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DESTAQUES
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
Abril Verde: debatedores defendem políticas para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Brasil tem 158 mortes por covid em 24h; média móvel é a menor desde 13 de janeiro
EaD na área da Saúde: tema foi pauta de Audiência Pública realizada nesta quarta-feira, 13
Hospitais estaduais atenderão emergências durante o feriado da Semana Santa
Vereadora Luciula do Recanto sofre mal súbito e é hospitalizada
Superfaturamento em compra de Viagra pelas Forças Armadas é investigado pelo TCU
HIV: Brasil vai pedir para OMS certificação do fim da transmissão de mãe para filho
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
NOTÍCIA TODA HORA
Santa Casa de Goiânia alerta para risco de falência e suspende atendimentos eletivos no dia 19 de abril
Na próxima terça-feira (19), a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia vai suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias. Irani Ribeiro de Moura, superintendente Geral do hospital, explica que não se trata de uma greve, mas de um pedido de socorro.
A paralisação faz parte de um movimento nacional das mais de duas mil Santas Casas brasileiras, que alertam para o risco de fechamento definitivo diante da pior crise financeira enfrentada pelos hospitais.
De acordo com um levantamento, nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, explica Irani, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
A superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda destaca que o hospital enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casa em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
Se aprovado, o PL causaria um impacto estimado em R$ 6,3 bilhões por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento.
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DIÁRIO DE GOIÁS
ALERTA
Por “socorro”, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia irá suspender todos os atendimentos eletivos
De acordo com a superintendente da Santa Casa, paralisação será um alerta
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anunciou nesta quarta-feira (13/04) que irá suspender todos os atendimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias, marcadas para a próxima terça-feira (19/04), com um pedido de “socorro” feito pela entidade. A superintendente Geral do hospital, Irani Ribeiro de Moura destaca que ainda não trata-se de uma greve, mas a paralisação é um alerta do que pode acontecer com a entidade.
De acordo com a entidade, a paralisação, que será nacional e deve atingir todas as instituições de saúde filantrópicas no Brasil, foi uma forma encontrada pelas mais de 2 mil Santas Casas brasileiras para mostrar à sociedade e ao poder público que elas enfrentam uma das piores crises de sua história e que, se nada for feito, a suspensão da assistência poderá ser definitiva, por total falta de condições de funcionamento dos hospitais.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
Consulta por 10 reais
Com 85 anos de fundação, completados em 2021, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, que é o maior hospital da rede do SUS do Centro-Oeste, tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas mensais.
“A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município e trabalhamos para oferecer um atendimento de qualidade, pois a população merece ser bem atendida”, diz, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10,00 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos – teve produto cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias. “E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos. O resultado é que os pacientes que não podem ser atendidos são penalizados e a Santa Casa vira alvo de críticas na imprensa e na sociedade.
Quebrando o silêncio
Segundo Irani Ribeiro de Moura, o hospital está sendo prejudicado por um problema que não é da instituição. “Estamos trabalhando além da nossa capacidade, estamos co-financiando o SUS e isso é uma inversão de valores”, alerta, enfatizando que se não houver políticas imediatas e consistentes e investimentos dos Governos Federal, Estaduais e Municipais nos hospitais filantrópicos, eles dificilmente vão sobreviver, deixando milhões de brasileiros sem assistência.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura, destacando que os hospitais decidiram quebrar o silêncio e mostrar sua realidade à sociedade, ao poder público, aos pacientes e colaboradores neste grande movimento que acontece em abril.
Além da paralisação no dia 19, no dia 26 de abril, haverá uma grande mobilização das Santas Casas em Brasília. A meta é alertar sobre a crise e também para os impactos da aprovação do PL 2564/20, que tramita na Câmara Federal e fixa os pisos salariais dos profissionais de enfermagem.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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AGÊNCIA ESTADO
Brasil tem 158 mortes por covid em 24h; média móvel é a menor desde 13 de janeiro
O Brasil registrou 158 novas mortes em decorrência da covid-19 nesta quarta-feira (13/4). A média móvel de óbitos está em 133, a menor desde 13 de janeiro, quando esteve em 126. O índice elimina distorções entre dias úteis e fim de semana. O declínio dos indicadores da pandemia ocorre após o surto da Ômicron registrado no início do ano. No acumulado, a doença já ceifou a vida de 661.710 brasileiros Entre as 20 horas dessa terça, 12, e o mesmo horário de hoje, o número de novas infecções notificadas foi de 28.785 No total, o Brasil tem 30.209.276 casos acumulados da doença.
Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 30.209.276 pessoas estão recuperadas. O Estado de São Paulo registrou 40 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, a maior quantidade entre as unidades da federação. Conforme o levantamento, 10 estados não registraram óbitos. O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal.
A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 26.924 novos casos e mais 163 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 30.210.853 pessoas infectadas e 661.656 óbitos acumulados. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.
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Abril Verde: debatedores defendem políticas para prevenção de doenças e acidentes de trabalho
Instituir uma política de Estado que efetive o sistema de prevenção de doenças e acidentes de trabalho e garantir instrumentos legais para a fiscalização em defesa do meio ambiente profissional e da saúde do trabalhador. Essas foram algumas das iniciativas defendidas por senadores e especialistas durante sessão de debates temáticos, hoje (13), para promoção do Movimento Abril Verde, mobilização criada para a conscientização sobre a segurança e saúde do trabalho.
Autor do requerimento que propôs a sessão, o senador Paulo Paim (PT-RS), observou que um ambiente de trabalho saudável implica em menos acidente, maior produtividade e bem-estar do trabalhador e de sua família. Ele apresentou dados do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho – 2020, emitido pelo INSS, que registrou, naquele ano, cerca de 450 mil acidentes de trabalho no Brasil. Na visão de Paim, esses acidentes são totalmente “evitáveis” e o melhor caminho para enfrentar esse cenário seria fortalecer o sistema de proteção e prevenção.
– A participação de todos nesse movimento potencializa o processo de transformação das fábricas, escritórios, enfim, de todos os espaços de trabalho, em lugares mais seguros e produtivos, cada setor e cada trabalhador dando atenção e olhar de cuidado, na prevenção. Temos desafios imensos em todos os setores. No campo temos uma alta contaminação em razão do manuseio de agrotóxicos, com elevados índices de câncer. Precisamos de políticas públicas que visem à produção de alimentos saudáveis, crédito e assistência técnica aos agricultores. No campo e na cidade, os acidentes com máquinas e equipamentos ainda são uma realidade que mutila e ceifa a vida de trabalhadores.
Segundo a OIT, as condições de trabalho inadequadas matam um trabalhador a cada 11 segundos no mundo. Ainda de acordo com o órgão, cerca de 4% do PIB mundial, cerca de US$2,8 trilhões, são perdidos por ano em impostos diretos ou indiretos devido a acidentes de trabalho.
No Brasil, somente em 2021, foram comunicados 571 mil acidentes de trabalho e mais de 2.487 mortes no trabalho.
Especialistas apontaram que tais acidentes não acontecem por puro acaso, mas por falta de preparo e segurança. Eles ainda explicaram que o número elevado desses registros acarretam grandes perdas para vários setores como impacto financeiro para as empresas, queda de produtividade, prejuízos altíssimos ao sistema previdenciário e o Sistema Único de Saúde (SUS), que acaba arcando com tratamento decorrentes de acidentes e doenças de trabalho.
A vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gurgel, afirmou que o movimento de conscientização sobre segurança do trabalho é um convite a reflexão de como a sociedade brasileira quer a evolução do país. De acordo com ela, os movimentos econômicos recentes e os fatores e fatos sociais, como os processos de migração e a revolução tecnológica e científica tem ampliado o número de trabalhadores submetidos a ambientes inseguros. Para Gurgel, é necessário a implantação de uma política de estado voltada a promoção de melhorias nas condições sociais e de trabalho dos trabalhadores.
– Devemos sair desse círculo vicioso e transformar tudo isso num círculo virtuoso. Mas, para isso, é preciso uma construção sólida de sistemas eficientes, resolutivos e resilientes que envolvam os entes públicos e privados vocacionados para a defesa do meio ambiente de trabalho e da saúde do trabalhador e da trabalhadora e, mais que isso, uma política institucional de Estado voltada para esse círculo virtuoso do mundo do trabalho, preservando a saúde, preservando a higidez física, a segurança, a autonomia de todos esses trabalhadores e trabalhadoras.
Informalidade
A procuradora do Trabalho e Coordenadora Nacional de Defesa Meio Ambiente do Trabalho, Marcia Kamei, disse que qualquer trabalho de prevenção e segurança no trabalho precisa passar, primeiro, por um trabalho eficiente de registro das ocorrências, sejam elas no trabalho formal ou informal. Segundo ela, não há comunicação de cerca de 20% dos acidentes com afastamento, que abrangem os casos mais graves e que geram benefícios, o que indica subnotificação nos números oficiais de acidentes e mortes em decorrência do ambiente de trabalho no país. Para ela, a falta de dados dificulta o planejamento de ações efetivas nessa área.
– Tanto o órgão previdenciário como o de saúde reconhecem a relevância desses dados para fins epidemiológicos. A vigilância epidemiológica e o controle de doenças é a base para a gestão de serviços. Eles orientam a implantação, o acompanhamento, a avaliação dos modelos de atenção em saúde e as ações de prevenção e controle de doenças.
Trabalho escravo
Segundo dados do Ministério do Trabalho de 2021, somente no ano passado, foram resgatadas 1.937 pessoas em situação de escravidão no Brasil. O país também já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos em razão desse tipo de conduta. Para o secretário de Justiça na Defensoria Pública da União, Murillo Martins, é preciso avançar nesse enfretamento.
– Quando a gente fala em trabalho escravo, necessariamente a gente está falando em condições insalubres e degradantes de trabalho, sem a observância de condições mínimas de segurança no ambiente de trabalho. São trabalhadores que são colocados em alojamentos em péssimas condições, com trabalho extenuante, sem equipamentos adequados para o exercício do seu ofício – relatou.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) reforçou o alerta de Martins ao defender que o Abril Verde também se volte para as questões ambientais, principalmente em relação as condições de exploração do índio e da floresta Amazônica.
– Vincular também a questão do verde, a questão daqueles que vivem na floresta, como os índios, por exemplo, que são os grandes protetores, guardiões da nossa Amazônia e, portanto, falar em meio ambiente e condições de trabalho inclusive para o mundo todo – as condições da rua, as condições ambientais do calor, da terra – argumentou.
Precarização
Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), a reforma trabalhista e a ampliação da possibilidade de terceirização de serviços, inclusive para atividades fins, também contribuíram para a precarização do trabalho e, como consequência, para a elevação de casos de acidentes e doenças nesse ambiente.
– Nós tivemos um desmonte da CLT, em que houve mais uma precarização gravíssima. Passou a haver o chamado “trabalho intermitente”. Na verdade, passaram-se a contratar trabalhadores como se fossem tratores ou retroescavadeiras. Podem ser três horas hoje, duas amanhã. Isso ocorreu com trabalhadores e, inclusive, com professores. Houve universidade privada, aqui, que fez isto: demitiu todo mundo e ofereceu para receber por hora de trabalho. Isso já tirou o descanso de final de semana, as férias e tudo. E esses trabalhadores podem receber, sim, menos do que o salário mínimo.
A diretora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Débora Raymundo Melecchi, alertou ainda que o Brasil se enquadra como o quarto país no mundo em que mais morreram trabalhadores da saúde em razão da pandemia de covid-19. Mais de 11 mil trabalhadores dessa área foram a óbito no país por esta causa. Ela também manifestou preocupação com o adoecimento e o agravamento da saúde mental dos trabalhadores e a ausência de uma política pública efetiva de apoio a essas pessoas. Somente no ano de 2021, houve um aumento de 17% em relação à venda de medicamentos psicotrópicos no Brasil. Ela pediu atenção dos congressistas na revisão de normas que venham a trazer ainda mais danos à saúde do trabalhador.
– Porém, no nosso entendimento, este momento em que estamos vivendo um processo de revisão das normas regulamentadoras é, no mínimo, questionável, porque as revisões das normas, até agora, pretendem eliminar 90% das suas exigências, causando um tipo de banalização das situações de risco a que milhões de trabalhadores e trabalhadoras estão submetidos no seu dia a dia laboral.
Por outro lado, o especialista em Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Ernesto Kieckbusch, enfatizou a necessidade de revisão no processo regulatório para sua adaptação a modernização do mercado de trabalho, das relações trabalhistas e pela introdução de novas tecnologias a esse ambiente. Para ele, empregadores, trabalhadores e congressistas precisam dialogar e buscar consenso no sentido de garantir a segurança do trabalhador e desburocratizar o sistema, estimulando a competitividade e melhorando as oportunidades de negócios no país.
– Existe um conjunto de iniciativas que são importantes para a gente melhorar o ambiente regulatório e, nessa nova fase, vamos dizer assim, desse marco da revisão das novas NRs, conseguirmos reduzir ainda mais as taxas de acidentes. Estes são os nossos objetivos: melhorar o ambiente, trazer competitividade, trazer segurança jurídica, trazer um ambiente em que as normas sejam respeitadas e, principalmente, possam ser implementadas.
Já o coordenador da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat), José Almeida de Jesus, acredita que o país já possui um ordenamento jurídico muito forte em relação ao sistema de proteção ao trabalho. No entanto, segundo ele, esse arcabouço não está sendo aplicado de forma efetiva como política de Estado.
– No mundo competitivo, no mundo globalizado, quem fizer a melhor gestão, o país que fizer a melhor gestão em segurança e saúde vai ser mais competitivo. As nossas empresas serão mais competitivas, vamos aumentar a competitividade e a produtividade do trabalhador com consequência de aumento de salário.
Ainda participaram da sessão o Procurador do Trabalho, Luciano Leivas; a auditora fiscal do Trabalho e Coordenadora de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde, no Estado do Rio de Janeiro, Ana Luiza Horcades; o presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Distrito Federal (Sintest-DF), Wilton Cardoso de Araújo; o diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Procuradores e das Procuradoras do Trabalho, (ANP), Bruno Martins Mano Teixeira; e a gerente executiva de saúde do Serviço Social da Indústria (Sesi), Katyana Aragão Menescal.
Origem do Movimento
O Movimento Abril Verde se justifica por registrar duas datas relacionadas ao tema: o Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril; e o dia 28, Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Esse último tem origem em uma tragédia ocorrida em 1969, quando se registrou a explosão de uma mina nos Estados Unidos da América, em que morreram 78 mineiros.
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CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA
EaD na área da Saúde: tema foi pauta de Audiência Pública realizada nesta quarta-feira, 13
Lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento questionaram proposta de revogação da lei em vigor e defenderam formação na modalidade presencial
O vereador Mauro Rubem (PT) promoveu, na tarde desta quarta-feira (13), Audiência Pública para discutir o Ensino à Distância (EaD) na área da Saúde. O debate, que contou com a participação de lideranças classistas, representantes de instituições de ensino e de entidades atuantes no segmento, foi realizado em Plenário, de forma híbrida – presencial e remotamente, com transmissão ao vivo pelo canal oficial da Câmara no YouTube (https://youtu.be/SXIqX1pM4x8), e também em outras plataformas digitais.
No ano passado, durante a Sessão do dia 30 de novembro, o vereador Leo José (PTB) encaminhou requerimento solicitando o desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021. A matéria revoga a Lei número 10.612, de 14 de abril de 2021 – e atualmente em vigor -, que dispõe sobre a proibição de cursos à distância na área da Saúde. Foi essa ação do colega parlamentar que motivou a realização da Audiência Pública, conforme explicou o vereador Mauro Rubem, presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Câmara.
“Essa revogação, solicitada no fim do ano passado, nos surpreendeu muito”, destacou, ao iniciar a discussão. “Precisamos concluir, encerrar essa questão, para que não tenhamos mais esses repiques no futuro. É esse o nosso objetivo”, acrescentou Mauro, frisando que acompanhará todos os trâmites relacionados à solicitação do colega e que manterá posição pelo arquivamento. Segundo ele, o vereador Leo José – ausente à Audiência Pública – foi convidado a participar do evento, assim como outros parlamentares. O pedido de Leo José, pelo desarquivamento dos autos do Projeto de Lei 253/2021, ainda deverá ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Unanimidade
De acordo com a atual legislação municipal, é vedado, no Município de Goiânia, qualquer curso na modalidade de ensino à distância (EaD), na rede pública e privada de cursos técnicos, de nível superior ou pós-graduação, na área da Saúde. Pelo descumprimento da proibição, a Lei 10.612/2021 determina, ainda, que seja aplicada multa diária, no valor de R$ 5 mil reais, à instituição de ensino infratora, triplicando-se, esse valor, na autuação em que seja constatada reincidência. A partir da reincidência, a instituição estará sujeita à cassação do alvará de funcionamento, com o imediato fechamento do estabelecimento.
Dentre os presentes à Audiência Pública realizada na tarde desta quarta-feira, estiveram médicos, enfermeiros, biomédicos e educadores. Foi unânime a manifestação contrária à revogação da lei. Participaram do debate Fernando Pacéli, do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego); Robson Paixão de Azevedo, do Sindicato dos Médicos (Simego); Christiane do Valle Santos, do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue (Sindilabs-GO); Eleni Carneiro Cunha Neves e Camila Cardoso Caixeta, da Universidade Federal de Goiás (UFG); Madalena Delduque, da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg); Helen Betane Ferreira, do Instituto Federal de Goiás (IFG); Vanuza Claudete Anastácio, da Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO); e Cristina Galdino, do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-GO).
Ao longo do debate – que durou cerca de uma hora -, foram pontuadas questões referentes à regulamentação do EaD e esclarecidas diferenças importantes entre ensino híbrido e ensino à distância, além de destacadas especificidades e peculiaridades dos cursos de Saúde. A maioria dos presentes defendeu o arquivamento definitivo da proposta de revogação da lei em vigor e manutenção dos cursos de formação, na área, na modalidade presencial. Foi sugerida, ainda, a reedição de uma carta aberta, com o posicionamento geral, assinada pelas diferentes entidades que representam o segmento.
“Restou claro que não somos contrários às tecnologias, mas que defendemos, sim, uma formação fundamentalmente necessária em todos os cursos da área da Saúde”, declarou o vereador Mauro Rubem, ao encerrar a Audiência Pública. “Já sabemos que há interesse financeiro de empresários nessa proposta, mas vamos trabalhar para fechar todas as brechas que possam existir. O dinheiro, afinal, não pode se sobrepor à qualidade do ensino nem ao atendimento prestado à população”, concluiu.
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A REDAÇÃO
Hospitais estaduais atenderão emergências durante o feriado da Semana Santa
Unidades vão funcionar em regime de plantão | 13.04.22 – 08:34
Os hospitais da rede pública estadual funcionam em regime de plantão nesta quinta e sexta-feira (14 e 15/4) durante o feriado da Semana Santa. A assistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) será realizada normalmente nos setores de urgência e emergência.
Vão funcionar normalmente a urgência e emergência do Hugol, Hugo, HDT, Ceap-Sol, Hospital da Mulher (Hemu – antigo HMI), Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, todos em Goiânia; Heapa, em Aparecida de Goiânia; Herso, em Santa Helena de Goiás; Heana, em Anápolis; Heelj, em Pirenópolis; Hetrin, em Trindade; Heja, em Jaraguá; HCN, de Uruaçu; e HEJ, em Jataí.
No HGG, segue durante todo o feriado o atendimento dos pacientes internados e regulados para a unidade, bem como a realização das cirurgias de urgência e transplantes renais e de fígado, caso ocorra doação de órgãos.
No Crer, os procedimentos e atendimentos da internação, ambulatório e centro cirúrgico serão realizados normalmente, atendendo a demanda da instituição. O HDS atenderá somente pacientes que necessitam de curativos e cuidados paliativos. O Lacen funcionará com plantonistas para o recebimento de amostras de testes para Covid-19 e dengue.
As policlínicas de Posse, Goianésia e Quirinópolis, que têm serviço de hemodiálise, vão funcionar com esse serviço normalmente até sábado (16/4) e a parte administrativa até quarta-feira (13/4). As policlínicas de Formosa, São Luís de Montes Belos e Goiás encerram as atividades na quarta-feira e retornam na segunda-feira (18/04).
Doação de Sangue
No feriado da Semana Santa, as unidades da Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo, de Goiânia e do interior, funcionarão na quinta-feira para o atendimento aos doadores e pacientes, das 8 às 18h. Na sexta-feira, todas as unidades estarão fechadas.
No sábado, o Hemocentro Coordenador Prof. Nion Albernaz, em Goiânia, funcionará das 8 às 12h para atendimento de doadores e pacientes. O agendamento de doações pode ser feito pelo telefone 088 642 0457 ou pelo site agenda.hemocentro.org.br.
A Central Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac) interrompe as suas atividades durante o feriado e retorna na segunda-feira.
A Gerência de Transplantes de Goiás funcionará em regime de plantão, para atender os casos de notificação, captação e distribuição de órgãos. O telefone de plantão para os profissionais de saúde acionarem a equipe é o 3201-2200. Ou pelo site https://www.saude.go.gov.br/complexo-regulador/transplantes.
O Centro de Informações Toxicológicas, para orientação de acidentes com animais peçonhentos ou outros tipos de intoxicações, atenderá no plantão pelo DISQUE INTOXICAÇÃO 0800 646 4350.
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JORNAL OPÇÃO
Vereadora Luciula do Recanto sofre mal súbito e é hospitalizada
Por Ysabella Portela
Ela está medicada e aguarda vaga para internação
Nesta quarta-feira, 13, a vereadora Luciula do Recanto (PSD) teve um mal súbito durante o lançamento da Cartilha de Prevenção e Combate ao Assédio Moral, evento que aconteceu no Paço Municipal. A parlamentar foi atendida no Hospital Neurológico e diagnosticada com pancreatite aguda. No momento, ela está medicada e aguardando transferência para outro hospital. As informações são da assessoria de comunicação da vereadora.
A pancreatite aguda é o termo utilizado para designar a inflamação do pâncreas decorrente da autodigestão do pâncreas causado pelas próprias enzimas pancreáticas, podendo ou não envolver subsequentemente outros tecidos regionais, órgãos ou tecidos a distância.
Não é a primeira vez neste ano em que Luciula passa mal. Em fevereiro, ela precisou ser levada às pressas para atendimento médico após sentir dores de cabeça, no ouvido e tontura.
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Superfaturamento em compra de Viagra pelas Forças Armadas é investigado pelo TCU
Por Ysabella Portela
Comprimidos variam de preço entre R$ 1,50 e R$ 3,65
O Tribunal de Contas da União abriu processo para fiscalizar a compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas, com suspeita de superfaturamento que pode chegar a 143%. O relator do processo é o ministro Weder de Oliveira. As investigações se dão depois da denúncia apresentada pelos goianos deputado federal Elias Vaz (PSB) e senador Jorge Kajuru (Podemos).
O medicamento com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (nome genérico do Viagra), para a compra de 15.120 comprimidos de 25 mg, estabelece como preço unitário R$3,65, de acordo com o processo 00106/2020, com data de compra em 7 de abril de 2021. Outro processo com data próxima, para atender o Exército do Brasil, apenas uma semana depois, em 14 de abril, adquire cada comprimido por R$ 1,50. Os dois são para a cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Nesta quarta-feira, 13, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que a compra dos medicamento foi destinada ao tratamento de hipertensão arterial e outras doenças reumatológicas. “Com todo o respeito, isso não é nada. Quantidade para o efetivo das três Forças, obviamente, muito mais usada pelos inativos e pensionistas”, afirma o presidente, que não comentou sobre os R$ 3,5 milhões destinados a aquisição de próteses penianas.
Foram identificados, ao todo, oito pregões no Portal da Transparência e no Painel de Preços do Governo Federal, ainda em vigor neste ano. Nos processos de compra, o medicamento aparece com o princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior volume, 28.320 comprimidos, é destinado ao Comando da Marinha. Em seguida, aparece o Comando do Exército, com 5 mil comprimidos, e o da Aeronáutica, com 2 mil comprimidos.
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O GLOBO ONLINE
HIV: Brasil vai pedir para OMS certificação do fim da transmissão de mãe para filho
BRASÍLIA Grávida do primeiro filho aos 21 anos, Izabelita Gonçalves Batista ficou paralisada ao abrir o envelope dos resultados de exames de rotina do pré-natal e descobrir que havia testado positivo para o HIV. Com uma vida na barriga, ela só enxergava um atestado de morte na papelada em suas mãos. O diagnóstico ocorreu ainda na década de 1990. Ela tomou o coquetel de AZT, droga usada na época, e conseguiu evitar que Mariana, hoje com 24 anos, fosse contaminada com o . Mais recentemente, Miguel, de três anos e meio, também nasceu salvo da doença após uma gravidez inesperada.
Vencendo o vírus:
Cloroquina:
Na primeira gestação foi muito angustiante. Fiquei com aquela culpa dentro de mim, muito medo de contagiar minha filha, e achando que eu tinha pouco tempo de vida. Com o meu filho agora, já estava há anos com carga viral indetectável e sabia que não havia riscos lembra Izabelita, professora aposentada de 46 anos.
As duas gestações de Izabelita, já na condição de soropositiva em um intervalo de 20 anos, são simbólicas da meta que o Brasil tenta atingir ainda em 2022. O governo quer conquistar o certificado de eliminação da transmissão vertical (de mãe para filho) do HIV como problema de saúde pública emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Não se trata de erradicação, mas atingir níveis mínimos desse tipo de contágio. A obtenção do selo da OMS seria um marco dos 40 anos do primeiro caso de Aids no país. No momento, o Ministério da Saúde investiga casos de crianças junto às vigilâncias estaduais de saúde para ter segurança ao preparar sua candidatura como território livre do contágio ocorrido na gestação, parto ou amamentação.
Dados preliminares, ainda não publicados, mostram que o Brasil está próximo de atingir os dois parâmetros de impacto exigidos pela OMS. Um deles é a taxa de incidência de infecção pelo HIV por meio da transmissão vertical (que relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento e o número de nascidos vivos naquele mesmo ano). O indicador determinado pela organização internacional é 0,5 casos ou menos por mil nascidos vivos. O Brasil registrou 0,09 casos por mil nascidos vivos bem menor que o exigido.
Onda fake:
O segundo indicador é a taxa de transmissão vertical, calculada com base em outros parâmetros importantes para o controle da doença no país (relaciona o número de crianças infectadas segundo o ano de nascimento pelo número de gestantes HIV positivas do mesmo ano). Enquanto a OMS exige que essa taxa seja de 2%, o Brasil registrou 2,4%. Os dados para embasar o pedido à OMS são de 2019, ano para o qual os principais indicadores já podem ser calculados, e não estão publicados nos boletins epidemiológicos porque a pasta está fazendo a revisão sistemática de casos.
Diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Gerson Fernando Mendes Pereira afirma que a revisão dos casos é importante para não se fazer um pedido à OMS com alguma lacuna, até mesmo porque a entidade internacional envia uma comitiva ao país para checar as informações repassadas.
Tudo leva a crer que o Brasil vai conseguir atingir a meta exigida. Os dados apontam para isso. Ter uma capital como São Paulo, com 12 milhões de habitantes, certificada e recertificada pelo Ministério da Saúde como livre de transmissão como problema de saúde pública dá uma certa tranquilidade explica Pereira.
Doses insones:
A cidade de São Paulo, Curitiba e Umuarama (PR) são os três municípios considerados livres da transmissão vertical do HIV, certificados pelo Ministério da Saúde anualmente. No entanto, locais na região Norte e Nordeste tem índices mais elevados. A pasta não informou taxas regionalizadas porque estão sendo checadas, uma vez que há problemas nas notificações em um país tão grande quanto o Brasil. Em São Paulo, por exemplo, houve quatro casos que haviam sido registrados mas que a investigação mostrou que não ocorreu a transmissão do HIV de fato, conta Pereira.
Segundo o diretor do Ministério da Saúde, uma certificação da OMS, que considerará a taxa global do país, será importante para estimular localidades em que os índices de transmissão ainda estão acima da média nacional. Ele ressalta que o Brasil é a única nação de renda média com chance real de ser certificada. Há 14 países, como Cuba, Tailândia e Barbados, entre outros com população pequena, que já conquistaram o selo da OMS, informou Pereira.
O principal caminho para diminuir a transmissão vertical, além de baixar os números gerais da doença no país, é garantir uma excelente cobertura de pré-natal, que já é superior a 95% no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, O protocolo no país é fazer um teste de HIV na primeira consulta e outro no início do terceiro trimestre da gravidez. Se a gestante for soropositiva, é necessário iniciar ou ajustar o tratamento com os antirretrovirais para ficar com carga viral indetectável, o que praticamente elimina o risco de transmissão ao bebê.
Dinheiro traz felicidade:
Cada vez mais gestantes já chegam ao consultório com carga viral indetectável, porque houve um avanço da política de testagem e da adesão ao tratamento, que hoje pode ser feito com dois comprimidos por dia. Antigamente, já cheguei a receitar 24 comprimidos três vezes ao dia. Isso faz com que a gestação possa ser vivida com tranquilidade afirma Jorge Senise, infectologista do Núcleo de Patologias Infecciosas da Gestação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A ginecologista Ana Katherine da Silveira Gonçalves ressalta que para eliminar qualquer risco de contágio há o protocolo de uso de AZT durante o parto, quando pode haver contato do bebê com fluidos da mãe, como sangue e secreções. Segundo ela, que integra a Comissão Nacional Especializada de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), 65% das transmissões ocorrem no parto e na amamentação.
O que a Finlândia tem?
Apesar da rede pública de saúde seguir os protocolos com eficácia consolidada e ofertar o tratamento com os antirretrovirais, há mulheres que não fazem o pré-natal, que não têm informação, que moram na rua. E os casos de transmissão vertical acabam ocorrendo ainda hoje. O HIV tem uma relação grande com as condições sociais afirma Ana Katherine.
Para se candidatar à certificação da OMS, o Brasil trabalha revisando microdados de 2019, que são os consolidados mais recentes e estão sendo resguardados. Em relação aos últimos grandes indicadores monitorados regularmente, a pasta informa que, em 2020, o Brasil registrou 177 casos de Aids (doença causada pelo HIV) em crianças menores de cinco anos. Esse número em 2010 foi de 547 notificações, conforme mostram os boletins epidemiológicos anuais publicados pelo Ministério da Saúde.
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TV ANHANGUERA
Hospitais relatam dificuldade em achar medicamentos básicos para atendimento
Entre os remédios, está a dipirona injetável. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia relatou dificuldades em fechar contratos de compra.
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Assessoria de Comunicação