Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/09/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Familía denuncia que jovem morreu após cirrugia estética

Após denuncia de falta de pagamento, maternidades estão em situação alarmante

Jovem morre durante cirurgia plástica em Goiânia, denuncia família

Família denuncia morte de jovem durante cirurgia plástica

Unimed deve pagar R$ 20 mil caso não avise cliente sobre rescisão de contrato

Unimed Goiânia abre processo seletivo para novos cooperados

MPT investiga 21 denúncias contra a Unimed Goiânia

Hospitais investem em plantas (reais ou não) para acelerar a recuperação de pacientes internados no Brasil; entenda

Planos de saúde lideram reclamações em nove dos últimos 10 anos

TV ANHANGUERA

Familía denuncia que jovem morreu após cirrugia estética

https://globoplay.globo.com/v/11947692/

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Após denuncia de falta de pagamento, maternidades estão em situação alarmante

https://globoplay.globo.com/v/11947690/

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PORTAL G1

Jovem morre durante cirurgia plástica em Goiânia, denuncia família

Dayana Loy de Oliveira Freire saiu da cidade de Itaberaí para fazer uma lipoaspiração em Goiânia, mas teve complicações durante a cirurgia. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

A família da jovem Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, denuncia que a jovem morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia. Eles cobram explicações do cirurgião plástico, Bruno Granieri. Por enquanto, a Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.

Ao g1, a defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que “foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito”. Veja a nota completa ao final da reportagem.

Dayana morava em Itaberaí, na região noroeste do estado, com os pais. Mas, veio até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. De acordo com familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri na terça-feira (12). Foi anestesiada, mas durante a cirurgia, teve uma parada cardiorrespiratória.

“O médico foi ao apartamento avisar a mãe que a Dayana tinha subido para a UTI. Isso não acontece com frequência. Eles tentaram reanimar ela por 3 horas”, afirma o tio da jovem, Gilberto Martins.

Em nota à TV Anhanguera, o hospital lamentou o que ocorreu com a jovem e disse que toda equipe está sensibilizada, porque todos trabalham para salvar vidas e realizar sonhos. Disse também que investiga as causas da morte e estão abertos para qualquer questionamento. Veja a nota completa ao final da reportagem.

Após a morte, a família registrou um boletim de ocorrência para que o caso fosse apurado. “Vamos aguardar o resultado dos exames para que tenhamos uma decisão jurídica, mas temos diversas informações de casos parecidos, que o mesmo médico fez o procedimento e o paciente veio a óbito”, lamenta Gilberto.

Dayana Loy, de 25 anos, era formada em direito e trabalhava como tabeliã substituta em Itaberaí — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quanto a isso, a defesa do médico disse que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso.

Enfatizou ainda que “a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente”.

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.

Investigação

O delegado responsável pelo caso, Paulo Ribeiro, informou que ainda não sabe detalhes de quais foram as complicações que a jovem teve durante a cirurgia. Isso porque, segundo ele, o registro de ocorrência foi ‘sucinto’.

“Só após o Laudo Cadavérico e análise dos exames pré operatórios e prontuário da vítima que podemos aferir se houve ou não erro médico. Os familiares também serão intimados para prestarem esclarecimentos sobre o fato”, informou.

A Polícia Técnico Científica disse que o corpo da jovem foi liberado para a retirada da família na manhã desta quinta-feira (14).

Família inconsolável

O tio de Dayana afirma que a família está muito abalada com a morte precoce da jovem. “A mãe falando em suicídio o tempo todo. Ainda não viu o corpo da filha”, resume.

Gilberto descreve a sobrinha como uma garota ‘cheia de vida’. “Era uma menina muito responsável. Formada, independente, pagou uns R$ 50 mil nessa cirurgia com dinheiro que ela juntou. Sempre cuidou da vó e da mãe”, lembra.

O familiar afirma que, além da morte, a maior revolta é com relação à falta de assistência do médico à família e, principalmente, a suspeita de que outras pacientes morreram da mesma forma e nada tenha sido feito.

“Eles não deram nem um copo de água para a mãe dela. Como pode o Conselho de Medicina saber que esse médico tem casos parecidos e não fazer nada”, lamenta.

O velório de Dayana está previsto para acontecer em Itaberaí, com sepultamento às 21h.

Íntegra nota da defesa Bruno Granieri

O médico, cirurgião plástico, vem através de sua advogada Luciana Castro, OAB/GO 20872, manifestar-se sobre o óbito de sua paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, ocorrida ontem, 13/09/2023 bem como a acusações de erro médico cometido em outras pacientes.

Acima de tudo, o médico ora acusado lamenta profundamente a perda de sua paciente, e está à disposição da família para maiores esclarecimentos. Quanto aos fatos, informamos que, em razão do dever de sigilo, o médico não poderá fornecer detalhes técnicos sobre o caso, sob pena de infringir disposições do Código de Ética Médica bem como do Código Penal Brasileiro.

Temos o dever de esclarecer, todavia, que a paciente apresentou intercorrência durante o procedimento, sendo que imediatamente foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito.

Informamos que por decisão da família da paciente, esta foi encaminhada ao Instituto Médico Legal para apuração. Estaremos à disposição, acompanharemos e prestaremos todas as informações pertinentes ao caso, estamos a disposição.

O médico acusado tem plena convicção de seus atos, e que nada foi realizado fora da técnica médica indicada para o caso.

Reiteramos que lamentamos o ocorrido e nos consternamos com a dor enfrentada pela família da paciente Dayana Loy de Oliveira Freire, e esperamos a apuração dos fatos que levaram a seu óbito de forma tão prematura.

Quanto as acusações de “erro médico” (falando deste caso e de quaisquer outros) informamos que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça, mas temos a certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional a qualquer tempo.

Devemos aqui ressaltar que a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente, e que as pacientes são devidamente esclarecidas sobre os riscos, assinam termo de consentimento e entendem todas as possibilidades do tratamento indicado.

Nota íntegra Hospital Jacob Facuri

O Hospital Jacob Facuri, em primeiro lugar e acima de tudo, presta sinceras condolências à família. Toda a equipe está extremamente sensibilizada, principalmente porque trabalhamos diariamente para salvar vidas e realizar sonhos.

Também deixamos claro que estamos investigando todas as possíveis causas e abertos para quaisquer questionamentos.

A direção do Hospital Jacob Facuri, lamenta o ocorrido e reitera a disponibilidade para quaisquer esclarecimentos.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Família denuncia morte de jovem durante cirurgia plástica

A defesa do médico assegurou que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça e expressou confiança de que não houve falha ou negligência profissional

A família de Dayana Loy de Oliveira Freire, de 25 anos, denunciou a morte da jovem durante uma lipoaspiração em Goiânia. A cirurgia foi realizada pelo cirurgião plástico Bruno Granieri. Atualmente, a Polícia Civil está investigando o caso como uma morte acidental. As informações são do G1.

A defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que seguiram todos os protocolos médicos prescritos durante o procedimento, mas, infelizmente, não conseguiram reanimar a paciente.

Dayana, natural de Itaberaí, na região noroeste do estado, foi a Goiânia para realizar seu sonho de fazer uma cirurgia plástica. Ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri e foi anestesiada, mas durante o procedimento cirúrgico, sofreu uma parada cardiorrespiratória.

O hospital expressou pesar pelo ocorrido e afirmou que está investigando as causas da morte. A família registrou um boletim de ocorrência para o caso ser apurado. Eles mencionaram informações sobre casos semelhantes envolvendo o mesmo médico e resultados fatais.

A defesa do médico assegurou que todos os fatos estão sendo apurados pela justiça e expressou confiança de que não houve falha ou negligência profissional. Eles ressaltaram que a medicina não é uma ciência exata, e complicações podem ocorrer independentemente da habilidade do profissional.

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JORNAL OPÇÃO

Unimed deve pagar R$ 20 mil caso não avise cliente sobre rescisão de contrato

O descumprimento da medida implicará em multa de R$ 20 mil por beneficiário

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) fechou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Central Nacional Unimed sobre rescisões unilaterais de contratos de pacientes em tratamento. Segundo o documento, a empresa deverá notificar, de todas as formas, a rescisão do plano de saúde.

Além disso, os tratamentos devem ser mantidos por um prazo de 60 dias. Caso seja descumprido, o acordo prevê a aplicação de uma multa de R$ 20 mil por beneficiário.

Somente esse ano, de acordo com o processo, a empresa encerrou 2,4 mil contratos empresariais que envolvem 7,6 mil beneficiários.

De acordo com o Ministério Público, a maioria dos contratos são formados por Microempreendedores Individuais (MEI) que incluem como dependentes a própria família.

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MPT investiga 21 denúncias contra a Unimed Goiânia

Denúncias vão desde assédio psicológico até piso salarial, passando por jornada de trabalho e interferência em negociações coletivas

Até a última quarta-feira, 13, o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT GO) registrou 21 denúncias sobre supostas irregularidades cometidas pela Unimed Goiânia. Segundo o MPT, as denúncias vão desde assédio psicológico até piso salarial, passando por jornada de trabalho, interferência em negociações coletivas, entre outros.

Além da própria Unimed, as unidades vinculadas à cooperativa, mesmo que inscritas sob outro CNPJ, também foram alvos das denúncias. Dentre as unidades, estão o Centro de Diagnósticos, a Corretora de Seguros, o Espaço Sinta-se Bem e o Espaço Bem-Te-Vi. Como as denúncias foram feitas sob sigilo, a pedido dos denunciantes, o Jornal Opção não conseguiu contato com eles.

O Ministério Público do Trabalho de Goiás está investigando o caso. Recentemente, a gerente de gestão de pessoas da unidade, Elaine Campos, coagiu os funcionários e os ameaçou de demissão caso eles aceitassem o piso salarial nas negociações com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg). O piso nacional de enfermagem, apesar de aprovado em 2022, ainda enfrenta dificuldade de pagamento por parte das unidades de saúde.

Em Goiás, o Sieg tem se reunido com representantes da rede privada de saúde para negociações, visto que a maioria não tem feito o pagamento correto aos enfermeiros. Em comunicado aos enfermeiros, o Sindicato reforçou o episódio: “Uma representante da Unimed agiu de forma grosseira, indelicada, agressiva e coercitiva, ameaçando, inclusive, que colocaria os enfermeiros da empresa contra o Sieg por dizer que o mesmo se recusa a realizar nova assembleia.”

“Se não houvesse acordo a partir do dia 12, teria que ser pago, né. Só que a gente só vai descobrir na próxima folha”, disse um funcionário à reportagem. O Sieg ainda não se manifestou sobre os acordos realizados e se foi feito uma negociação.

O Jornal Opção procurou novamente a Unimed Goiânia para esclarecimentos e aguarda retorno.

Enfermeiros e técnicos de enfermagem protestam

No final de agosto, a Enfermagem de Aparecida de Goiânia foi até a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) cobrar posicionamento em relação à atualização de dados dos servidores do Ministério da Saúde (MS), o que não foi feito até o momento. Como consequência da não alimentação da planilha do MS, o repasse retroativo da verba Federal para ajuda de custeio do piso nacional da Enfermagem não foi realizado e os trabalhadores estão sem piso salarial.

Funcionários da Fundação de Apoio ao Hospital das Clinicas (Fundahc) também relatam o não pagamento do piso e o atraso dos salários.

Demissões em massa

O Sieg, juntamente com a Comissão de Monitoramente e Avaliação da Gestão dos SUS, do Conselho Estadual de Saúde (CES), estiveram reunidos para tratar de assuntos referentes às demissões em massa que estão ocorrendo no Hugol e Crer – unidades geridas pela Agir. As demissões foram realizadas sem justa causa e atingiu profissionais que tinham mais tempo de trabalho nas unidades.

Segundo denúncias recebidas, as demissões em massa dificultam a manutenção da qualidade assistencial, tendo em vista que falta profissionais que já possuíam maior tempo de experiência. Outra consequência é sobrecarga aos profissionais que seguem trabalhando, resultando em assédio moral.

Prazo de negociações acabou

No último domingo, 10 de setembro, finalizou o prazo de 60 dias a contar da ata de julgamento do Piso Salarial, ocorrido no dia 12 de julho. Ou seja, para patrões e funcionários que não realizaram a negociação, passa a valer, a partir de hoje 11/9/23, o valor do Piso Salarial estabelecido na Lei 14.344.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre piso salarial da enfermagem demonstrou regras diferentes para profissionais das redes pública e privada. Segundo entendimento, a implementação do piso salarial nacional na iniciativa privada deveria ter sido negociada entre patrões e funcionários entre o prazo de 60 dias corridos. Caso não houvesse acordo, valeria o Piso Salarial instituído.

A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) acredita deste o princípio que a Lei deveria reger as mesmas regras para rede pública e privada. Agora, serão considerados o valor de R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem, R$ 3.325 para os técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.

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A REDAÇÃO

Unimed Goiânia abre processo seletivo para novos cooperados

A Unimed Goiânia anunciou, nesta quinta-feira (14/9) a abertura do Processo Público de Seleção e Cadastro para Admissão de Novos Cooperados. É um convite para médicos que desejam fazer parte da cooperativa, que possui um legado de mais de 45 anos no ramo. As inscrições poderão ser feitas até o dia 26 de setembro. São oferecidas 250 vagas distribuídas pelas especialidades e áreas de atuação em Goiânia-GO.

O processo seletivo para novos cooperados incluirá prova de títulos, prova objetiva e de especialidades, bem como a participação em dois cursos on-line. A prova objetiva e de especialidades está marcada para o dia 24 de outubro de 2023. Para obter mais informações sobre o processo de seleção, os interessados podem consultar o edital nº 001/2023, disponível aqui.

De acordo com o diretor de Planejamento e Governança da Unimed Goiânia, Weimar Canguçu Barroso de Queiroz, essa é uma oportunidade para médicos de diferentes especialidades fazerem parte de uma Cooperativa que tem uma marca respeitada no setor de saúde. “Como cooperado, o profissional também terá muitos benefícios, como acesso a programas de desenvolvimento profissional e educação continuada que ajudam no aprimoramento das habilidades profissionais e na atualização sobre as mais recentes práticas médicas”, ressaltou o diretor. 

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O GLOBO ONLINE

Hospitais investem em plantas (reais ou não) para acelerar a recuperação de pacientes internados no Brasil; entenda


A sensação boa que nos preenche ao sentir o cheiro da grama, olhar para as árvores ou ouvir o barulho da água é mais do que uma percepção. Um crescente número de estudos comprova que o contato com a natureza traz benefícios não apenas para a saúde mental, mas também para a saúde física, incluindo para a recuperação de pacientes internados. O impacto é tão forte que ter espaços que proporcionem esse contato entre paciente e natureza é cada vez mais uma preocupação dentro dos hospitais.



Por exemplo, a Clínica São Vicente da Rede D’Or, no Rio de Janeiro, inaugurou recentemente uma área externa com vista para a Mata Atlântica. O espaço é destinado à reabilitação clínica e fisioterápica de pacientes internados. O contato com a natureza melhora o ânimo do paciente e diminui o impacto do ambiente hospitalar.

– Proporcionar espaços em que o paciente possa contemplar a natureza e ter contato com ela ajuda a combater e prevenir o delirium por confinamento, que é um dos fatores que mais pioram a evolução de um paciente – diz o médico Bruno Celoria, diretor geral do Hospital Copa Star e da Clínica São Vicente, ambos da Rede D’Or.



Segundo Celoria, o delirium por confinamento é uma condição comum entre pacientes com internação prolongada. Os sintomas da condição incluem alucinação, perda da consciência, dificuldade de interagir com o meio e de saber onde está. Instalar janelas e relógios nos quartos também ajudam a prevenir o quadro, já que permite ao paciente ter noção de dia e noite e do passar do tempo.

Na Clínica São Vicente, o assunto é levado tão a sério que a visita a essas áreas externas não é apenas uma demanda dos pacientes e familiares, mas uma prescrição médica. Ela ocorre, em geral, com acompanhamento de fisioterapia e enfermagem. O local tem a vantagem de estar localizado na Gávea, praticamente no meio da Mata Atlântica. Tanto que, desde sua fundação, a clínica é considerada um local inspirador, apropriado para a recuperação. Foi lá que Baden Powell e Vinícius de Moraes compuseram o samba “Pra que chorar”.

Entretanto, a maioria dos hospitais do Brasil e do mundo não tem o mesmo privilégio da Clínica São Vicente e não está localizada no meio da Mata Atlântica e sim, em selvas de pedra. Nestes casos, uma opção é a construção de espaços verdes, como jardins terapêuticos. No Copa Star, por exemplo, hospital da Rede D’Or que fica no meio da área urbana da cidade do Rio de Janeiro, foi construído um solarium, com plantas, para que o paciente possa ter contato com o sol, o céu e a natureza. Há ainda um jardim de inverno e ambas as áreas são usadas para reabilitação.

Espaços e iniciativas semelhantes são encontradas nos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, ambos em São Paulo. O Hospital Moinhos de Ventos, em Porto Alegre, oferece um passeio orientado com os pacientes no bosque que corresponde a 10% da área total do complexo hospitalar.

Um estudo publicado recentemente na revista científica International Journal of Environment Public Research mostra que observar imagens de natureza melhora não só o sentimento negativo dos pacientes, como tristeza e ansiedade, mas tem impacto positivo no desfecho clínico, como redução da dor, falta de ar e fadiga.

Esse poder curativo da natureza ocorre em especial por dois mecanismos. Um deles é alterar o foco perceptual. A partir do momento que a pessoa observa a imagem da natureza, ela altera seu foco de percepção da dor. É por isso que recursos como esse tem sido cada vez mais usados em sala de exames, por exemplo.

O segundo mecanismo é a liberação de neurotransmissores que aumentam o bem-estar a partir da contemplação da beleza da natureza.

Por outro lado, existe a preocupação com os pacientes que não podem deixar seus quartos, por exemplo. Mesmo que seja possível instalar janelas grandes, que possibilitem aos pacientes uma visão do exterior, muitos hospitais estão localizados em áreas com prédios em volta ou sem natureza perto. Como proporcionar-lhes os benefícios do contato com a natureza?

De forma virtual. Evidências científicas produzidas ao redor do mundo comprovam que a natureza virtual – por vídeos, fotos ou ferramentas de realidade virtual – pode proporcionar os mesmos benefícios psicológicos e fisiológicos da natureza “real”.

– Nos grandes centros urbanos é difícil ter áreas verdes ou de natureza. Dentro dos hospitais, o que se encontra são imagens e vídeos de natureza e mais recentemente, dispositivos de realidade virtual. Esses têm sido recursos viáveis para poder levar de alguma forma aos pacientes que não podem sair de seus quartos – diz Eliseth Leão, pesquisadora sênior do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e líder do grupo de pesquisa e-Natureza (CNPq).

Esse tipo de recurso – mostrar imagens de natureza para os pacientes – já está presente Hospital Albert Einstein, tanto na realização de exames, para diminuir o desconforto, quanto para ajudar na recuperação dos pacientes internados. No Hospital Moinhos de Vento também houve a incorporação de elementos da natureza nos ambientes construídos. Alguns quartos são ambientados conforme os pássaros catalogados da região Sul e há um corredor que possui telas que reportam imagens, aroma e sons do bosque.

Outro ponto importante que antes ficava em segundo plano é o acesso do paciente à luz natural.

No Hospital Sírio-Libanês, os box de UTI têm janelas e entrada de luz natural. O hospital também conta um jardim que os pacientes podem frequentar e realizar exercícios de reabilitação. dificuldade de saber se é dia ou noite, por exemplo pode deflagrar uma série de problemas psicológicos nos pacientes, como depressão.

– A exposição à luz natural afeta o cérebro e é fundamental para a síntese de vitamina D. Além disso, favorece o sistema imunológico. Por isso, é primordial que o paciente tenha acesso a esse tipo de luminosidade – pontua Leão.

Engana-se quem acha que esse tipo de inciativa ocorre apenas no sistema privado. Unidades Básicas de Saúde (UBSs) começam a trabalhar com hortas terapêuticas e levam os pacientes para parques próximos às unidades com o intuito de melhorar a hipertensão, a diabetes, promover a prática de atividade física e a socialização dos pacientes.

No Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, foi construída uma praça com árvores majestosas, bancos e plantas desidratadas naturais. A proposta do espaço é oferecer um ambiente mais humanizado a pacientes, doadores e profissionais ao transmitir uma sensação de bem-estar e esperança.

Hospitais públicos participantes do Projeto TeleUTI Brasil – parceria entre hospitais de excelência que compõem o PROADI-SUS, como o Hospital Sírio-Libanês – passaram a conduzir os pacientes de UTI ao ambiente externo em uma tentativa de humanizar o cuidado com o paciente e reconectá-lo à natureza viva que o cerca. Alguns hospitais públicos que já aderiram com frequência à pratica, com uma participação total da equipe multidisciplinar após as orientações e capacitações realizadas pelo projeto TeleUTI, são o Hospital Chagas Rodrigues, na cidade de Piripiri (PI); o Hospital Alarico Nunes, em Timon (MA) e o Hospital Juruá, em Cruzeiro do Sul (AC).

Embora o tema esteja ganhando mais importância nos últimos anos, a ideia de que estar em contato com a natureza ajuda na recuperação de enfermos não é nada nova na medicina. Um estudo publicado na revista Science em 1984 pelo psicólogo ambiental Roger Ulrich, foi o primeiro a usar os padrões da pesquisa médica moderna – controles experimentais rigorosos e resultados de saúde quantificados – para demonstrar que olhar para um jardim ajuda a acelerar a recuperação de cirurgias, infecções e outras doenças.

Ulrich e sua equipe revisaram os registros médicos de pessoas que se recuperavam de uma cirurgia de vesícula biliar em um hospital suburbano da Pensilvânia. Os resultados mostraram que os pacientes com janelas ao lado da cama voltadas para árvores frondosas curaram-se, em média, um dia mais rápido do que os pacientes que tinham como vista uma parede de tijolos. Aqueles com visão para a natureza também precisaram de significativamente menos analgésicos e tiveram menos complicações pós-cirúrgicas.

Outros trabalhos mostram que apenas três a cinco minutos olhando paisagens dominadas por árvores, flores ou água podem começar a reduzir a raiva, a ansiedade e a dor e a induzir o relaxamento.

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AGÊNCIA BRASIL

Planos de saúde lideram reclamações em nove dos últimos 10 anos


Agendar um exame no laboratório e descobrir que ele não está mais credenciado no plano de saúde. Marcar uma consulta, e só conseguir agendar para meses depois. Tomar um susto com o valor do reajuste do plano.

As operadoras de planos de saúde foram líderes de reclamações, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em nove dos últimos dez anos. Dúvidas sobre contratos, falta de informação e reajustes estão entre as principais reclamações. O país tem cerca de 50 milhões de beneficiários de planos de assistência médica.

“Aumenta muito rápido. De repente, dão dois aumentos ao mesmo tempo, tanto pela idade, quanto pelo aumento anual”, reclama a comerciante Evani Aparecida da Rocha. Para a analista de sistemas Elisabete Alexandre, o problema é o preço. “Mesmo se faz plano individual ou familiar, ou coletivo, o preço é bem salgado. É difícil manter”, aponta.

Apesar de as empresas serem obrigadas por lei a manter o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e ouvidoria, é comum os problemas não serem resolvidos no contato direto com as operadoras de plano de saúde.

“Mesmo deixando e-mail, eles nunca fazem uma devolutiva que seria importante para a gente entender também quais são os trâmites internos deles. Você liga para o SAC, morre e ninguém sabe o que aconteceu”, acrescenta o técnico em segurança do trabalho Mateus Duarte.

O Idec orienta que, se o contato direto não resolver o problema, os consumidores devem procurar os órgãos de defesa e, em último caso, a Justiça.

“O que se espera do mercado em geral é que ele leve em consideração o que determina a lei para resolução dos problemas, e, para os contratos de planos de saúde, existem duas leis que se aplicam: a dos planos de saúde, que é de 98, e o Código de Defesa do Consumidor”, explica Marina Paullelli, advogada do Programa de Saúde do Idec.

Regulação

Pelo lado dos hospitais privados, também há reclamação em relação às operadoras. Uma pesquisa da Associação Nacional de Hospitais Privados mostra que os planos de saúde devem aos 48 hospitais associados mais de R$ 2,3 bilhões. O número representa mais de 15% da receita bruta desses estabelecimentos. A associação de hospitais reclama que as operadoras dos planos vêm aumentando cada vez mais os prazos para pagar os procedimentos.

O setor é regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que estipula o teto para reajustes anuais. Neste ano, o aumento não pode passar de 9,63%, mas o índice vale apenas para quem tem plano individual. Beneficiários de planos coletivos ficam sujeitos a reajustes que podem chegar a 20% ou 30% de aumento. Por isso, a necessidade de regulação também para quem tem plano coletivo.

Em nota, a ANS informou que estuda mudanças nas regras de reajuste de planos coletivos, mas que não pretende regular da mesma forma que os individuais. A agência também monitora a garantia de atendimento.

Sobre o valor devido aos hospitais, a Associação Brasileira dos Planos de Saúde informou que as operadoras vêm fazendo análises mais amplas dos serviços já prestados, devido ao grande número de fraudes. A associação afirma que só este ano as operadoras já tiveram prejuízo operacional superior a R$ 4 bilhões, em grande parte devido a essas fraudes. Segundo a entidade, todos os procedimentos realizados estão provisionados e vão ser pagos.

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Assessoria de Comunicação