CLIPPING SINDHOESG 24/11/25

24 de novembro de 2025

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Quando o problema não é a medicina, mas a administração

Perdas com corrupção na saúde chegam a R$ 26 bilhões por ano

Todas as regiões registram alta de beneficiários de planos de saúde no período de 12 meses

Caiado se mantém clinicamente estável, aponta boletim médico

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/caiado-se-mantem-clinicamente-estavel-aponta-boletim-medico-768325

Reajuste abusivo de plano de saúde leva a condenação judicial de operadora

https://oantagonista.com.br/brasil/reajuste-abusivo-de-plano-de-saude-leva-condenacao-judicial-de-operadora

Advogado ligou cerca de 10 vezes para o Samu antes de ser encontrado morto

https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/11/23/advogado-ligou-cerca-de-10-vezes-para-o-samu-antes-de-ser-encontrado-morto.ghtml

MEDICINA S/A

Quando o problema não é a medicina, mas a administração

Nos últimos anos, a medicina passou por uma transformação silenciosa. Se antes a autonomia profissional era vista como sinônimo de liberdade, hoje ela vem acompanhada de responsabilidades que pouco têm a ver com a prática clínica. A digitalização dos serviços, o aumento da concorrência e a complexidade tributária tornaram o médico não apenas um especialista em saúde, mas também, queira ou não, um gestor de negócios. Esse novo papel exige uma combinação de habilidades que raramente são ensinadas nas faculdades de medicina.

Realizei uma pesquisa com mais de 160 médicos de diferentes regiões do país para entender o que realmente tem tirado o sono dos profissionais da saúde. A maioria das respostas não surpreendeu, mas o conjunto delas revela um quadro preocupante. Noventa e sete por cento dos médicos afirmaram enfrentar problemas financeiros, e seis em cada dez não sabem exatamente quais impostos estão pagando.

Esses números mostram algo que venho observando há bastante tempo: a medicina forma grandes especialistas, no entanto ainda não possui preparo o suficiente para o lado empresarial da profissão. E é justamente nessa lacuna que muitos profissionais se perdem. Um consultório ou uma clínica são, em essência, empresas com fluxo de caixa, impostos, custos fixos, equipe e estratégias de crescimento. Sem uma base mínima de gestão, o risco de frustração é alto.

É sintomático que tantos médicos cheguem ao mercado sem saber distinguir regimes tributários ou planejar o fluxo de caixa de uma clínica. Isso não é culpa individual, mas reflexo de uma formação que ainda separa o conhecimento técnico do conhecimento administrativo. Enquanto outras áreas profissionais vêm incorporando noções de gestão, marketing e empreendedorismo ao currículo, a medicina permanece voltada quase exclusivamente ao atendimento. O resultado é um contingente de profissionais altamente qualificados, mas vulneráveis à desorganização financeira e à sobrecarga.

O mais curioso é que as dificuldades vão muito além das finanças. Entre as queixas mais frequentes, surgiram problemas na contratação de equipe qualificada, falta de treinamento e padronização de processos, e dúvidas sobre como montar uma sociedade médica. São desafios que atravessam o dia a dia da categoria e que, se não forem enfrentados de forma estruturada, acabam comprometendo a qualidade de vida e até o desempenho clínico.

Ao conversar com médicos que decidiram empreender, percebo que o erro raramente está na falta de conhecimento técnico e sim na ausência de suporte na gestão. Muitos subestimam os custos fixos, escolhem o regime tributário errado ou simplesmente ignoram a importância de estratégias básicas de marketing e comunicação. Pequenas decisões mal calculadas acabam minando o retorno do investimento e gerando um ciclo de sobrecarga e insatisfação.

Falar em gestão para médicos ainda desperta resistência em parte da categoria. Existe um certo desconforto em associar o exercício da medicina a termos como lucro, eficiência e produtividade. Mas essa mentalidade precisa evoluir. A gestão não é antagônica à ética médica; é o que garante que o cuidado possa ser oferecido de forma contínua, sustentável e de qualidade.

Essa realidade exige uma mudança de mentalidade. Assim como o cuidado com o paciente depende de diagnóstico e acompanhamento constantes, o cuidado com o próprio negócio também precisa de atenção e método. Entender números, revisar processos, delegar funções e buscar orientação especializada não são sinais de fraqueza, na verdade são atitudes de quem quer exercer a medicina de forma sustentável.

À medida que o sistema de saúde brasileiro se torna mais competitivo, a gestão tende a se tornar uma competência central para que possamos oferecer o melhor aos pacientes. Médicos que dominarem aspectos básicos de planejamento financeiro, relacionamento com pacientes e uso de tecnologia terão uma vantagem real e poderão transmitir melhor qualidade para os atendimentos. A medicina do futuro será híbrida: técnica, humana e estratégica.

No fim das contas, acredito que a saúde financeira e administrativa dos médicos é parte essencial da saúde do sistema como um todo. Profissionais mais conscientes de sua gestão têm mais tempo, recursos e tranquilidade para fazer o que realmente importa: cuidar de pessoas.

*Matheus Reis é CEO da Back4you.

………………………..

Perdas com corrupção na saúde chegam a R$ 26 bilhões por ano

O Brasil perde cerca de R$ 26 bilhões em corrupção na saúde, por ano. A estimativa é do Instituto Ética Saúde (IES), que congrega a indústria de produtos médico-hospitalares, hospitais, laboratórios, entidades médicas, planos de saúde e indústria farmacêutica, com o apoio de órgão reguladores do governo. O orçamento destinado ao setor (público e privado) corresponde a 9,7% do PIB, segundo o Ministério da Saúde, o que equivale a R$ 1,13 trilhão. De acordo com a entidade, pelo menos 2,3% de tudo que é investido na saúde não chega aos pacientes devido à corrupção pública e privada, fraudes e ações ilícitas, ou seja, R$ 26 bilhões.

Há cinco anos, a corrupção na saúde equivalia a uma perda de R$ 14,5 bilhões, segundo o mesmo cálculo do IES. De lá para cá houve um aumento de 79% no montante que é desviado. Com esses R$ 26 bilhões, daria para construir 52 hospitais públicos de grande porte (cerca de 300 leitos) por ano; ou 26 mil UTIs móveis; ou ainda 2.200 aparelhos de ressonância magnética de alta resolução.

“O maior prejudicado sempre é o paciente. O Instituto Ética Saúde avalia que é preciso participar mais ativamente das decisões públicas, focando na busca pela transparência junto à administração pública e intensificando o papel que cabe a sociedade, que é o Controle Social, com o fito de resgatar a confiança. Em paralelo, é preciso punir os responsáveis pelos desvios, para isso, a legislação precisa mudar e as leis ficarem mais rígidas”, afirma a presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Candida Bollis.

O diretor Executivo, Filipe Venturini Signorelli, destaca ainda que “as entidades representativas de todos os segmentos da saúde devem se unir com veemência, buscando o verdadeiro diálogo entre os stakeholders, para que o controle e fiscalização possam ser moldados de forma que garantam a transparência total das contratações que envolvam dinheiro público, sejam elas diretas ou por qualquer meio de repasse”.

O IES alerta para os riscos mais comuns de corrupção no setor:

Compras Públicas
Desvio de recursos
Descumprimento contratual (entrega ou pagamento)
Desperdício

Abusos de preços ou em condições contratuais

Corte ou negativa de fornecimento

Imposição de condições abusivas

Acordos entre concorrentes

Descumprimento contratual Privado
Entrega
Pagamento

Produtos de baixa qualidade
Fragilidade regulatória
Falsificação

Alocação inadequada de recursos
Intervenção administrativa oportunista
Distribuição não isonômica

Posturas antiéticas de profissionais da saúde com pacientes
Casos de abuso e negligência em tratamentos
Violação da integridade física e psicológica de pacientes
Comprometimento da confiança no sistema de saúde

Comercialização irregular de medicamentos controlados
Venda sem prescrição médica
Desvios de produtos de distribuição gratuita
Riscos à saúde e sanções administrativas e criminais

Vazamento de informações de profissionais de saúde para manipulação de produtos
Uso indevido de dados médicos para direcionamento de prescrições
Violação da LGPD e sanções legais

Reajuste tarifário abusivo
Aumento sem justificativa transparente
Falha na fiscalização da ANS permitindo abusos
Comprometimento do acesso à saúde

Rescisão contratual imotivada
Cancelamento unilateral de planos de saúde
Impacto em pacientes em tratamento crítico
Descumprimento da Lei nº 9.656/98

Nas relações entre os atores do mercado da saúde, segundo um levantamento do Instituto Ética Saúde, as práticas antiéticas, fraudes e ilegalidades mais frequentes são: pagamento de propinas a profissionais de saúde vinculados à indicação de produtos; pagamento de despesas de profissionais de saúde em eventos de terceiros; patrocínio indevido de eventos de terceiros; presentes e brindes sem cunho científico em troca de indicação de produtos; informalidade nas remessas de comodato e consignação de produtos e equipamentos médicos.

Foram consideradas mais prejudiciais, ou seja, com alto impacto a curto, médio e longo prazo na cadeia econômica do setor saúde, incluindo riscos à segurança do paciente: pagamentos de propinas a profissionais de saúde, disfarçados de descontos financeiros; profissionais médicos praticando atos mercantilistas vedados pelos órgãos reguladores; empresas sem CNAE do setor de saúde comercializando dispositivos médicos – Covid-19 (flexibilização da pandemia pelo governo); pagamento inadequado de materiais cirúrgicos, com incentivo à reesterilização de produtos de uso único; fraudes em cobranças de material utilizado – troca de material efetivamente comercializado; falsificação de produtos cirúrgicos; fraudes em registros de materiais – produtos sem registro da Anvisa; fraudes em concessão de leitos do SUS – Covid-19.

Além dessas práticas, observa-se ainda um aumento nos casos de conduta antiética por profissionais de saúde, incluindo abusos físicos e psicológicos contra pacientes, bem como negligência intencional em tratamentos, comprometendo a segurança e a confiança no sistema de saúde. Da mesma forma, cresce a preocupação com a venda irregular de medicamentos controlados, especialmente a comercialização sem prescrição médica e desvios de produtos destinados à distribuição gratuita, impactando pacientes que dependem desses fármacos. Outra questão relevante é o uso indevido de dados de profissionais médicos para direcionamento de prescrições, colocando em risco a ética na relação médico-paciente e violando normas de proteção de dados.

O setor também enfrenta desafios relacionados ao aumento abusivo das tarifas dos planos de saúde e ao cancelamento imotivado de contratos, afetando diretamente pacientes em tratamento contínuo e ferindo princípios de transparência e equidade contratual.

Radar da Ética

O Instituto Ética Saúde acaba de lançar o Radar da Ética, uma iniciativa dedicada ao monitoramento e análise de casos que impactam a integridade e a transparência no setor da saúde, no Brasil. “Por meio de relatórios técnicos, a ferramenta identifica, acompanha e divulga irregularidades, promovendo o debate sobre boas práticas de governança, compliance e responsabilidade na gestão da saúde pública e suplementar, com o objetivo de fortalecer um sistema mais ético, seguro e sustentável”, explica o diretor Executivo do IES.

Mais do que relatar os fatos, o Radar da Ética oferece à sociedade relatórios estruturados, atualizados e acessíveis, que servem como base para que cidadãos, profissionais da saúde, empresas, jornalistas e gestores tenham meios concretos para exercer essa vigilância com conhecimento de causa e senso crítico.

Canal de denúncias

O Instituto Ética Saúde se coloca à disposição do público para registrar as ocorrências de eventos de falta de ética e de flagrante de desrespeito às leis, práticas de sobrepreço, lucros abusivos, desrespeito aos mínimos preceitos de qualidade, adulteração de produtos, falsificações e fraudes, entre outras práticas.

As denúncias são sigilosas, podem inclusive ser anônimas, feitas pelo telefone 0800 810 8163 e através do site.

“Precisamos fomentar as denúncias e informações para aqueles que podem agir de forma preventiva e coercitiva no combate a tais práticas nocivas a sustentabilidade da saúde. É preciso uma atuação conjunta, via Instituto e Órgãos estatais reguladores, para maior imputação e apuração das responsabilidades, além da identificação dos infratores, e eventuais punições”, defende Filipe Venturini.

…………….

Todas as regiões registram alta de beneficiários de planos de saúde no período de 12 meses

Todas as regiões brasileiras registraram aumento no número de beneficiários de planos médico-hospitalares entre setembro de 2024 e setembro de 2025, segundo a 111ª Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O avanço foi generalizado, com destaque para o Norte, que apresentou a maior variação proporcional do País (5,6%), e para o Sudeste, responsável pelo maior crescimento absoluto, com 833 mil novos vínculos no período.

No trimestre (junho a setembro de 2025), todas as regiões também registraram expansão, reforçando a tendência positiva observada desde 2020. O movimento é influenciado principalmente pelo avanço dos planos coletivos empresariais, que representam cerca de 73% de todos os vínculos médico-hospitalares do País.

O avanço da saúde suplementar segue alinhado ao comportamento do emprego formal. Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, o estoque de empregos celetistas cresceu 2,9%, alcançando 48,9 milhões, enquanto os planos coletivos empresariais avançaram 4,4%, somando 38,8 milhões de vínculos.

“O ritmo de expansão dos planos coletivos reflete o dinamismo do mercado de trabalho. A continuidade da criação de empregos formais é fundamental para ampliar o acesso à saúde suplementar em todo o País”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Em termos estaduais, o maior crescimento proporcional ocorreu no Amazonas, com alta de 12,2% em 12 meses, enquanto o maior crescimento absoluto foi registrado em São Paulo, que adicionou 592,3 mil beneficiários no período. O Brasil contabilizou 1,43 milhão de novos vínculos em planos médico-hospitalares entre setembro de 2024 e setembro de 2025, equivalente a um crescimento nacional de 2,8% e totalizando 53,2 milhões de beneficiários.

Planos exclusivamente odontológicos

Os planos exclusivamente odontológicos alcançaram 34,9 milhões de beneficiários em setembro de 2025, registrando crescimento de 2,8% em 12 meses e de 2,4% no trimestre. Os maiores destaques percentuais do País foram Santa Catarina, com alta de 6,5%, Espírito Santo, com 5%, e Paraná, com 6%.

Síntese dos resultados da NAB 111 — Setembro/2025 (comparação entre setembro de 2024 e setembro de 2025):

Planos médico-hospitalares

Crescimento nacional: 2,8%

Destaque proporcional: Amazonas (12,2%)

Destaque absoluto: São Paulo (592,3 mil vínculos)

Todas as regiões cresceram no período:

Norte: 5,6%

Nordeste: 2,8%

Sudeste: 2,7%

Sul: 2,3%

Centro-Oeste: 2,3%

Planos exclusivamente odontológicos

Crescimento nacional: 2,8%

Destaques proporcionais:

Santa Catarina: 6,5%

Espírito Santo: 5%

Paraná: 6%

…………………..

JORNAL OPÇÃO

Caiado se mantém clinicamente estável, aponta boletim médico

Caiado apresentou evolução favorável nas últimas 24 horas

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, internado no sábado, 22, após apresentar arritmia cardíaca, apresentou evolução favorável nas últimas 24 horas, segundo boletim médico divulgado neste domingo, 23, pelo Hospital Vila Nova Star.

De acordo com a nota, o governador se mantém clinicamente estável e não apresentou novas ocorrências. A equipe de cardiologia avaliou a situação e indicou a realização de uma ablação por cateter, procedimento seguro e reconhecido como padrão terapêutico para o controle definitivo da fibrilação atrial.

A intervenção está programada para ser realizada nesta segunda-feira, 24.

…………………………..

O ANTAGONISTA

Reajuste abusivo de plano de saúde leva a condenação judicial de operadora

Em meio às vastas leis que regem os contratos de planos de saúde no Brasil, uma questão ganha relevo quando se fala de reajustes por idade.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) trouxe atenção a esta temática ao tratar do Tema 952, que versa sobre a legalidade dos reajustes em planos de saúde individuais ou familiares em razão da mudança de faixa etária.

Este tema é particularmente sensível quando envolve consumidores idosos, pois o aumento das mensalidades deve ser justo e alinhado a critérios atuariais.

Um caso recente em São Paulo ilustra a aplicação prática dessas diretrizes. Uma segurada contestou o reajuste em seu plano, que aumentou significativamente ao ela completar 60 anos.

A questão submetida à apreciação do tribunal foi crucial devido ao impacto dos custos na garantia de direitos do consumidor, levando a uma análise aprofundada dos aumentos embasados em cálculos atuariais.

A seguradora defendeu a legitimidade do aumento citando o contrato, mas o poder judiciário estava atento aos detalhes.

Como os planos de saúde justificam os reajustes?

Seguradoras frequentemente argumentam que os ajustes teriam por finalidade garantir o equilíbrio financeiro da apólice, dado que o envelhecimento dos beneficiários acarretaria mais despesas médicas.

Contudo, tais reajustes precisam obedecer a padrões legislativos e regulatórios, sendo imperativo que eles não sejam arbitrários mas fundamentados em análises atuariais rigorosas.

Quando um reajuste é considerado abusivo?

Abusividade é caracterizada quando os aumentos ultrapassam parâmetros de razoabilidade e não se justificam pelos riscos cobertos.

O Tema 952 requer que esses reajustes não sejam discriminatórios ou desarrazoados, especialmente os que atingem indivíduos em idade avançada.

Isto significa que, além de preverem cláusulas no contrato, devem ser seguidos princípios de transparência e equidade nos ajustes.

Quais são os direitos do consumidor ao enfrentar reajustes abusivos?

Consumidores têm o direito de questionar judicialmente reajustes que considerem excessivos diante de evidências de falta de base atuarial adequada.

No exemplo mencionado, a segurada obteve uma decisão favorável onde, após constatação de ilegalidade, determinou-se não só a devolução dos valores pagos além do devido, mas também a correção monetária desses montantes.

Esta postura do judiciário realça a importância de regras claras e a defesa dos consumidores contra práticas potencialmente prejudiciais.

Como os órgãos reguladores influenciam esses ajustes?

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e outros órgãos reguladores desempenham papel crucial na fiscalização dos contratos de saúde, assegurando que aumentos obedeçam a normativas estabelecidas.

As seguradoras se beneficiam dessas diretrizes para atuar com segurança e previsibilidade econômica, mas devem sempre respeitar os limites que visam proteger o consumidor.

Em suma, embora reajustes por faixa etária possam ser justificáveis, é imperativo que sigam uma matriz ética e regulatória que proteja especialmente os mais vulneráveis, assegurando seu acesso contínuo à saúde sem onerosidade indevida.

………………..

PORTAL G1/GOIÁS

Advogado ligou cerca de 10 vezes para o Samu antes de ser encontrado morto

Em nota, a SMS informou que o sistema do Samu não registrou nenhuma das chamadas. Advogado foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu no local.

O advogado Rodrigo Bonfim, de 47 anos, que foi encontrado morto dentro do próprio carro, em Anápolis, chegou a ligar cerca de 10 vezes ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) antes de morrer. Uma imagem do celular do advogado, obtida pela TV Anhanguera, mostra o registro das chamadas (veja acima).

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, mesmo constando registros de ligações no celular de Rodrigo, o sistema do Samu não registrou nenhuma das chamadas (leia a nota completa ao final do texto).

Rodrigo foi encontrado por uma testemunha desacordado dentro do carro na madrugada desta quinta-feira (20), no cruzamento da Rua José Neto Paranhos com a Visconde de Taunay, e morreu ainda no local. Juliana Jaime, irmã do advogado, contou ao g1 que o celular que realizou as chamadas ficou sob a posse da Polícia Civil.

Ainda de acordo com o Samu, Rodrigo foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, acionado às 1h12 da madrugada. Somente às 1h39, o serviço de saúde afirmou que recebeu uma chamada, mas realizada pelos próprios bombeiros que solicitaram o apoio do Samu.

A nota também descreve que uma Unidade de Suporte Avançado (USA) foi até o local após a solicitação dos militares, que constatou a morte de Rodrigo.

De acordo com a irmã, Rodrigo era apegado à mãe e deixa dois filhos. O corpo dele foi velado e sepultado ainda na quinta-feira (20).

A morte do advogado está sendo investigada pela Polícia Civil.

A família ainda aguardava pelo resultado conclusivo sobre a causa da morte do advogado até a última atualização desta reportagem, mas a irmã explicou que o legista responsável pela autópsia acredita que Rodrigo possa ter sofrido um infarto ou arritmia.

Entenda o caso

O advogado foi encontrado por uma testemunha que estava em uma distribuidora próxima ao local e ouviu o momento em que o carro em que ele estava bateu em algo, de acordo com o Boletim de Ocorrência (BO). Dentro do veículo, a testemunha relatou à Polícia Civil que a vítima estava sem roupas e respirava com dificuldades.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, mas a morte de Rodrigo foi confirmada ainda no local pelos socorristas. Segundo Juliana, Rodrigo estava a apenas 200 metros da casa dele.

Segundo a irmã, a família do advogado tem um grande histórico de mortes por problemas cardíacos.

Ainda segundo o BO, o delegado Manoel Vanderick esteve no local, e não foi constatado nenhum ferimento no corpo da vítima, indicando que o advogado teria sofrido um mal súbito.

Nota do Samu

“A Secretaria Municipal de Saúde informa que, a princípio, embora constem no aparelho celular da vítima registros de tentativas de ligação para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), nenhuma dessas chamadas chegou a ser reconhecida pelo sistema.

Conforme os registros oficiais, o Corpo de Bombeiros foi acionado às 1h12 e prestou imediatamente o atendimento inicial ao paciente. O primeiro acionamento ao SAMU ocorreu apenas às 1h39, por meio de solicitação dos próprios bombeiros, para apoio a um paciente que já se encontrava em parada cardiorrespiratória. A Unidade de Suporte Avançado (USA) se deslocou prontamente e, ao chegar ao local, a equipe constatou o óbito.

A SEMUSA, por meio do SAMU, reitera seu compromisso com o serviço de urgência e emergência pré-hospitalar. Informa ainda que, medidas já estão sendo tomadas para elucidar todos os fatos e que havendo falta de zelo ou imperícia, providências administrativas serão aplicadas.

O SAMU continuará a serviço da comunidade, prezando pelo atendimento ágil e qualificado para toda a população anapolina em todas as situações de urgência e emergência.”

…………………………

Assessoria de Comunicação