Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 09 A 11/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?

O HOJE

Saúde abre consulta pública sobre inclusão de vacina da dengue no SUS

O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde

Uma consulta pública foi aberta pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (7), sobre a proposta de incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante Qdenga está em avaliação pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Durante uma reunião feita na última quarta-feira (6), a Comissão recomendou inicialmente a incorporação do imunizante para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações, considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. A recomendação considera o cenário epidemiológico e a necessidade de incluir mais uma alternativa para o enfrentamento à doença.

A restrição de público considera a capacidade de fornecimento de doses por parte da fabricante. Além disso, a sugestão da Conitec também está condicionada a uma proposta de redução de preço pela fabricante, que seja compatível com a sustentabilidade do PNI. No entanto, se considerados os demais imunizantes já ofertados, apesar do desconto inicialmente oferecido, o valor por dose, de 170 reais, ainda é alto, sendo duas vezes maior que as vacinas mais caras incluídas no programa.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Nos dados avaliados pela comissão da empresa japonesa Takeda Pharma, por quem a demanda para avaliação da tecnologia foi submetida, foi verificada uma eficácia geral de redução da hospitalização em 84% dos casos de dengue.  Após questionar o quantitativo de doses que poderia ser fornecido ao SUS, a fim de propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde obteve a informação dada pelo laboratório de que poderão ser entregues 8,5 milhões no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos, o que impõe restrições no público a ser atendido.

Todas as recomendações feitas pela Conitec são submetidas à consulta pública por um período de 20 dias. A consulta deve ficar aberta pelo prazo de 10 dias. Depois desse período, as contribuições e sugestões serão organizadas e avaliadas pela Comissão, que emitirá uma recomendação final.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o processo de incorporação da vacina contra a dengue está seguindo todos os critérios necessários.  A vacina deve ser administrada em um esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses. 

“Este processo de incorporação poderá se constituir em uma alternativa importante para auxiliar no enfrentamento da doença, alinhada às demais estratégias já implementadas atualmente”, destaca Nísia Trindade.

…………………….

PORTAL G1

Siamesas Lara e Larissa estão na UTI em estado grave e não há previsão para cirurgia de separação, diz hospital

Irmãs nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia. Gêmeas pesam juntas 3,6 kg, estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda.

Por Michel Gomes, g1 Goiás

Conheça as siamesas Lara e Larissa, que estão na UTI em Goiânia após nasceram unidas pelo

As siamesas Lara e Larissa, unidas pelo tórax, abdômen e bacia, continuam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. Ao g1, a unidade informou que o quadro é grave, mas estável.

As meninas nasceram no dia 11 de outubro, em Goiânia. Segundo o Hecad, as meninas não têm condições de passar por procedimento cirúrgico, por isso não há previsão para a cirurgia de separação.

As irmãs estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda. Segundo o hospital, elas contam com todo o suporte de equipamentos e profissionais necessário.

Parto

O parto das siamesas aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e por lá ficaram 59 dias em estado gravíssimo. Elas foram estabilizadas e transferidas para o Hecad.

A transferência das gêmeas Lara e Larissa aconteceu no dia 5 de dezembro. Juntas, elas pesam 3,6 kg, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez o acompanhamento pré-natal da mãe, Kátia Márcia Cardoso, de 36 anos, das crianças desde o mês de setembro.

O parto das meninas durou cerca de 1h30 minutos, sendo assistido por uma equipe multidisciplinar do Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu). Kátia é casada e tem uma filha, de 6 anos.

O médico Zacharias Calil é especialista em casos de gêmeos siameses e pioneiro no procedimento de separação de siameses em Goiás. Ele contou que o quadro clínico das recém-nascidas mudava a cada minuto e, por detalhes, piorava, tornando o período um desafio para os profissionais.

“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do Hospital Estadual da Mulher”, diz Zacharias Calil.

…………………………..

O ANÁPOLIS

Cirurgião da coluna vertebral alerta sobre os perigos do uso descontrolado de opióides


Os Estados Unidos enfrentam uma situação sem precedentes, referente ao uso descontrolado de opióides, chegando a contabilizar, de acordo com dados do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA, 80,4 mil mortes em 2021, o equivalente a mais de 200 mortes por dia causadas por overdose dessas substâncias.

A sazonalidade e a distribuição geográfica das mortes apontam para os meses mais frios nos estados mais pobres, menos industrializados do norte por exemplo, com piores indicadores de saúde, menor capacidade resolutiva de problemas complexos, desemprego e a ausência de políticas públicos de saúde.

Basta dizer que tais cenários são superponíveis à parte significativa do território nacional incluindo a periferia de grandes cidades brasileiras.

O uso dessas substâncias, especialmente do fentanil, uma das versões mais potentes, tem levado milhares de americanos a overdoses.

Os opióides são uma classe de substâncias que incluem medicamentos prescritos para aliviar a dor, bem como drogas ilícitas, como a heroína. Eles agem no sistema nervoso central, interagindo com receptores específicos chamados receptores opióides.

Embora sejam eficazes no alívio da dor, o uso indevido e o abuso de opióides tornaram-se uma preocupação significativa de saúde pública em muitas partes do mundo.

Laboratórios farmacêuticos em todo mundo investem somas vultosas em marketing para que os médicos aprendam a utilizar opióides em suas práticas diárias. A estratégia, que em circunstâncias específicas extrapola a esfera ética e é proibida no mundo todo inclusive no Brasil, carece de regulamentação.

Há quem afirme que os estrategistas de marketing de produtos se valem de brechas na lei e na inviolabilidade, por assim dizer da relação médico paciente, validam ou pelo menos oficializam práticas consideradas criminosas.

A própria capilaridade da rede criminosa do tráfico, de forma independente se incumbe de pulverizar o restante da droga produzida oficialmente dentro do próprio país.

Alvo de denúncia, no entanto pelo ministério público em várias cidades americanas, grandes laboratórios têm pago indenizações vultosas, porém o tráfico de entorpecentes opióides vêm crescendo em todo mundo, fruto da ausência de políticas de resolução de problemas estruturais de saúde, como por exemplo o financiamento público e privado de cirurgias para hérnias de disco, estreitamento do canal medular, e demais procedimentos para tratamento de doenças degenerativas da coluna vertebral como a espôndilo-artrose.

Tipos de opióides/opiáceos:

Analgésicos Opióides: Incluem medicamentos prescritos, como a codeína, o tramadol que são opióides considerados fracos. A metadona, a oxicodona e a hidrocodona, são considerados opióides fortes e são utilizados para tratar a dor moderada a grave.

A nomenclatura pode mudar de acordo com a droga: opióides são termos que designam drogas sintéticas e opiáceos são drogas presentes na natureza como a morfina que é extraída da papoula.

Dr Maurício MartellettoDivulgação

Maurício Martelletto, médico formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo há mais de 30 anos especialista em dor e problemas da coluna explica que os opióides ligam-se aos receptores opióides no cérebro e na medula espinhal, modificando a percepção da dor.

“Além do alívio da dor, eles podem causar uma sensação de euforia, levando ao potencial de abuso e dependência. Quando utilizados corretamente, os opióides são ferramentas valiosas no controle da dor pós-operatória, ou associada a condições médicas graves, porém se utilizados indevidamente, causam dependência química, física e psicogênica, contaminação crescente da matriz extracelular, além de complicações mais graves, como overdoses e mortes relacionadas ao abuso dessas substâncias por depressão respiratória. Os opióides são um grupo de drogas que funciona bem para um amplo espectro de sintomas dolorosos. Porém em muitos casos, a dose terapêutica é muito próxima da dose letal, além do risco de depressão respiratória ela apresenta uma série de efeitos colaterais dentre os quais uma série de fenômenos farmacológicos que nos acostumamos a chamar de vício ou dependência. O tratamento da dor envolve o conhecimento muito mais amplo da condição da doença e do paciente do que se suspeitava em décadas passadas. Para dor, o ideal é oferecer acesso a uma equipe multidisciplinar, que trate os pacientes por completo incluindo as causas da doença”, explica.

A auto medicação deve ser evitada a todo custo.O especialista diz que o tema deve servir de alerta para a saúde pública e que órgãos regulamentadores devem estabelecer programas de monitoramento para evitar prescrições excessivas, além de investir em pesquisa e desenvolvimento de alternativas não opioides no tratamento da dor.

“O Brasil precisa agir rapidamente e ficar atento para evitar que uma crise de abuso de opioides, semelhante à que vive os americanos hoje, aconteça por aqui. Precisamos de políticas públicas e principalmente foco em impedir que o uso da droga se popularize. Estamos distantes da realidade americana, mas é crucial que as autoridades monitorem esses dados para avaliar a evolução da situação”, finaliza Martelletto.

Dr Maurício Martelletto – Ortopedia e Traumatologia CRM:72348/SP SBC:7166 Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Instagram: @clinicapromovimento

………………….

O POVO

Qual país latino-americano possui o melhor sistema de saúde?


Quais os critérios que posicionam as nações nos rankings sanitários? É mesmo justo compará-los? Especialistas consultados pela DW esclarecem estas e outras questões.Nos últimos anos, estudos internacionais com enfoques e variáveis diferentes expuseram a situação em que se encontram os sistemas de saúde dos países latino-americanos em comparação a nações mais ricas ou mais pobres. Em 2019, a revista médica The Lancet publicou uma pesquisa sobre a qualidade dos serviços de saúde de 204 países entre 1990 e 2019. Os países latino-americanos com melhores resultados foram Costa Rica, Chile, Colômbia e Brasil. Entre os piores estavam Venezuela, Paraguai, Nicarágua e Bolívia. Outro estudo realizado pela Associação Colombiana de Hospitais e Clínicas (ACHC) em novembro de 2022 apresentou resultados semelhantes com base no Índice Composto de Resultados de Saúde (ICRS), que avalia 12 variáveis como a taxa de mortalidade materna, índices de doenças não transmissíveis, financiamento, expectativa de vida, entre outros. No estudo colombiano, que avalia 93 países com notas de 0 a 100, o Brasil recebeu 70,0. Costa Rica (90,0), Chile (87,6), Panamá (85,0) e Colômbia (81,5) obtiveram os melhores resultados entre os países da América Latina, sendo que nas piores posições ficaram Paraguai (68,8), República Dominicana (67,7) e Guatemala (67,4). Modelos regionais Em abril deste ano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou seu informe mais recente sobre o panorama dos sistemas de saúde da região, intitulado Health at a Glance: Latin America and the Caribbean 2023. Em conversa com a DW, Octavio Gómez Dantés, pesquisador do Centro de Estudos de Sistemas de Saúde do Instituto Nacional de Saúde Pública do México, disse que o relatório “possui quatro ou cinco indicadores que nos dizem muito bem quem é quem na região”. O especialista assegura que “não existe um sistema de saúde na ALC – América Latina e Caribe – que possa ser considerado como o melhor exemplo a seguir. Alguns têm desempenhos muito bons em algumas áreas, e não tão bons em outras”. Modelos sanitários em destaque O especialista mexicano afirma que, no entanto, há três países que “mostram valores bons em indicadores-chave: investimentos em saúde, cobertura, condições de saúde sensíveis ao desempenho do sistema e proteção financeira”. São estes: Chile, Costa Rica e Uruguai. Juan García-Ubaque, médico especialista em saúde pública e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional da Colômbia (Unal), afirmou à DW que “Costa Rica, República Dominicana e Colômbia talvez estejam à frente”. “A primeira, por ter um sistema consolidado; a segunda, pelos baixos gastos com saúde e o avanço da conceitualização do direito; e a terceira, pelos avanços conquistados nos últimos anos. Esses sistemas de saúde, porém, não têm garantias, por isso as crises tendem a ser recorrentes”, observou. É justo comparar os sistemas? Vários países da região carecem de recursos suficientes para desenvolver seus sistemas. As comparações e rankings de qualidade, portanto, podem acabar sendo injustas. “É importante comparar o desempenho dos sistemas de saúde. É uma das formas de melhorá-los, identificando as boas práticas e evitando as más. As comparações, no entanto, devem também ser justas e, dessa forma, devem levar em conta os recursos disponíveis”, sublinhou Gómez Dantés. “As comparações mais justas são aquelas feitas entre os países com mesmo nível de desenvolvimento”, acrescentou. Jorge Alarcón Villaverde, professor do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM), do Peru, disse à DW que antes de comparar “deve-se estar de acordo em relação ao conceito de sistema de saúde e a forma de medir seus resultados, e não apenas os processos” que não consideram a diversidade geográfica, econômica, política e cultural. O peruano explica que, na maioria dos casos, quando se fala de sistema de saúde “somente se faz referência ao sistema setorial de desempenho”. Com essa perspectiva, “comparam os países segundo indicadores que ocultam as diferenças existentes, as inequidades e desigualdades que são enormes em muitos dos países de nossa região”, acrescentou. Como melhorar um sistema de saúde Os especialistas oferecem suas recomendações para melhorar os sistemas de saúde latino-americanos. García-Ubaque, da Unal, diz que “indubitavelmente, os sistemas baseados na segurança social demostraram resultados muito importantes”, e a opção de um sistema nacional de saúde seria “recomendável”. O médico destaca ainda que a grande dificuldade da América Latina está na questão dos empregos formais, uma vez que quem trabalha em empregos informais não paga impostos e não colabora com o sistema de saúde. Financiar a saúde com impostos não é apenas difícil, mas também obriga a divergir outros investimentos que podem ser importantes para esses países, conclui o especialista. Para Gómez Dantés, um bom sistema de saúde deve ter quatro características: investimentos de uma quantidade razoável de recursos (entre 8% e 9% do Produto Interno Bruto); ser financiado com recursos predominantemente, mas não exclusivamente, públicos; garantir acesso universal a serviços integrais de saúde de alta qualidade – o que se traduz em melhores condições da saúde – e garantir proteção financeira, ou seja, evitar que os usuários dos sistemas de saúde se empobreçam ao atender suas necessidades sanitárias. 

………………….

Assessoria de Comunicação