Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 27/01/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

‘Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido’, diz Esper Kallás

Pessoas trans relatam preconceito e despreparo em atendimentos médicos

Hospital Albert Einstein vai gerenciar o HMAP, em Aparecida

Brasil registra queda de 13, 5% nas consultas pré-natal em meio à pandemia

Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor

Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)

Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual

Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia

Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado

Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado

Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas

85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems

Pessoas que já foram infectadas e vacinadas contra covid adquirem “superimunidade”, veja o estudo

Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos

PORTAL TERRA

‘Papel do Brasil na busca da vacina não foi reconhecido’, diz Esper Kallás

Ajuda de cientistas brasileiros foi decisiva para Coronavac, Pfizer, AstraZeneca e Janssen, diz médico; ele falou ainda sobre os riscos de extinção da espécie humana

Nestes dois anos de combate entre a ciência e a covid, dezenas de cientistas travaram uma dura tarefa para proteger a sociedade de fake news, defender as vacinas, advertir sobre como é a busca da verdade pela ciência, deixar claro que não há mágicas quando se trata do conhecimento. O infectologista Esper Kallás foi um deles. Titular de Medicina da USP, ele sentiu na própria pele várias epidemias – zika, dengue e covid, entre outras – no exercício da missão. Recentemente, fez críticas ao Conselho Federal de Medicina por defender a autonomia integral do médico na relação com o cliente (e, portanto, receitar drogas não comprovadas). O também respeitado cientista e pesquisador low profile ressalta que é preciso “olhar a pandemia de forma coletiva”.

Nesta conversa com Cenários, Kallás finca pé na defesa das vacinação geral e lembra que “foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las”. O Instituto Butantan e várias outras instituições, de vários Estados brasileiros, tiveram papel de peso, avisa o médico, “e esse papel não teve o devido reconhecimento público”. Por fim, pondera que o chamado equilíbrio da natureza “não favorece necessariamente a espécie humana” e os riscos de extinção são parte da história do Planeta. A seguir, trechos da conversa:

Por que o sistema imune às vezes protege e às vezes não?

Sabemos que nosso sistema imune consegue ser educado com o passar do tempo, e isso vai desde o nascimento até o fim da nossa vida. Vamos encontrando diferentes germes e construindo formas de proteção. As vacinas contra covid estão cumprindo seu papel. No entanto, com o tempo, esse vírus se modificou e deu origem à variantes. No Brasil, tivemos a variante Gama única, que causou aquela tragédia em Manaus, ano passado.

Como identificar se estamos protegidos de uma variante?

Não sabemos ainda. Há alguma imunidade cruzada, como a gente a chama, mas não dá para ter certeza sobre o que veremos depois da onda da Ômicron.

Pode explicar melhor?

Embora exista uma teoria sobre a Ômicron, segundo a qual depois dela vamos estabelecer uma certa normalidade no mundo, não gosto de acreditar na natureza – ela sempre nos reserva surpresas. O jeito é estudar em profundidade os vírus para tomar decisões com base na realidade. Temos vários exemplos na História nos quais achamos que a natureza era uma coisa maravilhosa, que podia se autorregular e chegar sempre a um equilíbrio. Mas esse equilíbrio não favorece necessariamente a nossa espécie. Aliás, na maioria das vezes não nos favorece. Temos estudar neste momento, por exemplo, se precisaremos de uma vacina específica contra Ômicron, ou se chegaremos a uma vacina polivalente que resolva tudo.

Acha que o planeta Terra estaria atuando, a seu modo, contra uma espécie – no caso, nós – que abusa dela?

O que podemos dizer é que o modo como estamos fazendo as coisas não é sustentável. Cabe lembrar, aqui, que a espécie humana esteve na iminência de ser extinta, há 250 mil anos. Havia então um punhado de humanos vagando pelo planeta, em um momento em que 99% das espécies foram extintas. No entanto, por uma conjunção de fatores, nossa espécie encontrou meios de driblar as forças da natureza e chegar aonde chegou.

Mas o risco continua…

Estamos indo para 8 bilhões de habitantes. Se a gente não encontrar meios de respeitar a diversidade da natureza, não interromper o aquecimento do planeta e não produzir energia alternativa, estamos fadados a, um dia, desaparecer.

Ser extintos.

Sim, 99% de probabilidade. Porque o planeta vai resolver o seu problema, e o problema dele, no caso, seremos nós.

Voltando à covid, o que ela nos “ensinou”?

Nos ensinou, para começar, que temos de valorizar o nosso profissional de saúde. E valorizar os enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares. Eu temo que nossos gestores comecem a se esquecer disso rápido e logo reduzam o investimento. Vamos lembrá-los de que a próxima pandemia está ali na esquina. E, se ela chegar, temos de estar preparados.

Não há outra saída, né?

Precisamos fazer do Brasil uma nação de descobertas. Tivemos várias soluções criadas aqui. Foi no Brasil que se fizeram alguns dos principais estudos para as vacinas, que deram elementos para o mundo inteiro adotá-las. Fizemos estudos da Pfizer, da Coronavac, da Janssen e da AstraZeneca. E acho que não tivemos o devido reconhecimento, e não foi extraído o benefício dessa participação.

Detalha um pouco mais?

O estudo da Coronavac foi feito aqui, coordenado pelo Instituto Butantan com outras 16 instituições. O da Pfizer teve um centro em São Paulo e outro em Salvador. Para a AstraZeneca foi a Unifesp que coordenou grande parte do estudo. E o da Janssen também teve participação de vários centros brasileiros.

Seria bom se a sociedade fizesse pressão, exigindo mais atenção e investimentos para a saúde?

Sim, isso tem de fazer parte da pauta. E valorizar o que foi feito. Não é à toa que todas as grandes potências estão investindo tanto em tecnologia e inovação. Temos de pensar dessa forma se queremos um País melhor para os nossos filhos.

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FOLHA DE S.PAULO

Pessoas trans relatam preconceito e despreparo em atendimentos médicos

Brasil não tem política pública unificada de acolhimento; no Sul, ambulatório ajuda em transição

SÃO PAULO O direito a uma saúde digna e igualitária ainda é uma das demandas urgentes de pessoas trans, que celebram, no sábado (29), um dia de visibilidade de suas lutas. Relatos de constrangimento durante consultas médicas e dificuldade para agendar uma cirurgia de redesignação sexual pelo SUS não são incomuns, tanto para homens quanto para mulheres deste grupo social.

Quando precisa passar por atendimento, o bartender e técnico em turismo Cláudio Raphael Galícia Neto, 49, homem trans, conta que é constrangedor entrar numa sala de espera do ginecologista só com mulheres, algumas delas grávidas. ‘Me olham tentando decifrar se eu sou o marido de alguma paciente. Até que o médico me chama’

Morador de São Paulo, Galícia afirma que, por várias vezes, sofreu preconceito de médicos durante o atendimento. ‘Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame’

Ele conta que esperou cinco anos para fazer a mastectomia masculinizadora (retirada da glândula mamária e o reposicionamento da aréola) pelo SUS em janeiro de 2017, algo que nem imaginava ser possível na década de 1980, quando se descobriu trans.

‘Não setinha acesso a informações e muito menos atendimento específico ao público trans. Então eu apenas me conformava em ser uma lésbica masculinizada’

Segundo Galícia, alguns profissionais insistem em chamá-lo pelo nome de registro, e não pelo social.

‘E nós temos que engolir sapo, como sempre fazemos, porque precisamos do atendimento’, conta ele, que começou aos 24 anos o processo de hormonização por conta própria, o que envolve perigo à saúde.

Esse tipo de preconceito acaba por afastar pessoas trans do sistema de saúde, segundo a comunicadora e ativista Luiza Barros, 37. ‘Essa população deixa de ocupar esses espaços públicos por falta de informação ou para evitar o preconceito que, já sabe, irá sofrer’

Luiza afirma que muitos transgêneros tomam altas doses de hormônio por conta própria, já que não conseguem orientação profissional de um endocrinologista ou clínico geral.

‘Isso mexe com nosso corpo e com nosso psicológico. Muitas mortes acontecem há décadas em consequência disso. Precisamos de um de um atendimento mais acolhedor. E que seja respeitada também a nossa identidade’

A saúde mental de pessoas trans é uma das questões que mais preocupa, segundo Keila Simpson, presidenta da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).

‘É necessário que o SUS ofereça um sistema humanizado, pois a falta de atenção com a saúde do corpo também afeta a saúde mental. É um problema de exclusão, e a pessoa sofre muito’

Ela lembra que há uma fila de espera de anos para conseguir realizar um procedimento transexualizador pelo SUS, porque não há profissionais, hospitais e ambulatórios suficientes para o público transgênero no país.

‘Se o gênero foge do que o médico está habituado, homem e mulher, o SUS, em geral, não sabe como lidar’, afirma Keila.

Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, da Unesp, divulgada em novembro de 2021, estima que a população adulta identificada como transgêneros ou não-binários (não pertencem a um gênero exclusivamente) no Brasil é de 2%. São 3 milhões de indivíduos, considerando apenas os 80% que são adultos, em uma população estimada em 214 milhões em 2021, de acordo como IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

‘Há quem fale que queremos privilégios. Não queremos. Não pedimos que aceitem nossa formação, mas sim queremos uma inclusão respeitosa’, afirma a presidenta da Antra.

Embora se acumulem queixas por uma atenção digna à saúde de pessoas trans, há exemplos de cidades que têm programas e serviços públicos de atendimento voltados à população LGBTQIA*+ e de valorização da diversidade que têm colhido bons resultados, como em Goiânia (GO), em Belém (PA) e em Recife (PE).

Em São Paulo, há o ambulatório do núcleo TransUnifesp, da Universidade Federal de São Paulo, e o Ambulatório de Transexualismo do Hospital das Clínicas.

Pensando num atendimento específico e acolhedor ao público trans, a Prefeitura de Santa Maria (RS) inaugurou, em outubro de 2020, o Ambulatório Transcender (LGBTQI+ Processo Transexualizador), que realiza atendimentos via SUS.

Uma vez que a pessoa transgênero chega ao Transcender, passa por consultas com psicólogo e realiza exames clínicos para analisar se não há impedimentos à afirmação de gênero, segundo o psicólogo César Bridi Filho, coordenador do ambulatório. Tudo pelo sistema público de saúde.

‘Nossa expectativa neste ano é atender mais de mil pessoas transgênero da região’, explica Filho. ‘Nossa intenção é, ainda, ajudar na construção da identidade da trans’, afirma o profissional.

O psicólogo afirma que o ambulatório também atende crianças e adolescentes, mas sem o processo de hormonização.

‘Damos suporte ao paciente e à família também. Há risco de vulnerabilidade quando a pessoa entra na adolescência, quando acontece alto índice de rompimento familiar por questões como religião. Pretendemos minimizar os problemas que podem acontecer adiante’, relata o coordenador.

A designer de moda Maria Eva Rizzatti, 37, declara ter sofrido muito com bullying tanto na escola quanto na faculdade, mas não desistiu dos estudos por causa do apoio da família. ‘Eles são maravilhosos. É por eles que resisto. ”

Maria Eva passou a frequentar o ambulatório transexualizador de Santa Maria no início de janeiro. Ela usava hormônios de forma perigosa, consultando dicas que encontrava na internet. Eva conta que já gastou R$ 450 em uma consulta particular por acreditar que teria atendimento melhor que no SUS, mas afirma que o preconceito foi o mesmo.

‘A primeira coisa que os médicos já mandavam fazer era os exames de HIV e de sífilis. Eu estava com dor de garganta, ele mandava fazer o teste da Aids. Travesti é associada à prostituição, à promiscuidade e a doenças sexualmente transmissíveis.

Keila concorda. ‘A trans tem dor de dente, pedem teste de HIV. Quebra o pé, a mesma coisa. Uma vez, numa palestra, uma menina trans perguntou ironicamente se quando ela tiver dor de garganta, precisaria amarrar uma camisinha na garganta para se curar’

Maria Eva afirma que na vida adulta nunca fez exames de saúde para identificar como os hormônios estavam reagindo no seu corpo. ‘Nenhum médico me orientou’

Ela afirma que o ambulatório foi uma ‘bênção’. ‘Finalmente alguém pensou em nós e sabe como nos tratar. Com esse atendimento acolhedor, me senti muito bem, viva, humana, uma pessoa de verdade?

Procurado, o Ministério da Saúde afirma em nota que instituiu por meio de portaria a Política Nacional de Saúde Integral LGBT e que ela ‘apresenta mecanismos para garantir o acesso à rede do SUS’.

O ministério diz, ainda, que a organização da rede pública de saúde local, como agendamento de consultas, exames e organização de filas de espera, é de responsabilidade de estados e municípios e que está sob sua competência o monitoramento das políticas de alta complexidade.

O Conselho Federal de Medicina, por sua vez, cita o Código de Ética Médica, onde diz que os profissionais devem respeitar os pacientes segundo suas características e que é vedado ‘tratar o ser humano sem civilidade, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo’. Em caso de queixa contra um médico, diz a nota, o interessado deve procurar o CRM do seu estado. Colaborou Emerson Vicente

Acontece de o ginecologista ficar surpreso por eu ser homem, ficam constrangidos e te constrangem também. Fica complicado até se despir para o exame Cláudio Raphael Galícia Neto bartender

Cláudio Raphael Galícia Neto, bartender e técnico em turismo

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PORTAL MAIS GOIÁS

Hospital Albert Einstein vai gerenciar o HMAP, em Aparecida

Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem

A Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein venceu o certame realizado na manhã de segunda-feira (24) para escolha da instituição para a operacionalização e execução das ações e serviços de saúde do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Ainda há prazo de uma semana para recurso. O resultado final deve ser divulgado na semana que vem.

Na ocasião, a Comissão de Licitação do Município de Aparecida de Goiânia de posse do Parecer da Subcomissão de Seleção de Organização Social e de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde constatou que não houve ressalvas quanto ao julgamento de habilitação, sendo procedida a avaliação e classificação final das propostas de trabalho e solicitada a conclusão do processo de seleção.

Além do Hospital Albert Einstein, concorreram Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), o Instituto ACQUA Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental, Instituto Saúde e Cidadania (Isac), Instituto Social Mais Saúde, Instituto Haver, o Instituto Nacional de Desenvolvimento (INDSH) Social e Humano e o Ação Brasil Gestão Pública.

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O ESTADO DE S.PAULO

Brasil registra queda de 13, 5% nas consultas pré-natal em meio à pandemia

Medo de infecção pela covid e remanejamento de serviços de saúde prejudicaram a assistência para grávidas e bebês

Além de milhões de infectados, a pandemia de covid-19 teve impacto direto na saúde de gestantes e recém-nascidos no Brasil. Estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que, em 2020, o Sistema Único de Saúde (SUS) fez 842 mil consultas de pré-natal a menos do que no ano anterior, uma queda de 13, 5%. Para especialistas, o medo da infecção foi o principal motivo do afastamento das grávidas.

Em 2019, o SUS fez 6, 2 milhões de atendimentos a gestantes, ante 5, 3 milhões no ano seguinte, o primeiro da pandemia. A redução das consultas das grávidas tem impacto direto na realização de exames. Alguns podem ser cruciais para a saúde do bebê, como a ultrassonografia obstétrica. Outros são fundamentais para a mãe, como os testes de diagnóstico de HIV, sífilis, hepatite B, entre outros, que são de rotina.

‘A assistência preventiva, de qualidade, ainda é considerada inadequada, tanto em termos de alcance da população em idade reprodutiva quanto da qualidade em si’, atesta Ademar Carlos Augusto, coordenador da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM. ‘O que já não era bom ficou pior ainda. Nosso estudo mostra que tivemos redução significativa no número de consultas e oferta de exames. Provavelmente houve agravamento ainda maior no ano passado, com a chegada das cepas mais agressivas. ‘

‘O acesso das pessoas à rede de atenção primária já é uma dificuldade e, com a pandemia, foi ainda mais prejudicado’, resume o vice-presidente do CFM, o pediatra Donizetti Giamberardino. ‘O vírus (Sars-CoV-2) agrava a desigualdade. Os lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução de acesso. Nos Estados que tinham infraestrutura mais robusta, a população sofreu menos. ‘

Utilizada para auxiliar no diagnóstico de possíveis más formações fetais e para obter informações importantes, como idade gestacional, sexo e batimentos cardíacos, entre outras, a ultrassonografia obstétrica caiu cerca de 12% em 2020. Foi o maior recuo registrado nos últimos dez anos.

Importantes exames diagnósticos feitos no pré-natal também tiveram quedas muito significativas em 2020. O teste para detecção de HIV recuou 38%. Se o vírus da aids é detectado precocemente na gestante, é possível impedir sua transmissão ao bebê. Os testes diagnósticos para hepatite B também caíram 38%. No caso da sífilis, sexualmente transmissível e cuja incidência tem subido nos últimos anos, a redução nos testes foi de 34%. Outros exames essenciais que tiveram queda foram o da hepatite C (menos 21%) e o de câncer de colo de útero (45%).

‘Temos percebido, de um tempo para cá, um aumento de casos das doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis e HIV’, afirma Augusto. ‘Temos visto também muitos casos de sífilis neonatal e bebês soropositivos ao nascer. ‘

A desigualdade do País fica mais uma vez clara nos números. O impacto da pandemia foi bem menor nas Regiões Sudeste e Sul e muito maior no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. ‘A pandemia tornou mais explícita a importância da atenção primária e como ela deve ser valorizada’, afirma Gianberardino. ‘E esse deve ser o grande papel do SUS no nosso País: combater a desigualdade’, acrescenta.

CARDIOPATIA GRAVE. Em regiões remotas, mesmo com a melhora nos indicadores da pandemia, o acesso a consultas e exames ainda segue um gargalo. A respiração de Heliarquim Santos acelerou demais (taquipneia) logo após seu nascimento, em dezembro de 2021, na maternidade pública Dona Regina, a maior do Tocantins, em Palmas. Sobreveio um quadro de picos de pressão arterial, roxidão, e o bebê precisou ser transferido para uma UTI neonatal suplementar, contratada na rede particular pelo governo estadual.

No dia seguinte, foi submetido a um ecocardiograma. A mãe, a doméstica Nézia Santos, de 30 anos, descobriu então que o filho tinha uma cardiopatia complexa. Moradora de Porto Alegre de Tocantins, a 291 km da capital, ela relata dificuldade de acesso a exames e se recorda de ter feito só uma ultrassonografia pelo SUS. Conta ter feito outras, particulares, pagas com o dinheiro que recebe ajudando uma irmã em uma lanchonete.

‘Ninguém descobriu nenhum problema com meu bebê. Não teve consulta profunda nem tinha recursos (equipamentos e exames). Toda consulta que fiz me falaram que estava tudo bem’, diz ela, que tem mais três filhos. O pré-natal foi feito com um biomédico da equipe de saúde da família, único à disposição. No quarto mês de gestação, Nézia teve um sangramento grave e chegou a ser informada de que teria ocorrido um aborto. O bebê, que conseguiu a cirurgia agora após uma ação movida a pela Defensoria Pública, segue na UTI com quadro delicado.

Secretário da Saúde do Tocantins, Afonso Piva reconhece dificuldades. ‘Houve prejuízo no atendimento às grávidas, em razão da priorização dos e pacientes da covid-19 na rede pública’, diz. ‘Muitas mulheres deixaram de ir às unidades para realizar as consultas de pré-natal e puericultura. ‘

Além disso, Piva destaca as limitações do acompanhamento feito de forma online, o que, segundo ele, motivou uma queda na taxa de cobertura vacinal e vigilância do crescimento e desenvolvimento das crianças. Ele cita ainda como efeitos a suspensão do direito das gestantes a ter um acompanhante no parto e a queda na cobertura de programas de triagens universais, como o teste do pezinho, que ficou suspenso no Tocantins. ? colaborou LAILTON COSTA, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

‘O que já não era bom ficou pior ainda. Tivemos redução no número de consultas e oferta de exames’ Ademar Carlos Augusto Coordenador do CFM

‘O vírus agrava a desigualdade. Lugares com mais dificuldade foram os que tiveram maior redução’ Donizetti Giamberardino Vice-presidente do CFM

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JORNAL DE BRASÍLIA

Cartilha de Verão orienta população sobre doenças típicas do calor

O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão

Dicas para a população aproveitar o verão com segurança e sem descuidar da saúde podem ser encontradas na cartilha online lançada nesta quarta-feira (26) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). O material ilustrado está disponível para todos os brasileiros no site do Cremerj sob o título Cartilha de Verão. As informações são da Agência Brasil.

A cartilha traz orientações sobre cuidados para evitar doenças típicas do verão, como insolação, intoxicação alimentar, reações alérgicas, conjuntivite e otite. Alerta também para o combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika, falando de práticas importantes para diminuir a presença do inseto, sem esquecer a importância dos cuidados contra a gripe que, apesar de incomum no verão, tem acometido muitas pessoas, devido à facilidade de transmissão.

O presidente do Cremerj, Walter Palis, recorda que o Brasil ainda passa pela pandemia de covid-19 e destacou que, se houver disseminação das doenças mais comuns, a cartilha orientará a população. Isso ajudará o sistema de saúde a ter mais disponibilidade para atuar naquilo que é o mais importante no momento.

Segundo Palis, o objetivo é alertar a população sobre doenças típicas da estação mais quente do ano, que podem ser evitadas com ações simples. No verão, algumas doenças acabam incidindo de forma mais elevada. ‘A cartilha tem essa finalidade. Com informação simples, interativa e clara, indica práticas que a população pode adotar para minimizar o risco de ter essas doenças.’

O médico ressaltou à Agência Brasil que a luta contra o coronavírus é um dos principais tópicos da cartilha. ‘A covid-19 faz parte de qualquer orientação que se dê hoje em dia, porque também tem práticas que são bem simples e que ajudam a diminuir a ocorrência [da doença].’

O médico reafirmou a importância da imunização contra a covid-19, que consta da cartilha. O texto reforça a necessidade do ciclo vacinal completo e reitera práticas não farmacológicas já conhecidas: lavagem frequente das mãos, uso de máscaras e de álcool em gel e evitar aglomerações.

O documento destaca ainda que, no caso de apresentar qualquer sintoma, a pessoa deve procurar um médico para ter o diagnóstico e o tratamento adequado.

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A REDAÇÃO

INTERNADO EM GOIÂNIA

Marconi é diagnosticado com taquiarritmia e deve receber alta na sexta (28)

Mônica Parreira

Goiânia – Internado desde quarta-feira (26/1) no Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo, foi diagnosticado com taquiarritmia. Boletim médico divulgado na manhã de hoje indica que ele está estável e deve receber alta na sexta-feira (28).

Marconi deu entrada no hospital às 15h de ontem com quadro de arritmia cardíaca e queixa de palpitação. “Foram realizados exames laboratoriais, assim como de imagem cardiológica. Os resultados dos referidos exames laboratoriais foram satisfatórios, sendo evidenciado no eletrocardiograma taquiarritmia”, diz a nota da unidade de saúde.

O ex-governador é acompanhado pelo cardiologista José Maria Dias de Azeredo Bastos, que assina o boletim médico. “No momento o paciente encontra-se hemodinamicamente estável, com parâmetros dentro dos valores normais, com previsão de alta para amanhã”, conclui o texto.

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Goiás tem apenas 22 leitos de UTI para adultos com covid na rede estadual

Théo Mariano

Goiânia – Os hospitais da rede estadual de saúde de Goiás têm apenas 22 leitos disponíveis em unidades de terapia intensiva (UTIs) destinadas ao tratamento de adultos com covid-19. Segundo dados da tarde desta quarta-feira (26/1) da plataforma de monitoramento do avanço do vírus disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), a ocupação dos leitos de UTI para adultos com covid-19 já está em 89%.

Além de Goiás, outros cinco Estados e o Distrito Federal estavam, na manhã desta quarta (26), com a ocupação dos leitos de UTI para pacientes com covid-19 acima de 80%. De acordo com números da Fiocruz, os casos são preocupantes no Espírito Santo (80%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%).

Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento.

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Covid-19: Goiás registra 6.299 novos casos e 74 mortes em um dia

Goiás registrou 6.299 novos casos da covid-19 e 74 mortes provocadas pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde desta quarta-feira (26/1). Com as atualizações, o Estado chega a 1.021.056 casos e 24.944 óbitos confirmados.

Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás soma 969.854 pessoas que tiveram a doença e estão recuperadas. No Estado, há 682.209 casos suspeitos em investigação. Já foram descartados 298.887 casos.

Além dos 24.944 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,45%, há 399 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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JORNAL OPÇÃO

Caos na pandemia

Em carta da Associação Médica Brasileira, Marcelo Queiroga é duramente criticado

Por Gabriella Oliveira

Os profissionais acusam o ministro de cometer “erros de conduta e deslizes éticos”

No último domingo, 23, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma carta em que critica duramente o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, por “erros de conduta e deslizes éticos” durante a pandemia do Covid-19. A Associação enumerou uma série de “fatos contundentes” que violariam o direito à Saúde, conforme a Constituição, e o Código de Ética da Medicina.

A AMB cita que em agosto passado, Queiroga se disse contrário ao uso obrigatório de máscaras, não fez esforços efetivos para solucionar o apagão de dados epidemiológicos em momento crucial da pandemia, defendeu o uso de cloroquina como tratamento, recomendou a paralisação da vacinação de adolescentes e a demorou para dar início a vacinação de crianças, tendo em vista que esta foi autorizada pela Anvisa em dezembro passado, mas começou somente neste mês de janeiro.

“O Brasil está em alerta e pede mudanças na gestão da saúde. Nós, do grupo CEM COVID_AMB, conclamamos ao senhor Ministro a cumprir os preceitos constitucionais que lhe cabem no exercício de sua nobre missão”, diz um trecho da carta.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que “em nenhum momento afirmou que medicamentos contra Covid são seguros para tratamento da doença, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora.”

Um abaixo-assinado contendo 65 mil assinaturas de docentes, profissionais da Saúde e pesquisadores brasileiros também repudiaram a gestão de Queiroga. “O comportamento do Ministério da Saúde transgride não somente os princípios da boa Ciência, mas avança a passos largos para consolidar a prática sistemática de destruição de todo um sistema de saúde”, afirmaram.

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Prometido e cumprido

Hospital da Criança e do Adolescente foi acordo político entre Zacharias Calil e Ronaldo Caiado

Por Gabriella Oliveira

Nova unidade substitui o Materno Infantil, hospital que operou por 50 anos e se tornou referência no atendimento a a crianças e adolescentes, sobretudo na cirurgia de siameses, especialidade que deu ao lugar e a Calil projeção mundial

A viabilização do Hospital da Criança e do Adolescente (Hecad) foi condição para que o médico Zacharias Calil (DEM) aceitasse o convite do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para entrar na política e fazer parte da chapa que deu a vitória para ambos. O acordo, feito em 2017, foi cumprido. A unidade entrou em operação na semana passada, absorvendo serviços que durante 50 anos foram prestados pelo Hospital Materno Infantil (HMI), onde o agora deputado federal atuou por 35 anos e que lhe deu projeção mundial depois de separar as gêmeas siamesas Larissa e Lorrayne.

Ao Jornal Opção, Zacharias contou que aceitou o desafio de entrar para a vida pública com a condição de que o Estado investisse em um hospital bem equipado para realizar o atendimento de crianças e adolescentes. Caiado aceitou. O compromisso entre os políticos foi reafirmado em 2018, agora com ambos já eleitos – um para chefe do executivo goiano, o outro para a Câmara dos Deputados -, à caminho da solenidade de posse do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, Zacharias lembra que mostrou para Caiado uma mensagem que tinha acabado de receber do Hospital Materno Infantil. Nela, falava que eles teriam que fechar por não terem medicamentos. Depois da posse, os dois foram ao HMI e viram que as enfermeiras estavam fazendo vaquinha para conseguir comprar medicamento para uma criança que estava tendo crises compulsivas. Ali, Caiado se comprometeu novamente a melhorar a situação daquela unidade pública.

Assim, o Materno foi transformado em Hecad. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), adquiriu o Hospital do Servidor, que antes pertencia ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), e transformou neste centro especializado. Zacharias, que ao longo da carreira política não deixou de atender e realizar cirurgias no Materno, inclusive destinando emendas parlamentares para ajudar na melhoria do hospital, agora trabalha no Hospital da Criança e do Adolescente.

“Vamos trabalhar numa estrutura de primeiro mundo. Eu acho que são poucos hospitais no Brasil que tem uma estrutura como aquela. Em Goiás talvez o Órion tenha uma estrutura semelhante”, comemora Zacharias, que é pré-candidato ao Senado Federal. Para Calil, o Hecad é uma conquista médica e também política.

O Materno e as gêmeas siamesas

Mesmo com a moderna estrutura oferecida no Hecad, Zacharias conta que sentiu nostalgia ao deixar a sede Materno Infantil, agora desativado, mas prefere não olhar “no retrovisor”. Apesar de querer manter o foco no presente e no futuro, ele conversou com o Jornal Opção sobre a trajetória no HMI, onde trabalhava desde 1986. Ao longo dessa história, o Materno ficou conhecido nacional e internacionalmente por realizar cirurgia de separação de gêmeos siameses e no tratamento de hemangiomas, muitas delas feita pelo médico pediatra e também deputado federal.

Calil conheceu o Materno Infantil em 1979, pouco depois da inauguração, em 1972. Ele relata que, desde quando estagiava como estudante de medicina, o hospital já apresentava uma infraestrutura muito precária. “Os estudantes não queriam ir para lá porque era muito ruim”, conta. O HMI sempre ofereceu atendimento de urgência, emergência e ambulatorial aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 1986, já como médico cirurgião pediátrico, Zacharias relata alguns dos inúmeros problemas que o hospital tinha. “Era muito cheio de gambiarra, a campainha do hospital era pendura com esparadrapo. Os armários do centro cirúrgico estavam caindo, enferrujados, o piso era precário. As paredes tinham infiltrações. Quando chovia lá era o caos”, relata. “Lá tem uma fila enorme de crianças com má formações que precisam de cirurgias, mas para isso você tem que ter vaga de UTI, porque não dá para fazer um pós operatório numa enfermaria”, explica.

Com a precariedade da infraestrutura, era difícil até realizar cirurgias, porque não havia UTIs no hospital nem neonatal. Os investimentos vieram aos poucos. “Conseguimos colocar UTI pediátrica depois de muita luta, depois de muita confusão por tentar convencer os governos estaduais. Só nos anos 90 que a gente começou a fazer mais cirurgias complexas, de grande porte”. Contudo, a situação continuava ruim. “Tinha dia que a gente estava operando e a energia caia, tudo desligava. Várias vezes eu terminei a cirurgia tendo que usar a luz do celular”, lembra Calil.

A falta de aparelhos para realizar exames básicos também eram frequente. As vezes uma criança precisava fazer uma tomografia, mas não tinha como. Então, o paciente tinha que ir entubado numa ambulância até outro centro para realizar esse exame.

Nos anos 2000, veio a primeira cirurgia de gêmeos siameses. A mãe adotiva de Larissa e Lorrayne veio a público pedir ajuda para que alguém realizasse a cirurgia. Calil se propôs a fazer o desafio, mesmo com os obstáculos do hospital. “Fizemos a cirurgia com muita dificuldade, pedindo material emprestado. Tinha muita pouca gente acreditando no sucesso daquela cirurgia”, lembra o médico.

Na época, Zacharias convidou o professor da residência médica dele, Célio Pereira, para acompanhar a cirurgia. Calil lembra que Pereira disse que ele era um “louco” por querer realizar aquela cirurgia num hospital como aquele e que operar as gêmeas no Materno era “fazer milagre”. Mas Calil sempre afirmou que o corpo clínico do hospital era muito bom e compensava as dificuldades.

Larissa e Lorrayne eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A cirurgia foi um sucesso. Por causa do procedimento, Larissa, ficou apenas com uma das pernas, a esquerda, um rim e o coração dela é do lado direito. A irmã Lorrayne, veio à falecer sete anos depois, em decorrência da paralisia cerebral que tinha e que ocasionou uma embolia pulmonar. Hoje em dia, Larissa quer seguir os passos de Zacharias e cursar medicina.

 “A separação de Lorraine e Larissa foi emblemática para Goiás por ter sido a primeira. Na época, não tínhamos orientação da experiência e nem mesmo da literatura médica, que era escassa. Tivemos de estudar a fundo o caso específico, que era muito complexo”, relembra Zacharias.

Depois dessa cirurgia houve algumas reformas, “puxadinhos”, como diz o médico. A procura por cirurgias começou a aumentar. Zacharias relembra que tinha dias que ele fazia de oito a 10 cirurgias por dia, totalizando no mês cerca de 120 operações. Mas mesmo com a repercussão das cirurgias de siameses (já são cerca de 20 na conta de Calil) o hospital continuava a enfrentar muita dificuldade.

Ao ser questionado do por quê de ter continuado no Materno Infantil, mesmo com a situação extremamente precárias e as inúmeras dificuldades, Zacharias declarou que foi por causa da preocupação com as crianças. “Você tem que investir na criança para que ela seja um adulto saudável, com boa educação, e que ela possa ter as oportunidades que eu tive na vida”, concluiu.

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Goiás enfrenta cenário crítico com ocupação de UTIs pediátricas

Por Redação

Levantamento da Folha de São Paulo apontou que outros seis estados têm ocupação de 80% ou mais deste tipo de leito

A ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas em Goiás está em cenário crítico. Um levantamento do portal Folha de São Paulo mostrou que o estado está entre as sete unidades federativas que estão 80% ou mais dos leitos ocupados. Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte atingiram o patamar de 100%.

Os outros estados em cenário crítico são Ceará, Bahia e Pernambuco. O portal informou que foram levantados dados em 18 unidades federativas e no Distrito Federal. No entanto, oito não responderam ou informaram que não divulgariam a informação.

As UTIs pediátricas em Goiás estão com ocupação de 81%. Até a última segunda-feira (21), a rede estadual de saúde disponibilizava apenas 21 leitos para crianças. O governo se prepara para abertura de mais dez leitos em Uruaçu, na região Norte de Goiás.

Um dos motivos da alta ocupação no país é a pouca quantidade de leitos desse tipo disponibilizadas. Além disso, a disseminação e a facilidade de contágio da variante Ômicron começam a preocupar as redes de saúde.

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O HOJE

85% dos internados em UTI’s para covid-19 não tomaram vacina, diz presidente do Conasems

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, afirmou em entrevista nesta quarta-feira (26/1) que 85% das pessoas internadas em UTI’s para covid-19 não tomaram a vacina, e 7% estão com o esquema vacinal incompleto.

As informações foram divulgadas logo após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgar uma nota técnica alertando para o aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Apesar do aumento das ocupações, o presidente do Conasems reforça que as pessoas não devem temer a falta de leitos para outras doenças. “Nós temos em torno de 23 mil leitos normais e mais 15 mil leitos para Covid”, disse em entrevista à CNN. Wilames ainda afirmou que, se necessário, leitos de UTI serão reativados.

Em Goiás

O número de infectados em Goiás está em alta. Ontem (26), foram registrados 7.577 novos casos de covid-19 no estado. Há uma semana, na quarta (19), o número foi de 5.658 novos casos. A média móvel dos últimos 14 dias é de 5.228.

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Pessoas que já foram infectadas e vacinadas contra covid adquirem “superimunidade”, veja o estudo

“A resposta imunitária medida no soro sanguíneo revelou anticorpos mais abundantes e mais eficazes do que a imunidade gerada apenas pela vacinação”, indicam as conclusões de um estudo da Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, publicada na revista Science Immunology.

Pesquisadores da OHSU descobriram que pessoas que foram vacinadas e infectadas pelo SARS-CoV-2 , independente da ordem, adquirem imunidade até dez vezes maior à proteção imunológica de quem apenas recebeu a vacina. A pesquisa ocorreu antes do surgimento da variante Ômicron.

Mesmo assim, a vacina continua sendo o fator mais importante, pois a proteção natural oferecida pela infecção é de curta duração. “Estaremos mais preparados se estivermos vacinados. Neste caso, se o vírus vier, você tem uma contaminação mais branda e ainda fica com a imunidade maior”, comentou Fikadu Tafesse, professor de microbiologia molecular e imunologia na Escola de Medicina da OHSU.

Marcel Curlin, médico e também coautor da pesquisa, ressaltou que a imunidade adquirida apenas pela infecção do vírus varia muito de pessoa para pessoa. “A imunidade conferida apenas pela infecção natural é muito variável. Algumas pessoas produzem uma resposta forte, outras não. Mas a vacinação combinada com a imunidade da infecção oferece respostas fortes”, comentou.

Neste estudo, os cientistas mediram as respostas de anticorpos neutralizantes de 104 indivíduos e os dividiram em três grupos. No primeiro, 42 pessoas que foram vacinadas e não tiveram infecção; 31 que foram vacinadas após uma infecção e 31 que tiveram infecções após a vacinação.

A equipe levou em consideração fatores como idade, sexo e tempo de vacinação e infecção. Além disso os pesquisadores coletaram amostras de sangue de cada participante e expuseram-nas a três variantes do coronavírus no laboratório Marquam Hill de nível 3 de biossegurança da OHSU.

Os resultados mostraram que dois grupos com “imunidade híbrida” (pessoas que já foram infectados e vacinadas) podem gerar maiores níveis de anticorpos em comparação com o grupo de vacinados sem infecção, cerca de 10 vezes mais em comparação aos fornecidos pela vacinação.

Isso tudo não quer dizer, é claro, que as pessoas que já foram vacinadas e não pegaram Covid-19 devem deixar de lado a proteção. Mesmo a variante Ômicron sendo considerada mais leve e as vacinas fazendo efeito, a Covid ainda é uma doença com sintomas intensos e risco de morte. Além disso, há os riscos dos efeitos de longo prazo (a chamada Covid longa) e os perigos de espalhar o vírus para crianças, causando sobrecarga no sistema de saúde.

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PORTAL G1

Menino de 2 anos morre por causa da Covid-19, em Morrinhos

Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade confirmou que a causa da morte no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença. O caso ainda será investigado pela SES.

O menino José Vitor Xavier Rodrigues, de 2 anos e oito meses, morreu por causa da Covid-19 em Morrinhos, no sul de Goiás, na terça-feira (25). Segundo o Núcleo de Vigilância Epimemiológica da cidade, a causa da morte registrada no atestado de óbito foi por insuficiência respiratória aguda, provocada pela doença.

O caso, porém, ainda será investigado pela Secretaria Estadual de Saúde para entrar na estatística oficial da pasta.

Segundo a prefeitura, o menino chegou a ser intubado, mas teve paradas cardíacas e não resistiu.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação da cidade informou que a criança esteve presente na Escola Municipal de Educação Infantil no último dia 17 onde, ao apresentar quadro febril, a diretora comunicou a família, que buscou o menino no colégio.

No dia seguinte, a família comunicou que José Vitor não frequentaria a escola nesse período. Mas segunda-feira (24), a criança retornou à escola. A pasta disse que o menino não teve febre na entrada. Porém, no decorrer do dia, ele começou a tossir e levar a mão ao peito.

A médica Márcia Alves Ferreira atendeu o menino em um hospital particular poucas horas antes de ele morrer. Ela chora ao falar que levou a criança para o hospital municipal no próprio carro para tentar salvar a vida dela.

“Era um tempo que eu decidi que não ia perder. Por isso, botamos o oxigênio no carro e a mãe dele foi comigo. Já me abalei muito com o caso e o que me magoou foi a situação”, desabafa a médica.

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Assessoria de Comunicação