DESTAQUES
Goiânia tem seis vezes mais médicos que o interior
Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º maio
Leucemia deve ser diagnosticada em 11 mil brasileiros de 2023 a 2025
Processo seletivo: Ipasgo abre 75 vagas com salários de R$4,8 mil
Caiado lança obras do Complexo Oncológico de Goiás nesta segunda-feira (13)
Vídeo de médico fumando vape durante procedimento cirúrgico viraliza; veja
Impacto do piso de enfermagem pode representar até 16% do orçamento previsto para saúde em 2023
Vacinação contra Covid-19 em crianças com até 4 anos enfrenta obstáculos
Publicação de deputado Cairo Salim gera polêmica dizer que obesidade mata mais que feminicídio
A saúde do governo Caiado ganhou as páginas policiais
DAQUI
Goiânia tem seis vezes mais médicos que o interior
Presidente do Cosems, Verônica Savatim acredita que implantação de estruturas regionais favorece médicos
Deivid Souza
Goiânia tem, proporcionalmente, seis vezes mais médicos que o interior de Goiás. Enquanto aqui há 6,78 médicos por mil habitantes, os demais municípios têm apenas 1,1 profissional para cada mil habitantes. A realidade faz com que 62,9% dos médicos estejam na capital, onde residem pouco mais de 20% da população estadual.
Do total de 16.782 médicos em Goiás, 10.553 estão em Goiânia. O interior soma 6.229. Os dados são da plataforma Demografia Médica no Brasil 2023, lançada nesta semana.
A disparidade na distribuição faz com que os moradores de municípios menores tenham o acesso à saúde dificultado. Os trabalhadores, por outro lado, atribuem a situação às condições desfavoráveis de estrutura para trabalho e de renda.
O principal ponto é realmente a má distribuição. Goiás tem ao todo 16.782 médicos. O número total faz com que o estado tenha 2,32 médicos por mil habitantes, a décima unidade da federação neste quesito. O Brasil tem média de 2,64 médicos por mil habitantes.
Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Fernando Pacéli Neves de Siqueira atribui a alta concentração dos profissionais na capital às condições estruturais de trabalho e de remuneração piores no interior, na comparação com a capital.
“Os contratos que existem hoje dos médicos com o governo, seja municipal ou estadual, são, em sua maioria de pessoa jurídica (PJ), são precários, sem direito a férias, 13º e todos os benefícios que a carteira assinada traz. O médico busca, de alguma forma, ficar em um lugar melhor”, explica o presidente. Pacéli pontua que as condições de trabalho oferecidas na maioria dos municípios do interior não são atrativas para os médicos. “É toda uma questão estrutural, desde alvenaria à falta de recursos muito simples como ultrassom ou cardiotocografia, um exame que a mulher precisa fazer no fim da gestação para ver a vitalidade fetal. Você não vai encontrar isto nas maternidades do interior”, pontua.
As finanças são uma barreira. Mas a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems-GO), e ex secretária municipal de Saúde de Chapadão do Céu, Verônica Savatim, entende que mesmo oferecendo uma boa remuneração ao profissional, outras questões desestimulam a interiorização, como a ausência de possibilidade de segunda renda, por em algumas localidades não haver rede privada. “A distância de um grande centro onde haja uma escola de línguas, uma faculdade para ele continuar os estudos, local de lazer, shopping, emprego para o companheiro. Isto acaba desestimulando”, elenca.
A presidente do Cosems acredita que o fato de implantar estruturas regionais ajuda a reverter o cenário de concentração de médicos na capital. “De Chapadão do Céu para Goiânia são pelo menos seis horas de viagem. No interior, há ausência de outros profissionais de referência, como na pediatria, por exemplo. Ele pode precisar estabilizar um paciente, para isto são necessários equipamentos específicos e profissionais de referência para operá-los. Quando tem uma estrutura regional próxima, ele já se sente mais seguro”, explica.
Verônica acrescenta também que quando leva-se uma estrutura de média e alta complexidade para uma região, abre-se a possibilidade de o médico atuar no município menor e na unidade regional, ou seja, é a chance de segunda renda. Desta forma, acredita ela, diretamente e indiretamente o estado contribui com a fixação dos profissionais longe dos grandes centros.
Condições contratuais prejudicam interesse
A presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás, (Simego), Franscine Leão, afirma que a questão remuneratória é um fator negativo e muito importante como contribuição para que os profissionais prefiram a capital. Ela pontua também que contratação como pessoa jurídica, algo comum, desestimula e ainda há atrasos na remuneração e até o não pagamento de salários é uma realidade. “No interior o ganho é menor. Como o profissional, em alguns casos tem uma demanda menor, há um entendimento do município que ele poderia ter um salário menor.”
A presidente diz ainda que os médicos que atuam no interior, não raro, se defrontam com situações em que são coagidos. “Às vezes há solicitações por parte de vereadores e do próprio prefeito para emissão de receitas e atestados”, exemplifica.
Franscine considera que por causa destes fatores recorrentes, as prefeituras têm, de maneira geral, menos credibilidade perante os médicos.
A falta de estrutura nos municípios é outro ponto citado por Franscine que afasta os médicos do interior de Goiás. A falta de um suporte para casos graves e equipamentos para exames incorporam esta lista.
Como muitas vezes os municípios do interior de Goiás são pequenos, são poucos profissionais de saúde, o que dificulta que eles possam se mobilizar em prol de melhores condições de trabalho e remuneração. “Logo o profissional é trocado.”
A rotatividade impacta diretamente na qualidade do serviço para o cidadão. “Neste mês a pessoa é atendida por um médico, no outro por outro e depois por um terceiro.”
A proximidade com os “bolsões” de saúde são uma questão que na visão da presidente do Simego ameniza as dificuldades nos municípios menores. Ela cita que estas localidades são, por exemplo, Catalão, Ceres, Santa Helena, Rio Verde e Itumbiara.
Regionalização O governo estadual tem 5.980 médicos que estão sob a gestão dele. No entanto, apenas a minoria em exercício é concursada: 672. Uma quantidade importante dos médicos está em funções administrativas. São 134, ou seja, um em cada cinco dos servidores efetivos.
Superintendente de Atenção Integral à Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Paula dos Santos Pereira reconhece que também há a concentração por parte do estado, mas enfatiza que o maior volume está na atenção básica, de competência dos municípios. “No caso do estado, ele administra diretamente média e alta complexidade. Então, quando você trabalha com média e alta complexidade, você traz questões que são de grandes hospitais, e na capital nós temos os maiores, onde se encontra parte desses profissionais que são mais especializados”, explica.
Paula considera que o grande desafio para a saúde estadual é a descentralização. “Nós temos diferentes regiões com diferentes quantidades de profissionais, não só médicos. Dependendo da especialidade médica, é ainda mais complicado”.
A superintendente acrescenta que a regionalização da saúde é uma questão que “melhorou muito nos últimos anos”. Ela afirma que a implantação pela SES-GO de unidades regionais em Uruaçu, Formosa, Luziânia e São Luis de Montes Belos, por exemplo, caminha no rumo da necessidade estadual de contribuir para reduzir a concentração existente.
Média de idade dos profissionais de Goiás é inferior à nacional
A demografia em Goiás revela um profissional de média idade, com equilíbrio entre os sexos masculino e feminino e formado há menos tempo que a média nacional (veja quadro). A pirâmide etária ilustra que entre os médicos mais jovens, as mulheres predominam. À medida que a idade avança, esta diferença se equilibra, na casa dos 35-39 anos. A partir daí, os homens predominam, chegando a ser 5,9 vezes mais numerosos que elas entre os com 70 anos ou mais de vida.
O presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, atribui a maior proporção de mulheres entre os médicos mais jovens ao fato das conquistas delas ao longo das últimas décadas. “Em qualquer profissão, se você fizer um histórico, sempre houve mais acadêmicos do sexo masculino, mas com a força da mulher, ela vem mostrando seu potencial. Ela conseguiu suplantar tudo isto”, considera.
Sobre o fato de os profissionais de Goiás serem mais jovens, Pacéli considera que isto é porque surgiram muitas faculdades de Medicina nos últimos anos. Entre os cursos presenciais, esta formação é a quarta na rede federal, com 41,3 mil matrículas, conforme o Censo do Ensino Superior. Nas instituições privadas, esta graduação ocupa a quinta posição com 158 mil alunos.
A taxa de médicos por mil habitantes aumentou com mais profissionais. O indicador de Goiás que hoje é de 2,32 já foi de 1,65 em 2011. Àquela época, o estado era o nono neste quesito, posição praticamente estável hoje.
Mas não foi só o estado que aumentou esta razão. O País, por exemplo, passou de 1,95 para 2,64. O Brasil somava em 2011, 371,8 mil médicos para uma população estimada de 190,7 milhões.
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AGÊNCIA BRASIL
Salário mínimo deve ter novo reajuste no dia 1º maio
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente no valor de R$ 1.302, deve passar por aumento ainda este ano. O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º de janeiro. “Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista ao programa Brasil em Pauta, que vai ao ar neste domingo (12/2), na TV Brasil.
Além do novo reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007.
“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, explicou.
“Veja, se esta política não tivesse sido interrompida a partir do golpe contra a presidenta Dilma e o governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de R$1.302 para R$1.396 é o que estaria valendo o salário mínimo hoje. Portanto, foi uma política que deu muito certo”, destacou Marinho.
“Emprego na veia”
Durante a entrevista, o ministro do Trabalho falou das expectativas da pasta para esta nova gestão e destacou a reparação das relações trabalhistas como uma das prioridades. “Passamos por um governo que trabalhou um processo de desmonte das relações de trabalho. Então o contrato coletivo, negociações trabalhistas, tudo isso foi atacado de forma feroz, a legislação trabalhista, a proteção ao trabalho, tudo isso foi atacado. Nós precisamos enfrentar esse dilema, rever o que foi prejudicado nesse processo de relações de trabalho, para que nós possamos de novo retomar o processo de negociação, de valorizar o valor do trabalho em si, a massa salarial, geração de emprego e renda. Nossa expectativa é de trabalhar esse processo”, afirmou.
Ainda sobre as expectativas da nova gestão, Marinho destacou a retomada das obras públicas como um impulso para o crescimento da economia e das oportunidades de emprego. “Nós temos a ordem de 14 mil obras paradas no Brasil, isso cria uma nova expectativa, expectativa de gerar emprego. Obra é emprego na veia”, destacou. “Essas obras são retomadas praticamente de forma simultânea no Brasil, eu tenho certeza que isso vai dar um grande impacto na retomada do crescimento da economia”, completou.
Novas formas de trabalho
O Brasil vive mudanças aceleradas no mercado de trabalho ocasionadas pelos avanços tecnológicos. Na entrevista, o ministro do Trabalho falou, ainda, sobre essas novas modalidades de serviço, como o trabalho por aplicativos. “Seguramente é uma tendência que vem com muita força. É preciso que seja introduzido nas negociações coletivas, se não nós podemos ter muita gente desprotegida no mercado de trabalho”, afirmou.
“E tem neste [cenário] a história dos trabalhadores por aplicativos, que muita gente pensa que é só entregador de pizza, ou que é só o motorista do Uber, das várias plataformas de transporte de pessoas, mas não é, está presente na saúde, na educação, na intermediação até do trabalho doméstico. Portanto, é preciso que a gente compreenda totalmente esse novo momento”, explicou Luiz Marinho.
Ainda sobre o assunto, o ministro abordou a precariedade do mercado de trabalho observada nos últimos anos. “Ocorreu em escala gigantesca e é exatamente o ponto que nós estamos [nos] referindo. É um amadurecimento que nós vamos ter que passar. A minha preocupação é com os trabalhadores e trabalhadoras, são eles que nós queremos proteger, porque as empresas estão é explorando demais essa mão de obra”, concluiu o ministro. “O que não é possível é a desproteção. Hoje existem milhares e milhões de trabalhadores, no mundo inteiro, não só na realidade do Brasil, trabalhando absolutamente sem nenhuma proteção social”, acrescentou.
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A REDAÇÃO
Leucemia deve ser diagnosticada em 11 mil brasileiros de 2023 a 2025
A Leucemia é uma neoplasia ou câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue. De acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) no período entre 2023 e 2025 mais de 11 mil casos da doença serão diagnosticados no Brasil. Ainda conforme o Inca, só no ano de 2020, foram registrados 6,7 mil óbitos no país em decorrência do problema.
O mês de fevereiro, ou Fevereiro Laranja, é designado pelas autoridades de saúde para realização de ações de conscientização sobre o combate a esse tipo de câncer que aumenta sua incidência com a idade, sendo mais frequentes em idosos. Mas até os vinte anos de idade é o câncer mais comum.
A doença é classificada em 12 tipos, mas os mais conhecidos e com maior incidência são quatro: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL). Dependendo do tempo de evolução, a leucemia pode ser classificada como crônica ou aguda. “As agudas são as que mais assustam, e consequentemente, necessitam de um tratamento rápido. Há também um risco maior no tratamento quimioterápico, que é mais agressivo nesses casos, porém com mais chances de cura”, explica a hematologista e oncogeneticista, Maria Cunha Ribeiro Amorelli, que atende no Órion Complex em Goiânia.
Sintomas e causas
Segundo especialistas, ainda se sabe pouco sobre as reais causas dessa neoplasia que atinge as células do sangue, mas estudos já demonstram alguns importantes fatores de risco para seu desenvolvimento, como exposição a alguns tipos de radiação, elementos químicos e anomalias genéticas, como a Síndrome de Down, e o histórico da doença na família.
Assim como suas causas, os sintomas indicativos da leucemia também nem sempre são claros. Mas alguns sinais como sangramento nas gengivas e no nariz, inchaço no pescoço, cansaço, dores nos ossos e nas articulações, febres que podem vir acompanhadas de suores noturnos, perda de peso, aparecimento de manchas roxas são sinais de alerta que precisam ser investigados.
Segundo a médica Maria Cunha Amorelli, a leucemia tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, onde a doença tem origem, que substituem as células sanguíneas normais. “Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma numa célula cancerosa. As células leucêmicas, da medula, substituem as células normais, circulam pelo sangue e podem infiltrar órgãos como gânglios linfáticos, o baço, o fígado, o sistema nervoso central, os testículos e outros órgãos.”
De acordo com a hematologista e oncogeneticista, à medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem inchaços ou infecções e quanto maior a idade maior os riscos para o paciente. “Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças com sintomas de cansaço, palidez e pontos vermelhos no corpo, que não somem, quando pressionadas”. Esclarece a hematologista.
Diagnóstico e tratamento
Diante da suspeita de um quadro de leucemia, um dos principais exames para diagnosticar a doença é a realização de um hemograma completo, exame de sangue que traz várias informações importantes sobre o comportamento das células sanguíneas. “É um exame muito simples que pode ser feito a qualquer momento. Com isso, se consegue uma pista sobre a presença de uma leucemia e posteriormente serão feitos exames de alta complexidade, sendo possível definir se um paciente é portador de uma leucemia e seu tipo específico”.
O tratamento das leucemias agudas é feito com altas doses de quimioterapia, o que acarreta em efeitos colaterais bastante agressivos. “Nesse momento o paciente fica bastante fragilizado e precisa receber diversas transfusões de sangue. Outro tratamento bastante usado nos últimos anos é o transplante de medula óssea, que pode ser feito após a quimioterapia”, esclarece a especialista.
Já as leucemias crônicas, como têm um desenvolvimento mais lento, podem ser tratadas até mesmo com fármacos, ou por meio da associação com outros tratamentos como a quimioterapia e a radioterapia, o que irá depender do tipo da leucemia e seu estágio de evolução.
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Processo seletivo: Ipasgo abre 75 vagas com salários de R$4,8 mil
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) abriu neste sábado (11/2) as inscrições para processo seletivo simplificado que visa a contratação de 75 auditores, sendo 61 médicos e 14 enfermeiros. A remuneração é de R$ 4.814,24 e a jornada de trabalho, de 30 e 40 horas semanais respectivamente. Os interessados devem se inscrever no site do Ipasgo, por meio de preenchimento de formulário, até o dia 20. Não há cobrança de taxas.
Para participar da seleção é necessário ter graduação em Medicina/Enfermagem e especialização na área de interesse, além de registro no órgão fiscalizador. Também é preciso ter experiência profissional e cumprir os requisitos legais previstos no edital. O processo de classificação dos inscritos envolverá análise curricular e entrevista. Ambas etapas têm caráter classificatório e eliminatório. O resultado final do certame será divulgado no dia 4 de abril.
Especialidades
O quadro de vagas prevê o ingresso de cardiologistas, psiquiatras, geriatras, ginecologistas e obstetras, neurologistas, reumatologista, hematologistas, oncologistas, clínico geral, ortopedistas, neurocirurgiões, oftalmologistas, intensivistas, cirurgiões geral, plásticos, oncológicos e vasculares; nefrologistas, urologistas, mastologistas, dermatologistas, endocrinologistas, pneumologistas e infectologistas na equipe do Ipasgo. Ao todo, são 71 vagas em ampla concorrência e quatro para pessoas com deficiência. Em todos os casos os contratos terão validade de até três anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos.
O edital completo está disponível no site do Ipasgo. No endereço eletrônico também é possível ter acesso ao cronograma completo do processo seletivos, lista de documentos e declarações a serem preenchidas.
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Caiado lança obras do Complexo Oncológico de Goiás nesta segunda-feira (13)
O governador Ronaldo Caiado lança, nesta segunda-feira (13/2), as obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA). Com investimento de R$ 427,7 milhões de recursos do Tesouro Estadual, o novo hospital terá área total construída 44,7 mil metros quadrados e será erguido próximo à Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa) e à BR-153, em Goiânia.
A unidade terá 148 leitos destinados à internação de pacientes adultos e pediátricos. O CORA possuirá recepção, ambulatório, laboratório, setor de exames por imagem, centro de infusão quimioterápico, enfermaria, UTI adulto e pediátrico, centro cirúrgico, centro de material e esterilização, enfermaria, gerador de energia, farmácia, almoxarifado e serviços de apoio.
Na primeira etapa de funcionamento, o Governo de Goiás ofertará tratamento oncológico especializado às crianças e adolescentes. Na segunda fase, ampliará o tratamento especializado a adultos, além de oferecer serviços e exames de prevenção para identificar, monitorar e tratar precocemente a ocorrência da doença.
O nome do hospital, em homenagem à sensibilidade e humanismo da poetisa goiana Cora Coralina se soma à proposta de oferecer tratamento humanizado, moderno e de ponta aos pacientes.
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JORNAL OPÇÃO
Vídeo de médico fumando vape durante procedimento cirúrgico viraliza; veja
O dono da clínica afirma que o vídeo é de dois anos há atrás e que na época as medidas foram tomadas
Um vídeo viralizou nos últimos dias na redes sociais mostram imagens de um médico fumando vape, o popular cigarro eletrônico, durante um procedimento de transplante capilar. A publicação já tem mais de 5 milhões de visualizações na plataforma.
No vídeo é possível ver o médico com a máscara abaixada e conversando com outros profissionais enquanto fumava. Uma outra funcionária continua a realizar o procedimento no paciente.
A conta responsável pela publicação alega que o caso aconetceu na clínica Dr. Marcio Ravagnani, do médico de mesmo nome, localizada em Alphaville, bairro nobre da cidade de Santana de Parnaíba, em São Paulo.
Em nota, os advogados do médico responsável pela clínica afirmam que o vídeo foi gravado há dois anos e que, na época, as publicações “tiveram as medidas jurídicas necessárias tomadas”.
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NO MERCADO
Impacto do piso de enfermagem pode representar até 16% do orçamento previsto para saúde em 2023
A Federação Brasileira de Hospitais alerta que o piso salarial nacional de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem vai tornar insustentável a operação de centenas de estabelecimentos de pequeno e médio porte privados. São mais de 1,2 milhões de profissionais de enfermagem no país, sendo que 887,5 mil deles recebem abaixo do piso aprovado. Estudo solicitado pela FBH aponta que o impacto do piso no setor de saúde pode variar de R$ 16,3 bilhões a R$ 23,8 bilhões por ano, o que representa uma fatia de 11% até 16% do orçamento do Ministério da Saúde (R$ 146,4 bilhões) previsto para 2023.
O presidente da FBH, Adelvânio Francisco Morato, explica que a variação apontada pelo estudo ocorre por ainda não haver um entendimento sobre como o piso será aplicado em relação às horas trabalhadas em comparação com jornada tradicional da CLT de 44 horas. Não há uma definição, por exemplo, se o piso para um enfermeiro com carga de 36 horas semanais é de 82% do valor de R$ 4.750 por mês ou se receberia o valor integral, independentemente da quantidade de horas.
Seja qual for o entendimento, Morato afirma que uma coisa é certa: muitos hospitais vão fechar as portas, pois as unidades de menor porte não tem recursos para cobrir esse reajuste. Ainda segundo o estudo solicitado pela FBH, 62% dos profissionais de enfermagem estão no setor privado, com 27% deles nos estabelecimentos com fins lucrativos. “Há muito debate na Câmara sobre fontes de custeio para os hospitais públicos e filantrópicos, mas quase não se fala sobre a situação da rede privada”, ressalta.
Apesar de São Paulo, Minas e Rio responderem por 48% do total de vínculos em profissionais de enfermagem, será o Nordeste que mais será impactado. A região com mais estados no país terá que lidar com um aumento de 40% de custos, pois 84% dos profissionais da categoria recebem abaixo do piso estipulado. Estados como Maranhão e Pernambuco chegam a ter 90% dos vínculos abaixo do piso estipulado. O peso menor será no Sudeste, onde 37% dos profissionais recebem de acordo com os valores determinados pelo PL 2564/20. “O piso de enfermagem aprovado não considerou as discrepâncias regionais que há no Brasil. E o estudo mostra justamente que os estados com menor PIB per capita são os mais afetados pelo reajuste”, observa Morato.
O presidente da FBH ainda relata que a redução do quadro de funcionários é a alternativa para que os hospitais não fechem as portas. A estimativa é de que haja redução de 30% do quadro de enfermagem nos hospitais com até 100 leitos. “É preciso que o novo Governo apresente soluções para minimizar o impacto do piso, com sério risco de colocar em risco o acesso da população brasileira aos serviços de saúde, bem como a qualidade do atendimento”, ressalta Morato.
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O GLOBO
Vacinação contra Covid-19 em crianças com até 4 anos enfrenta obstáculos
Levantamento feito pelo GLOBO com secretarias municipais da Saúde mostra que a maioria das capitais brasileiras relata ter recebido novas remessas de imunizantes após desabastecimento, mas seguem em ritmo lento da vacinação Depois da falta de vacinas pediátricas contra a Covid em vários postos de saúde país afora, o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde nas últimas semanas pode permitir o avanço da imunização de crianças de 6 meses a 4 anos. Mas ainda há outros obstáculos a vencer. A hesitação que levou à baixa adesão da vacinação em maiores de 5 anos também afeta os mais novos, que só foram incluídos na campanha vacinal no segundo semestre do ano passado.
Levantamento feito pelo GLOBO com secretarias municipais da Saúde mostra que a maioria das capitais brasileiras relata ter recebido novas remessas, mas o ritmo da vacinação ainda é lento. E isso preocupa porque, apesar dos indicadores nacionais de Covid em queda, crianças pequenas são suscetíveis a desenvolver casos graves, e a proximidade da temporada de outros vírus respiratórios reforça o alerta.
– Menores de 4 anos, sobretudo os com menos de 1 ano, têm mais risco de internação e morte por Covid. Essa faixa foi justamente a que não registrou a mesma queda de casos vista em outros grupos desde o fim de 2022. Vacinar é essencial – afirma a pediatra e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.
Como de praxe ao longo da pandemia, algumas secretarias de Saúde não informaram dados completos e atualizados sobre a imunização. Mas afirmaram que a falta no estoque impactou o avanço da vacinação.
Teresina, por exemplo, começou a imunizar os pequenos contra a Covid em agosto do ano passado. A faixa etária com mais vacinados é a de 3 e 4 anos, mas apenas 8% receberam duas aplicações, índice que cai para 2% na faixa entre 6 meses e 2 anos. A capital piauiense relata problemas de estoque.
O mesmo ocorreu em Recife, que suspendeu a vacinação de crianças diversas vezes desde novembro. A cobertura com duas doses é de 2,4% dos bebês de até 2 anos, 8,9% das crianças de 3 anos e 14% das de 4 anos. São Paulo, por sua vez, diz que mais de 110 mil crianças de até 4 anos receberam duas doses. A maioria (89%) é de crianças de 3 e 4 anos. No caso dos bebês, ainda foi preciso enfrentar escassez de doses em janeiro, agora debelada.
Em Manaus, outro problema: somente um terço das 15 mil crianças de 3 e 4 anos com a primeira dose foram tomar a segunda. No Rio de Janeiro, a cobertura vacinal com duas doses atinge somente 8% das crianças até 4 anos com comorbidades. Segundo a secretaria Municipal da Saúde, “novos calendários de vacinação serão divulgados oportunamente”, no caso dos pequenos sem comorbidades.
Em Curitiba, a prefeitura informa que só 3% das crianças com até 3 anos de idade receberam alguma dose de vacina. Outras capitais, como Goiânia, São Luís e Vitória, dizem que os problemas de estoque foram resolvidos, mas a cobertura vacinal também é baixa.
– Não dá para contar apenas com a imunidade de quem teve a doença. Hoje sabemos que a melhor resposta imune é a chamada proteção híbrida: doença natural mais vacina. E as crianças praticamente não foram vacinadas – afirma a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.
Hesitação e segurança
O esquema de vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos, lembra ela, é diferente do de adultos, com uma quantidade bem menor de antígeno, responsável por reagir com os anticorpos e ajudar na resposta do nosso sistema imune.
– O imunizante da Pfizer para adultos tem 30 microgramas de antígeno por dose. A Pfizer baby tem 3. É uma vacina segura, aplicada em três doses – explica a infectologista.
Em entrevista recente ao GLOBO, o novo diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, o infectologista Éder Gatti, garantiu que há doses suficientes, e que agora é preciso estimular a população a se vacinar. Atual gestor do Programa Nacional de Imunização (PNI), ele não soube dizer qual o quantitativo de doses necessário para encerrar de vez o gargalo na vacinação dos pequenos. Isso depende, explica, do ritmo de vacinação de cada lugar, para evitar desperdício de aplicações.
Para além do entrave logístico, há que se vencer a hesitação dos pais, ressalta Marco Aurélio Sáfadi, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo:
– Houve um prejuízo, nos últimos anos, em relação à credibilidade das vacinas. Será algo difícil de recuperar. Tudo isso baseado em notícias mentirosas ou mal interpretadas. As pessoas replicaram dados sem o refinamento necessário para entendê-los. Agora, os pais estão hesitantes, mesmo que não sejam apoiadores políticos de quem descredibilizava a vacina. No consultório eles trazem dúvidas, inseguranças.
O desafio não é exclusividade brasileira. Nos Estados Unidos – onde proliferam grupos antivacina – a imunização também caminha a passos lentos, e não por falta de doses. Um levantamento da The Henry J. Kaiser Family Foundation mostrou que 43% dos pais definitivamente não vão vacinar seus filhos com menos de 5 anos. A total aceitação da vacina atingia 17% dos respondentes. Outros 27% diziam que devem esperar para ver se iriam vacinar ou não, e 13% só ofereceriam as injeções se fossem demandados pela escola ou creche. O dado foi colhido em junho de 2022, mas dá o tom da imunização claudicante do país até aqui.
Números como esses expõem a perigosa combinação entre baixa percepção de risco da doença e medo de eventos adversos da vacina. Mas a Covid não deve ser menosprezada, reforça a infectologista Rosana Richtmann:
– Pode somar meningite, pneumonia, diarreia. Nenhuma doença matou mais crianças no Brasil nos últimos dois anos do que a Covid.
A circulação de outros vírus respiratórios, como influenza e sincicial, amplia o alarme.
– Quanto mais vírus respiratórios circulando, maior é a dificuldade para o diagnóstico e o risco de gravidade para essas crianças – diz a pediatra Isabella Ballalai.
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CBN GOIÂNIA
Publicação de deputado Cairo Salim gera polêmica dizer que obesidade mata mais que feminicídio
O deputado estadual Cairo Salim (PSD) fez uma publicação em rede social dizendo que “a chance de que uma mulher no Brasil morrer de doenças relacionadas à obesidade é centena de vezes maior do que a chance de morrer assassinada (por ser mulher)”. Ele argumenta que a obesidade mata em média 107 mil mulheres por ano. Enquanto o número de feminicídio, em 2021, foi de 1.310 no país. O parlamentar ainda diz que “o maior inimigo das mulheres brasileiras não é a violência de gênero ou o sexismo, mas a obesidade, que hoje tem sido glamourizada por influencers e artistas e tratada como um mero estilo de vida”.
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GOIÁS 24 HORAS
A saúde do governo Caiado ganhou as páginas policiais
Saúde em Goiás virou sinônimo de corrupção no governo Caiado. Escândalos recentes foram manchetes nas páginas policiais.
Há duas semanas a Policia Civil deflagrou uma operação para combater fraudes na saúde. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária, bloqueios e sequestros de bens. Entre os presos, estava o irmão do ex-secretário de saúde de Caiado, Ismael Alexandrino, o médico Daniel Alexandrino. Segundo a denúncia, uma empresa ligada a Daniel tinha contratos irregulares de R$ 9 milhões com uma organização social (OS) para prestar serviço em duas policlínicas e hospitais públicos estaduais.
O último escândalo revelou um esquema de venda de vaga na fila de cirurgias na rede pública de Goiás. O ex-prefeito de Teresina, Odete Teixeira Magalhães, e o vereador de São Miguel do Araguaia, Joubert Tolentino Meira estão entre os cinco presos, que por R$ 5 mil reais furavam a fila. Procedimentos que demorariam até dois anos para serem feitos eram autorizados em poucos meses. A quadrilha conseguiu realizar mais de 1900 furos nos últimos 6 meses, tendo inclusive contratos com prefeituras do interior de Goiás. O esquema funcionava em parceira com servidores do governo. Pergunta: Onde estava o secretário de saúde, Sérgio Vencio?
Sergio Vencio também foi denunciado por improbidade nas páginas policias do Goiás24hoas. A reportagem investigativa revelou que o secretário ?fantasma? de Caiado passa o dia trabalhando em seu consultório particular. A consulta custa R$ 600 reais por pessoa. Enquanto isso, a esposa dele, Adriana Caiado, sobrinha do governador, ?toca o terror?, conforme servidores da SES, nos corredores da Secretaria. Essa denúncia deve ser analisada com cuidado e profundidade pelo Ministério Público, pois os problemas de corrupção na Saúde começam pela prevaricação de seu gestor ausente. Este é o governo Caiado.
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Assessoria de Comunicação