Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 10/10/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica

Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis

Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros

Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação

Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro

Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados

PORTAL G1

Médico que virou réu por morte de mulher após cirurgia plástica responde a outros processos por mortes de pacientes e erros

Em Goiás são sete ações contra o médico, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

O cirurgião plástico Dagmar João Maester, acusado pela morte de uma paciente de 62 anos, em Goiânia, responde a outros processos na Justiça. No estado de Goiás são sete ações contra o profissional, já no Maranhão, existem outros quatro processos. A maioria é por erro médico e morte de pacientes após procedimentos estéticos – entenda os casos abaixo.

g1 entrou em contato com médico por e-mail, telefone e mensagem de texto, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O advogado de defesa Wendell do Carmo Sant’ana disse por telefone que não vai comentar nenhum dos casos, mas destacou que a situação profissional do cliente é regular. Disse também que alguns casos contra Dagmar já foram arquivados.

Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica informou que acompanha o caso e se solidariza com a família da paciente que morreu. Porém, disse que não cabe à entidade julgar a conduta do profissional a respeito dos fatos, pois esse papel é dos conselhos regionais.

Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou que, durante o ano de 2017, o médico ficou 30 dias proibido de exercer a profissão após ter causado dano a paciente, por agir de forma imprudente ou negligência ou omissa, além de também ter deixado de informar a paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento.

Atualmente Dagmar encontra-se em situação regular. O Cremego enfatizou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos são apuradas, mas tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

Processos em Goiás

Existem sete processos contra o médico no Tribunal de Justiça de Goiás. Dois deles estão sob segredo de Justiça e, por isso, a reportagem não conseguiu maiores informações. Entenda os outros casos:

13 de outubro de 2004: Ação sobre direitos morais por erro médico. Aguarda retorno da Controladoria para incidir nos cálculos a multa e os honorários referente a execução;

15 de agosto de 2007: Processo em segredo de justiça;

20 de setembro de 2011: Processo de indenização por dano material causado por erro médico. Está em recurso sendo analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ);

4 de maio de 2023: Ação de indenização por dano moral causada por erro médico, da paciente Keila Patricia Dias da Silva. Está aguardando pagamento das custas iniciais, após a juíza deferir o pagamento do parcelamento. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;

11 de maio de 2023: Processo em segredo de justiça;

Abril e maio de 2023: Processo por direitos morais causados por erro médico e processo criminal por omissão de socorro, da paciente Marisa Rodrigues da Cunha. Entenda detalhes sobre o caso abaixo;

Processos no Maranhão

Existem quatro processos contra Dagmar João Maester no Tribunal de Justiça do Maranhão. São duas ações por erro médico, uma por homicídio simples e um processo por direito de imagem.

g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Maranhão, por mensagem de texto, para solicitar mais informações sobre a situação atual de cada um dos processos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Em julho do ano passado, o g1 publicou uma reportagem informando que o médico estava sendo investigado pela Polícia Civil pela morte das pacientes Robenha Pereira e Patriciana Nunes Barros, após procedimentos estéticos realizados por ele na cidade de Imperatriz, a 629 km de São Luís.

Robenha morreu no dia 15 de fevereiro de 2022 depois de ter feito uma abdominoplastia, lipoescultura e mastopexia nos seios em um hospital particular do município.

“Eu não tenho dúvidas da negligência que houve, porque assim que ele terminou a cirurgia, que demorou mais de quatro horas, ele saiu do box cirúrgico e foi logo para o hotel. Ela foi para a enfermaria e até então estava tudo bem, mas logo depois ela começou a sentir dor nas costas”, disse Tâmara Regina Pereira, filha de Robenha, na época à reportagem.

O atestado de óbito apontou insuficiência respiratória aguda, edema agudo de pulmão e tromboembolismo pulmonar pós-operatório.

A reportagem afirma também que, um mês depois da morte de Robenha, a assessora parlamentar Patriciana Nunes também morreu após passar por uma abdominoplastia e uma cirurgia de prótese nas mamas realizada por Dagmar.

O marido de Patriciana chegou a enviar vídeos para o médico mostrando a esposa passando mal. Em resposta às mensagens, Dagmar teria dito que poderia ser uma crise de ansiedade e recomendou um psiquiatra. Cinco dias depois, Patriciana faleceu.

O caso de Marisa

Em Goiás, os dois processos mais recentes contra o médico são de abril e setembro deste ano. Ambos envolvem o caso da paciente Marisa Rodrigues da Cunha, de 62 anos.

A idosa realizou uma cirurgia estética para redução de mama, abdominoplastia e lipoaspiração no dia 14 de abril deste ano, no Hospital Goiânia Leste. Porém, dois dias depois, morreu em casa por complicações do procedimento.

O g1 ligou duas vezes na unidade médica, mas não conseguiu contato com a administração para um posicionamento.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a idosa realizou os exames pré-operatórios pedidos pelo médico, que constataram que ela era pré-diabética, hipertensa e usava de hormônio tiroidiano. Segundo o órgão, Marisa não tinha condições para fazer a cirurgia.

O documento diz também que um dia após o procedimento, o médico deu alta para a vítima. Em casa, ela começou a vomitar com frequência e, por isso, a filha passou a questionar o médico. Inicialmente ele disse que os sintomas eram normais e depois pediu para ela parar de tomar todos os remédios.

A filha de Marisa chegou a pedir ajuda para o enfermeiro do médico, que conversou com o profissional. Mas conforme a denúncia, em nenhum momento Dagmar orientou que a vítima voltasse para o hospital. A filha da idosa chamou o socorro, mas Marisa não resistiu e morreu ainda em casa.

De acordo com o laudo de exame cadavérico, a idosa morreu por alterações relacionadas à cirurgia, que resultaram em um tromboembolismo pulmonar. O MPGO denunciou o médico alegando que ele deixou de prestar socorro e, com isso, agiu com imperícia e negligência.

O juiz deu um prazo de dez dias para o médico apresentar uma resposta à acusação.

O caso de Keila

Em janeiro de 2022, Dagmar também operou a paciente Keila Patricia Dias da Silva, no Hospital Goiânia Leste, na capital. Ela também fez três tipos de procedimentos estéticos de uma só vez por um valor de R$ 19 mil. Porém, a cirurgia não ficou como a mulher queria.

À TV Anhanguera, a paciente disse que o médico tirou pele da mama errada e, com isso, os seios ficaram com tamanhos diferentes.

“Era pra ele ter operado o peito esquerdo, mas ele fez no peito direito. Ele tirou pele no peito direito que não podia tirar, então eu fiquei com a mama direita bem pequenininha e a esquerda com displasia”, lamentou Keila.

Após a cirurgia, a paciente procurou o médico para pedir o dinheiro de volta. O médico respondeu que não concordava com isso e que eles deveriam resolver judicialmente.

“[ O dinheiro de volta ] É pra eu procurar um especialista e consertar o erro dele. Do jeito que está eu não consigo me olhar no espelho”, desabafou.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Ministra da Saúde exonera responsável por evento com dança erótica

Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde foi deixou o cargo na última sexta-feira

A Ministra da Saúde Nísia Trindade, anunciou a exoneração do Diretor de Prevenção e Promoção da Saúde responsável pela organização do “1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde” evento em que ocorreu a dança erótica na última quinta-feira, 5. Andrey Roosewelt Chagas Lemos deixou o cargo alguns dias após a forte repercussão negativa do vídeo que registrou a apresentação.

Não apenas grupos ligados a partidos de direita, oposição ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas também aliados, se manifestaram com críticas por meio das redes sociais. O deputado federal por Minas Gerais, André Janones (Avante), declarou por meio de seu perfil no X que a maioria não tem noção do “estrago” que o episódio em tela causa.

“A maioria não tem a noção do estrago que um episódio como esse da dança na abertura do evento do ministério da saúde causa. A extrema direita saberá capitalizar muito bem, e a cada eleição, esse vídeo virá à tona. Enquanto isso, a gente que lute pra explicar que fucinho de porco não é tomada.A velha guarda vai fazendo cagada e a gente vai atrás limpando!”André Janones Deputado Federal

A Ministra da Saúde, salientou em vídeo publicado também nas redes sociais, que foi pega de surpresa com toda a repercussão que o caso tomou. Ela pontuou que estaria em uma agenda fora de Brasília, nas cidades de Diadema e Mauá no estado de São Paulo. Segundo Nísia, o Diretor teria assumido toda responsabilidade pelo fato.

Divulgação Ministério da Saúde

“Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”Nísia Trindade Ministra da Saúde

A apresentação foi classificado pelo Ministério da Saúde como “Inadmissível”.

“O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”Comunicado do Ministério da Saúde

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A REDAÇÃO

Pediatra é atropelado na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis

O médico pediatra Marcos Antônio de Paiva sofreu atropelamento grave na última quinta-feira (05/10), ao deixar o trabalho, em frente à clínica SOS Criança, por volta das 14h30, na Avenida Presidente Kennedy, em Anápolis. O motociclista que atropelou o médico também caiu e sofreu escoriações com o acidente.  Os dois foram socorridos e receberam auxílio médico. 

O médico Marcos Antônio de Paiva foi socorrido pelo irmão, Márcio Paiva, até a chegada do SAMU e foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Anápolis (HUANA) e submetido a uma craniotomia, neste momento está na UTI do hospital Ânima, em Anápolis, ainda sedado, entubado e com quadro estável.

O relato de acidentes na avenida Presidente Kennedy é quase diário. Falta de sinalização e trânsito intenso com alta velocidade são as maiores queixas. Pedidos já foram feitos às autoridades municipais e à Secretaria Municipal de Trânsito para uma solução permanente, visto que a clínica recebe muitos pacientes, a maioria mães com crianças.

Uma secretária da clinica também já sofreu acidente no local, onde existe uma faixa de pedestres. A Clínica SOS Criança existe há 27 anos, com atendimento de várias especialidades e oferecidos por uma equipe de seis médicos da mesma família.

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DIÁRIO DO ESTADO

Governo divulga balanço parcial do Dia D de Multivacinação

Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), divulga, nesta segunda-feira, 9, o balanço parcial do Dia D da Campanha Estadual de Multivacinação 2023, realizado no sábado (07/10), em todos os 246 municípios goianos.

Os dados preliminares vão ser apresentados pela superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, durante visita do diretor do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde (PNI/MS), Éder Gatti. À tarde, a comitiva visita a Central da Rede de Frio da SES-GO e o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais no Hospital Estadual da Mulher (Hemu).

DIA D DA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO

Dia D da campanha de Multivacinação foi realizado no sábado, 7, com a presença da superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim e a gerente de Imunização, Joice Dorneles, e equipe da SES-GO, no Centro Municipal de Vacinação de Goiânia, no Setor Pedro Ludovico.

“O que a gente espera com esse Dia D é ter um grande número de crianças e adolescentes com cartão atualizado, porque é proteção e o não retorno de doenças que foram erradicadas ou já controladas, como a paralisia infantil, sarampo, difteria e outras mais”, afirmou Flúvia, ao destacar as 970 salas abertas em todos os 246 municípios, das 8 às 17 horas, durante toda a campanha que vai até dia 14.

Um total de 17 imunizantes estão sendo disponibilizados nas salas de vacina de todo estado. “Então, se você é pai ou responsável de uma criança, leve-a até um posto de vacinação, para verificar a caderneta”, orientou a superintendente. “Como são muitas vacinas, com doses diferentes, em períodos diferentes, lá (no posto de vacinação) vai ser verificado se tem alguma vacina atrasada, para poder atualizar”. Os imunizantes protegem contra mais de 30 tipos de doenças.

Pai consciente e preocupado com a saúde do filho, Isaías Nascimento, levou o pequeno David, de 9 meses, no Dia D.  O menino recebeu a dose contra febre amarela, mantendo a carteira de vacinação em dia, segundo o pai. “Agora, é deixar ele preparado para a vida, crescendo bem e com saúde”, comemorou o pai, após levar o bebê à sala de vacinação.

ZÉ GOTINHA E VACINA MAIS, GOIÁS

O Dia D da Vacinação é uma das diversas ações do Governo de Goiás para reverter as baixas coberturas vacinais no Estado. No domingo, 8, de manhã foi realizada uma ação no Parque Flamboyant, no Jardim Goiás.

O evento, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, também contou com a presença do Zé Gotinha e, ainda, da van da vacinação, que dá a oportunidade de imunização a crianças que não puderam ser levadas pelos pais ou responsáveis durante a semana ou no sábado.

Todas essas estratégias fazem parte do Plano Estadual de Recuperação das Altas Coberturas Vacinais, o Vacina Mais, Goiás, lançado em setembro pelo governador Ronaldo Caiado. A iniciativa está em sintonia com o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, projeto iniciado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ao qual o Governo de Goiás também aderiu.

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SAÚDE BUSINESS

Prestadores de saúde mostram melhora nos resultados do 2º trimestre, mas nem tudo que reluz é ouro

As receitas dos sete principais players cresceram em média 9%, apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde

Os balanços financeiros dos maiores prestadores de serviços de saúde no Brasil, incluindo hospitais e laboratórios, no 2º trimestre de 2023, mostraram um cenário mais animador em comparação ao que vimos no final de 2022. As receitas dos sete principais players cresceram em média 9% (Dasa, Rede D´Or, Mater Dei, Kora, Oncoclínicas, Hapvida e Fleury), apesar das despesas se manterem elevadas, fator que continua a pressionar todo o mercado de saúde. Além disso, esses prestadores também apresentaram melhora nos principais indicadores de eficiência.

Ano passado foi um período desafiador para os hospitais, com uma forte pressão sobre as margens e um panorama preocupante do futuro, com perspectivas de uma ainda maior deterioração, diante da implementação do piso salarial da enfermagem e a pressão nas negociações por parte das operadoras. Esse cenário levou os prestadores a implementarem iniciativas de eficiência, que começaram a render frutos no primeiro semestre de 2023, com um claro impacto nas linhas de SG&A e custos de pessoal. Os principais players do mercado também apresentaram uma evolução significativa no resultado financeiro em relação ao último mês do ano anterior.

Ainda assim, os esforços não foram suficientes para compensar a perda de eficiência dos últimos 12 meses, deteriorando as margens na comparação interanual. O SG&A apresenta aumentos de até 20% ano a ano, enquanto os custos com pessoal acompanharam a receita, não capturando sinergias de escala. O resultado financeiro também é um ofensor frente ao 2º trimestre de 2022.

Os custos com materiais e medicamentos, que apresentaram aumentos acima do crescimento da receita tanto na base anual como na comparação com o fim de 2022, merecem um parágrafo à parte. A gestão dos insumos ainda é um desafio para os prestadores de serviço, que costumam focar os esforços nos preços de compra, enquanto a principal ineficiência está no consumo. Nossa experiência nesse tipo de iniciativa demonstra que atacar o consumo é mais trabalhoso, porém tem um impacto muito maior, conseguindo eficiências de até 20%.

A A&M Healthcare, área da Alvarez & Marsal especializada no mercado de saúde, acredita que essa melhora dos resultados está mais associada ao aumento da receita via ocupação, ticket e expansão de leitos do que a projetos de eficiência, e que as iniciativas dos prestadores têm sido só o início de um ciclo de crescimento constante que será crucial para a  sustentabilidade do negócio.

Agora, mais do que nunca, eficiência é um requisito para sobreviver ao cenário turbulento do mercado hospitalar no Brasil. As organizações que não implementaram iniciativas de aperfeiçoamento operacional têm visto um detrimento nos seus caixas, comprometendo o negócio no médio e longo prazo.

O time da A&M Healthcare tem trabalhado fortemente nos últimos meses com grandes grupos hospitalares no Brasil e outros países da América Latina para apoiar essas companhias a se manterem rentáveis e sustentáveis. Em um dos projetos, inclusive, apoiamos um grupo de hospitais a se adaptar ao aumento de prazo de recebimento e glosas, prática que vem crescendo no país e que prevemos que ficará cada vez mais intensa.

Os analistas do mercado preveem que o segundo semestre deste ano também apresentará resultados positivos no mercado hospitalar brasileiro, beneficiando-se da sazonalidade geralmente observada no período. Mas isso não deve tirar o foco das iniciativas de produtividade, o que impactaria a rentabilidade dos trimestres seguintes.

 *Marcelo Compte é sócio-diretor da A&M (Alvarez & Marsal) Healthcare na América Latina. Possui mais de 15 anos de experiência em Consultoria Estratégica e de Gestão em diversos países, executando projetos de estratégia corporativa, processos comerciais, melhoria da produtividade, além de redução de custos e valuation em várias indústrias, especialmente saúde e bens de consumo.

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Anahp divulga dados sobre o uso de IA em hospitais privados

Aprimorada para a melhoria da gestão hospitalar e assistência à saúde, a IA (Inteligência Artificial) surge como ferramenta imprescindível para o setor na atualidade. É o que mostra um levantamento inédito realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) junto aos seus associados, trazendo dados sobre o uso da IA em hospitais brasileiros. O mapeamento foi realizado durante os meses de julho, agosto e setembro de 2023, em parceria com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) e patrocínio da Bionexo.

De acordo com Felipe Cabral, coordenador do GT Tecnologia e Inovação em Saúde da Anahp e gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, o material tem como objetivo compreender o grau de maturidade dos hospitais para o uso da tecnologia, bem como balizar a criação e aperfeiçoamento de soluções com IA para o segmento hospitalar.

Dos 45 hospitais respondentes, 55,1% dos entrevistados afirmam ter investido, nos últimos dois anos, em soluções que têm a IA como base para a entrega de valor de resolução dos problemas e 62,5% declaram que já utilizam a tecnologia de alguma forma em seus processos, entre eles a criação de chatbots de atendimento, ampliação da segurança da informação e apoio à decisão clínica, além de aperfeiçoamento nas análises de imagens médicas. A pesquisa revela ainda que 51% dos hospitais que investiram em IA obtiveram resultados práticos (confira o estudo na íntegra aqui).

“Esse dado, certamente, é um indicativo de que a IA está sendo vista como importante ferramenta para melhorar a eficiência, a precisão e a qualidade dos serviços de saúde. Contudo, a forma como vem sendo utilizada ainda foca mais nas situações administrativas, tendo um campo bastante amplo para expansão nas atividades clínicas”, detalha.

No entanto, conforme explica Cabral, as instituições ainda encontram algumas barreiras para avançar na área. Entre os principais desafios citados na pesquisa estão a falta de interoperabilidade sistêmica e o custo elevado de implantação. “A dificuldade para engajar o corpo clínico e segurança dos dados também foram elencados pelos participantes como pontos que precisam ser superados para que a implantação da IA seja bem-sucedida”, destaca o especialista.

Para garantir maior segurança e suporte aos hospitais que buscam inovar, segundo Cabral, o crescimento da IA nos hospitais deve ser acompanhado de perto por reguladores e profissionais de saúde, para garantir que seja feito de forma ética e responsável.

“Com o avanço da tecnologia de IA de forma segura e consistente, é provável que surjam novas aplicações e melhorias nas soluções existentes, tornando a IA ainda mais atraente para os hospitais. Com isso, na medida em que mais hospitais implementam soluções de IA e demonstram melhorias tangíveis na qualidade dos cuidados de saúde e na eficiência operacional, outros hospitais serão incentivados a seguir o exemplo”, completa.

Conahp 2023

Com a perspectiva de ampliação nos investimentos em IA no setor hospitalar, o estudo aponta também que 38% dos entrevistados acreditam que startups possam trazer novas abordagens para os desafios da implementação da tecnologia. Esta será uma das temáticas principais do Conahp 2023 (Congresso Nacional de Hospitais Privados), o encontro mais importante do setor no país, que acontecerá em São Paulo nos dias 18 e 19 de outubro.

Com um palco estratégico, especialistas do setor debaterão os desafios e aplicabilidade da IA nos hospitais, trazendo cases nacionais e internacionais a fim de compartilharem experiências positivas sobre o uso da tecnologia nas diversas áreas da saúde.

Além disso, todos os anos, o Conahp, promovido pela Anahp, realiza o Desafio de Inovação, um projeto com foco em startups, cujo objetivo é mapear empresas que estejam desenvolvendo soluções inovadoras que possam ser de interesse para os hospitais e participantes do evento. Para a edição de 2023, o desafio receberá projetos de startups que apresentem soluções de IA dentro dos pilares: Modelo Assistencial, Modelo de Gestão e Processos e Atendimento e Experiência do Paciente.

Com inscrições abertas pelo site do Conahp, o programa irá contribuir para capacitar e acelerar o processo de inovação e transformação digital nos hospitais. Para Rafael Barbosa, CEO da Bionexo, a parceria com a Associação é um caminho para fomentar a inovação, que é pautada em conexões.

“Nós acreditamos que, como empresa de tecnologia que há muitos anos investe em inovação, temos responsabilidade em fomentar o avanço do setor na criação e adoção de tecnologia. Acreditamos também que inovação se faz juntos, de portas abertas, e criando conexões como as que estamos propondo aqui. Portanto, é uma honra para nós poder puxar esta frente de startups de IA na saúde junto com a Anahp”, destaca.

Já de acordo com Helen Mazarakis, diretora Operacional da ABSS, também parceira da Anahp nesse projeto, a oportunidade abre caminhos para estimular uma grande mudança no cenário da saúde no Brasil.

“Temos, hoje, uma ampla gama de possibilidades e recursos que podem ser utilizados em prol do desenvolvimento do setor, e os principais ganhos são a melhoria da assistência à saúde e a ampliação do acesso a serviços de qualidade. Para nós, o Desafio de Inovação do Conahp 2023 é uma oportunidade de aproximar startups das instituições, gerando soluções efetivas e alinhadas às principais dores do mercado de saúde”, finaliza.

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Assessoria de Comunicação