ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES DE HOJE
• Namorado de falsa biomédica presta depoimento, em Goiânia
• Pagar pela coleta de lixo
• Redução de estômago reduz risco do diabetes
• Técnica é defendida, há dez anos, por médico goiano
• Cuidado com as aparências
• Hidrogel – Polícia já identificou 14 vítimas
• Rio Verde – Menino de 1 ano toma vacina contra HPV
• Bebê vacinado contra HPV não deve ter efeitos colaterais, diz infectologista
TV ANHANGUERA (clique no link para acessar a matéria)
Namorado de falsa biomédica presta depoimento, em Goiânia
Na matéria, o vice-presidente do Cremego fala sobre a proibição da atuação de médicos em clínicas de estética
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-2edicao/t/edicoes/v/namorado-de-falsa-biomedica-presta-depoimento-em-goiania/3755938/
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DIÁRIO DA MANHÃ
Pagar pela coleta de lixo
Projeto de lei de autoria do prefeito Paulo Garcia está para ser sancionado. O texto define cobrança de coleta para os classificados como grandes geradores de resíduos sólidos
MARCELO MENDES
O prefeito Paulo Garcia (PT) propôs projeto de lei que trata sobre a cobrança de taxa de serviço de coleta para os grandes geradores de lixo e resíduos sólidos. A norma permite ao prefeito a definição das taxas que deverão ser atualizadas e reajustadas anualmente. A matéria foi aprovada no último dia 30 e agora está na Casa Civil para ser analisada e sancionada.
Paulo Garcia justificou a propositura como “tal iniciativa visa criar condições de oferecer à coletividade melhor qualidade de vida, no que tange ambiente limpo e sustentável, livre de doenças, ocasionadas pela falta ou inadequação de resíduos sólidos”. Sobre os valores que serão cobrados, o argumento foi: “O preço público, que se pretende instituir, visa cobrir custos, administrativos e de execução, dos serviços prestados.”
A nova lei está baseada em uma determinação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que designa a coleta de volumes de resíduos produzidos por grandes geradores sejam transportados pelos próprios produtores.
Tramitação
Conforme informações apresentadas pela Prefeitura de Goiânia à equipe de reportagem do Diário da Manhã, o projeto de lei chegou semana passada na Casa Civil, onde será analisado. Caso esteja nos conformes determinados pelo chefe do executivo municipal, a norma será sancionada em até 15 dias úteis.
Em relação a cobrança, o regulamento que fundamentará as taxas relativas ao serviço está em fase inicial de desenvolvimento. Enquanto o período do início de vigência da lei está determinado para o próximo ano.
Representantes
Para Helenir Queiroz presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) essa cobrança será mais um meio de se aumentar os custos de produção. “O conjunto de custos é inacreditável. Licenças, impostos, custo Brasil, e tudo isso tem de ser repassado para a população que é o consumidor final. Tudo que aumenta a carga tributária vai na contramão do que o País precisa. Essas taxas são cobradas das empresas que já são muito oneradas e os benefícios não chegam nem às empresas e muito menos à população.”
O presidente Pedro Alves de Oliveira, Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), declarou por meio de nota oficial que a entidade defende a participação do setor privado nos serviços de coleta de lixo para que dessa maneira a lei possa ser eficaz. Segue a declaração na íntegra:
O Projeto de Lei 336 de setembro de 2014, aprovado na Câmara Municipal de Goiânia – que dispõe sobre a cobrança de preço público na prestação de serviços de coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos produzidos por grandes geradores, como indústria, comércio, condomínios de edifícios não residenciais ou de uso misto e outros –, no último dia 30 de outubro, visa atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305/10.
A Fieg reconhece a importância desta Política e já esperava pela aprovação do PL na Câmara Municipal. Após a sanção do prefeito de Goiânia Paulo Garcia, se dará início a regulamentação da Lei, quando serão discutidos valores e demais detalhes referentes ao cumprimento da mesma, com participação de todos os setores contemplados.
A Fieg acredita que apenas com a participação do setor privado, na coleta e transporte dos resíduos, será possível atender plenamente a lei. A entidade sempre atuou em prol da melhoria da gestão de resíduos sólidos em Goiás, inclusive buscando conhecer o exemplo de outros países, como Coreia e Itália. Na próxima terça-feira (hoje), a Federação, por meio de seu presidente, Pedro Alves, e equipe técnica, participará do Encontro de Cooperação Ambiental Brasil – Coreia, que ocorre no Rio de Janeiro, mais uma experiência que contribuirá para as discussões sobre o tema no Estado de Goiás.”
(Pedro Alves de Oliveira, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – Fieg)
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Redução de estômago reduz risco do diabetes
JAMES GALLAGHER EDITOR DE SAÚDE DA BBC NEWS
Um estudo publicado na Lancet Diabetes and Endocrinology afirma que cirurgias bariátricas podem reduzir fortemente as chances de um paciente desenvolver diabetes tipo 2. Médicos acompanharam cerca de 5 mil pessoas para avaliar o impacto da operação, também conhecida como redução de estômago, na saúde.
Os resultados mostraram uma redução de 80% de incidência do diabetes tipo 2 em pessoas que se submeteram à cirurgia. A Grã-Bretanha está considerando oferecer o procedimento a milhares de pessoas para prevenir a doença.
Obesidade e diabetes tipo 2 estão fortemente relacionadas – quanto mais gorda é a pessoa, maior o risco de desenvolver a doença. A incapacidade de controlar os níveis de açúcar no sangue pode resultar em cegueira, amputações e danos nos nervos.
Cerca de um décimo do orçamento do NHS, o sistema de saúde britânico, é gasto em cuidados relativos à doença.
Cirurgia
O estudo acompanhou 2.167 adultos obesos que passaram por cirurgia bariátrica. Eles foram comparados com 2.167 pessoas obesas que não foram fizeram a operação. Houve 38 casos de diabetes após a cirurgia, em comparação com 177 em pessoas que não passaram pelo procedimento – uma redução de quase 80%.
Cerca de 3% das pessoas com obesidade mórbida desenvolvem diabetes tipo 2 a cada ano. A cirurgia reduziu a incidência para cerca de 0,5%, o que se equipara à média da população em geral. O Instituto Nacional de Saúde (The National Institute of Health and Care Excellence) está considerando expandir a cirurgia bariátrica no NHS para reduzir as taxas de diabetes tipo 2.
Pela orientação atual, a cirurgia só é uma opção para pessoas com IMC acima de 35 que tenham outros problemas de saúde. Mas novas propostas para o sistema público de saúde britânico preveem que a cirurgia seja oferecida a todas as pessoas com este perfil – e ainda a pessoas bem mais magras, dependendo do caso.
A instituição de caridade Diabetes UK diz que cerca de 460 mil pessoas atingirão os critérios para uma avaliação automática sob a nova orientação. Mas o total dispara para perto de 850 mil quando as pessoas com IMC menor de 30 também são consideradas.
O Instituto Nacional de Saúde prevê números na casa de dezenas de milhares. No entanto, a cirurgia pode custar entre três mil e 15 mil libras – cerca de R$ 12 mil a R$ 60 mil – e os planos do instituto têm levantado preocupações de que o NHS não será capaz de pagar o tratamento, mesmo que haja economia no longo prazo.
“A chave é saber não apenas o quanto a cirurgia é efetiva mas o quão segura ela é no longo prazo. Precisamos saber o custo-benefício da cirurgia bariátrica e como ele se pode ser balanceado com o custo de tratamente da diabetes”, disse Martin Gullford, do King’s College London.
“Esta é uma pesquisa interessante que reforça o que já sabemos sobre como a perda de peso ser importante para a prevenção do diabetes tipo 2. Mas é preciso lembrar que cirurgias têm riscos e que, por isso, a cirurgia bariátrica só deve ser considerada se sérias tentativas para perder peso tiverem sido infrutíferas”, disse Simon O’Neill, diretor de inteligência de saúde do Diabetes UK.
“Olhando para o contexto, também precisamos nos concentrar mais, como sociedade, em impedir que as pessoas se tornem obesas. Precisamos saber se as pessoas estão recebendo apoio para perder peso por meio do acesso aos serviços certos para incentivá-las a fazer escolhas saudáveis.”
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Técnica é defendida, há dez anos, por médico goiano
DIVANIA RODRIGUES
Áureo Ludovico de Paula, médico goiano defende há tempos o uso da cirurgia bariátrica para a cura de uma espécie do diabetes tipo 2 (DM2), que também induz o paciente ao emagrecimento. Durante sua defesa da técnica o médico, além de ser questionado e sofrer duras críticas pelos pares, também sofreu com a interferência da Justiça nos seus trabalhos.
O jornal Diário da Manhã acompanha, desde o início, a luta de Áureo. No início desse ano, quando a Justiça deu parecer favorável à sua prática, Áureo concedeu uma entrevista à reportagem para contar sua história. O médico explicou então que realizava o procedimento duodenal switch, havia cerca de 15 anos, e que este resolvia, em torno de 95% até 100%, os casos do diabetes. Ele deixou claro ainda que o procedimento não era experimental já que ele existia, há tempos, e que desde a década de 80, já se faziam teste com animais. Ainda ressaltou que a cirurgia poderia representar uma alternativa para o paciente que quisesse optar por ela e deixar de tomar os remédios.
Porém, em 2010, o Ministério Público Federal (MPF) e Conselho Federal de Medicina (CFM) entraram com ação para impedir que o médico goiano realizasse a interposição de íleo associada à gastrectomia vertical ou à bipartição intestinal. Os órgãos estipularam multa de R$ 1 milhão, para cada cirurgia de Áureo Ludovico caso ele continuasse realizar o procedimento. Alegava-se à época falta de arcabouço científico que comprovasse a eficiência da técnica de interposição ileal.
Áureo ressaltou a importância do combate ao diabetes mellitus que pode vir a ter uma aumento considerável nos próximos 30 anos. De acordo com ele, publicações da Sociedade Brasileira do Diabetes (SBD) informavam que havia 285 milhões de pessoas no mundo com diabetes e que em 2030 esse número poderia alcançar os 435 milhões.
Ontem, em entrevista à reportagem do DM, o médico explicou o que achava sobre o estudo recente publicado na Lancet Diabetes and Endocrinology e que pode levar a Grã-Bretanha a oferecer o procedimento como forma de prevenir a doença. “Não é nada de diferente do que temos falado há mais de 10 anos.”
Para ele o estudo e a atitude daquele país demonstra uma mudança de paradigmas, que corrobora com o trabalho que ele desenvolve. “É um adendo de endosso, um item a mais.”
Sobre a ampla divulgação do fato, o médico considera que por ser uma pesquisa internacional parece haver mais notoriedade, mas que é uma coisa que já estava sendo feita no Brasil. “Eu achei uma mídia desproporcional à relevância do fato”, explica. No início do próximo mês Áureo irá à Inglaterra para uma Conferência que irá discutir essa mudança de paradigma em relação ao tratamento da doença.
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Cuidado com as aparências
Após morte de mulher, médicos alertam sobre preenchimento estético
PAULA LABOISSIÈRE AGÊNCIA BRASIL
O Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou, ontem, que procedimentos invasivos devem ser feitos apenas por médicos. O alerta vale para casos de preenchimento de partes do corpo com finalidade estética. No final de outubro, uma mulher de 39 anos morreu, em Goiânia, depois de ter sido submetida à aplicação de um tipo de hidrogel nas nádegas.
O Conselho lembrou que, conforme a legislação brasileira, a execução de procedimentos invasivos, sejam eles diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, é uma atividade privativa do médico, que tem competência para enfrentar possíveis complicações. Para o CFM, "métodos feitos por indivíduos não médicos, e à revelia da lei, podem interromper vidas e deixar sequelas em homens e mulheres com promessas de resultados mirabolantes".
Em nota, o órgão chamou a atenção também para os locais dos procedimentos que, obrigatoriamente, precisam ser feitos em instalações com infraestrutura adequada e compatível com requisitos mínimos estabelecidos pela Resolução 2.073/2014.
O documento, que redefine as regras para fiscalização do exercício da Medicina diferencia consultórios e ambulatórios em quatro grupos, que vão desde os que oferecem serviços mais simples até os mais complexos, com riscos de anafilaxias (reações alérgicas sistêmicas) ou paradas cardiorrespiratórias.
identificando os produtos piratas
Para conhecer as mercadorias falsificadas o melhor item é o preço, pois os produtos falsos têm preços bem abaixo dos valores de mercado;
Geralmente o rótulo desses cosméticos não informa o procedimento do produto e nem a data de validade;
Produtos falsificados não podem ser vendidos com nota fiscal.
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O POPULAR
Hidrogel
Polícia já identificou 14 vítimas
Destas, 8 já foram ouvidas e 5 ainda serão chamadas para depor. Atuação em clínica é investigada
Malu Longo e Gabriela Lima
A Polícia Civil identificou, até o momento, 14 mulheres que alegam ter passado por procedimento para aumentar os glúteos com a falsa biomédica Raquel Policena Rosa, o namorado dela, o professor de línguas Fábio Ribeiro. Os dois estão sob investigação por aplicarem uma substância nos glúteos da auxiliar de leilões Maria José Medrado de Souza Brandão, de 39 anos, que morreu após aplicação de suposto hidrogel no bumbum. Uma terceira pessoa, que teria iniciado o esquema, está sendo investigada. Titular do 17º Distrito Policial (DP) de Goiânia, a delegada Myriam Vidal diz que os procedimentos estéticos aconteceram em três locais diferentes em Goiânia: inicialmente, em um espaço terapêutico localizado no Setor Marista; depois em um quarto de hotel no Setor Oeste; e por último em uma clínica de estética no Parque das Laranjeiras.
Myriam Vidal espera ouvir nesta tarde cinco pessoas vinculadas à clínica do Setor Marista. A delegada descobriu que Raquel Policena realizou o procedimento no local depois que outras seis mulheres procuraram a polícia para contar o drama que estão vivendo. “Todas apresentaram o mesmo quadro de Maria José”, disse a delegada. Pouco antes de morrer, a auxiliar de leilões ligou ofegante para Raquel detalhando os sintomas que estava sentindo, mas a responsável pelo procedimento garantiu que não havia relação com a aplicação para aumentar os glúteos.
O Departamento de Vigilância Sanitária de Goiânia também comunicou à delegada ter recebido denúncias sobre os procedimentos nessa clínica no Marista. As seis outras vítimas de Raquel foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito para ver a gravidade das lesões.
A delegada acredita que outras mulheres podem procurar a polícia. “Uma delas contou que quando chegou à clínica encontrou outras 20 mulheres esperando por Raquel”, disse Myriam Vidal.
SILICONE INDUSTRIAL
Myriam Vidal desconfia que a mulher que se dizia biomédica, não usava hidrogel, e sim silicone industrial ou metacril, um produto acrílico. A delegada pretende fazer um ofício esta semana ao Instituto de Criminalista para tentar descobrir os possíveis produtos utilizados por Raquel no procedimento de Maria José Medrado.
Uma conversa informal com uma cirurgiã plástica, perita do Instituto de Criminalista, levou a delegada a desconfiar de que Raquel também não utilizava equipamentos adequados a procedimentos estéticos. “A seringa para aplicação de hidrogel é arrendondada na ponta e ela utilizou seringas comuns”, disse. Há indícios de que ao fazer a aplicação, Raquel teria perfurado vasos e o produto foi inserido direto na corrente sanguínea. Uma das vítimas que esteve na delegacia passou quatro dias internada, mal consegue ficar de pé e segue sob acompanhamento médico com risco de embolia. “Todas elas estão entrando na Justiça contra Raquel Policena com pedido de indenização”, falou a delegada.
Raquel se apresentava como biomédica, mas estudou apenas até o ensino médio e fez um curso de 15 dias numa clínica estética no interior de São Paulo. Depois de prestar depoimento na 17ª DP, a jovem retornou para Catalão, onde mora e o pai é pastor.
A mulher impressionou a delegada pela arrogância e pela tranquilidade de que fez o procedimento correto. Na delegacia ela pediu a Myrian Vidal que um agente policial a acompanhasse até o carro por causa dos jornalistas que a aguardavam. O pedido não foi aceito.
Segundo Myriam Vidal, se for confirmado que Maria José Medrado morreu em consequência do procedimento estético, os dois serão indiciados como co-autores. “Uma testemunha viu Fábio Ribeiro ajudando Raquel”. Ambos poderão responder pela compra de medicamento em desacordo com a legislação, pelo exercício ilegal de medicina e por homicídio doloso.
LOCAÇÃO
A advogada do espaço terapêutico, Chayenne Valle, explicou o local funciona como um condomínio que aluga consultórios para profissionais de saúde. A sala usada por Raquel era o consultório da fisioterapeuta uroginecológica J.F., que sublocou o espaço de forma irregular. Esse teria sido um dos motivos que fizeram os donos da clínica pedirem para ela deixar o local. “Ela estava frequentando a clínica em horários inapropriados e sem autorização”, explica. O espaço terapêutico funciona até sábado, ao meio dia, e os donos a encontraram no local no sábado à tarde e no domingo.
De acordo com Chayenne, a profissional alugou a sala por apenas dois meses. “Ninguém tinha conhecimento do que ela fazia aqui. Assim que suspeitaram da conduta dela, os sócios pediram que ela se retirasse”, afirmou. Logo em seguida, segundo a advogada, a fisioterapeuta acabou flagrada pela vigilância sanitária em procedimento ilegal no local, durante o fim de semana.
Procurada pela reportagem, a fisioterapeuta J.F., pediu para não ter o nome divulgado e confirmou ter sublocado a sala para Raquel e outra esteticista. “Eu estava precisando de dinheiro para pagar o aluguel da clínica e uma esteticista me indicou a Raquel para alugar a sala”, explicou.
Segundo a fisioterapeuta, a esteticista que indicou Raquel disse que se tratava de uma pessoa especializada e usaria o consultório para fazer procedimento estético no bumbum. “Eu também fui vítima nessa história”, alega.
Segundo J.F, a esteticista, que não teve a identidade revelada, também fazia bioplastia. “Tem uma outra pessoa nessa história. Eu mesma fiz preenchimento com ela e não tive problema nenhum”, relata.
Entrevista/ estudante, 35 anos
“Eu queria o mais barato e rápido”
Uma das clientes de Raquel Policena, uma técnica de laboratório e estudante de biomedicina de 35 anos que pediu para não ser identificada diz que até hoje tem inflamações, sente dores e mal consegue dormir.
Como você ficou sabendo da bioplastia?
Página chamada Tudo por Elas, no Facebook. Nessa página tinha um número de um grupo no WhatsApp só para mulheres. Eu entrei no grupo e lá tinha uma menina que começou falar da bioplastia. Ficou uma semana inteira só falando de como o procedimento era fantástico, o bumbum ficava lindo e a recuperação era rápida, diferente da cirurgia plástica, que leva um mês para recuperar. Falava do preço e da qualidade do produto. Acho que era uma tática de propaganda.
Foi nesse grupo que você a Raquel?
Não. Eu conheci a Raquel no dia da aplicação, no hotel perto da Praça do Sol, no dia 11 de outubro.
Você não desconfiou de nada?
Desconfiei. Achei estranho ela atender em um quarto de hotel. Fiz um monte de perguntas, mas ela tem uma lábia incrível. Me mostrou até um diploma de biomédica. Disse que havia esquecido o jaleco. Também falou que estava atendendo no hotel porque havia tido um problema com a outra menina com quem ela dividia o consultório. Como tinha um grupos de mulheres loucas para fazer o preenchimento, resolveu ir para o hotel, mas que no retoque ela já estaria atendendo em outra clínica. E foi assim. No dia 24, o retoque foi feito na clínica do Parque das Laranjeiras. Mas desconfiei sim, tanto que resolvi tirar as fotos lá no local.
Quando você começou a passar mal?
Logo depois do retoque. Inflamou e eu sentia muita dor. Fiquei um dia internada e até hoje faço acompanhamento. Essa semana que parou de vazar um óleo do lugar onde o produto foi aplicado, mas meu glúteo direiro continua inflamado e estou tomando antibióticos. Não estou trabalhando e até com problemas no meu casamento. Até hoje eu não consigo dormir de dor, nem sentar direito. Está sendo um sofrimento, uma tortura.
Quanto você pagou?
Paguei R$ 3.900. Eu queria o mais barato e mais rápido, mas o barato sai caro. A promessa era de uma recuperação imediata e agora estou assim. Não é fácil para quem trabalha na área da saúde ver que foi enganada dessa forma, mas mulher quando quer uma coisa fica cega.
1.708539
Namorado presta depoimento
O professor de línguas Fábio Ribeiro, namorado da falsa biomédica Raquel Policena Rosa, prestou depoimento ontem no 17º Distrito Policial (DP) de Goiânia. Segundo a delegada Myriam Vidal, responsável pela investigação da morte da auxiliar de leilão Maria José Medrado de Souza Brandão, 39 anos, após a aplicação de suposto hidrogel para aumentar o bumbum, o rapaz negou ter participado da aplicação.
“Ele disse que jamais poderia fazer isso porque não gosta de agulha”, relata.
Confrontado sobre as mensagens de celular onde Raquel diz que ele “tem a mão mais pesada”, Fábio disse à polícia que fez massagem no bumbum de Maria José após a aplicação do produto. Essa teria sido a única vez que ele tocou uma cliente da namorada.
Também afirmou que esteve com Raquel durante sessões realizadas na clínica Santé, no Setor Marista, em um quarto de hotel da capital e no Centro de Estética no Parque das Laranjeiras, mas apenas para acompanhar a namorada.
“A meu ver, essa afirmação não é verdadeira, pois difere dos relatos das testemunhas”, afirma a delegada.
Raquel admite só cinco atendimentos
O advogado de Raquel Policena Rosa, Ricardo Naves disse que a cliente está assustada e muito abalada. De acordo com o defensor, a jovem admite ter aplicado hidrogel de poliamida em apenas cinco das 14 vítimas apontadas pela polícia. “Estão atribuindo a ela outras pacientes que são de outra esteticista”, argumenta.
A outra esteticista seria uma mulher do Rio de Janeiro que vem para Goiânia, periodicamente, para realizar a bioplastia. “Foi essa mulher que apresentou o procedimento para a Raquel”, diz.
A Polícia Civil confirma a existência da suposta esteticista do Rio de Janeiro, mas diz que testemunhas afirmam que Raquel a auxiliava em procedimentos feitos em um espaço terapêutico da capital.
Segundo o advogado, Raquel nega que tenha aplicado silicone industrial ou qualquer tipo de substância ilícita. “Para ela, o produto usado é o hidrogel”, afirma.
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Rio Verde
Menino de 1 ano toma vacina contra HPV
Ao invés de ser imunizado contra meningite e hepatite A, um menino de um ano e meio foi vacinado por engano contra HPV em Rio Verde, no Sudoeste do Estado. A vacina é indicada para meninas de 11 a 13 anos. O caso aconteceu em um posto de saúde no bairro Céu Azul e só foi descoberto pela mãe depois de a criança ter sentido dores nas pernas e dificuldades para andar.
“Estamos esperando o resultado dos exames para saber se a troca pode ter consequências mais sérias”, contou a mãe, a dona de casa Célia Rosa Souza. A secretaria municipal de Saúde informou que o bebê não corre riscos, mas se comprometeu a acompanhar a criança por pelo menos um ano.
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PORTAL G1/GOIÁS
Bebê vacinado contra HPV não deve ter efeitos colaterais, diz infectologista
Para médico, sistema imunológico é muito jovem para desenvolver reação.
Menino recebeu medicamento errado em posto de saúde de Rio Verde, GO.
O bebê Leonardo Souza, de 1 ano e 6 meses, que foi vacinado por engano contra HPV, em um posto de saúde de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, não deve ter nenhum efeito colateral ou desenvolver problemas de saúde provocado pelo medicamento, segundo o médico infectologista Boaventura Braz de Queiroz. O menino foi levado pela mãe, a dona de casa Célia Rosa Souza, para ser imunizado contra meningite e hepatite A, mas, por um erro da unidade, foi vacinado contra a doença sexualmente transmissível.
“Não existem estudos que mostram o que pode acontecer com crianças tão novas vacinadas contra esse vírus, porque todas as pesquisas sobre o medicamento foram feitas a partir de 9 anos”, explicou o infectologista ao G1. Mesmo com a falta de estudos na área, o médico acredita que ele não deve desenvolver nenhuma reação. “Não deve ter resposta vacinal porque o sistema imunológico dele é muito jovem ainda para criar resistência a essa vacina”, completou.
A mãe de Leonardo relata que, após a vacinação, o filho teve dores nas pernas e dificuldades para andar. Os sintomas apresentados são compatíveis com as reações à vacinação contra o HPV. “Vários pacientes relatam dor em alguma parte do corpo após a aplicação. Isso é normal. Na criança em questão, ela pode ter apresentado essa dificuldade em andar, porque a vacinação, nessa idade, é feita, geralmente, na coxa”, esclareceu. Além disso, Boaventura disse que a vacina não é feita com o vírus vivo, tornando ainda mais improvável qualquer efeito colateral.
Com relação ao fato da vacina contra o HPV ser indicada para mulheres, Boaventura explica que não há restrição de sexo para a imunização. “Existem diversos testes em homens no exterior. Na Inglaterra, por exemplo, a vacina é aplicada também em adolescente homens para evitar a transmissão da doença”, disse.
De acordo com a mãe do bebê, ela só percebeu o erro depois que voltou para casa e recebeu a ligação de representantes do posto de saúde onde havia levado o filho, informando o engano na medicação. "Eu entrei em pânico. Essa vacina é para criança a partir de 11 anos e, como ele só tem 1 ano e 6 meses, fiquei nervosa e com medo. Fui imediatamente para o posto saber. No outro dia, eu levantei cedo e o levei no médico", conta Célia.
No cartão de vacinas, o nome da medicação aplicada foi rasurado e o garoto foi encaminhado a um dos médicos da rede municipal de saúde. Ele passou por exames e agora a família aguarda os resultados para saber se a troca teve alguma implicação mais grave.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que a criança não teve reação e, por isso, não corre riscos. Entretanto, o órgão se comprometeu a acompanhar Leonardo por um ano para garantir que a saúde dele não fique comprometida.
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Rosane Rodrigues da Cunha
Assessoria de Comunicação – Sindhoesg