Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

CLIPPING SINDHOESG 17/10/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Demografia Médica 2024: Número de médicos quase dobra nos últimos 14 anos

Capitais do Centro-Oeste, Sul e Sudeste gastaram mais com saúde em 2023

Sem diretrizes, tratamento do autismo é desafio para operadoras e beneficiários

“Vamos trabalhar juntos e com pessoas técnicas nos cargos de gestão”, afirma Fred Rodrigues em reunião com lideranças da saúde

Interior do País concentra 77% da população e atrai apenas 48% dos médicos

Prefeitura reforça defasagem do sistema de telefone do Samu em Goiânia

Falso médico procurado pela Justiça de Goiás é preso após ser abordado em veículo clonado no interior de SP

Rede D’Or inaugura UTI de ultra complexidade

MEDICINA S/A

Demografia Médica 2024: Número de médicos quase dobra nos últimos 14 anos

Um levantamento divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que o Brasil quase duplicou o número de médicos nos últimos 14 anos, passando de 304 mil, em 2010, para cerca de 576 mil, em 2024. Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica no Brasil. O painel revela que nenhum estado registrou diminuição da quantidade de médicos ou da densidade médica nesse período. Porém, ao avaliar os índices de razão de médicos por mil habitantes, o quadro ressalta as disparidades socioeconômicas e de infraestrutura de saúde nas diferentes regiões do país.

Enquanto unidades da federação economicamente mais desenvolvidas apresentam um número significativo de médicos a cada mil habitantes, outras sofrem com a escassez desses profissionais de saúde, em especial nas cidades do interior.

O Distrito Federal, que conta com 6,3 médicos a cada mil habitantes; Rio de Janeiro, com 4,3 a cada mil; São Paulo (3,7); Espírito Santo (3,6); Minas Gerais (3,5) e Rio Grande do Sul (3,4) estão acima da média nacional que é de 3,07 profissionais a cada mil habitantes.

Por outro lado, estados como Amazonas, com média de 1,6 médico a cada mil habitantes; Amapá, com 1,5; Pará, com 1,4; e Maranhão, com 1,3 apresentam as menores razões de médicos por mil habitantes, embora, com destaca o Conselho Federal de Medicina, tenham mostrado evolução superior a 67% nos últimos 14 anos. Em 2010, o Amazonas tinha 0,97; o Amapá contabilizava 0,87; o Pará possuía 0,83; e o Maranhão, 0,65.

“Apesar desse quadro mostrar o aumento significativo da presença dos profissionais no país, o CFM entende que se mantém o cenário de desigualdade na distribuição por conta da fragilidade de políticas públicas que estimulem a migração e fixação em áreas distantes ou de difícil provimento”, disse o CFM.

Em números absolutos, São Paulo registra a maior quantidade de médicos do País, com 166 mil profissionais registrados. Em seguida, aparecem Minas Gerais, com 72 mil; Rio de Janeiro, com 70 mil e Rio Grande do Sul, com 37 mil. Já as unidades da federação como menor quantitativo são o Amapá, com 1,1 mil; Roraima, com 1,2 mil; Acre, com 1,5 mil; e Tocantins, com 4,3 mil.

“O levantamento também mostra que as capitais concentram 23% da população do país, mas agrupam 52% dos médicos. Os municípios do interior somam 77% da população do Brasil, porém dispõem de 48% dos médicos”, disse o CFM.

A capital com o maior número de médicos é Vitória (ES), que registra 18,7 médicos por mil habitantes. Em contrapartida, a média do interior do estado é de somente 2,25. Na sequência vem Porto Alegre (RS), cuja média é de 11,85 médicos para cada mil pessoas, contra 2,26 observada no interior do estado gaúcho.

“Na outra ponta, Roraima apresenta um dos exemplos mais extremos dessa concentração, com 97% dos médicos localizados em Boa Vista. A capital abriga 65% dos aproximadamente 640 mil habitantes do estado”, aponta o CFM.

Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, os dados mostram a necessidade de políticas públicas focadas na redistribuição de médicos pelo território nacional, com o objetivo de minimizar as desigualdades regionais no acesso à saúde. Ele também destaca a necessidade de programas de formação de profissionais voltados para as necessidades específicas de cada região.

“É imprescindível o desenvolvimento de uma política de recursos humanos robusta para a assistência ao SUS, enfatizando a criação de incentivos atrativos aos profissionais para sua fixação em regiões com maior dificuldade de provimento”, observa.

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Capitais do Centro-Oeste, Sul e Sudeste gastaram mais com saúde em 2023

As capitais do Centro-Oeste, Sul e Sudeste foram as que mais gastaram com saúde em 2023. Quase todas as capitais dessas regiões estão entre as 15 primeiras colocadas no ranking de despesas per capita com saúde apresentado no Boletim IEPS Data n. 4 – Saúde nas Capitais. A única exceção é o Rio de Janeiro (RJ) que ocupa a 17ª posição. O ranking faz parte do bloco “Gastos Municipais”, que considera dois indicadores: despesa total com saúde sob responsabilidade do município e despesa total com saúde, inclusive as financiadas por outras esferas de governo.

O estudo é uma produção do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) elaborada a partir de informações disponíveis no IEPS Data, um portal de dados que reúne mais de 180 indicadores de saúde de todos os municípios brasileiros entre 2010 e 2023. Em síntese, o estudo analisou 7 indicadores disponíveis no Panorama de Saúde Local do IEPS Data, que foram organizados em blocos: “Gastos Municipais”, “Mortalidade e Morbidade” e “Atenção Básica”. Além da análise do valor de cada indicador, os rankings apresentados na pesquisa consideraram uma padronização dos indicadores. Dessa forma, os indicadores foram considerados a partir de uma a mesma polaridade, o que possibilitou a construção adequada do ranking.

Helena Arruda, pesquisadora do IEPS e uma das autoras do estudo, explica que a análise observou o valor absoluto de cada indicador e a posição relativa dos municípios no ano de 2023 para cada um deles.

“O gradiente de cores demarca a posição da capital no ranking, sendo o roxo escuro a representação das posições mais altas e o amarelo claro as posições mais baixas. Além disso, o processo de padronização dos indicadores possibilitou a construção da coluna “Total” que mostra o ranking das capitais em cada dimensão discutida. Essa análise permite resumir a posição relativa dos municípios por bloco e realizar um diagnóstico de sua situação”, explica Arruda.

Capitais do Norte e Nordeste apresentam os menores gastos com Saúde; Teresina e Natal são exceções

Nas últimas posições do ranking “Gastos Municipais” estão as capitais do Norte e Nordeste, com exceção de Teresina (PI) e Natal (RN), que ocupam a 4ª e 7ª posição, respectivamente. O ranking “Gastos Municipais” considera tanto as despesas em saúde utilizando recursos próprios do município quanto as despesas totais, que consideram também as despesas financiadas por outras esferas de governo.

O boletim também analisou a evolução da despesa total em saúde per capita nas capitais brasileiras entre 2010 e 2023. Nesse caso, foi considerado apenas esse indicador em razão da relevância dos recursos provenientes de outros níveis de governo na composição dos gastos com atenção primária em saúde. O estudo identificou que houve um aumento de gastos em todas as capitais, com exceção de Aracaju (SE). A análise por região do país mostra que as capitais com os maiores aumentos nas despesas foram Natal (Nordeste), Cuiabá (Centro-Oeste), Belo Horizonte (Sudeste), Porto Alegre (Sul) e Rio Branco (Norte).

Nesse contexto, é importante destacar que a comparação se baseia em valores totais por habitante, o que ajuda a mitigar as possíveis desigualdades na capacidade de arrecadação dos municípios. Outro ponto destacado no levantamento é que os aumentos podem ser explicados, em partes, por alterações no regime legal de transferências e gastos em saúde, como a introdução da Lei Complementar 141 de 2012.

Morbidade e mortalidade

No ranking “Mortalidade e Morbidade”, composto pelos indicadores “Mortalidade Ajustada por Causas Evitáveis” e “Hospitalizações por Condições Sensíveis à Atenção Primária”, as capitais da região Norte do país ocuparam as piores posições, com exceção de Palmas (TO) que ficou em 1º lugar, apresentando a taxa mais baixa de morbidade e mortalidade do país. As demais capitais da região ficaram entre as 10 posições mais baixas do ranking. O final do ranking conta ainda com Porto Alegre, única capital do Sul do país a aparecer nas últimas posições, ocupando o 23º da lista. As demais capitais do Sul, Florianópolis e Curitiba ficaram em 2º e 5º lugar, respectivamente.

Na análise da evolução ao longo do tempo, o boletim analisou as taxas de mortalidade ajustada para causas evitáveis entre 2010 e 2023 e os resultados apresentaram variação de acordo com a região do país. Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram redução nas taxas de mortalidade, enquanto nas capitais do Norte e Nordeste houve aumento.

Os destaques negativos ficaram com Boa Vista que passou de 89,5 para 137 óbitos por 100.000 habitantes, Macapá que foi de 89,6 para 126,8 óbitos por 100.000 habitantes e Rio Branco que registrou um aumento de 93,3 para 117,6 óbitos por 100.000 habitantes no período. Já as capitais que registraram melhora no indicador foram Aracaju, que passou de 98,2 para 78 óbitos por 100.000 habitantes, Palmas que registrou uma redução de 88,8 para 70,3 óbitos por 100.000 habitantes e Porto Velho que foi de 128,4 para 111,1 óbitos por 100.000 habitantes.

Aumento de despesas e taxas de mortalidade

Um dos aspectos enfatizados na pesquisa é que a melhoria nos índices de mortalidade ajustada por causas evitáveis não está relacionada necessariamente ao aumento dos gastos per capita do município com saúde. Aracaju, por exemplo, foi a capital com maior queda de mortalidade ao mesmo tempo em que foi a única em que não foram observados aumentos reais na despesa total com saúde.

Ao analisar os 5.570 municípios brasileiros, o boletim identificou uma correlação fraca de -0.07 entre o aumento de despesas e a redução da mortalidade ajustada por causas evitáveis. Por outro lado, analisando apenas as capitais há uma correlação negativa moderada (-0.35) entre os indicadores, o que significa que uma maior despesa total em saúde per capita está associada a uma menor mortalidade ajustada por causas evitáveis.

O estudo destaca que a relação entre os indicadores não é necessariamente de causalidade, mas que são informações úteis para avaliar possíveis associações entre os indicadores e para investigar padrões regionais na saúde. Além disso, outros fatores podem estar relacionados ao aumento ou queda nas taxas de mortalidade.

Atenção Básica

O boletim também reuniu 3 indicadores para analisar a Atenção Básica nas capitais em 2023: cobertura vacinal de poliomielite, cobertura da atenção básica e percentual de nascidos vivos com 7 ou mais consultas de pré-natal. Nesse quesito, as capitais nordestinas aparecem nas posições mais baixas do ranking. Entre os últimos 5 colocados estão Salvador (22ª posição), Maceió (24ª posição) e São Luís (25º). Macapá (23ª) e Belém (27ª), ambas da região Norte, ocupam as demais posições.

Um aspecto importante destacado pelo boletim é que não há necessariamente uniformidade entre os indicadores que integram cada bloco, em especial no bloco Atenção Básica. Nesse caso, Boa Vista e Macapá são exemplos interessantes. Ambas as cidades apresentaram 100% de cobertura de atenção básica, mas tiveram apenas 49,7% e 59,1% de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natal, respectivamente.

“Esses exemplos indicam que mesmo locais com uma cobertura grande, podem precisar desenvolver ações para aumentar a efetividade dos serviços da Atenção Básica. Dessa forma, esses dados podem contribuir para que os governos definam prioridades e metas focando em áreas de menor desempenho, mesmo em capitais que apresentam bons resultados para um bloco de indicadores”, explica Vinícius Peçanha, pesquisador do IEPS e também um dos autores da pesquisa.

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FUTURO DA SAÚDE

Sem diretrizes, tratamento do autismo é desafio para operadoras e beneficiários


Operadoras cobram da ANS elaboração de uma diretriz para o tratamento do autismo, mas Agência afirma que não depende de só dela.

A denúncia de entidades ligadas a pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) sobre tratamentos excessivos realizados por clínicas privadas a crianças e adolescentes, feita pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, chamou atenção para um tema recorrente na saúde suplementar: a necessidade de estabelecer protocolos e diretrizes para tratamento do autismo.

Operadoras de planos de saúde já vinham, desde 2023, alertando a sociedade quanto à falta de padronização, qualidade técnica e o excesso de carga horária dos tratamentos indicados, chegando a 40 horas semanais. Apesar de haver clínicas de referência nos grandes centros urbanos, fora deles há denúncias ligadas a fraudes e desperdícios de recursos.

Sendo a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) a abordagem terapêutica mais utilizada no Brasil e no mundo em tratamentos de TEA, criou-se um mercado no país de cursos profissionalizantes que oferecem formação de curta duração. Sem critérios e fiscalização, surgem pessoas que ofertam o tratamento sem a devida qualificação e correta aplicação.

“Essa ideia das 40 horas acabou se propagando em um cenário onde as pessoas são remuneradas por elas. Acaba criando um incentivo perverso mesmo. Não estão comprometidas necessariamente com o bem-estar e autonomia daquela criança. Quando olhamos para essa denúncia, vejo uma grande oportunidade para colocarmos essas coisas na mesa”, afirma Thalita Possmoser, head de Clinical Operations da Genial Care.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) tem orientado seus associados a qualificar profissionais e construir clínicas próprias. No entanto, cobram que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elabore uma diretriz de utilização (DUT) para proteger os beneficiários e diminuir o risco de abusos.

Em nota, a ANS afirma que “entende a importância da elaboração de uma DUT para o tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), para que os pacientes tenham o atendimento e o tratamento corretos, evitando-se abusos. Entretanto, essa é uma medida que não depende apenas da Agência. É preciso que as entidades profissionais da área da saúde e o próprio Ministério da Saúde estejam envolvidos nos estudos sobre essas propostas e a ANS está aberta a debater com todas as entidades”.

Paralelamente, operadoras têm se movimentado para conhecer outros tratamentos disponíveis, que se adaptem à realidade do sistema de saúde brasileiro e mantenham o convívio familiar, social e escolar de crianças. Um deles é o Paediatric Autism Communication Therapy (PACT), utilizado no National Health Service (NHS), sistema de saúde britânico.

“Cada criança tem um plano terapêutico singular. Talvez se ela tiver necessidade, de acordo com o grau de suporte, em algum momento, precise de 40 horas de terapia. O que não dá é para uma criança de grau leve ficar tanto tempo dentro do ambiente clínico. Porque ela não precisa, vai podá-la do convívio, da possibilidade de crescer. Se ficar só dentro da terapia, quando vai colocar em prática na vida dela?”, observa Cassio Ide Alves, superintendente médico da Abramge.

Denúncia e tratamento ABA

No dia 10 de setembro, a Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil) entregou à ministra dos Diretos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, uma carta-denúncia onde comparou os tratamentos desproporcionais de pessoas com TEA a um regime manicomial. Isso porque, segundo a entidade, exerce um controle sobre os pacientes e os retira do convívio social.

A denúncia foi formalizada em parceria com a Associação Brasileira para Ação dos Direitos das Pessoas Autistas (Abraça) e a Vidas Negras com Deficiência Importam (VNDI). De acordo com Guilherme de Almeida, presidente da Autistas Brasil, ela surgiu por relatos recebidos de pais e responsáveis. Em um deles, uma mãe afirmava que o filho ia apenas duas vezes por semana à escola, porque nos outros dias estava em tratamento na clínica.

“A grande problemática é essa intensidade, esse abuso onde não há condições de garantir essa vivência plena da criança em diversos espaços, em diversos momentos, sejam sociais, familiares e pedagógicos. Momentos de tratamento são fundamentais, entendendo que uma criança autista tem diversas demandas de cunho de saúde”, afirma Almeida.

A discussão recai sobre a necessidade do tratamento, com base na terapia ABA, sugerindo em alguns casos o acompanhamento do paciente por 40 horas semanais. Como explica Possmoser, da Genial Care, essa carga horária surgiu com base em uma interpretação equivocada de um estudo dos anos 80, em um contexto onde o tratamento era feito dentro das escolas e através dos pais.

“Será que o modelo dos Estados Unidos, um país tão distinto do Brasil, é o modelo que a gente deveria estar planejando trazer para cá? Isso é efetivo? Como na área do autismo, a gente carece do debate, a nossa primeira ideia é pegar o que funcionou lá e trazer para cá, mas a gente esquece que somos um país muito particular, com necessidades particulares muito distintas dos Estados Unidos”, ressalta.

Ela explica que o tratamento do autismo envolve o acompanhamento multidisciplinar, com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. A ideia é desenvolver as habilidades através de sessões individuais, com carga horária e um plano individual, sendo a aprendizagem e o comportamento pilares dessa terapia.

Em 2020, o National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice (NCAEP) publicou uma revisão de 927 artigos científicos, onde identificou 28 práticas para o tratamento do autismo que possuem evidências de sua aplicação e eficácia, parte delas utilizando terapia ABA como ponto de partida.

Para Guilherme Almeida, da Autistas Brasil, é preciso haver uma fiscalização por parte do Governo para garantir que clínicas não ofereçam tratamentos inadequados, que podem prejudicar a saúde das crianças e adolescentes, além de retirar do convívio social. Por isso, cobra a criação de um referencial sobre o tema.

“A gente espera e acredita, até pelo perfil da nova ministra e da Ana Paula Feminella, que é Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que essa questão esteja sendo levada a sério. Fizemos essa carta-denúncia, mas nunca mais foi recebido por nenhuma autoridade. Nosso papel como organização sem fins lucrativos foi, a partir de demandas que existiam dentro da nossa estrutura, levar essa denúncia pro órgão de maior autoridade para que ele fizesse essa investigação”, explica o presidente da associação.

Procurado, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania afirma que em 25 de setembro a ministra Macaé Evaristo se reuniu com representantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), membros da União de Mulheres Autistas, Mães Atípicas, Neurodivergentes e Apoiadores (Umana), além de mães e familiares de pessoas com autismo para “ouvir, compreender as necessidades e garantir a continuidade das ações e políticas públicas relacionadas ao autismo”.

O órgão aponta que também foi instaurada a Câmara Técnica sobre Políticas Públicas e Deficiências Psicossociais, com o objetivo de analisar, propor políticas públicas integradas e avaliar os procedimentos e as terapias disponíveis no Brasil. “O autismo é uma das pautas prioritárias do MDHC, que conta com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) liderando os diálogos com entidades federais e privadas, instituições, associações e a sociedade civil”, concluiu a nota do Ministério.

Planos de saúde e ANS

O tratamento de pessoas com TEA é fruto de discussão nos planos de saúde desde a ampliação das regras de cobertura para tratamento de transtornos globais do desenvolvimento, em 2022. A mudança tornou o número de sessões com fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas ilimitadas, além de indicar que passa a ser obrigatória a cobertura para qualquer método ou técnica indicado.

Isso aumentou de forma expressiva o custo assistencial das operadoras, o que tem gerado um ruído no mercado. Contudo, entidades representativas de planos de saúde apontam abusos e fraudes nesse segmento, principalmente por haver uma disseminação de clínicas e profissionais com baixo nível de especialização. Elas cobram que é preciso criar regras e definir protocolos para proteger os beneficiários, além de reduzir custos assistenciais.

Em todo o setor, fraudes, abusos e desperdícios representaram cerca de 12,7% em 2022, de acordo com estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Apesar de não ser específico para o autismo, o aumento de diagnósticos nos últimos anos e a cobertura ilimitada tornaram o segmento de tratamento de TEA atrativo para golpes. Em setembro, a operadora SulAmérica identificou indícios de irregularidades em uma clínica especializada em tratamento de TEA em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, através de pedidos de reembolsos. Foram encontradas 390 solicitações irregulares, envolvendo 36 beneficiários, o que de acordo com o plano de saúde representa 9 milhões de reais.

“Não vemos uma ação mais estruturada que oriente quais deveriam ser as intervenções terapêuticas com evidências científicas, utilizadas. Também não vemos o órgão regulador deixar explícito. Tem que fazer uma diretriz de utilização super simples. Porque a grande maioria das pessoas tem bom senso e faz coisas óbvias, mas tem um percentual da sociedade que não faz”, afirma Cassio Ide Alves, da Abramge.

Apesar de a ANS afirmar, em nota, que vê a importância da elaboração de uma diretriz de utilização (DUT), a Agência não respondeu ao questionamento se já está fazendo esse documento ou se existe um cronograma para essa elaboração. No entanto, afirma que está aberta a debater o tema com todas as entidades que precisam estar envolvidas nesse processo, como entidades profissionais da área da saúde e o próprio Ministério da Saúde.

Em outubro de 2023, a ANS realizou uma audiência pública para debater a assistência na saúde suplementar aos beneficiários com transtornos globais do desenvolvimento, que inclui TEA. Como resultado, a Agência afirma que adotou ações de monitoramento contínuo da evolução da utilização dos serviços prestados, elaboração de estudos sobre a evolução dos atendimentos de pacientes, formulação de ações regulatórias fundamentadas e realização de mais reuniões com representantes da sociedade civil e do governo, com conselhos e associações profissionais e científicas.

Em junho deste ano, a Agência também recebeu pais e responsáveis para falar sobre o outro lado. Ao longo de duas horas, as mães expuseram as dificuldades que têm enfrentado para conseguir atendimento para seus filhos pelos planos de saúde, como o acesso a terapias e tratamentos continuados. Elas apresentaram suas reivindicações e um pedido de apoio à ANS para que os direitos às coberturas previstas no Rol de Procedimentos e Eventos fosse garantido.

De acordo com a ANS, as operadoras se comprometeram em verificar todas as questões levantadas. Até setembro, 16.056 reclamações relacionadas à cobertura de tratamento do autismo foram protocoladas na Agência em 2024. No ano anterior, 20.125 reclamações foram recebidas. Para evitar distorções, a Abramge afirma que tem buscado orientar as operadoras para qualificarem os profissionais, com intervenções que mesclam terapias comportamentais e neuroafirmativas. Também estimula que as operadoras criem clínicas próprias, com a possibilidade de parcerias entre as empresas. A ideia é criar um padrão e reduzir riscos de fraudes e abusos.

“Precisa criar um protocolo para organizar de forma que pessoas com TEA recebam intervenções cientificamente comprovadas, na intensidade e na frequência adequada. E que não seja permitido de forma alguma que esses indivíduos virem experimento. Recebemos denúncia de que até tratamento com ozonioterapia tem sido feito”, afirma Alves.

Para Possmoser, a possibilidade de criação de um protocolo é positiva, mas tem que ter espaço para a personalização. “Existe um modelo a ser seguido. É preciso realizar uma avaliação do desenvolvimento daquela criança, traçar objetivos individualizados que vão garantir o sucesso da intervenção. A partir da motivação daquela criança o profissional consegue adaptar qual é o melhor jeito de ensinar. É preciso estar também o tempo inteiro verificando se a intervenção está indo em direção à autônoma independência ou não”, afirma.

PACT para tratamento do autismo

Em busca de terapias que tenham menos impacto orçamentário, com comprovação científica e eficácia para os pacientes, as operadoras chegaram à Paediatric Autism Communication Therapy (PACT). Utilizado como um dos tratamentos para TEA no sistema de saúde britânico, o NHS, o método é guiado pelos pais, com apoio de um especialista, com foco na interação e comunicação.

A abordagem tem sido estudada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), que encontraram evidências iniciais sobre a possibilidade de aplicação no Brasil. Em 2025, um estudo mais robusto será realizado junto a serviços públicos de saúde de todo o Brasil para analisar se a intervenção vai ser absorvida pelos profissionais, aceita pelas famílias e sustentada do ponto de vista de custos, eficácia e adesão.

Um dos desafios para o sucesso da terapia no país, de acordo com Priscilla Godoy, psicóloga clínica e neuropsicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, pesquisadora envolvida no estudo e sócia fundadora da PACT Brasil, é conseguir mostrar para os responsáveis o potencial e a importância do envolvimento deles no tratamento.

“Muitas famílias podem ter a crença de que essa intervenção, principalmente quando oferecida no serviço público e por planos de saúde, é de que estão dando uma intervenção para colocar eles para trabalhar, que façam o papel do terapeuta, se eximindo do cuidado. A única coisa que fica faltando nessa ideia é que sim, você é responsável pelo cuidado do seu filho”, afirma Godoy.

Ela explica que através da observação da interação dos pais ou responsáveis com as crianças, o terapeuta realiza uma discussão guiada para orientar, através de perguntas, como identificar e lidar com comportamentos característicos do TEA. A ideia não é mudar a forma que as crianças se portam, mas o olhar dos cuidadores.

“Existe uma ideia ainda muito forte de que se eu tenho um filho autista preciso ensiná-lo a se comportar como uma pessoa típica. A visão de apoio à neurodiversidade ainda é muito inicial no Brasil, e temos predominantemente ainda essa necessidade cultural, de que a gente precisa ensinar ou treinar essas crianças a se comportarem mais próximo do típico possível. As evidências mostram que o ideal é o oposto a isso. Crianças que são expostas a terapias de padronização de comportamento, quando chegam à vida adulta têm altos índices de transtornos de ansiedade, depressão e tentativa de suicídio “, afirma a pesquisadora.

Do ponto de vista de custos, o PACT não trabalha com cargas horárias. O protocolo inicial inclui 12 sessões com o terapeuta, reduzindo a periodicidade conforme avança, podendo ter uma manutenção mensal após esse período. Em um contexto em que o Brasil tem um número limitado de profissionais para atender a demanda, a telessaúde também é uma opção para a aplicação. Contudo, Godoy explica que o tratamento pode incluir outras abordagens.

“Cada caso é sempre um caso. Quando pensamos em diversidade, cada criança e cada família vai ter uma necessidade. A PACT não descarta a necessidade, em muitos casos, de algumas intervenções de processamento sensorial, realizadas por terapeutas ocupacionais. Existem outros distúrbios da fala que vão precisar de outras intervenções específicas com fonoaudiólogos, por exemplo. Existem outros aspectos que podem ser trabalhados com outras intervenções”, explica ela.

Rafael MachadoSou Apaixonada Por Saúde E Por Todo O Universo Que Cerca Esse Tema — As Histórias De Pacientes

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CONGRESSO NEWS

“Vamos trabalhar juntos e com pessoas técnicas nos cargos de gestão”, afirma Fred Rodrigues em reunião com lideranças da saúde

O candidato também anunciou que o secretário de Saúde deverá ser escolhido a partir de lista tríplice apresentada pelas entidades do setor

Em reunião com representantes da classe médica e do setor de saúde, na segunda-feira, 14, o candidato Fred Rodrigues (PL) ouviu demandas dos profissionais e de lideranças dos setores público, privado e cooperativo de saúde e foi enfático ao reafirmar seu compromisso com uma gestão técnica.

“Eu quero ouvir vocês, vamos trabalhar juntos e com pessoas técnicas nos cargos de gestão”, declarou Fred Rodrigues, ressaltando que quer trazer os prestadores de serviços e funcionários públicos para dentro da prefeitura para que apresentem suas reivindicações e contribuam com a definição do que é o melhor para a capital. “Nada será imposto, vamos definir juntos o melhor para Goiânia”, disse.

Atrasos nos pagamentos, crise sem precedentes no setor, corte de energia em unidades de saúde, ameaças de fechamento de maternidades, incertezas, necessidade de mudanças no modelo de gestão, multiplicidade nas formas de contratação dos profissionais, cobrança de propinas para o recebimento de pagamentos em atraso foram algumas das queixas apresentadas ao candidato e que têm a sua origem em um ponto comum: a falta de compromisso com Goiânia e com os goianienses.

A atual gestão, assim como as anteriores, de acordo com Fred Rodrigues, foi engessada por acordões políticos, que levaram ao loteamento da Prefeitura entre partidos, sem compromisso com o desenvolvimento da capital ou com as necessidades da população.

“Meu compromisso é fazer diferente e ele já começa agora, na campanha, ao não aceitarmos acordos com partidos. Fizemos aliança apenas com o Novo, que comunga as mesmas ideias e veio somar sem a exigência de cargos futuros”, afirmou o candidato.

As reuniões aconteceram em dois momentos. À tarde, na sede da Coopanest (Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás), em sabatina promovida pela cooperativa e a Fehoesg (Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Goiás). À noite, na Associação Médica de Goiás (AMG).

Os encontros, considerados muito positivos por Fred Rodrigues, estreitaram a relação entre o candidato e a classe médica, dando sequência a conversas iniciadas ainda na pré-campanha e que o ajudaram na elaboração do plano de governo.

Na sabatina da tarde, Fred Rodrigues recebeu do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Venerando Lemes, um documento com diretrizes para a saúde e se comprometeu a ouvir os representantes do setor antes da escolha do futuro secretário da pasta. “Vamos trabalhar com uma lista tríplice de nomes indicados por vocês”, afirmou nos dois encontros, ressaltando que os representantes da área são as pessoas mais capacitadas para indicar esse gestor.

Participaram dos encontros, os presidentes da Coopanest, Haroldo Maciel Carneiro, da Fehoesg, Christiane do Valle, diretores da AMG, Rui Gilberto Ferreira (vice-presidente) e Waldemar Naves do Amaral (diretor Financeiro), representantes da Aheg (Associação dos Hospitais do Estado de Goiás), Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás), Simego (Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás), Sindimagem (Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia no Estado de Goiás), Santa Casa de Misericórdia, Hospital Araújo Jorge, Fundahc (Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas), Fundação Banco de Olhos, diretores de hospitais e médicos de várias especialidades.

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AGÊNCIA ESTADO

Interior do País concentra 77% da população e atrai apenas 48% dos médicos

Brasília – Apesar do aumento no número de médicos nos últimos anos, a distribuição desigual dos profissionais entre capitais e cidades do interior persiste no País. De acordo com a nova Demografia Médica, divulgada nesta terça-feira (15/10) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o número de médicos no Brasil passou de 304.406 para 575.930 entre 2010 e 2024, um crescimento de 89,19%.

No entanto, essa expansão não foi suficiente para corrigir as disparidades. Atualmente, 52% dos médicos estão concentrados nas capitais, onde residem apenas 23% dos brasileiros. Em contrapartida, 77% da população vive em municípios do interior, mas apenas 48% dos médicos estão disponíveis nessas áreas. Em termos práticos, isso significa que, nos grandes centros, a média é de 7,03 médicos para cada mil habitantes, o que equivale a cerca de 142 pacientes por médico. Já nas cidades interioranas, um único profissional precisaria dar conta, em média, de 529 pacientes.

Em algumas regiões específicas, como no Norte e no Nordeste, essa disparidade é ainda mais evidente. No interior de Roraima, por exemplo, há registro de apenas 32 médicos, resultando em uma média de 7.143 pacientes para um único profissional. No interior do Amazonas, são 0,2 médicos para cada mil pacientes, o equivalente a 5 mil pessoas por médico. Já em Sergipe, há uma média de 2.703 moradores para um mesmo profissional.

Enquanto isso, em Vitória (ES), a situação é inversa: são 18,7 profissionais de medicina para cada mil pessoas, o que resultaria, em tese, em carga de trabalho menos excessiva, maior facilidade para conseguir tratamento e menos fila de espera. Em capitais como Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG), a taxa também é maior: são 11,82, 10,49 e 9,7 médicos para cada mil habitantes, respectivamente.

Causas da desigualdade
Na visão do presidente do CFM, José Hiran Gallo, a desigualdade na distribuição de médicos vai além da questão de remuneração. Ela está ligada a aspectos estruturais e logísticos que dificultam a fixação de profissionais para além dos grandes centros. “Tem que ter laboratório, tem que ter leitos de internação, condições de trabalho e de vida”, afirmou. “Não é só de salário que nós vivemos. Nós vivemos também de um contexto geral. E quando o médico se desloca, ele se desloca com a sua família”, acrescentou Gallo.

O 2° secretário e diretor de comunicação do CFM, Estevam Rivello, destacou que há algumas especialidades difíceis de exercer em locais sem estruturas específicas e lembrou que, no âmbito da saúde pública, a responsabilidade pela contratação dos médicos recai sobre prefeitos e secretários municipais.

Para ele, uma forma de lidar com a desigualdade na distribuição de especialistas e a necessidade de encaminhamento para consultas especializadas seria ampliar o diálogo entre secretarias municipais e estaduais de Saúde, para melhorar o fluxo de filas, e utilizar soluções como a telemedicina. “Hoje, quase 75% da população brasileira depende do SUS e 25%, da saúde suplementar”, lembrou Gallo. “Enquanto isso, há regiões em que os médicos simplesmente não ficam. Rondônia, por exemplo, tem 12 faculdades de medicina, mas, assim que formados, os médicos vão para outros lugares.

No Acre, a mesma coisa: quase 70% dos médicos formados se deslocam. Por quê? Porque o Estado não promove ações de incentivo”, opinou. A 2ª vice-presidente do CFM, Rosylane Rocha, sugeriu a implementação de concursos públicos para atrair profissionais nas regiões com maior déficit. Ela destacou ainda que Estados que adotam políticas voltadas para o desenvolvimento de planos de carreira têm maiores chances de mobilizar profissionais. “Nós vemos isso em profissões como magistrado e nas polícias federais”, exemplificou.

Quantidade x qualidade
Com o crescimento do número de médicos no Brasil, impulsionado principalmente pela expansão das faculdades de medicina, a média nacional de profissionais da saúde por mil habitantes atingiu 3,07 em 2024, superando países como os Estados Unidos (2,7 por mil), Japão e Coreia do Sul (ambos com 2,6 por mil). Alguns locais têm desempenhado papel significativo nesse aumento, registrando índices superiores à média nacional, como Distrito Federal (6,3), Rio de Janeiro (4,3), São Paulo (3,7), Espírito Santo (3,6), Minas Gerais (3,5) e Rio Grande do Sul (3,4).

No entanto, esse crescimento numérico não reflete, necessariamente, uma melhora na qualidade da formação médica. Segundo Gallo, o aumento de cursos de medicina no País não tem sido acompanhado de padrões técnicos mínimos, como a obrigatoriedade de hospitais universitários para o treinamento prático. Para o CFM, uma das maneiras de garantir a qualidade dos profissionais que chegam ao mercado seria a aplicação de provas de proficiência para avaliar os recém-formados. 

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A REDAÇÃO

Prefeitura reforça defasagem do sistema de telefone do Samu em Goiânia

Sem atualização há 20 anos, o sistema de telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Goiânia voltou a apresentar instabilidade nesta quarta-feira (16/10), saindo do ar e levando a Prefeitura a reforçar a defasagem do software.  O problema que vai e volta deste junho, é, segundo o Paço Municipal, uma questão tecnológica. Isso porque trata-se de uma metodologia analógica. 

No começo do mês, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) chegou a determinar que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia trocasse o sistema sem licitação, em caráter de urgência, mas o Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou, na última semana, que o processo seja paralisado pela existência de possíveis irregularidades. 

Enquanto isso, a população não consegue se comunicar por meio do 192, o que impossibilita a solicitação do serviço móvel de urgência e emergência na Capital. 

Falha no sistema chegou a três dias
Em junho passado, a falha no sistema de telefone do Samu se arrastou por três dias. Na ocasião, o Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) disse que “a entidade não poderia mais tolerar que a Secretaria Municipal de Goiânia continuasse tratando a saúde pública e os médicos com desprezo e a população com negligência”. 

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PORTAL G1

Falso médico procurado pela Justiça de Goiás é preso após ser abordado em veículo clonado no interior de SP

Dois mandados de prisão haviam sido expedidos pela Justiça de Goiás contra o homem por exercício ilegal da Medicina. Carro em que o suspeito estava era clonado.

Um homem, de 40 anos, procurado pela Justiça de Goiás pelo crime de exercício ilegal da Medicina, foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Régis Bittencourt, em Registro, no interior de São Paulo. No momento da abordagem, ele estava como passageiro em um carro clonado. O motorista, que é o proprietário do carro, também foi preso.

De acordo com a PRF, uma equipe abordou a caminhonete em que os suspeitos estavam no km 445 da rodovia, por volta das 19h de domingo (13). Durante a abordagem, os suspeitos disseram que vieram de Barueri (SP) e seguiam para Curitiba (PR).

Os policiais solicitaram a documentação dos ocupantes e visualizaram que haviam dois mandados de prisão em aberto contra o passageiro, expedidos pela Primeira Vara de Garantias de Goiânia (GO) e pela Vara Criminal de Rio Verde (GO), por exercício ilegal da Medicina.

Em seguida, os agentes constataram que as placas do veículo não condiziam com a da caminhonete, se tratando de um veículo clonado.

Aos policiais, o motorista alegou que mandou fazer as placas adulteradas devido ao veículo dele estar com busca e apreensão por falta de pagamento do licenciamento. Durante pesquisa, foi constatado uma restrição de circulação expedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

O motorista e o passageiro foram encaminhados à Cadeia Pública de Registro, onde permanecem à disposição da Justiça.

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SAÚDE BUSINESS

Rede D’Or inaugura UTI de ultra complexidade


Iniciativa inovadora no Brasil, UTI com equipe renomada e tecnologia de ponta faz parte de complexo hospitalar avançado em São Paulo.

A Rede D’Or inaugurou, nesta semana, a mais avançada Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de ultra complexidade do Brasil, voltada ao atendimento de pacientes críticos, como transplantados e oncológicos graves.

Instalada no Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, a UTI conta com 12 leitos e uma estrutura exclusiva, equipada com sistemas de monitoramento e tecnologia de ponta. Integrada ao Centro de Transplantes e Cirurgias de Alta Complexidade da Rede D’Or, a unidade será coordenada pela médica e doutora Ludhmila Hajjar, uma das maiores especialistas em cardiologia, emergências e medicina intensiva no país.

O diferencial desta UTI está no uso de dispositivos de suporte cardiopulmonar avançado, como o ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea). A equipe médica inclui Luciana Tagliari, médica e coordenadora da terapia intensiva respiratória, e profissionais de renome internacional, como Tiago Machuca, médico e referência em transplante de pulmão.

Além do atendimento intensivo, a unidade oferece um Centro de Reabilitação Integrado, permitindo que os pacientes iniciem a recuperação durante a internação. A UTI também dispõe de uma sala dedicada a exames point-of-care, que possibilita diagnósticos rápidos e precisos à beira do leito, otimizando o tratamento.

Outro destaque é a equipe multiprofissional altamente qualificada, com um número de profissionais por leito superior ao das UTIs convencionais, garantindo cuidado mais individualizado e vigilância contínua.

“Com uma estrutura altamente tecnológica e uma equipe de referência mundial, estamos ampliando nossa capacidade de atender casos críticos e oferecer tratamentos de ponta”, destacou Paulo Hoff, professor, doutor e presidente da Oncologia D’Or.

O Centro de Transplantes e Cirurgias de Alta Complexidade, que faz parte do complexo hospitalar da Rede D’Or na região do Itaim Bibi e Vila Olímpia, realizará transplantes de múltiplos órgãos e cirurgias em especialidades como cardiologia, neurocirurgia e oncologia. Com um total de 720 leitos, o complexo é um dos maiores da América Latina.

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Assessoria de Comunicação