ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUE
Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico contra a covid-19
Anvisa aprova venda de Paxlovid para tratar Covid-19
Assembleia Legislativa fará audiência para debater benefícios da cannabis terapêutica
Mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço contra a Covid-19 em Goiás, diz Ministério da Saúde
Aumento de doenças respiratórias em crianças: quando tratar em casa ou levar para o hospital?
Vacinação acelerada teria evitado 47 mil mortes
Planos de saúde crescem no último ano; saiba escolher o melhor para você
AGÊNCIA BRASIL
Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico contra a covid-19
Medicamento é de uso hospitalar | 21.11.22 – 21:22
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (21/11) a ampliação do uso do medicamento remdesivir, vendido no Brasil pelo nome comercial Veklury, para tratamento pediátrico contra a covid-19.
Agora, o medicamento poderá ser usado por bebês e crianças a partir de 28 dias e peso igual ou superior a 3 kg, que tenham pneumonia e requerem administração suplementar de oxigênio (oxigênio de baixo ou alto fluxo ou outra ventilação não invasiva no início do tratamento). Crianças pesando 40 kg ou menos, sem necessidade de administração suplementar de oxigênio, mas que apresentam risco aumentado de progredir para covid-19 grave, também poderão fazer o tratamento com o remdesivir.
O produto é um antiviral injetável, de uso hospitalar,?produzido no formato de pó para diluição,?em frascos de 100 mg, segundo a Anvisa.?O antiviral recebeu registro da Anvisa em março de 2021 e, desde então, vem tendo seu uso expandido entre pacientes adultos e adolescentes em casos de covid-19. A substância age impedindo a replicação do coronavírus no organismo, diminuindo o processo de infecção. Cerca de 50 países já autorizam o uso do medicamento.
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Anvisa aprova venda de Paxlovid para tratar Covid-19
A decisão “levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como EUA
A venda do Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais particulares do país foi aprovada, hoje (21), em Brasília, por unanimidade, pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa).
A decisão “levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos e Canadá”, informou a Anvisa, em nota. O texto acrescenta que “a medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”.
A agência autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem e bula em português de Portugal e em espanhol. A agência também aprovou a ampliação da validade do medicamento de 12 meses para 18 meses.
A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensa e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento. A autorização da Anvisa prevê ainda que o fabricante deve manter e priorizar o abastecimento para o programa do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o remédio deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas da doença.
“O diagnóstico precoce e o tratamento ambulatorial, quando necessários, são importantes para evitar a progressão da doença para casos graves”, afirmou a diretora. Ela reiterou que o tratamento não substitui a vacinação, que “continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, acrescentou Meiruze.
O Paxlovid, usado no tratamento da Covid-19, teve seu uso emergencial aprovado no Brasil em 30 de março deste ano. Composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos, o medicamento é indicado para o tratamento da doença em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 grave. O medicamento é de uso adulto, com venda sob prescrição médica.
Como usar
O Paxlovid é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados juntos, que também devem ser administrados juntos. A posologia recomendada é de 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) com 100 mg de ritonavir (um comprimido de 100 mg), todos tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias. O medicamento deve ser administrado, assim que possível, após o resultado positivo do teste diagnóstico para o Sars-CoV-2 e avaliação médica, e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas.
Orientação
O medicamento deve ser dispensado exclusivamente pelo farmacêutico, que deve informar ao usuário que o remédio é de uso individual e exclusivo ao paciente que passou por avaliação médica e que recebeu a prescrição.
Portanto, o Paxlovid não deve ser usado por pessoas sem a devida avaliação médica. Cumpre ao farmacêutico também proceder as demais orientações quanto à posologia, ao modo de uso e interações, ou seja, informações quanto ao uso correto do medicamento.
Restrições
Segundo a Anvisa, o Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da Covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus. O remédio não está autorizado para uso por mais de cinco dias.
Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento. O Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.
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O HOJE
Assembleia Legislativa fará audiência para debater benefícios da cannabis terapêutica
A audiência foi solicitada pela Associação SouCannabis e vai debater os benefícios da cannabis terapêutica no tratamento de doenças
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) promove na próxima quarta-feira (23/11) uma Audiência Pública para debater os benefícios da cannabis terapêutica no tratamento de doenças. A audiência foi solicitada pela Associação SouCannabis e também abordará os avanços científicos, jurídicos, legislativos, econômicos e regulatórios dos medicamentos à base de cannabidiol (CBD).
O evento foi intermediado pelo vereador Lucas Kitão (PSD), que tem sido apoiador da causa. Na Câmara Municipal, o vereador foi autor da Lei nº 10.611 de 2021, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiânia.
Kitão também propôs a inclusão do dia 27 de novembro como Dia da Cannabis Medicinal em Goiânia e o projeto de lei nº 848/2021, que trata do incentivo às pesquisas com cannabis terapêutica.
O evento ainda terá o apoio da Associação Ágape Medicinal, do Instituto Arandu, da Associação Curando Ivo e do deputado estadual Lucas Calil (MDB), que requisitou o espaço na Alego. Eles atenderam ao pedido da associação, para realização do evento.
Serão oito painéis durante a sessão na Assembleia Legislativa para debater a cannabis medicinal com profissionais da saúde, advogados, representantes do Ministério Público, da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de pacientes, cuidadores e especialistas no assunto.
‘’Será uma oportunidade para debater os benefícios da cannabis terapêutica e a importância desse medicamento que salva vidas. Há diversas doenças que são tratadas com medicamentos prescritos à base de cannabis, desde transtornos do espectro autista até a depressão, a ansiedade e a esclerose múltipla, resultando na melhora da qualidade de vida desses pacientes, por isso é preciso acabar com esse preconceito”, avalia Kitão.
Programação
8:30 – Abertura e Boas Vindas
9:00 – Aspectos Políticos – Quais os avanços legislativos
9:30 – Aspectos Jurídicos – Quais os avanços no judiciário
10:00 – Avanços Científicos – O que a ciência e os resultados clínicos comprovam
10:30 – Aspectos Econômicos – O potencial da cannabis para a economia
11:00 – Depoimentos – Relatos de pacientes
11:30 – Modelo Associativo – O que são as associações de cannabis e como trabalham
12:00 – Aspectos Regulatórios – Como a Anvisa atua
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PORTAL G1
Mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço contra a Covid-19 em Goiás, diz Ministério da Saúde
Além disso, cerca de 1 milhão de goianos estão com a segunda dose de reforço atrasada, segundo MS. Estado tem mais de 1,7 milhão de casos confirmados e 27,5 mil mortes pela doença; veja locais de vacinação.
Por Danielle Oliveira, g1 Goiás
O Ministério da Saúde (MS) divulgou que mais de 2,5 milhões de moradores ainda não receberam o primeiro reforço de vacinas contra a Covid-19 em Goiás. Além disso, segundo o MS, cerca de 1 milhão de goianos estão com a segunda dose de reforço atrasada. Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o estado tem mais de 1.739.466 casos confirmados de Covid e 27.595 mortes pela doença.
Em nota, a SES-GO informou que mais de 900 postos vacinam moradores em todo o estado e que desenvolve uma série de iniciativas para incentivar a vacinação, mas que o maior desafio na imunização contra a Covid-19 em Goiás é completar os esquemas vacinais (veja a íntegra da nota ao fim do texto).
Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (17). Conforme a pasta, completar o ciclo vacinal contra a Covid-19 é a melhor forma de se proteger contra o agravamento da doença.
A primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. Já a segunda dose de reforço é indicada para a população acima de 40 anos e trabalhadores da saúde. Apesar disso, Goiás aplica o segundo reforço já em pessoas acima de 30 anos, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos.
O Ministério da Saúde esclareceu que, quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, deve tomar o reforço da seguinte forma: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos; e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos.
Covid-19 em Goiás
De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, no sábado (19), Goiás tinha 1.739.466 casos confirmados de Covid-19 e 27.595 mortes pela doença.
Já na capital, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, são 437.868 casos confirmados e 7.926 mortes por Covid-19 até o último sábado.
Vacinação na Grande Goiânia
Em Goiânia, a imunização acontece em 72 salas de vacinação. Já em Aparecida de Goiânia, moradores podem se vacinar em 36 locais (veja todos os locais abaixo).
Goiânia
Veja locais de vacinação para crianças a partir de 3 anos e adultos
Bebês de 6 meses a crianças de 3 anos:
Centro Municipal de Vacinação (CMV): De segunda à sexta, das 8h às 17h;
Ciams Urias Magalhães: De segunda à sexta, das 8h às 17h;
Cais Goiá: De segunda à sexta, das 8h às 17h;
Unidade de Saúde da Família (USF) São Carlos: De segunda à sexta, das 8h às 17h.
Aparecida de Goiânia
Bebês de 6 meses a crianças de 3 anos:
Central de Imunização: de segunda a sexta, das 8h às 18h
UBS Cruzeiro do Sul: de segunda a sexta, das 8h às 16h
UBS Santa Luzia: de segunda a sexta, das 8h às 16h
UBS Bairro Cardoso: de segunda a sexta, das 8h às 16h
UBS Veiga Jardim: de segunda a sexta, das 8h às 16h
UBS Bandeirantes: de segunda a sexta, das 8h às 16h
Maternidade Marlene Teixeira: de segunda a sexta, das 8h às 18h
Para crianças a partir de 3 anos e adultos
UBS Andrade Reis
UBS Colina Azul
UBS Jardim Riviera
UBS Jardim Florença
UBS Tiradentes
UBS Veiga Jardim
UBS Papillon Park
UBS Mansões Paraíso
UBS Bairro Hilda
UBS Cruzeiro do Sul
UBS Bairro Cardoso
UBS Delfiore
UBS Madre Germana
UBS Jardim dos Ipês
UBS Alto Paraíso
UBS Bandeirantes
UBS Caraíbas
UBS Garavelo Park
UBS Buriti Sereno
UBS Campos Elísios
UBS Bairro Independência
UBS Boa Esperança
UBS Anhambi
UBS Rosa dos Ventos
UBS Jardim Paraíso
UBS Jardim Olímpico
UBS Parque Trindade
UBS Santa Luzia
UBS Bela vista
UBS Jardim dos Buritis
UBS Nova Olinda
UBS Cândido de Queiroz
UBS Vila São Pedro
UBS Santo André
Central de Imunização
Maternidade Marlene Teixeira
Íntegra da nota da SES-GO:
“A propósito das questões formuladas por este veículo de comunicação, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informa o que se segue:
– Ressaltamos que o maior desafio hoje na vacinação contra a Covid-19 no nosso Estado é completar os esquemas vacinais. No Estado de Goiás Os números da SES-GO revelam que 2.482.037pessoas não tomaram a dose de reforço. Outras 1.014.220 não procuraram os postos para a aplicação do segundo reforço (DR2)
– A SES-GO desenvolve uma série de iniciativas com o objetivo de incentivar a população a completar o esquema de vacinação contra a Covid-19. Entre tais estratégias destacam-se o alerta e o repasse de informações, por meio dos veículos de comunicação, sobre a importância de completar o esquema vacinal para prevenção de casos graves de Covid-19.
– A SES-GO informa continuamente que a vacinação é realizada em mais de 900 postos de vacina instalados em todos os municípios goianos.
– Constitui uma das principais medidas efetivadas pela SES-GO a atualização continuada de gestores e profissionais das Secretarias Municipais de Saúde responsáveis pela operacionalização da vacinação.
– Além disso, a SES-GO disponibiliza aos municípios, de forma continuada, as doses das vacinas contra a covid-19, de laboratórios diferentes, para a efetivação da vacinação”.
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O GLOBO
Aumento de doenças respiratórias em crianças: quando tratar em casa ou levar para o hospital?
Em meio à alta fora de época de infecções respiratórias em crianças, muitos pais compartilham dúvidas semelhantes em relação a quando é preciso levar o filho à emergência e como cuidar do pequeno em casa. Especialistas ouvidos pelo GLOBO esclarecem que a maioria dos quadros costuma ser leve e se resolver apenas com estratégias como repouso e hidratação, porém destacam que o crescimento de internações e a nova onda do coronavírus demandam uma atenção redobrada.
Segundo informações do sistema InfoGripe da Fiocruz, que utiliza dados do Ministério da Saúde, até novembro o Brasil registrou cerca de 92 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 11 anos, um aumento de 31,7% em relação ao mesmo período de 2021, quando esse total era de aproximadamente 70 mil – tendência que vai na contramão de faixas etárias mais elevadas, que vivem uma queda em comparação ao ano passado.
As SRAGs são síndromes respiratórias associadas a uma série de vírus, como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que causa bronquiolite em crianças, o Influenza (gripe) e o novo coronavírus (Covid-19). A subida simultânea dos três patógenos tem sido chamada inclusive de “tripledemia”, e foi motivo de um alerta recente da Organização Pan-Americana de Saúde.
Isso porque, embora o país esteja caminhando para o verão, temporada que não costumava ser favorável para disseminação de vírus respiratórios, especialistas têm relatado um aumento de casos nos consultórios e hospitais, movimento semelhante ao registrado ano passado e que tem sido apontado também pelos números do InfoGripe.
– Esse ano foi totalmente extraordinário. Houve realmente um embaralhamento da sazonalidade desses vírus que normalmente acontecem no primeiro semestre. Teve uma melhora no início da primavera, mas agora estamos vendo piorar de novo. Estamos vendo a Covid voltar, mas também o VSR e Influenza, surtos totalmente atípicos. Então é muito importante estarmos em alerta para as complicações – afirma o pediatra e médico sanitarista do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel Becker.
Essa incidência de SRAG nas crianças é significativamente maior entre os bebês de 0 a 4 anos, que representam 81,5% de todos os casos até 11 anos. Um dos receios dos especialistas é justamente pela vacina para Covid-19 estar elegível nesta faixa etária apenas para aqueles com comorbidades. Eles reforçam a importância dos imunizantes para prevenir esses agravamentos.
– Nós temos vacinas para o Influenza e a Covid-19. Embora estejamos extremamente atrasados em relação à Covid, é preciso cobrar que a vacinação avance o quanto antes para todos os grupos. E quem não tomou a vacina da gripe, precisa tomar o quanto antes também. Isso com ou sem surtos da doença, é preciso sempre estar em dia com a vacinação – orienta o pediatra e infectologia Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Os especialistas avaliam que esse crescimento das SRAGs exclusivo em crianças acontece porque pessoas mais velhas não sofrem um impacto tão significativo pelo VSR, já que foram em grande parte contaminados na infância, mas principalmente por já estarem vacinados há cerca de um ano para a Covid-19, principal infecção respiratória no país hoje. Entre aqueles de 40 a 59 anos, por exemplo, os casos de SRAG despencaram 91,3% de 2021 para 2022, saindo de aproximadamente 364 mil registros no ano passado para 31 mil registros neste ano.
Síndromes respiratórias crescem em crianças Na contramão de faixas etárias mais elevadas, números do InfoGripe mostram que casos cresceram 31,7% entre 0 e 11 anos Fonte: InfoGripe / Fiocruz (Até a 45º semana epidemiológica de 2020, 2021 e 2022) Abaixo, os especialistas explicam quais os sinais de infecções respiratórias aos quais os pais devem estar atentos, quando é o momento de levar a criança à emergência e orientam maneiras de cuidar dos casos leves em casa e prevenir o surgimento de novas contaminações.
Quando é hora de levar à emergência?
O pediatra e infectologista do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, Daniel Jarovsky, assessor médico de Imunizações do Grupo Fleury, explica que os sintomas para todos os vírus são semelhantes, envolvendo tosse, nariz escorrendo, espirro e febre. Ele orienta que no geral os casos podem ser tratados em casa, mas o sinal de alerta deve ser acendido principalmente em relação à duração da febre e à presença de queixas respiratórias.
– É sempre importante compartilhar o quadro com o pediatra. Quando a febre extrapola três dias, especialmente se ela não cessa, não tem uma indicação de diminuição ou de um aumento do intervalo entre os episódios, é o momento de procurar o médico ou a emergência. Qualquer sinal de desconforto respiratório, como dificuldade em respirar, ou se a criança ficar prostrada na ausência da febre, também é o caso de procurar o atendimento – diz o especialista.
Becker, da UFRJ, reforça ainda que, para as crianças com doenças crônicas ou quadros de imunossupressão, a atenção tem que ser redobrada e essa procura pode ser ainda nos primeiros dias de febre. Ele explica que o agravamento das infecções é causado por complicações da infecção viral, e que mesmo se o pequeno apresentar uma melhora é importante monitorar os dias seguintes.
– Pode acontecer de a criança melhorar e dois dias depois a febre voltar alta, ela ficar mais abatida, e o catarro ficar mais espesso. Esse pode ser um caso de otite ou sinusite, que são complicações bacterianas das infecções virais e devem ser acompanhadas pelo médico – afirma o pediatra.
Como cuidar em casa?
Os especialistas destacam que independentemente do vírus, as infecções são tratadas da mesma forma e, na maioria dos casos, se resolve em casa apenas com alguns cuidados a mais. O primeiro deles é garantir a hidratação da criança, lembrando que é papel dos responsáveis oferecer regularmente o líquido.
– A criança precisa estar muito bem hidratada. Os pais esquecem que criança não pede água, quando pede já está desidratada. Então tem que oferecer água, de meia em meia hora. Isso vai melhorar a capacidade dela de combater o vírus e ajudar a dissolver o catarro, que quando acumulado é o que causa as complicações – orienta Becker.
Os pediatras afirmam que outras estratégias para dissolver o catarro e liberar as vias respiratórias também são muito importantes. É o caso da lavagem nasal, que deve ser feita com soro fisiológico morno com seringas, garrafinhas de alto volume ou outros itens destinados ao procedimento.
Além disso, a nebulização e a vaporização também ajudam a diminuir a secreção das crianças. Embora a nebulização com soro fisiológico demande o aparelho específico para isso, a vaporização pode ser feita apenas ao deixar o pequeno respirando o vapor da água quente no banheiro.
A alimentação natural, especialmente com sopas que também emitem um vapor e dissolvem o catarro, é outro ponto apontado pelos pediatras para reforçar a imunidade frente à infecção. Eles também recomendam que as janelas sejam mantidas abertas e o ambiente ventilado.
Como prevenir os casos?
Há algumas formas de prevenir uma infecção viral em meio a uma alta. A mais importante dela, ressaltam os pediatras, é manter a vacinação para a gripe e a Covid-19 em dia. O imunizante contra o Influenza é oferecido para crianças de até 5 anos nos postos de saúde, porém com o fim da campanha nacional há unidades que estendem as doses remanescentes para faixas etárias mais elevadas. Além disso, se possível e não houver oferta na rede pública, Kfouri, da SBP, indica que os pais vacinem as crianças mais velhas na rede privada.
Já a proteção para a Covid-19 está disponível no Brasil para todas as crianças a partir de 3 anos, e para as acima de 6 meses que tenham comorbidades. No entanto, a SBP, assim como outras entidades médicas e os especialistas ouvidos pelo GLOBO, pedem que o Ministério da Saúde estenda o aval para todos os bebês, uma vez que as evidências científicas apontam para a redução significativa de casos graves entre os vacinados.
– Além disso, brincar é um antídoto para o estresse que as crianças também vivem. Dormir bem, estar em contato com a natureza, ter uma alimentação natural. Tudo isso é muito importante para manter a imunidade forte – acrescenta Becker.
Jarovsky destaca ainda que, em caso de a criança estar com uma infecção respiratória, é importante que os pais avisem à escola e a mantenham em casa, de modo a evitar a transmissão e evitar que outros alunos sejam contaminados.
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FOLHA DE S.PAULO
Vacinação acelerada teria evitado 47 mil mortes
Mais de 105 mil hospitalizações também seriam impedidas; mesmo assim, imunizante reduziu óbitos e complicações
Samuel Fernandes
Um novo estudo brasileiro concluiu que cerca de 58 mil pessoas com mais de 60 anos não morreram por Covid-19 por conta da vacinação ocorrida nos primeiros meses da campanha, entre janeiro e agosto de 2021. O número, porém, poderia ser maior: se o início da imunização estivesse no mesmo ritmo verificado oito semanas depois, outras 47 mil vidas seriam poupadas.
O efeito da vacina em quadros graves da doença nos idosos também foi analisado pela pesquisa publicada nesta segunda (21) na revista Lancet Regional Health Américas. Segundo as estimativas, 167 mil deixaram de ser hospitalizados graças aos faramos.
No entanto esse número poderia subir para cerca de 272 mil com a aplicação de doses dos imunizantes no nível observado oito semanas após o início da vacinação.
Para Leonardo Ferreira, primeiro autor do artigo e pesquisador do IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp, o estudo mostra que, mesmo com percalços, a vacinação foi considerável para conter fatalidades por Covid
“Se tivéssemos feito mais rapidamente e de forma mais organizada, teríamos reduzido mais ainda”, afirmou.
A vacinação contra a Covid-19 no Brasil começou em janeiro, período simultâneo ao início das infecções associadas à variante gama. A campanha, no entanto, só vacinação contra Covid-19 reduziu mortes e internações entre janeiro e agosto de 2021 nos maiores de 60 anos, mas salvaria mais vidas se começasse acelerada tração nos meses posteriores, resultando em um impacto pequeno na redução de mortes e internações causadas por essa cepa.
Segundo os autores, a imunização no Brasil teve um papel decisivo contra fatalidades a partir de maio, durante a onda da variante delta.
Por isso, a aplicação mais acelerada no início da campanha representaria uma queda nos quadros críticos da doença antes do que foi visto.
Mas, para chegar a esse dado, o impacto da vacinação contra o coronavírus da forma como foi realizada entre janeiro e agosto foi comparada com um cenário em que não tivesse aplicação de doses. Então, os pesquisadores observaram o quanto a vacina diminuiu as mortes e as internações por Covid-19 em idosos.
Além disso, dois cenários hipotéticos em que a vacinação teria níveis mais rápidos foram considerados. No primeiro, a quantidade de doses aplicadas no começo da campanha seria semelhante ao que foi verificado somente quatro semanas depois. Já o segundo cenário contava com o nível de aplicações de oito semanas posteriores já no início da vacinação.
De forma parecida, esses cenários foram comparados com aqueles em que não houve vacinação e também com os números de mortes e hospitalizações evitadas com a campanha da forma como ela ocorreu.
Foi a partir dessas comparações que a pesquisa concluiu o montante de mortes (47 mil) e de quadros graves (105 mil) que não seriam registrados caso a aplicação dos faramos ocorresse de forma mais ágil.
Ferreira disse que o Brasil tinha capacidade para aumentar a taxa diária de imunizados. O pesquisador cita que, no começo da campanha, cerca de 100 mil doses foram aplica das por dia.
O país, porém, já tem um histórico de aplicações diárias de 1 milhão de doses. A própria campanha contra a Covid depois contou com números dessa ordem.
“O que limitou nossa capacidade de vacinação foi a pouca procura de vacina por parte do governo federal”, afirmou.
Segundo ele, o governo poderia ter colaborado com o Instituto Butantan para a aquisição de mais doses da Coronavac. Outra saída seria comprar com maior velocidade outros fármaeos, como da Pfizer.
Embora a vacinação contra a Covid tenha aumentado, o cenário gera preocupação pelo aparecimento de novas subvariantes da ômicron. Uma delas, a BQ.i, está associada com aumento de casos da doença em vários países, como o Brasil.
Vacinas de modelo bivalente – que contém a cepa original e a ômicron- já são aplicadas nos EUA, Canadá e Europa. Os fármaeos atualizados registram maior eficácia para harari novos casos da doença por serem formulados com as subvariantes BA.i e BA.5 (da ômicron), as duas formas do vírus hoje com maior circulação.
O Brasil, no entanto, ainda não conta com os imunizantes. A previsão é que isso pode ocorrer só em 2023, atrasando a atualização do calendário vacinai – algo que preocupa Ferreira. “Agente está repetindo os mesmos erros que fizemos há um ano e meio.”
No estudo que assina, observou-se que o retorno econômico com a redução de mortes e hospitalizações por vacina eram basicamente o mesmo dos castos da compra do imunizante. A vantagem, no entanto, pende para os imunizantes por evitarem fatalidades e reduzirem casos de sequelas por Covid-19.
A conclusão, para o pesquisador, é óbvia: “Não tem motivo para não comprar vacina.”
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PORTAL BOL
Planos de saúde crescem no último ano; saiba escolher o melhor para você
Os planos de saúde ultrapassaram os 50 milhões de usuários em setembro deste ano, de acordo com a ANS (Agência Nacional do Seguro Social), marca que não era atingida desde março de 2015.
Com muitas opções disponíveis no mercado, o consumidor precisa prestar atenção em vários detalhes antes de contratar um plano de saúde. É importante saber como funciona o reajuste anual e por faixa etária e qual a rede credenciada, por exemplo. Veja as dicas a seguir para fazer uma boa escolha.
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Entenda o reajuste do seu plano: Os planos individuais têm o reajuste anual definido pela ANS, que estipula um percentual máximo que as operadoras podem cobrar de reajuste. Os planos coletivos por adesão e empresariais têm reajustes determinados pelas próprias operadoras.
Na maioria das vezes, consideram a inflação do período e o índice de sinistralidade, que é uma taxa que mede o uso do plano por todos os usuários do grupo.
Além do reajuste anual, todos os planos têm o reajuste por faixa etária. Quando o consumidor fica mais velho, sofre um reajuste. Hoje são dez faixas de reajuste:
De zero a 18 anosDe 19 a 23 anosDe 24 a 28 anosDe 29 a 33 anosDe 34 a 38 anosDe 39 a 43 anosDe 44 a 48 anosDe 49 a 53 anosDe 54 a 58 anosDe 59 anos ou mais
Depois dos 59 anos, nenhuma operadora pode aplicar reajuste por faixa etária aos usuários. A ANS diz que o valor da mensalidade da última faixa etária não pode ser seis vezes maior que o valor da primeira faixa.
A advogada especialista em direito à saúde Giselle Tapai diz que na hora de contratar o plano é preciso perguntar quais foram os reajustes anteriores –principalmente em períodos pré-pandemia, já que em 2021 os planos ficaram mais baratos, com reajuste de -8,19%, e em 2022 bateram recorde com 15,5% de aumento.
O reajuste é feito anualmente no mês de contratação do plano de saúde, que é a chamada data de aniversário do contrato.
Pesquise sobre a rede credenciada: Apesar de o preço ser importante, ele não pode ser o único motivo para levar o consumidor a contratar o plano de saúde. O consumidor precisa analisar a rede credenciada, ou seja, quais são os hospitais, clínicas e laboratórios que ele poderá utilizar quando precisar.
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) afirma que todas as operadoras são obrigadas a apresentar as informações sobre a rede credenciada dos planos em seus sites e comunicar os consumidores qualquer mudança que haja no plano depois da contratação.
Qual a nota do plano? A ANS disponibiliza um serviço para que o consumidor possa ver o IDSS (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), que é uma nota que mostra o desempenho da operadora. O indicador varia de zero a um. As operadoras com nota um são consideradas as melhores.
Para consultar a nota de uma operadora, acesse o site. O consumidor pode preencher um dos três campos: registro da operadora da ANS, nome da empresa ou CNPJ da operadora.
Clique em consultar e veja a nota da operadora escolhida.
Quais os tipos de plano disponíveis? São três tipos de planos de saúde: individual, coletivo por adesão ou coletivo empresarial.
O primeiro é o plano que a pessoa física consegue contratar sem nenhum tipo de vínculo empregatício ou de classe, mas ele está em falta no mercado. Como o reajuste é determinado pela ANS, as operadoras deixaram de oferecer essa opção.
O coletivo por adesão é aquele em que consumidor pode contratar ao se associar a alguma entidade de classe.
O empresarial é o oferecido pela empresa em que a pessoa trabalha.
Nos planos coletivos, existe também a coparticipação, que é uma cobrança feita com base no uso do consumidor. Normalmente a mensalidade é mais baixa nesses casos, de acordo com o Idec, e são feitas cobranças adicionais a medida que o consumidor usa a rede credenciada.
O Idec afirma que os custos adicionais de cada serviço variam de uma operadora para outra e de acordo com o plano contratado.
Os valores podem ser fixos por tipo de serviço ou um percentual. No caso de internação, a coparticipação deve ser um valor fixo.
O Idec diz que a dica é estudar se essa modalidade vale a pena levando em consideração o uso que o consumidor faz do plano de saúde.
Para idosos e pacientes com doenças crônicas, por exemplo, pode não ser interessante, já que a tendência é que essas pessoas usem mais o plano.
Como funciona a carência? Quando o consumidor contrata um plano de saúde, ele está sujeito à carência, que é um período em que não é possível usar alguns serviços específicos.
A carência é de 24 horas para urgência ou emergência, 10 meses para parto, seis meses para procedimentos gerais, como consultas, exames e internações, e 24 meses para procedimentos relacionados a doenças preexistentes.
Quem já tem um plano e quer trocar para outro sem precisar cumprir as carências pode solicitar a portabilidade.
O que é a portabilidade? Na prática, permite ao consumidor trocar de plano de saúde sem precisar cumprir as carências. Mas não é todo mundo que tem direito, há algumas regras:
O plano atual deve ter sido contratado depois de 1º de janeiro de 1999 ou ter sido adaptado à Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98)O contrato deve estar ativo, ou seja, o plano atual não pode estar canceladoO beneficiário deve estar em dia com o pagamento das mensalidadesO beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano. Na primeira portabilidade, são dois anos no plano de origem ou três se tiver cumprido a cobertura parcial temporária para uma doença ou lesão. Na segunda portabilidade, o prazo de permanência exigido é de pelo menos 1 ano ou 2 anos caso tenha feito portabilidade para o plano atual com coberturas não previstas no plano anteriorO plano de destino deve ter preço compatível com o seu plano atual
Os documentos necessários para a portabilidade são os comprovantes de pagamento das três últimas mensalidades, comprovante do prazo de permanência no plano, relatório de compatibilidade entre os planos (emitidos pelo Guia ANS de Planos de Saúde).
Se o plano de destino for coletivo, deve apresentar o comprovante de que está apto para ingressar no plano.
Um ponto importante é que a compatibilidade considera o preço inicial de contratação do plano ou seja, desconsidera os reajustes aplicados ao longo do tempo. Isso ajuda a aumentar a quantidade de planos que podem ser compatíveis na hora da portabilidade.
Possibilidade de reembolso: Tapai diz que o consumidor precisa prestar atenção se existe a possibilidade de reembolso no plano selecionado, principalmente se a pessoa já faz algum tipo de acompanhamento que precisa de reembolso médico.
Consumidor não pode mentir: Na hora de contratar um plano de saúde, o consumidor precisa informar se já tem alguma doença preexistente. Tapai diz que mentir nessa hora pode impactar a cobertura do plano no futuro caso a empresa descubra a mentira.
Nesses casos, o consumidor pode ter problemas com o atendimento e não terá o amparo da Justiça por ter mentido.
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Assessoria de Comunicação