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DESTAQUES
Técnico de enfermagem é preso suspeito de abuso sexual contra colega em hospital
Recepcionista será indenizada em R$ 50 mil após ser agarrada e levar tapas no bumbum do chefe em laboratório de Goiânia, diz Justiça
Maternidades públicas de Goiânia retomam atendimento após repasse de verbas
Atendimentos em maternidades de Goiânia devem ser mormalizados nesta segunda-feira
Cremego abre processo seletivo para estágio de Relações Públicas
Cremego abre processo de interdição de maternidades públicas de Goiânia
Setembro Safira: Oftalmologista alerta sobre cuidados com o uso de lentes de contato
25º Sueco abordou assuntos de impacto na sustentabilidade do Sistema Unimed
DIÁRIO DA MANHÃ
Técnico de enfermagem é preso suspeito de abuso sexual contra colega em hospital
Mulher de 30 anos foi surpreendida pelo agressor enquanto descansava em uma poltrona
Um técnico de enfermagem de 26 anos foi conduzido à delegacia na madrugada desse sábado (23/9), sob suspeita de cometer abuso sexual contra uma colega de profissão no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP).
Segundo relatos, a vítima, uma mulher de 30 anos, estava descansando em uma poltrona na unidade hospitalar quando foi surpreendida pelo suspeito. Ele teria chegado à sala onde ela se encontrava e passado as mãos pelo corpo dela, inclusive nas partes íntimas. O técnico ainda teria se masturbado próximo à funcionária.
A mulher conseguiu sair da sala e pediu auxílio a outro profissional do hospital. Enquanto isso, o suspeito foi contido no local até a chegada da polícia. Ambos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o caso.
A Polícia Civil investiga a denúncia de abuso sexual. Em nota, a OS que administra o HMAP informou que está apurando internamente o ocorrido e cooperando com as autoridades.
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PORTAL G1
Recepcionista será indenizada em R$ 50 mil após ser agarrada e levar tapas no bumbum do chefe em laboratório de Goiânia, diz Justiça
Segundo a decisão, uma testemunha confirmou o caso e informou ter sido assediada pelo mesmo homem. Cabe recurso.
Por Letícia Graziely, g1 Goiás
Uma recepcionista que foi agarrada e chegou a levar tapas no bumbum do chefe, em um laboratório de análises clínicas de Goiânia, será indenizada em R$ 50 mil. Uma testemunha confirmou o caso e informou ter sido assediada pelo mesmo homem. Cabe recurso da decisão.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), a denúncia foi analisada pela 13ª Vara do Trabalho, que decidiu pela condenação do laboratório e de uma empresa de prestação de serviços que havia contratado a recepcionista.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que se posicionasse. A reportagem também não conseguiu contato com o laboratório onde o caso teria ocorrido e também não conseguiu falar com a empresa de prestação de serviços.
Entenda o caso
O caso foi divulgado na última quarta-feira (20). Conforme o TRT-18, a vítima contou que o suspeito lhe dava tapas nas nádegas, passava a mão nas pernas dela, a convidava para sair em troca de dinheiro, a chamava de gostosa, dizia que tinha sonhos eróticos e que queria ter relações sexuais com ela.
A mulher também afirmou que o homem a agarrou e tentou beijá-la dentro da empresa. Além disso, o suspeito dizia que se ela saísse com ele, a recepcionista seria colocada como assistente dele quando o mesmo assumisse a função de supervisor em uma das unidades do laboratório.
Ao TRT-18, a recepcionista informou ter levado o caso ao conhecimento de uma coordenadora e da responsável pela Segurança do Trabalho na empresa, mas nada foi feito. As empresas alegaram que quando foram comunicadas sobre o caso, transferiram a recepcionista para outa unidade, tomaram todas as providências e realizaram investigações administrativas acerca do assédio, porém não obtiveram provas.
O juiz titular da 13ª Vara do Trabalho de Goiânia, Luciano Crispim, considerou durante a decisão, que o assédio sexual, na maioria das vezes, é feito às escondidas e longe dos olhares de testemunhas. Por esse motivo, a palavra da vítima tem mais credibilidade.
“Destarte, tem-se por comprovado o assédio sexual perpetrado pelo encarregado da recepção e também que a empresa não tomou nenhuma atitude eficaz para apurar os fatos e punir o agressor, pelo contrário, puniu as vítimas transferindo-as de postos de trabalho, levando a vítima a pedir demissão e a testemunha, rescisão indireta”, afirma o juiz.
O magistrado também informou que a condenação possui caráter pedagógico, para que a empresa fique alerta em relação a novos casos de assédio, pois, o suspeito continua trabalhando no local.
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TV ANHANGUERA
Maternidades públicas de Goiânia retomam atendimento após repasse de verbas
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Atendimentos em maternidades de Goiânia devem ser mormalizados nesta segunda-feira
globoplay.globo.com/v/11973342/
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GOIÁS VIDA SAUDÁVEL
Cremego abre processo seletivo para estágio de Relações Públicas
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), por meio do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), está com inscrições abertas para o processo seletivo para estagiários de Relações Públicas e outros 13 cursos.
A inscrição pode ser feita até 5 de outubro exclusivamente pelo site do CIEE: portal.ciee.org.br.
Poderão participar acadêmicos dos seguintes cursos:
> Análise e Desenvolvimento de Sistemas
> Direito
> Administração
> Biblioteconomia
> Secretariado
> Sistemas de Internet
> Análise de sistemas
> Ciências da Computação
> Ciências Econômicas
> Sistemas de Informação
> Relações Públicas
> Relações Internacionais
> Informática
> Gestão Pública
> Gestão Financeira
A seleção será realizada por coeficiente escolar e os aprovados vão compor o cadastro de reserva do Cremego.
O resultado será divulgado em 25 de outubro de 2023. Os convocados vão estagiar na sede do Conselho e as bolsas terão os seguintes valores, além do recebimento de vale-transporte:
R$ 1.275,00 – 6 horas por dia – 30 horas semanais.
R$ 850,00 – 4 horas por dia – 20 horas semanais.
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DIÁRIO DE GOIÁS
Cremego abre processo de interdição de maternidades públicas de Goiânia
Se aprovada a interdição ética ficará proibido o trabalho dos médicos nas unidades
Mesmo após repasse da Prefeitura para a manutenção das maternidades públicas de Goiânia, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) aprovou ontem, 21, a abertura de processos de interdição ética da Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.
Caso seja aprovada a interdição ética ficará proibido o trabalho dos médicos nas unidades devido à falta de condições para o bom exercício da profissão e o atendimento seguro e de qualidade à população. O conselho reforçou em comunicado que mesmo com o repasse anunciado hoje pela Prefeitura de Goiânia, a dívida da SMS com as maternidades ainda passa de R$ 50 milhões.
A decisão veio depois da realização de uma plenária temática pelo Cremego, no dia 20, na qual médicos das unidades relataram dramas enfrentados diariamente diante da falta de insumos básicos nas maternidades, como luvas e papel toalha, além de atrasos de meses nos pagamentos e da sobrecarga de trabalho nos prontos-socorros.
Irregularidades
No relatório referente ao Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara é apontado algumas irregularidades, dentre elas, uma lista com medicamentos e insumos que estão com baixo estoque e a previsão de dias em que cada item acabará. Alguns itens já se esgotaram como, por exemplo, aparelho de medir glicose HGT, coletor de resíduo químico, entre outros.
No relatórios também foram constatadas irregularidades quanto a escala de plantonistas. Foram anexadas as escalas dos meses de agosto e setembro do HMMCC, como uma ausência de plantonistas em diversos dias. Vários plantonistas já comunicaram que não vão participar da escala do mês de outubro enquanto os pagamentos não forem regularizados.
Na reunião de ontem, além da abertura do processo de interdição ética, a diretoria do Cremego aprovou as seguintes ações:
-Notificação do corpo clínico e gestores sobre o desencadeamento do processo de interdição ética;
-Agendamento de vistorias urgentes nas unidades;
-Encaminhamento de cópia do relatório de vistoria ao Ministério Público de Goiás;
-Encaminhamento de ofícios ao Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal solicitando providências sobre a falta de repasses financeiros às maternidades por parte da Prefeitura Municipal de Goiânia.
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FOLHA DO PLANALTO
Setembro Safira: Oftalmologista alerta sobre cuidados com o uso de lentes de contato
Seja para brincar com a cor dos olhos, variando de preto para azul, de verde para castanho, ou para se livrar do nem sempre cômodo uso de óculos de correção visual, as lentes de contato brilham como uma alternativa para quem quer ver o mundo com mais conforto e independência.
Há ainda os casos em que as lentes são o principal e valioso recurso capaz de oferecer boa qualidade de visão, como quando o paciente tem um diagnóstico de ceratocone ou outras deformidades na córnea.
Mas, esse uso requer cuidados. Segundo a médica oftalmologista Dra. Larissa Stival (foto), quando feito de forma inadequada, como por tempo prolongado ou sem a higienização correta, as lentes de contato podem comprometer a estrutura da córnea, podendo levar à perda do tecido com consequências graves para a saúde ocular.
Para orientar os pacientes sobre o uso correto das lentes de contato e como aproveitar esses itens com saúde e segurança, neste mês é realizada a campanha “Setembro Safira”. Por meio de ações educativas e muita orientação, médicos oftalmologistas alertam sobre o correto uso das lentes de contato.
A campanha elencou dez mandamentos sobre o uso correto das lentes. Confira:
Lave bem as mãos com água e sabão e seque-as completamente antes de manusear as lentes.
Para limpar e armazenar as lentes, use somente a solução de limpeza específica. Nada de soro fisiológico ou água. Faça movimentos de fricção e as enxágue diariamente após o uso.
Todos os dias, após colocar as lentes nos olhos, despreze completamente a solução multiuso que ficou no estojo e limpe-o com a própria solução. Substitua o estojo a cada 3 meses.
Nunca use as lentes após seu vencimento.
Não durma com as lentes de contato, a menos que seja indicado pelo seu oftalmologista.
Não molhe as lentes de contato com água de qualquer espécie, portando nada de tomar banho ou mergulhar na piscina com as lentes.
Use colírios lubrificantes próprios para o uso com lentes de contato.
As lentes de contato não substituem completamente os óculos. Quando possível, alterne diariamente o seu uso com os óculos.
Faça higiene nos cílios diariamente com xampu neutro ou produtos não oleosos próprios para o uso oftalmológico.
Em caso de desconforto, dor, olhos vermelhos ou visão embaçada, suspenda o uso e procure o seu oftalmologista.
“E mais: nunca use lentes de contato sem indicação e supervisão de um médico oftalmologista”, alerta Dra. Larissa Stival, que tem doutorado pela Universidade de São Paulo (USP) e é especialista em Córnea pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
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FOCO NACIONAL
25º Sueco abordou assuntos de impacto na sustentabilidade do Sistema Unimed
Com imersão no conhecimento, mas sem deixar a emoção de lado, o Simpósio proporcionou ao público muita informação e inspiração
Durante três dias, mais de 350 gestores, colaboradores e cooperados do Sistema Unimed participaram de palestras e debates na 25ª edição do Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins (25º Sueco), realizado nos dias 13, 14 e 15 de setembro, pela Unimed Federação Centro Brasileira, com cocriação da Unimed Federação Mato Grosso do Sul e Unimed Mato Grosso.
O presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, Danúbio Antonio de Oliveira, explicou que cada detalhe da programação do 25º Sueco, que teve como lema “Imersão e Emoção”, foi pensado para abordar temas que pudessem contribuir com a gestão, superação de desafios e sustentabilidade das cooperativas.
“As mudanças frequentes na saúde complementar e os desafios do mercado nos exige a atualização de conhecimentos. As cooperativas ainda precisam dialogar e entender as necessidades dos cooperados. Portanto, temos a confiança de que, com o compartilhamento de informações, sairemos daqui mais preparados do que nunca “, afirmou.
A abertura oficial do encontro aconteceu na noite do dia 13, durante um jantar de celebração. Para dar as boas-vindas a todos, estiveram presentes o presidente da Unimed Centro Brasileira, Danúbio de Oliveira; o presidente da Unimed Goiânia e vice-presidente da Federação, Sérgio Baiocchi; o presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra; o presidente da Unimed Nacional, Luiz Paulo Coimbra; o presidente da Unimed Mato Grosso, Maurício Simões; o presidente da Fundação Unimed, Unimed Seguros e Faculdade Unimed, Helton Freitas; o presidente da Unimed Participações, Adelson Severino Chagas; e a diretora Administrativa da Unimed Mato Grosso, Flávia Lúcia Gonçalves.
Também prestigiaram o evento a secretária adjunta da Saúde do Estado de Goiás, Ana Maria de Sousa Arruda; e o presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), Washington Ferreira Rios. O presidente do Sistema OCB/Sescoop Goiás, Luís Alberto Pereira, participou das atividades vespertinas.
Durante os discursos de abertura, a intercooperação foi muito abordada e, de acordo com o presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, Danúbio de Oliveira, essa é uma missão do Sueco.
“Vamos apresentar temas que impactam o nosso dia a dia e que também serão importantes no futuro. Essa atualização é mais do que necessária, pois somos os guardiões dos serviços de saúde que as nossas cooperativas oferecem” afirmou ele.
A diretora Administrativa da Unimed Mato Grosso, Flávia Lúcia Gonçalves, também comentou sobre a necessidade de reuniões como a promovida pelo Simpósio. “Eventos como esse são fundamentais para que as nossas cooperativas mantenham a contínua evolução”, mencionou ela, acrescentando que as relações devem sempre ser voltadas ao Jeito de Cuidar Unimed.
O presidente da Unimed do Brasil, Omar Abujamra, comentou sobre o cenário desafiador da saúde suplementar no país. “Nós iremos superar e o Sueco mostra a necessidade de debater sobre assuntos relevantes. Ressalto, portanto, a imensa satisfação em participar desse evento que preza pela qualidade técnica”.
Mas nem só de debates foi feito o 25º Sueco. Shows com os cantores Pádua e Mayra, jantar, happy hour, espaços para bate-papo, uma Feira de Negócios com a participação de grandes apoiadores do evento, dentre eles fornecedores de produtos e serviços para as cooperativas e muitas oportunidades de confraternização também fizeram parte da programação.
Confira um pouco de cada palestra do 25º Sueco
O cenário econômico e a reforma tributária
Mapear o cenário econômico atual foi o tema que deu início ao Simpósio. O consultor econômico, mestre e doutor em Economia, Alexandre Schwartsman, mostrou os últimos dados da economia brasileira, como a queda persistente da taxa de desemprego, mas em contraste com Produto Interno Bruto (PIB) baixo.
Tal situação não contribui com a vontade do Governo Federal de aumentar a receita para zerar o déficit público. “Continuamos aumentando os impostos, mas sem reduzir os gastos. É como enxugar gelo”, esclareceu ele, que também lembrou que 90% dos gastos públicos já estão pré-determinados.
Schwartsman mostrou estudos que revelam que ajustes focados na redução da despesa promovem mais resultados no endividamento público do que aqueles que se voltam para o aumento da arrecadação.
Em meio a esse contexto, há ainda a tramitação da Reforma Tributária. O advogado, doutor em Direito Tributário e especialista em Direito Empresarial, João Caetano Muzzi Filho, apresentou o cronograma da implementação de cada ponto do novo sistema tributário, de acordo com o estimado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Ele explicou ainda que, na confluência de modelos, ou seja, as especificidades de cada mercado, os serviços de saúde terão redução de 60% na alíquota padrão, mas é incorreto dizer que as cooperativas não pagam impostos.
“O sistema cooperativista precisa de uma visão holística, porque na cadeia de serviço, o imposto já é cobrado na figura do cooperado”, alertou, pois o ato cooperativo está no repasse dos recursos ao cooperado. O especialista também apresentou os detalhes da prevista união de impostos e como serão as cobranças de cada um, principalmente os que incidem na área médica.
A arte de emocionar
O primeiro dia do 25º Sueco também contou com momentos artísticos: o maestro João Carlos Martins comandou a palestra “A arte de emocionar”. “Eu acredito que todos temos uma missão na vida e a minha é transmitir emoção”, afirmou.
Ele contou um pouco sobre sua trajetória como pianista e os contratempos vividos em razão de uma doença degenerativa que gerou a perda dos movimentos das mãos. Contudo, já na sexta década de vida, conseguiu se reinventar profissionalmente e se tornou maestro, além de se adaptar ao uso de luvas especiais para continuar tocando.
“Você tem que saber que existem obstáculos possíveis de serem superados, mas outros, Deus nos dá e nos resta aceitá-los com humildade”, ensinou, enfatizando que devemos sempre buscar fazer o melhor. “A vida é feita de desafios e você deve impor a você mesmo o que fazer para chegar lá”.
Entre um relato e outro, o maestro João Carlos Martins prestigiou a plateia com várias apresentações, o que fechou com chave de ouro o primeiro dia de aprendizados.
A proteção de dados nas cooperativas de saúde
Segurança da informação não é responsabilidade apenas de um grupo da empresa: foi com esse alerta que João Lucas Saldanha, Head of Privacy e Data Protection Officer (DPO) na Tripla, empresa de serviços e consultoria em TI, iniciou sua palestra sobre a importância desse cuidado e os principais riscos de privacidade nas cooperativas de saúde.
“Em um mundo hiperconectado, uma ameaça digital também é uma ameaça a todos os aspectos da nossa vida. Costumamos pensar que segurança da informação é assunto apenas de empresas, mas não. O nosso principalmente mecanismo para nos comunicarmos é pelo digital”, afirmou o especialista, que é pós-graduado em Direito Digital e Compliance, durante sua apresentação no palco Imersões, no segundo dia do 25º Sueco.
Todavia, os dados relacionados à saúde são ainda mais sensíveis. “Quando um hacker sequestra o sistema de uma instituição de saúde, ele sabe que está lidando com informações vitais, literalmente”, exemplificou ele. Além disso, o hospital também está mais inclinado a pagar o valor exigido para obter seus dados de volta.
Um dos fatores que deixa esse setor ainda mais vulnerável é o senso de urgência sempre presente. Existe ainda uma grande variedade de profissionais em uma só instituição de saúde.
Porém, nem sempre as condutas de informação são apenas aquelas que envolvem a tecnologia. Um tipo de golpe que João Saldanha relatou é o do golpista ligar para os familiares de pacientes, se passando por médico, e solicitar o pagamento de um suposto procedimento extra necessário.
Em situações assim, o paciente pode culpar o hospital. Por isso, é importante que os colaboradores do local também tenham consciência a respeito de ações criminosas como essa para orientar as pessoas e evitar os danos.
“Ferramentas de segurança, como softwares, são fundamentais, mas capacitações (dos colaboradores) costumam até sair mais em conta. É assim que construímos uma sociedade mais consciente sobre a segurança da informação”, comentou.
Segundo João Saldanha, são atitudes simples que geram grandes recompensas de proteção, como instruir as equipes a terem senhas fortes em seus acessos, não enviar arquivos pelo Whatsapp e não deixar documentos visíveis, por exemplo. “Sejam os agentes que participam ativamente nas melhorias de segurança da informação”, finalizou ele.
Mundo interconectado
“O que nos trouxe até aqui pode não ser relevante para nos levar adiante”. A declaração é do professor, palestrante, autor e coautor de obras, como “Gestão do Amanhã”, Sandro Magaldi, que participou do segundo dia do 25º Sueco, abordando o tema “Plataformas e ecossistemas: como ter sucesso em um mundo interconectado”
Magaldi ressaltou que vivemos em uma era única e desafiante da história, onde a velocidade das mudanças ocorre em um nível avassalador. Em meio a essa dinâmica, ele observou que o setor de saúde continua a crescer, apesar dos desafios da economia global, destacando a resiliência e a adaptabilidade como fatores-chave para o sucesso.
O palestrante também citou a era do empoderamento do cliente, na qual os consumidores têm acesso a mais informações e opções do que nunca, e enfatizou que a sociedade, muitas vezes, não foi preparada adequadamente para esse novo paradigma, e que é imperativo repensar as estratégias para atender às necessidades dos clientes nesse contexto.
Ele destacou exemplos de empresas que desapareceram por não conseguirem se adaptar às mudanças, fazendo uma referência marcante à Blockbuster e outras gigantes já extintas. Segundo ele, a verdadeira ameaça não reside na tecnologia, mas na resistência das pessoas em enfrentar as mudanças exigidas pela inovação.
“Inovação é o novo imperativo estratégico que envolve todo o sistema de gestão”, declarou Magaldi. A capacidade de inovar, segundo ele, é essencial para o sucesso das organizações no mundo interconectado de hoje.
Um dos pontos centrais da palestra foi a importância dos líderes nas organizações. Magaldi destacou que os líderes são fundamentais para fortalecer a organização, mas também devem estar dispostos a mudar e se adaptar, uma vez que são os “faróis da transformação”. Eles têm a responsabilidade de liderar pelo exemplo, explicar o porquê das mudanças e serem responsáveis e generosos em sua abordagem.
A palestra de Sandro Magaldi deixou uma impressão duradoura em todos os presentes, lembrando a todos da importância de abraçar a mudança, liderar com coragem e continuar aprendendo para prosperar em um mundo cada vez mais interconectado e dinâmico.
Impulsionando o engajamento dos colaboradores
Professor da Universidade de São Paulo (USP), com vasta experiência na área de Administração e ênfase em Administração de Recursos Humanos, Joel Dutra ministrou uma palestra inspiradora sobre “O papel do líder mentor no engajamento dos colaboradores”.
Falando para um público em busca de estratégias para maximizar o desempenho de suas equipes, ele estimulou profundas reflexões sobre o papel do líder no desenvolvimento das pessoas dentro de uma organização e ressaltou que a atuação de cada líder e cada colaborador tem impacto no trabalho do colega.
Joel Dutra observou que colaboradores satisfeitos com a empresa tendem a ser mais produtivos e engajados e destacou que os líderes têm a responsabilidade de criar um ambiente propício para isso.
Outro ponto abordado pelo palestrante foi a necessidade de os líderes serem guiados pelos seus valores e pelos valores da organização, mantendo a coerência na diversidade. Ele argumentou que a diversidade é uma riqueza nas organizações, e os líderes desempenham um papel fundamental em criar um ambiente inclusivo.
A importância de manter as pessoas focadas no essencial e estimular o desenvolvimento dos pontos fortes de cada indivíduo foram outros pontos citados pelo professor, que argumentou que, ao alavancar as habilidades naturais de seus colaboradores, os líderes podem alcançar resultados excepcionais.
Outra ferramenta essencial para o sucesso, segundo Dutra, é o estímulo e a criação de condições objetivas para o compartilhamento de informações, conhecimento e experiências dentro da equipe. Ele enfatizou que a aprendizagem com base na experiência é uma característica fundamental dos líderes gestores.
Branding em tudo
Como criar uma marca com consistência? Para Galileu Nogueira, especialista em Branding e mentor de bootcamp de Inteligência Digital da Miami Ad School, a chave é o branding, ou seja, o conjunto de ações para elaborar a identidade da marca e deixá-la na mente dos consumidores.
Galileu foi o responsável pela palestra “Branding em tudo”, no palco Imersão do 25º Sueco. Logo no início da apresentação, ele mostrou algumas imagens com elementos em falta, mas as marcas podiam ser identificadas facilmente.
Isso foi possível porque essas empresas investiram em uma consistência visual, como uma cor específica, letra e outros elementos, sempre apresentados repetidamente ao público, gerando a associação à marca.
“No universo que estamos hoje, de grande concorrência, a associação é fundamental. Caso contrário, raramente a nossa marca será a escolhida”, alertou.
Porém, o especialista relatou que são poucas as empresas que decidem investir em branding e se destacar no mercado, o que é perigoso em um cenário competitivo, em que 363 mil marcas foram registradas em 2022, segundo um levantamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
“Todos os dias, entra uma marca nova no mercado, uma start-up de saúde e uma seguradora. Quando o consumidor não gosta de alguma coisa, ele pode trocar facilmente”, afirmou.
Portanto, o passo a passo para conquistar a associação da marca é:
● Construção de mensagem: decidir qual é o principal foco da empresa, como segurança, qualidade e outros;
● Tempo: não se constrói uma marca forte do dia para a noite, o cliente precisa conviver com ela para poder se acostumar;
● Frequência: criar uma periodicidade de divulgação;
● Consistência: manter os elementos de identificação;
● Relevância: mostrar ao público o porquê da sua marca ser importante. Afinal, a Pesquisa Officine Sophie, apresentada por Galileu, revelou que 74% dos consumidores não se importariam se uma marca deixasse de existir.
Tudo isso resulta em três pilares: mensagem, expressão visual e expressão verbal.
“Quando falamos em Unimed, queremos mostrar ao beneficiário que ele estará adquirindo segurança em saúde? Caso sim, tudo que for divulgado deve ter esse foco”, exemplificou o especialista. Ele mencionou ainda que essa abordagem também deve ser usada até nos eventos que a empresa decide patrocinar.
Por fim, há a pauta de diversidade e inclusão, pois os clientes já têm a expectativa de que a marca invista positivamente na sociedade. “Essa estratégia está cada vez mais em alta, pois é por detalhes que a sua marca não é escolhida e, quando temos tantas marcas oferecendo serviços semelhantes, são os valores que nos diferenciam”, aconselhou.
Humanizar relações e alcançar o sucesso
De uma forma descontraída e muito inspiradora, o escritor, palestrante e especialista em treinamento, Alexandre Slivnik, apresentou ao público o que muitos buscam insistentemente: a fórmula do sucesso das empresas. E o caminho, segundo ele, não é tão difícil quanto pode parecer. A receita? “Humanizar as relações”, ensina.
Na palestra “O Poder da Atitude”, Slivnik falou sobre a importância desta humanização nas relações dentro das empresas e seu impacto direto no sucesso organizacional. Um sorriso, um bom dia, um cumprimento ao encerrar o e-mail, tentar se colocar no lugar do outro e entender suas necessidades são gestos simples que podem fazer toda a diferença na conquista do cliente.
E como o gestor pode estimular esse comportamento? Um dos caminhos é entendendo as pessoas e respeitando as suas diferenças. “As empresas são formadas por pessoas e a diversidade entre elas não é um problema, mas uma riqueza”, disse.
Slivnik ressaltou que os gestores precisam entender o ser humano para construir relacionamentos significativos e bem-sucedidos. Ele apontou um estudo que demonstra que empresas que se destacam pela humanização são as mais bem-sucedidas no longo prazo. E a humanização não exige grandes investimentos financeiros, mas sim empatia e atenção aos detalhes.
O encantamento do cliente externo, segundo Slivnik, é uma consequência direta do encantamento do cliente interno e os líderes têm o compromisso de serem exemplos para suas equipes. “Cada contato com o cliente ou colaborador deve ser visto como único, valorizando as relações interpessoais”, ensinou.
Outro ponto abordado pelo palestrante foi o papel do líder como reconhecedor das atitudes positivas da equipe. “O líder deve elogiar atitudes positivas, valorizando o esforço e o comprometimento de todos”, afirmou Slivnik. A palestra foi um verdadeiro catalisador para uma nova era de relações empresariais, onde a atitude positiva e a empatia surgem com motores do sucesso.
Desafios e benefícios da telemedicina
A saúde 4.0 e os novos processos da telemedicina foram abordados na palestra “Desafios e benefícios da telemedicina”, no palco Imersão, pelo médico oftalmologista e doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo (2009) com foco em Telemedicina, Alexandre Taleb.
Ele contou que a autorização de consultas à distância durante a pandemia de covid-19 aconteceu porque a telemedicina já tinha sido muito estudada antes. Todavia, não é só esse aspecto tecnológico que precisa de atenção.
Não faltam equipamentos para o monitoramento da saúde, que vão dos mais simples smartwatches que verificam a frequência cardíaca até dispositivos que analisam qual paciente tem mais risco de desenvolver câncer de mama.
As casas também se tornarão digitais, como o sensor de monitoramento de idosos, que pode alertar em caso de quedas. “Nós iremos transformar os nossos lares em centros de cuidados, muito mais adequados no fator psicológico”, afirmou ele, a respeito da tendência “home hospital”, ou seja, hospital em casa.
Em meio a isso existe ainda o “médico do futuro”, que deve saber como utilizar todos os dados obtidos por esses dispositivos para cuidar do seu paciente. Segundo Alexandre Taleb, esse profissional precisa entender que o papel dele vai além do que aprendeu na faculdade, mas incluir os soft skills para o cuidado que cada pessoa requer.
“Porém, ainda temos muito o que fazer, mas não podemos esquecer que não só vivemos no mundo físico. Temos uma vivência física e digital. Por isso, precisamos levar essa digitalização para todo o país. Essa tarefa não é para o futuro, é para agora”, defendeu o especialista, que é professor de Telemedicina na Universidade Federal de Goiás (UFG).
As contribuições do PEP Unimed
Em continuidade da imersão nas tecnologias em saúde, foi apresentado o Prontuário Eletrônico do Paciente Unimed (PEP Unimed), em palestra com o gestor de saúde e consultor médico da plataforma, Cloer Vescia Alves.
Ele mostrou que a premissa é simples: um paciente e um único prontuário. Porém, há o desafio de captar todas as informações de saúde em tempo real. “Alguns médicos aferem a pressão e anotam o resultado em um papel”, exemplificou ele sobre o problema.
A ferramenta, portanto, reúne possibilidades para incentivar a reunião dos dados, com espaço para anamnese, chat integrado para telemedicina, conferência integrada do prontuário, captura de imagens do paciente, sumário clínico completo e outras ferramentas.
O PEP, portanto, visa também manter uma maior proximidade entre médico e paciente. “Nós não teremos mais pacientes, mas sim autores do próprio cuidado e eles precisarão entender como utilizar todos os dispositivos que avaliam a saúde. Esse é o momento em que o sistema Unimed está e, com certeza, irá evoluir mais”.
O que é impossível para você?
Para finalizar o segundo dia do 25º Sueco, Marcos Rossi mostrou que nada é impossível. Ele nasceu sem braços e pernas, mas, relatou: “nunca me impedi de sonhar e atrair as coisas que eu queria para a minha vida. Eu não tenho nada, mas faço tudo. Já a maioria das pessoas tem tudo, mas decide não fazer nada. Ser feliz é uma decisão”.
Ele mencionou como colocamos a culpa na falta de recursos para buscar o que é desejado, mas ao olharmos apenas no que falta, surge a sensação de incompletude. “O recurso mais poderoso do universo é a emoção humana”.
É essa emoção que promove a energia necessária para cumprir com os sonhos, apesar de que as dificuldades sempre existirão. “Eu sempre tive pedras na minha vida, mas decidi parar de reclamar”.
A partir disso, Marcos comentou que, ao não reclamar, surge um estado de graça pelas pequenas coisas. Todavia, ele não deixou este ensinamento apenas na teoria. Em uma palestra dinâmica, incentivou os participantes a refletirem sobre o que deve ser prioridade e, assim, não se deixar abater por pequenos contratempos.
“No final das contas, o que todo mundo quer é resultado, que é uma equação matemática: preparação mais oportunidade e menos a voz interna do medo”. Segundo ele, a preparação não deve parar e, quando a oportunidade aparecer, é preciso aproveitá-la. Além disso, é preciso entender que o medo faz parte do processo, mas é preciso ir de encontro a ele.
Para colocar tudo isso em prática, o necessário é fazer pequenas ações diárias. “Todos os dias você deve realizar algo que te coloque mais perto das suas metas”, aconselhou ao final da apresentação.
Lei 14.454 – Inconstitucionalidade e seus efeitos no sistema de saúde
A extinção das limitações dos procedimentos que devem ser oferecidos pelos planos de saúde está descrita na Lei nº 14.454/23. Por tamanha importância, a programação do 25º Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins incluiu uma palestra sobre o assunto, no terceiro dia de evento, com o juiz federal e membro do Comitê de Saúde do Fórum da Saúde do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Clenio Jair Schulze.
Ele explicou que para incorporar algum tratamento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) precisa analisar três requisitos: evidência científica, avaliação econômica e análise do impacto financeiro. Porém, o Sistema Único de Saúde (SUS) avalia apenas os dois primeiros.
Todavia, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que a ANS tem o direito de fazer avaliação econômica e análise do impacto financeiro, mas, como criticou o juiz, a imprensa não divulgou tal decisão, o que causou transtornos a respeito do assunto.
“Não podemos analisar só a lei, mas também as jurisprudências do Supremo. Ele (o STF) tem várias decisões sobre a saúde suplementar”, explicou o juiz, mostrando que são vários os requisitos para que o plano de saúde tenha que acrescentar algo no rol.
“A análise isolada da lei pode ser feita por alguns advogados (em processos contra operadoras), mas não é o correto”, acrescentou. O especialista concluiu mostrando que é preciso, portanto, analisar o que é realmente legal e o que é a litigância predatória.
Em continuidade ao assunto, o juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e coordenador do Comitê Estadual de Goiás do Fórum Nacional de Saúde do CNJ, Eduardo Perez Oliveira, afirmou que existe uma confusão entre desejo e direito nas solicitações de procedimentos.
Dessa forma, em um caso de judicialização em saúde, o juiz deve considerar as definições que possui hoje, mesmo sabendo que a ciência pode mudar e evoluir.
Ele lembrou ainda que, em ações judiciais assim, o ônus da prova é do paciente, ou seja, a comprovação da doença rara, por exemplo, recomendação de órgãos técnicos e evidências científicas. “Justiça não é pessoa, é fato. Temos que analisar os fatos”, defendeu.
A educação e o processo sucessório nas cooperativas
Na palestra “Fortalecimento do processo sucessório na cooperativa através da educação cooperativista”, Thais Gerônimo Duarte, que é relações públicas, doutora em estudos da linguagem e atua no Sistema Unimed desde 2006, trouxe à tona questões cruciais para a longevidade e o desenvolvimento das cooperativas.
Com uma abordagem precisa, ela analisou a distribuição de gerações na medicina cooperativa, apresentando um estudo sobre a demografia médica, com detalhes sobre idades e a taxa de distribuição de gerações em uma pirâmide etária, que demonstrou claramente a importância de compreender as características de cada geração para o sucesso da gestão cooperativa.
Um dos pontos de destaque da palestra foi a ênfase na Geração Silenciosa – aquela com 65 anos ou mais, que desempenhou um papel fundamental na fundação do Sistema Unimed – e na Geração Baby Boomers, que tem mais de 58 anos. Elas são caracterizadas como idealistas e coletivistas e trazem consigo valores e princípios que moldaram o Sistema. Mas, Thais alertou para a necessidade de considerar a transição geracional.
A Geração X, que se encontra na faixa etária por volta de 40 a 57 anos, foi identificada como mais materialista, individualista e competitiva. Essa diferença de comportamentos entre as gerações pode gerar conflitos e competições na gestão das cooperativas, algo que precisa ser gerenciado com sensibilidade e estratégia.
Um dado relevante também citado foi a crescente participação das mulheres na medicina. Mas, foi observado que elas ainda são minoria nos cargos de chefia do Sistema Unimed. Além disso, cerca de 40% dos líderes estão na faixa etária acima dos 60 anos de idade. Thais ressaltou que “as cooperativas precisam pensar em um plano de sucessão estratégico para garantir a perenidade das instituições”.
Para assegurar uma sucessão tranquila na gestão das cooperativas, a palestrante enfatizou a importância de observar a movimentação do mercado, reconhecer as expectativas de cada geração e incluir os novos médicos no quadro de cooperados. Ela apresentou as propostas do Programa Nacional de Relacionamento com Cooperado, desenvolvido pelo Sistema Unimed, com base na educação cooperativista.
“Normalmente, o cooperado entra na cooperativa sem saber o que é o cooperativismo, mas ele não pode continuar sem aprender”, destacou, aconselhando as Unimeds a participarem do programa que conta com o apoio de federações, como a Federação das Unimeds do Centro-Oeste Tocantins, e pode ser customizado de acordo com as necessidades de cada Unimed.
O futuro da Saúde Suplementar
Para finalizar o 25º Sueco, os participantes foram incentivados a refletir sobre o futuro da saúde suplementar, em uma palestra de Cesar Cardim, superintendente de regulação da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
O especialista mostrou que, na última década, o investimento em saúde privada se manteve estável. Além disso, os planos de saúde são responsáveis por 50,8 milhões de brasileiros, o que é equivalente à população da Espanha. Em 2022, as operadoras brasileiras realizaram 1,8 bilhão de atendimentos e procedimentos.
Em meio a isso, a sinistralidade aumentou, assim como as despesas assistenciais por beneficiário. “As operadoras estão destinando muito mais dinheiro para manter os seus beneficiários”, afirmou, sendo que, nos primeiros dois trimestres de 2023, o resultado operacional foi negativo.
Segundo ele, os principais desafios que a saúde suplementar enfrenta são:
● Longevidade: “se eu não tiver uma massa de beneficiários jovens, que usam pouco o plano, eu não terei como sustentar o grupo de idosos. Como atrair e manter esses jovens na carteira?”, questionou ao público;
● Novas tecnologias: os recursos não avançam na mesma velocidade das tecnologias, sendo que o Brasil tem um dos processos mais rápidos de análise para a integração no rol da ANS, em comparação com outros países;
● Judicialização: em 2022, foram 450 mil novos processos registrados no CNJ sobre aspectos da saúde, sendo 164 mil envolvendo a saúde suplementar;
● Fraudes e desperdícios: a estimativa é que as operadoras gastem cerca de R$ 28 bilhões para cobrir custos de procedimentos médicos desnecessários, desvios e irregularidades em contas hospitalares.
Cesar Cardim exemplificou que, em 2022, 55 novas condutas foram incluídas no rol, sendo o destaque o medicamento Zolgensma, conhecido como o remédio “mais caro do mundo”, com custo de cerca de R$ 6 milhões para cada paciente com Atrofia Muscular Espinhal (AME). “São drogas e procedimentos cada vez mais caros, mas para grupos menores. Isso compromete a nossa previsibilidade”.
As propostas de FenaSaúde para aliviar tais contratempos são: permissão de oferta de planos ambulatoriais de consultas e exames; revisão das regras de reajustes das carteiras individuais; estímulo à atenção primária; e revisão das normas de coparticipação, entre outras condutas.
Palavra do Público
Confira o que os participantes do 25º Sueco acharam do evento
“A cooperativa de anestesiologistas é parceira da Unimed desde a fundação da Unimed. Nós temos uma íntima relação de trabalho e uma das grandes forças da saúde suplementar no Estado de Goiás é a nossa Unimed. Então, é extremamente importante nós estarmos atualizados quanto à questão de gestão e interação entre cooperativas”.
Haroldo Maciel Carneiro
Presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO)
“É o momento de confraternização e capacitação, que visa o aperfeiçoamento e o conhecimento no que se refere às questões da cooperativa e da saúde suplementar como um todo. É um evento ímpar que está agregando conhecimento para todos nós.
A programação tem o tema do momento, que é a Lei Geral de Proteção de Dados e a tecnologia da informação, que é tendência devido às inovações.”
Amilton Fernandes Prado
Diretor Administrativo da Unimed Jataí
“A programação está excelente e os temas bem focados na atualidade. Nós, cooperativistas, precisamos discutir esses assuntos que fazem parte da pauta do Brasil, principalmente neste momento da Reforma Tributária. Isso afeta todas as áreas das cooperativas, especialmente das Unimeds, que são prestadoras de serviço. Eu tenho certeza que irá contribuir com a gestão das cooperativas. Sobre a apresentação do maestro João Carlos Martins, ela “conectou a gente e chamou atenção para a questão da saúde mental, pois sabemos que os médicos não cuidam muito da saúde deles mesmos”.
Maria José Oliveira
Superintendente do Sistema OCB-Sescoop do Tocantins
“É um evento muito bem organizado, com uma grade programática interessante e adequada ao momento atual que estamos vivendo na saúde suplementar brasileira, especialmente no Sistema Unimed. A mensagem, imersão e emoção, é muito adequada porque traz assuntos importantes, como foi com o maestro. A imersão é porque estamos buscando esclarecimentos e soluções de assuntos que são caros à Unimed. Eu quero parabenizar o Danúbio Oliveira e o Sérgio Baiocchi pela brilhante organização desse evento e pelo acolhimento”.
Silvio Porto de Oliveira
Diretor de Intercâmbio da Unimed do Brasil
“Eu adorei os conteúdos e as palestras, com temas bem relevantes para o nosso dia a dia. Na Unimed (Anápolis), estamos focados em trabalhar o atendimento humanizado, com foco no cliente e as palestras estão relacionadas com isso que temos buscado”.
Liandra Francisca de Jesus –
Gerente da Área Médica da Unimed de Anápolis
“Excelente evento, com bons palestrantes. Os temas irão incentivar as cooperativas nas melhorias, inclusive na minha atividade diária”.
Gines Henrique Martines
Gerente executivo de Provimento em Saúde da Unimed Santos
Palavra da Diretoria
Ao fim do 25º Sueco, membros da diretoria da Unimed Federação Centro Brasileira fizeram um balanço sobre o evento, cuja próxima edição acontecerá em 2025, no Mato Grosso do Sul.
“Foram dias intensos, repletos de aprendizado, troca de experiências e reflexões profundas sobre os desafios e oportunidades que enfrentamos em nosso setor. Agradeço a todos que participaram, a nossos palestrantes, aos patrocinadores e apoiadores e à comissão organizadora. O Sueco é um espaço onde a colaboração, a inovação e o aprimoramento contínuo são incentivados e celebrados. Através das discussões aqui realizadas, estamos fortalecendo todas as áreas das nossas cooperativas e contribuindo para proporcionar o melhor atendimento a todos os públicos”.
Danúbio Antonio de Oliveira
Diretor-Presidente
“O Sueco superou as nossas expectativas. Nós estávamos sem evento há quatro anos, pois (a 25ª edição) seria em 2021, mas estávamos no auge da pandemia. Todo mundo estava ávido para ouvir os especialistas, para estar juntos e comemorar, além de discutir os nossos problemas que são federativos. Todas as nossas federações estavam aqui representadas e os nossos problemas, com algumas diferenças, são comuns, como a judicialização e o rol taxativo. Também tivemos uma maneira de fazer (o evento) que foi muito agradável, com um ambiente integrado, todos juntos e olhando para o mesmo lugar. Estou, como vice da Federação, feliz. Ouvi muitos elogios, mas estamos sempre em busca da perfeição, para não deixarmos de aprender nunca”.
Sérgio Baiocchi
Vice-presidente
“É emocionante ver a equipe. Os nossos colaboradores foram perfeitos em tudo: programação, organização e logística. O balanço é totalmente positivo. Foi um evento que superou todos os aspectos, por exemplo, mudamos o local porque (o Simpósio) cresceu e ficou muito atrativo. A qualidade das palestras foi muito boa e todos que vieram de fora elogiaram muito. Estou feliz em ter contribuído com essa edição do Sueco”.
Martúlio Nunes Gomes
Diretor-Superintendente
“A organização do Sueco e o nível de qualidade das palestras foram excelentes. Tanto as palestras técnicas quanto as de gestão foram muito importantes para aprendermos, cada vez mais, a motivar nossas equipes. Foi um divisor de águas e tivemos a alegria da presença maciça dos gestores e do corpo técnico das Singulares”
Éder Cássio Rocha Ribeiro
Diretor de Integração Cooperativista e Desenvolvimento Institucional
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Assessoria de Comunicação