Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 05/09/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Secretária de Saúde e médico são exonerados após morte de paciente que recebeu superdosagem, diz prefeitura

Certificado de Vacinação passa a ser obrigatório para se matricular em escolas de Goiás

Goiás registra 50 mortes de crianças de até 2 anos vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2023

Excesso de mortes por Covid no Brasil ainda é maior que o esperado em 2023

Brasil tem cerca de 1,5 milhão de pessoas com mais de um plano de saúde médico-hospitalar

PORTAL G1

Secretária de Saúde e médico são exonerados após morte de paciente que recebeu superdosagem, diz prefeitura

Jovem morreu após receber uma superdosagem de medicamentos em hospital, onde deu entrada por uma crise de ansiedade. Justiça determinou que investigados sejam afastados dos cargos.

Por Augusto Sobrinho, g1 Goiás

A secretária de Saúde e o médico investigados pela morte da estudante Vitória Cristina Queiroz dos Santos, de 21 anos, foram exonerados dos cargos. A Justiça determinou que a secretária Laydiane Gonçalves Ribeiro, o médico Murilo Dell Eugênio e a coordenadora de enfermagem do Hospital Municipal de Silvânia, Eliane Aparecida dos Santos, fossem afastados dos cargos.

g1 não localizou a defesa de Laydiane e de Eliane para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Já a defesa de Murilo Dell Eugênio afirmou em nota que a dosagem de medicamentos receitada por ele não seria capaz de matar Vitória, além de alegar que ela fazia ameaças de se matar e que o processo possui ilegalidades.

A exoneração de Laydiane e de Murilo ocorreu na sexta-feira (1º). Em nota, a Prefeitura de Silvânia disse que colabora com as investigações, mas que não irá se pronunciar sobre o caso. De acordo com o Diário Oficial, a exoneração de Laydiane foi pedida por ela. Além disso, explica que Eliane é uma funcionária concursada do hospital e que ela não foi exonerada do cargo, pois, para ela, cabe apenas a decisão de afastamento.

O desembargador Wild Afonso Agawa, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), determinou o afastamento dos três investigados na sexta-feira (1º). A decisão é baseada no argumento do Ministério Público de que os suspeitos dificultaram a apuração da morte de Vitória. Além disso, autorizou a quebra de sigilo dos aparelhos celulares dos suspeitos.

“Quebra do sigilo telefônico, afastamento [por 30 dias] das funções e proibição de acesso às dependências do Hospital e Secretaria”, detalha.

Relmebre o caso

Por volta das 17 horas do dia 3 de julho, Vitória começou a passar mal com sintomas de crise de ansiedade e procurou o hospital de Silvânia, onde já era acostumada a ir quando apresentava esses sintomas. O advogado da família, Jales Gregório, afirma que apesar de nervosa, a estudante estava consciente e conversando.

No entanto, durante o atendimento, o médico passou os remédios fentanila e midazolam, que segundo o advogado da família, possuem a finalidade de intubação e não ansiedade. Além disso, segundo Jales, a dosagem prescrita era muito maior do que a recomendada. “Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos remédios, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas”, explicou.

Pouco tempo depois de receber a superdosagem, Vitória teve uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada para a UPA Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. Lá, os médicos constataram um dano cerebral muito grande e, no dia 5 de julho, a transferiram para o Hospital Municipal de Aparecida. No local, no dia 9 de julho, os médicos confirmaram a morte cerebral da estudante.

………………………..

Certificado de Vacinação passa a ser obrigatório para se matricular em escolas de Goiás

Objetivo é garantir a aplicação das vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde diante da queda das coberturas vacinais nos últimos anos.

Por Leicilane Tomazini, g1 Goiás

As escolas das redes pública e particular de Goiás vão exigir um Certificado de Vacinação para matrícula de estudantes com menos de 18 anos, desde a educação básica até o ensino médio, no estado. A lei que prevê a obrigatoriedade foi apresentada nesta segunda-feira (4) pelas Secretarias de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e de Educação (Seduc-GO).

Diante da queda das coberturas vacinais nos últimos anos, a medida das secretarias tem como objetivo garantir a aplicação das vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente.

Os pais ou responsáveis têm o prazo de 30 dias para apresentar o cartão de vacinação após a matrícula dos estudantes. É importante ressaltar que, caso isso não aconteça, os alunos não serão impedidos de entrar em sala de aula. Contudo, a situação deverá ser notificada ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público Estadual.

A coordenadora da área da saúde do Ministério Público e promotora de Justiça Lucinéia Vieira Matos, explica que esse certificado vai dizer se a vacinação está completa ou incompleta.

“Isso não é um impeditivo para a matrícula, mas quando o pai levar, se estiver incompleto (cartão de vacinação), a saúde já faz uma primeira abordagem de conscientização. A escola faz uma segunda abordagem e dá aos pais 30 dias para que seja regularizado. Não sendo regularizado, a escola faz a comunicação ao Conselho Tutelar. O conselho, por sua vez, faz uma busca desses pais para mais uma oportunidade de conscientização acerca da importância da vacinação e os riscos que as crianças e adolescentes se submetem quando não se vacinam”, explica Lucinéia.

Ainda de acordo com a promotora, vencido esse prazo de 30 dias, o Conselho Tutelar vai comunicar esse fato ao Ministério Público, que, mais uma vez, vai chamar esses pais, tentar entender o motivo da resistência e promover essas conscientização.

Lucinéia também explica que, esgotadas as tentativas anteriores, os pais poderão ser responsabilizados. “Existem algumas alternativas que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza, e tem também o Código Civil. Assim, a providência demanda do Poder Judiciário e vai ser construída a partir de cada caso concreto.

Cada caso precisa ser analisado com o critério da proporcionalidade, de compreender as razões e saber o que fazer caso a caso. Quem aplica essas medidas é o Poder Judiciário. Então, a gente (Ministério Público) só leva esse caso em último grau ao Poder Judiciário.”

Como obter o certificado

O secretário de Saúde de Goiás Sérgio Vencio explica que os certificados podem ser obtidos dentro do site da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

“Os pais ou responsáveis podem imprimir esse certificado e levar a uma unidade básica de saúde, onde vai ser conferida como está a situação da vacinação. Mesmo que o pai se recuse a vacinar, existe um campo para isso. Depois, com esse certificado em mãos, ele vai levar até a escola e realizar a matrícula”, conta Sérgio.

“O que as escolas vão cobrar é esse certificado. Nosso foco é não deixar que as doenças que já atingiram, há dez anos, níveis de 95% – seja a tríplice viral, o sarampo, BCG, e a própria poliomielite – voltem. Elas hoje estão bem abaixo desse índice e a gente precisa retornar trazendo uma cobertura vacinal importante”, diz.

“A vacina é vítima do seu sucesso”

Durante a apresentação dos detalhes sobre a lei que prevê a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Vacinação nas escolas de Goiás, nesta segunda-feira (4), a superintendente de Vigilância de Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, afirmou que “a vacina é vítima do seu sucesso”.

“As vacinas conseguiram controlar muitas doenças e erradicar, por exemplo, a paralisia infantil. Com isso, muitas pessoas não sabem o que é paralisia infantil mais. Elas nunca viram uma pessoa com essa doença, então elas acham que não precisam se preocupar”, diz Flúvia.

Segundo a superintendente, a preocupação atual é, principalmente, com essas doenças que já foram erradicadas ou controladas. Ela cita como exemplo, o surto de meningite que aconteceu em 2022 em vários estados. “Vimos que durante essa fase (surto), a cobertura vacinal estava baixa, e aqui em Goiás não é diferente. Teve também surto de difteria, que muita gente nem sabe o que é, coqueluche e outras doenças. O que a gente está tentando fazer é proteger vidas”, conta.

A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, também falou sobre a baixa cobertura vacinal e o retorno de doenças já controladas ou erradicadas.

“Até 20 anos atrás, as pessoas conheciam ainda a paralisia infantil, por exemplo, e levavam os filhos antes mesmo de vencer o prazo para vacinar. Hoje, estamos vivendo um momento de muita tristeza, que é a carteira de vacinação incompleta em quase 50%. Essa ação, sem dúvidas, vai ajudar a salvar vidas e evitar doenças sérias”, conclui Fátima.

………………………….

JORNAL OPÇÃO

Goiás registra 50 mortes de crianças de até 2 anos vítimas de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2023

Maioria das mortes foram provocadas por vírus sincicial, adenovírus ou rinovírus

O número de crianças de até 2 anos mortas em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Goiás chegou a 50 em 2023, aponta boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

O documento mostra ainda que a maioria dos óbitos foi provocado por (outros) vírus sincicial respiratório, adenovírus, metapneumovírus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4 ou rinovírus (22).

Em 18 ocorrências não foi possível especificar o agente etiológico que provocou a doença. A Covid-19 foi responsável por duas mortes, enquanto o vírus da Influenza provocou a morte de duas crianças.

Comparação com outros anos

Em 2022, foram registrados 72 óbitos em decorrência da síndrome respiratória, aponta o boletim. Assim como neste ano, a maioria dos óbitos foram classificados por outros tipos de vírus, com 30 registros.

A Covid-19 foi responsável por 17 mortes e a influenza 3. Do total, 21 casos não foram possíveis de serem categorizados.

Número de casos

Já o número de casos da SRAG em 2023 é de 2.112, sendo 117 provocados pela Covid-19 e outros 105 pelo vírus da Influenza. A maioria dos casos é provocado pelos vírus sincicial respiratório, adenovírus, metapneumovírus, parainfluenza 1, 2, 3 e 4 ou rinovírus (902).

No país

O Boletim InfoGripe, produzido pela Fiocruz, aponta que no cenário nacional observa-se sinal de queda ou estabilidade na maioria das faixas etárias analisadas, com exceção das crianças e pré-adolescentes nas faixas de 2 a 4 e 5 a 14 anos de idade, que apresentam sinal de crescimento. Dados laboratoriais sugerem vínculo com rinovírus.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma doença respiratória contagiosa que afeta os pulmões, levando ao surgimento de pneumonia grave e sintomas como febre, dificuldade para respirar, dor de cabeça e mal estar geral

……………………..

FOLHA.COM

Excesso de mortes por Covid no Brasil ainda é maior que o esperado em 2023

As mortes em excesso, três anos após o início da pandemia, ainda continuam acima do que é esperado de mortalidade no Brasil, embora agora em um patamar bem menor do que nos primeiros anos da Covid-19.

As mortes em excesso se referem ao número de óbitos registrados no país acima do que era esperado para aquele ano, considerando o padrão observado em anos anteriores. A Covid, que já matou mais de 700 mil pessoas, alterou esse padrão.

Em 2023, a taxa esteve um pouco acima do esperado de mortes até março, mês para o qual há dados disponíveis mais recentes. No período, foram aproximadamente 48 mil mortes a mais, ou 18% acima do esperado.

No pico da pandemia, em abril de 2021, este valor chegou a 80% na região Norte, por exemplo.

………………………..

SAUDE BUSINESS

Brasil tem cerca de 1,5 milhão de pessoas com mais de um plano de saúde médico-hospitalar

Novo estudo desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com dados inéditos, revela que 1,5 milhão de pessoas contam com mais de um plano de saúde médico-hospitalar no País. O número representa cerca de 2,8% do volume total de beneficiários e tem como base a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.  

De acordo o Texto para Discussão nº 97, a maior prevalência entre os que possuem dois ou mais planos está nas faixas etárias de 31 a 40 anos (21%) entre os adultos, e 0 a 10 anos (16,6%), entre as crianças. Outras duas faixas etárias também demonstraram participação considerável, 41 a 50 anos (13%) e 51 a 60 anos (12,5%).   

Outro ponto apresentado no estudo diz respeito ao rendimento familiar dos beneficiários com múltiplos planos. Foi constatado que quase metade das pessoas (49%) possuía rendimento familiar per capita acima de três salários mínimos. Para aproximadamente 45%, o rendimento per capita variou entre um e três salários mínimos. 

Algumas das principais razões identificadas para beneficiários com mais de um plano de saúde são: crianças dependentes de seus pais e familiares que podem possuir um plano de saúde de cada responsável; indivíduos que trabalham em dois ou mais empregos e podem ter acesso a benefícios de planos de saúde diferentes oferecidos por cada empregador; pessoas que podem possuir um plano de saúde fornecido pela empresa em que trabalham e, adicionalmente, possuir outro plano como dependen­te de seu cônjuge ou familiar.

“O estudo traz dados interessantes que até então eram desconhecidos no segmento e nos fornece subsídios importantes para futuras análises e pesquisas. O nosso objetivo é sempre aprimorar, promover novas discussões e obter informações que beneficiem o sistema da saúde suplementar no País’, comenta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.    

Vale lembrar que atualmente, de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB 84), do IESS, o Brasil conta com cerca de 50,8 milhões de beneficiários inseridos em planos de saúde médico-hospitalares, número que corresponde a uma taxa de cobertura de 26%.

…………………………

Assessoria de Comunicação