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DESTAQUES
SindHosp solicita ao STF ingresso em ação contra o piso da enfermagem
Brasil já é o terceiro país com mais casos de varíola dos macacos do mundo
Planos de saúde: Senado debate proposta que obriga a cobertura de tratamentos não listados no rol da ANS
Varíola dos macacos: Brasil tem primeiros casos em bebês, mais vulneráveis à doença
Secretaria de Saúde publica Plano de Contingência da monkeypox em Goiás
Casos de varíola dos macacos chegam a 160 em Goiás
Covid-19: Goiás confirma 1,2 mil novos casos em 24 horas
Imunoterapia aumenta expectativa de vida em pacientes com câncer, mas não chega ao SUS
JORNAL DE BRASÍLIA
SindHosp solicita ao STF ingresso em ação contra o piso da enfermagem
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Sindicato dos Hospitais de São Paulo (SindHosp) apresentará na terça-feira (23) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa ingressar como amicus curiae (amigo da corte) em uma ação que contesta o novo piso da enfermagem.
A nova lei, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e publicada no início deste mês, cria um piso de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% do novo valor, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%.
A nova medida foi festejada por profissionais da área, mas entidades patronais da saúde se dizem preocupadas com o custeio do aumento salarial.
No pedido de admissão enviado ao Supremo, o SindHosp sustenta que o piso salarial fixado é inconstitucional e impactará gravemente o setor da saúde – que, por sua vez, não terá “quaisquer condições financeiras de absorver tais impactos, especialmente de forma imediata”.
Segundo a entidade sindical, que representa hospitais, clínicas, casas de saúde e laboratórios privados do estado de São Paulo, a instituição do novo salário implicará na demissão em massa de funcionários do setor e poderá inviabilizar a prestação de serviços.
“Não há dúvidas de que, considerando o atual cenário do setor de saúde privada após o impacto da pandemia durante dois anos consecutivos, bem como a relevância social do setor, os representados da requerente [o SindHosp] não suportariam o aumento salarial de tais funcionários”, diz a petição.
“A população também acabará arcando com o aumento dos salários dos funcionários prestadores dos serviços de saúde (na rede particular e pública), o que se mostra totalmente incoerente e inaceitável, sobretudo nesse momento de grave crise econômica e sanitária”, afirma ainda.
Atualmente, o SindHosp representa 51 mil serviços de saúde no estado de São Paulo. Eles são responsáveis por empregar mais de 800 mil profissionais de saúde, dos quais 286 mil são enfermeiros em regime CLT.
De acordo com um estudo conduzido pela entidade, o novo piso salarial da enfermagem deve causar um aumento de 40% na folha de pagamento das instituições privadas do estado de São Paulo.
A argumentação é rejeitada por profissionais da categoria da enfermagem. Ao Painel S.A., da Folha, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (Seesp) afirmou que os hospitais deveriam ter se preparado melhor.
“Em vez de ficarem atacando os trabalhadores da enfermagem, que é quem gira o dinheiro nos hospitais privados e filantrópicos, eles deveriam estar negociando com o senador Rodrigo Pacheco [presidente do Senado, do DEM-MG] e com os deputados para aprovar o mais rápido possível as fontes para ter financiamento e ajudar a custear a aprovação do piso salarial. Jogar nas costas do trabalhador é muito fácil”, afirma disse a secretária-geral do Seesp, Solange Caetano.
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ESTADÃO
Brasil já é o terceiro país com mais casos de varíola dos macacos do mundo
Brasil já é o terceiro país com mais casos de varíola dos macacos do mundo
Com 3.788 casos diagnosticados de varíola dos macacos até este domingo (21), o Brasil superou o Reino Unido e a Alemanha, e agora é o terceiro país com mais doentes confirmados no mundo. Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, outros 4.175 casos são considerados suspeitos e aguardam resultado do exame RT-PCR para confirmar ou descartar a doença.
Os Estados Unidos são o país com mais casos até agora, 14.594, segundo o boletim mais recente do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), seguidos da Espanha, que até a última quinta-feira (18) já contava 5.792 pacientes que contraíram o vírus.
Na sexta (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, por unanimidade, acelerar a importação de medicamentos e vacinas contra a varíola ainda sem registro no Brasil, mas já aprovados em outros países. Com isso, a agência determinou que os pedidos de importação terão prioridade no processo de avaliação, e a resposta deverá ser dada em até sete dias úteis.
Testagem ainda é insuficiente, diz virologista
Para o pesquisador e professor universitário Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Brasil precisa ampliar a testagem de casos suspeitos, incluindo a busca de casos em toda a população com sintomas, para poder controlar o contágio do vírus, que foi confirmado em humanos pela primeira vez em 6 de maio, e apareceu no Brasil um mês depois, em 8 de junho.
“Nós fizemos a estimativa no sentido que a gente teria que ter pelo menos uma taxa de positividade de 10%”, explicou ele à TV Globo. Isso significa que, a cada dez testes feitos, apenas um teria resultado positivo. A taxa ideal de 10% adotada por Tanuri segue parâmetros definidos para outras doenças infecciosas, como a dengue.
No entanto, um balanço do laboratório de Tanuri, que coordena a testagem para os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, indicam uma taxa de positividade cinco vezes mais alta, de 49%.
Já dados obtidos pela produção do SP1 junto à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo (SES-SP) mostram que a positividade entre a população paulista desde 1º de agosto foi de 34%, mais de três vezes mais alta, considerando mais de 4 mil testes feitos na rede pública e nos laboratórios privados.
Em nota, a SES-SP afirmou que o Instituto Adolfo Lutz (IAL), referência na testagem no Estado, “credenciou outros 16 serviços privados e universitários para o processamento de amostras da doença”, e disse que “a rede também possui a unidade Central do Lutz, na Capital, e outras 12 unidades regionais. As amostras são utilizadas para análise epidemiológica e genômica”.
Para Atila Iamarino, virologista e divulgador científico, a alta taxa de positividade é um indicativo de que São Paulo não tem feito o suficiente para frear a circulação do vírus.
“O ideal seria a gente estar rastreando mais contatos, indo atrás das pessoas que tiveram contato, ou dividiram espaço, ou dividiram toalha, lençol, ou fômites [objetos inanimados que podem transportar organismos contagiosos], que a gente fala, com pessoas com monkeypox, para testar todo mundo e poder isolar todos os casos ao redor. Fazendo esse tipo de isolamento de contatos, a gente consegue conter a transmissão do vírus e atrasar muito a circulação dele por aqui”, afirmou Iamarino ao SP1.
A escolha dos casos a serem testados
Tanuri alerta ainda que, além de ampliar a distribuição de testes aos laboratórios, as autoridades precisam treinar os profissionais de saúde na ponta para ampliar o escopo de casos selecionados para a coleta do exame.
Segundo o professor, a doença não atinge apenas homens que fazem sexo com homens, e as lesões não aparecem apenas nos órgãos genitais. Por isso, a alta porcentagem de casos confirmados ser entre homens pode ser explicada caso os médicos estejam selecionando para a testagem apenas esse grupo da população.
“Como os casos estão sendo ‘subselecionados’ pelos médicos, talvez a gente esteja perdendo pessoas que tenham a doença, que está tendo um aspecto muito pouco patogênico, pode estar se perdendo com outro tipo de lesões. E o médico não fica ligado e não pede o exame”, afirmou Tanuri.
Uma especialista em recursos humanos que conversou com a reportagem sob a condição de anonimato afirma que se surpreendeu quando recebeu o diagnóstico positivo para a varíola depois que procurou o serviço de saúde com algumas poucas lesões nos braços.
A mulher, de 46 anos e moradora de São Paulo, diz que mora sozinha e trabalha de casa. Ela suspeita que possa ter contraído o vírus quando esteve em dois locais, o aeroporto de Congonhas e a praça de alimentação de um shopping na Zona Sul de São Paulo.
“A informação que eu tinha era: transmissão por relação sexual, beijo, contato físico muito próximo. Três coisas que eu não tive nesse período”, contou ela. “E que apenas 3% das pessoas que pegavam eram mulheres, uma outra informação que eu acredito que esteja totalmente errada.”
A Tânia Romeiro, que é diarista na cidade de São Paulo, também procurou um serviço de saúde depois de sentir febril e descobrir algumas bolhas em um lado do rosto. Fez o teste em 31 de julho e foi orientada a se isolar por sete dias, mas só obteve acesso ao resultado quase três semanas depois, na sexta (19), depois que a reportagem procurou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS-SP).
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ÉPOCA ONLINE
Planos de saúde: Senado debate proposta que obriga a cobertura de tratamentos não listados no rol da ANS
O Senado debate nesta terça-feira projeto de lei que obriga os planos de saúde a cobrirem tratamentos e procedimentos de saúde que não são listados pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A sessão, marcada para as 10h, será presidida pelo relator da proposta, Romário (PL-RJ). A previsão é que a matéria seja votada direto no plenário da casa no próximo dia 29.
O projeto de lei, conhecido como PL 2033/22, foi aprovado pela Câmara no início deste mês. A mudança foi proposta após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir que o rol da ANS deve se taxativo, isto é, a cobertura dos planos de saúde só é obrigatória quando os procedimentos e tratamentos de saúde forem listados pela agência.
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O objetivo do projeto s ser debatido é fazer com que o rol da ANS seja exemplificativo. Em outras palavras, que ele sirva de referência para os planos de saúde, mas não limite a cobertura de outros procedimentos que não sejam listados pela agência.
Hoje, o rol da ANS lista mais de 3 mil serviços médicos, que incluem desde consultas, exames, terapias e cirurgias a medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos.
Segundo levantamento do Instituto Lagarta Vira Pupa, que é a favor do projeto, ao menos 51 senadores já se posicionaram favoráveis à mudança no rol taxativo da ANS. Entre eles, o relator do projeto. Romário, no entanto, tem se reunido com os dois lados do debate para fazer seu parecer sobre o PL.
Tanto a ANS quanto os planos de saúde são contrários à mudança do rol taxativo para o exemplificativo e pressionam para que haja mudanças no texto aprovado pela Câmara. A tendência é que o governo siga a posição da ANS. Do outro lado, entidades civis de famílias e pacientes que fazem uso de tratamento alternativos se mobilizam pela aprovação do projeto.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Renato Freire Casarotti, foram convidados para a sessão desta terça-feira, mas ainda não confirmaram presença.
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Varíola dos macacos: Brasil tem primeiros casos em bebês, mais vulneráveis à doença
O Brasil tem ao menos dois casos confirmados de bebês com varíola dos macacos, a monkeypox. São Paulo confirmou a infecção em uma criança de 10 meses que apresentou o início dos sintomas no dia 11 de agosto. já a Bahia diz ter tido um diagnóstico positivo em um bebê de 60 dias de vida no dia 5.
Em São Paulo, o bebê reside na capital e é do sexo masculino. “A criança se encontra em isolamento domiciliar e, no momento, está clinicamente estável e sem sinais de agravamento, com quadro clínico característico para a doença, com febre e lesões cutâneas”, diz a nota da secretaria municipal enviada ao GLOBO. A Bahia diz não dar informações sobre estado de saúde de pacientes.
Até agora, o Brasil totaliza 3,7 mil casos da infecção no país. Há também uma morte conhecida, de um homem que estava internado em um hospital de Belo Horizonte. O caso das duas crianças, contudo, acende um alerta de preocupação entre os especialistas.
– Nossa maior preocupação é com as crianças mais novas, os imunossuprimidos e as gestantes. Em especial, a preocupação é voltada às pessoas que têm um sistema imune com defesa limitada. No caso das crianças, esse mecanismo ainda está aprendendo a responder às doenças. Não é igual ao de um adulto – diz Carla Kobayashi infectologista e pediatra do Hospital Sírio-Libanês. – Na pele, há a possibilidade de extensão das lesões e que sejam mais graves. E há ainda as infecções de pele (fruto dos ferimentos) que podem ocorrer em decorrência da Monkeypox, com a possibilidade de maior agravamento nesse grupo.
Diante desses novos casos, convém relembrar, explicam os especialistas, que não há público-alvo da doença, mas sim “comportamentos de risco” que aumentam a possibilidade de contágio. O contato com pessoas infectadas, sobretudo sexual, ainda é o principal indicativo de risco para a infecção. Mas qualquer pessoa que tenha contato com outra pessoa com o vírus também pode adquirir a infecção, independentemente da natureza do toque.
Ministério da Saúde
Diante do aumento de casos no país, O Ministério da Saúde divulgou no começo da semana a campanha de prevenção à varíola dos macacos, também chamada de monkeypox. A ação, que traz as principais formas de transmissão, os sintomas e a forma de prevenção, será veiculada em televisão, rádio, internet e nas ruas.
A campanha mostra que a principal forma de prevenção é evitar contato com infectados ou objetos contaminados. Porém, o período de incubação do vírus é de cinco a 21 dias, durante o qual é possível haver transmissão. Além disso, apresenta que o contágio ocorre, sobretudo, pelo contato físico pele a pele com lesões ou fluidos corporais. Entre os sintomas, figuram as erupções cutâneas, febre, inchaço dos gânglios (adenomegalia), dor no corpo, exaustão e calafrios.
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A REDAÇÃO
Secretaria de Saúde publica Plano de Contingência da monkeypox em Goiás
Goiânia – O Estado de Goiás registra, até essa segunda-feira (22/8), 160 casos confirmados da monkeypox (varíola dos macacos). O número coloca a unidade da federação na classificação de risco de nível 3, quando há transmissão comunitária da doença, situação definida como aquela em que não é mais possível rastrear a origem da infecção.
A classificação de nível 3 é uma classificação técnica, que aumenta o alerta para profissionais de saúde e para a população em geral, sobre prevenção, manejo clínico, capacitação e sensibilização dos profissionais.
Para dar seguimento à vigilância em saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) publicou um Plano de Contingência que traz todas as definições técnicas, as formas de contágio e tratamento da doença, e ainda os fluxos de vigilância, das redes de atenção e exames laboratoriais. O documento, preparado por profissionais reunidos no Comitê de Operações de Emergências da Monkeypox (COE), foi disponibilizado a todos os municípios.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, todas essas medidas já vêm sendo tomadas. “As indicações técnicas reforçam as medidas que Goiás já estava adotando desde o começo dos registros da monkeypox no Brasil, como manter uma Sala de Situação, agora ampliada no COE, as capacitações e definições de rede de atenção”, explica.
A SES definiu os hospitais de referência e tem capacitado sistematicamente os profissionais da área para identificar os casos e fazer o diagnóstico diferencial da monkeypox. Todos os informes sobre o registro de casos, legislações, notas técnicas e o Plano de Contingência podem ser acessados no link: www.saude.go.gov.br/monkeypox.
A doença tem baixa letalidade e registrou apenas um óbito no Brasil, de paciente imunossuprimido com histórico de quimioterapia. Goiás não tem nenhum óbito nem caso grave, mas a SES alerta para a necessidade de cuidado redobrado por parte de pessoas imunossuprimidas e gestantes. Apenas três casos são em mulheres, um caso em idoso e outro em criança. A maioria dos registros confirmados permanece sendo em homens.
Prevenção
A principal forma de proteção é o isolamento da pessoa infectada (especialmente na presença de lesões na pele ou mucosas, que podem ser confundidas com herpes, afta ou catapora) até que seja feito o exame laboratorial confirmando ou não a doença.
Deve-se evitar o contato com pessoa contaminada, especialmente os contatos mais íntimos, separando objetos de uso pessoal. Profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos pacientes e orientá-los quanto ao isolamento de 21 dias ou até que as lesões cicatrizem totalmente. O tratamento atual refere-se aos sintomas da varíola e na grande maioria dos casos não há necessidade de internação.
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Casos de varíola dos macacos chegam a 160 em Goiás
Goiânia concentra maior índice de infecções | 22.08.22 – 15:49
Ludymila Siqueira
Goiânia – O território goiano já soma 160 casos confirmados de varíola dos macacos, conforme consta no último boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), na tarde desta segunda-feira (22/8). Foram registradas 17 novas infecções pela monkeypox, termo científico da doença.
A capital goiana concentra o maior número de infecções pela doença, com 123 registros. Além de Goiânia, outros 11 municípios já notificaram casos da varíola dos macacos: Aparecida de Goiânia (15), Águas Lindas de Goiás (1), Anápolis (1), Bom Jesus de Goiás (1), Cidade Ocidental (2), Inhumas (3), Itaberaí (1), Luziânia (2), Planaltina (3), Senador Canedo (1), Valparaíso de Goiás (3).
Segundo informações da Saúde estadual, os pacientes têm entre 9 e 64 anos. A pasta investiga 297 notificações para saber se há alguma relação com o vírus. Além disso, há o registro de outros 10 casos prováveis da doença.
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Covid-19: Goiás confirma 1,2 mil novos casos em 24 horas
Nenhuma morte foi registrada no período
Goiânia – Goiás registrou 1.254 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) na tarde desta segunda-feira (22/8). Nenhuma morte provocada pela doença foi registrada no período.
Ao todo, 1.665.850 casos de coronavírus foram registrados no Estado desde o início da pandemia. De acordo com a SES-GO, Goiás contabiliza 27.413 mortes pela doença. 130 óbitos estão em investigação para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade é de 1,65%.
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FOLHA DE S.PAULO
Imunoterapia aumenta expectativa de vida em pacientes com câncer, mas não chega ao SUS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A imunoterapia pode aumentar a expectativa de vida e o bem-estar de pessoas com câncer, mas ainda é pouco acessível para a população.
No SUS, médicos encontram dificuldades na hora de prescrever imunoterápicos em razão da falta de financiamento, o que compromete a democratização do tratamento.
Considerado um avanço importante na medicina oncológica, a estratégia “treina” o sistema imunológico para reconhecer e combater células cancerígenas.
Esse foi um dos temas da 7ª edição do Seminário Sobre Câncer, realizado pelo jornal Folha de S.Paulo em 15 e 16 de agosto.
O evento teve patrocínio da Bristol Myers Squibb, do Hospital Sírio-Libanês e da Pfizer e mediação de Vera Guimarães, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo.
“É um avanço enorme. São drogas com um alvo muito dirigido e têm uma toxicidade diferente dos quimioterápicos comuns. Para a grande maioria dos pacientes, o tratamento é muito bem tolerado”, afirma Maria Del Pilar, diretora do corpo clínico do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).
A especialista diz que pode haver efeitos colaterais em alguns casos, mas que a medicina tem aprendido a lidar com essas situações.
“Talvez o mais importante é que a imunoterapia trouxe para algumas doenças uma expectativa de vida que não tínhamos antes. Isso é particularmente verdadeiro no melanoma, no câncer de pulmão e no câncer renal.”
Ela acrescenta que o efeito dessa terapia pode aumentar com o uso dos imunoconjugados, ou seja, drogas que unem anticorpo com quimioterápico para combater a doença.
Apesar de ser um tratamento importante, o acesso é desigual. Segundo a especialista, o financiamento na rede pública ainda é insuficiente para garantir que ele seja ofertado de maneira sistemática.
“Nós esbarramos nesse momento em dificuldades que precisam ser transpostas para que não tenhamos diferenças sociais durante o tratamento. Se ele é útil, traz ganho e qualidade de vida ao paciente, é importante que seja oferecido a quem realmente precisa.”
Opinião semelhante tem Marina Sahade, oncologista e vice-diretora clínica do Hospital Sírio-Libanês. Segundo ela, os pacientes que se submetem à imunoterapia não costumam passar mal nem precisar de internação.
“Mas o grande desafio é o acesso. Para uma doença como o melanoma, em que as outras opções não são boas, é gravíssimo ter que brigar pelo acesso à imunoterapia.”
Ela lembra que, antes desse método, havia tratamento para o melanoma que provocava efeitos adversos graves e tinha baixas taxas de resposta.
“A imunoterapia nos permite levar uma qualidade de vida muito melhor ao paciente. Agora, a gente só precisa mostrar que isso está acontecendo para tirar o peso que é todo mundo achando que o paciente está morrendo quando na verdade ele não está.”
Diretora médica da Bristol Myers Squibb, Angélica Pavão diz que pacientes idosos podem fazer uso da imunoterapia e que a idade mínima para se submeter ao tratamento costuma ser de 18 anos.
Já Marina Sahade diz que mulheres não podem engravidar durante o tratamento e que elas precisam de um intervalo para gestar depois que a imunoterapia termina.
Além disso, ela afirma que não se sabe ao certo se há comprometimento da fertilidade. “É fundamental que o paciente pergunte ao oncologista se vai afetar, se precisa congelar óvulo ou esperma.”
Ainda que apresente benefícios no combate a certos tipos de câncer, a imunoterapia esbarra em algumas limitações. Para o tratamento de sarcoma, os testes não tiveram resultados satisfatórios.
“A imunoterapia para sarcoma não foi tão bem até agora. Os estudos não são muito animadores, mas há bastante opção de quimioterapia que funciona”, diz Sahade.
No caso do câncer de mama, a estratégia pode auxiliar, mas não costuma ser potente o suficiente para atuar sozinha, diz Max Senna Mano, oncologista e líder da área de câncer de mama do Grupo Oncoclínicas. “Em geral, combinamos com a quimioterapia para ter um resultado melhor.”
O especialista explica ainda que a aprovação dessas drogas no Brasil ocorre num ritmo adequado. O problema, reforça ele, está na distribuição dos medicamentos.
“O setor público tem tido muita dificuldade para absorver esses tratamentos, o que é compreensível, porque eles chegam com custos absurdos.”
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Assessoria de Comunicação