Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/07/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hospitais particulares sofrem sem remédios

Claro passa a oferecer plano de saúde para seus clientes

Goiás soma 10 casos confirmados de varíola dos macacos

Teste que facilita diagnóstico de autismo em unidades de saúde será obrigatório em Goiânia

Dia do Cérebro: Telemedicina viabiliza acesso a neurologistas em regiões que não possuem especialistas

Quero apenas viver, diz brasileiro, 1ª pessoa no mundo a usar terapia individualizada contra câncer

CORREIO BRAZILIENSE

Hospitais particulares sofrem sem remédios


A falta de medicamentos essenciais tem preocupado pacientes, funcionários e redes de hospitais particulares. Na pesquisa da Confederação Nacional de Saúde (CNS), que abrangeu 112 hospitais particulares e foi divulgada ontem, 87,6% das instituições denunciaram falta de soro e 40% disseram enfrentar preços 100% acima do cobrado pelo mercado.

Maely Retto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH), disse que, desde o início da pandemia, a organização tem acompanhado as dificuldades de acesso a remédios. Ela adverte que o desabastecimento é um grave problema de saúde pública.

“Estamos enfrentando sérias dificuldades de acesso, especialmente de medicamentos imprescindíveis. São diversas as causas, inclusive já trazidas a público pelo próprio Ministério da Saúde. As principais são escassez de matéria-prima, a guerra na Ucrânia, lockdown na China e regulação de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED)”, afirmou.

Riscos

O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva, explicou que a ausência dos fármacos compromete o tratamento dos pacientes, pois aumenta a possibilidade de ocorrência de complicações e de mortes. “A falta de dipirona injetável, por exemplo, implica o uso de opióides, mais potentes, mais caros e com maior risco de efeitos adversos e complicações para o paciente, como a dependência”, disse Walter.

O CEF destacou a necessidade de o Brasil passar a produzir medicamentos básicos, já que quase 95% dos insumos comercializados atualmente dependem de matéria-prima importada da China.

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MINHA OPERADORA

Claro passa a oferecer plano de saúde para seus clientes

Por meio de uma parceria, a partir de agora, os mais de 70 milhões de clientes da Claro terão acesso a uma oferta de plano de saúde pelo healthtech de telessaúde. Através do aplicativo da Starbem, os usuários da operadora terão acesso, por preços acessíveis, ao serviço de atendimento e telemedicina da starturp.

Caberá à startup de saúde fornecer os atendimentos médicos online, assim como os descontos em exames e medicamentos, onde os usuários poderão agendar consulta pelo aplicativo, que está disponível para download em sistemas Android e iOS.

Além disso, a plataforma também possui informações sobre o paciente e a carteirinha, que é apresentada nos laboratórios e farmácias parceiras para a obtenção de descontos.

A parceria entre a Claro e a Starbem permite o acesso às consultas com Clínico Geral, que será feito por videochamada pelo celular, para os clientes pré e pós-pago de todo o Brasil. Também pelo smartphone, o paciente poderá aferir sua pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, índice de estresse, entre outros. Tudo pela ferramenta de inteligência artificial que há no app, que possibilita um check up gratuito de diversos sinais de saúde.

O plano de saúde da Starbem oferece consulta por videochamada em todo o país e conta com mais de 15 especialidades médicas, psicologia e nutrição para os clientes, assim como benefícios de saúde para as empresas.

Além disso, ainda conta com parceria em laboratórios de todo o Brasil, onde oferece até 15% de descontos em exames e até 26% de descontos em drogarias para seus assinantes. Entre os laboratórios estão grupos A+, Dasa, Labi Exames, Sabin e Hermes Pardini, e unidades da Drogasil e Droga Raia pelo Brasil.

A Starbem espera que com a parceria, a startup cresça 500% este ano em comparação ao ano passado, uma vez que o objetivo é encerrar 2022 com 150 mil assinantes.

Leandro Rubio, cardiologista e CEO da Starbem, afirma que o acordo com a Claro atenderá aquelas pessoas que precisa de um consulta medica de qualidade, mas enfrenta dificuldades por questões financeiras ou na rede publica de saúde.

“Nossa intenção é cortar qualquer tipo de burocracia que possa atrasar o início de um tratamento adequado”, afirma.

Como contratar e preços

Há dois planos disponíveis para os clientes, um semanal e outro mensal. Para contratar o semanal, basta enviar um SMS com a palavra STAR para o número 3291 ou STAR30 para contratar o plano mensal. O plano semanal sai pelo valor de R$ 3,99, enquanto que o mensal sai por R$ 12,99.

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A REDAÇÃO

Goiás soma 10 casos confirmados de varíola dos macacos

Adriana Marinelli

Goiânia – Novo boletim divulgado na tarde desta quinta-feira (21/7) aponta que já são 10 os casos confirmados de monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, em Goiás. Além das confirmações, há 17 casos em investigação, enquanto outros seis já foram descartados.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), todos os pacientes de Goiás que tiveram infecção confirmada são homens, com idades entre 26 e 43 anos. São, até o momento, oito pessoas de Goiânia e duas de Aparecida. Os casos suspeitos que estão em investigação são de Goiânia (13), Itaberaí (1), Trindade (1), Formosa (1) e Valparaíso. 


No Brasil, os casos confirmados de monkeypox chegam a 592, sendo que a maioria está concentrada em São Paulo e no Rio de Janeiro. 
 

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O HOJE

Teste que facilita diagnóstico de autismo em unidades de saúde será obrigatório em Goiânia

Prefeito Rogério Cruz sanciona lei às 14h desta sexta-feira

prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) sanciona nesta sexta-feira (22) lei que obriga unidades de saúde, escolas municipais e creches a aplicarem teste que facilita o diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista (TEA) em crianças. A solenidade ocorre no paço municipal, às 14h.

De acordo com a prefeitura, o questionário se chama M-CHAT. O documento tem 24 perguntas sobre o comportamento das crianças que devem ser respondidas pelos pais (sim/não) e serve para verificar indícios do TEA entre 18 e 24 meses.

Vale lembrar, na última terça-feira (19) o prefeito sancionou a lei que cria a Casa do Autista em Goiânia. O espaço, que se destina ao desenvolvimento da interação social, comunicação e habilidades cognitivas e motoras, atenderá tanto pessoas diagnosticadas com TEA, como, também, prestará assistência aos familiares dos pacientes.

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TRIBUNA HOJE

Dia do Cérebro: Telemedicina viabiliza acesso a neurologistas em regiões que não possuem especialistas

O dia 22 de julho é marcado como o Dia Mundial do Cérebro, data que visa informar a população sobre as doenças neurológicas, prevenção e cuidados para elas, que são a segunda causa de morte prematura no mundo, acometendo 9 milhões de vidas por ano, segundo estudo de 2020 publicado na revista científica Lancet Neurology. A telemedicina tem se mostrado essencial para melhorar o acesso a especialistas em saúde cerebral no Brasil, já que 50% deles (neurologistas e neurocirurgiões) estão concentrados apenas na região Sudeste, de acordo com a Demografia Médica no Brasil.

Para João Marcos Ferreira, neurologista de Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, a pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade de as consultas de rotina serem feitas por meio digital e, mais ainda, ajudou no acesso dos pacientes que moram em locais onde não existem serviços de neurologia. “As teleconsultas têm se mostrado muito eficazes no acompanhamento desses pacientes. As queixas mais comuns a serem resolvidas à distância estão relacionadas a dores de cabeça, dores crônicas de doenças radiculares (como na coluna), ansiedade, quadros depressivos, pacientes com demência que gera mudança de comportamento, ajuste de doses de medicamentos etc.”, explica.

O especialista ainda conta que é possível serem realizados exames físicos neurológicos à distância, como teste de marcha (avaliação do andar), de força e ectoscopia (observar mudanças físicas no paciente). “Tudo isso pode ser feito via teleconsulta porque o paciente consegue fazer os movimentos necessários que mostrem o funcionamento de algumas partes do corpo, por meio de comandos do médico. O neurologista pode pedir para o paciente olhar para diferentes pontos e para sorrir com o objetivo de avaliar a simetria da face, por exemplo”. Ferreira complementa dizendo que, para exames de rotina, o teleatendimento também é importante. “Podemos acompanhar pessoas com doenças de características motoras, verificar se o paciente está respondendo bem à medicação, se o portador de Parkinson melhorou da rigidez… Há muitas possibilidades”.

Quando o atendimento presencial com o neurologista é necessário?

As doenças do nervo periférico (neuropatias) e que apresentam múltiplos sintomas motores e físicos são de difícil diagnóstico e exigem consulta in loco. O neurologista é quem poderá orientar a necessidade da ida ao consultório ou aos serviços de pronto atendimento em casos de urgência.

Sobre a Conexa

Player de saúde digital, a Conexa cuida de cerca de 20 milhões de pacientes com a parceria de 70 mil profissionais de saúde, em mais de 30 especialidades. Fundada no Rio de Janeiro, em 2016, como uma clínica de saúde voltada à atenção primária, reformulou seu modelo de negócio em 2017 e se tornou uma plataforma de telemedicina, com a missão de revolucionar o acesso à saúde de qualidade, tornando a jornada e a experiência do paciente mais fácil, segura e humanizada.

Em 2020, adquiriu a iMedicina, desenvolvedora de software de médicos, prontuário eletrônico e líder em atração e fidelização de pacientes. Em março de 2021, uniu-se à Psicologia Viva, maior empresa de saúde mental da América Latina.

A companhia faz parte da Saúde Digital Brasil (SDB) e tem como clientes, hospitais, operadoras de saúde, laboratórios, além de grandes instituições do varejo e do setor financeiro, como Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Magazine Luiza, Seguros Unimed, Intermédica, entre outras. Saiba mais em https://www.conexasaude.com.br/

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O GLOBO

Quero apenas viver, diz brasileiro, 1ª pessoa no mundo a usar terapia individualizada contra câncer

Em meados de 2021, o cineasta e produtor audiovisual Sebastião Dias Braga Neto, 37 anos, ouviu dos médicos que tinha poucos meses de vida após ser diagnosticado com um tipo gravíssimo de leucemia e o transplante de medula óssea não ter surtido efeito. Um ano se passou e Tião, como é chamado pelos amigos mais próximos, está vivo, bem, na medida do possível, como ele costuma falar, internado no James Hospital, em Columbus, Ohio, nos , com confiança e expectativa. O brasileiro será a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento que os médicos chamam de esperança para quem sofre deste tipo de câncer, o CAR-T Cell triplo.

Perder a barriga: Aneurisma:

Era março de 2020, uma semana antes de o comércio fechar as portas por conta da pandemia do , quando Tião começou a sentir fortes dores nas pernas. A sensação veio enquanto arrumava as malas para passar um final de semana na casa dos pais em Florianópolis e à princípio não achou que era algo sério. Mas as dores se intensificaram e decidiu fazer exames. Já no primeiro hemograma veio o sinal de que as coisas não estavam normais.

Meus leucócitos estavam alteradíssimos. O normal é em torno de 10 mil, o meu exame mostrava uma contagem acima dos 114 mil relembra o cineasta.

Outro exame deu o veredicto: leucemia mieloide crônica (LMC), um tipo de câncer que acomete a medula óssea e se caracteriza pela multiplicação de glóbulos brancos anormais. Tião começou a se tratar com quimioterapia oral, um remédio de alto custo, no qual ele precisou entrar na justiça para que seu plano de saúde arcasse com as despesas.

A doença foi controlada. Após sete meses de tratamento em Florianópolis, e quando as medidas restritivas da Covid-19 se estabilizaram, ele voltou para São Paulo, pronto para recomeçar a vida. Entretanto, a doença teve a primeira recidiva. Novos exames apontaram que o câncer não só havia retornado, como evoluiu.

Covid-19:

Fui internado às pressas, precisei fazer quatro ciclos de quimio intravenosa e recebi uma bomba de toxicidade. Fiquei careca, perdi peso e transcorri por todas as etapas do procedimento agressivo para o tratamento. Passei o Natal e o meu aniversário no hospital. Durante esse processo, entrei na lista de transplante de medula óssea. Era a única alternativa no meu caso. Por sorte encontrei bastante doadores com 100% de compatibilidade, porém todos eram da Europa. Por conta da Covid, os órgãos de emergência médica estavam lentos, com muita burocracia e não dava para ser efeituado o translado. Graças a Deus, minha mãe fez o exame, deu 50% de compatibilidade e foi escolhida como minha doadora diz.

O cineasta teve duas recidivas do câncer, precisou fazer quimioterapia oral e intravenosa, perdeu peso e chegou a raspar o cabelo Foto: Arquivo pessoal/ Reprodução

O transplante foi um sucesso. Os novos exames mostraram que o câncer entrou em remissão e o corpo de Tião havia aceitado as células tronco da mãe dele com 100% de compatibilidade. Ele foi liberado do hospital, o cabelo cresceu, ganhou peso e seguiu a vida.

Quase um ano depois do transplante, Tião sentiu o olho inchar, um sintoma claro de retorno da doença. O câncer voltou ainda mais forte, com um tipo chamado de leucemia linfoide aguda (LLA). Os recursos de tratamento se esgotaram. O corpo estava muito fraco para fazer um novo transplante. Mas sem o transplante ele tinha poucos meses de vida.

Ficamos sem chão e com as mãos atadas. As quimioterapias e radioterapias eram muito agressivas e o corpo dele não aguentaria outro transplante. Me lembro do médico entrando no quarto e contando para nós e para os pais dele a verdade nua e crua: ele tinha meses de vida diz Thiago Amaral, marido de Tião.

A recidiva agressiva da doença, no entanto, foi a chave para a luz no fim do túnel. Uma amiga em comum do cineasta o colocou em contato com Vanderson Rocha, coordenador de terapia celular do Hospital Vila Nova Star e responsável pelas pesquisas há cerca de seis anos com as células CAR-T Cell no Hospital das Clínicas em São Paulo.

Anitta:

Após uma breve consulta, o médico ligou para o amigo, Marcos de Lima, chefe do departamento de hematologia e diretor do programa de transplante de medula óssea e terapia celular na universidade estadual de Ohio, nos Estados Unidos, e referência no assunto CAR-T Cell em terras americanas.

Coincidentemente, Lima estava buscando pacientes com o tipo da doença de Tião, ou seja, com leucemia linfoide aguda (LLA), para participar do primeiro estudo clínico de CAR-T Cell triplo no mundo. No mesmo dia, o cineasta se inscreveu para participar do estudo e foi chamado. Três meses depois, Tião estava recebendo três bolsas de plaquetas e duas de hemoglobina para poder pegar um avião com destino a Ohio, onde ele seria testado com a nova esperança do câncer.

CAR-T Cell triplo

O tratamento é revolucionário. Um adulto saudável tem em torno de 3 mil células brancas. Dentro delas há os linfócitos, que são as células de defesa do sistema. São elas que lutam contra viroses, por exemplo, mas também podem combater o câncer. O tratamento CAR-T Cell consiste em pegar essas células de defesa do paciente e modificá-las geneticamente, como se estivesse preparando-as para uma batalha e deixando-as ainda mais fortes, para quando retornar ao corpo do infectado, essas células tenham o único objetivo de encontrar e matar o câncer. Ou seja, o tratamento é personalizado.

As células cancerígenas contêm em sua superfície marcadores tumorais. O tratamento CAR-T Cell simples, por exemplo, combate um deles, o CD-19. Esse tratamento já começa a ser feito no Brasil, inclusive. O CAR-T Cell triplo, que está sendo testado em Tião, luta contra os três marcadores cancerígenos ao mesmo tempo, o que diminuiria o risco de uma recidiva.

Rejuvenescer a pele do rosto:

É extremamente admirável que o Tião tenha vindo aos Estados Unidos para o estudo. Ele simplesmente pegou a mala e veio. Arriscar um tratamento que nunca ninguém tomou antes, pois sabe que é uma esperança para ele e outras milhares de vidas. Apesar de termos começado agora, estamos dando esperança para essas pessoas afirma Marcos de Lima.

Tião já retirou os linfócitos de seu corpo e as células já foram geneticamente modificadas. Por ser muito forte e poder causar reações em seu organismo, ele vai receber as novas células em duas etapas. A primeira, ocorrida em 12 de julho, o cineasta recebeu 40% das células fortificadas, porém na madrugada de terça para quarta (20), Tião apresentou febre de 40°C, uma das reações normais que o corpo pode ter depois da infusão, e a segunda dose, com 60% das células modificadas, que seria aplicada no mesmo dia, precisou ser transferida para a próxima semana.

Ele tem respondido muito bem ao tratamento. Porém, reações são esperadas, como febre e confusões mentais, visto que o sistema dele está de fato em uma batalha. Essa parte é essencial e importantíssima para o estudo e para o Tião, pois o corpo dele está literalmente matando o câncer afirma Rocha.

CAR-T cell:

A expectativa é que dentro de um mês, quando fizer um novo exame de medula, a doença já tenha entrado em remissão e desapareça totalmente do sistema de Tião. Por ser um estudo novo, os médicos ainda não conseguem ter precisão com os dados, mas estima-se que o CAR-T Cell tenha um prazo de validade de 17 anos. A primeira paciente do mundo a receber o tratamento com o CAR-T simples, por exemplo, uma americana, completou dez anos de procedimento e uma década livre do câncer.

Eu me sinto muito privilegiado. Para quem tinha apenas alguns meses, ganhar essa esperança, essa oportunidade única é quase como viver a vida adoidado. A vida é muito cara e a gente não tem tempo para perder. É isso que eu aprendi. Precisamos canalizar nossa energia, escolher nossas brigas, o tempo é muito precioso para perdermos com besteiras. Estou louco para viver novamente. Viajar, trabalhar, abraçar as pessoas, dizer que eu as amo. Quero apenas viver diz Tião.

Embora seja conhecida como uma grande esperança, o caminho do CAR-T Cell ainda está no começo. Por enquanto o tratamento só é feito para três tipos de câncer: o primeiro e com estudos mais desenvolvidos até o momento são os linfomas não Hodgkin; o segundo são os mielomas múltiplos e, por último, as leucemias linfocíticas agudas, como a do Tião. Há estudos acontecendo em diversas partes do planeta com outros tipos de doença, entretanto ainda sem resultados.

Outro problema do CAR-T Cell é o preço. Apenas a produção das células comercialmente, sem contar a internação e os medicamentos, fica em torno de R$2 milhões. Estima-se que o pacote completo fique entre R$ 6 a 8 milhões. Como Tião está participando de um estudo clínico, ele não está pagando pelo tratamento. O custo dele ficará apenas com a estadia nos Estados Unidos quando sair do hospital para continuar o processo.

Um dos motivos do valor ser inacessível está relacionado a distribuição. Hoje, poucas empresas farmacêuticas são autorizadas a manipular as células do CAR-T Cell. A maioria localizada na Europa. Ou seja, as células do paciente são coletadas, enviadas para a Europa para fazer a modificação genética e depois de 3 a 4 semanas, ela volta ao seu destino de origem para serem implantadas novamente.

Leucemia:

O paciente pode não ter esse tempo de espera. Precisamos investigar locais para a fabricação local no intuito de diminuir o tempo do processo e baratear o produto. Hoje, infelizmente, é um tratamento inacessível para a grande maioria da humanidade diz Lima.

CAR-T Cell no Brasil

que será realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, com financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Além dele, o Hemocentro de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, já produziu células de CAR-T Cell para sete pacientes.

Apesar de não ter estudos ainda sobre o CAR-T Cell triplo no Brasil, Rocha afirma que já há conversas e reuniões ocorrendo entre cientistas brasileiros e americanos, estudando a melhor forma para também começar estudos clínicos contra os três vetores cancerígenos.

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Assessoria de Comunicação