Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/03/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Clínica afasta médico responsável por exame que não detectou que feto não tinha cérebro

Após recomendação, exigência de exame ginecológico de candidatas é excluída

Conselho Regional de Odontologia repudia proposta que cria EAD para o curso

Governo de Goiás vai imunizar grupos de riscos com vacina contra Mpox

Hospital Unimed (Sergipe) é referência em atendimento humanizado baseado na hotelaria hospital

Médico deve respeitar sigilo e não pode denunciar paciente por aborto, decide STF

Descarte de vacinas contra Covid vencidas causa prejuízo de R$ 2 bi aos cofres públicos

Casos de chikungunya crescem 110% no país em relação a 2022

Risco maior de hipertensão mesmo com o peso normal

PORTAL G1

Clínica afasta médico responsável por exame que não detectou que feto não tinha cérebro

Anencefalia foi detectada apenas no 7º mês de gestação de Mariana Oliveira. O pequeno Júlio César nasceu no domingo após uma indução do parto e morreu horas depois.

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás

O médico responsável pelo ultrassom morfológico realizado em Mariana Oliveira e que não detectou a anencefalia do filho dela foi afastado pela clínica onde o exame foi feito, em Goiânia. A malformação só foi diagnosticada no 7º mês de gestação da mulher, fazendo com que ela precisasse induzir o parto e interromper a gravidez.

“Eles afastaram o médico que errou meu diagnóstico. Espero que isso faça o médico ter mais atenção com as próximas grávidas. Atenção que ele não teve comigo”, disse Mariana.

O exame feito pelo médico afastado foi realizado no dia 2 de fevereiro, no 5º mês de gravidez de Mariana. No exame, foi concluído que o feto estaria em condições normais. Como o nome do profissional não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizá-lo para um posicionamento sobre o caso até a última atualização desta reportagem.

A anencefalia de Júlio César só foi diagnosticada no último dia 7 de março, quando a mulher já estava no 7º mês de gestação.

Mariana precisou interromper a gestação, induzindo o parto, após os médicos explicarem que a anencefalia faria com que seu bebê não tivesse chaces de sobreviver após o nascimento. Além disso, ela contou ter sido orientada que continuar com a gravidez até o final também colocaria a vida dela em risco.

O pequeno Júlio César nasceu no domingo (12) às 20h40 e faleceu às 23h50 do mesmo dia. Ele foi enterrado na tarde de segunda-feira (13), no Cemitério Parque Memorial, também na capital.

Ao g1, a clínica afirmou que abriu um procedimento interno de verificação do ocorrido e que, além de ter afastado o médico responsável pelo exame, entraram em contato com a paciente, a fim de oferecer o apoio possível (veja a nota completa ao final da reportagem).

Sonho de ser mãe e diagnóstico de anencefalia

Apesar de não ter sido uma gestação inicialmente planejada, Mariana Oliveira explicou que sonhava em ser mãe e que os preparativos já estavam avançados para receber o pequeno Júlio César.

“A gente já tinha roupinha, eu já tinha feito chá revelação, já tinha nome. O neném ia chamar Júlio César. Já tinha quartinho, tudo”, detalhou a mulher.

Mariana descobriu a má formção de seu filho ao realizar um exame de rotina.

“Eu estava na ultrassom e a médica me perguntou se eu sabia que meu neném tinha um problema. Eu gelei, disse que não sabia, eu perguntei se era algo sério e ela disse que sim, que ele não iria sobreviver”, complementou.

“Eu comecei a chorar. Como nesse dia eu tinha ido fazer o exame sozinha, liguei para o meu marido, no telefone ele começou a chorar e foi correndo para lá”, acrescentou.

Ela explicou que, antes dessa ultrassom, já havia feito outras ultrassonografias, mas que até então nenhum exame havia detectado que seu filho tivesse algum problema ou que apontasse que ele não era saudável.

Veja a nota da clínica que afastou o médico na íntegra:

“Em resposta à solicitação do portal de notícias G1 Goiás, afirmamos que, diante dos fatos apresentados pela imprensa, abrimos um procedimento interno de verificação do ocorrido e que providências já foram tomadas.

Estamos em contato com a paciente M.S.O, a fim de oferecer o apoio possível, bem como afastamos o médico responsável pelo exame.

Em tempo, reiteramos que, em 6 anos de mercado, com mais de 200 mil atendimentos por ano, jamais tivemos registros dessa natureza, buscando sempre qualidade nos procedimentos e na conduta dos médicos parceiros.”

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GAZETA DO ESTADO

Após recomendação, exigência de exame ginecológico de candidatas é excluída

Acatando recomendação do Ministério Público de Goiás, a Secretaria Municipal de Administração de Goiânia e o Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás excluíram o exame de citologia oncótica parasitária, também conhecido como Papanicolau (exame de colo do útero), da relação de exames complementares obrigatórios a serem apresentados por candidatas aprovadas em concurso público para o provimento de vagas em 15 cargos do quadro de pessoal da Prefeitura.

De acordo como destacado pelo promotor de Justiça Umberto Machado de Oliveira na recomendação, a exigência do exame configura medida desproporcional e desnecessária para avaliar a aptidão das candidatas ao cargo, além de ser ilegal e ferir o princípio constitucional da isonomia e da vedação das práticas discriminatórias. 

Foi destacado que, embora o exame visa detectar a presença do HPV, ou mesmo câncer no colo do útero, o poder público deve efetivar a prevenção por meio de políticas públicas específicas, e não como condição para admissão nos quadros de pessoal da administração pública. Além disso, a presença de alguma moléstia não implicaria necessariamente a inaptidão de mulheres para o exercício dos cargos.

Com isso, o MPGO recomendou a exclusão da exigência do exame e que todas as candidatas que já foram convocadas no concurso público sejam efetivamente comunicadas por meio hábil, o que foi acatado pelas partes. A exclusão consta, inclusive, de forma destacada na página do concurso no site da Semad. 

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JORNAL OPÇÃO

Conselho Regional de Odontologia repudia proposta que cria EAD para o curso

Medida foi publicada pelo Ministério da Educação no Diário Oficial, na semana passada. Além de Odontologia, também são afetados cursos de Direito, Enfermagem e Psicologia

O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) veio a público repudiar decisão do Governo Federal que propõe criar cursos de odontologia em modalides Ensino a Distância. Em nota, o Conselho declarou que a decisão mostra que o Ministérioda Educação (MEC) está em “desacordo com os princípios defendidos pelas entidades representativas da Odontologia”.

Para o CRO-GO, a prática da odontologia requer “contato direto entre cirurgião-dentista e paciente, sendo a experiência clínica fundamental para a formação dos alunos de graduação”. O Conselho defende que a prática presencial é fundamental para garantir o futuro profissional e garantir a “real capacidade de realizar diagnósticos e tratamentos”.

Além disso, a nota defende que o EAD pode prejudicar no treinamento para lidar corretamente com eventuais intercorrências que possam surgir durante os procedimentos realizados pelo profissional de odontologia.

Proposta

No último dia 9 de março, o Ministério da Educação publicou, no Diário Oficial da União (DOU), Portaria nº 398, que prevê a instituição de Grupo de Trabalho (GT) para estudos que subsidiem a oferta de cursos na modalidade EAD para algumas graduações. Além de Odontologia, foram incluídos os cursos de Direito, Enfermagem e Psicologia.

“O CROGO considera que a decisão do MEC desrespeita e desvaloriza a Odontologia, além de colocar em risco a saúde e a vida da população”, aponta a nota.

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A REDAÇÃO

Governo de Goiás vai imunizar grupos de riscos com vacina contra Mpox

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) vai iniciar a vacinação de pessoas consideradas de risco para a monkeypox – renomeada como Mpox em novembro de 2022 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) –, a partir desta semana. Para tanto, a SES-GO recebeu nesta terça-feira (14/3), uma remessa de 528 doses da vacina contra doença, enviada pelo Ministério da Saúde (MS), responsável pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). Ao todo, 46 mil doses serão distribuídas aos Estados brasileiros. 

São três os grupos definidos pelo MS como público-alvo para a vacinação pré-exposição e pós-exposição. São eles o de pessoas vivendo com HIV/aids (homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais), com 18 anos de idade ou mais, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. 

O segundo grupo é formado por profissionais de laboratório que trabalham diretamente com orthopoxvírus (o vírus da Mpox) em laboratórios com nível de biossegurança 3, com idade entre 18 a 49 anos. O esquema de vacinação tem a indicação de duas doses para cada pessoa. 

E, por fim, as pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O objetivo é o imunizar pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da Mpox. Com a vacinação, será possível evitar internações e até óbitos pela doença”, afirma Joice Dorneles, Gerente de Imunização da SES-GO.

Casos confirmados

Em Goiás, a SES-GO confirmou 563 casos da doença. Todos os infectados se recuperaram. A Mpox é uma doença de zoonoses, transmitida para humanos por meio do contato com animal, humano infectado ou material corporal humano contendo o vírus. Em 23 de julho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a doença como emergência de saúde pública global.

São considerados suspeitos da doença pessoas de qualquer idade que apresentem início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Mpox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento), e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas, como febre, dor nas costas, dor de cabeça. 

Caso apareçam os sintomas, é recomendável procurar assistência médica. O diagnóstico é realizado por meio da análise de material vesicular ou crosta da lesão.

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ESPAÇO LIVRE NOTÍCIAS

Hospital Unimed (Sergipe) é referência em atendimento humanizado baseado na hotelaria hospital

Com uma estrutura que oferece segurança, conforto, qualidade e acolhimento, o Hospital Unimed se destaca como referência em atendimento humanizado. Seguindo o conceito de hotelaria hospitalar, a instituição proporciona aos pacientes uma experiência diferenciada durante o período de internação.

A hotelaria hospitalar é uma abordagem que busca aplicar conceitos e práticas de hotelaria no ambiente hospitalar. Isso significa que as necessidades dos pacientes vão além das questões médicas. São considerados também aspectos como conforto, bem-estar e satisfação.

A estrutura física do hospital oferece aos nossos clientes uma experiência de segurança, conforto, qualidade e acolhimento. As acomodações são amplas, iluminadas e higienizadas, com mobiliário e equipamentos adequados para atender às necessidades clínicas de cada paciente. Durante o período de internação, buscamos atender às necessidades funcionais cotidianas do paciente, seus familiares e acompanhantes para promover sua satisfação, detalha Suzel Almeida, coordenadora de atendimento e hotelaria do Hospital Unimed.

A abordagem da hotelaria hospitalar não se limita apenas aos aspectos físicos e materiais. É uma cultura que se estende a todos os profissionais envolvidos no atendimento ao paciente. Trabalhamos para melhoria contínua e para o desenvolvimento de conhecimento técnico compartilhado. Os gestores das áreas seguem atentos aos saberes individuais e aos sentimentos que permeiam as atividades de cada colaborador, em sua prática diária, nas relações com os clientes internos e externos, destaca a coordenadora.

Cultura humanizada

Essa cultura de humanização é uma das características mais marcantes do Hospital Unimed, que vem investindo na implantação da hotelaria hospitalar desde 2007. A ideia é consolidar os serviços de apoio, alinhados às práticas administrativas e assistenciais, para atender de forma dinâmica as demandas dos pacientes e dos profissionais envolvidos.

Promovemos saúde e cuidado humanizado, quando olhamos e ouvimos o paciente, seu familiar ou acompanhante considerando suas expectativas, limitações, dores, medos, necessidade de locomoção, repouso e conforto. Quando colocamos adequadamente a serviço da assistência, os recursos médicos e hospitalares, quando incentivamos a capacitação profissional, espírito de equipe e ambiente de trabalho favorável para todos. Essa é a importância desse movimento e dessa cultura de humanização, pontua Suzel.

Com essa abordagem, o Hospital Unimed se destaca como um ambiente acolhedor e confortável para o paciente e seus acompanhantes, além de ser um local onde a qualidade do atendimento é prioridade. A instituição tem como objetivo principal oferecer um atendimento humanizado e eficiente, o que tem sido reconhecido pelos pacientes e pela comunidade em geral.

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ISTOÉ

Médico deve respeitar sigilo e não pode denunciar paciente por aborto, decide STF

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta terça-feira, 14, que médicos não podem denunciar pacientes por abortos clandestinos.

No Brasil, o aborto legal é permitido apenas em casos exepcionais, como de violência sexual e se a gestação oferecer risco à vida da mãe, até a 20.ª semana de gestação.

Os ministros da Sexta Turma concluíram que os médicos precisam respeitar o sigilo profissional.

Relator do caso, o ministro Sebastião Reis Júnior disse que o médico é ‘confidente necessário’ e, por isso, está ‘proibido de revelar segredo de que tem conhecimento em razão da profissão intelectual, bem como de depor sobre o fato’.

A decisão inédita foi tomada na análise de um processo de Minas Gerais.

O caso aconteceu em 2014. A mulher estava grávida de 16 semanas e teria tomado um remédio abortivo. Ela precisou ser internada e o médico responsável denunciou o caso à Polícia. Ele compartilhou o prontuário da paciente, para comprovar as acusações, e serviu como testemunha no processo.

O STJ trancou a ação penal contra a mulher por considerar que as provas reunidas no processo são ilícitas.

“A instauração do inquérito policial decorreu de provocação da autoridade policial por parte do próprio médico, que, além de ter sido indevidamente arrolado como testemunha, encaminhou o prontuário médico da paciente para a comprovação das afirmações; encontra-se contaminada a ação penal pelos elementos de informação coletados de forma ilícita, sendo, portanto, nulos”, escreveu o relator.

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O GLOBO

Descarte de vacinas contra Covid vencidas causa prejuízo de R$ 2 bi aos cofres públicos

Somente nos primeiros dois meses deste ano, já são mais de 27 milhões de doses desperdiçadas.

A quantidade de vacinas contra a Covid descartadas por falta de uso representou um prejuízo de R$ 2 bilhões aos cofres públicos desde o início da pandemia.

As vacinas vencidas são retiradas da refrigeração, acomodadas em tonéis e levadas para uma empresa que faz o descarte. O destino final destes imunizantes é o aterro sanitário.

Só no Rio Grande do Sul 500 mil doses nem chegaram a ser distribuídas aos municípios. Um prejuízo de R$ 500 mil.

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“Isso com certeza poderia abastecer uma cidade de pequeno porte. E campanhas foram feitas, carro de som na rua, redes sociais, vereadores, a sociedade, mas mesmo assim as pessoas não vieram se vacinar. Muitas não queriam, não acreditavam”, conta o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues.

Uma combinação de fatores provocou o descarte no estado.

“A gente recebeu um quantitativo maior do Ministério da Saúde e devido a esse quantitativo também tem uma data de validade muito próxima, pouco mais de 30 dias. E a falta de adesão da população com relação à vacinação levou consequentemente a possibilidade da gente ter que descartar um grande quantitativo de doses”, diz a diretora do Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, Tani Ranieri.

Em todo o Brasil, o número dos descartes vem aumentando a cada ano. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, primeiro ano da vacinação contra a Covid, foram quase 2 milhões de doses. Em 2022, quase 10 milhões. E só nos primeiros dois meses de 2023, já são mais de 27 milhões de doses desperdiçadas.

A atual gestão do Ministério da Saúde diz que quando assumiu a pasta, no início do ano, encontrou 27 milhões de doses sem tempo hábil para distribuição e uso. Nos próximos seis meses, mais 20 milhões de doses irão vencer. Por isso, a pasta vem discutindo com secretários estaduais e municipais de saúde em busca de estratégias para evitar novos desperdícios.

“Todas as ações de vacinação para terem sucesso, elas precisam de uma pactuação com estados e municípios, que é efetivamente onde a vacinação ocorre. Nosso movimento nacional pela vacinação vai ocorrer pelo ano todo. A gente vai ações na escola, vamos ter ações também em pontos de concentração de pessoas, pra que a gente facilite o acesso à vacina e pra que a gente evite o desperdício disso”, diz a secretária de Vigilância em Saúde do MS, Ethel Maciel.

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Casos de chikungunya crescem 110% no país em relação a 2022

Até fevereiro, foram 35 mil registros da doença; Sudeste é região mais afetada

O número de casos de chikungunya no Brasil aumentou cerca de 110% até meados de fevereiro, segundo dados do Ministério da Saúde. O número, portanto, representa mais do que o dobro de casos em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 16.971 para 35.569 registros. Os maiores percentuais de crescimento foram observados na região Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe também apresentaram altas.

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os principais sintomas da doença estão a febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações – diferença principal entre ela e a dengue. Na primeira, a dor é mais intensa e afeta principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

Além delas, o paciente ainda pode apresentar dores nas costas, pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dores de cabeça, dor de garganta, calafrios, náuseas, vômitos e diarréias (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

O ministério ainda divide a doença em três fases evolutivas. A primeira, chamada de febril ou aguda, tem duração de cinco a 14 dias. A segunda, chamada de pós-aguda, tem um curso de até três meses, e a terceira, que é a mais grave, apelidada de crônica, é quando os sintomas persistem por mais de três meses após o início da doença. Em mais de 50% dos casos, a artralgia, ou seja, as dores nas articulações, tornam-se crônicas, podendo persistir por anos.

A participação da população para evitar os focos do mosquito é de extrema importância na prevenção. O ministério afirma que as mesmas dicas que valem para evitar a dengue servem para a chikungunya.

Entre elas, o ministério recomenda que as pessoas se certifiquem que caixas d agua e outros reservatórios estejam devidamente tampados; retirem folhas ou outros detritos que podem gerar acúmulo de água nas calhas; guardem pneus em locais cobertos; armazenem garrafas com a boca virada para baixo; realizem limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos.

Outras recomendações incluem denunciar para as secretaria municipais de Saúde imóveis fechados ou abandonados que abriguem piscinas ou criadouros de mosquitos. E importante também deixar o agente de saúde visitar o imóvel.

Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. Os sintomas, em geral, desaparecem após a fase aguda da doença, Porém, caso as dores nas articulações persistam, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação.

O diagnóstico da chikungunya é clínico, feito por um médico. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

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CORREIO BRAZILIENSE

Risco maior de hipertensão mesmo com o peso normal

Crianças e adolescentes com IMC próximo ao sobrepeso têm probabilidade 26% superior de desenvolver pressão alta, mostra estudo dos EUA

CHAJDEER MAHVUDDIN

Trabalho indica que cada aumento de unidade do índice de massa corporal por ano eleva o risco de hipertensão em 4%

PALOMA OLIVETO

A obesidade é um dos fatores de risco para hipertensão arterial, mas não é preciso estar muito acima do peso para desenvolver o problema. Um estudo com 800 mil crianças e jovens entre 3 e 17 anos descobriu que, mesmo os que estavam alguns quilos acima do considerado saudável, tinham 26% maior risco de ter pressão alta. No Brasil, a prevalência dessa condição em menores de 18 anos varia de 3% a 15%, segundo um artigo da Sociedade Brasileira de Pediatria. As consequências de um quadro não tratado são doenças cardiovasculares e renais, entre outras.

A pesquisa, divulgada ontem na revista Jama NetWork Open, utilizou dados da Kaiser Permanente, o maior plano de saúde sem fins lucrativos dos Estados Unidos. Os cientistas, do Departamento de Pesquisa e Avaliação da instituição, avaliaram registros eletrônicos de crianças e adolescentes atendidos no sul da Califórnia entre 2008 e 2015. Então, dividiram a amostra em 100 partes (percentil) e compararam o índice de massa corporal (IMC) e a pressão arterial dos participantes ao longo de cinco anos. O IMC é a divisão da altura pelo peso ao quadrado.

As crianças e os jovens foram categorizados, no início, como abaixo do peso, peso normal, normal médio, alto normal, sobrepeso, moderadamente obeso e gravemente obeso. Mesmo entre os dos grupos abaixo da obesidade, ao longo de cinco anos, cada unidade de IMC ganha por ano elevou o risco de hipertensão em 4%.

Aqueles com IMC dentro da normalidade. porém acima da média dessa faixa (alto normal), apresentaram risco 26% maior de desenvolver hipertensão no período de avaliação, comparados aos com os pesos mais baixos. Isso mesmo sem sequer estarem com sobrepeso, destacam os pesquisadores. “Nosso estudo sugere que um peso normal abaixo do limite para sobrepeso está associado ao aumento do risco de hipertensão em jovens e ressalta a necessidade de os pediatras reavaliarem como educamos sobre a questão dos riscos à saúde independentemente da faixa de peso”, acredita Poornima Kunani, principal autora do artigo.

“O peso pode ser o fator de risco mais importante para hipertensão durante a infância”, destaca Kunani. “Os pais devem conversar com os pediatras para ver se seu filho pode estar em risco de hipertensão e outras condições médicas crônicas evitáveis relacionadas ao ganho de peso. Eles podem ajudá-los com estratégias para desenvolver hábitos para manter o filho saudável até a idade adulta.”

Segundo Givoannide Simone, pesquisador da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, nove em cada 10 casos de hipertensão em crianças e adolescentes estão associados a excesso de peso, sedentarismo e dietas ricas em açúcar e sal. Assim como os colegas norte-americanos, Simone, que não participou do estudo publicado ontem, ressalta a importância de os pais estarem atentos a esses fatores de risco. “Eles são os agentes significativos de mudança na promoção dos comportamentos de saúde das crianças. Muitas vezes, hipertensão e/ ou obesidade coexistem na mesma família. Mas mesmo quando não é o caso, é desejável que as alterações no estilo de vida envolvam todos.”

O pesquisador e membro da Sociedade Européia de Cardiologia diz que excesso de peso na infância e hipertensão são como “irmãos insidiosos” que, gradualmente, evoluem para um sério risco à saúde. De acordo com Simone, especialmente a obesidade abdominal pode alterar a pressão arterial. “Estima-se que menos de 2% das crianças com peso normal sejam hipertensas, em comparação com 5% das crianças com sobrepeso e 15% das crianças obesas. O aumento da hipertensão na infância é uma grande preocupação, pois está associado à persistência da condição e de outros problemas cardiovasculares durante a vida adulta.”

Sono

O risco de hipertensão em crianças e jovens acima do peso é maior entre aqueles com padrões de sono inadequados, destaca Julio Fernandez-Mendonza, professor do Penn State College of Medicine. Ele é autor de um estudo recente divulgado pelo jornal da Associação Norte-Americana do Coração que relacionou o aumento da pressão arterial e repouso noturno em 303 adolescentes com idade média de 16 anos.

A equipe de Fernandez-Mendonza avaliou a duração e a regularidade do sono, gordura visceral e pressão arterial dos participantes. Entre aqueles que adormeceram mais tarde durante a semana, cada unidade de aumento na gordura abdominal visceral foi associada a um aumento de 5mm Ug na pressão arterial sistólica e de 2mm Hg na pressão diastóiica. Para aqueles que foram dormir mais cedo, não houve essa relação.

Nos adolescentes que se descreveram como “pessoas noturnas”, cada unidade de aumento na gordura abdominal visceral foi associada a uma pressão arterial diastóiica cerca de 3mm Hg mais alta. Porém, entre as “pessoas matutinas”, esse impacto não foi verificado. “Esses resultados sugerem que manter um padrão regular de sono pode proteger os adolescentes das consequências cardiovasculares da obesidade”, afirma o pesquisador.

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Assessoria de Comunicação