Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 15/12/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Campanha alerta sobre a importância da prevenção do glaucoma

Tecnologia: Hapvida NotreDame Intermédica é destaque no evento Data & AI Forum

CDI PREMIUM alerta a sua saúde: Não deixe para depois: faça o seu check-up cardiológico ainda em 2023

‘Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas’: quem é o médico preso por suspeita de 42 mortes de pacientes

‘Chip da beleza’ com ocitocina: implante hormonal ‘turbinado’ leva jovem para UTI; veja os riscos

Médico agredido por marido de paciente que morreu em atendimento diz que não houve negligência

PORTAL TÁ ON

Campanha alerta sobre a importância da prevenção do glaucoma

Estima-se que 2,5 milhões de brasileiros vivem com a doença que é a principal causa de cegueira em todo o mundo

A Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) lançou uma nova campanha educativa para alertar a população sobre os riscos e a importância da prevenção do glaucoma, uma doença silenciosa e considerada a mais comum causa de cegueira irreversível em todo o mundo.

Até o dia 15 de dezembro, quem for aos cinemas de Goiânia e de outras 125 cidades do Brasil assistirá a um filme de 29 segundos com alerta sobre a doença. O objetivo é chamar a atenção das pessoas para o glaucoma.

De acordo com a SBG, em todo o mundo, há pelo menos 3,6 milhões de cegos e 4,1 milhões de pessoas com deficiência visual entre moderada e grave devido ao glaucoma. No Brasil, estima-se que 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença, que deve afetar 114 milhões de pacientes no planeta até 2040.

Prevenção

Com a campanha, a SBG espera alcançar 150 mil pessoas, alertá-las e torná-las multiplicadoras de informações sobre a importância de consultas periódicas com oftalmologistas para o diagnóstico precoce e tratamento do glaucoma, prevenindo o avanço da doença.

Uma pesquisa feita por oftalmologistas ligados à SBG com 1.636 pessoas mostrou que 90% ignoravam que já apresentavam sinais de risco da doença.

O diagnóstico tardio é o maior inimigo do tratamento da doença, encarecendo em até quatro vezes a assistência, reduzindo as chances de preservação da visão, comprometendo a qualidade de vida do paciente e aumentando os riscos de quedas e acidentes.

É por isso que o check-up oftalmológico não pode ser esquecido, como alertou o médico oftalmologista Ricardo Antônio Pereira, membro da equipe do Instituto Panamericano da Visão (IPV).

“O glaucoma não apresenta sintomas. É uma doença que consome aos poucos a sua visão sem que você perceba, pois a perda de campo visual é assimétrica e isso faz com que você não note precocemente a perda visual”, ressaltou.

Qualquer idade

A doença pode atingir pessoas de qualquer idade, afetando a visão das laterais para o centro do olho, o que pode ser percebido tardiamente, quando até 60% do nervo óptico já estiver destruído. Normalmente, o glaucoma é causado pelo aumento da pressão intraocular e associado a outros fatores, como diabetes, hipertensão arterial e miopia.

O oftalmologista Ricardo Pereira explicou ainda que, quando uma pessoa possui histórico familiar da doença, há um aumento de 20% nos riscos de ela também desenvolver o problema.

O glaucoma não tem cura ou um tratamento específico e definitivo, mas é possível estabilizar a doença e a perda de campo visual por meio de medicamentos, laser e cirurgias. Por isso, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de sucesso na preservação da visão.

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FOLHA DO PLANALTO

Tecnologia: Hapvida NotreDame Intermédica é destaque no evento Data & AI Forum

A Hapvida NotreDame Intermédica, maior empresa de saúde da América Latina, segue qualificando seus fluxos e processos por meio da inovação e da tecnologia. Nesta quarta-feira (13), a instituição foi destaque no evento Data & AI Forum, promovido pela Oracle, maior empresa de gerenciamento de banco de dados do mundo.

Na ocasião, o head of Data&Analytics da Hapvida NDI, Renan Assunção, palestrou sobre a experiência da instituição e debateu, ao lado de grandes nomes do mercado, o impacto da inteligência artificial nos negócios do mundo real.

“Estamos diante de um intercâmbio de conhecimentos. A importância da inteligência artificial fica evidenciada a partir do exemplo de grandes empresas aqui presentes. A participação da Hapvida NotreDame Intermédica reforça o nosso compromisso com inovação e aprendizado. Nosso hall de tecnologia tem um propósito muito bem delineado: melhorar a qualidade assistencial e o acolhimento de nossos pacientes”, afirma Assunção. 

Dentre os palestrantes, estiveram, ainda, Alexandre Nery, head of Data Science do Serasa; Felipe Starling, CIO da Azul Linhas Aéreas; Giselle Ruiz Lanza, diretora-geral para América Latina da Intel; e Márcio Aguiar, diretor para América Latina da Nvidia.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica

Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina.  A companhia, que possui mais de 66 mil colaboradores, atende cerca de 15,8 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país. Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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GONEWS 365

CDI PREMIUM alerta a sua saúde: Não deixe para depois: faça o seu check-up cardiológico ainda em 2023.

Cardiologista do CDI Premium explicou que a saúde do coração precisa de atenção constante.

A virada de um ano para o outro costuma ser inspiradora para muitas pessoas. É nessa época que definimos planos e buscamos formas de ter uma vida melhor. Em meio a isso, você também pensa na sua saúde? Saiba que sempre é tempo para cuidar de si e, caso você não tenha realizado o seu check-up em 2023, aproveite os últimos dias do ano para fazê-lo e começar 2024 da melhor forma! O médico cardiologista é um dos especialistas que não pode ficar de fora da rotina de cuidados. Afinal, os dados sobre doenças cardiovasculares são preocupantes: elas são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 400 mil vidas são perdidas por ano, ultrapassando todos os tipos de câncer e acidentes, por exemplo.

O infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são as condições mais lembradas quando o assunto envolve os problemas no coração e nos vasos sanguíneos. São situações que podem deixar sequelas graves e, muitas vezes, não apresentam sinais de alerta, como explica o médico cardiologista e membro da equipe do CDI PREMIUM, Leonardo Sara. “Os fatores de risco (para infarto e AVC), como hipertensão, diabetes e colesterol alto, são silenciosos, ou seja, não geram sintomas, exceto em casos raros”, alertou.

Tais comorbidades e outros aspectos, como hábitos ruins cotidianos (má alimentação e sedentarismo, por exemplo), aumentam o risco do aparecimento da aterosclerose, que são as placas de gordura nas principais artérias do corpo. “O entupimento das artérias pode levar ao infarto. Já o entupimento e sangramento das artérias do cérebro causam o AVC. Ambas as situações podem deixar sequelas muito danosas à nossa saúde, inclusive levando ao óbito”, esclareceu o médico, que é ex-presidente da Sociedade Goiana de Cardiologia.

O que fazer para preservar a saúde?

As informações sobre as doenças cardiovasculares podem assustar, mas saiba que existem aliados para nos ajudar a evitá-las: os próprios médicos cardiologistas. Por isso, é importante consultá-los anualmente e nunca é tarde demais para esse atendimento. “A hora é agora. Se você ainda não procurou o médico, procure. Aproveite este final de ano, essa época de ‘balanço’, em que revemos o que fizemos ou deixamos de fazer, e busque o cardiologista, pois é ele que pode detectar essas alterações (na saúde cardíaca)”, afirmou Leonardo Sara.

O especialista mencionou ainda sobre não deixar os exames complementares de lado, pois os testes identificam várias condições, como a hipertensão e o colesterol alto. Os de imagem, especialmente, contribuem para checar a presença das placas de gordura, como é possível com a tomografia das coronárias, além dos que analisam a função do músculo cardíaco, como o ecocardiograma e a ressonância magnética.

Como queremos te ver sempre bem, saiba que os profissionais do CDI PREMIUM estão prontos para te atender. Então, não tem desculpa: faça sua consulta cardiológica e agende seus exames no CDI PREMIUM. Assim, você irá aproveitar a virada do ano com tranquilidade e saúde! 

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O GLOBO

‘Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas’: quem é o médico preso por suspeita de 42 mortes de pacientes


O médico cirurgião João Batista de Couto Neto, de 46 anos, investigado em vários inquéritos por ter cometido dezenas de negligências médicas que teriam provocado mortes e mutilações em mesas de cirurgia de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, foi preso, na noite desta quinta-feira, enquanto exercia a medicina num hospital do município de Caçapava, no interior de São Paulo. No início do ano, com a suspensão vencida em outubro e, portanto, sem impeditivos, ele havia feito um novo registro no Conselho Regional de Medicina de SP (Cremesp) para atuar.

O mandado de prisão preventiva foi expedido na quarta-feira pelo juiz Guilherme Machado da Silva, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O médico foi indiciado por homicídio doloso – quando há intenção de matar – pela Delegacia de Novo Hamburgo, com base na conclusão de três inquéritos. A polícia suspeita que, ao todo, ele possa estar por trás de pelo menos 42 mortes de pacientes e outros 114 casos de lesão corporal.

Em contato com O GLOBO, o advogado de Couto Neto, Brunno de Lia Pires, criticou a prisão.

– Com surpresa a defesa recebeu a notícia da decretação da prisão preventiva do médico João Batista. A decisão não se reveste de qualquer fundamento fático ou jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico – disse, acrescentando ainda que entrará com um pedido de habeas corpus “o mais breve possível, para fazer cessar a absurda e imotivada prisão”.

De acordo com o portal g1, os inquéritos concluídos e que culminaram neste primeiro indiciamento contra o cirurgião dizem respeito às mortes de dois homens e uma mulher. Ao site, o Cremesp explicou que, quando aceitou o registro de João Couto, sabia que o profissional havia enfrentado uma suspensão de licença, mas que “era obrigado a efetuar o registro do médico”, porque a restrição era parcial.

Redes sociais apagadas

Mas quem é o médico que pode estar por trás de mais de uma centena de casos de negligência? No ano passado, quando ainda mantinha no ar suas redes sociais, Couto Neto exibia em seu perfil, como forma de propaganda pessoal, a marca de mais de 25 mil cirurgias realizadas em 19 anos de profissão – uma média de cerca de 1,3 mil por ano. O profissional era participativo na internet, onde ostentava mais de 15 mil seguidores no Instagram, além de outros 13 mil, no Facebook.

Há 1 ano, no dia 12 de dezembro de 2022, quando foi afastado por 180 dias das mesas de cirurgia por decisão da Justiça gaúcha, o cirurgião comentou sobre a marca de “mais de 20 mil cirurgias realizadas” e exaltou o exercício da Medicina.

“Atuar como médico é sempre um grande desafio. Temos plena consciência e certeza de praticar a medicina para a melhor saúde dos pacientes”, escreveu. “E com esta responsabilidade e maturidade, nos sentimos confortáveis em afirmar que realizamos mais de vinte mil cirurgias e procedimentos durante os últimos 19 anos, cumprindo os mais elevados preceitos médicos, honrando esta profissão que é a melhor tradução de minha vida.”

Na publicação, em meio a elogios que eram feitos por pacientes que diziam estar com o profissional há anos, havia também a descrição, por parte de outras pessoas, de um homem que já tinha sua atuação questionada, inclusive por colegas de profissão. São vários os que o acusavam de erro médico.

Daniel Fernandes era um deles. Sua mãe, ele conta, teria sido uma das vítimas de negligência por parte do doutor.

– A minha mãe foi vítima dele, teve perfurações no estômago e bexiga. Já passou por nove cirurgias e ainda vai fazer outra – contou à reportagem.

‘Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas’

As investigações são lideradas pelo delegado Tarcísio Kaltbac, da Polícia Civil em Novo Hamburgo. De acordo com ele, o médico, que só atuava na rede particular, chegava a acumular até 25 cirurgias num mesmo turno de plantão.

Uma das linhas da investigação da polícia é que esse comportamento visava a aumentar os ganhos financeiros, mas levava à negligência e aos erros médicos. Para o delegado, a quantidade de cirurgias impedia Couto Neto cuidar corretamente das intervenções e dos pós-operatórios. Mas os investigadores ainda tentam entender como falhas tão graves foram cometidas, o que leva à hipótese de crueldade deliberada.

Não conseguimos entender por que ele fazia isso com as pessoas. Às vezes, operava uma região do corpo, mas cortava outra que não tinha a ver com a cirurgia. Houve casos de pessoas que definharam no hospital, morrendo aos poucos. Isso é recorrente nos depoimentos – afirmou Kaltbach ao GLOBO no ano passado.

Na ocasião, o delegado contou que, além dos depoimentos, longos e numerosos, há documentos, prontuários e relatórios médicos que baseiam os vários inquéritos.

– É estarrecedor o que ele fazia. Temos fotos de pessoas com a barriga aberta, apodrecendo, e ele não receitava nada, nenhum medicamento. Dizia que não era nada e que tudo ia passar. Temos relatos de tentativa de suicídio dentro do hospital, por causa de tanta dor – acrescentou Kaltbach.

‘Ainda descobri que o caso da minha mãe nem foi o pior de todos’, diz filha de suposta vítima

Em maio de 2021, Núbia Costa, de 72 anos, se consultou com o médico João Couto Neto, em Novo Hamburgo (RS), por causa de uma pedra na vesícula. Como a retirada é considerada um procedimento simples, o especialista em cirurgias do sistema digestivo marcou a intervenção para o mesmo dia, e três horas depois, ela foi feita. Ao dar alta, o médico avisou que havia ocorrido uma perfuração no intestino, mas sem gravidade, e que o corte estava suturado.

Nas semanas seguintes, parentes avisaram a Couto Neto que a idosa estava se sentindo mal. Mas ele deu pouca atenção ao problema, até ela ser internada novamente, 17 dias depois, com uma uma infecção generalizada no abdômen. Núbia morreu em julho, na cama do hospital.

Além de sofrer com a perda, Cristiana Costa, filha de Núbia, contou ao GLOBO no ano passado que ficou estarrecida com a “soberba e o descaso” com que o médico tratava a paciente e seus parentes, na segunda internação.

Quando minha mãe teve alta, ele disse que tinha perfurado o intestino sem querer, mas que já havia feito a sutura e não teria nenhum problema. Como sou leiga no assunto, acreditei. Mas ela nunca esteve bem. Ficou sentindo dores abdominais, vomitando. Quando eu trocava mensagens com ele, as respostas eram de que estava tudo normal, ele só receitava chá e leite de magnésia. Houve várias etapas em que poderiam reverter a situação. Mas minha mãe não teve a oportunidade – lamenta Cristiana.

A filha de Núbia contou que o cirurgião era frequentemente indicado como o especialista para questões digestivas em dois dos três convênios de saúde mais fortes do município, que fica na Região Metropolitana de Porto Alegre.

– Ela ficou 60 dias no hospital até falecer. No final, já estava com uma cratera na barriga, porque de tanto abrir, não adiantava mais costurar. Era coisa de terror. Depois, ainda descobri que o caso da minha mãe nem foi o pior de todos – recorda Cristiana.

A filha da idosa contou que, no final da internação, conversou com enfermeiros e funcionários do Hospital Regina, onde Couto Neto mais costumava trabalhar, e descobriu que o caso da sua mãe não era inédito. Nos meses seguintes, em conversas pela cidade e pela internet, um grupo de vítimas e parentes se formou. Até que familiares de 15 ex-pacientes contrataram um advogado para denunciar o cirurgião à polícia. Hoje, o grupo tem parentes de 50 supostas vítimas.

– Entre os casos, há uma senhora que está em estado vegetativo há cinco anos, por causa de uma perfuração no fígado. Gente que teve perfuração de veia. Há outra ex-paciente que passou pela nona cirurgia tentando arrumar o intestino. – enumera Cristiana. – Atribuo tudo o que ele fez de errado à falta de conduta. Faz tanto tempo que isso vem ocorrendo que a gente fica se perguntando por que precisaram acontecer tantos casos para alguma coisa ser feita.

De acordo com a página de Couto Neto, ele é formado em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e graduado em Cirurgia Geral, em 2003, pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Porto Alegre. Possui ainda diversas especializações ao longo da carreira em cirurgia do aparelho digestivo, vídeocirurgia, entre outros. Dizia ser membro da Sociedade Brasileira de Vídeocirurgia (Sobracil), do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e, também, da Sociedade Brasileira de Hérnia.

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PORTAL G1

‘Chip da beleza’ com ocitocina: implante hormonal ‘turbinado’ leva jovem para UTI; veja os riscos

Emagrecer, controlar a ansiedade para comer, libido maior e tratamento da obesidade. Essas são algumas das promessas de médicos que vendem implantes hormonais, popularmente chamados de “chips da beleza” com ocitocina. O uso do hormônio nesses implantes é a nova tendência on-line com o movimento “ocitocine-se”.

Segundo especialistas, isso representa um risco à saúde e não tem qualquer comprovação científica de que ele traga os resultados prometidos. Nesta semana, viralizou nas redes sociais o caso de uma jovem de cerca de 20 anos que está internada em estado grave em um hospital particular de São Paulo depois de um edema cerebral 24 horas após colocar o implante. A jovem colocou dois implantes com ciproterona, gestrinona, testosterona e ocitocina.

ð A ocitocina, conhecida popularmente como hormônio do amor, é produzido pela hipófise e tem uma ação antidiurética, agindo sobre o equilíbrio da água e sódio no corpo. Quando há uma quantidade de hormônio acima dos níveis naturais, o corpo tem uma baixa de sódio e isso faz com que o volume de água aumente causando uma intoxicação por água.

No caso da paciente, ela teve um edema cerebral que, segundo especialistas, é uma das consequências do excesso de água no corpo.

Pelo quadro clínico, a principal hipótese foi essa. Quando se aumenta a ocitocina, e essa quantidade que ela usava no implante era grande, pode ocorrer a redução dos níveis de sódio no sangue e, consequentemente, a intoxicação por água. Isso é o que pode ter gerado o edema cerebral que ela teve. – Marcelo Luis Steiner, ginecologista endócrino Embora não seja o responsável pelo caso da jovem, Steiner decidiu fazer uma publicação contando o caso para alertar pacientes dos riscos da moda do uso da ocitocina.

“Isso (divulgação dos implantes) está pela rede social, promessas diversas, sem comprovação científica. Foram dois implantes com mil unidades de ocitocina. Qual a segurança disso? Não existe. Não tem ensaio clínico para saber se isso é eficaz e seguro”, alerta.

Ocitocina não tem eficácia comprovada para fins estéticos Não há qualquer pesquisa que comprove que o uso de ocitocina pode ser eficaz para tratar obesidade, ansiedade, falta de libido. A única comprovação é do efeito na indução de partos em gestantes e a única forma que ela pode ser indicada.

O médico e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Augusto Miranda, explica que a ciência vem estudando o papel desse hormônio, mas na sensação de bem estar. No entanto, o primeiro passo tem sido compreender como identificar a deficiência.

ð Para doses extras de qualquer coisa no corpo, é preciso antes saber se há uma baixa e o que isso pode causar. Ou seja, sem isso não é possível fazer qualquer suplementação, como no caso do chip hormonal.

“Estamos na fase de tentar identificar a deficiência e na compreensão dos efeitos crônicos dessa falta de ocitocina. Ou seja, não dá para dizer que injetar isso pode trazer benefícios. O que sabemos é que não é seguro”, explica Miranda.

A única aplicação em que a ocitocina pode ser usada é na indução de partos. O médico ginecologista Marcelo Luis Steiner explica que no caso de gestantes são usadas cerca de 20 unidades em um prazo máximo de seis horas.

No caso da paciente, ela tinha mil unidades que deveriam ser liberadas aos poucos, mas a absorção dos hormônios é uma das questões que fez o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibir os chips.

“Chips da beleza” são proibidos A proibição das terapias hormonais com fins estéticos foi feita pelo conselho em abril deste ano. O motivo: não há comprovação da segurança.

Um dos pontos é, justamente, a absorção. Os chips podem guardar diversos hormônios que são administrados em quantidades diferentes e que devem ser liberados aos poucos no corpo. No entanto, os estudos não mostraram, de forma clara, o perfil de absorção dessas substâncias e, com isso, as reações adversas.

Não temos estudos que determinem de maneira clara o perfil de absorção dessas substâncias no chip. E os estudos que existem mostram que há uma variação individual e isso muda o efeito colateral de pessoa para pessoa. Ou seja, é um risco. – Paulo Augusto Miranda, presidente da SBEM.

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Médico agredido por marido de paciente que morreu em atendimento diz que não houve negligência

Profissional disse Nathali Haydee Cunha foi diagnostica com dengue e que seguiu o protocolo recomendado para o tratamento da doença. Marido da paciente o acusa de negligência.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

O médico Pablo Henrique, que foi agredido pelo marido de uma paciente que morreu durante atendimento em uma unidade de saúde de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, diz que não houve negligência. O profissional disse que seguiu todos os protocolos para tratar a professora Nathali Haydee Cunha, mas que o quadro dela se agravou e ela não resistiu, mesmo com os esforços. Devido ao corte que teve no rosto, o profissional está afastado do trabalho, se recuperando.

g1 entrou em contato nesta quinta-feira (14) por e-mail e mensagem com a Secretaria Municipal de Saúde e com a organização social que administra a unidade, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem sobre o atendimento prestado à paciente e se há falhas na segurança da unidade.

A defesa de Jhader de Melo, marido da paciente que agrediu o médico, disse que o cliente está arrependido e que ele se descontrolou após a perda da esposa.

Pablo, que preferiu não ter o nome completo divulgado, explicou que a paciente procurou inicialmente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor Mansões Odisséia com dores no corpo. Ela foi diagnosticada por um médico com dengue e encaminhada para casa para se hidratar e tomar medicação.

Porém, quatro dias depois, voltou à unidade, ainda com dores. Na ocasião, foi atendida por ele. Ele conta que, do momento em que ela chegou de carro até ser medicada, passando pela triagem, levou cerca de 8 minutos.

“Em nenhum momento foi tratado com negligência, isso é totalmente incompatível com o tratamento que foi dado a ela”, afirmou o médico.

O marido de Nathali ainda acusa o médico de ter gritado com a paciente, a mandando calar a boca e dizendo que ela não estava sentindo tanta dor. Pablo nega que tenha gritado e disse que conversou naturalmente com a paciente, mas para confrontar as informações sobre o estado de saúde dela e que ela se acalmasse.

Pablo conta que seguiu os protocolos para o tratamento da dengue e que era necessário esperar que eles fossem administrados para ver a evolução da paciente e determinar os próximos passos.

“Em um momento, a paciente disse que tinha melhorado um pouco, então expliquei que íamos esperar terminar o remédio para ver como ficaria a situação”, disse. O médico conta que, após ver que a paciente não tinha melhorado, foi solicitar a transferência dela para a área de emergência.

“Na hora que a paciente chegou, eu sabia que era uma paciente que tinha potencial de gravidade, que o acompanhante poderia ficar agitado, porque a paciente estava com dor. Com essa paciente, todas as vezes que o acompanhante me chamou, eu fui lá, nem que fosse para explicar que era preciso aguardar a medicação, ver se ela estava sentindo dor”, disse.

Porém, a paciente morreu cerca de 2 horas depois. Nesse momento, o marido da paciente, Jhader de Melo, entrou no consultório do médico e o agrediu com socos. O profissional conta que atendia outra pessoa quando as agressões começaram. Pablo teve um corte no olho esquerdo.

A Polícia Militar registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o acompanhante da paciente por agressão. A morte de Nathali é investigada pela Polícia Civil.

Pablo conta que é médico há dois anos e seis meses e trabalha na UPA há pouco mais de um ano. Durante esse tempo, já recebeu ameaças e também presenciou agressões a outros colegas.

O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) repudiou, em nota, a agressão contra o médico e afirmou que “nada justifica a violência registrada”. O órgão também lamentou dizendo que episódios de violência como esse estão cada dia mais comuns e exigiu a implementação de medidas “para garantir a segurança de quem trabalha salvando vidas”.

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Assessoria de Comunicação