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DESTAQUES
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
O ESTADO DE S.PAULO
Países com renda menor podem ter alta em casos de Alzheimer
_ No Brasil, estimativa é de que números quase tripliquem até 2050 ; ritmo acelerado de envelhecimento da população amplia desafios no País
JÚLIA MARQUES
As projeções para o avanço da doença de Alzheimer colocam o Brasil em um situação desafiadora: o número de casos de demência pode aumentar muito nas próximas três décadas. E não só aqui. A alta da doença deve ser maior em países de média e baixa renda, como os demais da América Latina, na comparação com as nações mais ricas.
Essa tendência acende o alerta para a necessidade de que o Brasil prepare seu sistema de saúde para atender ao grande contingente de pessoas que precisará de ajuda médica – e seus familiares, que assumem o cuidado. Também ressalta a importância de estratégias de prevenção para reduzir o volume de pessoas com demência.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e progressiva. Pessoas diagnosticadas com Alzheimer ou outras demências passam a ter dificuldades para realizar tarefas cotidianas e deixam de trabalhar. Com custo global de US$ 1,3 trilhão, as demências são hoje uma das principais causas de incapacidade e dependência em todo o mundo.
No Brasil, ainda não há clareza sobre o total de pessoas com a doença, mas estima-se que cerca de 2 milhões vivam com demências – o Alzheimer corresponde à maior parcela. Para 2050, a projeção é de que esse número chegue a cerca de 6 milhões de pessoas – um aumento de 200%.
O envelhecimento acelerado da população brasileira amplia os desafios. Em países europeus, como na França, foram cem anos para que a taxa
de idosos dobrasse. “No Brasil, está levando só algumas décadas”, explica Cleusa Ferri, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Por isso, a importância de ter ações muito rápidas para cuidar das pessoas nessa faixa da vida.”
Em todo o mundo, a previsão é de que os casos de demência passem de 57,4 milhões para 152,8 milhões – uma alta de 166% – em 2050. A tendência de crescimento é menor do que a média global em países como Alemanha, Itália e Japão. E maior em outros, como Brasil, Bolívia, Equador, Peru e países africanos. Os dados fazem parte de uma pesquisa global publicada neste ano na revista Lancet Public Health.
O aumento e o envelhecimento populacionais são as principais razões para a projeção de crescimento maior do Alzheimer em países da África e da América Latina. Problemas de baixa escolaridade e hábitos de vida pouco saudáveis também concorrem para que a incidência de pessoas com demência não caia nessas regiões.
Em países da América do Norte e da Europa, por exemplo, os dados já sugerem uma tendência de redução na incidência de demência – o que cientistas atribuem ao aumento nos níveis de escolaridade e à maior oferta de tratamentos para problemas cardiovasculares, uma das principais formas de se prevenir contra o Alzheimer.
Países de alta renda já têm serviços de cuidados para pessoas com demência, como atenção primária e reabilitação, mais estruturados, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde
“A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente com demência , mas ela começa dez anos antes aqui.”
Claudia Suemoto, Médica e professora
Por isso (acelerado envelhecimento ), a importância de ter ações muito rápidas para pessoas nessa faixa.” Cleusa Ferri Professora da Unifesp
(OMS), do ano passado. Já as nações de baixa e média renda, como o Brasil, são mais dependentes dos cuidados informais desempenhados pelos familiares, que muitas vezes têm de deixar suas atividades profissionais, com impactos à economia.
INÍCIO PRECOCE. Em países latino-americanos, a presença associada de demências vasculares e Alzheimer preocupa. “A prevalência de demência na América Latina é a maior do mundo. E não só é muita gente (com demência ), mas ela começa dez anos antes aqui”, alerta Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Entre outros temas, Claudia pesquisa de que modo reduzir os fatores de risco na população brasileira, como controlar doenças como hipertensão, obesidade e diabete, pode ajudar a evitar casos de Alzheimer e outras doenças. Uma pesquisa nesse sentido, publicada há dois anos na Lancet , mostrou que 12 fatores de risco estão ligados a 40% dos casos de demência, incluindo o Alzheimer, em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que o potencial de prevenção seja ainda maior.
Um dos focos, segundo os cientistas, deve ser a escolarização da população. Claudia explica que estudar no início da vida ajuda a formar o que se chama de “reserva cognitiva”. É como se fosse uma poupança no cérebro – quanto maior, menor o risco de que os danos ligados ao envelhecimento comprometam as funções cerebrais.
“Há uma janela de oportunidade incrível para prevenir não só demência como outras doenças mentais”, diz a pesquisadora. Além da educação formal, explica a especialista, atividades intelectuais como aprender um novo idioma ou a tocar instrumentos ajudam a formar essa “poupança” de conexões.
POLÍTICA. Apesar do cenário preocupante para as demências no Brasil, ainda faltam políticas específicas sobre o tema, na avaliação de especialistas. O Brasil se comprometeu a elaborar um plano sobre o assunto, que ainda não existe. Um projeto de lei que cria a Política Nacional de Enfrentamento à Doença de Alzheimer está em debate no Congresso Nacional. Alguns municípios, como São Paulo, já têm planos locais.
“Há países em que isso já está mais avançado, como Costa Rica, Chile. No Brasil e em vários outros países, isso está no radar, mas não foram tomadas medidas efetivas”, diz Paulo Caramelli, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do conselho consultivo da Sociedade Internacional para o Avanço da Pesquisa e Tratamento da Doença de Alzheimer.
FALTA DE DADOS. Um dos pontos de partida para isso é reconhecer a complexidade da situação brasileira: ainda não se sabe a exata incidência da doença nem a mortalidade. Há ainda alta subnotificação: pesquisadores estimam que mais de 1 milhão (dos 2 milhões de casos) não tenham sido diagnosticados. Essa situação coloca pacientes e parentes em um limbo de proteção e cuidados.
Para Cleusa, é preciso educar a população brasileira para o Alzheimer. A falta de conhecimento sobre demências faz com que, muitas vezes, as perdas de memória sejam vistas como um sinal normal de envelhecimento – o que não é verdade. A pesquisadora coordena o primeiro mapeamento do Brasil sobre Alzheimer, financiado pelo Ministério da Saúde, e que deve ser publicado no ano que vem. “É necessário apoiar a família e oferecer serviços de cuidado a curto e longo prazo.”
O Ministério da Saúde aponta que as demências devem ser entendidas “como uma prioridade em saúde pública” e destaca iniciativas como um curso para os cuidadores e a elaboração de guias com orientações para rastreio de demências e transtornos cognitivos leves.
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Calendário para vacinar faixa de 6 meses a 4 anos é prioridade, dizem especialistas
Imunizante da Pfizer para esse grupo foi aprovado na sexta pela Anvisa; vacina depende agora do Ministério da Saúde
Elaborar um calendário de vacinação contra a covid-19 para as crianças de 6 meses a 4 anos com a Comirnaty, da Pfizer, deve ser uma prioridade para o Ministério de Saúde, na opinião de especialistas ouvidos pelo Estadão. O imunizante para essa faixa etária foi aprovado na última sexta-feira, dia 16, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E agora precisa ser incorporado pelo ministério, que é responsável pela compra e pelo calendário, para poder começar a ser aplicado.
Antes, a vacina da Pfizer só estava autorizada para crianças de 5 anos ou mais (leia mais abai ). A Coronavac, do Instituto Butantan, já tem sido aplicada em pequenos de 3 a 4 anos.
“As nossas salas de vacinas estão acostumadas a administrar vacinas nessa faixa etária. Temos capacidade técnica para fazer essa vacinação”, afirma Raquel Stucchi, infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O planejamento da campanha de vacinação para as crianças pequenas, segundo ela, tem de ser estratégico, eficiente e ágil. “Precisamos é garantir que teremos a quantidade suficiente de doses para vacinar nossas crianças.” Procurado pelo Estadão, o ministério afirmou, em nota, que “tem contrato com a Pfizer para fornecimento de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e incluídas no Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 (PNO). Havendo aprovação da recomendação pela área técnica da pasta, as vacinas serão disponibilizadas para todo Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias.” Já a Pfizer, também em nota, apontou que a vacinação de bebês e crianças pequenas será um “marco no combate da doença no País”.
O pediatra e infectologista Renato Kfouri avalia que os casos de internações e mortes de crianças e bebês ao longo da pandemia demonstram a importância da vacinação. Em junho, um estudo da Fiocruz identificou que duas crianças de até 5 anos eram vítimas da doença por dia no País.
“São óbitos que poderiam ser evitados a partir da vacinação. Os estudos foram feitos e mostraram que a vacina é segura. Então, é importante que esse público agora seja contemplado”, explicou Kfouri.
O médico avalia que o processo de aprovação pela Anvisa ocorreu seguindo o protocolo padrão, que segue uma triagem de estudos clínicos e avaliação de dados para constatação da eficácia. Na avaliação, a agência considerou a análise de estudos clínicos e dados de entidades médicas como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Em relação aos bebês de menos de 6 meses, a vacinação continua incerta. Para Kfouri, o caminho provavelmente será ampliar a vacinação de mulheres no fim da gestação. “Estudos têm indicado que é mais eficiente vacinar essas mães como forma de evitar risco aos bebês.”
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AGÊNCIA SENADO
Piso salarial da enfermagem: Senado busca fontes de financiamento, após decisão do STF
De onde virá o dinheiro para garantir o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem? Essa é a questão central que o Senado vai tentar resolver nos próximos dias. O Congresso aprovou e o governo sancionou o piso, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a medida que garantiria o pagamento de ao menos R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. Os ministros alegam que deputados e senadores não apontaram a fonte de recursos.
O impacto anual da medida seria de R$ 5,5 bilhões para o setor público e R$ 11,9 bilhões para o setor privado, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado. A estimativa está no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de setembro, publicado nesta quinta-feira (15). Municípios, estados e o setor privado dizem que não há dinheiro.
Equalizar a valorização dos profissionais da enfermagem e os impactos financeiros para instituições de saúde, governo federal, estados e municípios é o principal desafio. Desonerar a folha de pagamento de hospitais, atualizar a tabela do SUS, abater dívidas dos estados estão entre as possibilidades levantadas. E a construção da solução para o imbróglio começa a ser construída. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pretende apontar um caminho a partir de segunda-feira (19). Ele convocou uma reunião de líderes para as 9h.
“Até segunda-feira, apresentaremos as soluções possíveis. Se preciso for, faremos sessão deliberativa específica para tratar do tema mesmo em período eleitoral. O assunto continua a ser prioritário, e o compromisso do Congresso com os profissionais da enfermagem se mantém firme. Espero solução para breve”, disse Pacheco em nota à imprensa na quinta-feira (15).
Parlamentares governistas e de oposição estão unidos nessa luta. Autor do projeto (PL 2.564/2020) que originou a lei do piso da enfermagem (Lei 14.434, de agosto de 2022), o senador Fabiano Contarato (PT-ES) já estuda fontes de financiamento para o “salário mínimo específico de enfermeiros, técnicos e auxiliares”. Sem apontar a origem dos recursos, o senador afirma estar confiante em uma rápida solução.
– A luta continua! O piso salarial da enfermagem é uma conquista constitucional criada no Legislativo e sancionada pelo Executivo, e será efetivada. Junto ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, com quem estou em permanente contato, estamos trabalhando no entendimento relativo às fontes de custeio do pagamento do piso. E vamos chegar em breve a uma solução – disse o senador à Agência Senado.
Em uma rede social, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou solidariedade aos trabalhadores do setor após a decisão do STF que confirmou a suspensão do piso.
“Minha solidariedade a toda enfermagem do Brasil neste dia triste. Quando a maioria do STF obrigou Bolsonaro a pagar R$ 90 bi de precatórios de uma só vez, não se preocuparam de onde viria o dinheiro”, apontou o parlamentar.
Histórico do piso
Em 14 de julho deste ano, o Congresso promulgou a Emenda Constitucional (EC) 124, para possibilitar que uma lei federal instituísse os pisos salariais nacionais para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras
Após aprovação do Congresso, o governo sancionou a respectiva norma em 4 de agosto, com a Lei 14.434.
Um mês depois, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, suspendeu o piso e deu prazo de 60 dias para esclarecimentos sobre o impacto da medida nos gastos públicos e o risco de demissões. Decisão se deu no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, proposta pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
No dia 15 de setembro, o Pleno do STF confirmou a decisão liminar de Barroso, mantendo a suspensão do piso.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pai de paciente agride médico em hospital de Aragoiânia
De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um
O pai de um paciente agrediu o médico Diego Santana, na tarde deste domingo, 17, no Hospital Materno Infantil de Aragoiânia. De acordo com um enfermeiro que estava de plantão, a agressão ocorreu após o homem pedir três dias de atestado e o médico só dar um.
” O médico ficou com hematomas no rosto e corte abaixo do olho direito. Pacientes que estavam aguardando o atendimento puxou o agressor e nós da equipe levamos ele para as dependências da unidade”, afirma o enfermeiro que preferiu não ter o nome divulgado.
No momento da agressão, o hospital estava sem segurança. Conforme o Secretário de Saúde de Aragoiânia Adalberto Alves de Oliveira, o hospital conta com segurança durante o período da noite, mas estão estudando colocar durante o dia e nos finais de semana. Também estão organizando para colocar videomonitoramento nas unidades de saúde.
“A Secretaria de Saúde de Aragoiânia repudia qualquer tipo de violência e já está tomando as devidas providências para garantir a segurança dos usuários e colaboradores“, afirma Adalberto.
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A REDAÇÃO
Covid-19: Goiás registra 279 novos casos nas últimas 24 horas
Goiás notificou 279 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas segundo o boletim divulgado neste domingo (18/9) pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). O Estado acumula 1.693.669 casos da doença e 27.520 óbitos confirmados até o momento.
Segundo a SES-GO, em Goiás ainda existem 877.995 casos e 83 óbitos suspeitos que estão em investigação para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade do vírus no Estado é de 1,62%.
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REVISTA HOSPITAIS BRASIL
Sustentabilidade do sistema de saúde suplementar brasileiro é tema de debate
“Os desafios do sistema de saúde suplementar brasileiro” foi o tema da palestra proferida pelo médico Bruno Ganem, diretor de relacionamento do Grupo Sabin, na cidade de São José dos Campos, em São Paulo. O evento reuniu lideranças e autoridades de saúde da região e colocou em evidência os desafios dos sistemas de saúde, hoje altamente fragmentados, e trouxe ao centro das discussões as oportunidades de melhorias da jornadas de saúde e como proporcionar melhor acesso à saúde aos quase 50 milhões de brasileiros que dependem do sistema suplementar no país.
Além disso, foi discutido o papel dos diversos stakeholders (empresas, operadoras e seguradoras de saúde, prestadores de serviço ambulatoriais e hospitalares, órgão regulador) na construção de um ecossistema de saúde mais eficiente, com melhor experiência do usuário e melhor utilização dos recursos tecnológicos e avanços da ciência. “É importante ampliarmos a relação de confiança e investirmos esforços em ações que possibilitem a integração dos diversos elos da cadeia de saúde, buscando maior sustentabilidade do sistema e melhor gestão de saúde da população com melhores desfechos clínicos, longevidade e qualidade de vida “, observou Ganem.
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Assessoria de Comunicação