ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Falsa esteticista é investigada por lesionar pacientes no rosto e até ‘receitar’ remédios controlados, diz polícia
O que é a insuficiência cardíaca, problema que atinge o apresentador Fausto Silva?
Unimed Federação Centro Brasileira promove workshop sobre gestão de senhas
Ministério do Trabalho se manifesta após suposta recriação de imposto sindical obrigatório
Criminosos usam foto de médico morto por Covid para dar golpe em Goiás, alerta SES
Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários, diz Caiado
Duas clínicas são fechadas em operação contra exercício ilegal da medicina
Consumo de produtos médicos tem saldo negativo de 1,7%
Processamento de linguagem natural na saúde: o que já está em prática no setor?
PORTAL G1
Falsa esteticista é investigada por lesionar pacientes no rosto e até ‘receitar’ remédios controlados, diz polícia
Investigação mostrou que Karina Jéssica tem apenas o ensino médio completo e não possui curso superior. Vítimas relataram inchaços, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.
Por Michel Gomes e Samantha Souza, g1 Goiás
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga Karina Jéssica Souza, de 34 anos, por se passar por esteticista para fazer procedimentos estéticos em Goiânia. De acordo com o delegado Wellington Lemos, pacientes denunciaram que tiveram o rosto deformado e Karina chegava até a receitar remédios controlados após as complicações.
“Ela só tem a formação do ensino médio, não possui nenhuma formação de ensino superior. Ela adulterou, falsificou, e usava um documento falso que a habilitava como graduada em estética e também pós-graduada nessa área”, explicou o delegado.
O g1 não localizou a defesa de Karina até a última atualização desta reportagem.
Nesta terça-feira (22), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa e em quatro clínicas em que a mulher atendia os pacientes. Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.
“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, descreveu o delegado.
Clínicas interditadas
Durante a operação, duas das clínicas foram interditadas, segundo o delegado. Wellington explicou que a polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão “para reprimir esse tipo de atividade” e verificar se os estabelecimentos possuíam as documentações legais e alvarás de funcionamento. Além de verificar se os profissionais das unidades possuíam as devidas habilitações.
“Ela sublocava essas salas para atuar. Ela não era a profissional responsável por essas clínicas e apenas sublocava esse horário”, explicou.
O nome das clínicas não foi divulgado, por isso, o g1 não as localizou para obter um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Investigação
De acordo com o delegado, a investigação começou após a denúncia de uma vítima há cerca de um mês. À polícia, a vítima disse que sofreu lesões após fazer um procedimento com Karina em 2022, em uma clínica no Setor Bueno.
Os atendimentos
Conforme apurou a polícia, até o momento, sete vítimas da falsa esteticista foram identificadas. O delegado explicou que todos os procedimentos eram feitos no rosto dos pacientes, como preenchimentos labiais, de bigode chinês e olheiras, por exemplo.
Informalmente, durante a busca e apreensão, Karina falou à polícia que ela mesmo produziu o diploma.
Prisão
Karina está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso. Segundo o delegado, a imagem da investigada foi divulgada para encontrar novas vítimas.
Conforme detalhou o delegado, a suspeita não foi presa, por se tratar de uma fase inicial da investigação.
“A sua liberdade não demonstra um risco contra a segurança pública, os requisitos da prisão preventiva não estão ainda configurados e o objetivo dessa operação foi para arrecadar material probatório dos fatos relatados pelas vítimas”, finalizou.
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ISSO É GOIÁS
O que é a insuficiência cardíaca, problema que atinge o apresentador Fausto Silva?
A insuficiência cardíaca é uma síndrome grave, que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue em quantidade suficiente para atender às necessidades do corpo.
O problema, diagnosticado no apresentador Fausto Silva, causa o acúmulo de líquido nas pernas, pulmões e em outros tecidos do corpo e, quando não diagnosticado e tratado, tem alta taxa de mortalidade, superior aos óbitos por câncer.
De acordo com o médico cardiologista Leonardo Sara (foto), da equipe CDI PREMIUM, a doença instala-se de forma silenciosa, mas, normalmente, o paciente apresenta fadiga, falta de ar, tosse, ganho de peso não intencional e inchaço nas pernas.
Para prevenir o problema, além de consultas médicas e exames periódicos para a avaliação da saúde do coração, Leonardo Sara destaca a importância de mudanças de hábitos.
“A prevenção da insuficiência cardíaca passa também por mudanças, como evitar a obesidade, o sedentarismo, o colesterol alto, a hipertensão e controlar a diabetes”, alerta.
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FOLHA DO PLANALTO
Unimed Federação Centro Brasileira promove workshop sobre gestão de senhas
Especialistas esclarecerem dúvidas de colaboradores sobre segurança cibernética e gestão de senhas
Quem nunca usou sua data de aniversário, o nome do pet ou o apelido do filho como senha do banco, de um site de compras ou de acesso ao computador da empresa? Provavelmente, poucas pessoas conseguem responder essa pergunta de forma negativa.
Se você já caiu nesta tentação e abandonou esse hábito, parabéns! Mas, se continua insistindo nesta prática, atenção: você pode estar facilitando, e muito, a vida de hackers. O alerta foi reforçado hoje, 22, pelos palestrantes do Workshop Gestão de Senhas, promovido pela Unimed Federação Centro Brasileira.
Realizado no formato 100% virtual, o evento reuniu colaboradores da Federação e de Unimeds federadas para mais uma abordagem sobre a segurança das senhas e a importância dessa medida para a proteção de toda a cooperativa.
Roberto Duarte, da Unimed Federação Centro Brasileira; Thais Amorim e Lerrander Batista, respectivamente, das federadas Unimed Anápolis e Unimed Morrinhos, e Régis Madureira, da empresa Tripla, abordaram o assunto, apresentando práticas recomendadas para garantir a proteção dos dados mais sensíveis.
Segundo eles, a cibersegurança exige cuidado e atenção por parte dos usuários de computadores, pois os hackers contam, por exemplo, com um arsenal de truques, técnicas de adivinhação, acuidade na observação do uso do teclado e softwares que os ajudam a decifrar aquela senha que você jurou que estava bem protegida.
Dentre as dicas apresentadas por eles para aumentar a segurança das senhas estão a atualização periódica destes dados, o uso de padrões mais complexos misturando fontes maiúsculas, minúsculas e caracteres especiais, nunca universalizar as senhas, ou seja, não usar no banco a mesma das redes sociais, e, jamais, deixar essas senhas expostas, anotadas em papeis, no celular ou computador em locais que possam ser acessados por outras pessoas.
Armazenar as senhas no navegador Web para facilitar o acesso também não é uma boa dica. Pelo contrário: é um risco e não é recomendado. “Essa não é uma ferramenta própria para armazenamento”, alertou Thaís Amorim. Também evite o uso das opções “Lembre-se de mim” ou “Continuar conectado”.
Os cuidados com a proteção das senhas vão além. As suas postagens nas redes sociais, como comemorações de aniversários, o uso de apelidos carinhosos, a citação de hobbies ou locais favoritos para férias também podem contribuir para o sucesso da ação de hackers caso você utilize algum desses dados em suas senhas. “Hoje, nos expomos muito e facilitamos a vida dos hackers”, disse Roberto Duarte.
Então, como criar uma senha segura? Os especialistas deram algumas dicas:
Use números, letras e caracteres aleatórios.
Use, no mínimo, dez caracteres.
Use frases fáceis de lembrar a senha e troque letras por caracteres e números.
Utilize dois fatores de autenticação.
Porém, nenhuma senha é segura se você dispensar outras formas de proteção, por exemplo, deixando a senha anotada no monitor. Portanto, para se proteger, siga as dicas dos especialistas, redobre a segurança com suas senhas e faça trocas, no mínimo, a cada 90 dias.
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JORNAL OPÇÃO
Ministério do Trabalho se manifesta após suposta recriação de imposto sindical obrigatório
MTE garantiu que o ministro tem debatido ideias para valorizar a negociação coletiva e atualizar o sistema sindical
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) se manifestou sobre uma suposta recriação de imposto sindical obrigatório. Em nota enviada ao Jornal Opção em resposta a um questionamento da reportagem, a pasta disse que “não existe discussão” nesse sentido.
Veículos como a CNN e O Globo noticiaram que o Ministério do Trabalho está considerando uma proposta para criar uma contribuição sindical obrigatória. A contribuição seria retirada diretamente dos salários e fixada em até 1% da renda anual do trabalhador. O documento também seria submetido ao Congresso Nacional por meio de um Projeto de Lei (PL).
Apesar disso, o MTE garantiu que o ministro tem debatido ideias para valorizar a negociação coletiva e atualizar o sistema sindical. Em nota, a pasta também negou que exista discussão sobre valor de alguma contribuição. [Veja posicionamento na íntegra no final do texto]
Antigo imposto sindical obrigatório
O imposto sindical obrigatório foi abolido em 2017, quando entrou em vigor a Reforma Trabalhista, implementada durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB-SP).
Essa taxa era calculada com base no valor de um dia de trabalho, sendo descontada anualmente. Com a mudança, a contribuição passou a ser facultativa.
As conversas acerca da possibilidade de retomar um financiamento obrigatório dos sindicatos foram parte das discussões durante o período de transição governamental.
Como um gesto aos sindicalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou apoio à revisão de certos pontos da reforma trabalhista.
Nota do MTE
“O Ministério do Trabalho e Emprego não tem feito nenhuma discussão a respeito da volta do imposto sindical. O que o ministro tem reafirmado e defendido é a necessidade de uma política de valorização da negociação coletiva e atualização do sistema sindical para tratar das transformações que estão em curso no mundo do trabalho. Nesse sentido, o grupo tripartite formado por entidades representantes de empregado, empregadores e governo vem discutindo uma forma de financiamento vinculada ao processo negocial, fortalecendo sindicatos representativos com ampla cobertura sindical e com segurança jurídica na contratação coletiva. Também não existe nenhuma discussão no ministério sobre percentual dessa eventual contribuição negocial, que terá um teto na lei.”
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Criminosos usam foto de médico morto por Covid para dar golpe em Goiás, alerta SES
Eles pedem valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) comunicou, pelas redes sociais, a população e trabalhadores da área sobre um golpe que voltou a ser aplicado.
Os criminosos se passam por médicos ou funcionários de hospitais e pedem valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos.
Para dar mais credibilidade no golpe, os autores utilizam foto de um médico que morreu de Covid-19 há dois anos. Sendo assim, a SES alerta para não repassar informações de pacientes, a não ser nos canais oficiais da pasta.
Além disso, a SES ressalta que o atendimento na rede estadual é “totalmente gratuito” e não solicita o repasse de valores.
Veja o comunicado da SES na íntegra:
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população e os trabalhadores da saúde para um golpe que está sendo aplicado novamente. O golpe da regulação funciona em duas etapas. Na primeira, criminosos entram em contato com as unidades de saúde passando-se por servidores da Central de Regulação e têm acesso a dados de pacientes que aguardam procedimentos nas unidades de saúde.
Na segunda etapa, de posse dos dados, eles chegam até os familiares e mudam o discurso. Passando-se por médicos ou funcionários dos hospitais, solicitam valores para cobrir exames, materiais ou medicamentos. Os familiares, então acreditando falarem com funcionários dos hospitais, repassam valores para os criminosos.
É importante que a população esteja atenta, pois, visando dar credibilidade ao contato, os criminosos utilizam a foto de um médico que morreu há dois anos, vítima de Covid-19.
O alerta, que já foi repassado a todas as unidades de saúde da rede estadual, é direcionado tanto aos familiares com pacientes internados ou aguardando por exames e também aos trabalhadores da saúde, que não devem repassar informações de pacientes, a não ser nos canais oficiais da secretaria.
A SES-GO reforça que o atendimento na rede estadual é totalmente gratuito, viabilizado via Sistema Único de Saúde (SUS) e que não solicita valores de familiares.”
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A REDAÇÃO
Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários, diz Caiado
Goiás pode ficar sem recursos para investimentos prioritários como saúde, educação e segurança pública, setores que se destacam a nível nacional por conta de índices positivos, conquistados desde 2019. O alerta foi feito pelo governador Ronaldo Caiado durante passagem, nesta terça-feira (22/8), pela região Nordeste do país no encontro do Lide – Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco, em Recife, em que ressaltou as consequências negativas caso o atual texto da Reforma Tributária seja aprovado no Senado Federal.
“Não consigo entender como esse projeto, da forma que está, é levado para frente sem que haja uma planilha ou simulação dos prejuízos que a população terá. A pergunta que faço é: como você trata de um assunto que atinge a vida de todos sem ter um estudo concreto?”, questionou Caiado. O governador apresentou uma visão objetiva destacando ameaças iminentes ao mercado de trabalho, educação, programas sociais, melhoria do ambiente de negócios, segurança pública e infraestrutura.
O chefe do Executivo goiano ainda apontou que a proposta atual pode comprometer mecanismos essenciais para o desenvolvimento regional e desequilibrar o pacto federativo, centralizando decisões tributárias que tradicionalmente pertencem a estados e municípios. Da forma como está, restaria a um conselho federal, a ser criado, definir recursos para compensar essas perdas.
É que com a aprovação do atual modelo que está em discussão no Senado Federal, a cobrança de impostos passa a ser concentrada em estados que são grandes consumidores e não produtores, como é o caso de Goiás, além de provocar a transferência de grandes indústrias de estados em desenvolvimento justamente para os grandes centros. O que pode ocasionar perda de empregos nessas regiões.
Estados do Nordeste e Centro-Oeste do país poderão ter uma redução drástica de arrecadação, o que provocará a perda de recursos importantes para investimentos em infraestrutura (construção de rodovias e hospitais), saúde (verbas para custear unidades regionais e cirurgias), educação (repasse do programa Bolsa Estudo), segurança pública (aquisição de viaturas e aumento de efetivo) e políticas de desenvolvimento social (programa de distribuição de renda, como o Mães de Goiás).
“Se estamos avançando nestes setores, com o nosso PIB registrando mais que o dobro do índice nacional [Goiás cresceu 6,6% em 2022, enquanto o país avançou 2,9%], foi por termos autonomia de gestão, saber direcionar as áreas que devemos investir para conseguir um melhor desenvolvimento. Isso é política de Estado. O povo, por meio do voto, nos deu esse poder de gestão. Então, não se pode retirar de governadores e prefeitos essas prerrogativas constitucionais que lhes são dadas”, explicou Caiado.
O governador de Goiás disse que sua atuação é em defesa de todos os goianos. “Nós temos de ter uma política regional, que não está sendo analisada com esse projeto de reforma tributária”, reforça. E pontua os prejuízos. “Os 102 municípios mais produtivos de Goiás, grandes produtores em agropecuária, indústria, mineração, com presença de montadoras, vão perder quase R$ 1,5 bilhão ao ano”, projetou.
Lide
Em Pernambuco, Caiado ainda discutiu os desafios econômicos atuais do país e abordou diversos tópicos cruciais para o desenvolvimento e progresso, em palestra intitulada ‘Desafios para o Brasil sob a ótica de um Estado Que Dá Certo’. Ele proporcionou uma visão abrangente dos desafios, conquistas e visão estratégica do estado de Goiás junto a empresários, líderes e membros da imprensa, promovendo um diálogo sobre os rumos econômicos e sociais do Brasil.
A programação seguiu com um almoço-debate, focado no mesmo tema. O economista Caio Megale, presidente do Lide Economia, juntou-se ao governador para uma análise detalhada das questões econômicas em pauta.
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Duas clínicas são fechadas em operação contra exercício ilegal da medicina
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro clínicas de Goiânia nesta terça-feira (22/8) por meio da Operação Fake Face. Duas delas foram interditadas pela Vigilância Sanitária. Além disso, uma mulher de 34 anos é investigada pela polícia por exercício ilegal da medicina, lesão corporal dolosa e uso de documento falso.
A polícia informou que foram apreendidos medicamentos, insumos e documentos, inclusive certificado e diploma falsificados. Segundo a polícia a investigada dizia ser esteticista, mas não possui formação na área.
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MEDICINA S/A
Consumo de produtos médicos tem saldo negativo de 1,7%
Entre janeiro e junho, foram consumidos 1,7% menos produtos médico-hospitalares do que no mesmo período de 2022. Os dados são do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS). O segmento de “próteses e implantes – OPME” foi o único positivo, com 5,4% a mais de vendas. O segmento de “materiais e equipamentos para a saúde” caiu 1,2% e o de “reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro” recuou 1,6%.
Apesar do saldo negativo, o mês de junho registrou alta de 10,3% na utilização de dispositivos médicos, o que pode indicar uma recuperação no segundo semestre. “O cenário geral exposto de sustentação do emprego formal, mesmo que em ritmo moderado de expansão, e de aumento no número de beneficiários de planos de saúde, contribuiu para a reação no mercado do setor de dispositivos médicos em junho”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
No período, foram abertos 3.487 postos de trabalho, 2,2% de alta na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Agora são 164.929 trabalhadores neste mercado.
Já as importações de dispositivos médicos totalizaram US$ 3,4 bilhões, com crescimento de 1,5%. As exportações somaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1% no período em questão. A balança comercial, no primeiro semestre, ficou deficitária em US$ 3 bilhões (2,6% de aumento).
Segundo o Boletim Econômico ABIIS, entre janeiro e junho, foram realizadas, no SUS, 5,6 milhões de internações, 7,4% abaixo do verificado no mesmo período de 2022. “As hospitalizações para tratamentos clínicos tiveram queda de 12,3%, não foram registradas internações para o tratamento da Covid-19, e houve queda de 15,5% nas hospitalizações para ‘parto e nascimentos’, no semestre”, detalha Gomes.
Também caíram 1,4% as internações para cirurgias no SUS. No total, foram realizadas 2,4 milhões, no primeiro semestre. Já a realização de exames na atenção ambulatorial na rede pública cresceu 6,8%, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. No total, foram realizados cerca de 577 milhões de exames. Aumentaram em 18,6% os “diagnósticos por ressonância magnética’ e 8% a realização de testes clínicos.
O Boletim Econômico ABIIS é desenvolvido pela Websetorial Consultoria Econômica.
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SAÚDE BUSINESS
Processamento de linguagem natural na saúde: o que já está em prática no setor?
Nos últimos meses, acompanhamos o surgimento e a popularização da ferramenta ChatGPT, uma plataforma de inteligência artificial capaz de produzir e entregar conteúdos bem similares aos desenvolvidos por seres humanos. Visto como revolucionário pelos mais empolgados e como uma ameaça pelos mais céticos, o recurso nada mais é do que um exemplo prático do processamento de linguagem natural (NPL, na sigla inglesa), tornando-se na grande tendência tecnológica de 2023 – e é evidente que o setor de saúde virou um campo fértil para explorar suas possibilidades.
Trata-se de uma mudança significativa na forma como a inteligência artificial trabalha com os dados. De forma resumida, o NPL é uma espécie de algoritmo que utiliza técnicas de machine learning e deep learning para coletar, processar e cruzar diferentes dados não estruturados dos mais diferentes textos, como este por exemplo. A partir daí, desenvolve modelos preditivos e consegue entregar o conteúdo com todas as informações solicitadas na mesma linguagem (escrita ou oral) que nós dominamos.
É bem diferente, portanto, dos complexos relatórios que as ferramentas de IA conseguem extrair a partir de um banco de dados tabulado. Para decifrá-los, apenas com conhecimento prévio sobre o assunto. Não à toa, é bem mais fácil e eficiente “conversar” com a Siri e com a Alexa ou até mesmo digitar algo para o ChatGPT. Nesses casos, basta saber se comunicar!
Olhando especificamente para o setor de saúde, quais são os principais desafios em relação à transformação digital? Primeiro, a capacidade de extrair informação de bancos de dados não estruturados, como históricos médicos – cerca de 80% de todas as informações médicas são provenientes de textos e imagens não estruturados, segundo pesquisa publicada em 2019 na Healthcare Informatics Research.
Além disso, há também a necessidade de encontrar meios para facilitar a interação entre médico e paciente e, por fim, a própria dificuldade dos profissionais em trabalharem com as novidades de tecnologia. Ou seja, são problemas facilmente resolvidos com o processamento de linguagem natural.
Isso explica as previsões otimistas para o conceito na área de saúde. Levantamento da MarketsandMarkets indica que as soluções de NPL em hospitais, clínicas e consultórios movimentaram US$ 2,2 bilhões em 2022, número que deve saltar para mais de US$ 7,2 bilhões em 2027, com um crescimento médio anual de 27,1% nos próximos cinco anos. Entre os motivos elencados estão a maior compreensão do tema e o surgimento de ferramentas mais robustas e eficientes. Portanto, vale se questionar o que ainda é expectativa e o que já é realidade no processamento de linguagem natural na saúde.
NPL pode auxiliar a tomada de decisão em diagnósticos
Como qualquer novidade que aparece na área de saúde, no início há mais expectativas do que pode entregar do que benefícios já existentes. Com o NPL essa realidade não é diferente. A maioria das pesquisas, ensaios e conteúdos aborda mais as possibilidades futuras que o conceito pode trazer a médicos e demais profissionais do setor – e as possibilidades são as melhores possíveis.
Ao conseguir lidar com dados não estruturados de textos e imagens, o que incluiria históricos médicos e os mais variados exames, o NPL pode se tornar o assistente virtual dos médicos ao realizar as tarefas burocráticas e entregar informações importantes que auxiliam na tomada de decisão do diagnóstico. Por exemplo, em uma consulta, o médico pode dedicar mais atenção ao paciente, conversando sobre diversas situações enquanto a ferramenta cataloga histórico médico e exames para “avisá-lo” de eventuais sintomas e tratamentos.
É como ter uma Alexa especializada em conhecimento de saúde. Em vez de perguntar sobre o tempo ou saber as principais notícias do dia, é possível conversar sobre tratamentos já realizados em casos semelhantes e até varrer fontes de pesquisas médicas em busca de novos cenários e alternativas. Dessa forma, o médico consegue se dedicar àquilo que ele se preparou e o NPL faz as tarefas burocráticas que tanto tomam tempo do expediente nos consultórios.
Hoje, NPL já otimiza documentação clínica e melhora atendimento digital
Ter uma Alexa especialista em conteúdo médico como braço direito ainda é algo para o futuro, mas o processamento de linguagem natural já começa a ocupar espaços dentro de clínicas e hospitais com outras funções. A mais importante delas está relacionada à gestão dos documentos. Hoje já existem sistemas que trabalham justamente com os dados não estruturados do dia a dia de médicos, permitindo categorizar, catalogar e extrair inteligência a partir desse enorme banco de dados.
Dessa forma, em vez de pesquisar manualmente por informações de um determinado paciente, com o risco de extrair/perder documentos com o tempo, é possível solicitar ao NPL para trazer os dados mais relevantes. Além do ganho de tempo, o profissional consegue ter uma visão clara sobre tudo o que já foi feito e até mesmo solicitar ao sistema que faça correções em caso de erros ou mudanças.
Para isso, é evidente que o NPL precisa estar integrado ao prontuário eletrônico utilizado pelo consultório. Este equipamento segue como principal recurso da transformação digital na área de saúde, uma vez que ele, sozinho, concentra todas as informações dos pacientes, documentos administrativos, entre outros dados essenciais para a boa gestão da saúde. Com um processamento de linguagem natural, ele dá mais um passo adiante para se tornar no assistente virtual tão desejado por muitos profissionais.
É melhor se preparar para NPL na saúde
Se o conceito de processamento de linguagem natural ainda dá seus primeiros passos no setor de saúde, não significa que esta tendência vai demorar a pegar no país. Pelo contrário, é questão de tempo para que mais tecnologias do tipo sejam desenvolvidas e lançadas a consultórios, clínicas e hospitais. Quanto mais cedo os médicos e demais profissionais se especializarem sobre o assunto, mais rápido irão se acostumar com os desafios e, claro, benefícios.
* Tiago Delgado é sócio-fundador da Medicina Direta, empresa especializada em tecnologia na área de saúde
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Assessoria de Comunicação