Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás

Anestesiologistas voltam a suspender o atendimento pelo SUS

A paralisação, a segunda deste ano, atinge os atendimentos prestados nas unidades próprias da rede pública estadual de saúde e nos estabelecimentos conveniados


Pela segunda vez neste ano, os médicos anestesiologistas suspenderam o atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às unidades da rede pública estadual de saúde e aos estabelecimentos conveniados. A paralisação do atendimento foi comunicada ao presidente da Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg), Adelvânio Francisco Morato, pela Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (Coopanest-GO) na tarde desta terça-feira (15 de maio).
 

De acordo com a Coopanest-GO, estão suspensos os serviços médicos anestesiológicos em todas as unidades públicas de saúde próprias do Estado e nos estabelecimentos conveniados. Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos pelos anestesiologistas até que haja a regularização do contratos e a quitação integral dos pagamentos dos serviços já prestados.
 

No ofício encaminhado à Aheg, o presidente da Coopanest-GO, Getulivan Pinheiro de Belém, ressalta que desde novembro de 2011 não há um contrato de trabalho entre a Cooperativa e a Secretaria Estadual de Saúde para o atendimento na rede conveniada. Mesmo sem esse contrato, os médicos anestesiologistas vinham trabalhando, sem receber pelos serviços prestados.
 

Em janeiro de 2012, segundo a Coopanest-GO, a Secretaria Estadual de Saúde deixou de pagar os anestesiologistas também pelos serviços prestados nas unidades próprias da Secretaria, como os hospitais da capital. Diante dessa situação, a categoria decidiu paralisar os atendimentos até que os pagamentos sejam regularizados e os contratos sejam firmados.
 

Em 15 de março de 2012, os anestesiologistas suspenderam os atendimentos eletivos pelo SUS. Essa paralisação também foi deflagrada devido à falta de pagamento dos serviços prestados, ao não pagamento do mês de novembro de 2011 com o reajuste acordado com a cooperativa e à falta de contrato com os médicos.
 

A paralisação durou quatro dias e o serviço foi retomado após uma reunião com o secretário Estadual da Saúde, Antonio Faleiros, na qual a secretaria apresentou um cronograma de pagamento dos meses vencidos e uma proposta de renovação dos contratos. O cronograma não foi cumprido e o atendimento voltou a ser suspenso nesta terça-feira, dois meses após a primeira paralisação do ano.