CLIPPING SINDHOESG 10/12/25

10 de dezembro de 2025

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude

CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina

https://www.folhadoplanalto.com.br/2025/12/cdi-premium-celebra-25-anos-de-cuidado.html

Vacina contra a dengue do Butantan começa a ser aplicada em janeiro

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2025-12/vacina-contra-dengue-do-butantan-comeca-ser-aplicada-em-janeiro

ANS inclui 1º cirurgia robótica na cobertura obrigatória dos planos de saúde

https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/beneficiario/ans-inclui-1o-cirurgia-robotica-na-cobertura-obrigatoria-dos-planos-de-saude

ONA disponibiliza, a partir de hoje, o Manual OPSS 2026

https://www.saudebusiness.com/hospitais/ona-divulga-hoje-o-manual-opss-2026

Gestão inteligente de dados tem potencial para revolucionar a saúde

TV SERRA DOURADA

Atestado médico de papel deixará de ser aceito; entenda a mudança

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PUC TV

Ação promove a alunos da rede municipal orientação sobre os cuidados com a saúde dos olhos

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DIÁRIO DE JUSTIÇA

Atestados médicos, compliance e integridade: como a Resolução CFM 2.381/24 redefine responsabilidades e combate à fraude

Poucos documentos têm tanto peso social e econômico quanto um atestado médico, ele garante ao trabalhador o direito de se afastar sem prejuízo salarial, viabiliza benefícios previdenciários e influencia decisões de seguradoras, hospitais e planos de saúde. Mas quando mal utilizado, pode se transformar em porta de entrada para fraudes bilionárias que sobrecarregam empresas, distorcem o sistema previdenciário e minam a confiança na relação médico-paciente.

O Brasil convive há anos com um cenário onde falsificações e usos indevidos de atestados prejudicam o equilíbrio financeiro do setor público e privado, aumentam custos de planos e alimentam um ciclo de insegurança jurídica.

Os números sobre fraude em atestados no país são alarmantes, ainda que muitas vezes subnotificados. Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afastamentos fraudulentos e uso indevido de benefícios por incapacidade custam bilhões de reais anualmente. O Tribunal de Contas da União já apontou fragilidades na concessão de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez baseadas em documentos frágeis ou manipulados.

A publicação da Resolução CFM nº 2.381/2024 marca um ponto de virada

 Até então, as regras que orientavam a emissão de atestados e outros documentos médicos eram baseadas em uma norma de 2002, que não acompanhava a realidade da saúde digital, da telemedicina e das exigências modernas de privacidade e integridade.

A nova norma exige que o médico identifique o paciente com documento oficial com foto e CPF, reforçando a segurança do processo. Também determina que documentos digitais sejam assinados com certificado qualificado, garantindo validade jurídica e dificultando falsificações. Define informações mínimas que devem constar nos documentos, como nome e CRM do médico, contatos profissionais, endereço e data, e reforça que esses registros gozam de presunção de veracidade, mas responsabilizam civil, penal e eticamente o profissional que emitir declarações falsas ou sem a devida fundamentação.

A norma também exige uma reflexão sobre privacidade e integridade

Ao restringir o uso indiscriminado da Classificação Internacional de Doenças (CID), ela protege dados sensíveis e está em sintonia com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que considera informações de saúde altamente delicadas. Isso impõe às instituições de saúde e aos departamentos de RH a necessidade de criar protocolos claros de compartilhamento e armazenamento seguro de informações médicas, equilibrando o dever de proteger o paciente com a obrigação de manter processos confiáveis e auditáveis.

Essas mudanças não são mera burocracia. Elas dialogam diretamente com temas como compliance, governança clínica e prevenção à fraude, e criam uma camada adicional de segurança para médicos, hospitais, planos de saúde, cooperativas médicas e empregadores.

Fraudes ligadas a afastamentos custam caro e quem paga a conta é toda a sociedade. O Ministério da Previdência estima que irregularidades em benefícios por incapacidade, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, superam R$ 10 bilhões ao ano. Grande parte desses casos começa com um atestado questionável que abre caminho para licenças indevidas.

Para as empresas privadas, o impacto vem em várias frentes. Além de bancar os primeiros 15 dias de afastamento, companhias enfrentam aumento de absenteísmo, queda de produtividade e despesas com contratação temporária ou horas extras. Estudos de associações empresariais apontam que o absenteísmo pode representar de 2% a 5% da folha anual em determinados setores e parte relevante está ligada a afastamentos médicos controversos.

Na saúde suplementar, fraudes documentais afetam o equilíbrio atuarial. Planos de saúde e cooperativas médicas relatam aumento de custos com procedimentos desnecessários ou licenças ampliadas indevidamente. Isso se reflete em reajustes mais altos para clientes e em margens de lucro mais estreitas para operadoras. Cada fraude não combatida acaba diluída no preço pago por todos os usuários.

A publicação da Resolução 2.381/24 inaugura uma nova era para a documentação médica no Brasil

Ao exigir rigor técnico, identidade verificada e assinatura qualificada, o Conselho Federal de Medicina (CFM) responde a um cenário onde fraudes comprometem a sustentabilidade de empresas, planos de saúde e do próprio INSS. Ao mesmo tempo, a norma valoriza a ética médica e reforça a privacidade do paciente, alinhando a prática à LGPD e às expectativas contemporâneas de governança.

Para hospitais, cooperativas médicas e planos de saúde, adotar compliance robusto deixou de ser diferencial e passou a ser requisito de sobrevivência. Quem modernizar fluxos, treinar equipes e investir em tecnologia reduzirá riscos jurídicos, protegerá seu corpo clínico e ganhará reputação de confiabilidade. Para médicos, seguir as regras é também uma forma de blindar a própria carreira. Para empresas e RHs, significa reduzir passivos e melhorar previsibilidade de custos. Para a sociedade, representa um sistema mais justo e economicamente sustentável.

Em um país onde a integridade ainda é desafiada diariamente, usar normas como a Resolução CFM 2.381/24 para construir processos sólidos é visão estratégica. Saúde e economia agradecem quando ética e compliance caminham juntos.

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FOLHA DO PLANALTO

CDI Premium celebra 25 anos de cuidado, inovação e legado na medicina

(Goiânia/GO) – Há 25 anos, dois médicos cardiologistas deram início a um projeto que mudaria para sempre a relação entre tecnologia, medicina e cuidado humano em Goiás. Assim, nasceu o CDI Premium, fruto do sonho e da dedicação dos amigos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado de oferecer à população um atendimento que fosse, ao mesmo tempo, tecnicamente preciso e profundamente humano.

Em 2025, ao celebrar um quarto de século de existência, o CDI Premium é muito mais do que um centro de diagnóstico por imagem: é um espaço onde o compromisso com a vida pulsa em cada detalhe. Um lugar onde conexão, dedicação e inspiração não são apenas palavras, são valores vividos diariamente, por toda a sua equipe, em cada exame, em cada gesto de cuidado.

Desde o início, o compromisso foi claro: ir além dos exames, com um olhar voltado para o todo, para o ser humano. Essa visão transformadora se materializou em uma estrutura que impressiona pela tecnologia, mas também acolhe com calor humano.

Em uma ampla sede localizada na esquina da Avenida Portugal e Rua 22, no Setor Oeste, em Goiânia, salas modernas, equipadas com o que há de mais avançado no mundo, como o Tomógrafo Aquilion One de 640 cortes, reconhecido internacionalmente como o melhor equipamento de radiologia em 2024, dividem espaço com recepções aconchegantes em todos os andares, com o Espaço Mulher, o Espaço Kids e o Espaço Ruy de Paula Nunes, que homenageia um dos pioneiros da medicina goiana. Tem ainda o  CDI Premium Órion Concierge, localizado no Órion Business & Health Complex, como um ponto de apoio para médicos e pacientes.

A tecnologia empregada nos exames impressiona. O tomógrafo com tecnologia SilverBeam reduz significativamente a radiação em exames de tórax, enquanto outro equipamento com inteligência artificial permite uma resolução ainda mais precisa em angiotomografias cardíacas. Mas por trás de cada máquina, está o que realmente diferencia o CDI Premium: gente que ama o que faz, que se dedica com atenção e empatia ao paciente, que enxerga em cada exame uma oportunidade de cuidar com excelência.

Além do atendimento, o CDI Premium se dedica à formação de novos profissionais, por meio do NEPI (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação), reforçando o compromisso com o conhecimento e com o futuro da medicina. A atuação social também se faz presente em projetos como a Blitz da Saúde, que leva prevenção e informação à comunidade, e no apoio ao esporte, patrocinando atletas e incentivando a prática esportiva.

Mais do que um centro de diagnósticos, o CDI Premium tornou-se referência, um símbolo de um jeito diferente de fazer medicina: mais moderna, mais humana, mais completa. E isso só é possível porque há 25 anos, dois médicos decidiram transformar um sonho em realidade. Hoje, esse sonho é vivido por centenas de profissionais e milhares de pacientes, todos os dias.

Conexão, dedicação e inspiração: essa é a essência do CDI Premium. E é com ela que a instituição projeta o futuro, onde a medicina continua encontrando o humano, e o cuidado segue se transformando em legado.

CDI PREMIUM

📍Principais Serviços

Exames de diagnóstico por imagem, cardiologia, PET CT

Estrutura ampla e moderna

Corpo clínico especializado

Tomógrafo equipado com tecnologia SilverBeam, que reduz significativamente a radiação em exames de tórax

Tomógrafo equipado com inteligência artificial que melhora a resolução da angiotomografia cardíaca

Tomografia Computadorizada Aquilion One com 640 cortes – reconhecido internacionalmente como o melhor equipamento de radiologia de 2024

Salas equipadas com tecnologia de ponta

Recepções em todos os andares, para que o cliente aguarde seu atendimento com conforto e tranquilidade

Anfiteatro

Espaço Ruy de Paula Nunes

Espaço Mulher

Espaço Kids

Espaço Órion Concierge

NEPI – Núcleo de Ensino, Pesquisa e Inovação

Ações sociais – Blitz da Saúde

Apoio ao esporte

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AGÊNCIA BRASIL

Vacina contra a dengue do Butantan começa a ser aplicada em janeiro

O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (9), as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue, o primeiro imunizante de dose única produzido integralmente no Brasil pelo Instituto Butantan.

As primeiras 1,3 milhão de doses já fabricadas serão destinadas aos profissionais da Atenção Primária, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em visitas domiciliares, seguindo a recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI). A previsão é de que o lote inicial esteja disponível até o fim de janeiro de 2026.

Durante o anúncio, o ministro Alexandre Padilha destacou a importância de proteger os trabalhadores que lidam diretamente com os primeiros atendimentos de dengue.

“A vacinação já começa com a produção do Butantan, que vai disponibilizar volume suficiente para iniciarmos a imunização dos profissionais da atenção primária em todo o país. A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, afirmou.

Com a ampliação da capacidade produtiva, o ministério pretende estender a vacinação ao público geral. A campanha deverá começar pelos adultos de 59 anos e avançar gradualmente até atingir a faixa dos 15 anos.

O aumento da oferta de doses será possível graças a uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, responsável pela produção em maior escala e pela transferência de tecnologia.

A definição do público prioritário levou em conta critérios técnicos e o perfil epidemiológico do país, discutidos na reunião da CTAI realizada em 1º de dezembro.

Impacto na população

Parte das doses será destinada a uma estratégia específica em Botucatu (SP), que servirá como área de estudo para avaliar o impacto da vacinação em massa na dinâmica da doença. Diferentemente do restante do país, o município deverá iniciar mais rapidamente a vacinação de toda a população de 15 a 59 anos.

A expectativa é que, com adesão entre 40% e 50% do público-alvo, já seja possível observar impacto significativo no controle da dengue.

Durante a pandemia de covid-19, Botucatu também participou de uma iniciativa semelhante de vacinação em massa. Outros municípios com predominância do sorotipo DENV-3 — considerado determinante para o aumento de casos em 2024 — também estão sendo avaliados para integrar a estratégia.

Eficácia 

A vacina desenvolvida pelo Butantan demonstrou eficácia de 74,7% contra a dengue sintomática em pessoas de 12 a 59 anos e de 89% contra formas graves e com sinais de alarme, segundo estudos apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que concedeu o registro ao imunizante na segunda-feira (8).

O Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece uma outra vacina contra a dengue, fabricada por um laboratório japonês e aplicada em duas doses, destinada a adolescentes de 10 a 14 anos.

Desde 2024, quando o Brasil se tornou o primeiro país a incorporar o imunizante na rede pública, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas. Para 2026, o Ministério da Saúde garantiu 9 milhões de doses desse imunizante, com previsão de mais 9 milhões para 2027.

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ANS

A ANS inclui 1º cirurgia robótica na cobertura obrigatória dos planos de saúde

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta sexta-feira (5/12) a incorporação da prostatectomia radical assistida por robô ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. O procedimento torna-se a primeira cirurgia robótica com cobertura obrigatória pelos planos de saúde do país.

A decisão segue a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que foi publicada em outubro de 2025 e passará a valer em 180 dias, prazo necessário para adaptação dos serviços e garantia de segurança assistencial.

Segundo o presidente da ANS, Wadih Damous, a medida representa “um passo importante na modernização da saúde suplementar, ampliando o acesso a tecnologias que oferecem melhores resultados clínicos e mais qualidade de vida aos pacientes”. Ele ressaltou ainda que a incorporação reforça o compromisso da Agência com a atualização contínua do Rol e a integração com as políticas públicas de saúde.

A diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Lenise Secchin, ressaltou que a atualização exige preparação adequada do setor. “A efetividade da medida depende de uma implementação estruturada. Nosso foco é orientar o setor para que a incorporação da tecnologia ocorra com segurança, qualidade assistencial e condições adequadas de oferta aos beneficiários”, afirmou.

A prostatectomia robótica é o método cirúrgico mais avançado para o tratamento do câncer de próstata. A tecnologia permite maior precisão durante o procedimento, reduz sangramentos, diminui o tempo de internação e melhora os resultados funcionais em comparação com as técnicas tradicionais.

A recomendação positiva da Conitec, publicada em outubro de 2025, considerou avanços nas evidências científicas e a existência de infraestrutura já instalada na rede pública, que já conta com 40 plataformas robóticas em operação no SUS. Pela lei, com a aprovação pelo SUS, a ANS deve incluir também no Rol da saúde suplementar.

Mas a adoção da tecnologia ainda enfrenta o desafio da interiorização desse procedimento, já que os equipamentos estão concentrados hoje nas regiões Sul e Sudeste. A inclusão ao rol deve ampliar os investimentos da saúde privada na expansão da capacidade instalada no país e entra em vigor em 1/04 de 2026.

Prevenção é fundamental:

O câncer de próstata segue como o tumor mais incidente entre os homens brasileiros — descontados os casos de pele não melanoma — e deve registrar cerca de 70 mil novos diagnósticos por ano no país. O avanço da idade permanece como o principal fator de risco, e a maior parte dos casos ocorre após os 60 anos, faixa etária em que a atenção à saúde costuma diminuir por barreiras culturais, falta de informação ou dificuldade de acesso ao sistema de saúde.

Apesar dos avanços em tratamento e tecnologia, a doença ainda provoca mais de 16 mil mortes anuais, número que se mantém elevado em grande parte porque muitos tumores são descobertos tardiamente. Profissionais de saúde chamam atenção para um paradoxo que persiste há anos: enquanto o câncer de próstata tem altas taxas de cura quando detectado precocemente, boa parte dos pacientes só busca atendimento quando os sintomas já são evidentes — e, portanto, quando o tumor costuma estar mais avançado.

O desafio, apontam especialistas, é combinar conscientização, redução de estigmas e ampliação do acesso aos exames de rotina. Campanhas públicas e iniciativas de rastreamento têm avançado, mas ainda esbarram na dificuldade de atingir segmentos da população masculina mais vulneráveis. A expectativa é de que, com diagnóstico cada vez mais precoce e maior adesão aos cuidados preventivos, o país consiga reduzir de forma consistente a mortalidade associada à doença nos próximos anos.

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SAÚDE BUSINESS

ONA disponibiliza, a partir de hoje, o Manual OPSS 2026

O novo modelo traz mudanças sobre a experiência e segurança do paciente

Organização Nacional de Acreditação (ONA) lança, hoje, o Manual OPSS 2026, que promove um ecossistema normativo da acreditação em saúde no Brasil. A atualização do material traz novidades, como a revisão integral das Normas Orientadoras, as Normas de Avaliação e a própria estrutura da jornada de acreditação.

O novo Manual conta com o trabalho de especialistas, Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs), avaliadores, organizações de saúde, sociedades científicas, associações, pacientes e parceiros institucionais. O resultado reflete as transformações estruturais do setor e reforça o compromisso da ONA com qualidade assistencial, segurança do paciente, sustentabilidade e inovação.

“Esta nova versão representa um salto de maturidade para o sistema brasileiro de acreditação. Não estamos apenas revisando um instrumento — estamos redesenhando toda a base normativa e estratégica da acreditação, com foco em ESG, experiência do paciente e modelos mais modernos de governança”, destaca Gilvane Lolato, gerente geral de Operações da ONA.

Destaques da nova edição

O modelo 2026 destaca a jornada do paciente no centro do processo de acreditação. A Seção 2 passa a ter a experiência e a segurança do paciente como eixo estruturante, reforçando a continuidade do cuidado, a integração de processos e o fortalecimento da assistência. Além disso, o documento apresenta uma reestruturação completa dos requisitos, que agora estão organizados de forma mais clara e objetiva, abrangendo desde aspectos transversais aplicáveis a qualquer perfil organizacional até requisitos voltados à análise de causas, gestão de riscos, desempenho, maturidade operacional e ciclos de melhoria contínua.

O manual também introduz novos modelos de jornada de acreditação, reconhecendo diferentes níveis de desenvolvimento institucional. Entre os destaques estão: a Acreditação em Rede Assistencial, destinada a sistemas, grupos e redes que atuam com governança unificada do paciente, e a Acreditação em Rede Corporativa, voltada a estruturas que operam sob governança administrativa centralizada. Esses formatos ampliam a flexibilidade do processo e fortalecem a capacidade de avaliar organizações complexas, acompanhando o movimento crescente de consolidação do setor.

Outro fato importante desta edição é a revisão simultânea das Normas Orientadoras e das Normas de Avaliação, realizada pela primeira vez em conjunto. Essa atualização integrada garante maior coerência entre os instrumentos, padronização dos conceitos e aplicabilidade prática aprimorada para organizações e avaliadores.

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MEDICINA S/A

Gestão inteligente de dados tem potencial para revolucionar a saúde

Quando falamos em avanços tecnológicos na área da saúde, geralmente, as pessoas imaginam operações automatizadas, como cirurgias precisas realizadas por robôs, ou o uso de realidade virtual para treinamento de profissionais. Apesar de serem ferramentas promissoras, grande parte dos desafios do sistema de saúde ainda está relacionada à infraestrutura e à gestão de dados. Metade dos estados brasileiros, por exemplo, fornece informações incompletas ao governo. Esse apagão cria uma lacuna que dificulta a formulação de políticas públicas eficazes. A falta de integração entre os sistemas, outro problema comum no Brasil, resulta em diagnósticos imprecisos, atrasos no atendimento e aumento nas filas.

Na contrapartida, as tecnologias disponíveis hoje permitem que o uso estratégico de dados se torne uma solução poderosa para a saúde no País. Com um data lake completo, preciso e integrado, hospitais e órgãos de saúde podem antecipar surtos de doenças, otimizar a alocação de recursos e reduzir o tempo de espera para consultas e procedimentos. Análises preditivas, por exemplo, podem identificar regiões com maior risco de epidemias, permitindo ações preventivas, enquanto dashboards centralizados ajudam os gestores a monitorarem, em tempo real, o desempenho das unidades de saúde.

A transformação da saúde baseada em dados depende de um conjunto articulado de frentes que se complementam. O primeiro passo é assegurar a padronização e a qualidade das informações. Sem registros consistentes, estruturados e submetidos a validações automáticas, não é possível gerar análises confiáveis nem orientar decisões estratégicas. A unificação de formatos para nomes, códigos de doenças, resultados de exames e demais registros clínicos reduz erros, elimina redundâncias e estabelece uma base sólida para todo o ecossistema informacional.

Essa base precisa estar conectada por sistemas que conversem entre si. A integração entre prontuários eletrônicos, plataformas laboratoriais e ferramentas administrativas permite construir uma visão única do paciente e eliminar a fragmentação que dificulta o atendimento. Padrões de interoperabilidade, como HL7 e FHIR, são essenciais para garantir essa comunicação de maneira segura, eficiente e sustentável.

Uma vez que os dados estejam padronizados e integrados, a centralização em repositórios como data warehouses ou data lakes torna possível consolidar informações de múltiplas fontes em um único ambiente. Isso viabiliza análises profundas e facilita o acesso de profissionais e gestores, sempre com mecanismos rígidos de segurança que protegem a privacidade do paciente e asseguram o uso responsável das informações.

Com essa estrutura estabelecida, a inteligência de dados assume um papel central. A capacidade de identificar padrões, tendências e riscos de saúde permite antecipar problemas, orientar ações preventivas e otimizar fluxos assistenciais. Dashboards e indicadores em tempo real ampliam a visibilidade sobre o desempenho dos serviços, enquanto técnicas avançadas, como inteligência artificial e machine learning, apoiam diagnósticos mais precisos e decisões clínicas mais embasadas.

A segurança e a conformidade são fundamentos que sustentam todas essas camadas. Em um setor que lida com informações sensíveis, aderir às normas de privacidade e proteção, como a LGPD, é indispensável. Políticas claras de acesso, monitoramento contínuo e práticas robustas de governança reduzem riscos e garantem integridade e ética no uso dos dados.

Por fim, nenhuma dessas transformações se efetiva sem profissionais preparados e uma cultura orientada a evidências. A capacitação constante para registrar, interpretar e aplicar informações de modo eficiente é o que torna as organizações capazes de inovar, enfrentar desafios e oferecer atendimento de maior qualidade. Incentivar o uso estratégico de dados em todos os níveis institucionais consolida a evolução digital e fortalece uma saúde mais inteligente, integrada e humana.

O cenário ideal para o setor de saúde combina tecnologias de ponta, automação e uso estratégico de dados clínicos e operacionais. Para alcançar esse nível, é indispensável construir uma base sólida de processos, infraestrutura e informações confiáveis, ampliando o acesso ao atendimento, reduzindo filas e apoiando decisões médicas mais precisas. Coleta, integração e análise inteligente de dados são os pilares fundamentais para garantir eficiência, qualidade assistencial, segurança do paciente e evolução contínua dos serviços de saúde.

Todo esse aparato tecnológico, entretanto, deve ter como premissa a ampliação e equalização do cuidado. Deve estar centrado no uso de insights para melhorar a jornada dos pacientes e direcionar o atendimento de maneira eficiente e humanizada.

*Paulo Watanave é Diretor de Operações de Data & AI na Nava.

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Assessoria de Comunicação