Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 14/10/22

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUE

Governo libera vacina contra covid-19 em crianças a partir de 6 meses

HDT abre processo seletivo com salários de até R$12 mil

Goiás registra 734 casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Saiba o que move as gigantes Unimed e Oncoclínicas em mais uma parceria

Planos de saúde denunciam rede de reembolsos fraudulentos

Bolsonaro diz que vai desonerar folha de pagamento da saúde

Médicos para todos

Federação quer reduzir mortalidade de doença cardiovascular até 2030

Mulher faz ‘vaquinha’ online para pagar tratamento de câncer após descaso do Hapvida Goiânia

AGÊNCIA BRASIL

Governo libera vacina contra covid-19 em crianças a partir de 6 meses

O Ministério da Saúde liberou a aplicação de vacinas contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 6 meses a 4 anos de idade que tenham comorbidades. Ainda não há informações sobre quando a pasta receberá e qual o total de vacinas específicas para esse público.

A ampliação de uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 6 meses a 4 anos de idade contra a covid-19 foi aprovada pela Anvisa em setembro. Desde a liberação, há um impasse no Ministério da Saúde sobre a incorporação da vacina no plano de imunização.

Em nota, nesta quinta-feira (13/10), a pasta informou que solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina pediátrica nessa faixa etária. Até que seja analisado pela comissão, a vacinação estará restrita ao publico com comorbidades.

Diferenças

A vacina para crianças de 6 meses a 4 anos de idade tem dosagem e composição diferentes daquelas utilizadas para as faixas etárias previamente aprovadas. A formulação da vacina autorizada hoje deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas).

As duas doses iniciais devem ser administradas com 3 semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos 8 semanas após a segunda dose. A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.

“A vacina tem 12 meses de validade, quando armazenada a temperatura entre -90°C e -60°C. Uma vez retirado do congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado em geladeira entre 2°C e 8°C durante um período único de 10 semanas, não excedendo a data de validade original”, explicou a Anvisa.

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A REDAÇÃO

HDT abre processo seletivo com salários de até R$12 mil

O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) vai abrir, no dia 19 de outubro, as inscrições para o processo seletivo em dez áreas diferentes. Os salários variam entre R$1.454,14 a R$ 12.934. Para concorrer a uma vaga é preciso se inscrever presencialmente até o dia 21, na sede da unidade de saúde, localizada na Alameda do Contorno, nº 3556, Jardim Bela Vista, Goiânia, Goiás.

As vagas são destinadas para os seguintes cargos:  Analista de Análises Clínicas, Analista de Suporte, Analista Financeiro/Custos, Auxiliar de Farmácia, Enfermeiro de SCIH, Médico Infectologista, Nutricionista, Técnico de Laboratório, Técnico de Nutrição e Técnico Transfusionista.

Para se inscrever é preciso apresentar ficha de inscrição preenchida, bem como todos os documentos exigidos como pré-requisitos para cada cargo (originais e cópias). Clique aqui e confira o edital.: https://www.aredacao.com.br/noticias/176121/hdt-abre-processo-seletivo-com-salarios-de-ate-r-12-mil

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Goiás registra 734 casos de covid-19 nas últimas 24 horas

Goiânia – Goiás registrou 734 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. Nenhuma morte pela doença foi registrada no período. Os dados constam no boletim da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgado nesta quinta-feira (13/10). Com a atualização, o Estado soma 1.713.711 casos.

Já são 27.550 mortes em decorrência do coronavírus desde o início da pandemia no Estado. De acordo com a SES-GO, 79 óbitos estão em investigação para saber se há relação com a covid-19. A taxa de letalidade da doença é de 1,61%.

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ISTOÉ

Saiba o que move as gigantes Unimed e Oncoclínicas em mais uma parceria

Um dos maiores grupos de saúde do País faz parceria com a Oncoclínicas para multiplicar a capacidade de atendimento e os negócios.

A relação entre as partes já tem um tempo e, ao que tudo indica, parece longe do fim. Tanto que Unimed Nacional e Oncoclínicas anunciaram na segunda-feira (10) a terceira parceria em pouco mais de três anos, agora com maior abrangência. As empresas assinaram um memorando de entendimento para a formação de uma nova joint venture que irá permitir às 340 unidades regionais da Unimed pelo Brasil fecharem acordos com a Oncoclínicas. Ou seja, a iniciativa possibilitará o tratamento de câncer a um maior número de usuários dos planos de saúde das cooperativas médicas, além de acirrar a disputa pela preferência do cliente entre as seguradoras.

O sistema Unimed tem 18,5 milhões de segurados distribuídos em cooperativas que atuam de forma independente em suas respectivas praças pelo País. A companhia já tinha outras duas joint ventures com a Oncoclínicas. A primeira, de 2018, envolve apenas as clínicas ambulatoriais que a Oncoclínicas tem em São Paulo, Brasília e Salvador. A segunda, divulgada há alguns meses, é referente ao novo cancer center que a empresa vai construir em São Paulo.

Pelo acordo, a Oncoclínicas será a controladora com 50,01% do capital, e a Unimed Nacional terá 49,99%. E basta analisar os números para constatar o quanto cada bandeira é relevante para a outra. Os serviços prestados pela Oncoclínicas ao sistema Unimed representam até 25% da receita que, entre janeiro e junho, atingiu R$ 1,7 bilhão. Na Unimed Nacional, a maior cooperativa médica, com 1,9 milhão de beneficiários, o tratamento de câncer equivale a 7% do total de suas despesas médicas, que chegou a R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre.

As unidades regionais da Unimed que tiverem interesse em se associar com a Oncoclínicas terão a oportunidade de criar uma joint venture para as suas praças. “As Unimeds que fizerem parte dessa parceria terão novos parâmetros e protocolos mais completos, para uma maior eficiência nos tratamentos”, afirmou Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Unimed Nacional, em sua conta no LinkedIn.

O executivo disse acreditar nesse tipo de estratégia, na qual a Unimed Nacional alia “a qualidade da nossa assistência médica à expertise de uma empresa reconhecida no mercado, com grandes diferenciais, oferecendo serviços e práticas de excelência aos pacientes.” Além dos 18,5 milhões de clientes, o sistema Unimed reúne 118 mil médicos cooperados, gera 136 mil empregos diretos, rede assistencial formada por 150 hospitais próprios e cerca de 2,5 mil hospitais credenciados, além de unidades de pronto-atendimento, clínicas e laboratórios. Toda essa operação movimenta mais de R$ 73,6 bilhões, por ano, no sistema de saúde.

Para a Oncoclínicas, a parceria ajuda a ganhar capilaridade. A rede especializada de clínicas possui 125 unidades ambulatoriais distribuídas em 35 municípios pelo Brasil, além de três cancer center em operação e outros quatro em fase de projeto ou em construção. Esses hospitais têm sido o foco para expansão da companhia, por oferecer tratamento para a doença de forma completa.

A joint venture faz parte do plano de crescimento anunciado por Bruno Ferrari, presidente da Oncoclínicas, à DINHEIRO, em fevereiro. A estratégia inclui ao menos 50 aquisições. Apenas em 2022, já foram anunciadas as compras da rede de clínicas Cemise, no estado de Sergipe, por R$ 150 milhões; de 49% das ações do Medsir, na Espanha, por 5,75 milhões de euros; do Hospital Dia Taigara Memorial, em Salvador, por R$ 100 milhões; do laboratório Microimagem, no Rio de Janeiro, por R$ 8 milhões; e da rival Unity, num acordo de R$ 1,2 bilhão. A estratégia é uma tentativa de concentrar o pulverizado mercado de oncologia, que movimenta R$ 50 bilhões no Brasil, dos quais a Oncoclínicas detém cerca de 5% – a empresa fechou 2021 com receita líquida de R$ 2,7 bilhões.

O incremento nos negócios da Oncoclínicas está refletido nos números do segundo trimestre. A empresa alcançou a receita líquida recorde de R$ 900 milhões, alta de 40,6% na comparação anual. O resultado é proveniente de crescimento orgânico, de 15,5%, aliado à agenda de aquisições e à aceleração de suas operações de cancer center. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 159 milhões no período, alta de 40,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

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FOLHA DE S.PAULO

Planos de saúde denunciam rede de reembolsos fraudulentos

Cláudia Collucci

são paulo A Fenasaúde, federação que representa 14 grupos de planos de saúde no país, apresentou nesta quinta (13) ao Ministério Público de São Paulo uma notícia-crime sobre uma rede de empresas de fachada criada com o intuito de fazer pedidos de reembolsos fraudulentos em larga escala contra operadoras, que somaram cerca de R$ 40 milhões.

O relatório enviado aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) reúne documentos, notas fiscais e informações que endossam a denúncia. Foram identificadas 179 empresas de fachada e 579 beneficiários laranjas.

Ao todo, houve 34.973 solicitações de reembolsos fraudulentos. Desse total, ao menos R$ 17,7 milhões chegaram a ser pagos por quatro operadoras de saúde. O restante foi negado mediante a comprovação das fraudes.

Há vários processos individuais já tramitando na Justiça, mas agora, com os indícios de que há uma organização criminosa articulando essas fraudes, foi solicitada a atuação do grupo especializado.

A apuração feita por quatro operadoras associadas à Fenasaúde (Amil, Bradesco Saúde, Porto Saúde e SulAmérica) contou com ajuda de ferramentas de inteligência artificial para o cruzamento de informações e de profissionais que foram a campo para investigá-las ao longo de quatro meses.

Segundo Vera Valente, diretora-executiva da Fenasaúde, a suspeita de que havia um grupo criminoso agindo no setor surgiu a partir de um aumento de até 30% nos pedidos de reembolsos de despesas médicas verificado pelos planos no período pós-pandemia de Covid.

“Mapeamos os casos e aí começamos a ver coincidências de empresas, de beneficiários, de prestadores. Ao puxar esse no e cruzar os dados, chegamos a esse cenário que envolve valores expressivos e que impactam a todos os beneficiários”, afirma ela.

No esquema, os criminosos criavam empresas jurídicas de fachada, com sócios laranjas, pessoas que emprestam seus documentos para figurar no contrato social, masque nunca usaram um plano de saúde.

Essas empresas não existem fisicamente, muitas têm a mesma razão social, com o mesmo endereço falso e a mesma atividade econômica. Em alguns casos, até os emails que se repetem.

Uma vez criadas, corretores de seguros (ainda não se sabe se reais ou falsos) faziam a intermediação com as operadoras de saúde. Os fraudadores também abriram clinicas de consult as e laboratórios de análises clinicas e de imagem. Tudo de fachada, mas com notas fiscais verdadeiras.

“Tem uma existência no papel, perante a Receita Federal. Mas aí você vai procurar, e a clínica não existe”, diz o advogado criminalista Rodrigo Fragoso, responsável pelo caso.

Os recibos de serviços de saúde que nunca foram prestados têm carimbo de médicos, mas ainda não se sabe se há envolvimento real deles ou se a quadrilha usava desses dados sem que o profissional soubesse.

“É uma verdadeira organização criminosa, com uma estrutura empresarial, divisão de tarefas, pessoas remuneradas, com valor fixo, muito diferente do padrão de fraudes ocasionais que a gente está acostumado”, diz Fragoso.

Ele conta que foi possível observar que na organização há pessoas responsáveis por abrir as empresas, outras que fazem o papel de corretores de seguros e outras que cuidam da abertura de contas bancárias falsas para onde são destinados os reembolsos fraudulentos.

Segundo o advogado, somente uma investigação do Ministério Público, com ajuda policial, poderá requisitar quebra de sigilo bancário e outras medidas para saber, por exemplo, quem é o destinatário final desses recursos dos reembolsos que foram parar nas contas falsas.

“As notas fiscais se repetem. Agente viu, por exemplo, uma empresa de fachada com 20 funcionários que, no mesmo dia, 15 deles foram atendidos em uma mesma clínica e fizeram solicitação de reembolso.”

No documento apresentado à Promotoria, a Fenasaúde pede a investigação dos crimes de pertencimento à organização criminosa, falsidade ideológica e estelionato.

Para Fragoso, os impactos dessas fraudes podem ser muito maiores aos levantados na apuração preliminar da Fenasaúde. “Esse esquema, especificamente, é só a ponta de um iceberg muito maior.”

De acordo com Vera Valente, o caso serve de alerta para sociedade. “O valor de uma fraude, de um atendimento que não aconteceu, que é fa ke, vem para a conta da despesa assistencial. Todo mundo está pagando. Impacta na sustentabilidade do sistema de saúde, na previsibilidade de gastos por parte dos planos.”

Ela afirma que existem outros comportamentos fraudulentos relacionados ao re embolso de despesas médicas amplamente praticados, como o fracionamento de recebidos. Por exemplo: uma consulta médica custa R$ 1.000, e a pessoa tem direito a R$ 300 de reembolso pelo plano. Ela paga os R$ 1.000, e recebe do médico dois ou mais recibos, com datas diferentes, para conseguir um reembolso igual ou próximo ao valor pago.

Segundo Valente, também há casos de recibos concedidos sem nenhum atendimento prestado e ainda o uso indevido de exames laboratoriais. “Você vai numa clínica de emagrecimento, o médico te dá uma lista gigante de exames, muitas vezes a coleta é feita na própria clínica. Aí eles dobram o pedido de exames, e o plano paga por muita coisa que não foi feita.”

Há casos em que profissionais da saúde propõem usar o valor do reembolso de serviços não prestados para bancar outros procedimentos que não estão no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). “Isso está numa dimensão absurda, com tentáculo de todos os jeitos. Tem do contraventor até o criminoso. Do batedor de carteira ao crime organizado”, diz Valente.

Neste mês, a Fenasaúde anunciou a criação de uma gerência de prevenção e combate às fraudes. Segundo dados de um estudo do IES (Instituto Ética Saúde) de 2020, 2,3% de tudo que é investido na saúde são perdidos com fraudes.

Considerando que o orça mento destinado ao setor (público e privado) nos últimos anos correspondeu, em média, a 9% do PIB, equivalente a R$ 630 bilhões, o país perde pelo menos R$ 14,5 bilhões todos os anos com fraudes na saúde. É quase 10% do orçamento previsto para área da saúde em 2023 (R$ 146,4 bilhões).

Com as fraudes, as operadoras acenderam o alerta vermelho e estabeleceram critérios mais rígidos para o reembolso de despesas médicas. Em canais como o Reclame Aqui, a demora para conceder o reembolso tem sido umas principais queixas de usuários contra os planos de saúde.

“Se começa a ter muita prática errada, a operado ra tem que fazer uma checagem muito mais critério sa do que está pagando. Vira uma bola de neve e acaba prejudicando quem faz direito, de forma de honesta.”

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Mapeamos os casos e aí começamos a ver coincidências de empresas, de beneficiários, de prestadores. Ao puxar esse fio e cruzar os dados, chegamos a esse cenário que envolve valores expressivos e que impactam a todos os beneficiários

Vera Valente – diretora-executiva da Fenasaúde

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AGÊNCIA ESTADO

Bolsonaro diz que vai desonerar folha de pagamento da saúde

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta, 13, que acertou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a desoneração da folha de pagamento da Saúde, uma das medidas para custear o piso salarial da enfermagem. “Pedi para ele (o ministro da Economia, Paulo Guedes) desonerar a folha da Saúde no Brasil. São 17 setores que já estão desonerados”, afirmou Bolsonaro, que é candidato à reeleição, durante discurso no Recife (PE), sem dizer quando a medida seria colocada em prática ou dar detalhes sobre o impacto fiscal.

Projeto nesse sentido está parado hoje no Senado, e não deve ser votado antes do fim das eleições.

“Hoje, o setor não desonerado paga um imposto sobre a folha, em média, de 20%. Com a desoneração, passa a ser de 1% a 4% do faturamento bruto da empresa. Vamos dar mais uma sinalização para a questão do piso da enfermagem no Brasil, que o Supremo resolveu barrar”, emendou o presidente.

Na terça-feira, a Câmara aprovou um projeto de lei complementar que destina recursos para que as Santas Casas possam arcar com o piso salarial da enfermagem. No dia 4, passou no Senado proposta que permite a Estados e municípios realocarem para outros programas de saúde verbas previstas inicialmente para o combate à covid-19.

Bolsonaro sancionou o piso da enfermagem em 4 de agosto. Os pagamentos, contudo, foram suspensos por decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), posteriormente chancelada pelo plenário da Corte. O magistrado deu 60 dias para entidades públicas e privadas de Saúde se manifestarem sobre o impacto da medida na situação financeira de Estados e municípios.

A lei prevê piso de R$ 2.375 a R$ 4.750 para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Na votação na Câmara, em julho, o próprio líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), orientou a base a votar contra, em razão da falta de indicação de fonte de recursos.

Senado só deve votar projeto após 2º turno

A desoneração da folha de pagamento mencionada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro como uma das soluções em negociação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para custear o piso nacional da enfermagem está no Senado e só deve ser apreciada após o segundo turno, apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O projeto, de autoria do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), inclui empresas do setor de saúde entre as beneficiadas pela desoneração e se destina a solucionar a questão dos hospitais privados. De acordo com fontes, o pedido para jogar a votação somente para novembro partiu do próprio Guedes.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem evitado acelerar a tramitação de propostas ao longo do período eleitoral, cedendo em raras exceções, apenas em projetos consensuais. Foi o caso de projeto aprovado na semana passada que permite que Estados e municípios remanejem recursos recebidos durante a covid-19 para custear a equiparação salarial dos profissionais da enfermagem.

Ontem, Pacheco mencionou que um projeto de sua autoria e relatado por Renan Calheiros (MDB-AL), que trata da repatriação de recursos no exterior, também está na lista daqueles que ele acredita que podem ajudar a solucionar a questão da categoria.

A lei que estabeleceu o piso da enfermagem foi sancionada por Bolsonaro em agosto e prevê o valor de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

Contudo, quando aprovaram o projeto, os parlamentares não indicaram fontes de recursos, em especial para Estados e municípios. Por isso, o Supremo Tribunal Federal suspendeu os efeitos da legislação até que o Congresso comprove as formas de custeio. A área econômica do governo calcula que esse impacto gira em torno de R$ 6 bilhões, mas a Confederação Nacional de Municípios estima em cerca de R$ 10 bilhões.

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CORREIO BRAZILIENSE

Médicos para todos

VISÃO DO CORREIO

Na próxima terça, dia 18, é o Dia do Médico, profissional de extrema relevância para a sociedade, demonstrada especialmente nos últimos anos, devido às milhares de mortes e internações de pacientes vítimas da covid-19. Ao lado de enfermeiros e técnicos de enfermagem, os médicos tomaram a linha de frente no combate à pandemia, ganhando notoriedade, na maioria das vezes, ou perdendo a vida, em alguns casos.

O contingente da classe médica também aumentou, na verdade duplicando o número de profissionais registrados no início do século. Em 2000, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CEM), eram 230.100 médicos em todo o Brasil. Vinte anos depois (2020), 502.475. A média de médicos por mil habitantes passou de 1,41 para 2,4, segundo o estudo Demografia Médica no Brasil 2020, parceria entre o CEM e a Universidade de São Paulo (USP).

Essa proporção médico/habitante no Brasil não fica muito atrás de potências como Estados Unidos (2,6), Canadá (2,7) e Reino Unido (2,8), ganhando inclusive do Japão (2,2). No entanto, e isso não é novidade para ninguém, embora tenhamos um número suficiente de profissionais para atender à população brasileira, a questão continua sendo a má distribuição, com grande concentração da categoria nos grandes centros urbanos.

Há capitais, inclusive, que a média chega a 5,65 médicos por grupo de 1 mil habitantes, com destaque para Vitória (13,71), Florianópolis (10,68) e Porto Alegre (9,94). Na outra ponta, cidades do Nordeste e do Norte do país apontam uma triste realidade: apenas 1,69 e 1,30 médico por mil habitantes, respectivamente.

Situação preocupante também é a queda dos índices de imunização de crianças e adultos. A se manterem índices tão baixos de vacinação – no que tange à poliomielite, influenza e até mesmo covid-19 – torna-se cada vez mais arriscado o retorno de doenças até então erradicadas.

Por outro lado, vale destacar o papel do Sistema Único de Saúde (SUS), de hemocentros, laboratórios, hospitais, filantrópicos, conveniados e particulares e das entidades – sejam sociedades brasileiras, conselhos federal, regional e órgãos estaduais e municipais empenhadas em promover campanhas, congressos, reuniões ou até mesmo opções criativas, como as ações que envolvem a telemedicina (telessaúde), adotada pela classe médica e por planos de saúde.

Nas próximas décadas, vislumbram-se novas nuances. A evolução da robótica, da genética, das pesquisas em diversas áreas da medicina e de técnicas cada vez mais aprimoradas para retardar o envelhecimento e melhorar a saúde do ser humano. E todas elas lideradas por eles, os médicos. Fundamental que o número de profissionais seja mais equilibrado no país. Que esses avanços se reflitam também no maior acesso das populações carentes aos profissionais de saúde. Que não faltem médicos em regiões remotas, onde ainda se adoece por motivos que já deveríam estar superados há muito tempo.

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BRASÍLIA DE FATO

Federação quer reduzir mortalidade de doença cardiovascular até 2030

A Federação Mundial de Cardiologia e a Organização Mundial de Saúde (OMS) defenderam o engajamento dos médicos no combate às desigualdades e na promoção de ambientes mais saudáveis para reforçar a prevenção das doenças cardiovasculares que estão entre as principais causas de morte no mundo. Líderes das duas entidades discursaram hoje (13), na abertura do Congresso Mundial de Cardiologia, no Rio de Janeiro.

O evento ocorre em conjunto com o 77° Congresso Brasileiro de Cardiologia até o próximo sábado (15) e recebeu mais de 12 mil inscrições, incluindo pesquisadores e profissionais de saúde internacionais e brasileiros.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enviou uma mensagem em vídeo ao congresso, em que pediu médicos engajados na defesa de ambientes mais saudáveis e no combate a fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

“O mundo precisa de seu conhecimento como especialistas, mas também precisa de suas vozes como defensores de sistemas de saúde mais fortes, de ambientes mais saudáveis, e de reduzir as desigualdades. A OMS está comprometida em apoiar vocês”, disse.

Documento

A Federação Mundial de Cardiologia aproveitou o evento para lançar um documento com recomendações para a redução da mortalidade por doenças cadiovasculares até o ano de 2030.

O presidente da federação, Fausto Pinto, destacou que 80% das doenças cardiovasculares poderiam ser prevenidas por ações como ampliar o acesso ao cuidado em saúde, apoiar estilos de vida saudáveis e combater fatores de risco econômicos, sociais e ambientais.

“Os países estão tendo dificuldades de reduzir a prevalência de fatores de risco de longo prazo conhecidos, como obesidade, diabetes, hipertensão e poluição do ar. Dois terços dos países ainda não dispõem de dados sobre equidade em doenças cardiovasculares, o que é essencial para implementar políticas efetivas”.

Fausto Pinto avaliou que a pandemia de covid-19 deixa como lições importantes o valor das tecnologias digitais no cuidado em saúde, o poder de parcerias para a saúde global, a necessidade de proteger os mais vulneráveis e de assegurar que todo mundo, em toda a parte, tenha acesso às informações e ao cuidado de que precisam para terem saúde.

“Como médicos, podemos ajudar a construir um mundo onde as pessoas são apoiadas a fazer escolhas mais saudáveis e onde todos, independentemente de raça, nacionalidade, gênero, educação, ou renda tenha acesso ao melhor cuidado e tratamento possível”.

Ministro

Cardiologista e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância dessa especialidade ao discursar na abertura do evento. O médico disse que os cardiologistas atuam desde a atenção primária até a atenção especializada e sua atuação está fortemente ligada a inovações.

“E nós convivemos com um flagelo de óbitos anualmente. Mais de 18 milhões de óbitos por ano no mundo. No Brasil, mais de 380 mil óbitos. Assim, esse cenário tão desolador da pandemia da covid-19 não é nenhuma novidade para os cardiologistas. E para enfrentar esse problema, nós precisamos de recursos humanos qualificados”, afirmou Queiroga. “Nós temos que construir um cenário em que os cardiologistas sejam os elementos disruptivos para mudar esses indicadores de saúde pública que nos são muito desfavoráveis”.

O ministro destacou a importância do Sistema Único de Saúde para o enfrentamento da pandemia de covid-19 e disse também que o Brasil tem uma das maiores políticas públicas de enfrentamento às doenças cardiovasculares do mundo.

Para enfrentar a mortalidade causada pelas doenças do coração, uma das ações defendidas por Queiroga foi premiar os municípios em que as unidades básicas de saúde consigam maior controle da hipertensão arterial e do diabetes, combate ao tabagismo, controle da obesidade e estímulo à prática de atividade física.

“Nós estabelecemos metas que as unidades básicas de saúde devem cumprir para que possamos mudar a mortalidade no Brasil, e mudar a mortalidade do Brasil significa mudar a mortalidade cardiovascular e isso significa controlar os fatores de risco”.

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DIÁRIO DO ESTADO

Mulher faz ‘vaquinha’ online para pagar tratamento de câncer após descaso do Hapvida Goiânia

Aidany Aparecida da Silva, luta contra a doenças há mais de um ano. E neste período, além do desgaste causado pelo tratamento, ela sofre com o descaso do Hapvida Goiânia

Correndo risco de perder a vida, uma mulher de 39 anos precisou realizar um empréstimo e uma ‘vaquinha’ online para custear tratamento de câncer, mesmo pagando plano de saúde há mais de cinco anos. Aidany Aparecida da Silva, luta contra a doenças há mais de um ano. E neste período, além do desgaste causado pelo tratamento, ela sofre com o descaso do Hapvida Goiânia.

Em entrevista ao Diário do Estado, Aidany contou que descobriu um câncer de mama em março de 2021. Desde então, ela relata passar por dificuldades para conseguir consultas, exames e cirurgias. Inclusive, a retirada do nódulo da mama esquerda só foi possível após ela ameaçar tornar a situação pública, através da imprensa. Mesmo assim, ela ficou dois meses sem tratamento adequado.

 “A médica que ia fazer minha operação saiu do plano. Ai por falta de médico, o nódulo que era 2,4 no meu seio, quando eu fui operar estava nove. Eu não tinha um seio mais…. Quando o plano viu que eu fui pra mídia e chamei um advogado, eles pagaram a médica para me operar”, relatou Aidany.

Após se recuperar da cirurgia, a ex-professora de dança descobriu que a doença já havia atingido o pulmão. De acordo com ela, a metástase, já em estado avançado, foi percebida durante sessões de radioterapia. O quadro delicado, segundo ela, poderia ser evitado se tivesse recebido tratamento adequado.

Além disso, ao descobrir a metástase, ela precisou custear todos os exames e consultas com especialistas. Já que o plano não deu a devida assistência. Á época, ela conta que já escarrava sangue e sentia muitas dores.

Agora, ela busca o ressarcimento desse valor gasto, que fica em torno de R$ 5 mil reais, apenas de exames e consultas. Aidany chegou a dar entrada no processo e o plano pediu um prazo de 30 dias. No entanto, já se passaram dois meses e eles alegam ainda estar em análise.

Mãe de três filhos menores de idade e desempregada desde a descoberta do câncer e início do tratamento. Aidany conta o Auxílio Emergencial e ajuda de amigos. Por isso, receber o ressarcimento ajudaria nos gastos com transporte para novas consultas, além de dar continuidade à quimioterapia.

Além disso, Aidany precisa fazer um teste genético para saber se o câncer já se espalhou para outras partes do corpo. No entanto, o procedimento ainda não foi autorizado pelo plano de saúde. Portanto, ela deve, novamente, arcar com os custos na rede particular para não ficar sem o tratamento adequado.

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Assessoria de Comunicação