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DESTAQUES
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos nesta terça-feira (19/4)
Covid-19: Goiás registra 1.512 novos casos e três mortes em 24 horas
Unimed Goiânia doa mudas de árvores para recompor área degradada
Surto de dengue faz Caldas Novas decretar estado de emergência em saúde pública
Prevent Senior isenta de crimes contra pacientes
Hepatite infantil: o que se sabe sobre a doença que avança na Europa
Um terço dos infectados com covid-19 continua com sintomas após fase aguda
Casos de dengue em todo o país aumentam 95% em relação a 2021
Piso salarial para enfermagem deve ser votado no dia 4 de maio
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel
Paralisação: Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos eletivos nesta terça (19)
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisa consultas, exames e cirurgias para cobrar mais investimentos
Santa Casa para atividades por 24 horas em protesto ao fechamento de outras unidades
O HOJE
Sem recursos, Santa Casa de Misericórdia suspende consultas e exames por 24h
Maiara Dal Bosco
A SantaCasadeMisericórdia de Goiânia suspendeu, ontem (19), os atendimentos eletivos, como consultas, exames e cirurgias. Segundo informoua entidade, aparalisaçãodurou24 horas e fez parte de um movimento nacional das Santas Casas,que alerta para o risco de fechamento definitivo destes hospitais diante da pior crise enfrentada por eles. Ainda de acordo com a Santa Casa, todos os atendimentos agendados para ontem (19) já foram remarcados e o funcionamento hoje (20) já está normalizado.
Nos últimos dias, em diversas entrevistas à imprensa, em reuniões com colaboradores, em publicações do hospital e em um encontro com o presidente da Santa Casa, arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, e com o vice-presidente, Dom Levi Bonatto, a superintendente falou sobre a crise enfrentada. “É um pedido de socorro, pois precisamos de recursos para manter o funcionamento das Santas Casas”, afirma a superintendente Geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Irani Ribeiro de Moura.
O assunto também foi abordado em uma audiência com o prefeito da capital, Rogério Cruz, e com o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso. “Agora, com essa mobilização, queremos chamar a atenção de toda a sociedade, do poder público e de parlamentares sobre as dificuldades vividas pela rede filantrópica de hospitais e a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia”, diz Moura, enfatizando que se nada for feito, os hospitais podem fechar definitivamente, deixando milhares de pessoas sem assistência.
“Nossas entradas de recursos não batem com as saídas e, a cada dia, estamos nos endividando mais e, sem apoio, vamos fechar. E as Santas Casas não podem fechar”, aponta. A superintendente destaca também que as contas estão à disposição de toda a população. “Estão disponíveis de forma transparente para que vejam como são aplicados os recursos disponíveis, e contamos com o apoio de todos para que possamos continuar atendendo, salvando vidas com qualidade e, sobretudo, de forma humanizada”, diz a superintendente.
Entenda
Conforme dados divulgados pela entidade, uma olhada rápida nos números já deixa clara a gravidade da crise enfrentada pelas Santas Casas: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, e o salário-mínimo 1.597,79%.
Este descompasso representa R$ 10,9 bilhões por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa. “A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia é responsável por mais 70% do atendimento do SUS na capital. Somos o hospital de alta complexidade do município”, frisa Moura, ressaltando que, em contrapartida, a Santa Casa recebe do SUS R$ 10 por uma consulta médica.
Aumentos e atrasos
Para agravar a situação gerada pela defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ainda enfrenta o reajuste de medicamentos e o atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo afirma, o Governo Federal repassa os valores aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses ao hospital estão demorando mais de 100 dias.
“E todos os casos cirúrgicos que chegam judicializados à SMS de Goiânia são encaminhados à Santa Casa, sendo que nem todos temos condições de atender”, diz a superintendente, ressaltando que já comunicou esse fato à SMS, mas os encaminhamentos continuam sendo feitos.
No início da semana, a reportagem de O Hoje já havia questionado a Prefeitura sobre o assunto. Em nota, a Prefeitura de Goiânia, por meio da SMS afirmou que a tem feito um esforço concentrado para quitar, com recursos próprios, todos os contratos ou convênios com prestadores de serviços na área da saúde.
Segundo a pasta, os repasses junto à Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foram colocados em dia, as recentemente um problema no sistema do SUS levou a liberação de apenas uma parte dos recursos, o que provocou um mês de atraso. “A situação vem sendo discutida entre a Secretaria Municipal de Saúde e gestores da Santa Casa e caminha para uma solução”, destaca o comunicado. (Especial para O Hoje)
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PRIMEIRA PÁGINA
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos
Paralisação de atendimentos eletivos nos hospitais filantrópicos Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos estima que 70% das instituições aderiram ao ato nesta terça-feira
A CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), que organiza a campanha “Chega de Silêncio”, para alertar o poder público sobre a alarmante situação financeira dessas instituições, estima que 70% das instituições aderiram ao ato, nesta terça-feira (19 de abril).
A movimentação foi grande nos 17 estados brasileiros nos quais a Confederação possui federações estaduais que mobilizaram os hospitais, promovendo grandes atos públicos e paralisações de atendimentos eletivos (consultas, exames e cirurgias) não urgentes e reagendados para o mais breve possível.
“Em todas essas capitais e também no interior dos estados, instituições filantrópicas promoveram atos para sensibilizar a população, gestores públicos e deputados federais. Foram abraços simbólicos, palestras, panfletagens, entrevistas para a imprensa e, na grande parte, foi possível reprogramar os agendamentos eletivos das 24h do dia de hoje, para datas próximas, demonstrando a importância e volume do atendimento do setor para o SUS”, destaca o presidente da CMB, Mirocles Veras.
Procedimentos e cirurgias de alta complexidade, especialmente na Oncologia, e o atendimento nas emergências foram mantidos.
“Podemos destacar algumas regiões e estados, como o Rio Grande do Sul, onde todos os hospitais de Porto Alegre se reuniram em um grande encontro; o interior do estado de São Paulo, em que há regiões onde 90% do atendimento SUS são realizados por hospitais filantrópicos; Paraná, Mato Grosso do Sul, Bahia e Santa Catarina, com a exposição pública da grave crise que enfrentamos”, elencou.
As Santas Casas e hospitais filantrópicos requerem a alocação de recursos na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter de urgência, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do projeto de lei 2564/20 – que institui o piso salarial da enfermagem, com impacto estimado em R$ 6,3 bilhões, porém, sem indicação de alternativa de financiamento; assim como para a adequação ao equilíbrio econômico no relacionamento com o SUS.
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A REDAÇÃO
Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos nesta terça-feira (19/4)
Goiânia – A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspendeu nesta terça-feira (19/4) todos os atendimentos eletivos da unidade – consultas, exames e cirurgias. A paralisação vai durar 24 horas e objetiva chamar a atenção dos governos e parlamentares para a crise vivida pela instituição.
A assessoria de comunicação da Santa Casa afirma que o hospital recebe mensalmente dos governos Estadual e Federal R$ 4 milhões – metade do montante necessário para custear seu funcionamento. A instituição alega que tem recorrido a empréstimos bancários e, consequentemente, aumentado o seu endividamento, para tentar fechar as contas.
Pacientes que buscaram atendimento pela manhã, alguns vindos do interior do Estado, foram surpreendidos com a interrupção dos serviços. “Infelizmente, algumas pessoas que estiveram aqui hoje não foram avisadas da paralisação, mas elas serão atendidas”, se desculpou a superintendente-geral da unidade, Irani Ribeiro de Moura.
A “greve de um dia” ocorre simultaneamente em mais de 2 mil Santas Casas de todo o país. O movimento alerta que se os governos não aumentarem os repasses, as instituições filantrópicas podem fechar as portas e suspender a assistência em definitivo.
“É preciso rever a tabela do SUS e é preciso também mais investimento por parte dos governos, afinal o SUS é um sistema tripartite e o fechamento dos hospitais filantrópicos provocaria um caos na saúde pública”, afirma Irani Ribeiro de Moura.
Segundo ela, a Santa Casa de Goiânia é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital e recebe do SUS apenas R$ 10,00 por uma consulta médica.
Além da defasagem da tabela do SUS, a Santa Casa ainda enfrenta o reajuste dos valores dos medicamentos – teve remédio cujo preço saltou de R$ 1,90 para R$ 245,00 na pandemia – e atraso nos repasses dos pagamentos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Governo Federal também tem feito repasses de forma atrasada ao hospital. Os valores são enviados aos municípios 60 dias após a prestação dos serviços, mas, em Goiânia, os repasses estão demorando mais de 100 dias.
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Covid-19: Goiás registra 1.512 novos casos e três mortes em 24 horas
Gabriel Neves
Goiânia – Goiás registrou 1.512 novos casos da covid-19 e três mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado na tarde desta terça-feira (19/4) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Com as atualizações, o Estado chega a 1.318.837 casos e 26.401 óbitos ligados ao novo coronavírus.
Ainda de acordo com a SES-GO, Goiás monitora 768.930 casos para saber se há ligação com a covid-19, enquanto outros 319.125 casos já foram descartados. A taxa de letalidade do novo coronavírus é de 2,00% em Goiás. A pasta informa que 318 óbitos suspeitos estão em investigação para saber se há ligação com o vírus.
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Unimed Goiânia doa mudas de árvores para recompor área degradada
Goiânia – A Unimed Goiânia fez a doação de 2.200 mudas nativas do Cerrado para o viveiro da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) de Senador Canedo, cidade que fica na Grande Goiânia. A ação faz parte do processo de neutralização da emissão de Dióxido de Carbono (CO2) relacionada ao consumo de combustíveis utilizados em automóveis e geradores de energia e ao consumo de gás natural pela Cooperativa, no ano de 2020.
De acordo com o diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, responsável pela área de Sustentabilidade, foi usado o software CO2 Neutro para o cálculo das emissões da operadora de planos de saúde, recursos próprios e eventos, disponibilizado pela Unimed do Brasil. “Desse modo é possível fazermos a quantificação de árvores que devem ser plantadas para neutralização de CO2”, explicou o diretor.
A entrega simbólica aconteceu no dia 13 de abril, no prédio administrativo da Unimed Goiânia, com a presença do presidente, Sergio Baiocchi Carneiro; do diretor de Mercado, Frederico Moraes Xavier; e do presidente da Amma de Senador Canedo, Paulo Roberto dos Santos, juntamente com a bióloga do município, Virgínia dos Santos Macedo.
A Área de Preservação Permanente Flor do Ipê, localizada na região norte de Senador Canedo, e que se encontra em situação de degradação, foi o local escolhido para receber o plantio das mudas. O presidente da Amma do município, Paulo Roberto dos Santos, pondera que o meio ambiente em áreas urbanas também precisa ser protegido, o que explica a importância dessa parceria com a Unimed Goiânia. “A comunidade vai receber esse reflorestamento com a maior satisfação. A área que vai ser recuperada e é próxima a duas comunidades bem povoadas no nosso município e, com certeza, vai ser um enorme ganho para todos”, ressalta.
Para o presidente da Unimed Goiânia, Sergio Baiocchi Carneiro, a doação das 2.200 mudas tem um importante caráter socioambiental e que cumpre o princípio cooperativista de cuidado com a comunidade. “De um lado, estamos fazendo a neutralização de emissão de CO2 e do outro, reforçamos o bom relacionamento com o município de Senador Canedo, que integra a área de atuação da Unimed Goiânia. Esse trabalho de conservação do meio ambiente também faz parte do cuidado com a saúde das pessoas. Nós médicos buscamos orientar as pessoas a viverem mais e melhor e do ponto de vista da biologia, a fauna e a flora fazem parte desse processo”, reiterou o presidente da Cooperativa.
Área de Preservação Permanente
A bióloga Virgínia dos Santos Macedo explica que a área fragilizada a ser restaurada no município de Senador Canedo já apresenta erosão, mas o plantio está previsto para ser feito durante o período chuvoso, no final do ano, para melhor manejo das plantas. “A Unimed Goiânia está nos ajudando a dar andamento no projeto de recuperação de uma área de aproximadamente 40 mil metros quadrados e isso é muito valioso para nós”, afirma.
O diretor de Mercado da Unimed Goiânia, Frederico Moraes Xavier, disse que além de ser uma das marcas de plano de saúde mais lembradas no mercado, a Cooperativa tem uma reconhecida participação no desenvolvimento das comunidades onde atua e no cuidado com o meio ambiente. “O plantio de espécies nativas do Cerrado possibilitará melhoria na qualidade do ar e na saúde das pessoas”, afirmou.
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JORNAL OPÇÃO
Surto de dengue faz Caldas Novas decretar estado de emergência em saúde pública
terça-feira 19 abril 2022 15:46
Por Giselle Vanessa Carvalho
Prefeito Kleber Marra prepara decreto e força-tarefa para mitigar a crise. Goiânia também reconheceu a crise sanitária provocada pelo Aedes aegypti
Caldas Novas é a segunda cidade goiana a decretar estado de emergência em saúde pública em decorrência do aumento de 295,32% nos casos de dengue registrados este ano. Na segunda-feira, 18, a Prefeitura de Goiânia tomou a mesma medida. Prefeito de Caldas, Kleber Marra (Republicanos) prepara decreto com tempo de vigência indeterminado e também vai anunciar a criação de uma força tarefa para tentar mitigar a crise.
“Vivemos mais um momento difícil em nosso município, com um aumento expressivo no número de crianças internadas com síndromes respiratórias em estados graves, além dos casos de dengue”, diz. Uma das medidas imediatas de Marra será o remanejamento de profissionais para o Hospital Municipal André Ala Filho, além de criar uma força-tarefa para amenizar essa situação. A decisão foi tomada em conjunto com o secretário de Saúde de Caldas Novas, Marcos Paixão, e com o diretor-clínico do hospital, João Osório. Previsto na Constituição, o estado de emergência pode ser decretado em situações extraordinárias face à ameaças que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público atingido. Como efeito do decreto, o governo tem autorização legal para suspender parte de suas funções básicas e colocar em prática projetos específicos para conter a situação.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que Goiás já tem confirmados confirmados 39.874 casos de dengue. Além desses, há 87.042 notificações. Antes de decretar emergência, Caldas Novas, assim como outras cidades goianas, a exemplo de Silvânia, Luziânia, Valparaíso de Goiás e Cristianópolis, já havia intensificado este ano a capacitação de profissionais de saúde e a limpeza urbana. A baixa adesão dos cidadãos à limpeza dos espaços privados propícios à reprodução do mosquito transmissor Aedes aegypti, inclusive, é uma das explicações para o surto que o Estado vive, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim. Ela também credita a crise sanitária à intensidade das chuvas, que favorecem o surgimento de novos criatórios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Os números alarmantes fizeram o Governo de Goiás aumentar também o envio de insumos, materiais e equipamentos para o combate à dengue aos municípios goianos. De acordo com a SES, as cidades do Estado já receberam, entre outros, 720 unidades de bombas costais motorizadas de uso individual pelo agente de saúde, com manutenção de outras 211 já existentes; todas em pleno funcionamento. A pasta também fez a distribuição de 20 bombas ultrabaixo volume (UBV) veiculares adquiridas em 2021, contemplando as 18 Regionais de Saúde do Estado, além do município de Goiânia que recebeu duas unidades. Foi feita, ainda, a distribuição dos inseticidas às regionais, regularizando o abastecimento em todos os municípios. Entre os insumos repassados incluem-se 14.775 litros do Cielo, 203 quilos de Pyriproxyfen, 4.086 sachês de fludora, 591.920 pastilhas de espinosade e 1.263 unidades de cortador de comprimido.
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AGÊNCIA ESTADO
Prevent Senior isenta de crimes contra pacientes
Investigação da Policia Civil de São Paulo isentou funcionários da operadora de saúde Prevent Senior dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio em decorrência da prescrição para pacientes com coronavírus do chamado kit Covid, coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada.
Segundo o inquérito instaurado pela delegada Lisandrea Colabuono, da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Liberdade Pessoal, a análise de prontuários médicos não comprovou imperícia ou negligência por parte dos médicos da operadora, conforme denúncia. No relatório final, a delegada ressaltou que a investigação afastou “qualquer motivação político-partidária”. Segundo a Prevent Senior, a empresa é “vítima do sistema político”.
A investigação analisou o prontuário de cinco pacientes da operadora que morreram no início da pandemia em decorrência de sintomas respiratórios, entre eles, o infectologista Antony Wong e Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang.
A delegada ouviu os médicos denunciantes do uso do kit Covid pela Prevent Senior. Em depoimento, eles não confirmaram que algum paciente tenha morrido devido ao uso dos medicamentos, apesar de terem sido prescritos sem a devida realização de exames e análise prévia do prontuário.
Laudos
Além dos laudos periciais feitos por médicos legistas, o inquérito policial se baseou em análises técnicas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). “Criminalizar as condutas médicas, neste caso, seria condenar inúmeros médicos e servidores da saúde que atuaram e perderam suas vidas nesse embate contra esse novo vírus até então desconhecido”, escreveu a delegada.
Para o advogado da empresa, Aristides Zacarelli Neto, a conclusão do inquérito “é o primeiro resultado de uma investigação técnica que mostra que a Prevent Senior foi alvo de uma injustiça semelhante à sofrida pela Escola Base há quase 30 anos”. Concluída no início de abril, a CPI da Prevent Senior feita pela Câmara Municipal de São Paulo acusou 20 pessoas ligadas à empresa por 52 crimes em relatório final.
Na lista de acusados estão os donos da operadora de saúde, os irmãos Fernando e Eduardo Parrillo, o ex-diretor-executivo Pedro Benedito Batista Júnior, além de outros seis integrantes do pentágono, nome dado à cúpula da empresa. A Prevent Senior contestou o relatório e afirmou que “tem total interesse em que investigações técnicas, sem contornos políticos, possam restabelecer a verdade dos fatos”.
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Hepatite infantil: o que se sabe sobre a doença que avança na Europa
A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada
Por Leon Ferrari
Setenta e quatro casos de hepatite aguda foram descobertos em crianças do Reino Unido até o dia 8 de abril, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). De lá para cá, os registros têm crescido na Europa e nos Estados Unidos. A origem da infecção, no entanto, ainda é uma incógnita e está sendo apurada.
Por ora, a OMS não orienta restringir viagens aos países com casos da doença e destaca que a prioridade no momento é encontrar a causa dos quadros. A preocupação se deve ao fato de que a infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais.
O que é hepatite?
Conforme a OMS, a hepatite é uma inflamação que atinge o fígado causada por uma variedade de vírus infecciosos (hepatite viral) e agentes não infecciosos. A infecção pode levar a uma série de problemas de saúde, que podem ser fatais. Existem cinco cepas do vírus da hepatite: A, B, C, D e E.
Embora todas causem doença hepática, tem modos de transmissão, gravidade, distribuição geográfica e métodos preventivos diversos entre si. Os vírus B e C, diz a OMS, causam doenças crônicas em milhões de pessoas e, juntos, são a principal causa de cirrose hepática, câncer de fígado e mortes relacionadas à hepatite viral. Estima-se que 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com hepatite B ou C. A maioria não acessa testes e tratamentos.
De acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), os sintomas mais comuns da doença são: urina escura; fezes brancas ou acinzentadas; comichão na pele; olhos e pele amarelados (icterícia); dores musculares e nas articulações; cansaço; perda de apetite; dores de barriga.
Qual a causa da hepatite aguda que aflige crianças do Reino Unido?
Essa é a chave da questão. Por mais que profissionais de saúde e agências do Reino Unido estudem os casos desde janeiro, ainda não encontraram a etiologia dos quadros. De acordo com a OMS, nos casos do Reino Unido, testes laboratoriais descartaram os vírus da hepatite A, B, C, D e E.
Entre os casos do Reino Unido, muitos apresentavam infecção por adenovírus (família de vírus comuns que, em geral, causam doenças leves) ou pelo vírus causador da covid-19, disse a OMS. Recentemente, houve aumento na atividade dos adenovírus na região, que cocirculam com o SARS-CoV-2.
Por mais que sejam investigados como causas potenciais, o papel desses vírus na patogênese (mecanismo pelo qual a doença se desenvolve) ainda não está claro. Nenhum outro fator de risco epidemiológico foi identificado, incluindo viagens internacionais recentes. A UKHSA informou não haver vínculo com a vacina contra covid – nenhum dos casos confirmados recebeu imunizante.
Nesta semana, equipes do Reino Unido divulgaram que um agente infeccioso é a causa mais provável do problema, mas um diagnóstico completo ainda está em investigação pelas autoridades locais.
Quais os sintomas que as crianças do Reino Unido têm apresentado?
O quadro das crianças europeias é de infecção aguda. Muitos apresentam icterícia, que, por vezes, é precedida por sintomas gastrointestinais, principalmente em pequenos até 10 anos.
Qual a idade dos pacientes?
A síndrome atinge pacientes de até 16 anos de idade. A maioria dos casos está na faixa de 2 a 5 anos.
Alguma morte já foi registrada?
Alguns dos pacientes precisaram ser transferidos para unidades especializadas de fígado infantil e seis precisaram de transplante. Nenhuma morte foi registrada até 11 de abril.
Em que países há casos?
Dos casos confirmados, 49 são da Inglaterra, 13 da Escócia e os demais do País de Gales e da Irlanda do Norte, conforme as autoridades do Reino Unido. Após o alerta do Reino Unido, Irlanda, Holanda, Dinamarca e Espanha também notificaram casos confirmados e suspeitos à OMS. Eles ainda estão sob investigação Autoridades dos Estados Unidos também relataram casos.
Como esses países têm respondido aos casos?
Conforme a OMS, medidas clínicas e de saúde pública foram adotadas no Reino Unido, a fim de coordenar a identificação de casos e de investigar a etiologia da doença. As autoridades estudam o histórico de exposição dos pacientes, aplicam testes toxicológicos e virológicos/microbiológicos. Na Irlanda e na Espanha, as medidas também foram aplicadas
Como prevenir?
Mesmo sem causa identificada, em nota, a diretora de Infecções Clínicas e Emergentes da UKHSA, Meera Chand deu algumas orientações aos pais e responsáveis. “Medidas convencionais de higiene, como boa lavagem das mãos e higiene respiratória, ajudam a reduzir a propagação de muitas das infecções que estamos investigando.” Ela também pediu para que fiquem atentos a sinais de hepatite e contatem profissionais de saúde.
Quais foram as orientações da OMS?
Segundo a OMS, como há tendência crescente de casos desde o mês passado no Reino Unido, além de busca extensa, é provável que ocorram mais confirmações antes que a etiologia (causa) seja identificada. A organização encorajou países a identificarem, investigarem e notificarem casos potenciais. Com base nas informações obtidas até agora, a organização recomendou não restringir viagens a países com casos confirmados. Mas destacou que está monitorando o cenário.
Há casos suspeitos no Brasil?
Conforme o alerta emitido pela OMS ainda não há casos confirmados fora da Europa. No entanto, a organização pediu atenção de todos os países-membros. O Estadão fez contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o Ministério da Saúde, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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CORREIO BRAZILIENSE
Um terço dos infectados com covid-19 continua com sintomas após fase aguda
Um em cada três pessoas que têm covid-19 continuará com sintomas, mesmo após a fase aguda. Fadiga é a sequela mais comum, mas estudo descobre diferenças entre pacientes hospitalizados e aqueles com atendimento ambulatorial postado em 20/04/2022 06:00
(crédito: HANDOUT)
P ara 30% dos sobreviventes do Sars-CoV-2, a doença causada por ele não acaba com o fim dos sintomas. Bastante estudada desde os primeiros casos de recuperação da fase aguda, a chamada covid longa caracteriza uma série de condições que acompanham os pacientes mesmo depois de curados da infecção. Havia dúvidas, porém, sobre sua prevalência. Agora, um estudo publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (Ucla), constatou que as sequelas estão presentes em uma de três pessoas afetadas pelo coronavírus.
Segundo Sun Yoo, professor clínico de ciências da saúde na Escola de Medicina David Geffen da Ucla, “a incidência e os fatores de risco da covid longa, e até mesmo a definição da síndrome, permaneceram obscuros ao longo da pandemia”. Por isso, ele se associou a outros pesquisadores para avaliar características como sintomas, prevalência e incidência, em um grupo de 1.038 pacientes de covid-19, dos quais 309 apresentaram consequências persistentes da infecção.
Como esperado, pessoas com histórico de hospitalização, diabetes e índice de massa corporal mais alto eram mais propensos a desenvolver a síndrome. Contudo, para a surpresa dos pesquisadores, características associadas previamente à covid longa e à gravidade da doença, como idade avançada e status socioeconômico, não tiveram relação, neste estudo, com a permanência dos sintomas depois da fase aguda.
Acompanhados por um ambulatório da própria Ucla desde o início da infecção, 30,8% dos pacientes que foram hospitalizados e 26,5% daqueles que receberam atendimento ambulatorial desenvolveram a síndrome. No total, 29,8% dos 1.038 incluídos no estudo tiveram sintomas persistentes, que se mantiveram por mais de 30 dias. Os mais comumente relatados foram fadiga (73,2%), seguida de falta de ar (63,6%), febre e calafrios ( 51,5%) e, por fim, dores musculares (50,6%).
Passados 60 dias da infecção, a fadiga foi o sintoma mais relatado (31,4%), seguida de falta de ar (13,9%) e perda de paladar ou olfato (9,8%). Febre persistente (1,9%) e erupção cutânea (
Os fatores associados à síndrome pós-covid também foram diferentes entre pessoas tratadas no ambiente hospitalar versus ambulatorial. No segundo, os pacientes eram mais jovens, com maior probabilidade de serem brancos. Mulheres e indivíduos com seguro saúde eram a maioria. Já em relação aos internados, idade e etnia não se correlacionaram com a permanência de sintomas, embora o sexo feminino tenha sido, estatisticamente, mais afetado. De acordo com Yoo, o estudo destaca a necessidade de se considerar diversos fatores nas investigações sobre covid longa, incluindo alguns que não foram incluídos nessa pesquisa em particular.
“O estudo ilustra a necessidade de se acompanhar longitudinalmente diversas populações de pacientes para entender a trajetória da covid longa e avaliar como fatores individuais, como comorbidades pré-existentes, fatores sociodemográficos, status de vacinação e tipo de variante do vírus, afetam o tipo e a persistência da covid longa”, diz. “Nosso estudo também levanta questões como: por que os pacientes com seguro privado tinham duas vezes mais chances de desenvolver covid longa? Como os sintomas persistentes podem ser de natureza subjetiva, precisamos de melhores ferramentas para diagnosticar com precisão a síndrome. Finalmente, precisamos garantir o acesso equitativo aos cuidados ambulatoriais da covid longa.”
Fardo
Deborah Dunn-Walters, professora de imunologia da Universidade de Surrey, no Reino Unido, concorda que são necessários mais estudos para caracterização da covid longa, incluindo o perfil dos pacientes mais suscetíveis. “Apesar das tentativas de caracterizar a síndrome, há uma diversidade de sintomas associados. Não compreendemos ainda todos os processos que estão por trás da covid longa”, diz. De acordo com a especialista, acredita-se que o sistema imunológico desempenhe um papel no desenvolvimento da síndrome em um número significativo de casos, provavelmente como resultado de uma resposta imune super-reativa e/ou levemente mal tratada durante a infecção aguda.
Para ela, uma das formas mais eficazes de evitar a persistência dos sintomas, o que afeta não só o paciente, mas pode se tornar um fardo para os sistemas de saúde, é a vacinação. “Revisões de estudos têm mostrado que, pessoas vacinadas e que pegam covid são menos propensas a desenvolver a forma longa se tiverem recebido uma ou duas doses do imunizante, em comparação com indivíduos não vacinados. A melhor forma de evitar os sintomas pós-covid é se vacinar.”
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AGÊNCIA BRASIL
Casos de dengue em todo o país aumentam 95% em relação a 2021
O número de casos prováveis de dengue, em todo o país, quase dobrou desde o começo do ano comparado ao mesmo período de 2021, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde.
Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue e zika vírus
De acordo com o levantamento, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue, o que representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado. Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano.
Para a segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, dois fatores podem explicar esse aumento considerável. O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E, como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor.
Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início as duas doenças têm sintomas parecidos.
Muito acima da média nacional, a Região Centro-Oeste apresenta taxa superior a 700 casos de dengue por 100 mil habitantes, com destaque para as capitais Goiânia, Brasília e Palmas. É na capital federal onde mora o fotógrafo Raphael Padilha, que teve dengue logo após se curar da covid-19, em fevereiro. Assustado com os sintomas, chegou a desconfiar de complicações da covid-19. Raphael conta que, na região onde vive, está havendo surto de dengue e que nem o filho mais novo, de quase 2 anos, ficou ileso.
O boletim do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, está confirmada a morte de 112 pessoas, das 280 que desenvolveram agravamento da dengue no país. Os registros ocorreram, principalmente, nos estados de São Paulo, seguido de Goiás, Bahia, Santa Catarina e Minas Gerais. Além disso, mais de 170 mortes ainda são investigadas e podem estar associadas à dengue.
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FOLHA DO TOCANTINS
Piso salarial para enfermagem deve ser votado no dia 4 de maio
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) afirmou que a votação do piso salarial da enfermagem (PL 2564/20) deverá ser realizada no dia 4 de maio. A definição foi feita, segundo ela, após reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “No mês de maio nós comemoramos a Semana Brasileira de Enfermagem e no dia 4 de maio estaremos aqui no Plenário da Câmara deliberando o projeto de lei do piso salarial da enfermagem”, disse.
A proposta teve a urgência aprovada pelo Plenário no dia 22 de março. Zanotto, que coordenou o grupo de trabalho sobre o impacto orçamentário da proposta, afirmou que há várias sugestões de fontes de financiamento para custear esse aumento salarial.
A proposta define salário inicial para os enfermeiros de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e as parteiras.
O texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.
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BLOG JOVEM PAN
Bolsonaro critica Mais Médicos no lançamento de novo programa: Salários iam para Fidel
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País abre 4,6 mil vagas para profissionais de saúde com diplomas obtidos em outros países, mas eles terão que ser aprovados no exame Revalida, que dá valor legal ao documento no Brasil
Foto: Isac Nóbrega/PRPresidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o antigo programa Mais Médicos e citou algumas diferenças do novo programa, o Médicos Pelo Brasil
No evento de lançamento do programa Médicos Pelo Brasil, que substitui o Mais Médicos e deve reforçar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o novo programa não é uma continuação do anterior, criado em 2013, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), e que contava com profissionais cubanos sem diploma válido no Brasil. “Entre outras coisas, 80% do salário ia diretamente para Fidel Castro. O pessoal ficava aproximadamente com 20% aqui. Nós tentamos emendar o projeto, de modo que eles pudessem receber o salário no Banco do Brasil ou Caixa Econômica. A oposição, ou melhor, situação naquela época, a esquerda, passou por cima disso. Não foi possível. Tentamos também fazer o mínimo de teste da pessoa, não é um Revalida, não, um mínimo de teste simples, para saber, por exemplo, se Benzetacil é endovenosa, se é muscular, se é oral. Tenho certeza que a maioria não seria aprovada, não conseguiria responder”, disse Bolsonaro.
O programa Médicos Pelo Brasil permite a entrada de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mas exige a aprovação no exame Revalida, que dá valor legal ao diploma de outro país. Inicialmente, são 4,6 mil vagas para atender quase 2 mil cidades brasileiras. No lançamento do programa foram contratados 529 profissionais de saúde para a primeira etapa. Até o fim deste mês devem ser convocados 1,7 mil médicos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o novo programa servirá “de verdade” para assistência à população, com médicos preparados. “Todos nós nos lembramos o que aconteceu nos anos de 2013 e 2014. O governo que estava de plantão à época trouxe um programa que consistia em importar médicos de uma ditadura da América Latina. E esse programa, esses médicos que vinham para o Brasil, 80% do que eles recebiam era retornado para o país de origem. Esses colegas não tinham autonomia para sequer receber o suor do seu trabalho, que eles ganhavam prestando assistência. Isso, no governo Bolsonaro, não acontece mais”, disse Queiroga.
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BLOG ALTAIR TAVARES
Paralisação: Santa Casa de Goiânia suspende atendimentos eletivos nesta terça (19)
Médicos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia suspederam, nesta terça-feira (19), o atendimento para consultas, exames e cirurgias. O ato faz parte de um movimento que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira acerca das mais de 2 mil Santas Casas de todo país. Apenas casos de emergência estão sendo atendidos. Segundo a direção do hospital, todos os serviços votam ao normal nesta quarta-feira (20).
Ainda de acordo com a superintendente Geral, Irani Ribeiro, atualmente a entidade trabalha com uma tabela muito ”desafada”. ”Funcionamos com uma tabela muito desafada. Um dos exemplos, é uma consulta médica a R$ 10 reais e o médico recebe depois de 60 dias. Uma cirurgia, R$ 120 reais e o médico recebe depois de 60 dias”, destaca Irani Ribeiro. Ela ainda afirma que a unidade não possui nenhum laboratório que trabalha com a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). ”Nós pagamos além do valor SUS, mais 40% para complementação. Ou seja complementamos os exames”, disse.
Atendimento SUS
Segundo a superintendente, em 2021, a Santa Casa de Goiâna atendeu uma alta demanda do SUS. Sendo 41 mil de consultas, mais de 7 mil cirurgias, mais de 40 mil atendimentos laboratoriais por mês. ” 96% da nossa produção é SUS. É um hospital susdependente”, disse Irani.
Irani reforça que a situação financeira das unidades está crítica nesse período pós pandemia principalmente após alta nos preços dos medicamentos. A superintendente conta que antes, o valor de uma ampola para anestésico utilizado para cirurgias, custava R$ 1,90 , agora, essa mesma ampola custa R$ 245.
Essa situação tem ficado mais difícil para a Santa Casa porque segundo a superintendente,a cada semana os preços dos medicamentos sobem. ”Está faltando medicamentos no mercado, e quando encontramos o preço é altíssimo. Então, as Santas Casas estão passando por muitas dificuldades”, frisa.
Leitos usados na pandemia
De acordo com Irani, há um ano atrás, as Santas Casas conversaram com presidente da República pedindo ajuda, segundo ela, mostrando que durante a pandemia 70% dos leitos ocupados para tratamento da Covid-19 são das instituições filantrôpicas. ”Nós temos um papel social muito grande, mas precisamos ter recursos para continuar salvando vidas. E hoje salvar vidas está ficando muito caro” disse.
No ano passado, segundo a superintendente, o governo fedral prometeu R$ 2 bi para serem distribuidos às Santas Casas, seguindo as suas produções, para liquidar um pouco das dívidas. ”Nós estamos financiando o SUS, estamos emprestando recursos para cubrir uma tabela que hoje ninguém quer trabalhar com essa tabela”, destaca.
Discrepância
A Santa Casa relembra o histórico dos números ao longo dos últimos tempos: nos últimos 28 anos, desde o início do Plano real, a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) e seus incentivos foi reajustada em média em 93,77%. No mesmo período, o INPC subiu 636,07%, o salário-mínimo 1.597,79% e o gás de cozinha 2.415,94%.
Este descompasso brutal representa R$ 10,9 bilhões de reais por ano de desequilíbrio econômico e financeiro na prestação de serviços ao SUS pelas filantrópicas. Irani Ribeiro de Moura destaca que há uma enorme discrepância entre os valores recebidos e os custos da assistência prestada, principalmente à parcela mais carente da população que depende do SUS e representa mais de 95% dos atendimentos da Santa Casa.
As Santas Casas apoiam a melhoria da remuneração de todos os profissionais de saúde, mas, com esse PL, teriam impacto estimado em R$ 6,3 bilhões de reais por ano, sendo que este extraordinário montante financeiro não está ancorado em nenhuma espécie de fonte de financiamento, tornando insustentável seus funcionamentos e estabelecendo-se definitivamente a falência dos hospitais.
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PORTAL G1
Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisa consultas, exames e cirurgias para cobrar mais investimentos
Cerca de 800 atendimentos deixaram de ser feitos nesta terça-feira (19). Dívida do hospital é de cerca de R$ 50 milhões.
Por Vitor Santana, g1 Goiás
Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia paralisaram o atendimento para consultas, exames e cirurgias nesta terça-feira (19). O movimento faz parte de um ato nacional que cobra mais investimentos para remediar a crise financeira. Apenas casos de emergência serão atendidos. A previsão é que todos os serviços voltem ao normal na quarta-feira (20).
A dona de casa Heloísa Maria Gomes viajou de Araçu a Goiânia para trazer uma parente para uma consulta após colocar um marca-passo. Porém, teve que voltar sem o atendimento. “Não tem como, tem que voltar depois de novo. Eu achei errado, porque não sei como vou fazer com ela”, disse.
Em um comunicado, a Santa Casa disse que 800 atendimentos, entre consultas e exames já marcados, deixarão de ser feitos na unidade e serão remarcados. Muitos pacientes disseram que foram pegos de surpresa.
“Eu não sei como vou fazer, porque fiz cirurgia, ontem fez um mês e hoje era o retorno”, disse o autônomo José Viríssimo Gomes.
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia informou que é responsável por mais de 70% do atendimento do Sistema Único de Saúde na capital. A unidade disse ainda que recebe do SUS apenas R$ 10 por consulta médica. A dívida do hospital com fornecedores é de R$ 50 milhões.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é compartilhada entre União, estados e municípios. A pasta afirmou que repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Segundo o ministério, o Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços e cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região (leia nota na íntegra no fim do texto).
“Nós estamos pedindo socorro para deixar nós continuarmos trabalhar. A Santa Casa é o único hospital que o paciente SUS fica 60 dias, 90 dias tratando todas suas patologias”, disse a superintendente-geral da Santa Casa de Misericórdia, Irani Ribeiro de Moura.
Ela afirmou ainda que as equipes trabalharam intensamente para atender nos outros dias as pessoas que tiveram as consultas e exames canceladas devido à paralisação.
Atendimentos
Por mês, a Santa Casa de Misericórdia realiza cerca de 40 mil consultas, 30 mil exames, 10 mil internações e 400 cirurgias. Para manter esse volume de atendimentos, recebe do estado e município R$ 3,5 milhões.
A direção da unidade disse que precisaria do dobro desse valor para manter e ampliar o atendimento com qualidade.
“O que a gente sente dificuldade é falta de recursos para fazer novos investimentos, melhorias nas condições de trabalho”, disse Cláudio Tavares, superintendente técnico do hospital.
Nota Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Em 2021, foram repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2021, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços.
A pasta reforça que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é tripartite, ou seja, compartilhada entre União, estados e municípios. O Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços. Cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região.
TV ANHANGUERA
Servidores da Santa Casa de Misericórdia realizam paralisação em Goiânia
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/
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Santa Casa para atividades por 24 horas em protesto ao fechamento de outras unidades
https://globoplay.globo.com/v/10499169/
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Assessoria de Comunicação