo Rotatório, que fornece vacinas acessíveis há mais de 40 anos na região.

Bio-Manguinhos já dispõe de uma planta suficientemente avançada para a produção da vacina candidata, não sendo necessária a construção de uma nova fábrica.

Transferência

Como parte da proposta apresentada à OMS, a Fiocruz se comprometeu a compartilhar seu conhecimento para a produção da vacina com laboratórios da região, de modo a garantir a transferência de tecnologia para aumentar a capacidade produtiva regional.

O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, acredita que o apoio que a unidade receberá da Opas/OMS permitirá galgar mais um degrau “em nossa jornada de desenvolvimento de capacitações científicas e tecnológicas em plataformas de última geração para vacinas humanas”.

“Permitirá, ainda, contribuirmos mais decisivamente para aumentar a equidade mundial no acesso a vacinas, com potencial para uma verdadeira revolução no desenvolvimento de outras vacinas de interesse para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a saúde pública mundial”, declarou.

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A REDAÇÃO

Covid-19: Goiás registra 2.475 novos casos e 34 mortes em 24 horas

Dados atualizados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que o Estado registrou 2.475 novos casos da covid-19 e 34 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. A pasta já contabiliza 847.899 contaminações e 23.212 óbitos confirmados. A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira (21/9).

Conforme a pasta, 814.518 pessoas estão recuperadas da doença no Estado. A SES-GO investiga ainda 613.010 casos e 495 mortes para saber se há alguma relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no território goiano é de 2,74%.

Um levantamento feito pela SES-GO, com base em dados do Localiza SUS, aponta que 4.561.180 pessoas já receberam a primeira dose da vacina. Em relação à segunda dose, 2.388.036 receberam reforço. Estes dados, no entanto, são preliminares.

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Assessoria de Comunicação