Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 22/08/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Consumo de produtos médico-hospitalares cresce 10% em junho, mas primeiro semestre acumula saldo negativo

Secretaria da Saúde reforça que não há necessidade de novos protocolos sanitários para Covid-19 em Goiás

Meeting de nutrição oncológica reúne especialistas e discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida do paciente

Enfermagem busca reverter carga horária de 44h imposta pelo STF

Ozonioterapia: ‘Não haverá flexibilização’, garante Anvisa

Médica é indiciada por negligência após bebê morrer depois de a profissional afirmar para mãe que ele ‘só precisava de colo’

SAÚDEBUSINESS

Consumo de produtos médico-hospitalares cresce 10% em junho, mas primeiro semestre acumula saldo negativo

Entre janeiro e junho, foram consumidos 1,7% menos produtos médico-hospitalares do que no mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O segmento de “próteses e implantes – OPME” foi o único positivo, com 5,4% a mais de vendas. “Materiais e equipamentos para a saúde “caiu 1,2% e “reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro” recuou 1,6%.

Apesar do saldo negativo, o mês de junho registrou alta de 10,3% na utilização de dispositivos médicos, o que pode indicar uma recuperação no segundo semestre. “O cenário geral exposto de sustentação do emprego formal, mesmo que em ritmo moderado de expansão, e de aumento no número de beneficiários de planos de saúde, contribuiu para a reação no mercado do setor de dispositivos médicos em junho”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.

No período, foram abertos 3.487 postos de trabalho, 2,2% de alta na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Agora são 164.929 trabalhadores neste mercado.

Já as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 3,4 bilhões, com crescimento de 1,5%. As exportações somaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1% no período em questão. A balança comercial, no primeiro semestre, ficou deficitária em US$ 3 bilhões (2,6% de aumento).

 Segundo o Boletim Econômico ABIIS, entre janeiro e junho, foram realizadas, no SUS, 5,6 milhões de internações, 7,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2022. “As hospitalizações para tratamentos clínicos tiveram queda de 12,3%, não foram registradas internações para o tratamento da Covid-19, e houve queda de 15,5% nas hospitalizações para ‘parto e nascimentos’, no semestre”, detalha Gomes.

Também caíram 1,4% as internações para cirurgias no SUS. No total, foram realizadas 2,4 milhões, no primeiro semestre. Já a realização de exames na atenção ambulatorial na rede pública cresceu 6,8%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. No total, foram realizados cerca de 577 milhões de exames. Aumentaram em 18,6% os “diagnósticos por ressonância magnética’ e 8% a realização de testes clínicos.

O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.

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GAZETA DO ESTADO

Secretaria da Saúde reforça que não há necessidade de novos protocolos sanitários para Covid-19 em Goiás

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), esclarece que não há nos painéis e sistemas oficiais da pasta registros de aumento significativo de casos de Covid-19 no estado. Atualmente, são 1.055 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por Covid-19, com 268 óbitos pela doença. Nesta sexta-feira (18/08), foi noticiado que o município de Avelinópolis, na região central, registrou maior número de casos, o que motivou a suspensão das aulas em uma escola da cidade.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica, contudo, que há hoje uma estabilização da doença em Goiás e que, por isso, não existe a necessidade de adoção de novos protocolos sanitários. “Não temos uma situação de emergência em saúde pública decretada, nem mesmo cenário epidemiológico hoje que justifique adoção de recomendações diferentes das que já são feitas. Pode haver o aumento de casos pontuais, ocorrências de surtos, mas temos medidas que podem ser adotadas para fazer o controle dessas situações de acordo com a situação encontrada”, diz.

Ainda segundo a superintendente, “a pandemia nos deixou alguns aprendizados, um deles é que mesmo em situação de emergência por doenças infecciosas as escolas deverão ser as últimas a serem fechadas e a primeiras a serem reabertas, pois temos outros locais e situações de maior risco de transmissão do que escola e a depender da situação, estar na escola pode ser até protetor”.

Subnotificação
O município não registra nos sistemas oficiais da pasta e do Ministério da Saúde aumento de casos da doença. Segundo a superintendente da SES, entretanto, o que pode ter acontecido é uma subnotificação dos casos pela administração municipal. “Numa situação como essa, a primeira orientação é: registre todos os casos e, a partir desse registro, a gente avalia a situação epidemiológica para ver qual providência deve ser tomada. Hoje não há motivo, a nível de coletividade, de termos medidas como o fechamento de escolas. Existem outras formas de trabalhar o controle”, pontuou.

A notificação de casos da Covid-19 nos sistemas oficiais é obrigatória e, por isso, é importante que os municípios façam o devido registro junto à pasta. A medida subsidia, por exemplo, a tomada de decisões e adoção de novos protocolos sanitários, se necessário. “É um apelo que a gente faz aos profissionais de saúde, aos gestores municipais, para que na ocorrência de casos seja feita a notificação no sistema de informação, para que a gente tenha conhecimento e possa apoiar esses municípios em suas necessidades”, enfatizou.

A SES-GO volta a destacar a importância de manter altas coberturas vacinais, para evitar formas graves da doença. Hoje, a cobertura vacinal da bivalente está em 12% no estado. No município de Avelinópolis o percentual é de apenas 20%. “Por enquanto são casos leves, mas a gente sabe que se tivermos muitas pessoas desprotegidas, os casos graves podem aumentar”, ressalta Flúvia Amorim.

Nova subvariante
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma nova subvariante da Ômicron, denominada EG.5. Até o momento ela foi identificada em 51 países. O primeiro registro no Brasil foi feito há alguns dias no estado de São Paulo. Não há ainda casos confirmados da subvariante em Goiás. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global, uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos).

“Essa subvariante aumentou a transmissibilidade, mas não tem confirmação de que ela aumentou a gravidade desses casos. Por isso a gente chama a atenção mais uma vez da população que ainda não tomou a sua dose de vacina bivalente. Quem tem 18 anos ou mais, que já tomou duas doses da vacina anterior, procure uma sala de vacinação. A vacina bivalente  foi atualizada com a Ômicron. Ela protege e é segura”, afirmou. Hoje, a prioridade dos serviços de saúde e das vigilâncias é o reforço do monitoramento de casos e a vacinação.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES lembrou as situações em que o uso de máscaras continua sendo recomendo em Goiás. “Pessoas que estão sintomáticas, locais com muitas aglomerações, pessoas imunodeprimidas e idosos, principalmente os inadequadamente   ou não vacinados. Essa é a orientação geral”, finaliza.

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DIÁRIO DO ESTADO

Meeting de nutrição oncológica reúne especialistas e discute como a alimentação pode melhorar a qualidade de vida do paciente

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio 2023 -2025 o Brasil terá 704 mil casos novos de câncer em cada ano

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio 2023 -2025 o Brasil terá 704 mil casos novos de câncer em cada ano.

Para as mulheres, a maior incidência para 2023 ainda é o câncer de mama com projeção de 73.610 casos, seguido de cólon e reto com 23.660 e colo de útero com 17.010 casos.

Entre os homens a próstata é velha conhecida. São 71.730 casos projetados da doença para 2023, seguido de cólon e reto com 21.970 e traqueia, brônquio e pulmão com 18.020.

Mas o que todos essas pessoas que virão a ter o diagnóstico têm em comum? Elas precisam de atendimento nutricional adequado.

A nutricionista especialista em nutrição  oncológica e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, destaca que o estado nutricional de um paciente oncológico faz toda diferença no resultado final do tratamento. “Por isso é indispensável o acompanhamento. As terapias tradicionais são agressivas e essa assistência ao paciente faz com que os impactos da quimio e radioterapia sejam reduzidos. Dessa forma conseguimos melhorar a qualidade de vida e evitar a interrupção do tratamento.”

Em qualquer parte do corpo os cânceres afetam a rotina alimentar do paciente, mas os cânceres de cabeça e pescoço exigem atenção especial dos profissionais que estão em atuação.

Marcela lembra que neste ano estão previstos 2 mil novos casos para Goiás nesta região do corpo e que a mucosite (inflamação da mucosa) prejudica a deglutição. “Às vezes a pessoa até se alimenta bem, tem apetite, mas continua comendo alimentos que naquele momento são prejudiciais, porque vão irritar ainda mais a muscosa e isso vai levá-la a sentir dor. É preciso evitar café, chocolate, frutas cítricas, pimenta, alimentos condimentados e temperos industrializados, por exemplo. E nem sempre se sabe disso.”

Ao contrário de um paciente que quer perder ou manter o peso, a nutrição aplicada à oncologia é quase obrigatória para quem vai iniciar ou já está em tratamento. A nutricionista e CEO do Meeting de Nutrição Oncológica, Marcela de Paula, reforça que o ideal é fazer uma avaliação antes do tratamento. “Estudos mostram que a incidência de desnutrição nos pacientes oncológicos varia de 22% até 80%, e por essa razão o suporte nutricional é extremamente importante”.

Além de auxiliar em uma resposta mais rápida e positiva aos vários tratamentos e intervenções, ter um nutricionista por perto durante esse momento da vida evita o desenvolvimento da Síndrome Multifatorial. “Essa síndrome, também conhecida como caqueixa, é a perda de peso e de massa muscular e atinge 80% dos pacientes com câncer avançado. A única forma de reverter esse quadro é elaborar uma dieta com as quantidades de nutrientes, vitaminas e calorias e isso só vai acontecer se essa pessoa estiver acompanhada por um nutricionista especializado no assunto.

Comunicação e qualificação profissional

A comunicação também é fator preponderante durante este período. E para que isso aconteça é importante que profissionais estejam aptos a lidar com esses cenários. Diante dos desafios impostos, um evento exclusivo para tratar do tema será realizado nos dias 02 e 03 de setembro em Goiânia.

O 2º Meeting de Nutrição Oncológica que reunirá nutricionistas como Roberta Carbonari, Thiago Fofo, Thiago Barros, Aline Davi e médicos oncologistas, endócrinos e equipe multidisciplinar. Serão mais de 15h de evento durante 2 dias em Goiânia.

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PORTAL CAUSA OPERÁRIA

Enfermagem busca reverter carga horária de 44h imposta pelo STF


O Supremo Tribunal Federal tem atacado constantemente os profissionais de enfermagem. Primeiro foi a questão do piso salarial vetado e agora foi o aumento da carga horária de trabalho. O problema do salário persistiu, uma vez que a carga horária passou de 30 para 44 horas semanas. Ao invés de aumento de salário, ganharam aumento de trabalho, um drible da vaca do SFT sobre os trabalhadores.

Os trabalhadores tentam reverter a determinação do STF que favoreceu somente os capitalistas da saúde. “Conversamos com os advogados da Casa, e eles nos disseram que estão finalizando os documentos, que seriam apresentados até o fim da próxima semana”, afirmou ao JOTA Solange Caetano, presidente do Fórum Nacional da Enfermagem (FNE).

Na prática, os profissionais da enfermagem terão redução salarial, pois, com o aumento da carga horária, se o profissional trabalhar menos, o empregador vai acabar diminuindo o salário. “Além da mudança da jornada, os enfermeiros também criticam um parecer da Advocacia Geral da União (AGU) feito após uma solicitação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGISP), que vincula gratificações ao piso. Não faz sentido incluir esses ganhos extras como se fossem o salário, a lei aprovada não diz isso”, disse Solange.

Durante a pandemia, havia bastante demagogia em torno dos profissionais de saúde que eram chamados de heróis, porém, com o fim do período mais crítico da COVID-19, onde muitos pagaram com a própria vida trabalhando na linha de frente, o STF mostrou a verdadeira face do poder, atuando contra os interesses dos trabalhadores e em favor dos patrões.

Há muito tempo, estamos denunciando neste Diário que os ministros do STF são verdadeiros ditadores, os quais frequentemente passam por cima do poder legislativo, que, apesar de profundamente reacionária, ao menos foram eleitos. Por mais obscuras que sejam as eleições brasileiras, difícil ter menos votos que um Alexandre de Moraes, que foi “votado” ao cargo somente pelo golpista Michel Temer. Vejamos como se posicionarão os covardes oportunistas da esquerda pequeno-burguesa acerca da questão, talvez tenham menos medo por não se tratar do lustroso Xandão.

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O GLOBO

Ozonioterapia: ‘Não haverá flexibilização’, garante Anvisa


Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a lei que permite a prática da ozonioterapia no país não deve ampliar, na prática, a forma como o tratamento é aplicado hoje, avalia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao GLOBO, o gerente de Tecnologia em Equipamentos, Anderson Pereira, afirma que o órgão não irá flexibilizar as decisões tomadas sobre o procedimento no Brasil.



De acordo com a legislação – aprovada com oposição do Ministério da Saúde e de entidades médicas – , a ozonioterapia está condicionada a ser aplicada “por meio de equipamento de produção de ozônio medicinal devidamente regularizado pela Anvisa ou órgão que a substitua”.

Até o momento, os equipamentos aprovados são exclusivamente para fins odontológicos e estéticos. E o cenário será o mesmo enquanto a agência não reconhecer a eficácia do procedimento para fins medicinais.

– Não haverá nenhuma flexibilização (na autorização da ozonioterapia). A Anvisa está aberta para novos protocolos e pedidos de análise, mas não é um processo rápido – disse Anderson Pereira ao GLOBO.



Para ter aprovação da Anvisa, o pedido de uma empresa deve conter todos os resultados mecânicos do equipamento, como testes de desempenho, além da comprovação de segurança da técnica. Estudos clínicos comprovando a eficácia para a indicação de uso também são necessários.

– Não existe nenhum equipamento de ozonioterapia para fim médico aprovado na Anvisa, visto que todos os equipamentos demonstraram ineficácia clínica. A aprovação hoje é para uso restrito em odontologia, como tratamento da cárie dental e prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios, e limpeza de pele. Somente isso – pontua Pereira.

A ozonioterapia envolve o uso dos gases ozônio e oxigênio, combinação com potencial de provocar efeitos oxidante e bactericida. A aplicação, segundo adeptos, pode ser feita direta com uma seringa, por via retal ou por outros orifícios. Defensores da técnica argumentam que o ozônio tem propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e melhora a oxigenação do corpo, sendo indicado para doenças autoimunes, problemas respiratórios, câncer, HIV e outras enfermidades. O uso do gás nesses casos, contudo, não é regulamentado.

Em tese, a prática poderia levar a um fortalecimento do sistema imunológico. As alegações, contudo, não são comprovadas. A técnica também é considerada insegura, segundo especialistas. Isso porque, em muitos casos, as doenças podem ser agravadas por terapias inadequadas.



No início do mês, a sanção da lei desencadeou uma série de reações negativas, sobretudo de profissionais da saúde. Entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), também se manifestaram e alegaram não haver comprovação científica sobre segurança e efetividade da ozonioterapia na medicina.

– Na prática, a lei não muda a forma como o procedimento é feito no Brasil. Apesar disso, empresas internacionais ou nacionais podem protocolar novos pedidos. Temos uma alta demanda com relação ao tema e nossa expectativa é que, agora, o número aumente – relatou Pereira.

Em nota, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) fez um alerta ao listar as “vias de aplicação” testadas por defensores da prática. São técnicas de “auto-hemotransfusão, injeção de ozônio por via intravenosa, por via intramuscular ou até mesmo entre os discos vertebrais”. Também há registro de “aplicação cutânea, insuflação retal através de um cateter introduzido no intestino, método que também pode ser realizado por outros orifícios como boca, nariz ou vagina”. Ainda “banho de gás, com uso de uma câmara cheia de gás ozônio para que haja inalação”.

“A simples leitura desta relação demonstra que alguns dos procedimentos são invasivos”, afirma a entidade.

A ozonioterapia foi altamente criticada durante a pandemia da Covid por especialistas em saúde, incluindo entidades médicas. Em 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM) chegou a divulgar uma nota de esclarecimento reiterando que os efeitos do tratamento em humanos infectados pelo vírus são “desconhecidos”, “não devendo ser recomendado na prática clínica ou fora dos contextos de estudos”.

O projeto que deu origem à lei foi apresentado no Senado em 2017. O texto autoriza profissionais de saúde de nível superior e inscritos nos respectivos conselhos de classe a prescreverem e aplicarem a ozonioterapia como tratamento de saúde complementar no país, por equipamento de produção de ozônio medicinal regularizado pela Anvisa.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, havia recomendado Lula a vetar o projeto. Contudo, como O GLOBO informou, o petista decidiu seguir o conselho do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para evitar ruídos na relação com o Congresso. No Legislativo, o então projeto de lei foi aprovado após a formação de um amplo acordo.

Segundo o Ministério da Saúde, a utilização da técnica no Sistema Único de Saúde (SUS), incluída de forma controversa na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em 2018, é restrita à área da odontologia, feita com aparelhos registrados pela reguladora do país.

Em nota técnica no ano passado, a Anvisa destacou que o uso da ozonioterapia fora dessas indicações “configura infração sanitária”. Disse ainda que “há riscos à saúde oriundos da utilização indevida e indiscriminada desta tecnologia” e que não foram apresentados estudos que comprovem segurança e eficácia “para fins de aplicação médica ou de indicações de uso diversas daquelas descritas anteriormente”.

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PORTAL G1

Médica é indiciada por negligência após bebê morrer depois de a profissional afirmar para mãe que ele ‘só precisava de colo’

Segundo o delegado, o bebê indígena morreu com pneumonia ocasionada por uma infecção não tratada. Defesa da pediatra diz que ela ‘agiu como manda o protocolo’ e que ‘não pediu exames por não ver necessidade’.

Uma médica foi indiciada por negligência médica após um bebê indígena morrer, depois de a profissional afirmar para a mãe que ele ‘só precisava de colo’ e não solicitar exames quando a mulher relatou que a criança chorava em excesso e não conseguia mamar, em Aragarças, no oeste de Goiás. Segundo o delegado Fábio Marques, a pediatra foi indiciada por homicídio culposo.

“Não só a mãe confirmou isso, mas pessoas ouviram ela [a médica] dizendo para a mãe que a criança estava chorando desse jeito porque “criança chora” e porque ela só precisava de colo”, explicou o delegado.

De acordo com a polícia, o bebê viveu certa de 72 horas, tendo nascido no dia 14 de novembro de 2021, recebido alta médica no dia 16 e morrido no dia 17, dentro do hospital, após a mãe retornar à unidade. Ao g1, a defesa da médica, que foi indiciada na última sexta-feira (18), afirmou que a pediatra foi “diligente e agiu como manda o protocolo” e que “não pediu exames pois não verificou a necessidade” (veja nota completa ao final da reportagem).

À TV Anhanguera, a assessoria jurídica de Aragarças disse que a criança foi liberada sem intercorrências, mas que quando tiver acesso ao laudo da polícia, a prefeitura vai colaborar com as investigações. Disse também que a médica indiciada já foi demitida, não por causa da morte do bebê, mas por questões administrativas.

A Polícia Civil divulgou que a causa da morte foi pneumonia. Segundo o delegado, a perícia determinou que a “pneumonia foi ocasionada por uma infecção não tratada”, que poderia ter sido tratada com o uso de antibióticos.

O g1 solicitou ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego) um posicionamento sobre o caso, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

Morte em hospital

De acordo com a polícia, o caso aconteceu no hospital municipal da cidade. O delegado explicou que nem a mãe nem o bebê não tiveram nenhuma intercorrência durante o pré-natal ou o nascimento da criança. No entanto, logo que o bebê nasceu, a mãe percebeu que o filho não conseguia se alimentar e chorava muito, e então procurou a equipe médica do hospital solicitando uma “fórmula de leite”, para tentar ajudá-lo.

Apesar da explicação da polícia de que a mulher e o bebê ficaram internados por dois dias antes de receberem alta, a defesa da médica alegou que, após o nascimento, “a criança ficou dois dias sem que nenhum médico a examinasse”. Segundo o delegado, na verdade, durante esses dois dias em que os dois permaneceram na unidade, eles foram atendidos apenas por enfermeiros, sem nenhum atendimento feito por médicos.

“Esses enfermeiros informaram que ela estaria já em alta e ela insistiu que só sairia de lá se a pediatra autorizasse ela a ir embora. Foi quando ela falou com essa pediatra, disse que o bebê não estava bem e não estava se alimentando, que estava com uma coloração levemente amarelada”, explicou o delegado.

“Ela liberou a criança com a mãe para ir para casa e pediu para voltar depois de 15 dias”, complementou.

Segundo a polícia, após ir para casa com o filho, a mãe percebeu que o bebê não melhorou e, no dia seguinte, estava em um quadro aparentemente mais grave. Nisso, retornou ao hospital. Na ocasião, o bebê foi atendido por outro médico, mas não resistiu.

“[A criança] foi atendida por um outro médico que observou que a criança realmente não estava bem, só que já era tarde. Quando ele pediu os exames, a criança já tinha falecido”, disse o delegado.

Nota da defesa da médica

“Há um pré julgamento do que aconteceu. Não há nada concluído ainda. Importante mencionar que após o nascimento da criança, esta ficou dois dias sem que nenhum médico a examinasse. A criança ficou fora do hospital e não se sabe o que aconteceu com essa criança nesse período… É uma criança indígena. Foi realizada a autópsia e exame histopalógico e nada foi encontrado. Existem mais dois outros laudos e que não apontaram nada disso do que a acusação trouxe.

A pediatra foi diligente e agiu como manda o protocolo. Não pediu exames pois não verificou a necessidade destes. Caso enxergasse, o teria feito. Ressalta-se, ainda , que a autópsia não atestou nada de errado no pulmão do bebê.

Fora que a investigação demorou mais de dois anos para ser concluída e que se limitou a ouvir poucas pessoas. A profissional de saúde já tomou as medidas cabíveis em sua defesa”.

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Assessoria de Comunicação