Nova regra da ANS afeta cooperativas
Após recorde de mortes por dengue, Brasil tem 218 cidades com alto risco de infestação de Aedes
Covid longa de casos leves dura menos de um ano
Artigo – IA e machine learning: quando a Saúde se tornará digital?
Zacharias Calil afirma que o estado grave das siamesas separadas é natural
Bagunça faz mal à saúde e prejudica o raciocínio
Ipasgo lança novo modelo de edital para credenciamento de hospitais, clínicas e laboratórios
PORTAL SEGS
Nova regra da ANS afeta cooperativas
Os Corretores de Seguros que atuam no ramo saúde devem ficar atentos às mudanças na legislação do segmento, publicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 22 de dezembro, e que começaram a vigorar no começo desta semana. A autarquia alterou as regras de exigência de capital regulatório, ou seja, o patrimônio líquido mínimo que uma operadora deve ter. Entrevistada pelo Valor Econômico, a nova presidente do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), Raquel Marimon, alertou que essas alterações afetam especialmente as cooperativas médicas. “O segmento das Unimeds é o mais impactado pelo novo modelo porque elas têm muitas transações entre si”, explicou.
Segundo a executiva, a partir de agora, o capital regulatório que, até dezembro, era calculado sobre um percentual da receita ou despesas médicas das operadoras, agora passa a considerar a regra de Capital Baseado em Risco (CBR).
Raquel Marimon explicou que a regra de CBR é composta por cinco tipos de risco: operacional, legal, crédito, subscrição e de mercado.
O risco de mercado, que considera flutuações de juros, câmbio entre outros indicadores, fez com que o montante exigido para capital regulatório viesse acima das expectativas no ano passado. “A projeção era que o capital regulatório pela nova regra equivalesse a 51% do modelo anterior, mas representa 74%”, assinalou a presidente do IBA.
Com isso, o impacto é provável por que quando uma cooperativa tem problemas financeiros há reflexos nas outras.
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FOLHA DE S.PAULO
Após recorde de mortes por dengue, Brasil tem 218 cidades com alto risco de infestação de Aedes
O Brasil registrou em 2022 o maior número de mortes por dengue de sua história. Foram 1.016 óbitos pela doença, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Outros 109 casos estão em investigação.
Entre os estados, São Paulo foi o que registrou o maior número de vítimas: 282. Aparecem em seguida Goiás (162), Paraná (109), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66). Ao todo, foram 1.450.270 casos prováveis, sendo 1.473 graves e 18.145 com sinais de alarme.
O recorde já era previsto por infectologistas, conforme mostrou a Folha.
Criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em programa que busca reduzir casos de dengue; no ano passado, doença foi responsável por 1.016 óbitos no país – Divulgação/World Mosquito Program
O médico Antonio Carlos Bandeira, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que 2022 reuniu diferentes fatores que contribuíram para a alta de casos.
Além da sazonalidade da doença (há picos de casos em intervalos de três a cinco anos), ocorreram períodos com fortes chuvas e temperaturas altas, gerando um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos.
A pandemia também afetou as ações de prevenção, que, segundo Bandeira, foram deixadas em segundo plano. “Houve atraso na entrega de larvicidas e de material para o fumacê.”
A região Centro-Oeste teve a maior taxa de incidência da doença, com 2.086,9 casos a cada 100 mil habitantes, seguida pelo Sul (1.050,5 casos/100 mil hab.), Sudeste (536,6 casos/100 mil hab.), Nordeste (431,5 casos/100 mil hab.) e Norte (277,2 casos/100 mil hab.).
O quadro regional, afirma o médico, coincide com uma rota semelhante à da febre amarela. “Por razões que ainda desconhecemos, observamos taxas muito altas no Centro-Oeste, com os casos agora descendo para a parte mais a oeste do Sudeste e do Sul”, diz.
O estado de São Paulo fechou 2022 com 355.479 casos, o equivalente a 762 registros a cada 100 mil habitantes. Minas Gerais contabilizou 93.412 ocorrências (436,3/100 mil hab.) e Rio de Janeiro, 11.476 (65,7/100 mil hab.).
Os municípios com mais casos prováveis de dengue ao longo do ano foram: Brasília (70.672), Goiânia (56.503), Aparecida de Goiânia (27.810), Joinville (21.353), Araraquara (21.070), São José do Rio Preto (20.386), Fortaleza (19.094), Anápolis (17.452), Teresina (17.169) e Natal (16.268).
Criação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, em programa que busca reduzir casos de dengue; no ano passado, doença foi responsável por 1.016 óbitos no país – Divulgação/World Mosquito Program
O boletim mais recente do Ministério da Saúde também traz dados preocupantes para 2023. O 4º LIRAa/LIA (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti/Levantamento de Índices Amostral) de 2022, realizado entre outubro e novembro, aponta 218 cidades com alto risco no IIP (Índice de Infestação Predial).
Isso quer dizer que, nesses municípios, a cada 100 imóveis visitados pelos agentes de saúde, 4 ou mais continham larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor não só da dengue como do zika, chikungunya e febre amarela.
Em cidades como Itapuí (SP), Barra do Quaraí (RS) e Alvorada D’Oeste (RO), o índice passa de 20, indicando que mais de um quinto dos imóveis têm criadouros, conforme dados do Ministério da Saúde repassados a reportagem.
Dos 5.086 municípios que realizaram o levantamento, 3.130 (62%) obtiveram IIP menor do que 1, taxa considerada satisfatória. Outros 1.738 (34%) ficaram com o índice entre 1 e 3,9, indicando uma situação de alerta em relação à infestação do mosquito.
“O índice mais alto diz que há condições sanitárias ruins. Se somarmos a isso a questão climática, temos um terreno pronto para a proliferação do mosquito”, afirma Renato Grinbaum, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e professor do curso de medicina da Unicid.
Entre os possíveis criadouros mais frequentes, o LIRAa indica a prevalência dos depósitos de água (caixas d’água, tambores, cisternas) em estados do Nordeste e de depósitos domiciliares (como vasos e frascos, bebedouros, piscinas não tratadas e bromélias) no Sudeste.
Em estados como Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, pneus, latas, garrafas PET, sucata e entulho são os depósitos mais recorrentes.
Os infectologistas afirmam que o LIRAa foi criado para servir como subsídio à ação e, quando os dados são usados dessa forma, o maior IPP não resulta em surto. “Em teoria, o risco é maior, mas nem sempre a relação é linear porque depende das ações do município”, aponta Bandeira.
Os dados permitem às secretarias municipais de saúde se antecipar, aplicar larvicidas em regiões críticas, realizar o fumacê nos bairros com alto grau de infestação e reforçar o trabalho de conscientização. A ideia, ressalta Bandeira, não é esperar que vire uma epidemia.
“Dessas 218 cidades, aquelas que adotarem todas as medidas de enfrentamento terão impacto menor do que cidades em alerta ou com nível satisfatório”, adianta.
E, independentemente do nível no levantamento, os dois reforçam a importância dos cuidados. “Com as chuvas, imaginamos um mês de janeiro com muita água parada, o que vai aumentar a proliferação do mosquito e os casos de dengue. No final deste mês, creio que já começaremos a perceber de forma mais clara esse aumento”, sinaliza Grinbaum.
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O GLOBO
Covid longa de casos leves dura menos de um ano
Estudo apontou que síndrome da persistência dos sintomas é mais branda em pacientes que não foram hospitalizados ou que receberam imunizantes contra o Sars-CoV-2. Falta de ar é a queixa mais frequente
Na maioria dos pacientes que tiveram quadros leves de Covid. sintomas persistentes como perda de cabelo e dor muscular cessam em seis meses quadro chamado de Covid longa – a persistência dos sintomas relacionados ao novo coronavírus por ao menos três meses após a infecção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) – se revolve em menos de um ano para a maioria dos pacientes que tiveram casos leves da doença. É o que afirma um novo estudo conduzido por pesquisadores israelenses e publicado na revista The BMJ.
Além disso, aqueles que foram vacinados tiveram um risco menor de desenvolver dificuldades respiratórias, como falta de ar, a longo prazo, sequela mais comum identificada pelos responsáveis do trabalho.
O estudo se junta a um extenso corpo de evidências que busca desvendar a síndrome da Covid longa e entender os diferentes impactos a depender da gravidade da infecção, do status de vacinação, entre outros fatores.
O interesse dos cientistas é alto uma vez que diversos trabalhos feitos pelo mundo apontam uma alta prevalência das queixas persistentes. Um deles, conduzido pela Fiocruz, por exemplo, chegou a estimar que 50,2% de cerca de 650 pacientes ainda tinham sequelas após 14 meses da contaminação.
O trabalho, no entanto, é um dos que apontam estimativas mais altas e tem diferenças, como ter sido realizado majoritariamente no período pré-vacinas e com pacientes que passaram por unidades hospitalares devido à doença, ou seja, tiveram quadros mais graves.
Agora, novos trabalhos têm reforçado que os riscos associados à Covid longa, embora existentes, são menores para aqueles com quadros mais leves e que receberam doses de imunizantes.
É o caso do novo estudo israelense, que analisou dados de aproximadamente dois milhões de pessoas disponíveis por meio de uma organização de saúde pública do país. Foram incluídos na avaliação indivíduos fizeram testes para a Covid-19 no período entre março de 2020, quando começou a crise sanitária, e outubro de 2021, em meio à predominância da variante Delta, antes da Omicron.
Eles selecionaram cerca de 70 condições associadas à Covid longa, como fadiga, falta de ar, dores musculares, névoa mental, perda de memória, tosse persistente, entre outras, e compararam os registros entre pessoas infectadas e não infectadas. Em seguida, analisaram os números a partir do status de vacinação. Pacientes que tivessem sido admitidos em hospitais foram excluídos para limitar o estudo a casos leves.
Os cientistas corrigiram ainda durante a análise possíveis fatores que poderíam afetar os resultados, como ingestão de álcool, tabagismo, diferentes níveis socioeconômicos e doenças crônicas pré-existentes.
Os pesquisadores separaram a análise em dois períodos pós-infecção: o inicial, considerado de um a seis meses após a contaminação, e o tardio, de seis a 12 meses depois. Os dados mostraram que uma infecção da Covid-19 foi de fato associada a um aumento de uma série de condições de saúde.
Perda de olfato e paladar, comprometimento da concentração e da memória, dificuldades respiratórias, fadiga, palpitações, amigdalite estreptocócica (bacteriana) e tontura foram sintomas identificados até o período tardio, ou seja, durante todo o tempo do estudo.
SINTOMAS PASSAGEIROS
Porém, os resultados mostraram que muitos outros, como perda de cabelo, dor no peito, tosse, dores musculares e distúrbios pulmonares foram registrados apenas nos primeiros seis meses. Além disso, que a incidência dos sintomas observados durante toda a análise caiu na segunda etapa, indicando que muitas queixas se resolveram no prazo de um ano.
A perda de olfato e paladar, por exemplo, foi 4,5 vezes maior nos primeiros seis meses após a infecção em comparação a indivíduos que não foram contaminados. Mas, no período subsequente, as queixas caíram, e o risco passou a ser menor de três vezes.
Em relação à vacinação, foi constatada uma redução significativa no risco para os vacinados em relação às dificuldades respiratórias, sintoma mais comum ao lado da fadiga. Para as demais queixas, o status de imunização não influenciou na incidência.
“Nosso estudo sugere que pacientes leves com Covid-19 correm risco de um pequeno número de problemas de saúde (a longo prazo) e a maioria deles é resolvida dentro de um ano após o diagnóstico”, escreveram os pesquisadores.
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PORTAL TERRA
Artigo – IA e machine learning: quando a Saúde se tornará digital?
Para um setor que clama por transformação, a Saúde tem demorado demais a assumir o protagonismo em tecnologia
Lá se vão mais de duas décadas desde que o setor de Saúde começou a clamar por uma transformação que garanta a sustentabilidade do negócio no futuro. Sei disso porque acompanho de perto essas discussões por um novo modelo de gestão, que seja autossustentável e garanta maior abrangência, chegando a um maior número de pessoas. Tudo, claro, com mais eficiência, segurança e com o menor custo possível. E hoje sei que a aplicação da inteligência artificial, do machine learning e da automação é, sem dúvida, o caminho para isso. Pena que a gestão em Saúde ainda é uma das áreas mais atrasadas em tecnologia.
E por que isso acontece? Talvez a forte resistência cultural das estruturas atuais seja o empecilho mais importante. Apesar do modelo de negócios estar praticamente falido, ainda é grande o número de instituições que lucram a partir dele. E não há motivo mais importante para resistir a uma transformação do que o financeiro, como todos sabemos.
Dito isso, a transformação digital que tanto ovacionamos nos últimos tempos precisa ser mais discutida por todos para que sua implantação seja de fato a solução que o setor tanto busca. Já vimos isso acontecer em algumas áreas, como a financeira, enquanto outras como a educação e o direito também fazem sua lição de casa. Mas, repito, a Saúde permanece atrasada em (re)agir.
A resistência ainda é o principal motivo para o modelo de negócios atual continuar vigente. Mas, além dele, a Saúde digital esbarra em um enorme paredão, que é o capital intelectual.
Objetivamente, a barreira de capacitação profissional é um dos desafios mais importantes: a Saúde tem uma carência de profissionais qualificados de TI e de ciência de dados com conhecimento específico sobre o setor, capazes de promover as transformações necessárias.
Portanto, se a Saúde quiser recuperar o tempo perdido e rumar para o digital, precisa assumir um compromisso de formação profissional, ou seja, de desenvolver capital humano que potencialize tudo o que a tecnologia tem a entregar. E isso ainda acontece pouco.
Você pode me lembrar que as startups e healthtechs já se adiantaram e estão formando profissionais com tais expertises. Mas, eu digo, ainda é pouco para o que precisamos: além de não terem recursos para desenvolver tanta gente, elas ainda são pequenas diante dos conglomerados de Saúde – que devem sim encabeçar a iniciativa.
Só com mais pessoas capacitadas em tecnologia e com bom entendimento de Saúde a transformação vai acontecer.
Enquanto isso, empresas de tecnologia se aventuram cada vez mais na Saúde. A Apple, por exemplo, acaba de reunir os dados de sete anos de uso do Apple Watch para lançar um seguro saúde personalizado.
Quer outro exemplo? Há pouco tempo, a Amazon,por meio de uma fusão, lançou um plano de saúde próprio. As bigtechs já perceberam que a Saúde precisa se transformar e – mais importante – que ele ainda está parado.
Por isso, pergunto a você: o que ainda falta para que os principais players de Saúde assumam o protagonismo esperado na mudança digital que precisa vir?
Durante 2022, acompanhamos, quase que diariamente, notícias sobre demissões em grandes empresas de tecnologia: a Meta (que controla o Facebook) mandou embora 13% de seus funcionários em novembro. Já o Twitter, com toda essa novela do Elon Musk, viu seu quadro reduzir para metade do que era no início do ano. E mesmo startups estão demitindo a rodo: este site que monitora os cortes do setor em tempo real já contabiliza mais de 147 mil desempregados em 2022 – e segue somando.
A pergunta que eu faço é para onde estão indo todos esses profissionais altamente capacitados que as empresas de tecnologia estão jogando no mercado? Será que não está na hora de trazê-los para perto da Saúde?
(*) Rodrigo Guerra é especialista em finanças e inovação. As duas áreas não costumam ser associadas, mas quando estão lado a lado, elas conseguem transformar projetos inovadores em prática diária nas empresas. No Projeto Unbox, do qual é fundador, realiza uma curadoria de conteúdos fundamentais para impulsionar as mudanças urgentes e necessárias de pessoas, negócios e da sociedade.
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A REDAÇÃO
Zacharias Calil afirma que o estado grave das siamesas separadas é natural
“Sem pioras no período, ainda em processo de recuperação cirúrgica e em dieta zero devido gravidade do quadro”. O boletim das gêmeas siamesas Heloá e Valentina, separadas na quarta-feira (12/1) pelo cirurgião pediátrico Zacharias Calil, veio acompanhado por um alerta do médico: “é natural e esperado que as irmãs estejam em estado grave no pós-operatório, devido ao tamanho da intervenção nos corpos delas”. A informação, atualizada nesta quinta-feira (12/1) é do Hospital Estadual da Criança e Adolescente (Hecad), onde as menidas seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica “em uso de medicação para sedação e alívio de dor, respirando por aparelhos em com ajuda para manter a pressão arterial.”
“Foi uma cirurgia de grande porte, envolvendo várias especialidades. Uma intervenção de tal monta se torna uma verdadeira catástrofe em todo o organismo delas”, reforça o médico”, explica Calil. Ele lembra que houve intervenções severas no fígado, bacia, intestinos grosso e delgado, bexigas, ureteres e outros.
A cirurgia foi a primeira deste perfil no Hecad, que teve reuniões periódicas por 10 meses para planejar o procedimento. “É uma cirurgia muito complexa, com o corte da comunicação de sangue, pele e intestino, entre outros órgãos. Sempre podem acontecer intercorrências, contudo ocorreu tudo muito bem”, completou Calil, destacando que confia muito na recuperação das irmãs diante do corpo clínico, estrutura e tecnologia do Hecad. “Aqui temos o que poucos hospitais têm no Brasil, incluindo a rede particular.”
Ele explica que um dos pontos mais positivos durante as 15 horas de cirurgia foi a regularidade dos corações e pulmões das meninas, fator que se mantém passadas quase 24 horas no pós-cirúrgico. “O monitoramento é feito por profissionais de alto nível técnico e aparelhos em quantidade e eficácia que poucas instituições têm no Brasil”, afirma o cirurgião.
Em cerca de três semanas após a separação, Valentina e Heloá passarão por um procedimento para complementar o fechamento da área aberta no abdômen de ambas. A intervenção consiste em retirar retalhos de pele da parte interna das coxas e implantar em suas barrigas. O médico explica que, apesar de todo o esforço realizado com a colocação de expansores, o ganho de pele não foi suficiente para cobrir as áreas abertas, já que a siamesas compartilhavam o abdômen.
Sobrenome: experiência
Essa foi a vigésima segunda cirurgia de separação de siameses do profissional, que considerou o caso desafiador devido à complexa união dos dois intestinos. O médico destacou que, apesar de altamente complexa, a separação foi totalmente realizada pelo SUS. “Nos EUA, um procedimento como esse custa mais de um milhão de dólares. Aqui, se calcularmos os honorários médicos, estrutura hospitalar, medicamentos, materiais, equipamentos, entre outros gastos, não sairia por menos de R$ 1 milhão”.
No Hecad, inaugurado em janeiro de 2022, esta foi a primeira de muitas cirurgias de separação. “Todas as equipes, assistenciais e de apoio, estavam empenhadas na previsão e provisão de insumos e equipamentos necessários para a cirurgia. A integração de todos os setores nesse processo foi fundamental para o êxito”, reforçou o diretor.
Alta complexidade
As meninas nasceram em Guararema (SP), mas a família se mudou para Morrinhos, no sul de Goiás, para ficar mais próxima da unidade de saúde, uma das poucas no país que realiza o procedimento de separação, considerado de alta complexidade. Elas estavam ligadas pela bacia, configurando um caso de gêmeas isquiópagas, classificado como um dos mais complexos da cirurgia pediátrica.
Desde 2021, Valentina e Eloá passaram por diversos atendimentos, sendo que todo o processo de separação tem três etapas. A primeira foi a colocação dos expansores – espécie de tecido que tem a função de estimular o crescimento da pele -, que aconteceu no ano passado. O segundo passo foi a própria cirurgia, e o último é o pós-operatório, momento muito importante para a recuperação das pacientes.
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JORNAL OPÇÃO
Bagunça faz mal à saúde e prejudica o raciocínio
Falta de organização traz prejuízo até para as relações pessoais, segundo especialistas
Os preguiçosos que perdoem, mas a arrumação é fundamental. Isso é o que dizem os especialistas, que afirmam que a bagunça prejudica a saúde, as relações e até o raciocínio. Isso porque a falta de organização pode desencadear estresse e crise de ansiedade e, o que é ainda mais grave, pode piorar doenças preexistentes, como hipertensão, fibromialgia, alergias e gastrite. Isso porque a desarrumação leva a problemas de sono, perda de energia, dores de cabeça, nas costas e musculares e problemas digestivos.
O psicólogo Sófocles Herácliton, acredita que a bagunça anestesia, causando uma espécie de esquecimento de si e isso vai comprometendo vários setores da vida da pessoa. “Quando você está dentro de um espaço físico organizado, o que se tem é a clareza de onde as coisas estão e se tem uma objetividade melhor para resolver problemas”, completou Sófocles.
Mas vale lembrar que existem dois tipos de bagunceiros: os momentâneos – esses até conseguem se orientar no meio de uma bagunça – e os que fazem do caos um estilo de vida que só gera prejuízos. Esse segundo tipo costuma não cumprir prazos, encontra dificuldade em encontrar o que precisa, perde muito tempo para achar algo ou se organizar e não tem compromisso, chegando a afetar o emprego e as relações sociais. Isso tudo gera sofrimento. Primeiro psíquico/emocional, mas que se tornando físico.
Outra questão que vale destacar é que conflitos doenças como a depressão e a ansiedade acabam sendo refletidas no exterior. Os adeptos do Feng Shui chinês, inclusive, acreditam que a casa é o espelho da alma. Assim, ambientes em harmonia ajudariam a ter equilíbrio e superar dificuldades.
Para o psicólogo, a bagunça e a desorganização trazem um comprometimento da percepção do que está acontecendo. “A partir do momento em que se vive em um ambiente desorganizado, você vai se adaptando a esse estado de desorganização e a pessoa passa a ver apenas aquilo que é mais conveniente. A desorganização nos distancia do sentimento daquilo que é bom”, explicou.
Agora, se bagunça afeta a saúde física e mental, a organização, de forma contrária, contribui para se evitar problemas respiratórios (relacionados ao acúmulo de poeira, ácaros e fungos, por exemplo) e por trazer a sensação de paz e de dever cumprido. Isso ajuda a evitar preocupações, angústias e, por consequência, frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese, desmotivação, vícios. Por consequência, a organização ajuda na dieta, no uso moderado do álcool e a prevenir o tabagismo, o sedentarismo e ainda pode melhorar doenças crônicas
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Ipasgo lança novo modelo de edital para credenciamento de hospitais, clínicas e laboratórios
Modernização do processo visa redução de burocracias e aumento da segurança nas operações e contratualizações. Com as mudanças, editais 04/2021 e 05/2021 foram revogados. Inscrições devem ser realizadas a partir do dia 25 de janeiro
O Governo de Goiás lançou nesta quinta-feira, 12, novo modelo edital para credenciamento de hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue interessados em atender os quase 600 mil usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo). O objetivo da iniciativa é reduzir burocracias e aumentar a segurança nas operações e contratualizações. Com a modernização do processo, os editais 04/2021 e 05/2021 foram revogados. As inscrições devem ser realizadas a partir do dia 25 de janeiro.
“O Ipasgo empreende todos os esforços possíveis, dentro do que preconiza a lei, para eliminar gargalos, desburocratizar processos e melhorar a dinâmica interna, reduzindo custos operacionais. O novo modelo de credenciamento vai favorecer a recomposição da rede de prestadores credenciados, o que é um anseio do Instituto, mas principalmente dos nossos usuários”, avalia o presidente do Ipasgo, Vinícius Luz.
As principais mudanças envolvem a simplificação da documentação de habilitação, o que irá reduzir os entraves burocráticos para fazer parte da rede credenciada. Essas alterações refletem o diagnóstico de desempenho dos editais anteriores. Afetados pela rigidez burocrática, já na primeira etapa houve inabilitação de 83% dos inscritos. Das 1.418 inscrições, apenas 241 foram consideradas aptas.
“Era um edital complexo, extenso, com vários aditivos e diversas etapas. Tanto, que a previsão de conclusão era para agosto deste ano, ou seja, quase dois anos após a publicação inicial dos editais que, agora, foram revogados”, explica a gerente de Credenciamento do Ipasgo, Caroline Resende.
Inscrições
Para se inscrever no novo edital, os hospitais, clínicas, laboratórios e bancos de sangue interessados devem se cadastrar no Sistema de Credenciamento no site www.ipasgo.go.gov.br. Para novos usuários é preciso selecionar a opção “Primeiro Acesso”.
Podem participar do processo de credenciamento as pessoas jurídicas legalmente constituídas, com capacidade técnica comprovada, idoneidade, regularidade trabalhista, jurídica e fiscal, que satisfaçam as condições de habilitação fixadas no edital e que aceitem as exigências estabelecidas pelas normas internas do Instituto.
Após a finalização de cada inscrição, o Ipasgo terá o prazo de até 90 dias úteis para publicar o resultado final referente à habilitação ou não do interessado. O chamamento completo encontra-se disponível no site do instituto, na aba Editais.
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Assessoria de Comunicação