DESTAQUES
Planos de saúde lideram reclamações pelo segundo ano consecutivo
Minuta do projeto de lei que muda regime jurídico do Ipasgo é disponibilizada
“Mudança no Ipasgo não é privatização e nem vai gerar exoneração”, afirma presidente do Ipasgo
Mais Médicos: Goiás possui 173 vagas em aberto
Hapvida (HAPV3): por que as ações desabam 37% em março?
Jovem perde 50 kg após morte da mãe: ‘ela tomava remédio para emagrecer’
UTI Top Performer: Cinco dos sete reconhecidos em Goiás são associados da Ahpaceg
Cremego, SGP, CAO Saúde e CAO Infância do Ministério Público debatem crise na assistência pediátrica em Goiás
DIÁRIO DE PETRÓPOLIS
Planos de saúde lideram reclamações pelo segundo ano consecutivo
Os planos de saúde lideram o ranking de reclamações e de atendimentos registrados no Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pelo segundo ano consecutivo. Essa é a nona vez, nos últimos dez anos, em que os planos de saúde estão no topo da lista. Os dados, divulgados na última semana, apontam que 27,9% das reclamações, referentes a 2022, estão relacionadas a empresas de planos de saúde. De acordo com o relatório, dúvidas e reclamações a respeito de contratos são as principais queixas, com 27,4%. Na sequência aparece falta de informação, com 18,1%, e reajustes, com 13,7%. Em relação ao ranking, ocupa a segunda posição serviços financeiros, responsáveis por 21,2% dos registros. A principal queixa, com 20,1%, é referente a segurança das transações bancárias e golpes. Em seguida os consumidores reclamam de cláusulas contratuais.
Sem profissional credenciado no plano para atender seu filho, Fernanda, relata que está arcando com as consultas do seu bolso, e vem tendo problemas para ser ressarcida. “Pago plano de saúde há muitos anos para os meus filhos e, há dois anos, estou arcando com os cursos de consulta particular de uma especialidade médica específica, já que no plano não há profissional disponível para esse tipo de consulta. O valor não é barato, e a consulta é extremamente necessária para o tratamento de saúde. Decido pedir reembolso da última consulta e o plano parece dificultar o pedido. Mandei os documentos e a nota fiscal, eles enviaram um email pedindo outros documentos além de um encaminhamento médico para consulta. Claramente estão tentando me vencer pelo cansaço”, Fernanda Paiva.
Sarita Lopes, advogada especialista em Direito de Saúde, explica que nesse caso o consumidor deve solicitar junto ao plano de saúde o especialista, dentro de um prazo estipulado pela Agência Nacional de Saúde(ANS) ANS. “O paciente deverá anotar o número do protocolo e procurar o especialista fora do plano para o seu atendimento e solicitar o recibo das despesas, para posteriormente solicitar o reembolso ao plano. O próprio beneficiado poderá escolher o prestador e solicitar o reembolso, que deverá ser integral ou ter apenas o desconto da coparticipação prevista em contrato. Caso o plano de saúde se negue ou dificulte a ressarcir os custos devidos, o paciente deverá ingressar com ação judicial pedindo o valor pago e ainda poderá pedir indenização por danos morais”. diz
Miguel, de 2 anos, teve bronquiolite e precisou ser internado às pressas. Morando em Petrópolis, os pais da criança foram informados que o plano não cobria esse tipo de internação e que ele teria que ser levado para o Rio de Janeiro. “Não sabíamos dessa restrição. Mas como Miguel estava bastante doente, entramos na ambulância e fomos para um hospital no Rio. Para não ficar indo e vindo, eu e meu marido tivemos que nos hospedar em um hotel para revezarmos, já que só podia ficar uma pessoa de acompanhante. Acabou sendo mais um gasto, diz Williana Castro, mãe de Miguel.
No caso de internações, especialista em Direito de Saúde funciona de maneira diferente. Para ter direito à internação se deve escolher um plano que tenha essa cobertura.”E, ainda assim, a operadora de saúde pode negar a internação afirmando que a modalidade do plano não tem a cobertura deste tipo de atendimento. Outra justificativa pode ser o período de carência, o que é normal e permitido pela ANS, já que os convênios médicos disponibilizam as coberturas dos serviços apenas depois de determinado período a partir da contratação do plano. “, diz Sarita Lopes.
Porém, apesar da carência realmente existir, o atendimento não pode ser negado.”Em casos de urgências e emergências, a menos que a carência ainda não tenha completado 24 horas, em uma negativa de internação do plano de saúde, o cliente pode entrar com uma ação em face da operadora do plano de saúde e pedir uma liminar, que é uma de decisão judicial proferida pelo juiz em situações urgentes. Sem esse documento o paciente ficará mais tempo em espera até o resultado definitivo. Nesse pedido o paciente pode reivindicar tanto a cobertura dos gastos com a internação, como pedir uma indenização por danos morais. Além disso, é importante que o beneficiário solicite ao plano de saúde uma formalização da negativa, explicando claramente o motivo que a internação foi negada”, esclarece Sarita Lopes, advogada especialista em Direito de Saúde.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Minuta do projeto de lei que muda regime jurídico do Ipasgo é disponibilizada
As mudanças impactam mais de 500 mil beneficiários do instituto
O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) disponibilizou nesta quinta-feira (30/03) a minuta do Projeto de Lei que será encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) com o propósito de alterar a personalidade jurídica da autarquia. De acordo com o instituto, a mudança é uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO).
O texto da minuta é resultado da consolidação de estudos técnicos, realizados por quase um ano, sobre as melhores possibilidades para a gestão e sustentabilidade do instituto ao mesmo tempo em que corrige a inadequação relativa à Receita Corrente Líquida (RCL),que contabiliza os descontos feitos em folha de pagamento dos servidores, apesar desses recursos serem direcionados para a assistência à saúde prestada pelo Ipasgo e também reflete as discussões realizadas até agora, quatro delas com servidores e líderes sindicais, e as sugestões recebidas. No entanto, as deliberações continuam.
Além da consulta pública, que permite acesso à íntegra do documento e também o envio de sugestões, o Ipasgo vai realizar, no próximo dia 10, uma audiência pública sobre a proposta que transforma a autarquia em um Serviço Social Autônomo (SSA), regido pelo Governo de Goiás, mas regulado e fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS), o que, entre outros benefícios, ampliará o rol de cobertura e o acesso a dependentes, a exemplo da possibilidade de inclusão de pai, mãe, filhos maiores e casados.
SSA
Se consumada a alteração de regime jurídico, o Ipasgo passa a ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil. Gerido por uma diretoria executiva composta por presidente, chefe de gabinete e diretores, com apoio de dois conselhos, um de administração e outro, fiscal, o Estado continua como controlador do Ipasgo, mesmo com a transformação da autarquia em Serviço Social Autônomo.
Para os 596 mil usuários, um dos principais impactos da mudança é a ampliação do rol de serviços prestados. Com o ingresso na ANS, o Ipasgo passa a oferecer 879 procedimentos médicos que hoje não integram a tabela, bem como a outros oito atendimentos odontológicos, 1.758 medicamentos e 740 Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), insumos utilizados em intervenções médicas, odontológicas, de reabilitação, diagnósticas ou terapêuticas.
Criado em outubro de 1962, o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás tem 596.054 usuários; 3.089 prestadores credenciados em todo o estado; 841 clínicas, hospitais e laboratórios; além de 161 convênios com prefeituras, câmaras, sindicatos, entre outros. O instituto tem orçamento de quase R$ 2 bilhões por ano oriundo de recursos privados dos servidores públicos.
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JORNAL OPÇÃO
“Mudança no Ipasgo não é privatização e nem vai gerar exoneração”, afirma presidente do Ipasgo
Presidente do Instituto, Vinicius Luz, garantiu também que valores de contribuição serão mantidos já que são percentual de salário do servidor; minuta de lei foi disponibilizada no início da noite de hoje.
O presidente do Instituto de Assistência ao Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo), Vinícius Luz, afirmou categoricamente que as mudanças previstas no órgão não se tratam de qualquer tipo de privatização. Além disso, o presidente acalmou os servidores e disse que não haverá exoneração. “Todos serão realocados em outras pastas do governo”, garantiu. A minuta de lei foi disponibilizada no início da noite de hoje.
As mudanças ainda precisam ser aprovadas pela Assembleia e a expectativa é que já no próximo mês o projeto de lei seja enviado ao legislativo, depois da realização da consulta pública. Além disso, o presidente explicou que a alteração na natureza social do Ipasgo parte de um pedido do Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO). A determinação foi assim para que a receita do Instituto deixasse de compor o orçamento geral do Estado. Isso porque essa inclusão “inflaria artificialmente” as receitas correntes liquidas dos cofres públicos do governo estadual.
Segundo o presidente, com a mudança – que ainda precisa ser discutida em audiências públicas e aprovada pela Assembleia Legislativa -, o governo estadual continuará com a governança do Ipasgo.
O Estado ainda fará o aporte financeiro para a regulação do plano na Agência Nacional de Saúde (ANS). E, na visão dele, ao ser regulado pela ANS o instituto vai contar com um rol maior de serviços e medicamentos que a agência considera como obrigatórios.
Nenhum dos atuais 239 servidores efetivos da autarquia será exonerado. Eles serão colocados à disposição da Secretaria de Estado de Administração (Sead) para que sejam remanejados para outros órgãos do Governo de Goiás, respeitando a compatibilidade de atribuições, escolaridade e remuneração. Além deles, o Ipasgo tem hoje 18 servidores comissionados e outros 53 cedidos ou à disposição do instituto.
O remanejamento se dará porque a ideia é que se altere o regime de contratação dos funcionários do instituto, que passarão a ser regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E se a alteração de regime jurídico for aprovada na Assembleia, o Ipasgo passará ter autonomia financeira e administrativa; imunidade em relação aos impostos federais e municipais; isenção de tributos estaduais; maior participação dos servidores, que integrarão os conselhos de administração e fiscal; além de passar a ser regido pela legislação civil.
A mudança vai impactar quase 600 mil usuários e mais de 3 mil prestadores credenciados em todo o Estado. O Instituto tem orçamento de quase R$ 2 bilhões por ano, alimentado com a contribuição dos servidores públicos.
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Mais Médicos: Goiás possui 173 vagas em aberto
Os profissionais do programa serão destinados ao acompanhamento no chamado atendimento primário
O novo formato do programa Mais Médicos para o Brasil, poderá suprir a necessidade de 173 vagas em aberto para contratação de profissionais em Goiás. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), há 717 vagas, das quais 544 estão ocupadas. Ainda segundo a pasta, os profissionais estão trabalhando em 162 municípios e, em todas as regiões do Estado, inclusive, na região metropolitana e na capital.
Atualmente em Goiás estão em atuação 15 médicos estrangeiros, dos quais, 14 são cubanos e um boliviano. A SES revelou que somente oito cubanos possui registro profissional do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) – os sete restantes são intercambistas.
Mais médicos em Aparecida de Goiânia
Em Aparecida de Goiânia, a Secretaria de Saúde informa em nota que, o programa Mais Médicos disponibiliza 62 vagas para o município. Desse total, 29 estão ocupadas e 33 ociosas. A Secretaria ainda esclarece, que o programa é bem-vindo e tem total apoio da Prefeitura.
Mais médicos em Goiânia
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou, que atualmente existem 53 médicos que fazem parte do programa e que desde 2013 recebe esses profissionais. A Prefeitura custeia a alimentação e o transporte dos médicos e, explica que, todos estão lotados em unidade de saúde da família.
A secretaria ainda esclarece que segundo os critérios do Ministério da Saúde, em Goiânia não há vagas mais para médicos do programa. A justificativa é que todo o quadro está completo na capital com a convocação e nomeação de concursados e credenciados, ou seja, Goiânia não possui déficit de médicos.
População considera que é preciso Mais Médicos
Para saber o que a população pensa sobre o programa Mais Médicos, a reportagem do Jornal Opção foi até o Cais Nova Era, em Aparecida de Goiânia. Na manhã da última sexta-feira, 23, havia muitos pacientes na unidade – alguns esperando por mais de quatro horas por um atendimento de emergência –, lotando a sala de recepção e ainda havia pessoas esperando na tenda do lado de fora. Na opinião deles, a realidade dos hospitais públicos fala por si só, ou seja, o programa precisa ser expandido para as emergências e não somente para o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A dona de casa Edinalia Braga, de 37, moradora do Veiga Jardim há quatro, estava no Cais em busca de um atendimento de emergência, aguardando por quase duas horas. Perguntada se ela apoia o Mais Médicos, ela diz que sim. ”Se no Brasil está em falta, acho natural que médicos de Cuba ou outros países, venham trabalhar aqui. Mas na minha opinião eles precisam fazer aquela prova (revalida) que comprova que eles são médicos mesmo. Caso contrário, como vamos confirmar?”, indaga.
O aposentado Antônio Raimundo, de 71 anos, residente no Setor Cristina em Goiânia, compartilha do mesmo pensamento da dona Edinalia. “À ideia do programa é muito bom, pois existe mesmo a necessidade de médicos no país. Só acho que os médicos de fora precisam fazer a prova do revalida”, diz. O aposentado aproveita para fazer uma denúncia. “A UBS mais próximo da minha casa, no Setor Grajaú, está faltando médico”.
Em reposta a denúncia do senhor Antônio, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informa que estão sendo chamados os profissionais concursados e credenciados e que muito em breve todas as vagas serão preenchidas.
O que pensa o Cremego
Logo após o lançamento do programa, ainda na segunda-feira, 20, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que reconhece a importância da interiorização do trabalho médico, com a atuação médica em pequenas cidades de todo o Brasil, mas ressalta a necessidade da boa formação dos profissionais que irão atender nessas localidades.
Segundo a nota, a “abertura do Mais Médicos para intercambistas brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde, conforme divulgado, é preocupante. A população brasileira não pode ficar exposta a profissionais sem formação médica comprovada e sem registro nos órgãos responsáveis por normatizar e fiscalizar o exercício da medicina, zelando pelo respeito à ética médica e pelo bom atendimento à população.”
O Cremego defende a exigência da revalidação dos diplomas de todos os estrangeiros e brasileiros formados no exterior, assim como suas inscrições nos Conselhos Regionais de Medicina dos Estados em que vão atuar. A instituição destaca que, não é contra o programa, mas sim, a favor da comprovada formação profissional de todos os médicos, não somente do programa, mas em qualquer atendimento à população brasileira.
O programa Mais Médicos
Relançado na segunda-feira, 20, pelo Governo Federal, o programa Mais Médicos passará de 13 mil para 28 mil profissionais. O novo formato ofertará 15 mil novas vagas para 28 mil profissionais, o que representa um acréscimo de 100%, e levará atendimento a mais de 96 milhões de brasileiros em regiões mais carentes.
O programa pretende dar atendimento as necessidades de saúde dos brasileiros que vivem em áreas de extrema pobreza. Os profissionais de saúde farão o acompanhamento no chamado atendimento primário, que é responsável pelo suporte da situação de saúde da população, prevenção e redução de agravos, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Em um primeiro momento, o objetivo do programa é preencher as vagas com médicos brasileiros. Toda via, se as vagas não forem totalmente ocupadas, elas serão destinadas aos profissionais brasileiros formados no exterior. E, se mesmo assim, ainda não atingirem o total, haverá uma chamada para médicos estrangeiros.
Das novas vagas criadas este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital ainda este mês, as 10 mil restantes, serão oferecidas em um formato que prevê a contrapartida dos municípios. O Ministério da Saúde explica que, essa nova forma de contratação garantirá menor custo às prefeituras, maior agilidade na reposição do profissional e a própria permanência do médico nas localidades. O Governo Federal prevê um investimento de R$ 712 milhões e assegura que – as vagas continuarão prioritárias para os brasileiros formados no Brasil.
Desafio do programa Mais Médicos
Para o Ministério da Saúde, o principal desafio do programa é fazer com que os médicos permaneçam no local de destino pelo menos até o termino dos quatro anos do contrato, isso porque, na maioria das vezes, são localidades de difícil acesso. De acordo com levantamento do próprio Ministério, cerca de 41% dos médicos desistem e abandonam seus postos, principalmente pela falta de acesso a locais onde possam dar continuidade aos estudos e se qualificarem.
Para evitar essa evasão, o Mais Médicos garantirá oportunidades educacionais ao médico que for escolhido por meio de edital, ele poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos e também passará a receber benefícios proporcionais ao valor da bolsa para aqueles que atuarem nas periferias e nas regiões mais complexas. Em relação às médicas, será feita uma compensação que possa garantir o mesmo valor da bolsa durante os seis meses da licença maternidade.
Fies
Outro diferencial, é que os médicos formados através do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) que aderirem ao programa, serão contemplados com incentivos que o ajudará a quitar a dívida com o Governo federal. Os médicos do Fies que cumprirem o programa de residência em áreas mais remotas, também serão agraciados.
Novidade e bolsa
A grande novidade do novo formato será a inclusão de outras áreas médicas, como: odontologia, enfermagem e assistência social.
O valor da bolsa continuará o mesmo já praticado no programa que é de: R$ 12,8 mil, os profissionais ainda contarão com auxílio-moradia, que poderá variar de acordo com a região.
Revalida para os Mais Médicos
O Ministério da Educação esclarece que, no caso do médico que possui diploma estrangeiro ou brasileiros com diplomas estrangeiros, será ofertada a possibilidade de um incentivo para fazerem o revalida; teste que permite a validação do diploma para atuar no Brasil.
No Governo de Dilma Rousseff foi contratado muitos médicos cubanos e não foi requerido o revalida para esses profissionais trabalharem no Brasil, o que gerou grande crítica ao programa. Porém, na ocasião do lançamento desse novo formato, a ministra da saúde Nísia Trindade elogiou o trabalho dos médicos cubanos e informou que no momento não está previsto a volta do acordo com o governo de Cuba para suprimento de vagas.
Conforme a ministra, os cubanos que optarem por fazer parte do programa serão bem-vindos, mas terão que seguir todas as regras estabelecidas, e destacou que – a prioridade será dada aos profissionais formados no Brasil.
Mais médicos para os indígenas
O território nacional possui 29 distritos sanitários especiais indígenas, incluindo o território Yanomami no Estado de Roraima, que passa por uma situação de emergência em saúde pública. O programa enviará 117 profissionais que serão alocados nesses distritos. A intenção é facilitar o atendimento primário ao indígena, que ao necessitar de um atendimento médico precisa ir até a cidade mais próxima.
O indígena Rosivanio de Lima Pereira Kaxinawá de 34 anos que deixou a aldeia onde vivia no Acre em 2007, para cursar medicina na Escola Latino-Americana em Cuba, com especialização em medicina da família, faz parte do Mais Médicos para o Brasil e fala da felicidade em poder ajudar os irmãos:
“Sei da realidade do meu povo, do sofrimento que é ir para a cidade e pegar uma ficha de saúde às 3h da manhã para ser atendido. Hoje podemos levar atendimento para dentro da comunidade, para que o indígena não saia da aldeia, já é um grande feito”, destaca.
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E-INVESTIDOR
Hapvida (HAPV3): por que as ações desabam 37% em março?
Segundo dados do Broadcast, as ações da operadora de saúde caem 37,6% no acumulado de março. A desvalorização é a maior do Ibovespa durante o período
No entanto, a companhia tem buscado melhorar sua situação financeira
O mercado parece estar em dúvida sobre a capacidade da Hapvida (HAPV3) em entregar bons resultados nos próximos trimestres e mostrar eficiência operacional com a sua recente fusão com a NotreDame Intermédica. O receio pode ser visto na performance das ações que seguem com um desempenho bem abaixo do Ibovespa, principal índice da B3.
Segundo dados do Broadcast, as ações da operadora de saúde caem 37,6% no acumulado de março. A desvalorização é a maior do Ibovespa durante o período.
Mas o fraco desempenho também ganha destaque na Bolsa quando se olha para o retorno ao longo do ano. Neste intervalo de tempo, a queda chega a 45,6%, conquistando o “título” da segunda maior desvalorização do IBOV em 2023.
Para especialistas de mercado, o momento ruim da companhia na Bolsa de valores se justifica por dois fatores. O primeiro tem relação com a dificuldade da rede em repassar a inflação para os seus clientes, enquanto a segunda se deve ao aumento da sinistralidade (custos referentes ao uso dos serviços dos planos de saúde) que atingiu patamares elevados.
Segundo Pedro Serra, chefe de Análise da Ativa Investimentos, com o avanço da vacinação contra a covid-19, o fluxo de pessoas buscando atendimento em consultórios e hospitais aumentou. As cirurgias eletivas que estavam suspensas por causa da pandemia retornaram e ajudaram a pressionar as margens das operadoras de saúde.
“Começamos a perceber que houve uma mudança estrutural do setor. As pessoas passaram a ir mais ao médico e estão mais preocupadas com a saúde”, afirma Serra. O cenário macroeconômico desafiador também contribui para um ambiente menos favorável para as operadoras de saúde.
Com o aumento da inflação e do endividamento das famílias brasileiras, as empresas tiveram dificuldade de repassar a alta dos custos para os seus clientes. “A população está cada vez mais endividada e esse cenário está prejudicando as empresas como um todo”, diz Gustavo Cruz, Estrategista Chefe da RB Investimentos.
Vale ressaltar que a variação de preço para a compra de bens e serviços é diferente dos itens hospitalares. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por exemplo, que mede a inflação padrão do país, segue em torno de 5,6% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o índice de Variação de Custos Médico Hospitalares (VCMH) registra uma alta de 23% durante o mesmo período, de acordo com os dados do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
“O mercado passou a ficar mais criterioso ao olhar os resultados trimestrais e ver se as recentes aquisições estavam fazendo sentido (para a Hapvida)”, acrescenta Cruz. No balanço da companhia no quarto trimestre do ano passado, a Hapvida (HAPV3) registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 316,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 200,2 milhões reportado um ano antes.
Os resultados ruins foram os responsáveis pelo tombo de 32,7% nas ações no primeiro pregão de março. No entanto, a companhia tem buscado melhorar sua situação financeira. Nesta segunda-feira (27), a operadora vendeu dez imóveis para a Família Pinheiro, controladora da Hapvida, no valor de R$ 1,25 bilhão.
A medida deve aumentar a liquidez da empresa, mas não será suficiente para garantir uma recuperação efetiva do papel. Esta é a leitua de José Eduardo Daronco, analista da Suno Research. “O cenário é bem desafiador. Mesmo projetando uma elevação dos preços dos planos em mais de dois dígitos esse ano, não deve ser suficiente para fazer a sinistralidade retornar aos patamares normais”, afirma.
Com essa perspectiva, as dúvidas se as recentes quedas podem ser interpretadas como uma oportunidade de investimento permanecem entre os investidores. Na avaliação de alguns analistas, o papel pode ser interessante para quem tem visão de retornos no longo prazo. Veja os detalhes sobre a recomendação para as ações da Hapvida nesta reportagem.
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PORTAL UOL
Jovem perde 50 kg após morte da mãe: ‘ela tomava remédio para emagrecer’
Quem acompanha os posts da influencer Letícia Almeida, 23, com vídeos e imagens do seu processo de emagrecimento, não imagina a luta que ela trava todos os dias para superar a morte da mãe.
Fátima morreu em 2018, mas só recentemente a jovem criou coragem para postar um vídeo no TikTok sobre o que ela realmente acredita que aconteceu: a mãe teria morrido por causa da sibutramina, remédio comumente recomendado para perda de peso.
Dicas de saúde, alimentação e bem-estar em um único aplicativo. Baixe aqui VivaBem UOL “Foi num sábado que ela comentou que não estava bem. Eu cursava medicina na época, mas não tinha estudado farmacologia ainda. Pensei que pudesse ser virose ou dengue e sugeri que ela fosse ao hospital. Mas ela preferiu esperar até o dia seguinte e, apesar de eu insistir, acabei concordando”, contou.
No domingo, a mãe se sentiu melhor e a ida ao hospital foi descartada. No dia seguinte, a influenciadora ouviu um barulho vindo do banheiro, onde a mãe tomava banho.
“‘Vai, quebra tudo’, gritei, brincando, achando que ela tinha derrubado alguma coisa. Mas ela não me respondeu.”
Ao chegar ao banheiro, a jovem encontrou a mãe caída no chão, de bruços e com os olhos abertos. Letícia entrou em pânico, mas chamou o resgate e saiu para abrir o portão. Quando voltou, a mãe estava em pé.
“Gritei para ela não ficar em pé, mas ela caiu novamente e bateu a cabeça no vaso sanitário. Fomos de ambulância até o hospital e ouvi o barulho do desfibrilador. Achei que ela ficaria bem, mas naquele momento me dei conta de que ela estava morrendo”, lembra a influenciadora.
Cirrose causada por remédio
Um inquérito foi aberto para apurar a “morte suspeita”, já que ela estava fora do hospital, e a conclusão foi de que não houve crime, mas um acidente doméstico. Letícia, porém, não se contentou com essa conclusão e contratou um advogado para reabrir o inquérito e pedir nova perícia.
O laudo da necropsia então apontou que Fátima apresentava um quadro de hepatomegalia – quando o fígado aumenta e fica maior do que o normal. Ao cair no banheiro, o órgão, já fragilizado, se rompeu e ela teve uma hemorragia interna.
“Descobrimos que a hepatomegalia pode ter sido causada por uma cirrose medicamentosa. Ou seja, algum remédio poderia ter provocado esse quadro. E o único que ela estava tomando era a sibutramina”, diz Letícia.
Hoje nutricionista (ela abandonou o curso de medicina), a influencer explica que Fátima fazia exames regularmente e não tinha nenhuma doença.
“Sempre teve problemas em controlar o peso e já havia feito cirurgia bariátrica. Dez anos depois, começou a engordar novamente e foi quando uma amiga comentou com ela sobre o tratamento que estava fazendo com um médico. Ela resolveu experimentar”, lembra.
Após um exame de sangue, o médico receitou um tratamento de seis meses, com ingestão diária de sibutramina. Cinco meses depois, Fátima passou mal.
Desde que a mãe morreu, Letícia passou a travar sua própria batalha. Engordou dezenas de quilos – segundo diz, em parte pela culpa e raiva que sentia pela morte da mãe.
Mas estava decidida a não seguir os mesmos passos de Fátima e focou em emagrecer sem remédios. É isso que agora tenta mostrar nos vídeos que posta: sua rotina de dieta e exercícios que fez com que perdesse 50 kg em dez meses.
“Perdi minha mãe por causa desses remédios, estou fazendo terapia para superar a culpa e conseguir viver o luto. As pessoas precisam entender que medicamento nenhum pode trazer a cura para a obesidade. Quando você para de tomar, os quilos voltam novamente”, diz.
Sibutramina é perigosa?
Há mitos e verdades em torno da sibutramina, o que a torna uma droga cercada de polêmicas.
É um remédio tarja preta, ou seja, controlado pela Anvisa por seus riscos em potencial e efeitos colaterais graves – estudos científicos concluíram que o seu uso estava associado ao aumento de risco de eventos cardiovasculares, como infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).
A sibutramina atua no SNC (Sistema Nervoso Central) e tem como efeito a inibição do apetite e o aumento da saciedade. Para comprá-la, você precisa de um tipo especial de receituário, que só permite adquirir medicamento para 60 dias de tratamento – e aí é preciso uma nova receita médica para adquirir mais doses.
O endocrinologista Ricardo Barroso, diretor da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo), considera a medicação muito úteis e segura para o paciente com obesidade. E reforça que os riscos são individuais – variam para cada medicação e para cada paciente.
Ela eleva o risco de várias doenças, como as patologias cardiovasculares, doenças no fígado, rim, pâncreas e até mesmo o câncer, por isso é importante o acompanhamento com um endocrinologista, que é o profissional mais habilitado a avaliar o risco e o benefício.
“Os medicamentos para emagrecer aprovados para uso no Brasil passaram por testes e por estudos clínicos que mostraram não só sua eficácia na perda de peso como também sua segurança. São estudos que foram realizados em milhares de pacientes por alguns anos”, explica. “Apesar de a maioria dos medicamentos, como a sibutramina, ser metabolizada no fígado, a ocorrência de uma cirrose hepática, por exemplo, é muito rara.”
O endocrinologista Luciano Albuquerque, coordenador do Laboratório de Obesidade do HC-UFPE, explica que existem poucas ferramentas para tratar obesidade e a sibutramina é uma delas – com a vantagem de ter preço acessível. Isso ajuda na adesão ao tratamento, e quando o paciente se empenha, a medicação é tão efetiva quanto as outras mais caras.
“Há muito preconceito com a sibutramina e a necessidade de uso do receituário B2. A preocupação é que a pessoa possa criar dependência. Mas não é o caso. A grande desvantagem desse fármaco é o potencial efeito colateral. Daí a necessidade do perfeito ajuste de doses e da orientação do paciente”, diz o médico.
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STG NEWS
UTI Top Performer: Cinco dos sete reconhecidos em Goiás são associados da Ahpaceg
Dos sete hospitais privados goianos, da capital e do interior, que conquistaram o selo de UTI “Top Performer” 2023 no projeto UTIs Brasileiras, cinco são associados da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).
São eles, o Hospital de Acidentados, Hospital do Coração Anis Rassi e Hospital e Maternidade Premium, de Goiânia; Hospital Santa Mônica, de Aparecida de Goiânia, e Hospital Santa Terezinha, de Rio Verde.
Na prática, essa conquista traduz o reconhecimento público da Associação de Medicina Intensiva Brasileia (AMIB) e da Epimed Solutions sobre a qualidade e a segurança da assistência prestada pelas UTIs de nossos associados.
“O projeto valoriza as UTIs que trabalham com qualidade e gerenciam indicadores para que obtenham os melhores resultados”, disse o presidente da AMIB, Marcelo Maia.
Ao todo, 707 hospitais brasileiros participam do projeto e 135, menos de 20% deles, receberam o selo “Top Performer”. Na rede privada em Goiás, além dos nossos associados, foram certificados o Hospital Albert Einstein, de Goiânia, e o Hospital Unimed Regional Sul Goiás, de Itumbiara.
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DIÁRIO CENTRAL
Prevenção: quando fazer um checkup cardiológico
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que essas enfermidades matam cerca de 17,7 milhões de pessoas todos os anos.
No Brasil, não é diferente. Anualmente, mais de 300 mil brasileiros morrem vítimas dessas doenças, sendo que muitas delas poderiam ter sido evitadas ou tratadas.
Tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, uso excessivo de álcool, história familiar de infarto e diabetes são os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
E mais: algumas doenças cardiológicas não apresentam sintomas, como explica a médica cardiologista Cibele Gontijo Lopes, integrante da equipe CDI Medicina Diagnóstica. Segundo ela, os sinais de alerta podem surgir apenas nas fases críticas.
Daí a importância da realização periódica do checkup cardiológico. “Ele auxilia na avaliação e controle dos fatores de risco e é realizado pelo cardiologista”, ressaltou a médica.
Por meio da avaliação da história clínica, exames laboratoriais, teste ergométrico ou de esforço e exames de imagem, o médico especialista pode orientar sobre a prevenção das doenças e prescrever o melhor tratamento para cada paciente.
“O cardiologista pode aprofundar a avaliação de acordo com cada paciente, solicitando exames, como ecocardiograma, doppler vascular, MAPA, Holter, cintilografia de perfusão miocárdica, angiotomografia das artérias coronárias e ressonância cardíaca”, acrescentou Cibele Gontijo Lopes.
O checkup cardiológico anual deve começar a ser feito por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente, no caso de indivíduos saudáveis. Quando há histórico familiar de doença do coração, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ou outro fator de risco, a primeira consulta deve ser adiantada.
“O coração é a peça-chave para a saúde e qualidade de vida e, considerando que as doenças cardíacas têm maior chance de cura quando detectadas precocemente, os principais motivos para o checkup cardiológico são: detectar e controlar os fatores de risco; diagnosticar precocemente e fazer o tratamento adequado; não agravar as doenças pré-existentes; entender os sinais de alerta em situações graves e adotar hábitos de vida saudáveis de maneira segura”, resumiu a cardiologista.
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CREMEGO
Cremego, SGP, CAO Saúde e CAO Infância do Ministério Público debatem crise na assistência pediátrica em Goiás
Em reunião na quinta-feira, 30, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e a Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) relataram aos promotores do Centro de Apoio Operacional (CAO) da Saúde e da Infância as dificuldades enfrentadas no atendimento pediátrico na região metropolitana da capital, como o déficit de pediatras em plantões em unidades de saúde, dificuldades de encaminhamento de pacientes, principalmente para outras especialidades, e a falta de diálogo entre as redes estadual e municipal de saúde.
O presidente do Cremego, Fernando Pacéli Neves de Siqueira, observou que esses problemas são antigos e que a falta de solução só tem agravado a situação.
A promotora do CAO Saúde, Lucinéia Vieira, solicitou que Cremego e SGP sistematizem as demandas, apontem possíveis soluções e como o MP pode contribuir para sanar as deficiências.
Para o presidente do Cremego, foi plantada uma semente junto ao MP e as entidades esperam o resultado. Lucinéia Vieira ressaltou que o MP quer participar da construção da solução desta crise.
Também participaram da reunião, a presidente da SGP e conselheira do Cremego, Valéria Granieri, e as pediatras Elecy Messias e Mirna de Sousa.
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Assessoria de Comunicação