ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Novembro é dedicado à conscientização sobre os cuidados com a prematuridade
Nota técnica da UFG recomenda uso de máscaras em lugares fechados e vacinação completa
Ipasgo habilita profissionais para dobrar rede oncológica
Covid: Goiânia começa a vacinar crianças menores de 3 anos com comorbidades
Mãe denuncia que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho de 1 ano, em Goiânia
Goiás confirma mais de 2 mil novos casos de Covid-19 em 1 dia
Anvisa libera venda de álcool 70% na forma líquida
Um susto esperado: o que explica a nova explosão de casos de Covid-19
TV ANHANGUERA
Novembro é dedicado à conscientização sobre os cuidados com a prematuridade
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CBN GOIÂNIA
Nota técnica da UFG recomenda uso de máscaras em lugares fechados e vacinação completa
A Universidade Federal de Goiás (UFG) divulgou nota técnica em que recomenda o uso de máscaras em lugares fechados e o esquema vacinal completo de alunos, docentes e comunidade em geral. O documento foi publicado nesta quarta-feira (16) e já está valendo desde então.
Além disso, foi recomendado a testagem de pessoas sintomáticas nos laboratórios da universidade, bem como o isolamento dessas pessoas e das que tiverem o exame positivado para Covid-19. De acordo com o texto, foram acatadas recomendações do Grupo de Trabalho em Saúde e do Comitê Operativo de Emergência, ambos da UFG. Para a criação do documento, os grupos destacam que a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, da Coordenação-Geral de Vigilância das Síndromes Gripais do Ministério da Saúde, no dia 12 de novembro, alertou sobre o aumento do número de casos de Covid-19 e circulação de novas linhagens da Variante de Preocupação Ômicron, com ênfase nas sublinhagens BQ.1 e BA.5.3.1.
Além disso, uma nota técnica da Sociedade Brasileira de Infectologia, do dia 11 de novembro, que também destacou preocupação com o crescente número de casos positivo para Covid-19 e das medidas necessárias para o enfrentamento atual. Também foi levada em consideração a situação epidemiológica, entre os dias 6 a 11 de novembro, em que foram notificados no Brasil 57.825 casos e 314 óbitos por covid-19 pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde, representando um aumento de 120% em relação à média móvel da semana anterior. Além do aumento no número de casos novos da doença no Estado de Goiás. Na semana entre 6 a 11 de novembro, comparado à semana anterior, teve um aumento de 220%.
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A REDAÇÃO
Ipasgo habilita profissionais para dobrar rede oncológica
– O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) convocou, na quinta-feira (17/11), mais 396 profissionais para aumentar a rede de atendimento. Entre eles estão 30 cancerologistas/oncologistas; 20 hematologistas; 15 mastologistas e 14 radioterapeutas. Se todos assinarem contratos, o serviço de oncologia do instituto passará a contar com 158 médicos e outros profissionais da saúde, o dobro do número atual, além dos oito hospitais, clínicas e laboratórios que atendem essa área.
Antes de começarem os atendimentos, os 396 especialistas chamados para assinarem contratos com o Ipasgo devem providenciar a entrega, em até 10 dias, dos documentos exigidos no aditivo do edital. Os novos habilitados vão atender em 11 especialidades: cancerologia, gastroenterologia, mastologia, radioterapia, geriatria, hematologia, mastologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e psicologia.
Os novos quadros passam a ser opção para os 1.280 pacientes que têm prazo de seis meses para migrarem do Oncovida e do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) para outro prestador do Sistema Ipasgo Saúde. Desde quarta-feira (16/11), ambos não podem mais receber beneficiários da autarquia porque houve rompimento de contratos em decorrência de descumprimento de cláusulas e danos de mais de R$ 27 milhões aos cofres do Ipasgo.
O instituto montou um comitê para auxiliar os pacientes no processo de transição entre prestadores. O grupo já está conversando individualmente com os usuários sobre os motivos que levaram aos descredenciamentos e apresentando a eles toda a rede credenciada de oncologia, para livre escolha dos pacientes. Hoje, o Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ); o Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom); o Instituto De Gestão e Humanização (IHG); o Hemolabor; o Oncolive; o Hematologia e Oncologia Honcord (Honcord); o Instituto Onco-Hematológico de Anápolis (IOHA) e o Hospital Padre Tiago Na Providência de Deus, além dos 79 prestadores de serviço pessoas físicas já ativos, são alternativas imediatas para os beneficiários.
Outros convocados
Além desses, também foram convocados mais 15 profissionais de áreas médicas, odontológicas e de terapias complementares para atendimento em 22 municípios do Estado: Campos Belos, Catalão, Ceres, Formosa, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Nova Crixás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pires do Rio, Porangatu, Posse, Quirinópolis, Rio Verde, Santo Antônio do Descoberto, São Luís de Montes Belos, Uruaçu, Valparaíso de Goiás.
A lista completa dos candidatos aptos a prestarem serviços aos quase 600 mil usuários do Ipasgo está disponível no site do instituto (www.ipasgo.go.gov.br), no qual também é possível ter acesso a lista de documentos e aos canais de comunicação para tratativas relacionadas às convocações.
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Covid: Goiânia começa a vacinar crianças menores de 3 anos com comorbidades
A vacina Pfizer Baby, contra a covid-19, está disponível para o público infantil de Goiânia a partir desta sexta-feira (18/11). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as doses são para crianças entre 6 meses a menores de 3 anos (2 anos, 11 meses e 29 dias), com comorbidades.
Para a aplicação da primeira dose, o município recebeu 2.260 unidades da vacina contra Covid-19 Pfizer-BioNTech, disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
De acordo com o fabricante, o esquema de vacinação dessas crianças consta de uma série primária de três doses, em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada com, pelo menos, oito semanas após a segunda dose. Cada frasco da Pfizer Baby, que tem tampa na cor vinho, possui 10 doses.
“Por enquanto, conforme determinação do Ministério da Saúde, essas doses são somente para aquelas crianças menores de 03 anos, que possuem alguma comorbidade, e isso precisa ser comprovado. No site da prefeitura, no ImunizaGyn, disponibilizamos um formulário, que pais e responsáveis podem pegar e levar para o médico marcar a comorbidade, de acordo com os critérios do Ministério da Saúde”, informa o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.
O secretário informa, portanto, que há outras maneiras de comprovar, tais como laudo, declaração, prescrição médica ou relatório médico com descritivo ou CID da doença. Caso a criança faça acompanhamento pelo SUS, pode ser solicitado um comprovante na unidade de saúde.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde divulgou, em 9 de novembro, o Ofício 242/2022, com a seguinte lista de comorbidades:
– Diabetes
– Pneumopatias crônicas graves
– Hipertensão arterial resistente
– Hipertensão arterial estágio 3
– Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
– Imunocomprometidos
– Doença renal crônica
– Doenças neurológicas crônicas
– Hemoglobinopatias graves
– Obesidade mórbida
– Síndrome de Down
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PORTAL G1
Mãe denuncia que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho de 1 ano, em Goiânia
Vídeo mostra o momento em que a mãe encontrou a gaze no bebê ao limpar o ferimento dela. Ela ainda conta que o material foi deixado após o menino passar por um procedimento em setembro.
Por Gabriela Macêdo, Ramon Lacerda e Ana Paula Rehbein, g1 Goiás e TV Anhanguera
Mãe do pequeno Gael Fernandes, de 1 ano e 9 meses, Maiane Fernandes denunciou que médicos deixaram gaze por mais de 2 meses no corpo do filho dela, em Goiânia. Ela explica que o caso aconteceu após o menino, que teve um tumor na barriga e passou por uma cirurgia, ter realizado uma drenagem em um hospital da capital. Um vídeo mostra o momento em que a mãe encontrou a gaze no bebê ao limpar o ferimento dela (assista acima).
“Na hora que eu puxei, o pedacinho da gaze saiu de dentro dele. A sorte é que o corpo dele estava rejeitando e eu consegui tirar com a pinça e não quebrou metade dentro dele”, disse Maiane.
De acordo com a mãe, a drenagem em que os profissionais teriam deixado a gaze dentro do menino foi realizada em setembro deste ano. Ela contou ter encontrado e retirado a gaze na última semana. Segundo ela, o menino teve febre todos os dias durante os dois meses em que ficou com a gaze dentro do ferimento.
Ao g1, o hospital afirmou que está “apurando a alegação realizada pela mãe”, que está a disposição da família para tirar dúvidas e continuar o atendimento ao bebê. Além disso, a unidade disse que a criança foi avaliada e que não há necessidade de internação ou do uso de remédios.
“O paciente está sendo atendido pela unidade de saúde desde 20 de julho, e foi reavaliado nesta quinta-feira (17) pela equipe de cirurgia. A partir disso, conforme a indicação desta equipe, todos os procedimentos necessários e tratamentos adicionais serão realizados para dar continuidade ao atendimento e pronto restabelecimento da criança”, disse.
Maiane contou que, além do tumor que o menino teve no último ano, ele foi diagnosticado com mais de dez síndromes, além de uma má formação, após o nascimento. A mãe ainda diz acreditar que a gaze dentro do corpo do filho piorou o estado de saúde do bebê, uma vez que o objeto estava próximo aos rins, área em que o menino já tem problema de saúde.
Após Maiane encontrar a gaze no corpo de Gael, ela explica que voltou ao hospital, onde os médicos realizaram uma limpeza e retiraram o restante do material que estava dentro do menino.
À TV Anhanguera, especialistas ainda avaliaram o fato de o objeto ter sido deixado dentro do bebê por cerca de dois meses. Para a médica Vivian Furtado, a gaze geralmente não pode ser deixada dentro do corpo por mais de 48 horas.
“Se coloca gaze dentro do paciente e programa uma reabordagem, geralmente em 48 horas. Dependendo do número de dias, realmente é uma coisa absurda”, disse.
Já o médico Marcelo Daher, o material deixado no corpo de Gael poderia, inclusive, causar uma infecção.
“De qualquer maneira, se a gente quisesse deixar algo para que drenasse, o material utilizado para fazer drenagem não é uma gaze. Se deixa uma sonda, algo que não seja um tecido, porque o tecido vira um meio de cultura e pode causar infecção”, avaliou.
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JORNAL OPÇÃO
Goiás confirma mais de 2 mil novos casos de Covid-19 em 1 dia
Casos do vírus Sars-Cov-2 aumentam e acendem alerta para uma nova onda da doença no Estado
Dados da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), divulgados na tarde desta quinta-feira, 17, apontam que o Estado confirmou 2.370 casos de Covid-19 em apenas um dia. Ainda de acordo com a pasta, não há registro de mortes pela doença no mesmo período.
Com as atualizações, o território goiano soma 1.738.486 infecções pelo novo coronavírus e 27.592 óbitos pela doença desde o início da pandemia. Além disso, outros 867.087 casos e 74 mortes são investigados para saber se há alguma ligação com a Covid-19. A taxa de letalidade do vírus em Goiás é de 1,59%.
A pasta alerta que o crescimento, que tem sido consistente nos últimos dias, deve continuar nas próximas semanas e sinaliza para uma nova onda da doença. A retomada de leitos exclusivos para a Covid-19 ainda não é uma possibilidade, mas a pasta atenta para a importância da vacinação e de outras formas de proteção contra o vírus Sars-Cov-2.
A Universidade Federal de Goiás (UFG) reforça para as medidas de prevenção contra a doença. A instituição lembra que as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (MS) são eficazes na prevenção de casos graves da doença, mesmo frente às novas subvariantes da Ômicron. “Com a alteração do cenário epidemiológico das últimas semanas, o incentivo à vacinação e à adoção de medidas não farmacológicas são necessárias para a prevenção e controle da doença”, informa o comunicado.
Além disso, a Universidade recomenda o uso de máscara em ambientes fechados e com aglomerações, tais como salas de aulas, laboratórios, gabinetes, auditórios, bibliotecas, eventos, dentre outros. Aos sintomáticos, a prescrição é buscar um posto de saúde para realizar o teste. Já para os casos confirmados de Covid-19, a UFG é mais incisiva: isolamento.
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AGÊNCIA BRASIL
Anvisa libera venda de álcool 70% na forma líquida
Diante do aumento de casos de covid-19 no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (17), a venda livre e a doação de álcool etílico 70% na forma líquida, desde que estejam devidamente regularizados na agência. A medida, autorizada ad referendum, foi adotada de forma extraordinária.
O objetivo, destacou a Anvisa, é ampliar o acesso a produtos que contribuem na implementação de resposta coordenada para reduzir a transmissão e proteger a população em geral do novo coronavírus. A autorização terá validade de 90 dias.
A decisão destaca ainda que a covid-19 tem demonstrado tendência a ter picos anuais de sazonalidade no Brasil, ao contrário de outras doenças respiratórias, como a influenza ou gripe, que aparecem com mais frequência no país apenas nos meses de inverno.
A medida está publicada na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 760, de 17 de novembro de 2022.
Casos
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado ontem (17) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou, em 24 horas, 32.970 casos de covid-19 e mais 71 mortes em consequência da doença. Desde o início da pandemia, foram confirmados 34.9371.043 casos de covid-19 no país e 688.764 mortes pela doença.
Ainda conforme o boletim, 34.162.530 pessoas se recuperaram da doença e 119.678 casos estão em acompanhamento. Entre os estados, São Paulo tem o maior número de casos, 6,16 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e pelo Paraná (2,75 milhões).
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VEJA
Um susto esperado: o que explica a nova explosão de casos de Covid-19
Há um ano, em um momento em que a Covid-19 parecia dar uma trégua e todos ansiavam por um fim de ano de celebrações, o mundo foi surpreendido pelo aparecimento de uma variante que rapidamente elevou os casos da doença. Era a ômicron, cepa do SARS-CoV-2, coronavírus causador da doença, que surgiu com enorme poder de transmissibilidade, porém menos letal do que as anteriores – alfa, beta, gama e delta.
Dominante desde então, é ela que está por trás da nova escalada de casos verificada neste momento. Há crescimento em todos os lugares. O Japão não enfrentava altas desde setembro. Neste mês o índice oscila entre 30 000 e 78 000 diagnósticos diários. A Itália contabilizou, apenas na sexta-feira 11, mais de 181 000 registros. No Brasil, o último levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica mostrou que, entre o início de outubro e o de novembro, o índice de testes positivos passou de 3,7% para 23%. Os hospitais sentem os impactos da nova onda. Na Rede D’Or São Luiz e no Hospital Sírio-Libanês, o total de pacientes internados com a doença quase dobrou em duas semanas. O Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, assinalou um aumento na taxa de positividade nos testes realizados nesse período de 2% para 34%.
O que está ocorrendo não é uma surpresa, mas é a primeira vez que o mundo experimenta o que é conviver com um vírus que veio para ficar. O receio é compreensível, mas convém não alimentar o pânico. Desde meados do ano passado, sabia-se que dificilmente apareceria uma cepa que levasse a outra interrupção das atividades cotidianas, mas, de quando em quando, surgiriam variantes ou sublinhagens mais ou menos barulhentas, capazes de provocar surtos como o atual. A entrada neste momento se dá justamente pela disseminação de sublinhagens da ômicron. E isso não acontece à toa. Identificada na África do Sul e em Botsuana em novembro de 2021, ela foi a última a receber a designação de variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A análise genética à qual foi submetida apontou uma cepa completamente diferente das demais, mas o temor de que gerasse outra catástrofe sanitária se dissipou à medida que sua baixa letalidade ficou evidente.
Contudo, a ômicron continuou circulando ativamente – hoje corresponde a praticamente 100% dos casos confirmados submetidos a sequenciamento genômico no mundo – , o que permitiu a ocorrência de diversas mutações. Uma das sublinhagens, em expansão há um mês, foi apelidada dramaticamente de Cérbero, referência ao mitológico cão de três cabeças que pertencia ao deus grego Hades e que tinha por função guardar a porta do mundo dos mortos. Na denominação científica, é chamada de BQ.1.
Felizmente, nenhuma das variantes da ômicron entrou no radar de alerta da OMS. No entanto, é natural que a explosão de casos assuste e traga à memória a angústia dos primeiros anos da pandemia. Mas há questões que precisam ficar claras. Primeiro, aquele momento dificilmente voltará. Entretanto, dado como certo que a Covid-19 está aí, a realidade exige mudanças de comportamento, quando necessárias, e o acompanhamento da doença por parte das autoridades de saúde, a exemplo do que se faz – ou do que se deveria fazer – com outras enfermidades.
No que se refere à Covid-19, isso quer dizer que, em surtos, recomenda-se o uso de máscaras, como bem fizeram centenas de estudantes que se submeteram à prova do Enem no domingo 13, dando um belo exemplo e em contraponto à torcida que, no mesmo dia, lotou o Autódromo de Interlagos para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a maioria sem proteção. É compulsório, com crescimento ou não de casos, que todos mantenham a vacinação em dia. Os imunizantes, não é demais lembrar, são os grandes responsáveis pela redução expressiva de mortes causadas pela Covid-19: 90% entre fevereiro e novembro deste ano, segundo a OMS. Quando o esquema vacinal não está completo, o risco aumenta. Na cidade do Rio de Janeiro, 92% das pessoas agora internadas com a doença na rede pública não tomaram todas as doses. No estado de São Paulo, a primeira morte pela BQ.1 foi de uma mulher de 72 anos com comorbidades, que tinha tomado apenas três das quatro doses prescritas para casos como o dela. “O impacto em hospitalização e óbitos depende da cobertura vacinal e de quando a pessoa tomou a última dose”, diz Julio Croda, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
O problema é que o cenário brasileiro é desanimador. Por mais que 80% da população tenha tomado as duas primeiras doses, as adicionais engatinham. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 69 milhões de pessoas ainda não buscaram a primeira dose de reforço e mais de 32 milhões não receberam a segunda dose adicional. Outro gargalo é a imunização das crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos. As primeiras doses ainda estão chegando ao Brasil, e o ministério determinou que, por enquanto, fossem destinadas apenas ao público pediátrico com comorbidades.
Na esfera de ações de cunho científico, duas iniciativas são imprescindíveis. Uma é o estabelecimento de uma rede de monitoramento do coronavírus para que nenhuma alteração genética escape aos sistemas de detecção. Esse trabalho vem sendo feito desde 2020 e os resultados abastecem a plataforma Gisaid, criada em 2008 para o compartilhamento de dados sobre o influenza, o vírus da gripe. Com a pandemia, ela se tornou base de informações sobre onde surgiam e circulavam as variantes e sublinhagens do coronavírus. Até agora, cerca de 14 milhões de sequências de genoma do SARS-CoV-2 foram submetidas à ferramenta. Nas Américas, o trabalho é realizado pela Rede Regional de Vigilância Genômica, com a participação da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto de Saúde Pública do Chile.
Informações desse gênero são ouro puro para o desenvolvimento de vacinas. As empresas Pfizer e Moderna criaram vacinas que incluem proteção contra a ômicron, já disponíveis nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Estão em estudo, ainda, imunizantes que defenderiam de vários vírus, as chamadas vacinas “pan-Covid”. “Elas ofereceriam defesa contra a Covid-19, o influenza e o vírus sincicial respiratório, tão perigoso para os bebês”, afirma Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. O calendário vacinal contra o coronavírus não está definido, mas certamente virá acompanhado de boas novidades. E surtos finalmente deixarão de ser sustos.
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Assessoria de Comunicação