Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 08 E 09/06/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo

Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho

Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema

Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos

Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas

Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde

Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde

Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade

Artigo – O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio

Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos

TV ANHANGUERA

Governo de Goiás publica edital para OSs interessadas em gerir Hugo

globoplay.globo.com/v/11686178/

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PORTAL R7

Após puxar inflação de maio, planos de saúde terão reajuste em junho


A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai definir nesta segunda-feira (12), em reunião da diretoria colegiada, o índice máximo de aumento anual para contrato individual ou familiar.

A estimativa é de reajuste entre 10% e 12%, segundo a projeção da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde), com base na metodologia de aumento adotada pela ANS e em cálculo de consultorias.

A medida vai afetar 8,9 milhões de beneficiários de planos individuais e familiares, o que representa 17,6% do total de consumidores de planos de assistência médica no Brasil. O setor atingiu um total de 50.573.160 usuários em abril deste ano, o maior número desde novembro de 2014.

O aumento vai valer para contratados a partir de janeiro de 1999, e poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano

Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, foi de 0,23% em maio, o maior impacto e a maior variação vieram do grupo Saúde e cuidados pessoais, com 0,93%. O destaque foi o plano de saúde, que registrou alta de 1,20% no mês.

Nos últimos 12 meses, o acumulado dos convênios chega a 17,48%, enquanto a inflação geral acumula 3,94%.

Histórico

Em 2020, os planos ficaram congelados por causa da pandemia de Covid-19. Já em 2021, pela primeira vez, a ANS definiu redução de 8,19% nos valores das mensalidades.

A decisão foi motivada pela queda da demanda decorrente do período de isolamento na pandemia; por causa do distanciamento social, muitos brasileiros adiaram a procura por serviços médicos não emergenciais.

No ano passado, a agência autorizou reajuste de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares, o maior índice desde o início da série histórica, em 2000.


Como funciona o reajuste

ANS explica que o índice de reajuste dos planos individuais ou familiares é determinado pela agência, sendo aprovado em reunião de diretoria colegiada e apreciado pelo Ministério da Fazenda.

“O percentual é o teto para o reajuste. As operadoras podem aplicar índices mais baixos, mas são proibidas de aplicar percentuais mais altos que o definido pela ANS para os planos individuais ou familiares”, afirma a agência reguladora em nota.

Já os planos coletivos com 30 beneficiários ou mais possuem reajuste definido em contrato e estabelecido a partir da relação comercial entre a empresa contratante e a operadora, em que há espaço para negociação entre as partes.

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) defende que os reajustes dos planos coletivos sejam regulados à semelhança dos planos individuais. Para a coordenadora do programa de Saúde do Idec, Ana Carolina Navarrete, o ideal seria que o reajuste fosse regulado para todos os tipos de planos.

“Como a maioria dos contratos coletivos reajusta seus planos com base na sinistralidade e ela como índice é pouco clara (cada empresa define de uma forma diferente), isso permite uma ampla liberdade para a operadora, no limite, fazer alteração unilateral do preço, prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. O ideal seria que as cláusulas de reajuste fossem padronizadas”, afirma a coordenadora.

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O HOJE

Mês de Conscientização da Cardiopatia Congênita: 30 mil brasileiros nascem por ano com esse problema

As cardiopatias congênitas são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração que levam à insuficiência circulatória

Por: Ícaro Gonçalves

A cada ano, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com cardiopatia no Brasil e aproximadamente 40% delas vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano, o que representa 12 mil pacientes.

As cardiopatias congênitas – que têm até uma data, 12 de junho, para orientar as pessoas sobre seus riscos e tratamentos – são anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos associados, que levam à insuficiência circulatória e respiratória dentre outras consequências graves, podendo comprometer a qualidade de vida ou a própria vida do paciente.

O diagnóstico do problema ainda durante a gestação é fundamental para o acompanhamento da gravidez e o planejamento adequado da assistência médica e do tratamento necessário após o nascimento. Quando identificada uma malformação cardíaca, a equipe médica especializada poderá adotar as medidas apropriadas para garantir a melhor assistência possível ao bebê.

O exame indicado para esse diagnóstico é a ecocardiografia fetal. Trata-se de um exame de imagem que utiliza o ultrassom para visualizar o coração do feto e suas estruturas, permitindo identificar possíveis anomalias cardíacas e proporcionando intervenções precoces, quando necessárias. A médica pediatra com atuação em ecocardiografia pediátrica e fetal Beatriz Mariano, da equipe do CDI – Centro de Diagnóstico por Imagem, explica que o exame é geralmente realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação, quando já é possível visualizar com clareza as estruturas cardíacas do feto.

Durante a realização do ecocardiograma fetal, o médico, com área de atuação em medicina fetal, analisa cuidadosamente as estruturas cardíacas, avaliando a anatomia, o funcionamento e a circulação sanguínea do coração do bebê. O ecocardiograma fetal é especialmente recomendado quando existem fatores de risco conhecidos, como histórico familiar de doenças cardíacas, problemas cardíacos prévios em gestações anteriores ou condições médicas da mãe que possam afetar o desenvolvimento do feto. No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico obstetra ou cardiologista fetal, que irá determinar a necessidade do exame.

Mães

Foi por meio deste exame que um grupo de mulheres goianas, que até então não se conheciam, se deparou com uma notícia que lhes tirou o chão: grávidas, elas descobriram que seus bebês tinham cardiopatia congênita. Cada uma do seu jeito, elas iniciaram batalhas para garantir o nascimento e a sobrevivência dos filhos. Isso foi há mais de 13 anos.

Nesta caminhada, elas depararam-se com a falta de atendimento em Goiânia, desconhecimento por parte de médicos, poucos exames disponíveis, a necessidade de buscar assistência fora do Estado, enfim, uma luta em defesa dos bebês.

Após os nascimentos, a batalha continuou com cirurgias precoces, o medo diante da fragilidade dos pequenos e muitas inseguranças. Batalhas que foram sendo vencidas. Ao mesmo tempo em que comemoraram as vitórias dos filhos, as mamães foram também abraçando outra causa: ajudar famílias que enfrentavam o mesmo problema.

Associação Amigos do Coração

Assim, nasceu a Associação Amigos do Coração. “Transformamos nossa dor em amor, acolhimento e apoio a outras mães e famílias”, conta uma das fundadoras da Associação, Martha Camargo. A luta, de acordo com Eliade Pontes e Geysa Machado, respectivamente, mães de um garoto e de uma menina que nasceram com cardiopatia, inclui um grande trabalho educativo, a defesa da ampliação da assistência diagnóstica e médico-hospitalar a crianças com cardiopatia congênita, o acolhimento a famílias necessitadas e o apoio aos pacientes.

Parte do resultado desse trabalho poderá ser visto no domingo, 11 de junho, véspera do Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita, quando a Associação realizará um grande evento no Parque Vaca Brava, a partir das 9 horas. São esperadas mais de 200 pessoas. O evento terá brincadeiras, lanches, orientações médicas, atividades físicas – sim, crianças com cardiopatia podem e devem se exercitar – e muito mais.

Exames

Durante o evento, o CDI – Centro de Medicina Diagnóstica, que abraçou a causa da Associação Amigos do Coração, vai divulgar alguns exames também fundamentais para diagnósticos e monitoramento do desenvolvimento de crianças com cardiopatia congênita. A diretora do CDI, médica Colandy Nunes Dourado, cita alguns deles, como a ecocardiografia 3D pediátrica, ecocardiografia a cores pediátrica, ultrassom pediátrica, tomografia pediátrica e elastografia hepática pediátrica, todos oferecidos pelo CDI.

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Custo de tratamento de câncer encarece e mortes em Goiás aumentam 17% em 8 anos

Dados do Observatório de Oncologia mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado

As mortes por câncer no estado de Goiás aumentaram 17,8% nos últimos 8 anos. Informações do Observatório de Oncologia, com dados do Ministério da Saúde (DataSUS), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que no ano de 2022, 6.743 pessoas vieram a óbito devido a doença no estado. Já em 2014, oito anos antes, o número registrado era de 5.720. Em Goiânia, foram 1.729 óbitos no último ano.

Os cânceres com mais casos de mortes são os de traqueia, brônquio e pulmão, com 929 óbitos registrados. Na sequência aparecem os de cólon e reto (669), mama (530), próstata (480), estômago (348) e pâncreas (325). A população masculina é a mais afetada, com a maior taxa de óbitos registrada entre as idades de 60 a 79 anos.

E as estimativas apontam para um crescimento da doença em meio a população brasileira para os próximos anos. O Instituto Nacional de Câncer projeta que, entre 2023 e 2025, são esperados 705 mil novos diagnósticos de câncer no Brasil por ano, principalmente as que estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas 70% da incidência.

Em entrevista ao jornal O Hoje, o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), doutor Jales Benevides Santana Filho, alerta que os diagnósticos em Goiás também devem crescer. “No triênio 2023-2025 são esperados 25,5 mil casos novos por ano. Somente em Goiânia, deve ser 6 mil casos novos por ano.

Para o médico, o aumento dos casos decorre de múltiplos fatores, incluindo fatores culturais ligados a alimentação e estilo de vida. “Com o passar dos anos nossa população tem adquirido hábitos e estilos de vida ruins. Vemos jovens fumando muito, bebendo muito, vemos a incidência do câncer de pulmão crescer tanto em homens quanto em mulheres. Também a aumento da obesidade, o consumo de enlatados e embutidos, uma dieta pobre em fibras e alto consumo de fast foods. Tudo isso é ruim para nosso organismo. Com isso a população fica mais exposta aos fatores de risco dos cânceres”, alerta Jales.

As campanhas de prevenção ao câncer são fundamentais para que possamos mudar e diminuir a incidência de câncer.

Encarecimento e defasagem no SUS

Se por um lado os diagnósticos de câncer aumentaram nos anos recentes, por outro, o custo para o tratamento de pacientes também aumentou. Isso gera uma sobrecarga de demanda dos tratamentos tanto na rede pública como na rede privada.

As descobertas de novos medicamentos, equipamentos, tratamentos e terapias tem aumentam em muito as chances de cura do câncer, mas também encarecem o valor do tratamento. A descoberta tardia da doença, o acometimento em jovens e o uso de tecnologias caras são outros fatores. Considerando estimativas da Sociedade Norte-Americana de Câncer, os gastos com tratamento de câncer, ao nível mundial, aumentarão de US$ 290 para US$ 458 bilhões entre 2010 e 2030.

No Brasil, a maioria dos casos é detectada em estágios avançados e as estratégias de prevenção do câncer ainda têm uma cobertura muito baixa. Com isso o número de pessoas que necessita de medicamentos e terapias (mesmo as novas e mais caras) tende a ser proporcionalmente elevado.

Com isso, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com tratamento de câncer chegaram a R$ 4 bilhões em 2022, o que representou 3% dos recursos totais destinados à saúde brasileira. Esse valor inclui os procedimentos ambulatoriais, internações e cirurgias. Na comparação com 2020, primeiro ano da pandemia da covid-19, houve crescimento de 14% nos investimentos feitos na área de oncologia.

“O SUS não consegue pagar a integralidade dos tratamentos oncológicos. Os hospitais precisam de novas tecnologias e aparelhos, capazes de tratar mais pacientes com menos efeitos colaterais. Precisamos de drogas novas, medicamentos capazes de combater o câncer na imuno e na quimioterapia. Essas medicações são caras e que as vezes pacientes do SUS não tem acesso a elas”, ressalta doutor Jales Benevides.

O médico ainda afirma que a tabela SUS, com os valores dos repasses feitos pelo governo federal ao hospital que tratam o câncer, está defasada há décadas. “A tabela de repasse do SUS não tem atualizações há mais de 20 anos. O que o Hospital Araújo Jorge recebe é uma tabela de 20 anos atrás.  Nesse período, a inflação fez crescer o preço da medicação, custos de infraestrutura dos hospitais, especialmente na pandemia. Isso coloca as instituições em uma situação financeira difícil”, finaliza.

Financiamento em debate

No dia 1º de junho, a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO) promoveu uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater o financiamento e as políticas de oncologia no Brasil. Os participantes foram unânimes em defender o aumento dos recursos públicos para prevenção e tratamento do câncer.

Segundo a deputada, a criação de um Fundo de Enfrentamento ao Câncer representa “a solução para o financiamento da oncologia” no país. “Já existe projeto de lei. Nós vamos fazer o levantamento de todos, já tem um requerimento de urgência, até de nossa autoria, pedindo que vá direto ao Plenário. Além da aprovação do projeto, a gente vai colocar uma rubrica específica para captar recursos para a oncologia”, destacou.

De acordo com Patrícia Gonçalves dos Santos, representante da Coordenação-Geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, o Brasil conta com 315 serviços habilitados para atendimento oncológico pelo SUS. Para realização de radioterapia são 91 centros habilitados.

Para o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), René José Moreira, a adoção do teto de gastos no País fez com que o financiamento da União para a área da saúde sofresse uma “redução significativa”. Atualmente, o governo federal paga apenas 37,6% das despesas do SUS; os demais 62,4% ficam a cargo de estados e municípios, disse René Moreira.

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Dia Nacional da Imunização: especialistas alertam para a volta de doenças que já foram erradicadas

Os números mais recentes apontam que a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde

Nesta sexta-feira (9/6) comemora-se em todo o Brasil o Dia Nacional da Imunização. Em tempos em que a gripe, o coronavírus e outras doenças de fácil contaminação ainda circulam pelo país, médicos pediatras de Goiás alertam sobre o cenário de baixa taxa de vacinação do público infantil.

Os números mais recentes apontam que, no estado, a procura por vacinas essenciais na primeira infância tem ficado, desde 2019, abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde – que é de pelo menos 95%. No Brasil, o relatório Situação Mundial da Infância 2023: Para cada Criança, aponta que cerca de 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose contra a poliomielite e a tríplice bacteriana (DTP) entre os anos de 2019 e 2021.

As explicações para os números negativos podem estar baseados em dois pilares: o aumento das fake news sobre vacinas e a falsa sensação de segurança sobre doenças que já foram erradicadas no passado pelas campanhas de vacinação.

Apesar das justificativas, a presidente da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP), Valéria Granieri, alerta que as consequências da baixa imunização podem ser gravíssimas. “As vacinas são a forma mais eficaz de prevenir doenças e evitar surtos. Quando uma pessoa não se vacina ou se recusa a vacinar crianças que estão sob a sua responsabilidade, ela contribui para disseminar doenças potencialmente letais na comunidade”.

Uma pesquisa realizada pela ONG Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), mostrou que sete em cada dez brasileiros acreditam em alguma informação equivocada sobre a vacinação.

Comparado ao restante dos países do mundo, é no Brasil onde as pessoas são mais influenciadas pelas notícias falsas sobre o tema. Ao todo, 57% dos entrevistados afirmaram que não se vacinaram ou deixaram de vacinar crianças que estão sob seus cuidados.

Vacinação infantil e legislação

A SGP reforça que a vacinação de crianças e adolescentes é protegida por lei desde 1990, ano em que o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) foi criado. Por se tratar de um assunto que impacta não só as crianças, mas também toda a sociedade, a entidade incentiva que pais e responsáveis mantenham a caderneta de vacinação atualizada para que novos surtos de doenças já erradicadas no Brasil não retornem.

“Em termos práticos, a efetividade da vacinação é influenciada pela idade na qual a dose é administrada. Isso significa que seguir o calendário estipulado é essencial para a manutenção da saúde e desenvolvimento das crianças”, finaliza a presidente da SGP.

Vírus respiratórios

Até a segunda quinzena do mês de maio, permanecia alto o número de internações de crianças causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com ocorrências em 13 dos 27 estados.

Segundo o Boletim InfoGripe, divulgado no dia 19 de maio pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no quadro etário geral, em 19 das 27 unidades o crescimento é moderado na tendência de longo prazo, que considera as últimas seis semanas, e de curto prazo, referente às últimas três semanas.

A análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 8 de maio, sendo referente à Semana Epidemiológica (SE) 18, de 30 de abril a 6 de maio. Os resultados laboratoriais por faixa etária apontam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, apesar de queda observada em diversos estados. Em contrapartida, mantém-se sinal de aumento nos casos associados ao vírus influenza A e B.

Vírus Sincicial

Entre as crianças pequenas, permanece o predomínio de casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o que mantém o número de novas internações em patamares elevados nesse público. O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, esclareceu que já no restante da população, a expansão de casos se deve principalmente à covid-19.

Chamou a atenção, entretanto, para as tendências distintas entre os vírus associados aos casos em adultos. “Enquanto os casos associados à covid-19 sugerem desaceleração para os vírus influenza A e B, há indício de aumento recente em diversos desses estados”, disse Gomes. (Com informações da Agência Brasil)

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SAÚDE BUSINESS

Google Cloud e Mayo Clinic formam parceria para explorar IA generativa na saúde

Nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados

O Google Cloud anunciou hoje uma colaboração com a Mayo Clinic para trazer Inteligência Artificial (IA) generativa para ambientes de assistência médica, começando com  Enterprise Search in Generative AI App Builder (Gen App Builder).

Seguindo a parceria estabelecida entre a empresa e a instituição anteriormente, incluindo programas que aproveitam análises, soluções de IA e Machine Learning, a nova colaboração espera melhorar a eficiência do fluxo de trabalho clínico e facilitar a localização de informações por médicos e pesquisadores, otimizando os resultados.

O Gen App Builder visa unificar os dados de saúde em documentos, bancos de dados e intranets dispersos, facilitando a pesquisa, análise e identificação dos resultados mais relevantes. Ele também oferece suporte à conformidade com HIPAA, juntamente com os processos, segurança e controles de privacidade de cada cliente.

Aumentando o portfólio de ferramentas de IA generativas do Google Cloud, o Gen App Builder, juntamente com o suporte de IA generativa na Vertex AI, espera ajudar as organizações de saúde a otimizar a produtividade da força de trabalho, simplificar os processos administrativos e aproveitar a tecnologia para automatizar tarefas repetitivas, permitindo que os cuidadores se concentrem em serviços de maior valor interações do paciente.

A Mayo Clinic, como uma das primeiras a adotar o Gen App Builder do Google Cloud, está explorando como a combinação de pesquisa de qualidade do Google com IA generativa pode trazer informações importantes para médicos, e equipes assistenciais de maneira rápida, contínua e conversacional.

O Google Cloud continuará colaborando com a Mayo Clinic e várias organizações de saúde para desenvolver esses recursos em um ambiente clínico.

“A IA generativa tem o potencial de transformar a saúde, aprimorando as interações humanas e automatizando as operações como nunca antes”, disse Thomas Kurian, CEO do Google Cloud. “A Mayo Clinic é líder mundial em alavancar a Inteligência Artificial A para o bem e é um parceiro essencial à medida que identificamos maneiras responsáveis ​​de trazer essa tecnologia transformadora para a saúde.”

“Nossa priorização da segurança do paciente, privacidade e considerações éticas significa que a IA generativa pode ter um impacto significativo e positivo na forma como trabalhamos e prestamos cuidados de saúde”, disse Cris Ross, CIO da Mayo Clinic. “As ferramentas do Google Cloud têm o potencial de revelar fontes de informações que normalmente não são pesquisáveis ​​de maneira convencional ou são difíceis de acessar ou interpretar, desde o histórico médico complexo de um paciente até suas imagens, genômica e laboratórios. Acessar informações de maneira mais rápida e fácil pode gerar mais curas, criar mais conexões com os pacientes e transformar a assistência”.

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Telemedicina e internet das coisas conectam salas cirúrgicas para procedimentos cardíacos em crianças

Projeto lançado pelo Instituto do Coração com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Cisco desenvolveu sistema para telemonitoramento do ato cirúrgico

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.

O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos.  A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.

“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Dr. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.  

As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.  

 Parceria e acesso

Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas. 

“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor. 

Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.  

O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil. 

Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto. 

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Telemedicina se consolida como meio de ampliar o acesso à saúde

Unimed-BH acaba de atingir 1 milhão de consultas on-line realizadas e vê benefícios da modalidade

A prática de telemedicina continua recebendo investimentos e atenção das empresas do setor de saúde suplementar. Entre os principais benefícios do serviço está a ampliação do acesso à saúde e a rapidez e efetividade no atendimento nos casos de pequenas urgências. A Consulta On-line da Unimed-BH, por exemplo, foi lançada há três anos e acaba de completar o marco de 1 milhão de atendimentos. A cooperativa avalia de forma positiva o modelo e continua investindo em melhorias, com foco na melhor experiência do cliente.

Segundo o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, a telemedicina é uma inovação que transformou o modelo tradicional de assistência e trouxe mais praticidade e agilidade para o cliente de saúde suplementar. “Como operadora de plano de saúde estamos acompanhando as transformações no setor e apostando no digital, sempre com foco na melhor experiência do cliente”, explica. Ele esclarece ainda que a telemedicina vai além de uma consulta, mas inclui telemonitoramento, oferta de atendimento 24h, orientação de percurso.

Frederico Peret destaca a importância da consulta on-line para o atendimento nos períodos quando há alta demanda por serviços de saúde. O Pronto Atendimento On-line da Unimed-BH voltado para pequenas urgências, por exemplo, oferece atendimento com especialistas em Clínica Médica, Medicina de Família e Comunidade e Pediatria, possibilitando uma melhor assistência à saúde nos períodos de sazonalidade. “Vimos a consulta on-line funcionar muito bem na pandemia da Covid-19 para atender os casos de baixa complexidade e temos apostado nessa modalidade para reduzir a sobrecarga nas unidades assistenciais”, afirmou.

A Unimed-BH também vem investindo no telemonitoramento de pacientes, que é uma modalidade de telemedicina que amplia o cuidado, possibilitando um acompanhamento do paciente por um profissional de saúde, após alta hospitalar ou após confirmação de alguma doença. O serviço atualmente é ofertado para diversos perfis de clientes, entre eles, casos positivos de Covid-19, gestantes, pós-operatórios cardíacos, entre outros.

Facilidade e segurança na telemedicina

Tanto para os médicos que atendem, quanto para clientes que usam, o serviço de teleconsulta tem sido avaliado positivamente. A cooperada de Medicina de Família e Comunidade e médica da Central Consultas On-line, Helena Soares de Souza Santos, fala sobre a sua experiência com a telessaúde. “Passei a atender na equipe da Central da Unimed-BH durante a pandemia porque estava grávida e tive que me ausentar da linha de frente. Vejo que é um grande avanço para a assistência aos pacientes.  O papel da telemedicina é enorme dentro da rede assistencial, porque ela ajuda a gerenciar o cuidado. Há diversos pacientes que vão para o Pronto Atendimento e não precisavam estar ali. Hoje me sinto confortável quando avalio o paciente, sendo a consulta resolutiva na maioria dos casos de baixa complexidade”, declara Helena.

Felipe Gomes Machado, endocrinologista e coordenador da Central Consulta On-line da Unimed-BH, fala sobre a facilidade e avalia a eficácia do serviço. “O sistema que oferecemos tem tido bastante resultado, pois resolve grandes questões do atendimento em saúde, por exemplo, acesso e assistência de qualidade”, explica o médico. Na visão dele, o acesso é facilitado, mantendo o paciente na segurança do lar, sem precisar enfrentar trânsito ou tempo de deslocamento, apesar de o atendimento online não substituir, mas coexistir com a sua versão presencial, se necessário.

O endocrinologista ainda explica sobre o “figital”, termo que mescla as palavras físico e digital, que descreve a integração das duas modalidades de atendimentos que hoje a Unimed-BH oferece. “O paciente se desloca até o serviço presencial, recebe o acolhimento de um profissional, e junto disso existe a garantia da continuidade do atendimento por meio da teleconsulta, com um especialista específico para responder questionamentos e ofertar outros tratamentos, se necessário”, detalha. E completa “o figital permite exatamente essa conexão entre tudo o que o paciente precisa, tornando pleno o acolhimento e eficiente a solução de sua dor”, explica. Além disso, ele reforça sobre o caminho oposto, quando o paciente é recebido via online, mas que, por alguma limitação ou pela gravidade do caso, é encaminhado para uma das unidades físicas. “A teleconsulta funciona, nesses casos, como uma espécie de triagem, diminuindo o percurso que o paciente teria de fazer se fosse atendido somente no presencial. Por meio da teleconsulta, o paciente recebe um documento de transição de cuidados, com todos os detalhes relatados por ele e as indicações médicas do especialista que o atendeu”, conclui.

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MEDICINA S/A

Incor lança plataforma para teleorientação de cirurgias de alta complexidade

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – HCFMUSP) realizou o lançamento oficial de uma plataforma de telemedicina voltada para teleorientação de cirurgias de alta complexidade, uma iniciativa inédita no país, para integração de equipes cirúrgicas de hospitais públicos. O projeto é fruto de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a empresa de tecnologia Cisco Brasil.

O Telemonitoramento do Ato Cirúrgico (TAC), desenvolvido pelo Núcleo de Inovação do InCor (InovaInCor), utiliza tecnologias de colaboração interativa, videoconferência, óculos inteligentes e Internet das Coisas (IoT). Essas ferramentas são utilizadas para conexão e comunicação de equipes cirúrgicas que estejam distantes, o que possibilita a troca de informações, experiência e orientação antes, durante e depois da cirurgia de casos complexos.  A plataforma foi testada em cirurgias cardíacas pediátricas, entretanto, pode ser empregada por diferentes especialidades cirúrgicas.

“A colaboração do InCor, que é um centro de referência em cirurgias cardíacas, com apoio do MCTI e expertise da Cisco, que é referência em tecnologia, permitiu o desenvolvimento de uma solução para equipes médicas afastadas geograficamente e que podem se beneficiar da troca de informações e habilidades para cirurgias de casos complexos. Este é um projeto concebido, estruturado e executado sob a perspectiva da Saúde Digital e dos marcos regulatórios da Telessaúde e Telemedicina aplicada”, afirma Prof. Fabio Biscegli Jatene, Diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular e Vice-Presidente do Conselho Diretor do InCor.

As cirurgias colaborativas foram realizadas pelo InCor e o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) que, desde o final de 2022, já realizou 15 procedimentos.

Além da HU-UFMA, outras instituições estão previstas para aderir ao projeto nos próximos meses, e serão equipadas com soluções da Cisco, desde câmeras inteligentes de alta resolução, até o sistema de colaboração Webex, que possibilitam a troca de informações e colaboração entre as equipes, em tempo real, permitindo a rápida tomada de decisão durante o ato cirúrgico. Além disso, todas as cirurgias ficam gravadas e podem ser utilizadas posteriormente para análise e capacitação de médicos residentes e profissionais da saúde, colaborando com a formação e aperfeiçoamento de novos especialistas.

“Desde o primeiro procedimento observamos o impacto desta solução, quando uma extensão do problema cardíaco do paciente foi sugerida pela equipe que acompanhava de São Paulo o ato no Maranhão. Os cirurgiões puderam investigar e confirmaram a suspeita, realizando uma intervenção na mesma cirurgia e evitando a necessidade de uma reoperação”, ressalta Guilherme Rabello, Head de Inovação do InovaInCor.

Outro benefício do projeto é o impacto direto na jornada do paciente, que não precisa se mobilizar até um centro de referência longe de sua residência para receber tratamento cirúrgico de alta complexidade.

O InCor é uma das instituições parceiras da Cisco no escopo do programa Brasil Digital e Inclusivo (BDI), lançado pela empresa para inovação e digitalização de setores essenciais do país, como a saúde pública. “Estamos transformando em realidade a visão e o conceito de cirurgias híbridas colaborativas, e acreditamos que isso é só o começo da grande transformação que temos pela frente no setor de saúde”, afirma Rodrigo Uchoa, diretor de Digitalização da Cisco Brasil.

Neste momento, a plataforma TAC está implantada e validada, sendo um projeto pronto para expansão a outros hospitais que se beneficiarão desta solução. “Estamos satisfeitos em projetar uma solução que tem por objetivo contribuir para a qualificação de centros cirúrgicos pelo país, que poderão atender mais rapidamente às necessidades regionais de pacientes e fortalecer o sistema de saúde nacional a partir de tecnologias colaborativas”, destaca a Dra. Rosangela Monteiro, Gerente de Inovação e uma das idealizadoras do projeto.

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Artigo – O desafio das operadoras como cuidadoras via recurso próprio

Por Christian Campos Ferreira

Nos últimos anos, temos visto um crescente interesse por parte das operadoras de saúde em se tornarem mais do que simples fornecedoras de serviços, mas sim cuidadoras de seus beneficiários/pacientes. Para isso, muitas têm investido em recursos próprios para oferecer uma experiência mais completa de cuidado, abrangendo desde a prevenção até o tratamento de doenças. No entanto, esse movimento traz consigo uma série de desafios que precisam ser superados para que as operadoras possam cumprir sua nova missão.

Um dos principais obstáculos enfrentados pelas organizações quando assumem esse papel é o de desenvolver uma cultura de cuidado entre seus colaboradores. Isso implica em mudanças profundas na forma como ela se relacionará com os seus clientes, passando a enxergá-los como indivíduos que precisam de zelo e não apenas como usuários de serviços de saúde. Essa transformação de perspectiva requer um esforço significativo por parte da empresa em todos os níveis, desde a alta gerência até o atendimento ao cliente.

Outro importante ponto de atenção é o de implementar os recursos necessários para oferecer uma assistência mais abrangente e integrada. Isso envolve desde a implantação de tecnologias que permitam a monitoração remota de pacientes até a contratação de profissionais de saúde de diferentes áreas para atuar em equipe no cuidado do paciente. Além disso, é preciso desenvolver protocolos específicos que possam ser aplicados de forma consistente em todos os casos. Assim como acompanhar os indicadores de qualidade e produção.

Um terceiro desafio é o de encontrar um equilíbrio entre a oferta de serviços e a sustentabilidade financeira da operadora. Isso implica em investir em uma rede própria, mas sem deixar de lado a premissa de manter uma gestão financeira saudável. Por essa razão é preciso encontrar maneiras de oferecer uma assistência focada no indivíduo com qualidade, porém sem aumentar excessivamente os custos aos clientes.

Por fim, uma questão fundamental é o de ganhar a confiança dos clientes e da sociedade como um todo. As operadoras de saúde necessitam demonstrar que estão comprometidas com o cuidado de seus clientes e que têm capacidade técnica e humana para oferecê-lo com excelência. Daí a relevância de executar um plano de comunicação estratégico, assertivo e efetivo junto aos stakeholders, bem como realizar ações concretas que endossem esse compromisso.

Em suma, o desafio das operadoras de saúde quando se tornam cuidadoras através do recurso próprio é enorme. Para superá-lo, é preciso investir em cultura de cuidado, desenvolver recursos integrados, encontrar um equilíbrio financeiro e ganhar a confiança dos clientes e da sociedade. Somente assim será possível oferecer uma assistência à saúde focada no cuidado do paciente de maneira verdadeira, completa e de qualidade.


*Christian Campos Ferreira é Cirurgião Pediátrico e diretor Econômico-Financeiro da Unimed Nova Iguaçu.

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MÍDIA NEWS

Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos



Médico que estudou tratamento precoce contra a covid é inocentado de processos Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas e do Rio Grande do Sul absolveram o endocrinologista Flavio Cadegiani

Os Conselhos Regionais de Medicina do Amazonas (CRM-AM) e do Rio Grande do Sul (Cremers) absolveram o médico endocrinologista Flavio Cadegiani de dois processos administrativos. O site Metrópoles divulgou a informação nesta quarta-feira, 7. Cadegiani era investigado por supostas irregularidades em estudo com o medicamento proxalutamida, usado para o tratamento precoce em pacientes com covid-19 O CRM-AM inocentou o endocrinologista em 3 de abril de 2023.


Na ocasião, a 1ª Câmara de Julgamento do CRM-AM absolveu Cadegiani por unanimidade. O médico Daniel Nascimento Fonseca, diretor técnico do Grupo Samel, também foi inocentado. A relatora do caso, médica Danielle Monteiro Fonseca da Silva, decidiu que Cadegiani não tem vínculo com a indústria farmacêutica, “tampouco divulgou informações inverídicas, mostrando, apenas, os resultados animadores das pesquisas”.

Quem é o médico que estudou o tratamento precoce? O Cremers seguiu na mesma linha e inocentou Cadegiani. Antes disso, no entanto, havia aberto uma investigação contra o endocrinologista. Isso começou a partir de uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que acusou Cadegiani de divulgar um estudo sem a aprovação dos órgãos competentes. Na decisão mais recente, o Cremers afirmou que o estudo do endocrinologista foi aprovado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) antes mesmo de sua produção, em janeiro de 2021.


O órgão acrescentou que o tratamento com a proxalutamida poderia ocorrer sem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque o estudo de Cadegiani era apenas um experimento acadêmico. O médico não tinha objetivos comerciais. Em outubro de 2022, a 5ª Câmara do Cremers aprovou o parecer do conselheiro Luciano Zogbi Dias. Ele disse que o estudo de Cadegiani estava “de acordo com os princípios éticos e com a legislação vigente”.

Zogbi destacou ainda que o estudo com a proxalutamida teve resultados “extremamente animadores”. Segundo o conselheiro, houve “efeitos estatisticamente significativos na redução do dano pulmonar ocasionado pela covid, mesmo no curto período de tratamento e, também, por não ter havido dano aos pacientes testados pela droga”. 

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Assessoria de Comunicação