ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Covid-19: chega ao fim estado de emergência em saúde pública no Brasil
Conselho federal regulamenta exercício da telenfermagem
Open Health pode ser saída para crise do sistema de saúde, mas há sérios obstáculos a superar
‘o câncer colorretal está ligado à uma dieta ocidental’
Grupo sugere 3° dose contra Covid em jovens de 12 a 17 anos
Surto de dengue é o pior em dez anos no DF e em cinco estados
Maiores empregadores mantêm home office e trabalho híbrido
Hecad de Goiás é referência nacional no tratamento de hemangiomas
Covid-19: Goiás registra 73 novos casos em 24 horas
Greve dos peritos do INSS acaba e atendimentos voltam a ser normalizados
Cabelos são doados em ação no parque Mutirama para virarem perucas para pacientes
AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: chega ao fim estado de emergência em saúde pública no Brasil
Brasília – Chegou ao fim, neste domingo (22/5), o estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de covid-19 no Brasil.
A portaria com a decisão foi assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 22 de abril, e previa prazo de 30 dias para que estados e municípios se adequassem à nova realidade.
A decisão do governo brasileiro foi tomada com base do cenário epidemiológico mais arrefecido e o avanço da Campanha de Vacinação no país. Segundo o Ministério da Saúde, apesar da medida, nenhuma política pública de saúde será interrompida.
“A pasta dará apoio a estados e municípios em relação à continuidade das ações que compõem o Plano de Contingência Nacional”, garantiu o governo. (Agência Brasil)
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PORTAL R7
Conselho federal regulamenta exercício da telenfermagem
O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) normatizou a atuação da enfermagem na saúde digital no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada. A resolução, publicada no Diário Oficial da União, denominou como telenfermagem.
Segundo a resoulução, a saúde digital compreende o uso de recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para produzir e disponibilizar informações confiáveis, sobre o estado de saúde para quem precisa.
A prática da telenfermagem irá englobar atividades como consultas de enfermagem, interconsulta, consultoria, monitoramento, educação em saúde e acolhimento da demanda espontânea.
A emissão de receitas e solicitação de exames à distância serão válidas em meio eletrônico com assinatura, certificados e senhas emitidos pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Todas as ações a serem realizadas devem ter consentimento do paciente ou do responsável legal, sendo necessário formalizar a decisão por escrito ou de forma verbal, desde que o enfermeiro transcreva em prontuário físico ou eletrônico, ou no registro de atividades coletiva.
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ÉPOCA
Open Health pode ser saída para crise do sistema de saúde, mas há sérios obstáculos a superar
No setor financeiro, open banking tem grande potencial para ampliar o acesso ao crédito. mas na saúde, temos de nos precaver contra efeitos previsíveis – e fatais
As máscaras caíram, mas não podemos deixar a guarda baixar. Sabemos que o setor da saúde foi sobrecarregado na pandemia: faltaram leitos, e hospitais de campanha foram montados às pressas. O aumento da demanda gerou gargalo na cadeia de suprimento de insumos médicos, os profissionais da saúde atuaram nos limites da sanidade mental e da resistência humana, a falta de dados e inteligência em decisão clínica e a inexistência de compartilhamento de aprendizados clínicos entre os principais agentes da cadeia e os médicos aumentaram o sofrimento de pacientes e famílias. A pandemia expôs as fragilidades do setor.
Se estamos saindo da pandemia, o setor da saúde continua na UTI. As instituições de saúde tiveram inúmeros desafios, da disparada de preços de insumos básicos até a perda de receita com as cirurgias eletivas, substituídas por atendimentos emergenciais. No geral, a receita não aumentou na mesma proporção que os custos e as despesas. Além da perda na receita nos últimos anos, os hospitais enfrentam o desafio de se modernizarem, o que exige altos investimentos em tecnologia, treinamento, equipamentos e modelagem de dados para se adaptarem a novos modelos comerciais de compartilhamento de risco.
Além desse estresse atual, o envelhecimento acelerado da população cria mais pressão para mudanças sobre a cadeia de valor da saúde. Vale lembrar que, a cada semana, aproximadamente 5 mil brasileiros tornam-se idosos e, portanto, demandarão ainda mais atenção e cuidados especiais de um sistema que já atua nos limites. Essa pressão adicional deve recair, sobretudo, no governo e nas operadoras de planos de saúde, os grandes pagadores. As operadoras também atuam nos limites e enfrentam desafios gigantescos para se modernizar a fim de ampliar acesso qualificado.
Nesse contexto, qual seria o caminho para tornar as instituições de saúde mais eficientes e financeiramente sustentáveis? Uma alternativa ventilada é o Open Health. Pelas informações disponíveis até o fim de abril, parece ser uma plataforma online do Governo Federal que agregaria dados de saúde da população, e que poderiam ser acessados por instituições de saúde públicas e privadas, com autorização do paciente. O sistema foi inspirado no Open Banking, no qual os clientes consentem em liberar os dados pessoais às instituições financeiras em troca de serviços personalizados e expectativa de financiamentos com menores juros.
No caso do Open Health, a ideia é que o histórico clínico do paciente na rede otimizaria a atuação do médico, reduziria exames repetidos e estimularia o avanço da medicina preditiva e prescritiva, aliviando os custos de toda a rede pública e privada. Segundo o Ministério da Saúde, o sistema trará ainda mais transparência ao setor, ampliará a concorrência entre planos de saúde e combaterá a concentração de mercado.
Contudo, vejo obstáculos importantes a superar, para que um eventual Open Health amplie acesso e reduza custos.
O primeiro obstáculo é jurídico. A Constituição assegura como Direito Fundamental a inviolabilidade da intimidade e vida privada. Já a LGPD classifica como sensíveis os dados pessoais de saúde, sendo vedado seu uso para obter vantagem econômica. Proteger esses dados será um desafio colossal, pois o setor de saúde é um dos preferidos dos hackers, e o próprio Ministério da Saúde protagonizou episódios de vazamentos e omissão de dados pessoais.
Resolvidos esses obstáculos, não está claro ainda como a transparência total da condição médica das pessoas não será usada para segregar pacientes conforme seu histórico de saúde. A segregação implica entender quem são as pessoas que gastarão mais em saúde e, portanto, que custarão mais aos pagadores. Como evitar que isso aumente os preços para os que mais precisam ainda não está claro. Mesmo que se construa um sistema de incentivos para compartilhamento de riscos, que contribua para ampliar acesso e reduzir custos, haverá o desafio de explicar às pessoas em quais circunstâncias valeria a pena compartilhar seus dados de saúde. O paciente estaria diante de um trade-off bem complexo: abdicar da privacidade em troca de serviços mais acessíveis – ou manter o sigilo de seus dados e abrir mão de certos serviços.
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O GLOBO
‘o câncer colorretal está ligado à uma dieta ocidental’
ENTREVISTA
Sidney Klajner/ cirurgião e coloproctologista
Médico presidente do Albert Einstein relaciona aumento de casos da doença à piora dos hábitos de vida dos pacientes e ao atraso a na realização de exames de check-up
Cirurgião do aparelho digestivo e coloproctologista, Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, observa com apreensão o avanço dos diagnósticos de câncer colorretal em pacientes que passam pela oncologia do centro de saúde, sediado em São Paulo. Segundo levantamento interno, a média anual de pacientes atendidos saltou 83% entre 2015 e 2021.
Para ele, o crescimento importante de diagnósticos está relacionado à piora dos hábitos de vida dos pacientes. Cada vez mais acelerados, descontam na alimentação pouco saudável, carregam na ansiedade e não têm tempo nem mesmo para ir ao banheiro como se deve. Embora os números preocupem, Klajner vê com bons olhos o avanço da genética para personalizar os tratamentos oncológicos – e acredita que uma revolução na lida com a doença ocorrerá em uma década.
O que explica o aumento de 80% em casos de câncer colorretal nos últimos anos?
Estamos há décadas observando o aumento no câncer no colo ou no reto. Antes, tínhamos um volume muito maior de casos de tumores no estômago, cujo desenvolvimento está ligado ao consumo de alimentos mal-conservados, que ficaram fora da geladeira. Com a melhora no acondicionamento, a lista de pacientes com câncer de estômago foi reduzida. Mas, em outra mão, vem em crescente o câncer colorretal que tem mais a ver com dietas pouco saudáveis.
Qual tipo de dieta?
Esse tipo de câncer, segundo a teoria mais aceita, está ligado a uma “dieta ocidental”. E, também, ao que se chama de obstipação crônica (intestino preso com grande frequência). Quadro causado, inclusive, por alimentos que contêm substâncias carcinogênicas, que permanecem mais tempo em contato com mucosa intestinal. São os produtos industrializados, embutidos. Neste caso, há ainda uma descoberta mais recente de que quem consome a carne vermelha extremamente bem passada, tem ocorrência do câncer colorretal aumentado. Esse tipo de carne está relacionada, vale dizer, ao alto consumo, ou seja, todos os dias.
Quem são os pacientes que têm câncer colorretal?
São pacientes com altos níveis de ansiedade, sem tempo para se cuidar, que protelam seus exames de check-up. Está associado a tabagismo, obesidade, sedentarismo e constipação.
A pandemia piorou o ritmo de exames?
Grande parte da prevenção do câncer colorretal está na realização da colonoscopia, que foi postergada pelos pacientes por conta do avanço da Covid-19. A estimativa é que as consultas de controle oncológico apresentaram 30% de queda durante a pandemia. Muita gente tinha tomografias prometidas e não fez. Mas a oportunidade de ter sucesso no tratamento do câncer está atrelada à detecção precoce de alguma anormalidade, que é baseado nesses exames. Com a demora, perde-se uma valiosa oportunidade.
Quais mecanismos corporais levam à essa doença?
Infelizmente, esse câncer aparece em uma população cada vez mais jovem. E por isso que a primeira colonoscopia passou a ser indicada aos 45 anos desde 2018. Antes disso, o indicado era aos 50 anos. Quem tem histórico familiar de câncer de cólon deve fazer a colonoscopia dez anos antes do que quando o tal parente teve o diagnóstico. A imensa maioria dos casos é caracterizada pela evolução do crescimento de um pólipo (um tipo de formação anormal de tecidos de mucosas), uma lesão benigna, que, de acordo com a teoria mais aceita, está ligada a essa alimentação ocidental. Mas existe um câncer que aparece por uma predisposição genética e hereditária. Essas são pessoas com indicação para um aconselhamento genético.
A genética já é determinante para esse diagnóstico?
Ainda não conhecemos tudo o que podemos conhecer (para determinar todos os diagnósticos). Num futuro próximo, vamos saber qual quimioterápico agirá melhor em cada tipo de tumor. Hoje o tratamento oncológico é o “one size fits all” (um tamanho serve para todos). Em alguns casos, há três tipos de drogas indicadas para certos tipos de tumor, mas para algumas pessoas não acontece nada. No futuro, saberemos porque a resposta não foi boa, baseado na genética.
A medicina está pronta para remediar a piora progressiva dos hábitos de vida?
Remediar é uma coisa. Prevenir é outra e vale não só para o câncer. Faz parte do nosso trabalho, na área da saúde, incutir hábitos saudáveis associados à prevenção de uma série de doenças. As profissões atualmente levam cada vez mais ao aparecimento de doenças. A prevenção precisa dessa comunicação de hábitos mais saudáveis, mas passa também pela percepção de quem nos governa de que é necessária a possibilidade de mudar esses hábitos, pensar no conceito de cidades saudáveis. Enquanto isso, o papel da medicina é remediar. Quem sabe, se a genética permitir, com a detecção mais precoce.
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FOLHA DE S.PAULO
Grupo sugere 3° dose contra Covid em jovens de 12 a 17 anos
Ana Bottallo
são paulo A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (Ctai) da Covid-19 aprovou a recomendação de uma terceira dose (ou dose de reforço) da vacina contra a doença para os adolescentes de 12 a 17 anos.
A câma ra tem mais de 30 profissionais de diversas especialidades científicas e médicas que se reúnem semanalmente para assessorar o governo federal nos assuntos de imunização, em caráter consultivo.
Em recomendações passadas, o Ministério da Saúde acatou a decisão do grupo e publicou notas técnicas com as novas resoluções.
Fazem parte do comitê membros de sociedades científicas e médicas, bem como consultores das áreas de imunologia, infectologia, epidemiologia e demais áreas de vacinas.
A Ctai possui também representantes dos conselhos de saúde estadual e municipal, como o Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) e o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), além da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço nas Américas da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A terceira dose da vacina contra Covid somente está disponível atualmente no Brasil para pessoas com mais de 18 anos.
Em países como Estados Unidos, Israel, Canadá, Reino Unido, Chile e nos da União Europeia, já foi autorizada uma dose adicional nos menores de 18 anos. Já a Austrália recomenda terceira dose apenas para adolescentes de 16 e 17 anos.
Na última terça, a FDA, agência que regulamenta drogas e produtos alimentícios dos Estados Unidos, aprovou também uma dose de reforço para aqueles de 5 a 11 anos.
Segundo Renato Kfouri, pediatra e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que faz parte da câmara, há uma tendência de recomendar as doses adicionais para todas as faixas etárias. “O esquema completo de três doses vai ser o natural para todas as idades”, afirmou.
Ainda de acordo com ele, o Ministério da Saúde pode publicar o informe com a nova recomendação dentro dos próximos dias, mas ainda não há previsão de quando seria.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para perguntar sobre tal recomendação e se há intenção de fazer o informe na próxima semana, porém sua assessoria disse que não tinha essa informação.
“Aúnica mudança [anunciada] essa semana foi a quarta dose para todos os idosos com mais de 60 anos”, afirmou a pasta.
No passado, a Ctai foi responsável por guiar as decisões do ministério em relação a, por exemplo, quais os tipos de imunizantes mais recomendados para os reforços nos adultos e aqueles indicados para gestantes e puérperas.
No último caso, a recomendação de optar por imunizantes de RNA mensageiro ou de vírus inativado em detrimento de vacinas com vetor viral ocorreu após a notificação de casos raros, porém graves, de coágulos após a vacinação.
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Surto de dengue é o pior em dez anos no DF e em cinco estados
Governos atribuem quadro à pandemia; Fiocruz diz ter obtido bons resultados com bactéria para reduzir casos
Lucas Marchesini
brasília Além de em só quatro meses já ter superado o número de casos registrados em todo o ano passado, o atual surto de dengue no Brasil mostra a chegada do mosquito Aedes aegypti a novos locais e é o pior em uma década no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Os estados mais afetados e o governo federal apontam a pandemia como uma das causas que dificultaram o combate à disseminação da doença.
Além da conhecida rotina de prevenção, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde) diz ter obtido resultados promissores no uso da bactéria Wolbachia, cuja eficácia é testada desde 2014, mas o método é aplicado em poucas cidades.
Para combater o surto, os gestores de saúde em todos os níveis intensificam uma rotina já conhecida. Aplicação de larvicida, conscientização da população para que evite criar lugares propícios para a reprodução do mosquito e treinamento de agentes de saúde, entre outras atividades.
Apesar disso, o mosquito tem chegado a regiões que antes não tinham esse problema. Esses são os casos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ambos têm um surto recorde de dengue.
Em Santa Catarina, foram 56 mil casos notificados no primeiro quadrimestre. É o terceiro ano seguido de crescimento. Antes de 2019, o recorde era de 4.800 casos entre janeiro e abril de 2016.
No Rio Grande do Sul, hou ve 41,4 mil casos. A explosão é similar à observada no estado vizinho, com um crescimento paulatino desde 2019, atingindo números muito maiores do que os registrados nos anos anteriores.
Entre as causas, a Secretaria de Saúde catarinense apontou “alterações nas condições climáticas, que permitem a reprodução do mosquito ao longo de todo o ano”. O frio impede a reprodução do mosquito. Com o aumento das temperaturas, o clima fica mais favorável para o Aedes aegypti.
Outro problema foi a pandemia. O Ministério da Saúde disse ter havido redução das visitas de agentes de saúde às residências “devido à dificuldade encontrada durante a emergência sanitária da Covid-19 para controlar a proliferação do mosquito”.
A Secretaria de Saúde de Tocantins, outro estado com número recorde, listou “o diagnóstico tardio pelos pro fissionais que estavam focados na Covid-19” e a “redução das ações de controle do vetor devido 0 direcionamento dos profissionais para o Covid-19”.
Em Niterói, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande e Petrolina, a Fiocruz testa há alguns anos o uso da Wolbachia, paralelamente a pesquisas que estão sendo realizadas sobre o método em 11 países.
Essa bactéria está presente naturalmente dentro da célula de diversos insetos, mas não no mosquito que transmite a dengue, a zika e a chikungunya.
De acordo com Luciano Moreira , líder do WMP (sigla em inglês para Programa Mundial do Mosquito, que coordena o projeto em âmbito mundial) e pesquisador da Fiocruz, o primeiro passo do método, que por ora é complementar, consiste na introdução da bactéria nos ovos de Aedes aegypti.
Isso acontece em uma fábrica da Fiocruz no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte, cidade que também já teve liberações de mosquitos. Depois disso, há duas opções: liberar os ovos ou o mosquito adulto.
Na natureza, o mosquito se reproduz e passa a bactéria para seus descendentes. Com o tempo, a tendência é que ele se torne dominante no local, dificultando assim a transmissão do vírus.
Em Belo Horizonte, os mosquitos foram liberados entre outubro de 2020 e janeiro de 2021. Os resultados só devem ser medidos daqui a quatro anos.
O primeiro local que recebeu mosquitos com a bactéria foi Niterói e alguns bairros do Rio, em 2014. Ao analisar os dados coletados depois do experimento, a Fiocruz constatou uma redução de 70% no número de casos na comparação com bairros que não tinham recebido o método.
Campo Grande (MS) e Petrolina (PE) também já participam do programa. Além deles, mais de 20 municípios pediram adesão, porém a Fiocruz não tem capacidade para atender novas solicitações.
Para resolver o problema de oferta do mosquito com a bactéria, o plano é construir uma nova fábrica com capacidade de produzir 50 milhões de ovos por semana. Hoje, a capacidade é de 8 milhões. Caso haja a expansão, negociada entre Ministério da Saúde, Fiocruz e WMR o “cálculo bastante conservador é de em dez anos cobrir 67 milhões de habitantes no Brasil (32% da população)”, diz Moreira.
Um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de São Paulo (USP 1 e de Cambridge (Reino União) mostrou que moscas da espécie Drosophila melanogaster – comuns em qualquer cozinha- são infectadas por menos espécies de vírus e contêm menor carga viral quando são colonizadas por bactérias do gênero Wolbachia.
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Maiores empregadores mantêm home office e trabalho híbrido
Levantamentos apontam preferência por modelo flexível e ganho de produtividade em casa
Douglas Gavras
Impulsionados pelas medidas de distanciamento, o home office e o trabalho híbrido permanecem sendo adotados por algumas das maiores empregadoras do país, e a expectativa é que sejam mantidos, mesmo com o avanço da vacinação.
A decisão de seguir com a opção de trabalho remoto, ao menos por algumas vezes por semana, está em linha como que apontam levantamentos recentes, em que os trabalhadores dizem querer aproveitar a experiência de trabalho que tiveram nos últimos anos e preferem não estar no escritório todos os dias.
Segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Previdência, fazem parte dos maiores empregadores formais do país instituições bancárias (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú), os Correios, empresas do setor de alimentação (BRF e Seara), de teleatendimento (Atento) e de saúde (Raia-Drogasil).
Pelos critérios da Rais, o topo do ranking antes da pandemia, em 2019, era dos Correios e do Banco do Brasil. De acordo com os dados atuais de nú mero de funcionários fornecidos pelas empresas à Folha, o primeiro lugar e m 2022 pode ficar com o Itaú Unibanco.
Com quase 100 mil colaboradores hoje, o Itaú Unibanco chegou a migrar metade de seu quadro para o modelo remoto, com o início da pandemia, em 2020.
Em fevereiro deste ano, já com a vacinação em estágio mais avançado, o banco passou a adotar três modelos de trabalho nos escritórios administrativos: presencial, para os colaboradores cujas funções demandam presença no banco todos os dias; híbrido, para times que precisam trabalhar nos escritórios com frequência ou em situações predefinidas; e flexível, que prevê mais autonomia.
No caso dos Correios, atualmente com 88,5 mil empregados, 2% (cerca de 1.770) estão em trabalho remoto. Segundo a empresa, mesmo antes da pandemia, a partir da reforma trabalhista de 2019, o teletrabalho é uma opção para parte do quadro de funcionários, “observando as condições legais, bem como a conveniência na prestação dos serviços”
No Bradesco, há a expectativa de manter 30% do quadro de funcionários no sistema híbrido para as áreas administrativas com atividades elegíveis.
“O aprendizado com o trabalho remoto permitiu que, por meio de acordo coletivo com o movimento sindical, fôssemos o primeiro banco de grande porte a assumir o compromisso de adotar essa forma de trabalho após a pandemia”, diz a instituição, que tem 87,5 mil funcionários.
Eles também têm a avaliação de que, em algumas áreas, essa modalidade passou a ser relevante para a atratividade e a retenção de talentos.
A Caixa chegou a ter mais de 56 mil empregados (35,6% do total) trabalhando de casa, em razão da pandemia, e teve um retomo positivo por parte dos que atuaram remotamente, sobretudo pela mai or autonomia e possibilidade de conciliação entre trabalho e família.
“Com isso, considerando o cenário atual, estudam-se a implantação e percentuais aplicáveis para manutenção do trabalho remoto na empresa”, diz a assessoria do banco.
Depois de usar a modalidade durante a pandemia, o Banco do Brasil implantou o trabalho de formato híbrido, com até dois dias na semana fora do escritório. Atualmente, são cerca de 4% dos 86,3 mil funcionários alternando entre o trabalho remoto e o presencial.
A instituição diz acompanhar a tendência das novas modalidades de trabalho desde 2015, quando criou um projeto-piloto para alguns funcionários, e a necessidade de adotar o trabalho remo to durante a pandemia reforçou as vantagens dessas modalidades.
No fim de março, o governo editou uma medida provisória ue regulava o trabalho híbrido. Especialistas em direito do trabalho ainda se dividem sobre a possibilidade de que as novas regras incentivem mais empregadores a ofertar essa modalidade de trabalho.
Dos 70 mil colaboradores da Atento, cerca de 35% estão em home office – o restante se divide entre os modelos híbrido e presencial.
“O sistema tem se mostrado benéfico para todos. Esse formato de trabalho ampliou as possibilidades de contratação e movimentação interna de profissionais que, por algum motivo, priorizam o modelo remoto”, diz Ana Mareia Lopes, vice-presidente de Pessoas e Responsabilidade Social da Atento no Brasil.
Moradora de Sorriso (MT), a consultora Vanessa Marquiafavel, 42, é um exemplo disso. Formada em letras e na Atento desde o início do ano, ela ajuda a desenvolver interfaces para assistentes virtuais, que deixam mais humanizado o atendimento feito por robôs em call centers.
“Sou linguista computacional e trabalho em home office desde 2007. Antes, a vida de quem trabalhava de casa era um pouco mais complicada, mas a pandemia acabou deixando as empresas ma is preparadas”, diz.
Em casa, ela consegue aproveitar melhor o tempo com o marido, que é agrônomo, e o filho, de cinco anos. “Ainda não encontrei uma desvantagem no home office.”
Já a Raia-Drogasil decidiu manter os 3.000 funcionários da área corporativa no modelo híbrido. ” Levamos em conta todos os aprendizados extraídos ao longo dos últimos dois anos”, diz Patricia Vasconcelos Giacomo, diretora na empresa.
Quando iniciou o retorno ao presencial, a rede de farmácias, que tem 50 mil colaboradores, optou por fortalecer a independência das equipes. “O estar junto agora tem outro significado, muito mais profundo que o cumprimento de uma tarefa. Os times têm liberdade de definir quando faz sentido estar presente”, diz ela.
Uma consulta feita com mil pessoas pela Edelman América Latina em março aponta que os brasileiros estão satisfeitos com seus empregos atu ais, percepção que aumentou com o trabalho remoto. Para 61%, o home office fez crescer a satisfação com o emprego, enquanto apenas 16% disseram que diminuía.
Além disso, o estudo – que foi encomendado pela plataforma de suporte tecnológico para empresas ServiceNow – diz que 7 em cada 10 estão trabalhando de casa ao menos em dois dias na semana, ante 52% no pré-pandemia.
Antes da crise sanitária, 21% nunca haviam trabalhado em home office, e agora há apenas 1% nessa situação.
“Foram várias descobertas e ganhos com o trabalho remoto, e a maioria não quer abrir mão disso. O que se observa é uma tendência de o funcionário negociar um modelo híbrido com a empresa, sempre que possível”, diz Ka tia Ortiz, executiva da ServiceNow no Brasil.
Entre os aspectos positivos do home office apontados pelos entrevistados, estão a economia de tempo de deslocamento (51%), a economia de dinheiro (43%) e o maior tempo com a família (41%). Por outro lado, 28% se sentem mais desconectados do trabalho, e 27% dizem que é mais fácil se distrair.
Ortiz complementa que a própria empresa percebe que é importante tomar os funcionários mais satisfeitos. “Nos EUA, há um movimento forte de empregados pedindo demissão, também por terem sido obrigados a voltar ao escritório. Para reter ta lentos, a empresa acaba tentando ofertar modelos alternativos e aumentar o investimento em tecnologia.”
Outro estudo recente, da Eaesp/FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas) em parceria com o PageGroup e a PwC Brasil, apontou que 72% dos executivos dizem acreditar que a chefia se adaptou ao trabalho remoto, e 71% dos colaboradores têm expectativas de mudanças no ambiente de trabalho, rumo a uma maior flexibilização.
Em empresas de menor porte, a decisão também tem sido manter dias de trabalho fora do escritório.
“Ao adotarmos o home office como modelo oficial, percebemos vantagens tanto em termos de satisfação dos colaboradores quanto na atração de talentos. Mais de 40% estão fora do eixo Rio-São Paulo”, diz Bruno Pereira, executivo da Cortex, plataforma de big data que vende soluções para vendas e comunicação, onde o trabalho é totalmente remoto para os300 colaboradores.
Entre eles está Am anda Sena, 40, gerente do time de atendimento e marketing. Após trabalhar por três meses no começo de 2020 no sistema presencial, ela migrou, como o restante da empresa, para o home office e não pretende voltar à antiga rotina.
“Quando precisava me deslocar para o escritório, na zona sul de São Paulo, tudo era mais complicado: o trânsito caótico, o transporte público não ajudava. Agora, consigo conviver mais com meu marido, que é músico, e o nosso cachorro. A empresa também só ganhou ao ter mais pessoas de fora.”
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A REDAÇÃO
Hecad de Goiás é referência nacional no tratamento de hemangiomas
Goiânia- O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) é reconhecido nacionalmente pelos atendimentos e tratamentos de hemangiomas e linfohemangiomas. O atendimento é realizado por meio do Serviço de Más Formações Vasculares da Criança (Sismav), coordenado pelo cirurgião pediátrico, Zacharias Calil, e mais dois médicos das áreas de cirurgia vascular e plástica. Mais de cinco mil pacientes já passaram pelo serviço, hoje sediado no Hecad.
Segundo a equipe médica do hospital, o hemangioma é um tumor benigno formado pelo acúmulo anormal de vasos sanguíneos, que pode surgir em diversos locais do corpo, levando ao aparecimento de uma área inchada e com uma mancha avermelhada ou arroxeada. A patologia acomete crianças prematuras e cinco vezes mais as pessoas do sexo feminino.
Diretora-geral do Hecad, a médica Mônica Ribeiro Costa, reconhece o trabalho realizado pela equipe do Sismav. “É muito bom sabermos que estamos impactando positivamente a vida de tantas pessoas. O Dr. Zacharias Calil é referência mundial nesse tipo de atendimento e compõe o corpo clínico do nosso hospital, que é extremamente preparado. Além disso, nosso objetivo também é sensibilizar a sociedade para este tipo de patologia, combatendo o preconceito e devolvendo a autoestima de crianças e jovens”, pontua ela.
De acordo com Calil, a equipe é especializada nos procedimentos dos hemangiomas e linfohemangiomas. “Desenvolvemos a patente de um medicamento para os linfohemangiomas e temos tratado os pacientes com quase 100% de cura sem intervenção cirúrgica. É uma assistência de ponta para estes casos, disponível de forma gratuita e acessível para a população.
Laserterapia
Somente nos últimos quatros meses, mais de 50 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foram beneficiados pelo tratamento de Laserterapia oferecido no Hecad. A terapia é considerada de alto custo devido à precisão do equipamento Etherea. Cada sessão dura em média uma hora. Na rede particular, uma única sessão de laser chega a custar R$ 8,5 mil. “Recebemos pedidos de atendimentos de todo país. O Hecad é o único hospital no Brasil que tem esse equipamento para o tratamento das doenças vasculares em crianças”, destaca Zacharias.
Ana Paula Lima Andrade, 28 anos, moradora da cidade de Mossâmedes, mãe da paciente Heloísa Vitória Lima Silva de 3 anos, falou da relevância do tratamento. “Sou muito grata ao Hecad e ao doutor Zacharias Calil. Jamais teria condições financeiras de pagar pelas sessões de laser. Desde os oito meses, a minha filha é acompanhada para o tratamento do hemangioma que ela tem na região da boca. A lesão já diminuiu bastante e isso impactou em uma melhor qualidade de vida para todos nós, pois a região da face é a identidade do ser humano”, agradeceu Ana Paula.
O Hecad
Inaugurado em fevereiro deste ano pelo governador Ronaldo Caiado, o Hecad é um centro especializado em pediatria com 124 leitos e referência para vários tratamentos especializados. Localizado no Parque Acalanto em Goiânia-GO, o Pronto-Socorro funciona ininterruptamente durante 24 horas em todos os dias da semana. O Hecad conta ainda com 12 consultórios de especialidades como cardiologia, pneumologia, alergia/imunologia, neurologia, endocrinologia, cirurgia pediátrica, gastroenterologia e outros.
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Covid-19: Goiás registra 73 novos casos em 24 horas
Goiânia – Goiás notificou 73 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. O território não registrou mortes pela doença no mesmo período. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgados na tarde deste domingo (22/5). O Estado acumula 1.354.447 de infecções pela doença e 26.598 óbitos confirmados desde o início da pandemia.
A pasta ainda investiga outros 769.533 casos e outras 291 mortes para saber se há alguma relação com o novo coronavírus. A taxa de letalidade do vírus é de 1,96% em Goiás.
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JORNAL OPÇÃO
Greve dos peritos do INSS acaba e atendimentos voltam a ser normalizados
Por Rafaela Ferreira
Atendimentos para o público retornam de forma integral na próxima segunda-feira, 23; se o benefício for concedido a categoria especificas, o MTP se comprometeu a conceder 19,99% de reajuste para os perito médicos
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciaram o fim da greve nesta sexta-feira, 20. Após a paralisação que durou 52 dias, o titular do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), José Carlos Oliveira, e representantes da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirmam que todas as reivindicações da categoria foram atendidas. Com isso, os atendimentos para o público retornam de forma integral na próxima segunda-feira, 23. A paralisação fez com que a fila de espera para a perícias médicas passasse de um milhão.
Caso o governo federal conceda aos servidores públicos um reajuste linear, os servidores do INSS o receberão da mesma forma. Agora, se o benefício for concedido a categoria especificas, o MTP se comprometeu a conceder 19,99% de reajuste para os perito médicos. Entre as exigências da categoria, estão a limitação de 12 atendimentos por dia e o preenchimento da agenda de forma contínua e de maneira igualitária entre os turnos.
Os servidores paralisaram, uma vez que, cerca de 20 mil servidores se aposentaram entre 2015 e 2021 e reduziram pela metade a quantidade de trabalhadores que contam com uma demanda represada de 3 milhões de requerimentos de benefícios em todo o país. Por este motivo, além do reajuste salarial, os servidores também pedem a realização de um concurso público; o estabelecimento de uma carreira da Seguridade Social; o fim do adicional de meta; o reajuste nos auxílios; melhores condições de trabalho e o fim das terceirizações. Segundo os servidores, o último reajuste no salário dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS foi conquistado no ano de 2015 e pago em parcelas até 2017. De lá para cá, as perdas acumuladas somam mais de 40%.
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TV ANHANGUERA
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Assessoria de Comunicação