DESTAQUES
Para presidente da Unimed Volta Redonda, na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios
Cresce em 32% o número de mulheres à frente de cooperativas goianas
No Mês da Mulher, Geap expande cartela de métodos contraceptivos e tratamentos contra HPV a beneficiárias
Servidoras da Prefeitura de Goiânia recebem serviços de saúde
Hospital Municipal de Aparecida aumenta capacidade de atendimento
Grupo ligado aos Emirados Árabes compra faculdade de Medicina em Goiás
Câncer entre mulheres preocupa profissionais de saúde pela baixa adesão às campanhas
Especialista explica principais benefícios da cirurgia bariátrica
Farmácia é interditada por falsificar documentos e vender remédios clandestinos, em Goiânia
Mãe de bebê que morreu após ingerir colírio disse que filho estava bem antes de tomar o remédio: ‘Ele era meu sonho’
PORTAL SEGS
Para presidente da Unimed Volta Redonda, na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios
Elevada taxa de sinistralidade pressiona planos de saúde. Cooperativa pretende fazer parceria com a saúde pública para realização de transplantes
Um ano desafiador e de muito trabalho é o que projeta o presidente da Unimed Volta Redonda, Vitório Moscon Puntel, para 2023. Segundo ele, o mercado de saúde suplementar ainda deve enfrentar um cenário de alta taxa de sinistralidade, índice que registra o quanto da receita da operadora foi consumido para cobrir as despesas com atendimentos dos beneficiários. Gestores apontam que uma taxa equilibrada precisa se manter abaixo dos 80%. Entretanto, em 2021, a média geral, segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), foi de 85%, e as projeções são de que tenha se mantido em patamares elevados também no ano passado. Há um consenso de que a demanda reprimida durante a pandemia ajuda a explicar esse panorama.
“De 2020 até o primeiro semestre de 2021, realmente houve uma enorme queda na demanda por serviços médico-hospitalares. Porém desde o último trimestre de 2021, houve uma explosão de demandas por esses serviços que permaneceu no ano passado”, relata Vitório, que observa que a elevada sinistralidade impõe uma dura realidade aos planos, que veem a maior parte do seu orçamento destinado ao pagamento dos serviços de assistência aos beneficiários, sobrando pouco para os demais custos das organizações, bem como para investimentos.
Outro ponto importante nessa discussão, aponta o presidente da Unimed, é a ampliação do rol de cobertura de procedimentos da ANS. A cada ano, a Agência insere na cobertura obrigatória medicamentos que não são baratos e, assim, pressionam o orçamento das operadoras. Ele cita como exemplo decisão recente da ANS, do início de fevereiro, que aprovou a incorporação de 4 medicamentos. Um deles é destinado ao tratamento de bebês com atrofia muscular espinhal (AME) e pode custar até R$ 6 milhões.
Para Vitório, não há como se opor a indicação de medicamentos que muitas vezes são a única alternativa para garantir a qualidade de vida ao paciente. “Por isso que costumo dizer que na saúde não se cortam custos, mas sim desperdícios. Toda a gestão deve ser feita para evitar o desperdício, que é justamente o gasto que não traz contrapartida de qualidade assistencial para o beneficiário. É pura perda de dinheiro”, ressalta.
No entanto, é preciso fechar as contas no fim do mês. As operadoras costumam questionar o porquê do reajuste da ANS para os planos individuais não reparar os gastos com novos procedimentos. Vitório observa que se especula que a Agência deva autorizar um reajuste de 9% nesse ano, quando no início a expectativa era de 18%. “Isso vai gerar um desequilíbrio ainda maior no setor de saúde suplementar”, avalia. Seguindo o mantra de cortar desperdícios, a Unimed tomou medidas administrativas, como renegociação de contratos e ações junto aos médicos justamente para evitar pedidos de exames desnecessários.
Nova frente de negócios e parceria com a saúde pública
Mesmo com um cenário adverso, Vitório, que assumiu a presidência em abril do ano passado, se mantém otimista, tanto que projeta fechar o ano com crescimento da carteira. A meta é superar as 70 mil vidas. A cooperativa encerrou 2022 com cerca de 69 mil vidas. “Fomos uma das poucas Unimeds do estado conseguiram aumentar o número de beneficiários em um ano tão difícil”, destaca. Ele aposta na abertura de novas frentes de negócio, como forma de gerar mais trabalho e renda para os cooperados e para a própria Unimed. Ele cita como exemplo o Saúde Domiciliar, que pretende oferecer o serviço de atendimento em domicílio aos planos de saúde da Região Sul Fluminense, além de pacientes particulares. Segundo Vitório, o modelo segue uma tendência mundial de procurar tratar o paciente em casa, destinando as dependências hospitalares a procedimentos cirúrgicos. “Os avanços tecnológicos, como as ferramentas wireless, que permitem monitorar o paciente a distância, vão ajudar muito na expansão dessa modalidade”, projeta Vitório.
A expectativa é aproveitar um mercado que ainda é pouco explorado pelas operadoras de saúde, mas que oferece a possibilidade de o paciente resolver a maior parte dos atendimentos dentro de casa e permite ao plano reduzir custos com frequentes internações. “Dependendo do caso, pode gerar uma redução de custo de até 70%”, relata Vitório. Como o atendimento em domicílio não faz parte do roll obrigatório da ANS, poucas operadoras têm a estrutura necessária. A Unimed, por outro lado, oferece o serviço há 15 anos. Atualmente possui aproximadamente 700 pacientes em gerenciamento domiciliar, sendo quase 10% de pacientes que não têm o plano da Unimed. A meta para 2023 é aumentar essa parcela em 25% a 30%. “O mercado de saúde está cada vez mais competitivo. Por isso é preciso inovar e pensar em novos modelos de negócio e produtos. Sempre colocando o paciente em primeiro lugar”, ressalta o presidente da Unimed Volta Redonda.
Ele também celebra a manutenção de investimentos, como a ampliação do parque tecnológico de oncologia, com a aquisição de equipamentos modernos de radioterapia e PET-CT. A Unimed também inaugurou, no ano passado, uma unidade de ressonância magnética no bairro Aterrado, um dos mais populosos da cidade, e uma clínica em parceria com a Nefroclínicas. Para 2023, há investimentos pensados no curto, mas também no longo. Um deles é a ampliação da central médica de esterilização do hospital de Volta Redonda, bem como a abertura da clínica de atendimento ao autismo, previsto para o primeiro semestre deste ano. Em Angra dos Reis, mercado em que a cooperativa entrou em 2018, quando comprou a Unimed local, está em andamento a ampliação da capacidade de atendimento do hospital e do Centro Cuidar. “Apesar da retração que houve com a pandemia, percebemos uma retomada em Angra. É uma região com uma forte indústria e a volta das obras da Usina de Angra 3 deve movimentar economia local”, projeta Vitório.
Há também um forte investimento com intuito de que o hospital de Volta Redonda se torne uma referência na área de transplantes. Nos próximos meses, há a expectativa de receber autorização do Ministério da Saúde para realização transplantes de fígado, rins e córneas. Em janeiro, o hospital, que desde 2012 faz transplante de medula ósseas, foi autorizado a realizar o de tecidos. Em médio prazo, Vitório planeja uma parceria com o sistema de saúde público, para ampliar o acesso ao transplante de órgãos. “Um dos preceitos do cooperativismo é influenciar positivamente a comunidade. Por isso queremos estabelecer essa parceria, para ajudar quem está na espera por um transplante”, afirma Vitório.
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A REDAÇÃO
Servidoras da Prefeitura de Goiânia recebem serviços de saúde
A Prefeitura de Goiânia realiza, nesta quarta-feira (8/3), a partir das 8h, o “Dia da Mulher Servidora”. O evento, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, é uma iniciativa da primeira-dama Thelma Cruz, voltado exclusivamente às servidoras do município. A solenidade de abertura será às 8h30, com a presença do prefeito Rogério Cruz.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) oferecerá atendimentos durante todo o dia, como aferição de pressão arterial, glicemia, solicitação de mamografia, eletrocardiograma, exame de prevenção do câncer do colo de útero, prevenção de câncer bucal, ultrassom de mamas, auriculoterapia, reiki, vacinação e consultas médicas.
Ações culturais, promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), serão realizadas a partir das 10h. A programação prevê apresentação da Orquestra Sinfônica de Goiânia, performance e dança com Luciana Caetano, show musical com Thayná Janaína, apresentação de coral e de dança de salão do Grupo Vozes, exposição “Ser Ela”, além de distribuição de produtos culturais realizados por artistas mulheres por meio da da Lei Municipal de Incentivo.
Serviço
Assunto: Prefeitura de Goiânia realiza evento para servidoras no Dia Internacional da Mulher
Data: Quarta-feira (8/3)
Horário: 8h às 17h
Local: Hall do Paço Municipal
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Hospital Municipal de Aparecida aumenta capacidade de atendimento
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia Iris Rezende Machado (HMAP) melhorou sua capacidade de atendimento no último ano. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que fez um monitoramento de dados da unidade e descobriu, por exemplo, que o número de pacientes atendidos na UTI do local dobrou entre o primeiro e o segundo semestre de 2022 – isto, mesmo sem mudanças na quantidade de leitos. Outro ponto importante é que a taxa de mortalidade reduziu mais da metade.
Enquanto nos primeiros seis meses do ano passado, 595 pacientes receberam atendimento intensivo no HMAP, nos últimos seis meses de 2022, foram 1,2 mil. O levantamento indica que não houve aumento do número de leitos e que a duração média de internação nessas unidades no primeiro semestre foi de 8,5 dias, enquanto no segundo semestre foi 4,3 dias. Ou seja, como o tempo de internação em cada leito foi reduzido pela metade, o número de pacientes dobrou. Tudo isso sem diminuir a qualidade, visto que a taxa de mortalidade teve redução de 53%.
“Os dados demonstram que nosso Hospital está mais eficiente e assertivo. Com isso, cada vez mais pacientes podem receber tratamento de primeiro mundo, padrão Albert Einstein, aqui mesmo, na saúde pública de Aparecida”, comemora o prefeito Vilmar Mariano. Ele lembra que o HMAP é gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE) desde o dia 1º. de junho do ano passado. “Comparar os dados dos dois semestres ilustra bem como o Einstein contribui com Aparecida”, afirma.
Na análise do secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, o HMAP evoluiu e está entregando muito mais: “Isso é eficiência. Quando eu tenho a mesma quantidade de leitos, mas consigo fazer um giro maior de pacientes, sem perder a qualidade da assistência, eu estou tendo melhor relação custo-efetividade. Em resumo, o HMAP tem demonstrado que é possível aumentar o acesso da população a leitos de UTI e salvar mais vidas, sem precisar aumentar os recursos financeiros, materiais e humanos, que são finitos”.
Destaque no Brasil
O monitoramento da performance do HMAP realizado pela SMS é feito em parceria com a Epimed Solutions, empresa de gestão de informações clínicas. No Brasil, ela coleta e analisa dados de 223 hospitais públicos e 417 hospitais privados, totalizando quase 20 mil leitos de UTI monitorados diariamente. De acordo com o banco de dados da empresa, ao comparar o HMAP com os hospitais públicos brasileiros, o representante de Aparecida figura entre os mais eficientes.
A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde de Aparecida, Érika Lopes, detalha que enquanto a média de tempo de internação nas UTI´s do SUS monitoradas pela Epimed é de 6,83 dias, no HMAP a duração está em 4,28 dias. “Nossa média de mortalidade também é 5 pontos percentuais mais baixa que a média de 223 hospitais públicos”, pontua. Sobre um indicador chamado TURP, que avalia o uso dos recursos na UTI a partir do tempo de internação e gravidade dos pacientes, as unidades intensivas do HMAP têm uma taxa melhor que 71% de todas as quase 20 mil unidades analisadas pela Epimed. “O hospital faz mais, gastando menos”, conclui Érika.
Receita de sucesso
Para o diretor médico do HMAP, Felipe Piza, os resultados do hospital são frutos das constantes capacitações, treinamentos e aperfeiçoamentos da equipe, monitoramento de indicadores de processo e resultado e da própria cultura do Einstein, com foco na segurança: “A estrutura física e equipamentos de excelente qualidade aliados a profissionais qualificados e processos bem estabelecidos fazem da parceria entre SMS e Einstein um modelo de eficiência operacional singular”.
Felipe Piza também comemora a evolução da performance: “Mesmo com todo esse aumento de eficiência, mantivemos ótima qualidade, promovendo a melhor experiência para o paciente e colaborador. Nosso índice de Satisfação, chamado de NPS (Net Promoter Score), é de 97% em pacientes internados. Não abrimos mão dos nossos valores e a humanização sem dúvida é um dos nossos principais pilares”.
HMAP
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) é o maior do Estado, construído por uma prefeitura. A unidade tem 235 leitos operacionais, sendo 35 UTI´s adulta e 10 pediátricas, 180 apartamentos e 10 salas cirúrgicas. O hospital tem ainda capacidade para realizar mais de 1.100 internações clínicas por mês, 646 cirurgias eletivas, 195 procedimentos hemodinâmicos, oito mil consultas médicas ambulatoriais e sete mil exames de imagem mensais. O acesso aos serviços do HMAP ocorre via Central de Regulação de Aparecida de Goiânia.
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JORNAL OPÇÃO
Grupo ligado aos Emirados Árabes compra faculdade de Medicina em Goiás
A faculdade de Medicina IMEPAC de Itumbiara agora tem novo dono. O grupo Clariens Educação, focado na área médica e controlado pela Mubadala Capital, uma subsidiária do fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mubadala Investment Company comprou a unidade educacional.
Além da IMEPAC de Itumbiara, o grupo com ligação nos Emirados Árabes tabém é dono das faculdades e medicina FTC, em Salvador, e Unesulbahia, em Eunápolis. Juntos, as instituições oferecem 457 vagas por ano e contam com 2,6 mil alunos de medicina matriculados. Todos os anos, 91 vagas são destinadas para alunos beneficiados pelo ProUni (programa de bolsas) e Fies (financiamento estudantil do governo federal).
Em 2018, a Faculdade IMEPAC iniciou suas atividades em Itumbiara, com o curso de Medicina com conceito máximo – a nota 5 – do Ministério da Educação (MEC). Hoje a instituição conta um campus extenso e moderno, com clínica própria com 40 consultórios para atendimento à população local em diversas especialidades médicas.
Segundo o diretor da faculdade de medicina de Itumbiara, Ronaldo Campos, o campus goiano recebe alunos de várias partes de Goiás e do Brasil: Uberlândia, Goiânia, Caldas Novas, Anápolis, Brasília, dentre outras.
O vice-presidente de operações da Clariens, André Nazar, afirmou que o grupo vai desenvolver um Goiás um trabalho para expandir as fronteiras na educação médica e que deve continuar o legado de qualidade acadêmica da IMEPAC Itumbiara.
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EXTRA ONLINE
No Mês da Mulher, Geap expande cartela de métodos contraceptivos e tratamentos contra HPV a beneficiárias
A Geap Saúde, operadora de planos de saúde de servidores federais, vai garantir acesso a novos métodos contraceptivos e tratamentos contra a HPV a beneficiárias. A iniciativa “Pra Elas”, que será lançada no Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira (dia 8), inclui serviços que não constam no rol taxativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – ou seja, os planos de saúde não são obrigados a oferecer.
As ações do “Pra Elas Beneficiária”, braço do “Pra Elas”, vão incluir na cobertura dos planos a aplicação do Implanon – implante contraceptivo subdérmico e considerado um dos métodos contraceptivos mais modernos e eficazes disponíveis no mercado – , exames de detecção de HPV e, em caso de positivação, tratamento com a vacina Nonavalente, que combate nove formas do vírus. Todas as modalidades serão ofertadas com isenção de coparticipação.
Além disso, haverá isenção total de carência para quem aderir a planos da operadora entre 15 de março e 30 de abril. Ainda poderá ser avaliada a prorrogação do prazo para três meses.
Para Douglas Figueredo, diretor-presidente da Geap Saúde, uma das prioridades da fundação é garantir um atendimento mais abrangente às mulheres. Elas representam 62% dos beneficiários, ou 173 mil do total.
– Estamos fazendo gestos para mostrar que somos uma gestão que se preocupa com o que as mulheres precisam. Estamos montando ações para que o programa não envolva apenas entregar uma flor ou um bombom no Dia da Mulher – explica.
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O HOJE
Câncer entre mulheres preocupa profissionais de saúde pela baixa adesão às campanhas
Médicos alertam para exames de rotina e campanhas de vacinação
A estimativa para 2023 é que apareçam aproximadamente 7.800 novos casos de câncer em mulheres goianas do total de 244.160 casos nacionais. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os três principais tipos de tumores entre as mulheres de Goiás são: mama, com quase 2.000 novas incidências; ginecológico, com cerca de 1.000 novos casos; e cólon e reto, com 560 casos previstos em mulheres. Especialistas apontam que a baixa adesão aos exames de rotina e às campanhas de vacinação contribuem para os resultados da pesquisa.
Estes dados preocupam profissionais da área de saúde, que alertam a população. “O estilo de vida é determinante para o aumento da incidência da doença. Atualmente, as mulheres têm menos filhos e a primeira gestação mais tardia. Com isso, amamentam menos e menstruam mais, sendo mais expostas ao estímulo hormonal. Há também outros fatores, como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e alimentos ultraprocessados, que também elevam a chance de desenvolver alguns tipos de câncer”, explicou o oncologista Gabriel Felipe Santiago, do Centro de Oncologia IGH.
Quando o assunto são os cânceres ginecológicos, é preciso entender que o câncer de colo de útero é o tumor desse tipo mais comum no Brasil. A principal causa da doença é o papilomavírus humano (HPV), para o qual já existe vacina na rede pública. Na maioria dos casos, aparece uma infecção genital causada pelo HPV, que acaba evoluindo para um tumor maligno. Segundo a pesquisa feita pelo Inca, aproximadamente 17.000 casos surgirão no país este ano.
As consultas de rotina e acompanhamento são essenciais para a prevenção e diagnóstico precoce da doença nas mulheres. Para o cancêr de mama, por exemplo, o Inca recomenda que, anualmente, mulheres a partir de 40 anos façam a mamografia. Tal recomendação é válida para pacientes assintomáticas e sem histórico familiar da doença também.
Outro exame importante é a colonoscopia, que é um dos principais métodos de rastreamento do câncer de cólon e reto. A Sociedade Brasileira de Colonproctologia indica que mulheres a partir de 50 anos, sem histórico familiar da doença, devem fazer o exame a cada 5 ou 10 anos, caso os resultados sejam normais.
Os exames para diagnosticar HPV e câncer de colo de útero são o Papanicolau e a colposcopia. Não existe uma idade certa para iniciar o rastreamento da doença, mas, em geral, se recomenda iniciar os preventivos após a primeira relação sexual ou quando houver intenção de praticar o ato.
Outros exames recomendados para a saúde da mulher são ultrassonagrafia transvaginal, vulvoscopia, exames de sangue, entre outros. Eles ajudam na prevenção de lesões no colo do útero, cistos nos ovários, infecções e outros problemas.
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Especialista explica principais benefícios da cirurgia bariátrica
Procedimento é capaz de reduzir o risco de câncer de mama na menopausa, assim como os tumores de endométrio, próstata e colorretal
A obesidade é um dos problemas de saúde mais graves hoje em dia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso e 700 milhões de pessoas com obesidade. No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019.
Em 2022, até o início de outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhou mais de 4,4 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos de idade, segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. Desses, quase 1,4 milhão foram diagnosticados com sobrepeso, obesidade ou obesidade grave.
“A obesidade é um importante fator de risco modificável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. A associação de sobrepeso e obesidade com incidência de câncer é estimada em 7,8%”, afirma o médico oncologista clínico, Gabriel Felipe Santiago.
O excesso de gordura corporal inflama de forma crônica o organismo e aumenta os níveis de hormônios que provocam o crescimento desordenado de células cancerígenas. “Daí o alerta no controle de peso, uma vez que a obesidade aumenta as chances de a pessoa desenvolver algum tipo de câncer”, argumenta o oncologista.
De acordo com Gabriel Santiago, os tipos de câncer ligados a obesidade são tumores de mama (mulheres na pós-menopausa), endométrio, próstata e intestino (cólon e reto). “Procedimentos como cirurgia bariátrica e metabólica podem ser aliados na prevenção ao câncer”, afirma o médico cirurgião bariátrico e metabólico, Paulo Reis que explica que a realização da cirurgia é capaz de reduzir o risco de câncer de mama na menopausa, assim como os tumores de esôfago, pâncreas, fígado, vesícula, rim, ovário, colorretal e tireoide, de acordo com a meta análise “Association of Bariatric Surgery With Cancer Risk and Mortality in Adults With Obesity”.
“O grande benefício da cirurgia bariátrica em relação à prevenção ao câncer diz respeito ao fato de que quando um paciente que passa por esse procedimento, automaticamente tende a emagrecer, diminuindo consideravelmente o percentual de gordura”, esclarece Paulo Reis. O fato, de acordo com o médico, reduz o processo inflamatório do corpo. “Com o emagrecimento, há uma queda da replicação e morte celular em todo aquele processo genético que pode causar um câncer. Por essa razão que atualmente existe uma relação tão clara entre a obesidade e o câncer”, justifica Paulo Reis.
Outro fato importante citado por Paulo Reis é que por muito tempo divulgou-se que a célula de gordura, obesa – que fica debaixo da pele – era apenas reserva de energia. “Hoje os estudos já mostram que não é só isso. Essas células são produtoras de hormônios e marcadores inflamatórios que levam a inflamação do organismo como um todo”, revela.
Paulo Reis aponta que mitos e desinformação a respeito das cirurgias bariátricas e metabólicas podem ser o grande malefício, por isso a necessidade de desmistificar. “Com esses resultados de estudos, principalmente quando levamos em consideração a diminuição da probabilidade de câncer, de doenças metabólicas como hipertensão, diabetes e AVC, comprovam inúmeros benefícios que vão além da perda de peso, no emagrecimento em si”, conclui o cirurgião.
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DIÁRIO DA MANHÃ
Farmácia é interditada por falsificar documentos e vender remédios clandestinos, em Goiânia
Vigilância Sanitária Municipal encontrou, além de medicamentos clandestinos, receitas para remédios controlados, carimbos de médicos e atestados
Uma farmácia foi interditada pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária Municipal nesta terça-feira, 7, após verificar-se que, no estabelecimento, medicamentos eram armazenados de forma clandestina, irregular ou em desconfirmidade com a legislação. As buscas foram realizadas em uma unidade no Setor Celina Park, em Goiânia.
Além dos medicamentos, foram encontrados também um grande número de receitas para remédios controlados, carimbos de médicos e atestados com indícios de falsificação.
Todos os materiais foram apreendidos, incluindo produtos, documentos suspeitos e computadores. Quando a operação chegou ao fim, a farmácia foi lacrada pela Vigilância Sanitária.
Além disso, o órgão identificou outras irregularidades e aplicou providências administrativas cabíveis. Os envolvidos estão sendo investigados por crime contra as relações de consumo e falsificação de documento. Os crimes somados podem chegar a 10 anos de reclusão.
Um inquérito policial foi instaurado para apurar a responsabilidade criminal de cada envolvido.
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PORTAL G1
Mãe de bebê que morreu após ingerir colírio disse que filho estava bem antes de tomar o remédio: ‘Ele era meu sonho’
Ravi Lorenzo tinha 2 meses e teria bebido colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, remédio indicado para enjoo. A Polícia Civil investiga se a farmácia vendeu o medicamento errado, em Formosa.
Por Rafael Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera
A mãe do Ravi Lorenzo, que morreu com 2 meses de vida após beber um remédio errado, disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento, e até sorria para os pais. O mal-estar começou logo depois de tomar colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, que é indicado para tratar enjoo. O bebê morreu no domingo (5), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
“Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim e eu perdi ele”, desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.
A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão (veja a íntegra ao final).
A Polícia Civil investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. O delegado Paulo Henrique Ferreira disse que se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O delegado aguarda também o laudo completo do exame cadavérico, que vai dizer a causa da morte e se há ligação com a ingestão do colírio.
Medicamento errado
O colírio “tartarato de brimonidina”, que foi vendido para a família do bebê, é contraindicado para menores de 2 anos, segundo a bula do remédio.
A bula diz ainda que o medicamento pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma (veja lista completa abaixo).
“O avô paterno foi à farmácia comprar o remédio, chegou lá com a receita, entregou a receita para ele [atendente] e foi a hora que ocorreu o erro do homem da farmácia. Era um remédio para enjoo, e ele acabou dando um colírio”, contou Emanuely Fonseca.
À TV Anhanguera, o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) disse que não havia erro na receita e a letra do médico estava legível. Luciane Cali, vice-presidente do conselho, disse que um fiscal da instituição vai até a farmácia para apurar se tinha algum farmacêutico no local no momento da venda do remédio.
“Lá está claramente escrito que é uso oral, como você dispensa um colírio para uso oral? É um erro muito grotesco”, disse Luciane.
Além da consideração sobre a receita, Luciane disse que a forma em que os medicamentos estavam expostos chamou atenção.
“Quando você coloca grupos de medicamentos, selecionados de acordo com o mecanismo de ação ou com a patologia que eles servem, acaba gerando uma certa confusão. O importante é que quem está dentro da farmácia conheça sobre o medicamento”, explicou.
Efeitos colaterais após uso do colírio em menores de 2 anos:
apneia (dificuldade na respiração);
bradicardia (diminuição no batimento cardíaco);
coma, hipotensão (pressão baixa);
hipotermia (temperatura corporal baixa);
hipotonia (redução da força muscular);
letargia (perda da sensibilidade e do movimento);
palidez;
depressão respiratória;
sonolência.
Nota da farmácia Ultra Popular
“A Drogaria Ultra Popular, sediada na cidade de Formosa- GO, através de sua defesa constituída, vem por meio desta informar que, sobre o infeliz fato ocorrido no ultimo dia 04/03/2023, este está sobre devida apuração das autoridades competentes, e, com comprometimento, respeito, lisura e transparência.
A Drogaria Ultra Popular informa que estará, sempre que solicitada, contribuindo para com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão. Dessa forma, a Drogaria Ultra Popular, refuta qualquer juízo de valor antecipado e se solidariza com a perda e familiares.”
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Assessoria de Comunicação